UTAD lança rede global de embaixadores com antigos estudantes

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) lança rede de embaixadores com antigos estudantes de vários países para posicionar a academia no mapa internacional.

Levar a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) além-fronteiras, posicionando-a como “destino universitário cada vez mais global“, mediante o reforço da cooperação com outras instituições académicas, científicas, associativas e empresarias. Além da criação de oportunidades de emprego e de empreendedorismo, e captação de novos estudantes. É esta a missão dos 37 embaixadores da academia — o mesmo número que os anos de vida desta instituição –, que vivem em dezenas de países europeus, americanos, asiáticos e africanos.

A rede de embaixadores Alumni UTAD foi lançada por altura das comemorações da academia. “Ao longo de várias gerações, foram muitos os estudantes que fizeram a sua formação na UTAD e cada qual é, hoje, um capital humano inalienável e um ativo crucial para a construção do futuro desta academia”, começa por afirma o reitor da academia transmontana, Emídio Gomes.

Estes primeiros embaixadores desenvolvem a sua atividade profissional em pontos nevrálgicos do globo e, por isso, são a nossa melhor marca internacional. Continuaremos a trabalhar para manter esta comunidade ativa, unida e em contínuo crescimento.

Emídio Gomes

Reitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD)

Distribuídos por 28 países, estes embaixadores passam a “reforçar a cooperação entre a UTAD e outras instituições académicas, científicas, associativas e empresarias”, assim como desenvolver atividades de mentoria e promover oportunidades de emprego e de empreendedorismo. Além de ajudar na captação de novos estudantes nacionais e/ou internacionais.

“Estes primeiros embaixadores desenvolvem a sua atividade profissional em pontos nevrálgicos do globo e, por isso, são a nossa melhor marca internacional. Continuaremos a trabalhar para manter esta comunidade ativa, unida e em contínuo crescimento”, realça o reitor da UTAD.

Com diferentes formações académicas e experiências profissionais — desporto, ciências agrárias, engenharias, novas tecnologias –, os embaixadores também “serão a força motriz de um networking à escala global”, completa Emídio Gomes.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Estádio de Espinho pode custar até 13 milhões e processo segue para o Ministério Público

  • ECO e Lusa
  • 24 Março 2023

Câmara de Espinho diz que, afinal, o estádio municipal pode custar até 13 milhões de euros e que o respetivo processo será remetido ao Ministério Público por práticas lesivas do erário público.

A presidente da Câmara de Espinho, Maria Manuel Cruz, revelou esta sexta-feira, após averiguações motivadas pelas suspeitas de corrupção, envolvendo dois antecessores, que o estádio municipal pode custar até 13 milhões de euros e que o respetivo processo será remetido ao Ministério Público.

“Por estarem reunidos dados suficientes que indiciam práticas lesivas do erário público, todo o processo do Estádio Municipal de Espinho será remetido ao Tribunal de Contas e ao Ministério Público“, assegurou a autarca socialista Maria Manuel Cruz que a 16 de janeiro, sucedeu a Miguel Reis, entretanto detido e em prisão preventiva.

Durante uma conferência de imprensa, a autarca socialista Maria Manuel Cruz revelou mais detalhes sobre a auditoria independente encomendada para análise da empreitada do Estádio Municipal. Destinando-se a funcionar como sede do Sporting Clube de Espinho, este equipamento foi adjudicado por 4,5 milhões de euros em 2020, no mandato do seu antecessor, o social-democrata Joaquim Pinto Moreira. Só que, devido a trabalhos suplementares de vária ordem, pode vir a custar muito mais.

Por estarem reunidos dados suficientes que indiciam práticas lesivas do erário público, todo o processo do Estádio Municipal de Espinho será remetido ao Tribunal de Contas e ao Ministério Público.

Maria Manuel Cruz

Presidente da Câmara Municipal de Espinho

“Perante os dados que temos neste momento, a obra poderá facilmente atingir valores totais entre os nove e os 13 milhões de euros, quando foi publicamente anunciada [na fase inicial do processo, em 2018] por apenas 2,5 milhões”, declarou a autarca do município do distrito de Aveiro.

Maria Manuel Cruz não rejeita que é do interesse municipal construir o estádio. Mas, atendendo a que os referidos valores já se antecipam como demasiado próximos dos máximos legais permitidos pela contratação pública, a autarca avisa que “qualquer decisão sobre o futuro da empreitada ficará condicionada àquilo que vierem a ser as conclusões da auditoria” que foi encomendada ao Instituto da Construção da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

Entre as alegadas irregularidades incluem-se situações como o facto de o projeto arquitetónico para o novo equipamento desportivo da cidade ter sido anunciado como apto a cumprir os requisitos exigidos pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional para jogos de alta competição e, posteriormente, ter sido alterado, com “a retirada do sistema de iluminação e a cobertura de três bancadas“.

Perante os dados que temos neste momento, a obra poderá facilmente atingir valores totais entre os nove e os 13 milhões de euros, quando foi publicamente anunciada [na fase inicial do processo, em 2018] por apenas 2,5 milhões.

Maria Manuel Cruz

Presidente da Câmara Municipal de Espinho

 

Segundo Maria Manuel Cruz, a empreitada em curso também não contempla o arranjo da envolvente nem o acesso viário até ao local a partir da Nave Desportiva, sendo que a própria rede de águas pluviais do estádio “não é compatível com as infraestruturas existentes na vida pública”.

Devido à necessidade de corrigir esses e outros aspetos da obra, a autarca sublinhou que é preciso “aferir as consequências legais, administrativas e contratuais do não cumprimento dos limites impostos pelo Código os Contratos Públicos e determinar se a empreitada tem viabilidade e sustentabilidade financeira” — sobretudo atendendo a que é integralmente suportada pelo orçamento municipal, sem recurso a mecanismos de apoio ao financiamento.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Não me compete procurar adivinhar” eventuais pedidos de inconstitucionalidade à Lei do Trabalho

Patrões consideram que a nova Lei do Trabalho, promulgada esta semana pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, tem medidas inconstitucionais.

“A mim não me compete procurar adivinhar” sobre eventuais pedidos de inconstitucionalidade à nova Lei do Trabalho pelas confederações patronais, reage Miguel Fontes, secretário de Estado do Trabalho, ao ECO.

“Tivemos um processo normal, cumpriu as suas etapas e agora estamos a trabalhar para que, assim que a agenda entre em vigor, todas as suas normas e os seus dispositivos legais que operem em completo na sociedade portuguesa”, considera o governante, falando à margem da apresentação da primeira fase do projeto da semana de quatro dias, piloto que está a ser promovido pelo Governo.

As alterações ao Código do Trabalho, aprovadas pelo Parlamento no âmbito da Agenda do Trabalho Digno, foram promulgadas esta quarta-feira por Marcelo Rebelo de Sousa, deixando desiludidos os representantes do patronato, que tinham alertado, em carta enviada ao Presidente da República, para o que consideram ser medidas inconstitucionais.

O Conselho Nacional das Confederações Patronais já tinha anunciado que ia requerer audiências aos diferentes grupos parlamentares para dar conta no que, no seu entender, reside a inconstitucionalidade das alterações das normas.

“Além de uma profunda desilusão com esta decisão e posição do Senhor Presidente da República e após a aprovação pela maioria do PS na Assembleia da República desta medidas, o CNCP está seriamente preocupado com os efeitos negativos para a vida das empresas que irão surgir, tanto a curto como a médio prazo, em particular numa altura tão desafiante e vulnerável para as empresas como aquela que enfrentamos”, reagiu, em comunicado, quando foi conhecida a promulgação do diploma.

O caminho fez-se. O Parlamento trabalhou em cima dessa proposta de lei, alterou ainda algumas normas. O senhor Presidente promulgou. São as instituições a funcionar, sem nenhuma dificuldade. E agora cá estaremos para trabalharmos com novas leis, com este objetivo, [com o qual] acho que estamos todos de acordo: queremos um país mais inclusivo, com menos precariedade laboral, com melhor respeito por quem trabalha, que promova essa conciliação [vida pessoal e profissional] e que valorize o diálogo social”, considera Miguel Fontes.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pinto Moreira vai pedir suspensão de mandato de deputado após ser constituído arguido

  • Lusa
  • 24 Março 2023

O ex-presidente de Espinho Pinto Moreira anunciou que vai pedir a suspensão do mandato como deputado do PSD na Assembleia da República, após ser constituído arguido no âmbito da Operação Vórtex.

O ex-presidente da Câmara de Espinho Pinto Moreira anunciou que vai pedir a suspensão do mandato como deputado do PSD na Assembleia da República, após ser constituído arguido no âmbito da Operação Vórtex.

“Como eu já tinha dito, eu sou coerente com as minhas palavras e com as minhas posições. Apesar de sair daqui constituído arguido e com um mero TIR [Termo de Identidade e Residência], o que é certo e o que eu disse é que se fosse constituído arguido iria suspender o mandato. É exatamente isso que eu irei fazer pelo tempo que entender por conveniente“, afirmou Pinto Moreira aos jornalistas à saída do Tribunal de Instrução Criminal do Porto, onde foi ouvido por procuradores do Ministério Público (MP).

O arguido disse que “respondeu a todas as perguntas” colocadas pelos procuradores do MP, reiterando que “sempre agiu no superior interesse” dos espinhenses e da cidade de Espinho, no distrito de Aveiro.

Em causa está a “alegada prática” de crimes de corrupção passiva de titular de cargo político – “eventualmente agravado” se a vantagem “for de valor elevado” ou “consideravelmente elevado” -, prevaricação, tráfico de influência e abuso de poderes, segundo o parecer da Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados que, em 10 de fevereiro, confirmou a autorização do levantamento da imunidade parlamentar do deputado do PSD Joaquim Pinto Moreira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Complemento Garantia para a Infância será pago às famílias “nos próximos dias”

Ministra diz que "está a ser processado" o pagamento que garante que todos os menores com abono de família recebem um valor fixo (600 ou 492 euros) no conjunto do abono e da dedução do IRS.

A ministra da Segurança Social confirmou esta sexta-feira que o pagamento do novo Complemento Garantia para a Infância “está a ser processado” e chegará às famílias “nos próximos dias”. A portaria que regulamenta a medida foi publicada no início de março. Ana Mendes Godinho falava na conferência de imprensa do Governo em que também foi anunciado um novo apoio de 30 euros mensais para as famílias vulneráveis e a majoração do abono de família em 15 euros por mês.

Como noticiou o ECO na altura, o Complemento Garantia para a Infância, inserida num programa com o mesmo nome, pressupõe uma transferência única para garantir que todos os menores em Portugal que beneficiem de abono de família recebem, pelo menos, 600 euros por ano (até aos seis anos de idade) ou 492 euros (entre os sete e os 17 anos — à data de 31 de dezembro do ano em que é pago o abono) no conjunto do abono e da dedução ao IRS.

Assim, por exemplo, uma criança de três anos cujo abono de família e a dedução à coleta (em conjunto) não chegue aos 600 euros num dado ano recebe a diferença no primeiro trimestre do ano seguinte. Para as crianças a partir dos sete anos, o valor de referência desce para 492 euros. É tida em conta a liquidação de IRS do ano em que foi pago o abono.

Este apoio é pago pela Autoridade Tributária e Aduaneira, que vai ter de passar a disponibilizar no Portal das Finanças, até à data-limite de pagamento do complemento, informação detalhada sobre o apuramento do valor, a sua atribuição e a ordem de transferência. O ECO vinha a questionar o Ministério da Segurança Social e o Ministério das Finanças sobre a disponibilização dessa informação, sem obter resposta.

Nos termos da portaria publicada no início do mês, o pagamento do complemento é feito “no primeiro trimestre do ano seguinte ao do pagamento do abono, que é o ano de referência”. A transferência é feita, regra geral, para o IBAN associado ao registo do Portal das Finanças.

O complemento é uma das três medidas do programa Garantia para a Infância. Este inclui também o pagamento, já operacionalizado, de uma prestação adicional ao abono de família às crianças em “situação de pobreza extrema” para que o abono alcance 1.200 euros anuais em 2023 e o aumento do abono de família às crianças e jovens com idade inferior a 18 anos que se integrem nos primeiro e segundo escalões.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Walk Talks. A importância de manter o foco

  • Trabalho
  • 24 Março 2023

Uma conversa, enquanto se caminha, que se repete todas as semanas aqui na Pessoas. Bem vindos à Walk Talks.

Apesar dos desafios que nos rodeiam, de todos os estímulos e ruídos que nos chegam por todas as vias possíveis, é fundamental treinar a nossa capacidade de foco. Essa capacidade de dirigir a nossa atenção para algum assunto, durante um determinado período de tempo. É precisamente sobre este tema que João Perre Viana e Nuno Santos Fernandes, partners e mentores da Walking Mentorship, nos falam esta semana.

Quanto maior a nossa capacidade de foco, maior será também a nossa capacidade de desempenho. E ainda que às vezes seja preciso desfocar a nossa atenção, esses momentos devem ser encarados como períodos completamente diferentes.

Para quem quiser trabalhar este músculo do foco, os mentores deixam ainda uma sugestão de leitura: “Foco. O Motor Oculto da Excelência”, da autoria de Daniel Goleman.

http://videos.sapo.pt/pFVnvtYmWqa0Z8zWjN9U

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Expresso entra no metaverso com a exposição que assinala os 50 anos do jornal

  • + M
  • 24 Março 2023

A inauguração está a ser feita com a exposição “50 Anos de Expresso”, o país e o mundo em 50 primeiras páginas do jornal que assinalou em janeiro o 50º aniversário. 

O Expresso chegou ao metaverso. A inauguração está a ser feita com a exposição “50 Anos de Expresso”, o país e o mundo em 50 primeiras páginas do jornal que assinalou em janeiro o 50.º aniversário.

A exposição inclui 50 primeiras páginas do jornal, uma por cada ano. “Os visitantes podem também ouvir o áudio que passa em revista a história do país e do mundo, guiado pelas vozes dos jornalistas do Expresso, ano a ano, com o que de mais relevante aconteceu entre 1973 e 2022”, explica a Impresa.

Além da exposição, os visitantes poderão assistir a alguns eventos especiais no auditório, com presença da direção e redação do jornal, prossegue o título.

O espaço metaverso Expresso foi desenhado e desenvolvido pela agência de inovação Instinct, também responsável pela entrada da RFM e da Meo neste universo digital. A operadora da Altice, no metaverso desde novembro do último ano, associou-se a este lançamento, “dando as boas-vindas ao Expresso”, prossegue a Impresa.

A plataforma de metaverso escolhida pelo Expresso é a Spatial.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Costa duvida da eficácia da subida dos juros do BCE e diz que inflação está a ser controlada pelos Estados

Para o primeiro-ministro, o BCE ainda não contribuiu para a descida da inflação. Antes, têm sido os governos, com as medidas de controlo dos preços da energia, a combater escalada dos preços.

António Costa voltou a criticar o aperto da política monetária do Banco Central Europeu (BCE), dizendo que a subida dos juros não tem contribuído para a redução da inflação. O primeiro-ministro considera que têm sido as medidas dos governos que têm ajudado a travar a escalada dos preços.

“Se a inflação tem estado a ser controlada deve-se, em primeiro lugar, às medidas que os governos tem adotado para controlar a evolução do preço da energia e, em segundo lugar, as medidas que tem sido adotadas para apoiar o aumento dos custos de produção, designadamente no setor agrícola”, afirmou Costa no final da reunião do Conselho Europeu que teve a participação da presidente do BCE, Christine Lagarde.

“Até agora, as contribuições da subida significativa das taxas de juro para controlar a inflação não se verificaram”, prosseguiu o primeiro-ministro português, em declarações aos jornalistas transmitidas pela RTP3. “E é improvável que se verifiquem devido às causas específicas que esta inflação tem”, explicou.

António Costa, que falava em Bruxelas ao mesmo tempo que três ministros apresentavam em Lisboa o novo pacote de apoio às famílias, apontou que as causas da inflação são “muito distintas das causas habituais”, razão pela qual não acredita que o aperto monetário do BCE vá funcionar.

Nesse sentido, o primeiro-ministro considerou que o BCE deve ser “muito prudente” na sua atuação, pois se a economia se tem mantido firme e robusta, apesar do agravamento das condições financeiras, tem o receio de que isso “decorra do facto de ter havido uma acumulação muito significativa de poupança e de liquidez, fruto da pandemia e conforme essas poupanças forem diminuindo as medidas de aumento das taxas de juro possam ter efeito” negativo.

Finalmente, António Costa sublinhou que os países onde há maior acesso ao crédito para aquisição de habitação própria “têm de adotar medidas para proteger as famílias dos efeitos destas politicas do BCE”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Semana de 4 dias é “bom cartão-de-visita” para atrair talento para Portugal, diz Miguel Fontes

Governo afasta financiar o piloto da semana de quatro dias em fases futuras. Apenas cerca de metade das empresas que inicialmente manifestaram interesse em participar avançaram para a segunda fase.

A semana de quatro dias pode ser “um bom cartão-de-visita” para atrair talento para trabalhar em Portugal e um movimento fundamental para “posicionar estrategicamente” o país na competição mundial pelo talento, em pleno inverno demográfico, defende Miguel Fontes, secretário de Estado do Trabalho, durante a apresentação dos resultados da primeira fase do piloto da semana mais curta de trabalho, esta sexta-feira em Lisboa. Governo afasta avançar com financiamento do piloto em fases futuras.

“Se as organizações competem por talento, os países não competem menos. Portugal hoje tem um problema demográfico, precisamos de inverter não o inverno demográfico, mas o inferno demográfico, sendo capazes não só de ter políticas amigas do crescimento das famílias, de natalidade para quem o deseja, mas temos de captar pessoas que queiram vir trabalhar para Portugal. Para isso não acham que isto [semana de quatro dias] é um bom cartão-de-visita?”, questina Miguel Fontes, secretário de Estado do Trabalho.

“Acredito profundamente que sim. E para o posicionamento estratégico para o país é bom que nas notícias se veja referido que Portugal é um dos países que está a liderar este movimento pela semana de quatro dias”, defendeu ainda, duranta a apresentação da primeira fase do projeto piloto.

Depois de 99 empresas terem manifestado interesse no projeto, cerca de metade (46), decidiram avançar para a fase seguinte do projeto. “Está perfeitamente em linha com aquilo que eram as expectativas que tinha. Temos de ter a noção que estamos a falar de um projeto inovador, o que traz sempre associado algum receio. Muitas mostraram interesse e depois na ponderação, algumas decidiram que não estavam ainda em condições de avançar. É normal. E daqui até à terceira fase até é expectável que algumas das empresas até possam não chegar mesmo a participar no piloto. Mas isso não nos deve inibir. Isto é uma experiência”, referiu o secretário de Estado, em declarações aos jornalistas.

Fator de atração de talento

O governante destacou ainda o impacto que este novo modelo de trabalho pode vir a ter numa melhor conciliação entre a vida pessoal e o trabalho, algo que hoje é “uma exigência dos trabalhadores mais novos”.

Por isso, diz, este modelo “é fundamental para atrair talento, para o reter, seja à escala de país, seja à escala de organizações. Portanto, isto não é um capricho, não é uma questão menor. É uma questão absolutamente central para promovermos novos centros de organização de trabalho, que tornem as pessoas mais motivadas e comprometidas”, acrescenta.

“É uma razão que vai também aumentar o nível de produtividade nas organizações, diminuir o nível de absentismo, diminuir os problemas associados à saúde mental, reduzir o presencialismo que muitas vezes se assiste nas empresas, e as pessoas vão sentir que têm condições para essa melhor conciliação”, continua.

“Temos de introduzir a diversidade na nossa gestão e na nossa liderança. Não se trata apenas de passar de cinco para quatro dias, é uma excelente oportunidade para as empresas refletirem sobre como estão a trabalhar, onde porventura estão a perder recursos e tempos que podiam ser encurtados para libertar para um trabalho mais focado, mais efetivo. É uma oportunidade também de reorganização de todos os tempos de trabalho entendidos no sentido amplo”, resume.

E é, precisamente, esse argumento que considera que poderá demover as organizações sindicais de opor-se a este modelo. “Os sindicatos têm de ouvir aqueles que representam. Seria muito estranho que, numa altura em que se fala da necessidade de refortalecer o movimento sindical, isso só se fará se os sindicatos forem capazes de se aproximar dos trabalhadores mais jovens. Não tenho que dar nenhuma lição ao sindicato, mas seguramente que ouvem o mesmo que eu oiço. É uma exigência dos nossos trabalhadores que chegam ao mercado, que não estão mais disponíveis para formas de organização do trabalho, como aconteceu no passado”, diz o governante.

Piloto sem financiamento do Estado

O piloto, com arranque previsto para junho, tem avançado sem financiamento público, com a adesão voluntária das empresas e assim deverá continuar. Miguel Fontes descarta a ideia do Estado financiar o piloto em fases seguintes, através da criação de linhas de apoio, mesmo tendo sido a atual situação económica e a necessidade de eventual investimento, através de recrutamento, que levou quase metade das empresas a não ter avançado para a fase seguinte do projeto. Nem depois do fim do piloto.

“Se os resultados vierem a ser positivos, então testamos a hipótese de que é possível sem financiamento. Portanto, não seria razoável andarmos para trás e dizermos que para crescermos é preciso financiamento. Sinceramente, nós temos de ter a noção que os nossos recursos públicos são escassos e devem ser usados para aquilo que é essencial, como serão hoje, nomeadamente, para apoiar as famílias mais vulneráveis numa situação de crise que estamos a viver”, conclui o secretário de Estado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Agricultores forçam entrada na CCDR do Alentejo e PSP intervém

  • Mariana Marques Tiago e Lusa
  • 24 Março 2023

A manifestação onde estavam centenas de agricultores, em Évora, escalou de tom quando os manifestantes tentaram forçar a entrada na CCDR. Objetivo era entregar o documento da PEPAC aos responsáveis.

Uma manifestação de agricultores, marcada para esta sexta-feira em Évora, escalou de tom quando os manifestantes tentaram forçar a entrada na CCDR (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional), na capital de distrito alentejana. A PSP viu-se obrigada a intervir.

Centenas de agricultores encontravam-se à porta da CCDR com o objetivo de entregar um documento da PEPAC (Plano Estratégico da Política Agrícola Comum) à presidente da comissão. No entanto, alegam os manifestantes, não estava presente nenhum responsável para os receber, o que motivou o descontentamento por parte dos agricultores e uma posterior tentativa de forçar a entrada no edifício.

O documento terá sido entregue por uma delegação que entrou no edifício e foi recebido por uma funcionária. À saída, o grupo trancou a cadeado duas das portas, o que levou a PSP a intervir para as reabrir. Já com os ânimos exaltados e gritos de “bandidos”, alguns forçaram as portas e entraram. Outros, do lado de fora, batiam nas portas de vidro com a intenção de se juntar a quem se encontrava no interior do edifício.

Às televisões, que estavam no local quando a tensão aumentou e captaram o confronto aceso entre polícia e manifestantes, os agricultores descreviam a situação como “uma vergonha”. “Temos o Ministério completamente voltado de costas para nós. A gente tem de criar os nossos filhos e isto é uma bandidagem contra a gente”, dizia um dos manifestantes.

Após o confronto entre manifestantes e polícia, aquelas pessoas que tinham conseguido aceder ao interior do edifício da CCDR do Alentejo acabaram por sair, tendo a marcha retomado o percurso estabelecido pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP).

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CTT atualizam salários e sobem vencimento de entrada. Querem contratar 100 pessoas este ano

As tabelas salariais serão atualizadas em 2,5%, fixando o valor mínimo de vencimento base nos 765 euros. Também o subsídio de alimentação vai ser aumentado para os 9,12 euros.

Depois das negociações “bem-sucedidas” com as entidades representativas dos trabalhadores, foi alcançado um acordo para a revisão salarial dos colaboradores dos CTT. As tabelas salariais serão atualizadas em 2,5%, fixando o valor mínimo de vencimento base nos 765 euros. Também o subsídio de alimentação sobe para os 9,12 euros, anuncia a empresa esta sexta-feira. Os CTT vão ainda reforçar as equipas: até ao final do ano, a empresa estima preencher 80 vagas para carteiros e 20 para atendedores de loja.

Depois de um ano desafiante, em que ainda se sentiu o efeito da pandemia, a conjuntura económica atravessa um momento difícil, com o aumento da inflação e a subida das taxas de juro e dos preços a dificultar a gestão do orçamento das famílias. Ciente desta realidade, a comissão executiva dos CTT tem procurado implementar medidas que contribuam para minimizar os efeitos do ambiente macroeconómico atual, de caráter inflacionista, e reafirmar o seu compromisso com a empregabilidade, a gestão responsável de recursos humanos, a sustentabilidade futura da empresa”, pode ler-se em comunicado.

Classificando a revisão salarial como “abrangente”, a companhia procederá a aumentos “de diferentes valores” para vencimentos base mensais até 2.853,17 euros, a 31 de dezembro de 2022. Paralelamente haverá uma atualização das tabelas salariais em 2,5%. Esta atualização prevê a fixação em 765 euros como valor mínimo de vencimento base. “Fruto da atualização, quer dos valores de vencimento base, quer das tabelas salariais, serão implementados aumentos mínimos para os trabalhadores que aufiram um vencimento base de até 1.997,60 euros”, detalha ainda a empresa. Além disso, o valor do subsídio de refeição será aumentado para 9,12 euros.

A revisão terá efeitos retroativos a 1 de janeiro de 2023, sendo paga com o processamento salarial de abril.

Esta revisão anual subjacente ao Acordo de Empresa foi acordada com um conjunto alargado de estruturas representativas dos trabalhadores da empresa: Sindicato Democrático dos Trabalhadores dos Correios, Telecomunicações, Media e Serviços (SINDETELCO), Sindicato das Comunicações de Portugal (SICOMP), SNTCT SINCOR; SINQUADROS; FENTCOP; SICOMP; SINTTAV; SITIC; SICTEXX. Os CTT manifestam a sua satisfação pelo “ambiente positivo e de diálogo em que decorreram estas negociações” para a revisão salarial e felicitam as partes envolvidas pelo “espírito colaborativo com que se apresentaram”.

No que toca a planos de contratação para este ano, os CTT assumem o compromisso de contratar, até 31 de dezembro de 2023, 100 trabalhadores para o quadro permanente, dos quais 80 carteiros e 20 atendedores de loja.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Galp vai descer os preços de eletricidade e gás natural a partir do próximo mês

  • Lusa
  • 24 Março 2023

Galp anunciou que vai baixar os preços de eletricidade e do gás natural, com descidas médias de 15% e de 27%, respetivamente, a partir de abril.

A Galp anunciou esta sexta-feira que vai baixar os preços de eletricidade e do gás natural, com descidas médias de 15% e de 27%, respetivamente, a partir de abril, disse a empresa numa nota enviada à Lusa.

“A Galp irá proceder a uma atualização dos preços da eletricidade e do gás natural com descidas médias de 15% e de 27%, respetivamente, a partir do início do mês de abril, refletindo assim a evolução favorável que se tem verificado nos mercados grossistas de gás e eletricidade“, refere a empresa.

Por exemplo, para o cliente tipo com uma família com dois filhos “a redução média na faturação dos clientes de eletricidade face à tabela atual traduz-se numa descida de 6,2 euros por mês (cliente com potência contratada de 6,9 kVA e consumo médio mensal de 218 kWh)”.

No caso do gás natural, “a redução média face aos preços atuais resultará numa diminuição de 6,48 euros por mês (cliente no 1.º escalão de gás natural com um consumo médio mensal de 130kWh)”.

A Galp refere que “a descida no preço da eletricidade irá igualmente refletir-se numa redução equivalente no custo da mobilidade elétrica, em que os carregamentos fora do vazio passarão a custar 0,2030 euros kWh (contra os atuais 0,2394 euros kWh)”.

No caso dos carregamentos no período de vazio, estes “passarão a custar 0,1763 euros kWh (o que compara com 0,2079 euros kWh atualmente)”. Ou seja, “o preço da energia necessária para percorrer 100 quilómetros descerá para 3,36 euros, contra os atuais 3,96 euros”.

Refira-se que estes valores não incluem IVA.

A Galp tinha “descido em 11% os preços da eletricidade para as famílias e pequenas empresas no início do ano, o que se traduziu em descidas de 3,5 euros a 6 euros mês no consumo médio de uma família com dois filhos”, recorda a empresa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.