Processo da Autoridade da Concorrência à Google passa para Comissão Europeia

A investigação da AdC incidiu sobre o mercado de servidores de publicidade online para publishers e o mercado de plataformas para venda programática de espaço publicitário.

A Comissão Europeia informou a Autoridade da Concorrência (AdC) de que pretendia alargar o âmbito da sua própria investigação à Google para incluir também as práticas e os mercados objeto de investigação pela AdC em Portugal. Esta decisão, comunicada pela instituição liderada por Margarida Matos Rosa, surge após as diligências de investigação desenvolvidas pela AdC e da consequente abertura de processo visando a Google.

“Nos últimos anos, a Autoridade da Concorrência (AdC) tem vindo a investigar de forma aprofundada os mercados digitais em Portugal, incluindo a publicidade digital. Na sequência de uma denúncia, após interpelação dos principais agentes económicos presentes nestes mercados e uma análise prévia dos mercados, a AdC decidiu, em 17 de maio de 2022, abrir um processo de contraordenação visando a Google pela prática de um abuso de posição dominante. Este processo esteve, até agora, coberto pelo segredo de Justiça”, explica o órgão presidido por Margarida Matos Rosa.

Em causa estão comportamentos da Google que indiciam um possível auto favorecimento (self-preferencing) desta empresa em vários níveis da cadeia de valor associada à venda de espaço publicitário online” e em particular “a possibilidade de a Google ter utilizado informação sobre os leilões para anúncios online, a que os concorrentes não tinham acesso, para condicionar, em seu favor, o resultado desses leilões e de ter potencialmente limitado o desenvolvimento de tecnologias de leilão concorrentes, a par de outros eventuais comportamentos passíveis de restringir a concorrência na relação com os editores (publishers)”, concretiza a AdC.

A investigação da AdC incidiu sobre o mercado de servidores de publicidade online para publishers e o mercado de plataformas para venda programática de espaço publicitário, prossegue o este órgão, explicando que estes serviços permitem aos publishers gerir o espaço publicitário nas suas páginas de vendê-lo através de leilões ou de acordos com anunciantes. Os leilões em causa determinam que anúncios aparecem nas páginas dos utilizadores quando estes navegam na Internet, prossegue a AdC. “Os elementos recolhidos pela AdC indiciam que a Google terá posição dominante nestes mercados“, afirma o regulador.

O processo passa agora para a Comissão Europeia, tendo a AdC encerrado as investigações esta semana. “O início por parte da Comissão Europeia de um processo priva as autoridades nacionais de concorrência de competência para prosseguirem uma investigação sobre a mesma matéria. Como tal, a AdC, encerrou a investigação do caso a 6 de setembro de 2022, passando a mesma a ser conduzida pela Comissão Europeia”, explica a AdC.

O processo de contraordenação visando a Google está a ser desenvolvido pela equipa interdepartamental dedicada aos mercados digitais da AdC, criada em 2020. “Garantir a eficácia na deteção e investigação de indícios de práticas restritivas da concorrência em ambiente digital, conforme definido nas prioridades da AdC desde 2020”, é o foco desta equipa. Neste caso, “atendendo às sérias preocupações identificadas na investigação que desenvolveu, a AdC reforçou junto da Comissão Europeia a importância de os mercados portugueses serem objeto de investigação” e “colocou, também, à disposição da Comissão toda a informação coligida durante a investigação que desenvolveu”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Volume de negócios nos serviços aumenta 23,7% em julho

  • Lusa
  • 9 Setembro 2022

O volume de negócios nos serviços registou um aumento homólogo de 23,7% em julho, mais 2,9 pontos percentuais (p.p.) que no mês anterior, revelou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística.

O volume de negócios nos serviços registou um aumento homólogo de 23,7% em julho, mais 2,9 pontos percentuais (p.p.) que no mês anterior, revelou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

“O índice de volume de negócios nos serviços passou de uma variação homóloga de 20,8% em junho, para 23,7% no mês em análise”, refere o INE em comunicado.

No entanto, este indicador – não ajustado de sazonalidade e de efeitos de calendário -, apresentou em julho um crescimento homólogo de 22,4%, contra um aumento de 21,1% no mês anterior.

Além disso, o INE refere que é de destacar a secção do ‘alojamento, restauração e similares”, cuja taxa de crescimento homóloga foi de 62,3%, situando-se o respetivo índice 3% acima do período pré-pandemia de covid-19.

“Aliás, julho de 2022 foi o primeiro mês em que todas as secções registaram patamares de atividade superiores a fevereiro de 2020, o último mês pré-pandemia”, salienta o INE.

Em termos mensais, o índice total teve em julho um aumento de 0,7%, contra um crescimento de 0,8% no período anterior.

Os índices de emprego, remunerações e horas trabalhadas, ajustado de efeitos de calendário, apresentaram aumentos homólogos de 7,4%, 10,2% e 7,2%, respetivamente, conta crescimentos de 7,7%, 8,8% e 7,2% em junho, pela mesma ordem.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“O dia mais triste”. Reações à morte de Isabel II

  • Tiago Lopes
  • 9 Setembro 2022

Um pouco por todo o mundo são muitas as homenagens a Isabel II, que morreu esta quinta-feira aos 96 anos, depois de ter ocupado o trono durante sete décadas.

A morte da Rainha Isabel II aos 96 anos deu origem a uma série de reações desde o Papa Francisco, políticos, artistas e muitos outros.

António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas (ONU), através de um comunicado, disse estar “profundamente triste” com a morte da rainha Isabel II, realçando a “dedicação longa e inabalável” em servir o seu povo.

“Estou profundamente triste com o falecimento de Sua Majestade a Rainha Elizabeth II [Isabel II], Rainha do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte. Estendo as minhas sinceras condolências à sua família enlutada, ao Governo e ao seu povo e à Comunidade das Nações mais ampla”.

O Papa Francisco também reagiu ao anúncio da morte de Isabel II. “Junto-me a todos os que estão de luto por ela e rezo pelo eterno descanso da rainha e presto tributo ao seu serviço incansável pelo bem da sua Nação”, refere o Papa, em comunicado.

Boris Johnson escreveu no Twitter que “este é o dia mais triste”, lembrando o sorriso de Isabel II, “em vários aspetos a melhor monarca da nossa história”.

Barack Obama, através do Twitter, escreveu que ele e a mulher, Michelle Obama, estão “impressionados com seu legado de serviço público incansável e digno”. “Os nossos pensamentos estão com sua família e o povo do Reino Unido neste momento difícil”, acrescentou.

Numa mensagem divulgada esta quinta-feira, Joe Biden diz que “num mundo em mudança permanente, Isabel II foi um sinal de estabilidade e uma fonte de conforto e orgulho”.

 

A presidente da Comissão Europeia revelou “profunda tristeza pela notícia da morte de Sua Majestade a Rainha Isabel II”.

“Foi a Chefe de Estado que mais tempo serviu e uma das mais respeitadas personalidades em todo o mundo. Expresso as minhas condolências à família real e ao povo britânico”, escreveu Ursula von der Leyen, nas redes sociais.

António Costa também reagiu através das redes sociais, adiantando que recebeu a notícia com “tristeza” enaltecendo o longo “reinado que marcou a história britânica depois da II Guerra Mundial”.

Hillary Clinton fala no “fim de uma era”: “Poucos indivíduos na história da humanidade conduziram o seu povo com tanta firmeza e graça como a Rainha Isabel. As minhas condolências a todos os que hoje lamentam a sua morte e o fim de uma era.”

Dalai Lama, o líder espiritual do Tibete, escreveu a Carlos III onde expressou “profunda tristeza”, adiantando que Isabel II viveu “uma vida com significado e dignidade, graça, um forte sentido de serviço e um coração caloroso”, cita a Sky News.

“É com grande pesar e comoção que o Brasil recebe a notícia do falecimento de Sua Majestade a Rainha Elizabeth II, uma mulher extraordinária e singular, cujo exemplo de liderança, de humildade e de amor à pátria seguirá inspirando a nós e ao mundo inteiro até o fim dos tempos”, escreveu, por seu turno, no Twitter Jair Bolsonaro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Euribor a 12 meses ultrapassa 2% pela primeira vez numa década

Taxa Euribor a 12 meses já está acima dos 2%, no rescaldo da decisão do Banco Central Europeu de subir os juros na Zona Euro. Desde dezembro de 2011 que não se fixava acima dessa fasquia.

As taxas Euribor, usadas como indexante na maioria dos créditos à habitação, subiram esta sexta-feira e fixaram novos máximos, no rescaldo da decisão inédita do Banco Central Europeu (BCE) de subir os juros diretores na Zona Euro em 75 pontos base, para controlar a inflação. A taxa a 12 meses ultrapassou a fasquia dos 2% pela primeira vez em mais de uma década.

No prazo de 12 meses, a Euribor subiu esta sexta-feira 0,112 pontos, para 2,015%, fixando-se num novo máximo. Desde dezembro de 2011 que a taxa não estava acima dos 2%, sendo esta uma notícia desanimadora para as famílias portuguesas que pagam crédito da casa.

Após ter subido em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril. A média da Euribor a 12 meses avançou para 1,249% em agosto, após médias de 0,992% em julho e de 0,852% em junho.

Euribor a 12 meses supera 2%

Histórico até 8 de setembro

A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 6 de junho, subiu também, para 1,442%, mais 0,088 pontos do que do dia anterior, batendo um novo máximo.

A média da Euribor a seis meses em agosto subiu para 0,837%, contra 0,466% em julho e 0,162% em junho. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).

No prazo dos três meses, a Euribor registou, pela 18.ª sessão consecutiva, novo máximo, nos 0,934%, mais 0,098 pontos do que na quinta-feira. Esta taxa entrou em terreno positivo em 14 de julho, pela primeira vez desde abril de 2015. Esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último e a média subiu para 0,395% em agosto, contra 0,037% em julho e -0,239% em junho.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.

Na reunião de política monetária realizada em 21 de julho, o BCE aumentou em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, com o objetivo de travar a inflação. Esta quinta-feira, dia 8, o BCE decidiu aumentar em 75 pontos base as suas três taxas de juro diretoras, o segundo aumento consecutivo, então, deste ano.

No final da reunião, a presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que o aumento histórico de 75 pontos base nas taxas de juros não é a “norma”, mas salientou que a avaliação será reunião a reunião.

A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras BCE. As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021. As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Teto sobre o preço do gás russo não deverá reunir consenso entre Estados-membros

Itália, Grécia e Polónia estão entre os países que se opõem à aplicação da medida por receios de uma interrupção total ao fornecimento de gás russo. Medida será discutida esta sexta-feira na UE.

A proposta de Bruxelas de colocar um teto sobre o preço do gás russo não deverá estar a reunir consenso entre os 27 Estados-membros da União Europeia, com pelo menos 10 países a alertar para as consequências da aplicação de tal medida.

De acordo com a notícia avançada esta sexta-feira pelo Financial Times, Itália, Polónia e Grécia estão entre os países que contestam a proposta da Comissão Europeia depois das ameaças proferidas pelo Kremlin de que os países que limitarem o preço do gás russo verão o fornecimento através do gasoduto Nord Stream completamente interrompido. Atualmente, os envios de gás russo encontram-se suspensos desde o dia 2 de setembro depois de alertas de fugas de óleo na estação de compressão de Portovaia, na cidade de Viburgo, na Rússia.

A proposta apresentada pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, integra um pacote de medidas que será discutido, esta sexta-feira, numa reunião extraordinária do Conselho de Energia da União Europeia. A reunião acontece numa altura em que a Europa assiste a uma grande volatilidade nos preços da eletricidade e do gás natural e o bloco tenta amenizar os riscos de uma interrupção total ao fornecimento de gás russo. Desde o início da guerra, a empresa estatal russa Gazprom reduziu os fluxos de gás enviados para o bloco em 80% para 84 mil milhões de metros cúbicos (bcm).

Para o primeiro-ministro grego Kyriakos Mitsotakis, se a medida for aprovada o mais provável será a “retaliação por parte da Rússia”, enquanto o ministro da Transição Energética italiano alertou que um teto sobre o preço russo “seria a tempestade perfeita contra os nossos cidadãos e empresas”. “Estão todos com receios de um efeito dominó” se a Rússia cortar o fornecimento de gás aos países mais dependentes, referiu ao Financial Times um oficial da União Europeia.

Além do teto sobre o preço do gás russo, a Comissão Europeia propõe outras medidas, como uma redução no consumo de eletricidade nas horas de pico, esforços para garantir liquidez às empresas de energia que estão a enfrentar problemas de tesouraria com a elevada volatilidade dos preços e ainda um limite para os preços do gás natural liquefeito.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ministros voltam a falhar acordo. Leão continua sem apoio suficiente para liderar fundo de resgate europeu

Nem o ex-ministro português João Leão nem o luxemburguês Pierre Gramegna reúnem o apoio necessário para um deles ser nomeado o novo líder do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE).

Os ministros das Finanças da Zona Euro voltaram a falhar um acordo para a escolha do novo diretor executivo do Mecanismo Europeu Estabilidade (MEE). O ex-ministro português João Leão e o luxemburguês Pierre Gramegna são os dois únicos nomes na corrida.

A notícia foi avançada no Twitter pelo correspondente da Bloomberg em Bruxelas, referindo que nenhum dos candidatos reuniu o apoio necessário para a nomeação. É necessário arrecadar 80% dos votos expressos, sendo que o mandato do atual líder, Klaus Reglin, termina a 7 de outubro. O ECO contactou fonte oficial do Ministério das Finanças e encontra-se a aguardar resposta.

A reunião do Conselho de Governadores do MEE esta sexta-feira, que decorreu em Praga, foi a terceira tentativa de eleger uma nova liderança para o fundo de resgate da Zona Euro. Os ministros europeus deverão voltar a discutir o assunto em 3 de outubro, no Luxemburgo. Portugal faz-se representar pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, que sucedeu a João Leão nesse cargo governativo.

Cabe aos ministros das Finanças do euro tomar esta decisão, numa votação feita por maioria qualificada, ou seja, 80% dos votos expressos, sendo que os direitos de voto são iguais ao número de ações atribuídas a cada país membro do MEE no capital social autorizado. Portugal, por exemplo, tem um direito de voto de cerca de 2,5%, o que compara com o da Alemanha (26,9%) e de França (20,2%), estes com maior peso na votação e com poder de veto.

Esta semana, Medina tinha admitido que a discussão é “delicada”, porque existem “diferentes sensibilidades” entre os países. “É uma questão que tem sido delicada do ponto de vista do equilíbrio entre os países e das sensibilidades sobre o que deve ser o futuro do MEE”, acrescentou o português.

Em maio, João Leão foi entrevistado pelo Politico acerca da candidatura à liderança do fundo de resgate. O ex-ministro disse ser “muito importante encontrar o equilíbrio certo para melhorar as finanças públicas através de, não só, políticas orçamentais cuidadosas, [mas também de] bom crescimento económico e do emprego. Portugal alcançou esse equilíbrio”, afirmou, acrescentando que o MEE “é importante para providenciar estabilidade” na Zona Euro, “mesmo quando não está a ser usado”.

Sediado no Luxemburgo, o MEE é uma organização intergovernamental criada pelos Estados-membros da Zona Euro para evitar e superar crises financeiras e manter a estabilidade financeira e a prosperidade a longo prazo, concedendo empréstimos e outros tipos de assistência financeira aos países em graves dificuldades financeiras.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Custos de construção aumentam 13,4% em julho

Custos da construção continuam a subir e estão quase 15% mais altos do que há um ano. Em julho, os materiais ficaram 17,5% mais caros e a mão-de-obra aumentou 7,7%.

Construir uma casa é cada vez mais caro, sobretudo devido ao preço dos materiais — nomeadamente aços, produtos cerâmicos, gasóleo e madeiras e derivados –, que disparou 13,4% em julho. A pesar na fatura final está também o custo com a mão-de-obra, que subiu 17,5%. Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que, em julho, os custos da construção aumentaram 17,5%, em linha com os salários do setor.

Os custos da construção de nova habitação continuam a subir e, em julho, aumentaram 13,4% em termos homólogos, acelerando 0,9 pontos percentuais (p.p.) face a junho. Tal como tem acontecido nos últimos meses, este desempenho deve-se, sobretudo, à subida do preço dos materiais e do custo da mão-de-obra. Ambos os índices estão no valor mais alto de, pelo menos, janeiro de 2000, altura em que arrancou a série do INE.

Os preços dos materiais (com um peso de 10,2 p.p. no cálculo) aumentaram 17,5% (acima da subida de 16,6% em junho). Entre os materiais que mais contribuíram para esta evolução estão os produtos cerâmicos, com crescimento homólogo de cerca de 70%. O gasóleo apresentou uma subida acima dos 30% e as madeiras e derivados, o cimento, os aglomerados e ladrilhos de cortiça e as obras de carpintaria e os tubos de PVC apresentaram crescimentos homólogos superiores a 20%.

Evolução do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova. Fonte: INE

Por sua vez, o custo da mão-de-obra aumentou 7,7% em julho, acima do crescimento de 6,8% observado em junho.

Numa análise em cadeia, a taxa de variação mensal do ICCHN foi 1,9% em julho, enquanto o custo dos materiais aumentou 1,9% e custo da mão-de-obra subiu 1,8%, de acordo com os dados do INE.

(Notícia atualizada às 11h47 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Exportações subiram 28,3% em julho. Preços aumentaram 18,3%

Os índices que medem os preços registaram subidas de 18,3% nas exportações e 22,8% nas importações, face a julho do ano passado. Portugal continua a perder nos termos de troca.

As exportações portuguesas de bens aumentaram 28,3% em julho, face ao mesmo período do ano passado, de acordo com os dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta sexta-feira, tendo-se registado uma subida de 18,3% nos preços. Já as importações cresceram também, 29,2% no sétimo mês do ano.

“Em termos nominais, são de salientar os acréscimos de fornecimentos industriais (+27,8% nas exportações e +21,1% nas importações) e combustíveis e lubrificantes (+124,0% e +93,3%, respetivamente)“, destaca o INE.

Olhando para as categorias de bens, Portugal aumentou as exportações de fornecimentos industriais (+27,8%), especialmente produtos transformados, principalmente para Espanha. O país enviou também mais carros, sendo que se registaram aumentos das exportações de combustíveis e lubrificantes (+124,0%) e de material de transporte (+31,8%, principalmente para a Alemanha), maioritariamente automóveis para transporte de passageiros.

Por outro lado, também se registou um acréscimo nas importações de combustíveis e lubrificantes (+93,3%), “refletindo em grande medida a subida do preço destes produtos no mercado internacional”, como explica o gabinete de estatística. Os fornecimentos industriais também registaram um crescimento expressivo (+21,1%), com destaque para os metais comuns, principalmente provenientes de Espanha.

Tendo em conta que as importações voltaram a crescer mais que as exportações, o défice da balança comercial continuou a agravar-se, apesar de ter sido menos expressivo que no último mês. “Em julho de 2022, o défice da balança comercial atingiu 2.058 milhões de euros, o que representa um aumento de 504 milhões de euros face ao mesmo mês de 2021 e uma diminuição de 466 milhões de euros face ao mês anterior”, diz o INE.

Já se excluirmos combustíveis e lubrificantes, produtos com preços mais voláteis, em julho de 2022 o saldo da balança comercial totalizou -1.099 milhões de euros, correspondente a um aumento do défice de 87 milhões de euros face a julho de 2021.

Com aumento de preços, Portugal volta a registar perda nos termos de troca

O INE revela também dados do segundo trimestre do ano, que mostram que apesar de os preços estarem a aumentar tanto nas exportações como importações, a balança pesa mais para o lado dos pagamentos que o país faz. “Pelo quinto trimestre consecutivo, verifica-se uma perda nos termos de troca (preço relativo das exportações em termos das importações)”, indica o gabinete de estatística.

Isto tendo em conta que os índices de valor unitário das exportações e das importações aumentaram 18,9% e 25,0%, respetivamente. Excluindo os produtos petrolíferos, as subidas homólogas nos preços foram de 13,9% e 15,8%, pela mesma ordem.

(Notícia atualizada às 11h30)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal é o país da UE mais perto dos níveis pré-Covid nos voos comerciais

Número de voos comerciais em agosto em Portugal esteve perto dos 40 mil. Número está apenas 1,5% abaixo dos níveis pré-pandemia.

Em agosto, o número de voos comerciais na União Europeia (UE) aumentou 25% comparando com o ano passado. Embora ainda esteja abaixo dos níveis pré-pandemia, a diferença está a diminuir lentamente, de acordo com os dados do Eurostat. Analisando os vários Estados-membros, Portugal é o país mais perto dos níveis pré-Covid, com o número de voos a estar apenas 1,5% abaixo do registado em 2019.

Em termos absolutos, o número de voos comerciais na UE fixou-se em 596.930 em agosto, acima dos 478.996 registados em agosto de 2021, dos 324.538 em agosto de 2020. Contudo, está 14% abaixo dos 695.912 voos que realizados em agosto de 2019.

Número de voos comerciais nos países da UE comparando com agosto de 2019.

Os dados mostram que apenas dois países da UE já estão acima dos níveis pré-pandemia: Grécia (+5%) e Luxemburgo (+2%). Em contrapartida, as maiores diferenças pertencem à Eslovénia (-42%), Letónia (-39%) e Finlândia (-31%).

Portugal destaca-se ao ser o país com a menor diferença. Os 39.585 voos comerciais registados em agosto estão 1,5% abaixo dos registados em agosto de 2019. Atrás surge a Roménia e a Croácia com diferenças de 5% e 7%, respetivamente.

O Eurostat destaca ainda alguns aeroportos da UE que registaram aumentos no número de voos comerciais em comparação com 2019. As maiores subidas aconteceram em Santorini (+978, +30%), Kerkira Ioannis Kapodistrias (+1.026, +22%) e Napoli Capodichino (+1.156 voos, +14%). Já as maiores descidas pertencem a Roma Fiumicino (-8.018, -27%), Milano Malpensa (-9.048, -34%) e Frankfurt Main (-10.554, -23%).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CP alerta para perturbações nos comboios nos dias 12, 14 e 16 devido a greve na IP

  • Lusa
  • 9 Setembro 2022

Ao contrário do que a transportadora previa, não está prevista a realização de serviços mínimos durante a greve, segundo decisão do Tribunal Arbitral.

A CP alertou os passageiros na quinta-feira para perturbações na circulação de comboios nos dias 12, 14 e 16 deste mês devido à greve dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP), adiantando que se preveem serviços mínimos.

“Informamos que por motivo de greve, convocada por organização representativa de trabalhadores da IP – Infraestruturas de Portugal (gestor da infraestrutura ferroviária), preveem-se perturbações na circulação de comboios, a nível nacional, nos dias 12, 14 e 16 de setembro de 2022”, avisou, num email enviado aos clientes.

A empresa disse ainda que estava prevista a realização de serviços mínimos durante a greve. Contudo, o Tribunal Arbitral rejeitou essa opção.

Os clientes que já tenham comprado bilhetes para viagens em comboios Alfa Pendular, Intercidades, Internacional, InterRegional e Regional podem solicitar o reembolso do total ou a revalidação dos mesmos.

Os pedidos de reembolso podem ser feitos através do ‘site’ da CP ou nas bilheteiras.

(Notícia atualizada às 16h12 depois da decisão do Tribunal Arbitral)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bison Bank aponta António Henriques como CEO e recruta na Caixa

Administração para o quadriénio 2022/2025 já recebeu autorização prévia por parte do Banco de Portugal. Antigo Banif – Banco de Investimento avança com negócio de ativos digitais.

António Henriques é o novo presidente da comissão executiva do Bison Bank (antigo Banif – Banco de Investimento). O até agora vice-presidente, que mantém a responsabilidade sobre as áreas de tecnologia, operações e recursos humanos, vai ser acompanhado por outros dois elementos com mais de 25 anos de experiência no setor financeiro.

É o caso de André Rendeiro, que também transita do anterior mandato e continua com as áreas de risco, compliance e jurídico & governo; e de Eduardo Moradas, recrutado à Caixa Geral de Depósitos para ficar com as áreas de desenvolvimento de negócio, tesouraria e suporte a clientes no banco detida pelo chinês Bison Capital Financial Holdings Limited.

Anunciados esta sexta-feira, os novos administradores já receberam autorização prévia por parte do Banco de Portugal. O conselho de administração para o quadriénio 2022 / 2025 é composto por Bian Fang (presidente), Issuf Ahmad, Ting Wang, Luís Miguel Gonçalves Folhadela de Oliveira, António Manuel Gouveia Ribeiro Henriques, André Filipe Ventura Rendeiro e Eduardo Nuno de Sousa Feijóo Moradas.

“A estratégia a implementar pela comissão executiva focar-se-á na consolidação das atuais linhas de negócio bancário, em particular depositário, custódia, consultoria para investimento e banca de investimento, bem como no desenvolvimento da atividade de custódia e transação de ativos virtuais para clientes através da nova subsidiária – Bison Digital Assets, S.A. que é a primeira entidade em Portugal e das poucas na Europa que, sendo detida por um banco, atua na área de ativos virtuais. A condução do negócio estará assente num modelo B2B, visando servir clientes institucionais e HNWI, domésticos e internacionais, com recurso a uma forte componente digital”, frisa a instituição.

Desde que foi comprado à Oitante, em 2018, o banco de investimento que em maio avançou com um despedimento coletivo de 14 trabalhadores, tem somado prejuízos atrás de prejuízos. Inicialmente, o grupo de Hong Kong tencionava chegar aos lucros logo em 2020, mas o break-even ainda continua por atingir, isto depois de ter fechado 2021 com prejuízos de 10,6 milhões de euros.

Em comunicado enviado às redações, depois de o JE ter avançado com os nomes, o Bison Bank sublinha que a nova composição do conselho de administração e o novo modelo de governo com a integração do comité de auditoria, liderado por Issuf Ahmad, vai permitir “assegurar uma maior eficiência e coesão na gestão, uma maior proximidade e acompanhamento na fiscalização e a consolidação e desenvolvimento das operações com sucesso ao longo do mandato em curso”.

O banco de investimento ex-Banif anunciou em fevereiro ter concluído o aumento de capital de 19 milhões que tinha acordado com o Banco de Portugal. Quando comprou o antigo banco de investimento do Banif, em julho de 2018, o grupo chinês comprometeu-se junto do supervisor a injetar 60 milhões de euros no Bison Bank até final de 2019, mas aquando da aquisição apenas colocou 41 milhões através de aumento de capital da instituição.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

EX Capital reúne no Porto empreendedoras e fundadoras de startups do ecossistema português

O primeiro encontro "Ex Capital Sessions" acontece no próximo dia 15 de setembro, no Porto. As inscrições estão abertas.

A EX Capital, sociedade de investimento lançada pelos fundadores da Sword em conjunto com a equipa fundadora da empresa, vai realizar o primeiro encontro “EX Capital Sessions”, um evento que pretende reunir o ecossistema nacional de empreendedoras e fundadoras de startups no próximo dia 15 de setembro, no Porto.

“A missão da EX Capital é apoiar fundadores e empreendedores com menor representatividade, como é o caso das mulheres. Em 2021, mulheres empreendedoras receberam menos financiamento do que nos anos anteriores e as mulheres fundadoras apenas angariaram 2% do capital de risco em 2021. Parece-nos claro que não é só necessária uma maior representatividade, mas, sobretudo, dar voz e criar oportunidades relevantes”, afirma André Eiras, cofundador da EX Capital, em comunicado.

Aberto à comunidade, o evento será composto por três painéis de debate, um dedicado às fundadoras, outro às responsáveis em sociedades de capital de risco e, finalmente, terminará com uma um fireside chat entre Virgílio Bento, fundador e CEO da Sword Health, e Beverly Anderson, membro do board executivo da Sword.

O painel das fundadoras contará com as presenças de Marta Cardeano, fundadora da Nosy Wine Club, Sara Gonçalves, cofundadora e CEO da Actif, Amélia Santos, cofundadora e CEO da Innuos, e Joana Paiva, cofundadora da iLof.

Já o painel das responsáveis em sociedades de capital de risco será composto por Sofia Queiroz, investment associate na Mustard Seed Maze, e por Sofia Santos, partner na Faber. Ambos os painéis terão a moderação de Mariana Barbosa, diretora de comunicação na Coverflex.

A EX Capital é uma sociedade de investimento lançada em abril deste ano pelos fundadores da Sword, Virgílio Bento e Márcio Colunas, em conjunto com a equipa fundadora da empresa, André Eiras, Fernando Correia e Ivo Gabriel, que pretende investir em startups tecnológicas promissoras à escala global, exclusivamente para apoiar fundadores com menor representatividade e dar acesso a investimento.

O evento decorre a 15 de setembro, às 17h00, no escritório da Sword Health no Porto. As inscrições para assistir ao evento (com lotação limitada) podem ser feitas aqui.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.