Cooperativa de Olivicultores do Fundão estima 50% de quebra na produção de azeitona

  • Lusa
  • 1 Setembro 2022

A Cooperativa Agrícola de Olivicultores do Fundão estima quebras entre os 40 a 50% na produção de azeitona, devido à seca e aos incêndios que assolaram a região.

“Estamos muito preocupados. Mesmo muito preocupados, porque esta seca já vai muito longa e a nossa zona tem essencialmente olival tradicional, que não tem rega e que está a ser muito afetado”, alertou o presidente da direção da Cooperativa Agrícola de Olivicultores do Fundão que agrega os concelhos do Fundão, Belmonte e Covilhã. António Amaral calcula quebras na produção da azeitona na ordem dos 40 a 50%.

Segundo especificou, os principais problemas prendem-se com o calor que se verificou no tempo da floração e que comprometeu o vingamento da azeitona, bem como com a falta de água nos solos que está a deixar as árvores em stress hídrico e a contribuir para um fraco desenvolvimento da azeitona.

Além disso, também se está a registar uma queda muito prematura e alguns produtores já estão a ponderar se vale a pena fazer a colheita. “As pessoas veem pouca azeitona e já nem a vão apanhar, principalmente quando têm de contratar mão-de-obra”, apontou António Amaral, lembrando que a situação se traduz em prejuízos, quer para os agricultores, quer para os produtores de azeite, que terão menos matéria-prima para trabalhar.

Este dirigente também não acredita que o problema possa ser resolvido com alguma chuva que, entretanto, possa cair. “Pode mudar alguma coisa, mas não muito. Quando a azeitona não está lá, já é difícil”, resumiu.

António Amaral acredita que os incêndios também podem ter contribuído para as quebras de produção, dado que houve olivais que arderam e outros que foram muito afetados.

O cenário leva mesmo a Cooperativa de Olivicultores do Fundão a admitir que dificilmente atingirá os números de 2021, quando recebeu 3.250 toneladas de azeitona, o que corresponde a 497 mil litros de azeite.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocava, no final de julho, 55,2% do continente em situação de seca severa e 44,8 em situação de seca extrema. Não havia nenhum local continental que estivesse em situação normal ou em seca fraca ou mesmo em seca moderada.

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Governo avança já só com apoios às famílias. Vai esperar pela Europa para avançar com medidas para as empresas

Costa revelou que o Governo vai aprovar na segunda-feira medidas de apoio ao rendimento das famílias. Já as empresas vão ter de esperar pela reunião dos ministros da Energia da UE de dia 9.

António Costa revelou esta quinta-feira que o Governo irá aprovar na próxima segunda-feira medidas apenas dirigidas para as famílias para mitigar o impacto da escalada da inflação, sendo que os apoios para as empresas só serão anunciados depois da reunião dos ministros da Energia da União Europeia (UE), marcada para 9 de setembro.

Falando na Cimeira Luso-Moçambicana, o primeiro-ministro foi questionado sobre as declarações do Presidente da República esta manhã, que defendeu que a Europa deve unir-se nas medidas de apoio à economia que está a ser castigada com a alta dos preços, e ainda sobre uma eventual redução do IVA do gás, como acabou de anunciar Espanha.

Em relação às famílias, António Costa recordou que está marcado um Conselho de Ministros extraordinário para a próxima segunda-feira “para aprovar um conjunto de medidas de apoio às famílias”. “Temos claro qual é a perspetiva de execução orçamental, com responsabilidade podemos tomar as decisões com segurança”, disse o primeiro-ministro em Moçambique, em declarações transmitidas pela RTP3.

Contudo, indicou que os apoios para as empresas serão anunciados mais tarde, pois “faz sentido” esperar pelas decisões do Conselho de Ministros da Energia da UE que terá lugar no dia 9 e onde deverão ser aprovadas várias medidas, incluindo a reforma do mercado da eletricidade que António Costa tem vindo a defender.

“É por isso que só depois deste Conselho de Ministros da Energia da UE é que faz sentido definir um novo pacote dirigido especificamente para as empresas, porque faz sentido definir um novo pacote tendo em conta aquilo que será a decisão, espero que no bom sentido, dessa reunião dos ministros da energia no próximo dia 9”, salientou Costa.

Portugal registou uma taxa de inflação de 9% em agosto, uma ligeira redução em relação ao mês anterior.

Esta manhã, o Presidente da República pediu medidas urgentes pois as “famílias e as empresas sofrem” com a alta dos preços dos últimos meses e sublinhou a necessidade de se trabalhar em conjunto na Europa, sobretudo no domínio da energia, “para não criar desigualdades”.

(Notícia atualizada às 12h53)

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Bruxelas insta Estados-membros a continuarem a encher as reservas de gás

  • Lusa
  • 1 Setembro 2022

Oito países da UE estão abaixo da média comunitária de 80% de armazenamento de gás. Apesar de não haver "nenhuma preocupação em particular", Bruxelas insta países a encher depósitos para o inverno.

Comissão Europeia instou hoje os Estados-membros da União Europeia (UE) a continuarem a encher as reservas para armazenamento de gás visando evitar “qualquer eventualidade neste inverno”, dado alguns ainda não terem atingido a meta comunitária de 80%.

“Ao nível europeu, em média, ultrapassámos já o objetivo de 80% de armazenamento de gás, que foi estabelecido na legislação para 01 de novembro e, portanto, estamos satisfeitos com os progressos feitos até agora, mas claro não nos podemos acomodar e gostaríamos que os Estados-membros continuassem a melhorar os níveis de enchimento”, declarou o porta-voz do executivo comunitário para a área da Energia, Tim McPhie.

Falando na reunião diária da instituição, em Bruxelas, dois dias depois de a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ter anunciado que a meta europeia foi atingida, Tim McPhie admitiu que “há alguns Estados-membros ou acima ou abaixo dessa média”.

Ainda assim, “não temos nenhuma preocupação em particular com nenhum Estado-membro porque estão dentro dos limites da trajetória que foi estabelecida e, como digo, continuamos a encorajá-los a encher o seu armazenamento”, assegurou o responsável. “Precisamos disto para nos preparar para qualquer eventualidade neste inverno”, adiantou Tim McPhie.

Dados da organização europeia Gas Infrastructure Europe, consultados hoje pela agência Lusa, revelam que o preenchimento das reservas de gás da UE já atingiu 80,4%, com Portugal a ter o seu armazenamento totalmente cheio (100%), o único Estado-membro nessa situação.

Abaixo da média dos 80% estão hoje a Áustria (66,5%), Bulgária (61,3%), Croácia (77,1%), Hungria (63,4%), Letónia (54,9%), Holanda (77,3%), Roménia (73,1%) e Eslováquia (79,4%), segundo os dados da Gas Infrastructure Europe, disponibilizados na internet.

Na terça-feira, Ursula von der Leyen anunciou que a UE já atingiu a meta de 80% de armazenamento de gás, prevista para 01 de novembro próximo, falando em “boas notícias” para reduzir a dependência da Rússia.

Numa altura em que se teme corte no fornecimento do gás russo à UE, estão em vigor no espaço comunitário novas regras para armazenamento de gás, prevendo que as instalações na UE estejam pelo menos 80% preenchidas até 01 de novembro próximo, devendo os países esforçar-se para chegar aos 85%.

A ideia é evitar uma rutura no inverno, já que os armazéns subterrâneos de gás (que existem em 18 dos 27 Estados-membros) disponibilizam aprovisionamento adicional em caso de forte procura ou de perturbações no abastecimento, reduzindo a necessidade de importar gás adicional ao, habitualmente, fornecerem 25-30% do gás consumido na estação fria.

No final de março passado, a Comissão Europeia propôs uma obrigação mínima de 80% de armazenamento de gás na UE para o próximo inverno, até início de novembro, para garantir fornecimento energético, percentagem que deverá chegar aos 90% nos anos seguintes.

E, uma vez que só 18 países têm instalações de armazenamento no seu território, os Estados-membros sem instalações de armazenamento devem ter acesso às reservas de outros.

Dos 27, só a Grécia, Chipre, Irlanda, Eslovénia, Lituânia, Finlândia, Estónia, Malta e Luxemburgo não têm infraestruturas para armazenamento de gás.

As tensões geopolíticas devido à guerra da Ucrânia têm afetado o mercado energético europeu, já que a UE importa 90% do gás que consome, sendo a Rússia responsável por cerca de 45% dessas importações, em níveis variáveis entre os Estados-membros.

Em Portugal, o gás russo representou, em 2021, menos de 10% do total importado.

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33,6 anos: Portugal é o país da UE onde se sai mais tarde de casa dos pais

Em 2021, os portugueses ficaram no agregado familiar mais 14,6 anos do que os jovens na Suécia, país da UE onde se sai mais cedo da casa do pais. A média da UE fixa-se nos 26,5 anos.

Portugal é agora o país da União Europeia (UE) onde os jovens saem mais tarde da casa dos pais. Em média, em 2021, os jovens portugueses deixaram os pais aos 33,6 anos. Ou seja, ficaram no lar dos seus pais mais 14,6 anos do que um jovem na Suécia, país da UE onde os jovens saem da casa do pais mais cedo. Em toda a UE, a média fixa-se nos 26,5 anos, revelam esta quinta-feira os dados do Eurostat.

A média varia bastante entre os diferentes Estados-membros. Se em Portugal, Croácia, Grécia e Bulgária os jovens ficam na casa dos pais até, pelo menos, os 30 anos (33,6; 33,3; 30,9; e 30,3 anos, respetivamente), na Suécia, Finlândia, Dinamarca e Estónia são os países onde os jovens abandonam a casa dos pais mais cedo, ainda perto dos 20 anos, com, respetivamente, 19; 21,2; 21,3; e 22,7 anos.

“Na maioria dos países do norte e oeste, os jovens deixaram a casa dos pais, em média, entre o início e meados dos anos vinte, enquanto nos países do sul e leste, a idade média foi no final dos vinte ou início dos trinta anos”, analisa o Eurostat.

Fonte: EurostatEurostat

Homens demoram quase mais dois anos a sair

Há também algumas diferenças ao nível do género. Em média, os homens deixam a casa dos pais mais tarde (27,4 anos) do que as mulheres (25,5 anos). Esta é uma tendência observada em todos os países da UE.

Em 11 países da UE, os homens deixaram a casa dos seus pais após os 30 anos (Croácia, Portugal, Eslováquia, Bulgária, Grécia, Eslovénia, Itália, Malta, Espanha, Roménia e Polónia). Apenas em dois países esse foi também o caso das mulheres (Portugal e Croácia).

Em terras lusitanas, enquanto os homens abandonaram o lar dos seus pais aos 34,4 anos, as mulheres saíram aos 32,7 anos. Uma diferença que não é, contudo, das mais acentuadas. A maior diferença, por sua vez, foi apurada na Roménia, onde os jovens do sexo masculino saíram aos 30,3 anos e as jovens do sexo feminino aos 25,6 anos (4,7 anos de diferença), seguindo-se a Bulgária (diferença de 3,5 anos), com os homens a saírem aos 32 anos e as mulheres aos 28,5 anos.

Suécia, Dinamarca e Irlanda registaram, pelo contrário, os fossos mais estreitos entre os jovens do sexo masculino e feminino que deixam a casa dos pais: 0,4, 0,5 e 0,9 anos, respetivamente.

Fonte: Eurostat

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Oliver Blume é o novo presidente executivo da Volkswagen

  • Lusa
  • 1 Setembro 2022

O novo CEO deverá prosseguir com as "principais linhas da estratégia" liderada pelo seu antecessor, nomeadamente a mudança para a "mobilidade elétrica e conectividade".

A Volkswagen anunciou esta quinta-feira que Oliver Blume é o novo presidente executivo que vai gerir o gigante automóvel, após Herbert Diess ter ocupado o cargo durante quatro anos agitados.

O novo presidente executivo (CEO) deverá prosseguir com as “principais linhas da estratégia” liderada pelo seu antecessor, nomeadamente a mudança para a “mobilidade elétrica e conectividade”, refere a Agence France-Presse (AFP), citando fontes do fabricante automóvel.

Entretanto, em declarações ao jornal Braunschweiger Zeitung, Olivier Blume, afirmou que a Volkswagen fez “as escolhas estratégicas e tecnológicas certas no conselho executivo, com Herbert Diess” e que “chegou a hora pô-las em prática”, garantindo a “solidez financeira” do construtor automóvel. “Um dos pontos principais para mim será reconstruir o espírito de equipa” no grupo” acrescentou o gestor.

Em julho, Herbert Diess foi destituído do cargo, nomeadamente devido às tensões com os representantes dos trabalhadores e com a equipa de administração, que foram alimentadas pelo seu estilo “direto e provocatório”, segundo a AFP.

O novo CEO, de 54 anos, terá que desempenhar o seu cargo num “ambiente mais incerto do que nunca” por causa da guerra na Ucrânia e devido à persistência da escassez de componentes.

Blume também terá que liderar a IPO (Oferta Pública Inicial) da subsidiária da Porsche e resolver as dificuldades que estão a retardar o desenvolvimento do software da Volkswagen, que deveria ser o coração do carro do futuro.

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Aumentam pedidos de apoio alimentar no Algarve com final do verão

  • Lusa
  • 1 Setembro 2022

Os pedidos de apoio alimentar no Algarve estão a aumentar à medida que se aproxima o final do verão, mas o grande “embate” da crise poderá sentir-se nos próximos meses.

Com uma elevada taxa de empregabilidade durante o verão, associada ao turismo, a população do Algarve só deverá começar a sentir, na época baixa, os verdadeiros efeitos da crise económica, iniciada durante a pandemia da Covid-19 e agora agravada pela crise energética e aumento do custo de vida devido à inflação. Ainda assim, os pedidos de pedidos de apoio alimentar estão a aumentar.

Em declarações à Lusa, o presidente do Movimento de Apoio à Problemática da Sida (MAPS), Fábio Simão, classificou de “sufocante” a situação causada pelo aumento do nível dos preços, que tem levado algumas das pessoas apoiadas pela instituição a pedir “um reforço do cabaz que recebem antes do fim do mês”. Fábio Simão alertou, contudo, que “o pior está para vir” com a inflação a aumentar e o inverno a aproximar-se. “Estamos a sentir devagar algumas pessoas a voltarem a pedir apoio, mas ainda não temos o grande embate que o verão está a mascarar”, frisou.

Apesar de estimar que haja um aumento das solicitações de ajuda nos próximos meses, devido ao provável agravamento das condições de vida, Fábio Simão não consegue ainda antecipar se a situação vai ser mais difícil do que em invernos anteriores.

A instituição apoia meia centena de pessoas com cabazes alimentares doados pelo Banco Alimentar e outras entidades, cerca de 160 através de um programa do Governo de apoio a famílias carenciadas e aproximadamente 70 com refeições confecionadas, no quadro de um apoio excecional criado durante a pandemia.

Também a coordenadora da Refood em Faro, instituição que combate o desperdício alimentar e reencaminha esses bens para famílias desfavorecidas, mostrou-se convencida de que “a situação vai complicar-se” à medida que termina o verão e o inverno se aproxima. “Penso que, em meados de setembro, vamos ter novamente muitos pedidos de ajuda. Mais do que em anos anteriores”, previu Paula Matias, apontando como uma das principais razões para este aumento a diminuição do nível de vida provocado pela inflação e o fim das moratórias de ajuda criadas durante a pandemia da Covid-19.

Segundo a responsável, cerca de 70% das famílias que procuram a instituição fazem-no, sobretudo, devido às rendas de habitação elevadas que pagam no Algarve e que fazem com que pouco ou nada sobre no fim do mês para as restantes despesas. “As famílias têm de pagar uma série de serviços, sobretudo a renda, e o que fica para o fim é a alimentação”, constatou, acrescentando que há cada vez mais famílias de classe média a pedir ajuda num universo de “mais de 500 pessoas” que a instituição ajuda, o que corresponde a cerca de 200 famílias.

Segundo Paula Matias, nas últimas semanas de agosto aumentou a procura por apoio alimentar, principalmente por famílias que tinham suspendido esses pedidos, por terem arranjado um trabalho precário durante o verão, que agora terminou.

Por seu turno, uma responsável da Cáritas Diocesana do Algarve disse à Lusa que ainda não se verifica um aumento da procura por apoios na região, à semelhança do que já acontece noutras regiões do país, devido ao bom ano que o turismo está a registar e ao facto de muitas pessoas ainda estarem a trabalhar.

“O retrato do atendimento social do Algarve pode divergir um pouco do que se está a passar no resto do país, no sentido em que ainda não notamos uma maior afluência de pessoas […] que já se começa a notar no resto do país. Nós aqui, na Cáritas Diocesana do Algarve, ainda não notamos”, afirmou Ana Sofia Pereira, do departamento de Ação Social da instituição. A responsável justificou esta diferença com a sazonalidade e com o “facto de o Algarve, em termos de hotelaria, ter tido uma procura enorme” e isso fazer “com que as pessoas estejam, na sua grande maioria, ocupadas”.

“Como estão a ter rendimentos, ainda não estão a sentir a crise, que é expectável e que sabemos que vai acontecer, porque esta procura vai ser igual à do resto do país, mas em ‘timings’ diferentes. Possivelmente, aqui vamos começar a senti-la na segunda quinzena de setembro ou no início de outubro, mas para já ainda não temos essa procura”, estimou.

Ana Sofia Pereira assinalou que a situação atual do atendimento obedece “à realidade de todos os anos no Algarve”, onde, “mesmo em anos de pandemia se notou isso” e, “de junho até meados de setembro ou início de outubro, as coisas abrandam um pouco” em termos de apoio social, “porque a maioria das pessoas consegue trabalho”.

Sobre um eventual reforço da capacidade de resposta antevendo um aumento da procura, Ana Pereira respondeu que a Cáritas Diocesana do Algarve – que apoia 534 pessoas, num total de 197 famílias -, tem “sempre presente em situações destas que tem de reforçar a capacidade de resposta”.

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Multipessoal recruta mais de 1.000 profissionais para cantinas escolares em todo o país

  • Lusa
  • 1 Setembro 2022

Empregado de refeitório, de copa e de distribuição; cozinheiro; técnico de nutrição; e despenseiro são algumas das funções procuradas.

A Multipessoal está a recrutar mais de 1.000 profissionais para trabalhar em cantinas escolares de todo o país no ano letivo que arranca este mês, anunciou esta quinta-feira a empresa de recursos humanos.

Entre os perfis procurados estão os de “empregado/a de refeitório”, “cozinheiro/a de 1.ª, 2.ª e 3.ª”, “técnico/a de nutrição”, “empregado/a de copa”, “despenseiro/a” e “empregado/a de distribuição”, avança a empresa em comunicado. E acrescenta: “Para estas funções é valorizada experiência prévia na função e disponibilidade imediata”.

As vagas correspondem a escolas de todo o território nacional, nomeadamente em Barcelos, Tomar, Ourém, Alcobaça, Mafra, Mealhada, Guimarães, Fafe, Nelas, Vila Verde, Lisboa, Porto, Odivelas, Seixal, Setúbal e Faro.

Os interessados podem consultar as condições e requisitos das oportunidades disponíveis e candidatar-se através do site da Multipessoal ou, em alternativa, contactar a empresa através do número gratuito 300 525 551.

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Nas notícias lá fora: Espanha, Disney e caderneta da Panini

Espanha prepara-se para aprovar uma descida do IVA do gás para 5%. No Reino Unido, preencher a caderneta de cromos para o Mundial do Qatar pode custar, em média, 870 libras.

O Governo espanhol prepara-se para aprovar a descida do IVA do gás para 5%. No Reino Unido, preencher a caderneta de cromos para o Mundial do Qatar pode custar 870 libras por causa da inflação. No plano empresarial, a Disney está a estudar a criação de um programa com descontos ou vantagens especiais para clientes do streaming e dos parques temáticos, enquanto a Tencent está a vender posições.

Cadena Ser

Espanha vai reduzir IVA do gás de 21% para 5% a partir de outubro

O Governo espanhol prepara-se para aprovar a descida do IVA do gás a partir de outubro, na sequência da escalada dos preços do gás nos mercados internacionais. A taxa deverá passar dos atuais 21% para 5% e a medida ficará em vigor, pelo menos, até dezembro, anunciou o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, em entrevista à Cadena Ser. A medida deverá entrar em vigor a partir de outubro e prolongar-se-á até 31 de dezembro deste ano. No entanto, o Governo espanhol não descarta prorrogar a medida para o próximo ano, se a situação continuar “difícil”.

Veja a entrevista completa na Cadena Ser (acesso livre/conteúdo em espanhol).

The Wall Street Journal

Disney desenha bundle parecido com o Amazon Prime

A Disney está a estudar a criação de uma subscrição que visa oferecer descontos ou vantagens especiais na sua plataforma de streaming Disney+, nos parques temáticos, nos resorts e em lojas. O programa seria semelhante ao Amazon Prime, sendo que a discussão ainda está numa fase inicial, pelo que não é possível saber quando será lançado nem quanto é que a empresa poderá cobrar aos clientes.

Leia a notícia completa no The Wall Street Journal (acesso pago/conteúdo em inglês).

The Guardian

Preencher caderneta da Panini sobre o Mundial do Qatar pode custar, em média, 870 libras

A inflação chegou à caderneta de cromos. Preencher a caderneta oficial da Panini para o Mundial do Qatar poderá custar aos amantes do futebol, em média, cerca de 870 libras. Cada pacote de cinco cromos custa 90 pence no Reino Unido, o que representa um aumento de 12,5% face aos 80 praticados para o Mundial da Rússia, em 2018. Foram colocados à venda um total de 670 cromos. Contudo, por causa das duplicações os colecionadores precisam de comprar, em média, 4.832 cromos para completar a caderneta, de acordo com os cálculos de Paul Harper, professor de matemática da Universidade de Cardiff.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

The New York Times

China pode ter cometido “crimes contra a humanidade'” em Xinjiang

A Organização das Nações Unidas (ONU) apontou possíveis “crimes contra a humanidade” por parte de Pequim na região chinesa de Xinjiang, fazendo referência a “provas críveis” de tortura e violência sexual contra a minoria uigur, pedindo a intervenção da comunidade internacional. “A extensão da detenção arbitrária e discriminatória de membros dos uigures e de outros grupos predominantemente muçulmanos (…) pode constituir crimes internacionais, em particular crimes contra a humanidade”, diz o relatório.

Leia a notícia completa no The New York Times (acesso pago, conteúdo em inglês).

Financial Times

Chinesa Tencent passa de compradora a vendedora numa estratégia de desinvestimentos

A empresa chinesa Tencent está a apostar numa estratégia de desinvestimentos, numa altura em que está sob pressão por parte dos investidores e que se agudiza a tensão entre Pequim e as big tech. Este ano, a gigante tecnológica delineou com meta desinvestir cerca de 100 mil milhões de yuans (cerca de 14,5 mil milhões de dólares) do portefólio de ações avaliado em 8 mil milhões de dólares, de acordo com duas fontes próximas do processo.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

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Juros da casa registaram maior subida dos últimos 20 anos em julho

Taxa de juro média nos novos créditos para a compra de casa escalou em julho, refletindo a subida das Euribor. Aumento mensal é o mais elevado desde que o Banco de Portugal começou a publicar dados.

A taxa de juro média dos novos empréstimos para a compra de casa subiu para 1,88% em julho, um aumento significativo face ao juro médio de 1,47% do mês anterior. A escalada está relacionada com o avanço das Euribor e representa a maior subida no juro médio dos novos créditos à habitação desde 2003, o ano em que começou a série do Banco de Portugal.

“Esta evolução está em linha com a subida das taxas médias da Euribor em junho, pois existe, tipicamente, um desfasamento de um mês entre as taxas de juro Euribor e o seu reflexo nas taxas de juro aplicadas. Em julho, mais de metade do montante dos novos empréstimos à habitação utilizou como indexante a Euribor a 12 meses, cujo valor médio subiu de 0,29% em maio, para 0,85% em junho”, avança o supervisor bancário num comunicado.

A conjuntura económica ajuda a explicar o travão na concessão de crédito à habitação nesse mês. Foram emprestados 1.345 milhões de euros, menos 57 milhões de euros do que no mês anterior, segundo o Banco de Portugal.

Juros da casa descolam

Fonte: Banco de Portugal

Além do crédito à habitação, a banca financiou os particulares em 454 milhões de euros em crédito ao consumo, com uma taxa de juro média que subiu de 7,79% em junho para 7,88% em julho. Foram também concedidos 164 milhões para outros fins, o que, em conjunto com o crédito ao consumo, representam descidas de várias dezenas de milhões de euros face ao mês prévio.

Em julho, os particulares constituíram nos bancos 3.854 milhões de euros em novos depósitos — 88% em depósitos a prazo até um ano –, um aumento face aos 3.707 milhões do mês anterior. Estas aplicações pagavam um juro médio de 0,09%, o segundo mês consecutivo a subir, “após nove meses em que se manteve em 0,04%”, refere o Banco de Portugal. O ritmo de subida dos juros dos depósitos é, porém, significativamente mais lento do que a subida dos juros cobrados pelos bancos nos créditos.

Dos particulares para as empresas, o mês em análise viu os bancos atribuírem menos 597 milhões de euros do que em junho em novos financiamentos. “A taxa de juro média dos empréstimos às empresas voltou a aumentar e fixou-se em 2,63% (2,16% em junho)”, acrescenta o banco central.

Além disso, “em julho, os novos depósitos de empresas totalizaram 1143 milhões de euros, dos quais 1.088 foram aplicados em depósitos a prazo até um ano, remunerados a uma taxa de juro média de 0,13%”, remata a entidade governada por Mário Centeno.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h57)

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Taxas Euribor voltam a subir e tocam novos máximos

  • Lusa
  • 1 Setembro 2022

Taxas Euribor subiram esta quinta-feira a três, a seis e a 12 meses face a quarta-feira, atingindo novos máximos. No prazo dos três meses, a Euribor renova máximos há 12 sessões consecutivas.

As taxas Euribor subiram esta quinta-feira a três, a seis e a 12 meses face a quarta-feira, atingindo novos máximos.

  • A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo a 6 de junho, subiu esta quinta-feira para 1,240%, mais 0,037 pontos do que na véspera. A média da Euribor a seis meses em agosto subiu para 0,837%, contra 0,466% em julho e 0,162% em junho. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022).
  • No prazo dos três meses a Euribor registou, pela 12.ª sessão consecutiva, novo máximo, nos 0,712%, mais 0,058 pontos que na quarta-feira. Esta taxa entrou em terreno positivo em 14 de julho, pela primeira vez desde abril de 2015. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu para 0,395% em agosto, contra 0,037% em julho e -0,239% em junho.
  • Relativamente ao prazo de 12 meses, a Euribor subiu esta quinta-feira 0,073 pontos para 1,851%.Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril. A média da Euribor a 12 meses avançou para 1,249% em agosto, após médias de 0,992% em julho e de 0,852% em junho.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.

Na reunião de política monetária realizada em 21 de julho, o BCE aumentou em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, com o objetivo de travar a inflação. O BCE indicou também que nas próximas reuniões continuará a subir as taxas de juro. A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras BCE.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021. As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Espanha: Bancos desenvolvem digital para ajudar idosos

  • Servimedia
  • 1 Setembro 2022

Os bancos estão a apostar no desenvolvimento dos seus serviços digitais para facilitar o acesso de pessoas idosas às instituições financeiras. Santander, Caixabank e Bankiter são alguns exemplos.

Santander, Caixabank e Bankiter são algumas das instituições financeiras com ofertas digitais que satisfazem as necessidades das pessoas idosas. Consultores como a Minsait têm ajudado na promoção e desenvolvimento de produtos e serviços bancários através de soluções para facilitar a acessibilidade universal, noticia a Servimedia.

Nos últimos anos, a banca sofreu uma mudança radical marcada pela digitalização dos seus serviços, com compromissos para melhorar a gestão de dados, a multicanalização e a utilização de ferramentas para tornar os seus processos internos mais eficientes e oferecer mais serviços conectados a clientes mais habituados à digitalização.

Nesta situação, adaptar novas ferramentas aos idosos é fundamental e já existem vários bancos que estão a ajustar a sua carteira de serviços para acompanhar os idosos.

O Banco Santander, por exemplo, tem uma aplicação adaptada para que os clientes seniores possam utilizar os serviços bancários digitalizados. Este instrumento tem uma visão mais básica dos produtos, facilita a gestão desses produtos e ainda permite visualizar os últimos movimentos. Tem também uma área de segurança específica, onde os pagamentos podem ser efetuados e os débitos diretos podem ser cancelados de forma fácil e segura. A aplicação também dá preferência a clientes seniores quando se trata de ser atendido à distância.

Por outro lado, o Caixabank oferece tutoriais em vídeo no seu website sobre como utilizar a aplicação ou realizar procedimentos através do seu website. Além disso, acompanham os utilizadores no processo de pedido de marcação para qualquer consulta, de forma a assegurar que os tempos de espera são limitados e que podem ser atendidos no melhor momento para eles.

Há anos que o Bankinter também tem vindo a adaptar a sua oferta digital às necessidades das pessoas com mais de 65 anos de idade. A estratégia do banco baseia-se na melhoria constante da qualidade do seu serviço ao cliente, com programas como “um banco para todos”, o que garantiu que a acessibilidade dos seus canais físicos e digitais fosse adaptada a todos os públicos.

Isto é possível graças a grandes empresas tecnológicas como a Minsait, uma empresa líder na transformação digital, que oferece soluções adaptadas à população mais exigente e tem propostas de desenvolvimento em áreas-chave como o serviço personalizado ao cliente, o omnichannel adaptado ou a prestação de serviços.

Os bancos fazem uso destas grandes empresas de consultoria para continuarem a fazer progressos na adaptação dos seus serviços ao novo mundo digital, sem esquecer as necessidades desta população.

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Dívida pública baixa 1,4 mil milhões em julho após recorde

A dívida pública caiu 1,4 mil milhões de euros em julho, depois de ter atingido um valor recorde no mês anterior. Foi a primeira queda registada este ano.

A dívida pública baixou 1,4 mil milhões de euros em julho, para um total de 279,2 mil milhões de euros, depois de ter atingido um valor recorde no mês anterior. Foi a primeira vez este ano que o endividamento público caiu, depois de seis meses a subir.

De acordo com o Banco de Portugal, esta descida deveu-se essencialmente às amortizações de títulos de dívida de 1,9 mil milhões de euros, sobretudo de curto prazo.

Dívida pública cai após recorde em junho

Fonte: Banco de Portugal

Portugal fechou o ano passado com uma dívida pública de 269,3 mil milhões de euros e foi subindo, mês após mês, na primeira metade do ano, que costuma ser mais preenchido com operações de financiamento da parte do IGCP. Adicionalmente, como aconteceu em maio, o país já começou a receber os empréstimos do Plano de Recuperação e Resiliência, que também engorda a dívida pública. Junho fixou assim um novo máximo histórico de 280,6 mil milhões de euros, caindo no mês seguinte.

Os dados do Banco de Portugal indicam ainda que os depósitos das administrações públicas diminuíram três mil milhões de euros em julho. Pelo que, “deduzida desses depósitos, a dívida pública aumentou 1,6 mil milhões para 254,1 mil milhões de euros”.

Olhando para o rácio da dívida pública em relação ao PIB, Portugal tem registado uma evolução positiva este ano. Chegou ao final do segundo trimestre com um rácio de 126,7% do PIB, estando a reduzir-se desde o final do primeiro trimestre do ano passado, à boleia do bom desempenho da economia neste período.

O dia 1 de setembro fica marcado pelo início de funções do novo presidente do IGCP, Miguel Martín, num contexto marcado pela alta inflação e pela subida dos juros. O IGCP tem por missão fazer a gestão da dívida pública.

O ministro das Finanças, Fernando Medina, disse que o Governo tem como objetivo “tirar Portugal do grupo de países com maior dívida pública” e aponta para uma redução do rácio para perto de 100% até 2026.

(Notícia atualizada às 11h41)

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