Seguradoras aumentaram 39% os lucros em 2022 para 900 milhões de euros

  • ECO Seguros
  • 27 Fevereiro 2023

As companhias supervisionadas pela ASF aumentaram os resultados líquidos para 900 milhões de euros em 2022. Os prémios emitidos superaram 12 mil milhões.

As companhias supervisionadas pela ASF aumentaram os resultados líquidos para 900 milhões de euros em 2022. Os prémios emitidos ficaram acima dos 12 mil milhões. A solvência reduziu mas a rentabilidade bateu recorde.

Os dados foram publicados esta segunda-feira no REAS – Relatório trimestral de Evolução da Atividade Seguradora – 4.º Trimestre 2022, pela ASF , entidade supervisora do setor. Inclui os dados agregados de cerca de 70 seguradoras, entre as de direito português e as sucursais de seguradoras estrangeiras com sede na União Europeia e estabelecidas em Portugal.

Os resultados líquidos de todas as seguradoras atingiram os 900 milhões de euros, um valor superior em 39% ao registado em 2021 e o dobro do verificado em 2020 no ano da pandemia. Em rentabilidade líquida sobre o volume de prémios, o rácio subiu de 3,5% em 2021 para 7,5% no ano passado.

Os Indicadores mais significativos salientados pela ASF no Relatório são:

O rácio provisório de cobertura do Requisito de Capital de Solvência (SCR) do conjunto das empresas sob supervisão prudencial da ASF foi, no final de 2022, de 202%, o que representa uma diminuição de cinco pontos percentuais face ao final de 2021.

No mesmo período, o rácio provisório de cobertura do Requisito de Capital Mínimo (MCR) do mesmo conjunto de empresas registou uma diminuição de 48 pontos percentuais, situando-se em 528%. Para ambos os indicadores o nível 100% é o mínimo.

Em dezembro de 2022, o valor das carteiras de investimento das empresas de seguros totalizou 50,2 mil milhões de euros, o que representa um decréscimo de 2,2% face ao final do ano anterior.

A produção global do mercado de seguro direto, relativa à atividade em Portugal, ficou em 12 057 milhões de euros no ano de 2022. O ramo Vida faturou 6.019 milhões de euros enquanto os ramos Não Vida apresentaram um crescimento de 7,4%. (para 6.037 milhões de euros).

Os custos com sinistros do ramo Vida decresceram para 6 379 milhões de euros explicado pelo facto de, nos dois últimos anos, ter ocorrido um volume elevado de vencimentos de contratos de seguros financeiros, pouco usual face aos valores habituais.

A produção dos ramos Não Vida do total do mercado ultrapassou 6.037 milhões de euros, mais 416 milhões que em igual período do ano anterior.

A produção de seguro direto de Acidentes de Trabalho apresentou um crescimento de 6,4% face aos valores do trimestre homólogo de 2021. Os custos com sinistros diminuíram 13,6 % face a 2021 e o rácio de sinistralidade “Custos com Sinistros / Prémios Brutos Emitidos” diminuiu 13,8 pontos percentuais, situando-se em 59,9%.

A produção de seguro direto do ramo Saúde/Doença apresentou um aumento de 11,9% face ao quarto trimestre de 2021. Os custos com sinistros aumentaram 11,5%, tendo o rácio de sinistralidade “Custos com Sinistros / Prémios Brutos Emitidos” diminuído 0,2 pontos percentuais, situando-se em 71,9%.

A produção de seguro direto do ramo Incêndio e Outros Danos cresceu 7,3%, face ao trimestre homólogo do ano anterior. Verificou-se que praticamente todas as modalidades apresentaram um acréscimo nos prémios brutos emitidos, das quais se destacam as modalidades de Riscos Múltiplos Habitação e Comerciantes (7,4% e 11,7%, respetivamente), que no conjunto detêm um peso no cômputo do ramo de 74,7%.

No ramo Automóvel, os prémios brutos emitidos de seguro direto registaram uma variação positiva de 3,8% face a dezembro de 2021. O rácio de sinistralidade “Custos com Sinistros / Prémios Brutos Emitidos” do mesmo período aumentou cerca de 2,7 pontos percentuais, situando-se em 69,8%.

Houve um decréscimo de 0,2% do valor total das provisões técnicas face ao final do ano para 42.856 milhões de euros. As provisões técnicas apenas afetas a seguros PPR ascendiam a cerca de 15,7 mil milhões de euros, valor que representa uma redução de 3,4% face ao final do ano:

Na carteira de investimentos das seguradoras, o valor total dos ativos diminuiu no período para 50.237 milhões de euros. Esta evolução resultou essencialmente do decréscimo do valor das obrigações de dívida privada e dos fundos de investimento. Os instrumentos de dívida mantêm-se predominantes, com um peso relativo semelhante ao verificado no final de 2021, apesar da redução do montante investido de 2,1%, representando 63,3% do total dos ativos. Estes instrumentos representavam 83,9% das carteiras de investimento dos seguros de Vida Não Ligados e 59,1% das carteiras de investimento dos ramos Não Vida.

O relatório completo pode ser visto aqui .

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Meloni culpa vítimas por naufrágio

  • Lusa
  • 27 Fevereiro 2023

Os Médicos Sem Fronteiras (MSF) classificaram as declarações da primeira-ministra e do ministro do Interior italianos como uma "chapada na cara" dos migrantes.

Os Médicos Sem Fronteiras (MSF) classificaram esta segunda-feira as declarações da primeira-ministra e do ministro do Interior italianos como uma “chapada na cara” dos migrantes, ao insinuarem que estes foram responsáveis pela própria tragédia, por embarcarem numa viagem tão perigosa. Giorgia Meloni e Matteo Piantedosi referiam-se aos migrantes cuja embarcação naufragou no domingo no mar Mediterrâneo, ao largo da Calábria, no sul de Itália, quando tentavam alcançar o país, fazendo pelo menos 62 mortos.

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) estimou que o número de vítimas mortais do naufrágio seja cerca de uma centena, já que, segundo os depoimentos dos sobreviventes, 180 pessoas viajavam no barco, e os números até agora conhecidos apontam para 82 sobreviventes localizados e 62 corpos recuperados.

“Digo isto com o devido respeito pelas vítimas, com pesar pelo que aconteceu e também com a firme intenção, como pedido pela primeira-ministra Meloni, de não especular sobre estas tragédias. Mas não podemos deixar de afirmar com indignação que as primeiras declarações da primeira-ministra Meloni e do ministro Piantedosi são pouco mais que um jogo de atribuição de culpas, mais uma chapada na cara das vítimas e dos sobreviventes desta tragédia”, sustentou Marco Bertotto, diretor dos programas da MSF Itália, numa conferência de imprensa sobre o naufrágio ao largo de Crotone, na Calábria.

“O desespero nunca pode justificar condições de viagem que ponham em perigo a vida dos nossos filhos”, disse Piantedosi a propósito do naufrágio. Já Meloni declarou: “A atuação daqueles que hoje especulam sobre estas mortes, depois de terem exaltado a ilusão de uma imigração sem regras, comenta-se a si mesma”.

E acrescentou que o Governo “está empenhado em impedir as partidas [destas embarcações] e, assim, a consumação destas tragédias, e continuará a fazê-lo, primeiro que tudo exigindo a máxima cooperação aos Estados de partida e de origem”. O Governo italiano tem tentado impedir organizações não-governamentais (ONG) como a MSF de salvar vidas no Mediterrâneo, afirmando que elas são um fator que atrai migrantes.

Também definiu como portos de entrada os mais distantes dos pontos de busca e resgate de migrantes no mar e impôs um código de conduta determinando que os barcos de salvamento só podem resgatar os migrantes de uma embarcação de cada vez, com multas pesadas em caso de incumprimento – o que desencadeou muitas críticas, incluindo da ONU e do Conselho da Europa.

O navio ‘Geo Barents’, administrado pela MSF, tornou-se a primeira embarcação a ser punida ao abrigo do novo diploma do Governo italiano que regula as atividades dos barcos de salvamento operados por ONG no Mediterrâneo. O navio foi proibido de navegar durante 20 dias e os seus operadores foram multados em 10.000 euros, por alegadamente não terem fornecido às autoridades italianas toda a informação que por estas lhes tinha sido exigida.

A notificação da multa foi emitida na passada quinta-feira, depois de 48 requerentes de asilo terem desembarcado do navio em Ancona, a 17 de fevereiro, e a MSF está a considerar recorrer da penalização. Também a organização de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional (AI) reagiu hoje à tragédia e à atuação do Governo italiano, defendendo que as mortes no mar devem desencadear medidas para garantir rotas legais e seguras de chegada dos migrantes à Europa.

“A dor e o horror sentidos por todos nós perante estas trágicas mortes devem ser canalizados para a ação pelos Governos europeus, que devem assegurar que existem rotas seguras e legais para as pessoas chegarem à União Europeia (UE)”, declarou a diretora de defesa da AI para a Europa, Eve Geddie. “Quantas mais vidas terão de ser perdidas até que os legisladores europeus vejam que bloquear rotas seguras e legais e criminalizar as equipas de salvamento não impede as pessoas de fazerem tais viagens — apenas as torna ainda mais perigosas”, questionou.

Segundo a responsável da Amnistia, “em vez de tornar as fronteiras europeias ainda mais hostis, expulsando as pessoas e criminalizando os socorristas das ONG que tentam salvar vidas no mar, os Governos europeus deveriam concentrar-se em garantir passagem segura aos migrantes”. Itália é abrangida pela chamada rota do Mediterrâneo Central, uma das rotas migratórias mais mortais, que sai da Líbia, Argélia e da Tunísia em direção à Europa, nomeadamente aos territórios italiano e maltês.

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Governo transfere verbas para municípios recrutarem funcionários na área da educação

Governo vai transferir verbas às autarquias para novos recrutamentos e substituição de funcionários no âmbito da descentralização na educação. E assume despesas da ADSE e seguros de acidentes.

O Estado vai transferir verbas para os municípios para substituição temporária ou definitiva de trabalhadores abrangidos pelo processo de descentralização e para novos recrutamentos dentro da dotação máxima na área da educação. Assim como vai assumir as despesas de ADSE, seguros de acidentes de trabalho, segurança e medicina no trabalho destes funcionários e de todos aqueles que transitam da administração central para os municípios no âmbito deste mesmo processo.

Estas medidas fazem parte do diploma publicado esta segunda-feira, em Diário da República (DR), que garante que os municípios não vão ter quaisquer encargos com a aplicação do regime da ADSE aos trabalhadores.

No âmbito da transferência de competências do Estado para as autarquias na área da educação, o Governo prevê, assim, “a assunção pela administração central das despesas em que os municípios incorrem com seguros de acidentes de trabalho, segurança e medicina no trabalho, garantindo a estes trabalhadores a aplicação do regime da ADSE e do Serviço Nacional de Saúde [SNS]”, lê-se no diploma.

Este decreto-lei vem proceder a ajustamentos no sentido de haver aprofundamento da descentralização de competências no âmbito da educação depois de o Governo ter assinado, a 22 de julho de 2022, o acordo setorial de compromisso com a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).

O Governo decretou ainda, em DR, que “os trabalhadores integrados na carreira geral de assistente técnico podem exercer funções noutro agrupamento de escolas ou escola não agrupada e nos demais serviços municipais ao abrigo do regime geral de mobilidade“.

O diploma prevê ainda os critérios para o financiamento da conservação e manutenção dos edifícios e residências escolares. Os valores a transferir anualmente para cada município estão sujeitos aos seguintes critérios: por área coberta com menos 10 anos ou requalificadas e modernizadas há menos de 10 anos a quatro euros por m2; com mais de 10 anos a seis euros por m2; e que constem do mapeamento, acordado entre o Governo e a ANMP, relativamente às escolas a intervir em termos de reabilitação a oito euros por m2.

Ainda de acordo com o mesmo diploma, a comissão de acompanhamento e monitorização mantém-se em funcionamento até 31 de dezembro de 2026.

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Grupo Trofa Saúde vai investir 50 milhões num novo hospital em Penafiel

  • Lusa
  • 27 Fevereiro 2023

A futura unidade hospitalar, que deve abrir em 2025, deverá criar 120 postos de trabalho diretos e envolver cerca de 300 prestadores de serviços na área da saúde.

O grupo Trofa Saúde anunciou esta segunda-feira que vai investir 50 milhões de euros na construção de um hospital privado em Penafiel, que vai abrir em maio de 2025. Segundo o investidor, a futura unidade hospitalar deverá criar 120 postos de trabalho diretos e envolver cerca de 300 prestadores de serviços na área da saúde.

O anúncio aconteceu numa conferência de imprensa realizada nos Paços do Concelho de Penafiel, no distrito do Porto, com a presença dos autarcas locais e representantes da administração do grupo privado de saúde. Nesse momento, foi celebrado o contrato de investimento entre o município e o investidor.

O futuro equipamento, a construir de raiz, situar-se-á nas proximidades do Hospital Padre Américo, na freguesia de Guilhufe, e contará com Serviço de Atendimento Permanente (SAP) e internamento. Radiologia, bloco operatório, ambulatório, análises clínicas, medicina dentária e fisioterapia serão algumas das futuras especialidades equipadas com “tecnologias de ponta”, como foi destacado pelos promotores.

O presidente da entidade privada, António Vilanova, assinalou que o novo hospital constituirá “um momento importante”, pelo montante de investimento que representa, e consolidará a estratégia de crescimento do grupo, que disse ser atualmente o maior no Norte do país, onde já conta com 18 hospitais e mais de 7.000 colaboradores.

Assinalou, ainda, que a opção por Penafiel decorre do facto de ser a “cidade líder” de uma região, como o Tâmega e Sousa, com um elevado número de habitantes (cerca de meio milhão) e onde o grupo não tem ainda qualquer unidade hospitalar.

O presidente da câmara, Antonino de Sousa, assinalou a importância do momento, por significar um dos maiores investimentos de sempre no concelho, por acentuar a centralidade de Penafiel no contexto do Tâmega e Sousa e por reforçar o acesso à saúde no concelho e na região. De acordo com dados revelados esta segunda, o futuro hospital privado prevê faturar cerca de 20 milhões de euros por ano.

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Afinal, lei das ordens profissionais é constitucional

Marcelo Rebelo de Sousa pediu ao Tribunal Constitucional o pedido de fiscalização preventiva no dia 1. PR já fez saber que agora terá de o promulgar. Voto dos juízes foi por unanimidade.

O Tribunal Constitucional (TC) considerou, por unanimidade, que a lei das Associações Públicas é constitucional. “Ponderadas devidamente as disposições submetidas à sua fiscalização, o Tribunal não considerou desrespeitados quaisquer princípios ou normas constitucionais, não se pronunciando consequentemente no sentido da inconstitucionalidade de nenhuma das disposições fiscalizadas”, sublinha o TC, em comunicado.

“O Plenário do Tribunal Constitucional pronunciou-se na sessão sobre o pedido de fiscalização preventiva do Presidente da República, que pretende reforçar a salvaguarda do interesse público, a autonomia e a independência da regulação e a promoção do acesso a certas atividades profissionais, introduzindo alterações em diversas normas da Lei n.º 2013, de 10 de janeiro. O Presidente da República fundou o seu pedido na possibilidade de algumas das alterações sofrerem do vício de inconstitucionalidade material, por ofenderem os princípios da igualdade e proporcionalidade, a garantia do exercício de direitos políticos e o princípio da autorregulação das ordens profissionais”, sublinha o comunicado, adiantando, porém, que não concorda com Marcelo Rebelo de Sousa, também ele constitucionalista.

O presidente do TC leu esta segunda-feira, em sessão pública no Palácio Ratton, sede deste tribunal superior, em Lisboa, a decisão do coletivo de juizes que valida a alteração legislativa promovida pelo Governo e que foi remetida para fiscalização preventiva do TC a pedido do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. O Chefe de Estado, em declarações aos jornalistas, já fez saber que agora só lhe resta “promulgar o diploma”.

Foi no dia 1 de fevereiro que Marcelo Rebelo de Sousa pediu ao Tribunal Constitucional o pedido de fiscalização preventiva da Lei das Ordens Profissionais, que altera o regime jurídico das associações públicas profissionais.

Para o Presidente da República, o decreto da Assembleia da República suscitava dúvidas relativamente ao “respeito de princípios como os da igualdade e da proporcionalidade, da garantia de exercício de certos direitos, da autorregulação e democraticidade das associações profissionais, todos previstos na Constituição da República Portuguesa”. Desta forma, decidiu pedir a fiscalização ao TC.

António Mendonça, presidente da CNOP (Conselho Nacional das Ordens Profissionais) disse que era um mito que as Ordens são um “entrave à entrada nas profissões”, explicou o também bastonário dos Economistas. ”

A nova lei das Ordens Profissionais – tal como está – prevê alterar questões como as condições de acesso às respetivas profissões, introduzir estágios profissionais remunerados e criar uma entidade externa para fiscalizar os profissionais. No texto final foram introduzidas – no ano passado – alterações como precisões sobre as taxas cobradas durante o estágio e a possibilidade de serem reduzidas. A duração dos estágios fixou-se em 12 meses, podendo ser maior em casos excecionais. Outra das alterações foi a aprovação da existência de um órgão disciplinar, que não estava previsto na anterior lei-quadro, que prevê a fiscalização sobre a atuação dos membros das ordens profissionais, composto por elementos externos às profissões respetivas. Outra das questões polémicas é a introdução das sociedades multidisciplinares.

Quase todas as Ordens Profissionais se mostraram contra esta proposta que nasceu do PS e do PAN. Segundo dados do Conselho Nacional das Ordens Profissionais (CNOP), existem atualmente em Portugal 20 ordens profissionais, tendo as duas últimas sido criadas em 2019, a Ordem dos Fisioterapeutas e a Ordem das Assistentes Sociais. Estas ordens regulam a atividade de mais de 430 mil profissionais.

Apesar de ser um diploma complexo, Marcelo Rebelo de Sousa teve dúvidas sobre alguns aspetos e decidiu pedir a fiscalização ao TC. Entre as dúvidas do chefe de Estado está:

  • Avaliação final do estágio profissional feita por um júri independente, de “reconhecido mérito”, com elementos externos à atividade profissional em causa;
  • Um órgão disciplinar com elementos externos à profissão em causa, que não sejam membros da associação pública profissional;
  • A criação de um órgão de supervisão que exerce funções de controle dos profissionais da classe em questão;
  • O exercício de uma função na Ordem Profissional em causa ser incompatível com o exercício de funções dirigentes em qualquer cargo da função pública;
  • A criação da figura do provedor em cada associação pública que seja externo à profissão em causa e que defenda os destinatários dos serviços da profissão em causa e que seria designado pelo bastonário, sob proposta do órgão de supervisão e que não poderá ser destituído a não ser por “faltas graves” no exercício da função.

No requerimento enviado ao TC, consultado pelo ECO, Marcelo Rebelo de Sousa relembrou os juízes do Palácio Ratton que o regime constitucional definido para as associações públicas profissionais é “muito próprio”, sublinhando a existência do princípio da autorregulação das associações profissionais que devem reger-se por “princípios democráticos internos, dotados de órgãos próprios e eleitos pelos seus associados”.

O chefe de Estado sublinhou também que o artigo 267º da CRP define que “as associações públicas só podem ser constituídas para satisfação de necessidades específicas e que não podem ser constituídas como sindicatos” e ainda o artigo 165º, 1, alínea s) que estipula a reserva relativa que a Assembleia da República tem em matérias de associações públicas. Marcelo invocou ainda o artigo 47º que estipula a liberdade de todos no acesso à profissão. Por isso, e mantendo a tónica sempre no princípio da autorregulação, a criação de um órgão de supervisão, de um provedor, de um órgão disciplinar e de um júri para avaliação no estágio, todos eles com entidades externas à profissão, “violam esse mesmo princípio”.

O Presidente da República referiu ainda em requerimento que a criação de um regime de incompatibilidades absolutas relativamente ao exercício de funções dirigentes na função pública, deixando de lado o regime de avaliar essas incompatibilidades em cada caso concreto, viola o princípio da proporcionalidade, ao criar-se esta “restrição desproporcionada”. Deu como exemplo o caso de um diretor de serviço de um hospital público do SNS ficar impedido de ter funções em órgãos diretivos na Ordem dos Médicos, o que não acontece com um médico do serviço de um hospital privado, violando assim também o princípio da igualdade.

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Lucro do BCP sobe 50% para 207,5 milhões apesar da Polónia

Banco liderado por Miguel Maya continua a ser penalizado pelos problemas com a subsidiária polaca. Ainda assim, consegue melhorar lucro em 50% para 207,5 milhões em 2022.

O BCP alcançou lucros de 207,5 milhões de euros em 2022, o que representa uma subida de 50% em relação ao ano anterior, apesar de o resultado ter sido novamente penalizado pelos problemas na Polónia, designadamente com o caso dos créditos em francos suíços.

Em Portugal, o resultado disparou para 353,6 milhões de euros, “um crescimento expressivo” de 100% em relação aos 172,8 milhões obtidos em 2021.

No plano internacional, os prejuízos situaram-se nos 146,1 milhões de euros, muito por conta do polaco Bank Millennium, detido em 50,1% pelo BCP e que registou prejuízos de mais de 200 milhões no ano passado. Moçambique deu um lucro de mais de 100 milhões.

No mercado polaco, apesar do regresso aos resultados positivos no último trimestre do ano passado, o grupo bancário português somou vários impactos negativos:

  • 102,3 milhões de euros de imparidade respeitante à totalidade do goodwill associado à participação no Bank Millennium;
  • 282,8 milhões de euros de reconhecimento antecipado dos potenciais custos com o programa de moratórias;
  • 120,9 milhões de euros de contribuições obrigatórias;
  • 525,6 milhões de euros de custos associados à carteira de créditos hipotecários em moeda estrangeira — o banco enfrenta mais de 16 mil processos por causa deste caso, com as provisões já a superarem os mil milhões de euros, representando quase 47% da carteira de créditos hipotecários em francos suíços;

Na conferência de apresentação das contas, o CEO Miguel Maya deu conta “das pedras no caminho” que o BCP continua a encontrar no mercado polaco. Descartou qualquer cenário de venda da operação porque é importante, mas também sublinhou que “nunca deixará contaminar a operação portuguesa”.

O BCP destaca, ainda assim, que “o impacto dos efeitos extraordinários acima referidos foi mitigado pelo aumento expressivo registado nos proveitos core da atividade internacional, que evoluíram de 970,7 milhões de euros em 2021 para 1.410,1 milhões de euros em 2022″.

Neste ponto, o banco enfatiza o aumento da margem financeira na Polónia, à boleia da subida das taxas de juro do banco central polaco, que foi mais rápido do que o Banco Central Europeu a subir os juros de referência no país.

Ao nível do grupo, a margem financeira subiu 35,3% para a 2.149,8 milhões de euros em 2022, com o banco a referir que “a evolução favorável da margem financeira foi transversal à generalidade das geografias em que opera, assumindo maior expressão o crescimento obtido pela subsidiária polaca, quase a alcançar os 70%”.

Em relação às comissões líquidas, tiveram um crescimento de 6,1% para 771,9 milhões, graças sobretudo à “progressiva normalização da atividade económica, decorrente da evolução favorável da pandemia associada à Covid-19”.

Contabilizando todas as rubricas, o BCP registou um produto bancário de 2.867,5 milhões de euros, uma subida de quase 23%.

4.000 clientes em renegociação

Ao nível do balanço, enquanto a carteira de crédito praticamente estabilizou nos 56,2 mil milhões de euros, os depósitos subiram 9% para 75,9 mil milhões de euros – o BCP acabou de melhorar os juros dos depósitos a prazo para 3%.

Questionado sobre o número de renegociações de créditos por conta da subida expressiva dos juros, Miguel Maya adiantou que há 4.000 casos em situação de PARI, notando, ainda assim, que muitas decisões ainda estão nas mãos dos clientes e, portanto, não são processos ainda fechados.

“ROE ainda não adequado”

Com o resultado de 207,5 milhões, o banco melhora o rácio de rentabilidade dos capitais próprios (ROE) de 2,4% em 2021 para 4% em 2022, um nível que “ainda não é adequado para o BCP”, sublinhou Miguel Maya, apontando que a Polónia é neste momento o “maior constrangimento” à melhoria do ROE. A instituição visa ter um ROE de 10% até ao final do próximo ano.

O banco não abriu o jogo dos dividendos. “Num enquadramento marcado pela elevada incerteza na Polónia e a guerra, a prioridade é a proteção de capital e reforço dos rácios de capital”, afirmou Miguel Maya.

(Notícia atualizada às 19h16)

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Francisco Matias é o novo DRH da transportadora DPD

Transportadora de entregas last mile conta com 1.200 colaboradores em Portugal, número que deverá aumentar a médio prazo, no seguimento do recente investimento de 28 milhões no hub de Loures.

Francisco Matias é o novo diretor de recursos humanos da DPD Portugal, assumindo a gestão de política de RH de 1.200 colaboradores.

“É com entusiasmo que abraço este novo desafio, no qual pretendo trazer valor acrescentado à prática de gestão de pessoas e gerar novas formas de engagement numa empresa onde a cultura de proximidade e união entre colegas é um dos fortes ativos. Somos pessoas que trabalhamos para pessoas, e satisfazer os nossos “clientes internos” é causa de um efeito que será a satisfação de quem recebe as nossas encomendas”, afirma Francisco Matias, citado em comunicado.

Tiago Matias, DRH da DPD Portugal

Atualmente, a transportadora de entregas last mile conta com 1.200 colaboradores em Portugal, um “número que a empresa prevê aumentar a médio prazo, no seguimento do recente investimento de 28 milhões no desenvolvimento de um novo hub de distribuição de encomendas em Loures“, pode ler-se no comunicado.

Com 12.000 metros quadrados, o hub tem conclusão prevista para junho, agregando as equipas que trabalham de momento em duas operações da zona de Lisboa, em São João da Talha e Olivais.

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Está numa boa condição para atrair e reter talento? Estabilidade, reputação e flexibilidade fazem parte da receita

Eis as cinco tendências para construir uma organização mais próxima das suas pessoas num ambiente de risco acrescido, segundo a Mercer Portugal.

Depois da estabilidade no emprego, a marca e a reputação das organizações são agora a segunda razão para as pessoas aceitarem um novo desafio profissional ou manterem-se nas funções desempenhadas neste momento, a que se junta uma crescente valorização por modelos de trabalho mais flexíveis, que permitam um verdadeiro equilíbrio entre vida profissional e pessoal. As organizações mais autênticas e humanas, promotoras de valores cívicos e que ofereçam espaço para um maior envolvimento direto dos colaboradores, estarão em melhor condição para atrair e reter talento, aponta estudo “Global Talent Trends 2022-2023”, da Mercer.

“As organizações têm agora uma profunda oportunidade para aproveitarem as ferramentas aperfeiçoadas com foco nas pessoas durante a pandemia, e construir uma nova forma de parceria mais confiável e sustentável. O desafio passa por fazer progressos neste domínio, enquanto lidamos com diferentes crises já existentes ou a emergir, e que nos fazem refletir acerca de diferentes visões diferentes sobre o futuro do trabalho”, começa por dizer Tiago Borges, business leader de career da Mercer Portugal.

“Tornar as organizações mais humanas, ouvindo atentamente as pessoas para obter os dados para orientar a sua ação; desconstruir formas antigas de trabalhar e redesenhar novos modelo de trabalho mais flexíveis; focar na transparência, na confiança e na partilha de responsabilidades para moldar carreiras; e ativar a adaptabilidade organizacional, atendendo à forma como as pessoas podem e querem trabalhar são recomendações que deixamos às organizações que querem seguir em frente e gerir com o sucesso o desafio de atrair e reter os melhores talentos”, continua o responsável, comentando os resultados do “Global Talent Trends 2022-2023 – The Rise of the Relatable Organization”, promovido pela consultora.

O estudo sinaliza ainda que o fenómeno da “Grande Demissão” trouxe consigo uma mudança significativa ao nível das expectativas e prioridades dos colaboradores, sendo que, em Portugal, a demissão silenciosa (ou Quiet Quitting”, no termo original em inglês) e a demissão voluntária (“Voluntary Resignation”) constituem tendências crescentes.

“Este desafio leva a que muitas empresas repensem a sua estratégia e redefinam prioridades”, alerta a Mercer Portugal, em comunicado. Eis as cinco tendências para construir uma organização mais próxima das suas pessoas num ambiente de risco acrescido, segundo a consultora:

1. Reiniciar para a relevância

As empresas têm operado, desde o início de 2020, em modo de crise, reorganizando-se de forma a prosperar num contexto cada vez mais competitivo e disruptivo. Agora, o grande desafio passa por manterem-se relevantes, ou seja, ter a capacidade de se adaptar à mudança das expectativas dos clientes, colaboradores e investidores. “Isto exige uma redefinição de prioridades e um novo modelo de trabalho que seja adaptável, que permita uma maior conexão das pessoas com o trabalho e que redesenhe a experiência de talento”, alerta a Mercer Portugal.

As organizações que falam sobre os seus valores – através do propósito organizacional, da sua cultura, dos seus processos e estratégias de investimento – relacionar-se-ão melhor com os seus stakeholders e estarão melhor posicionadas para obter resultados de negócio positivos, defende.

Os dados revelam também que a segurança é um dos fatores-chave para a retenção de talento. Em Portugal, 69% das empresas inquiridas afirmam garantir aos seus colaboradores um salário condigno que lhes permita fazer face ao aumento da inflação. Contudo, os dados indicam que 50% não contemplam a segurança dos chamados gig workers (colaboradores em regime temporário por projeto e/ou objetivos). Ainda assim, o estudo revela que 83% mantêm um padrão mínimo de cuidados de saúde para todos os colaboradores.

Quanto aos temas relacionadas com as temáticas ESG, o estudo destaca as três atividades que têm maior expressão em Portugal, nomeadamente alicerçar os objetivos ESG e alinha-los ao propósito da empresa; incorporar o ESG na agenda de transformação mais ampla; integrar as métricas do ESG nos modelos de avaliação de executivos.

2. Trabalhar em parceria

As pessoas já não querem trabalhar para uma empresa, querem trabalhar com a empresa. Quase todos os executivos (96%) afirmam que estamos num mercado de trabalho centrado nas pessoas e 70% dos profissionais de recursos humanos preveem um turnover superior ao normal este ano – sobretudo no que diz respeito aos colaboradores mais jovens e aos que estão no espaço digital.

Trabalhar em parceria significa reavaliar a relação colaborador-empregador. As organizações mais próximas dos seus colaboradores valorizam a “parceria” em detrimento da “liderança”, estando a fazê-lo ao evoluir as suas estratégias para modelos sustentáveis de futuro de trabalho. Em Portugal, 48% das empresas estão a definir novas diretrizes que permitam melhorar a eficácia da colaboração, sendo que 31% afirmam estar a envolver colaboradores de diferentes grupos, de forma a promover a cocriação de um modelo de trabalho mais flexível.

Com o aumento da preocupação relativa a uma eventual recessão económica, aumenta também o foco das empresas nas políticas de benefícios. De acordo com o estudo, 38% das empresas estão a investir em benefícios extrassalariais a fim de evitar o aumento dos salários. Por sua vez, 31% estão a implementar um ajuste do pay mix remuneração/bónus. Cerca de 25% das empresas recorrem apenas à atribuição de bónus, pretendendo evitar compromissos a longo prazo, 25% estão a implementar aumentos ajustados ao custo de vida, sendo que 25% apenas procede a ajustes no caso de colaboradores com um salário abaixo da média.

3. Proporcionar o bem-estar total

A pandemia expôs e agravou as lacunas de saúde e finanças entre diferentes grupos populacionais, sublinhando que a acessibilidade e os baixos custos dos cuidados de saúde não são suficientes. Mudar o foco da redução dos custos relacionados com a saúde para a otimização do investimento, de modo a que as pessoas permaneçam saudáveis e empenhadas, é fundamental para a sustentabilidade social.

Cerca de 80% dos colaboradores sentem estar em risco de burnout durante este ano (em comparação com o número já preocupante de 63% em 2020). Principal razão? Não se sentirem suficientemente recompensados e reconhecidos pelos seus esforços.

O bem-estar dos colaboradores e iniciativas associadas é percecionado pelos executivos como o tema relacionado com pessoas que irá proporcionar o segundo maior ROI nos próximos dois anos (seguido da requalificação). Atualmente, verifica-se um compromisso cada vez maior com o investimento numa estratégia de bem-estar holística e universal”, refere a Mercer Portugal.

Em Portugal, 98% das empresas inquiridas dizem estar focadas em melhorar as suas políticas de benefícios, tendo como objetivo promover uma melhor atração e retenção de talento e o compromisso dos colaboradores.

4. Construir para a empregabilidade

A pandemia impulsionou ainda mais a corrida das empresas para a requalificação. No entanto, em muitos casos, as iniciativas de requalificação não foram conduzidas em alinhamento com a estratégia a longo prazo da organização. Neste sentido, o estudo destaca a importância de contemplar todo o ciclo de vida do colaborador – desde a contratação até à sua saída.

Assim, torna-se fundamental a redefinição da agenda de competências para satisfazer as necessidades atuais e futuras de talento (planeamento), analisar a oferta interna e externa (avaliação), adequar as pessoas certas às funções certas (implementação) e desenvolver talentos, proporcionando o devido reconhecimento pela aquisição de competências (desenvolvimento).

5. Aproveitar a energia coletiva

A pandemia acelerou a adoção de novas tecnologias, de novos modelos de negócio e de métodos modernos de trabalho. “Ter passado por este nível de mudança num período temporal curto, para além da fadiga causada por esses acontecimentos, teve um custo elevado. A nível global, a percentagem de colaboradores que afirmam sentirem-se com energia e dinâmica diminuiu significativamente – de 74%, em 2019, para 63%, em 2022, o nível mais baixo dos sete anos de história deste estudo.”

Ainda assim, ao mesmo tempo, os colaboradores estão mais otimistas quanto ao que o futuro lhes reserva: quando lhes é pedido que descrevam o futuro do trabalho, a principal resposta (51%) é que esperam que este seja mais equilibrado, com mais tempo para a família, hobbies, saúde e aprendizagem.

Em Portugal, os líderes de recursos humanos estão ainda muito preocupados com as diversas prioridades que distraem as pessoas (50%), a falta de capacidade da força de trabalho e de competências futuras (35%) e o declínio na confiança e motivação dos colaboradores (30%). Perante este panorama, o estudo sublinha a importância de alinhar os processos de transformação com uma forte estratégia centrada nas pessoas, de forma a maximizar a energia dos colaboradores, o seu empenho e alinhamento.

O estudo da Mercer teve como base as opiniões de mais de 13 mil executivos, líderes de recursos humanos e colaboradores originários de 25 regiões globais (incluindo Portugal) e de 25 setores de atividade distintos.

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Concurso para recuperação do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova foi relançado

  • Lusa
  • 27 Fevereiro 2023

O autarca de diz que há "vários potenciais interessados" no Mosteira de Santa Clara-a-Nova e espera que "Coimbra possa dispor de mais uma unidade hoteleira de cinco estrelas".

O concurso para a recuperação do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, em Coimbra, vai ser esta segunda-feira relançado no âmbito do Revive, programa de requalificação de património do Estado para fins turísticos, anunciou a câmara.

Aquele monumento, situado na margem esquerda do Mondego, estava inscrito na primeira lista de património associado ao Revive, em 2016, sendo agora relançado o seu concurso na plataforma, afirmou o presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, que falava durante a reunião do executivo.

Vai hoje ser colocado na plataforma do Revive o concurso do nosso Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, um majestoso monumento nacional que há tantos anos ansiava por um projeto de recuperação“, disse José Manuel Silva, eleito pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD, CDS-PP, Nós, Cidadãos!, PPM, Aliança, RIR e Volt).

Segundo o autarca, o relançamento deste projeto “é o resultado de alguns meses de laborioso e empenhado trabalho da Câmara de Coimbra, em conjunto com os parceiros do Governo”, que foram “inexcedíveis na procura das melhores soluções”.

José Manuel Silva realçou que foi assegurada uma valorização da pontuação no caderno de encargos do concurso “para a melhor compatibilização do Revive com a continuação da utilização do imóvel no âmbito da bienal de arte contemporânea de Coimbra [Anozero, que usa aquele mosteiro como palco principal do evento], uma relação que irá beneficiar ambas as partes”.

De acordo com o presidente da Câmara de Coimbra, há “vários potenciais interessados”, esperando que o concurso “seja um êxito e que, dentro de poucos anos, Coimbra possa dispor de mais uma unidade hoteleira de cinco estrelas, de características únicas e grandiosas e com uma paisagem deslumbrante, o que permitirá um excelente reforço da marca Coimbra, dar um forte impulso ao turismo e alavancar a economia da região”.

Na plataforma do Revive, refere-se que a área bruta total de construção é de quase 13 mil metros quadrados, numa área global de 33 mil metros quadrados, estimando-se a capacidade de cerca de 90 quartos. Aquele monumento, de fundação seiscentista e características arquitetónicas maneiristas, foi construído entre os séculos XVII e XVIII, em substituição do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, que sofre e sofria de inundações do rio Mondego.

A área a afetar ao uso turístico é “a totalidade do imóvel, com exceção da igreja e do museu”, refere o programa Revive. Em junho de 2022, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, vincou a importância de, no quadro de requalificação do monumento pelo Revive, manter a bienal a funcionar no mesmo espaço. Ainda no anterior executivo, de maioria PS, foi aprovada uma proposta de colaboração da Câmara de Coimbra com o Estado e o Turismo de Portugal, defendendo que uma parte do mosteiro deveria ficar afeta à Anozero.

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AEP propõe caminho com cinco reformas para a economia portuguesa

Estudo apresentado na AEP defende aumento da produtividade, aposta no investimento, garantia de sustentabilidade da Segurança Social e novo modelo de captação de investimento estrangeiro.

50 medidas necessárias para a reforma de cinco áreas da economia portuguesa. Os economistas Carlos Tavares e Sara Oliveira Monteiro defendem uma nova agenda para que Portugal volte a convergir com a União Europeia e possa acelerar o seu crescimento. As medidas fazem parte de um estudo apresentado nesta segunda-feira no auditório da Associação Empresarial de Portugal (AEP), em Leça da Palmeira.

“Em 1975, os portugueses tinham um rendimento per capita que era de 70% face à União Europeia. Convergimos até ao final do milénio mas depois voltámos a afastar-nos. Por causa disso, em 2021, estávamos em 75% do rendimento médio da UE”, sinalizou o também ex-ministro da Economia durante a apresentação.

Carlos Tavares também chamou a atenção para a existência de “uma série de incentivos para que as empresas” se mantenham pequenas. Exemplo disso é a taxa de IRC, que é “crescente com os resultados das empresas através da aplicação da derrama estadual”, podendo “atingir os 31% no caso de empresas maiores e/ou mais bem-sucedidas”. Para o economista, isto “constitui um desincentivo efetivo aos ganhos de dimensão”.

O co-autor do estudo também é favorável a uma maior aposta em empresas de produção de bens transacionáveis, pois “representar apenas 25% do valor acrescentado bruto é muito pouco para a economia nacional”. Carlos Tavares sustenta mesmo que “é preferível capitalizar as empresas do que recapitalizar os bancos”

As cinco reformas apontadas são relacionadas com a produtividade das empresas, o fomento do investimento e da poupança a longo prazo, a sustentabilidade da Segurança Social e das finanças públicas e ainda uma política de captação do investimento estrangeiro. A apresentação do estudo marca o início de um ciclo de debates da AEP do Fórum de Produtividade & Inovação.

Aumentar a produtividade, o crescimento económico e a riqueza

Neste domínio, as intervenções devem ser feitas ao nível micro e macro económico e também na área fiscal.

  • reforço da concorrência no mercado doméstico, incluindo o combate à economia informal;
  • eliminação/simplificação de normas regulamentares de mercados e produtos;
  • eficácia e eficiência dos serviços públicos dirigidos às atividades económicas, eliminação de serviços e procedimentos desnecessários e estabelecimento rigoroso de níveis de serviço em processos de autorização/licenciamento, com princípio do deferimento tácito;
  • celeridade da justiça económica e combate eficaz à corrupção;
  • melhoria e incentivo do ensino profissional e reforma da Educação, através da revisão das carreiras docentes, das métricas de avaliação de desempenho e da descentralização das competências;
  • criação de programas de formação avançada para empresários, gestores e quadros ligados a PME;
  • criação de um programa de incentivos à concentração e à associação interempresas, com particular incidência nos objetivos de reforço do poder de mercado no comércio internacional e de criação/promoção de marcas;
  • renovação do modelo de procura e captação de investimento direto estrangeiro através de Agência dedicada em exclusividade, dotada de meios humanos e materiais adequados a uma procura extensiva e seletiva de IDE dirigido especialmente aos sectores transacionáveis;
  • reforço do requisito de capital para novas operações de crédito ao consumo;
  • reforço da penalização prudencial dos financiamentos imobiliários com fins especulativos;
  • reformulação do sistema de ponderação, para fins de requisitos de capital dos bancos, passando a variar em função do nível de alavancagem das empresas em lugar da sua dimensão;
  • consideração como custo fiscal do custo nocional do capital próprio;
  • eliminação da dedução fiscal dos juros da dívida a partir de um nível de alavancagem que não permita uma autonomia financeira mínima;
  • eliminação da dupla tributação económica dos dividendos;
  • eliminação da derrama “estadual” de IRC;
  • simplificação do IRC, fazendo coincidir as realidades tributáveis económica e fiscal e defesa a nível europeu da harmonização da base de tributação em IRC;
  • eliminação de benefícios fiscais, retorno à filosofia original do Estatuto dos Benefícios Fiscais, com um processo de revisão que garanta a sua estabilidade, proibindo a sua alteração através da Lei do Orçamento;
  • redução da taxa de IRC, acompanhada de redução dos benefícios fiscais;
  • revisão dos benefícios fiscais à inovação, nomeadamente algumas transposições europeias que permanecem sem aplicabilidade no território nacional como o “patent box”

Fomentar o investimento e a poupança de longo prazo

A revisão dos escalões do IRS e a simplificação dos mecanismos de incentivo ao investimento são as principais medidas propostas nesta área.

  • redução, simplificação/concentração dos sistemas e mecanismos de incentivo ao investimento;
  • recriação da Reserva Fiscal para Investimento ou de mecanismo similar;
  • possibilidade de dedução ao rendimento coletável em IRS das
  • contribuições facultativas para fundos de pensões até 50% do rendimento;
  • alargamento da disponibilidade de produtos de poupança do Tesouro que permitam a defesa contra a inflação;
  • revisão dos escalões do IRS de modo a garantir a redução da carga fiscal sobre a classe média, aproximando os escalões em causa dos padrões europeus com correção pela
    Paridade dos Poderes de Compra; tributação de todas as pessoas que aufiram rendimento, assegurando-se a neutralidade fiscal, em termos líquidos, dos
    rendimentos que atualmente não são tributados; discriminação positiva da taxa de IRS para pessoas residentes em zonas bem definidas do interior;
  • comparticipação do Banco de Fomento em instrumentos de capital e quase capital resultantes de planos de recapitalização/reestruturação de PME apresentados por instituição financeira regulada;
  • reintrodução de mecanismo de efetividade do artº 35º do Código das Sociedades Comerciais, com a criação de um sistema de recuperação de créditos do Estado, da Segurança Social e de entidades públicas sobre as empresas, com filosofia empresarial, de forma a, também por esta via, contribuir para o saneamento do tecido empresarial e para a eliminação de situações de distorção de concorrência
  • programa de garantias parciais aos títulos de sociedades de investimento mobiliário para fomento do mercado (SIMFE) que invistam em produtos de capitais permanentes de PME;
  • comparticipação nas despesas suportadas por PME no acesso (direto ou indireto) ao mercado de capitais

Garantir a sustentabilidade da Segurança Social

Em complemento com o sistema de capitalização atual da Segurança Social, os dois economistas defendem a aposta em fundos de pensões por empresas ou mesmo a título individual.

  • fomento da constituição de fundos de pensões complementares por empresas e/ou pelas pessoas individuais;
  • introdução gradual de uma componente de capitalização, garantindo um valor mínimo para as pensões através da componente distributiva;
  • inclusão em programa(s) comunitário(s) do mecanismo de transição referido no ponto anterior, permitindo o financiamento dos encargos temporários resultantes dessa transição.

Assegurar a saúde e a sustentabilidade das finanças públicas

A reforma da Administração Pública e o princípio de não resgate das empresas públicas são as principais medidas defendidas nesta área.

  • reforma da Administração Pública, eliminando serviços e procedimentos desnecessários;
  • redefinição e digitalização dos processos da Administração Pública;
  • estabelecer objetivos plurianuais para o défice e a dívida compatíveis com taxas de juro “normais”;
  • garantir a consistência entre os valores do défice e da dívida pública e produzir a conta patrimonial do Estado;
  • estabelecer o princípio de não resgate das empresas públicas
  • garantir a avaliação ex-ante da economicidade da despesa pública através de entidade independente

Reforma do sistema nacional de inovação e novo modelo de captação de investimento estrangeiro

As propostas mais densas para a economia estão concentradas na área de captação de investimento. Pretende-se promover uma maior ligação entre empresas e universidades, além de eliminar barreiras à entrada de empresas estrangeiras que queiram produzir bens transacionáveis.

  • criação de Programa Estratégico Nacional de apoio à cooperação, à aceleração (internacionalização) e à difusão de inovação interempresas e sectoriais, dinamizado por associações empresariais e centros de interface (aqui incluídas as incubadoras, os centros tecnológicos, as aceleradoras, parques tecnológicos) nas áreas de aposta estratégica do país, com projetos orientados para missões e objetivos concretos, com métricas e KPI claros de impacto a médio/longo prazo na economia portuguesas e com definição de metodologia generalizável de avaliação e comunicação desse impacto;
  • programa de apoio à cocriação entre empresas, universidades, serviços da administração pública e organismos da sociedade civil, através de iniciativas diversas, visando a antecipação do futuro, maior literacia tecnológica permitindo o codesenvolvimento, a difusão e a absorção de novos processos de inovação empresarial, social e ambiental e sobretudo conferindo maiores capacidades dinâmicas aos diversos actores de inovação para os ajustamentos rápidos que possam ser necessários;
  • programa de apoio à aquisição e licenciamento de patentes no âmbito da nova legislação europeia da patente única; formação de EPO e apoio à criação de uma rede nacional público-privada de apoio aos investigadores, às empresas e indústria neste domínio com especialistas em tech scouting e que produzam radares tecnológicos e montras de comercialização de tecnologias;
  • Apoio ao estabelecimento de corredores de parcerias comerciais e científicas e de “joint-ventures” ou outros empreendimentos comuns entre centros de investigação, empresas nacionais (startups e PME) e a indústria nacional e centros de investigação, empresas e indústrias internacionais inovadoras (seja no domínio da valorização do conhecimento, do scaling up industrial, ou na produção, no “design” e produção de novo conhecimento aumentando o TRL (technology readiness level) e reduzindo o TTM (time to market) do conhecimento existente ou na distribuição/comercialização;
  • programa específico de captação de IDE de empresas com capacidade de inovação reconhecida em setores de bens e serviços transacionáveis, eliminando barreiras à entrada;
  • programa Capital Humano que inclua a capacitação e formação em temas de inovação tecnológica dirigidos à quarta hélice de inovação, com programas específicos de desenvolvimento de competências digitais prototipagem e em domínios emergentes como a Bioeconomia Circular, a nanotecnologia, a biotecnologia e as tecnologias de informação e comunicação, em escolas públicas, universidades e politécnicos para o desenvolvimento de competências para o empreendedorismo, a participação cívica e a criação de valor/ impacto em Portugal;
  • programa de retenção e captação de talentos nacionais e internacionais, acessível a todas as faixas etárias, nos sectores (incluindo os emergentes) com maior contributo potencial para o desenvolvimento da economia portuguesa;
  • concentração numa entidade das competências de gestão dos programas públicos de fomento da inovação, actualmente dispersas por vários organismos (IAPMEI, ANI, AICEP), com reflexos nos tempos e consistência das decisões;
  • programa de capital de risco dirigido a PME existentes ou em formação, com projectos de inovação reconhecidos, em associação com capitais de risco de relevo internacional que possam promover interações com outras empresas participadas com âmbitos complementares;
  • concentração dos sistemas de incentivos existentes num conjunto reduzido de programas ou no programa supre mencionado, com lógica coerente e clareza de aplicação evitando a dispersão e concentrando-os em projetos orientados para missões assegurando o cumprimento das prioridades estratégicas para Portugal;
  • consolidação, sempre que possível, das entidades de associação/cooperação/transferência de conhecimento num conjunto limitado de entidades de dimensão adequada e lógica e objectivos bem definidos.

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Portuguesa que faz jogos para casino disponibiliza 80.500 euros para formação dos seus colaboradores

Cada colaborador recebe cerca de 350 euros para cursos, eventos ou iniciativas que viabilizem o desenvolvimento de competências úteis para a execução da função que desempenha na empresa.

A Fabamaq, software-house sediada no Porto que desenvolve jogos para casino, disponibilizou 80.500 euros para os seus gamers investirem em formação profissional em 2023, a partir do programa “Fabamaq Graduation”. O valor disponibilizado confere um orçamento de 350 euros a cada um dos colaboradores para que possam aprimorar hard skills e soft skills relevantes para sua função na empresa.

“É o segundo ano de ‘Fabamaq Graduation’ e sentimos que este benefício é muito relevante para reforçar a nossa cultura de valorização individual das pessoas. O programa complementa o plano anual de formações delineado para as equipas e traz a cada pessoa a oportunidade de crescer em conjunto com a empresa”, começa por explicar João Maia, chief operations officer da Fabamaq.

“O ‘Fabamaq Gratuation’ funciona como um fator extra de motivação e uma ferramenta que vem também ajudar no cumprimento dos planos de carreira traçados por cada uma das nossas pessoas”, acrescenta, citado em comunicado.

O valor — 350 euros para cada colaborador — pode ser canalizado para cursos, eventos ou iniciativas que viabilizem o desenvolvimento de competências úteis para a execução da função que o profissional desempenha na empresa.

O “Fabamaq Graduation” foi criado em 2022 com o objetivo de conferir aos seus atuais colaboradores e potenciais novas entradas um benefício complementar na área da formação profissional. Ativado em simultâneo com o atual Plano de Formação anual da empresa, o “Fabamaq Graduation” confere mais liberdade ao colaborador na hora de selecionar as suas aprendizagens.

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Corpcom é a única agência portuguesa finalista nos Sabre Awards

  • + M
  • 27 Fevereiro 2023

A agência liderada por José Franco está presente com um trabalho para a Estrella Galicia e outro para o Grupo Onyria Quinta da Marinha. A LLYC e a Canela também têm projetos em shortlist.

A Corpcom é a única agência portuguesa finalista nos Sabre Awards EMEA 2023, prémios internacionais de comunicação e relações públicas promovidos pela PRovoke Media e que pretendem eleger as melhores campanhas de comunicação e relações públicas na região da Europa, Médio Oriente e África.

A agência liderada por José Franco está nomeada com o projeto ‘A maior exposição de arte urbana do mundo’, para a Estrella Galicia, na categoria consumer marketing, e com o projeto de comunicação interna Trading places, para o Grupo Onyria Quinta da Marinha, na categoria viagens e turismo.

No ano passado, recorde-se, a Corpcom venceu um Sabre Award com a campanha Uncancel Collection, trabalho produzido em conjunto com as agências portuguesas Stream and Tough Guy, NOSSA e H2N.

Em 2021 a agência venceu também um Diamond Sabre Award, a categoria mais alta nesta competição, com uma campanha desenvolvida para a Hertz.

A LLYC também marca presença na shortlist com o trabalho From Body Shaming to Body Love, para a Dove, na categoria fashion & beauty e, em conjunto com Espanha, com o caso The Greatest Gift, para a Liberty Seguros, na categoria digital campaign.

Também a Canela está, com o projeto Comunicando Juntas, desenvolvido por Portugal e Espanha, em shortlist na categoria Iberia.

Este ano, avança a organização, estiveram a concurso cerca de dois mil trabalhos, 400 dos quais chegaram a finalistas.

Os vencedores serão conhecidos em Frankfurt, na Alemanha, a 23 de Março e a shortlist com os finalistas pode ser consultada aqui.

 

(notícia atualizada no dia 1 de março com a informação da LLYC, que inicialmente tinha atribuído os casos a Espanha, e da Canela)

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