Contas bancárias “low cost” disparam 25% com chegada de imigrantes ucranianos

Foram constituídas mais de 42 mil contas de serviços mínimos bancários no ano passado. Mais de metade resultou de conversão de conta antiga. Imigrantes ucranianos explicam aumento das novas contas.

As contas bancárias low cost continuam a crescer. No final do ano passado existiam mais de 187 mil contas de serviços mínimos bancários, um aumento de 25% em relação ao ano anterior, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal.

Mais de metade (53%) das 42.432 contas de serviços mínimos resultaram da conversão de uma conta de depósitos à ordem antiga, aponta o supervisor, com muitos clientes a procurarem fugir ao aumento das comissões das contas tradicionais.

Por outro lado, aumentou o peso das novas contas no total das contas constituídas, passando de 26% em 2021 para 47% em 2022: foram abertas 19.968 novas contas low cost no ano passado. “O maior peso das novas contas é explicado, sobretudo, pela adesão à conta de SMB de cidadãos ucranianos deslocados”, justifica o Banco de Portugal, lembrando que, juntamente com o Alto Comissariado para as Migrações, promoveu a divulgação da conta de serviços mínimos bancário “com o propósito de facilitar a inclusão financeira das populações migrantes”.

Serviços mínimos com mais clientes

Fonte: Banco de Portugal (valores acumulados)

Esta situação ajuda a explicar também a alteração do perfil médio dos novos titulares de conta de serviços mínimos bancários. São mais jovens e há mais mulheres: “Cerca de 42% das novas contas de SMB foram constituídas por pessoas com idade inferior a 45 anos (32% em 2021) e o peso de contas de SMB constituídas por mulheres subiu para 56,1% (51% em 2021)”.

Ao longo do ano passado foram encerradas 5.513 destas contas, na maioria dos casos a pedido do próprio cliente, tendo as instituições financeiras fechado por sua iniciativa 788 contas devido, sobretudo, à detenção pelo titular de outras contas de depósito à ordem ou à inexistência de movimentos nos dois anos anteriores.

A conta de serviços mínimos bancários é uma conta à ordem que permite aos clientes acederem a um conjunto de serviços bancários considerados essenciais a custo reduzido, incluindo depósitos, levantamentos, pagamentos de bens e serviços, débitos diretos e transferências por MBWay. Em 2022, o custo anual dos serviços mínimos bancários não pode exceder 4,80 euros (correspondente a 1% do IAS).

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Vanguard Properties contrata Bruno de Castro Henriques para CFO

O gestor será responsável pela área financeira da promotora imobiliária liderada por José Cardoso Botelho, numa altura em que esta se prepara para concluir grandes projetos imobiliários em Lisboa.

Bruno de Castro Henriques é o novo CFO da Vanguard Properties. O gestor passa a ser responsável pela área financeira da promotora imobiliária liderada por José Cardoso Botelho, numa altura em que esta se prepara para concluir grandes projetos imobiliários em Lisboa, como a Infinity e a A-Tower, que correspondem a um total de 220 apartamentos.

“O convite que José Cardoso Botelho me endereçou para ingressar numa empresa com a reputação como a da Vanguard Properties, sendo a principal promotora imobiliária do país, era irrecusável. Será um enorme motivo de orgulho poder acompanhar de perto a evolução de projetos estruturais que a Vanguard Properties está a desenvolver, nomeadamente na Comporta”, afirma o novo CFO, em comunicado.

Com mais de duas décadas de experiência na área financeira, tendo sido distinguido em 2017 como um dos 40 líderes profissionais do futuro com menos de 40 anos, pela revista “Exame” e FAE – Forum de Administradores e Gestores de Empresas, Bruno de Castro Henriques iniciou a sua carreira em 2001 no departamento de análise de risco de crédito da Caixa Geral de Depósitos. Ao longo do seu percurso passou pela CarHolding, EcoSaude e Banco Efisa.

Entre 2012 e 2019, o gestor foi ainda membro no conselho de administração da Parvalorem e de outras empresas ligadas àquele grupo, sendo responsável pela gestão de um total de ativos de 5,3 mil milhões de euros.

Licenciado em Gestão pela Católica Lisbon School of Business and Economics, o novo CFO da Vanguard Properties frequentou também cursos de gestão executiva no INSEAD e na Harvard Business School.

“A Vanguard Properties conta nos seus quadros com mais de 60 profissionais muito qualificados que fazem da empresa uma referência no setor imobiliário nacional. O Bruno de Castro Henriques, com a sua experiência e as suas competências, é um grande reforço para a equipa da Vanguard Properties e vai ajudar-nos a enfrentar os desafios que o setor está a enfrentar”, conclui José Cardoso Botelho.

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Transporte aéreo de passageiros cresceu 84% em janeiro num ano

Transporte aéreo movimentou 3,9 milhões de passageiros em janeiro de 2023, um aumento de 84%. No primeiro mês do ano desembarcaram em média 60,7 mil passageiros por dia nos aeroportos nacionais.

Os aeroportos nacionais movimentaram 3,9 milhões de passageiros e 16,7 mil toneladas de carga e correio em janeiro de 2023. Os números apontam para uma aceleração, face a janeiro do ano passado, na ordem dos 84% no que toca ao número de passageiros, mas um recuo de -0,4% em relação à carga e correio.

Segundo dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o movimento de passageiros aumentou 5,7% comparativamente a janeiro de 2020, antes do início da pandemia, enquanto o movimento de carga e correio diminuiu 3,2%, apontam as Estatísticas rápidas do transporte aéreo.

O primeiro mês de 2023 assistiu a um desembarque médio diário de 60,7 mil passageiros no conjunto dos aeroportos nacionais, um valor “significativamente superior” ao verificado em janeiro do ano passado (31,9 mil), o que corresponde a um aumento de 89,9%. Em comparação com janeiro de 2020 (57,6 mil), o aumento foi na ordem dos 5,4%.

França foi o principal país de origem e destino dos voos, mas os maiores crescimentos face a janeiro de 2022 aplicaram-se a Espanha e Reino Unido, que ocuparam a segunda e terceira posição, respetivamente.

Segundo o relatório do INE, 79,4% dos passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais corresponderam a tráfego internacional, ou seja, 1,5 milhões. A maioria dos passageiros (63,8% do total) é proveniente do continente europeu, o que reflete um aumento de 94,4% face a janeiro de 2022. Já a segunda principal origem é o continente americano, com 10% do total de passageiros desembarcados.

Por sua vez, no que toca aos passageiros embarcados, 81% corresponderam a tráfego internacional, num total de 1,7 milhões de passageiros. Como principal destino esteve o continente europeu (66,9% do total), com um crescimento de 80,9% face a janeiro do ano passado. O segundo principal destino dos passageiros embarcados foi, igualmente, o continente americano (9,3% do total).

Só o aeroporto de Lisboa movimentou em janeiro de 2023 mais de metade do total de passageiros (56,9%), ou cerca de 2,2 milhões. Este valor aponta para um aumento de 84,8% comparativamente a janeiro de 2022 (ou +2,7% face a janeiro de 2020). O aeroporto do Porto, por sua vez, concentrou 22,7% do total de passageiros e aumentou 88,1% face a janeiro do ano passado (+1,2% face a janeiro de 2020).

Já o aeroporto da Madeira foi o terceiro aeroporto com maior movimento de passageiros em janeiro de 2023, com 313,7 mil (aumento de 86%), superando o aeroporto de Faro.

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Capacidade solar licenciada em 2023 já ultrapassa a do ano passado

  • Capital Verde
  • 13 Março 2023

No ano passado, a Agência Portuguesa do Ambiente deu "luz verde" a 1537 MWb de potência solar. Até março deste ano, foram aprovadas sete licenças ambientais, em 2,4 GW.

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) concedeu nos primeiros dois meses do ano sete licenças ambientais que se traduzem em 2,4 gigawatts (GW), de acordo com o levantamento feito pelo Expresso junto do Sistema de Informação sobre Avaliação de Impacto Ambiental.

Segundo o jornal, este ano a APA emitiu decisões que incidiram sobre projetos de energia solar, entre 30 de janeiro e 8 de março, dando “luz verde” (embora com declarações de impacto ambiental condicionadas à concretização de medidas de mitigação) a 2435 megawatts (MW).

Comparativamente ao ano passado (altura em que a APA emitiu declarações de impacte ambiental (DIA) favoráveis a 11 projetos fotovoltaicos, somando 1537 MWb é possível concluir que a agência liderada por Nuno Lacasta aprovou, só nos primeiros três meses do ano, uma potência superior a toda a potência que o país instalou ao longo da última década. Entre 2013 e 2022 foram construídos e entraram em exploração 2,3 GW fotovoltaicos em Portugal.

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Fundos com critérios ESG chamados a gerir pensões na Suécia

  • Capital Verde
  • 13 Março 2023

Depois do escândalo do Falcon Funds, em 2017, que lesou milhares, o Gabinete da Agência Sueca de Seleção de Fundos quer começar a considerar critérios ESG para selecionar os gestores de fundos.

A Suécia chamou os gestores de ativos internacionais a ajudar a alocar 1 bilião de coroas suecas (cerca de 87 mil milhões de euros) de pensões, mas alerta que não aceitará candidaturas de empresas que não incorporem critérios ESG (ambiente, social e governança) nas suas estratégias.

De acordo com a Bloomberg, as novas condições pretendem substituir um sistema que ficou manchado por um escândalo de que lesou milhares de contribuintes suecos, em 2017, e desencadeou apelos para uma gestão mais robusta. O Falcon Funds, um fundo de ativos sediado em Malta, foi investigado pela Autoridade Sueca para o Crime Económico (SECA) após ter defraudado 22.000 de pensionistas suecos em centenas de milhões de coroas suecas.

Com estes novos critérios, apenas as empresas de investimento com objetivos ambientais, sociais e de governação na sua estratégia poderão candidatar-se, explica a agência.

A decisão surge numa altura em que os critérios ESG começam a ganhar cada vez mais peso na tomada de decisões das instituições financeiras. Com esta estratégia, a Suécia espera selecionar 150 fundos já no segundo trimestre.

“Ao contrário do sistema atual, haverá a exigência de o gestor integrar sistematicamente aspetos de sustentabilidade nas suas operações”, disse Erik Fransson, director executivo do escritório, numa entrevista.

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Alojamento turístico cresceu 22% face a janeiro de 2020 quando ainda não havia efeitos da pandemia

  • Mariana Marques Tiago
  • 13 Março 2023

Em janeiro, o setor do alojamento turístico (que inclui hotelaria, alojamento local e turismo do espaço rural) o número de hóspedes e dormidas cresceu 72,5% e 74,5%, respetivamente.

No primeiro mês do ano, o setor do alojamento turístico (que inclui hotelaria, alojamento local com pelo menos dez camas e turismo do espaço rural) português recebeu 1,5 milhões de hóspedes e 3,5 milhões de dormidas. Face a janeiro de 2022, isto traduz-se num aumento de 72,5% e 74,5%, respetivamente. Comparando com janeiro de 2020, quando ainda não se faziam sentir os efeitos da pandemia no setor, registou-se um aumento de 21,6%.

Os dados foram avançados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e são referentes ao primeiro mês do ano. O gabinete já tinha apresentado as estatísticas rápidas relativamente à mesma atividade, divulgadas no final de fevereiro. De acordo com os dados iniciais, janeiro teve um aumento das dormidas de turistas portugueses e estrangeiros: o mercado interno contribuiu com 1,2 milhões de dormidas (mais 38,7% face a janeiro de 2022) e o externo um aumento de 101,3%.

Proveitos totais obtidos por região

O rendimento total obtido com a atividade de alojamento turístico (onde se inclui o aposento, restauração e outros serviços como lavandaria) atingiu os 212,4 milhões de euros em janeiro de 2023 (um crescimento de 99%). Comparando com mesmo mês em 2020, houve um aumento de 21,6%, abrandando face à evolução registada em dezembro (de 23,8%).

De acordo com o INE, foi na Área Metropolitana de Lisboa (AML) onde se concentrou a maioria do rendimento total (38,2%). Seguiu-se a Região Autónoma da Madeira e a região Norte. O maior crescimento do proveito total registou-se na AML (150,3%) e no Norte (92,8%).

Hotelaria foi a maior fonte de rendimento

Se olharmos para os dados do INE por tipo de alojamento turístico, o destaque vai para a hotelaria, onde os proveitos totais cresceram 103% (atingindo 186,6 milhões de euros). Face a 2020, isto traduz-se num aumento de 18,5%.

Seguem-se os estabelecimentos de alojamento local (com uma subida de 86,8% dos proveitos totais) e o turismo no espaço rural e de habitação (com um crescimento de 44,5%).

2023 teve o janeiro com maior número de hóspedes e dormidas

Segundo o INE, este foi o mês de janeiro, desde que há registo, com valores de hóspedes e de dormidas mais elevados. No primeiro mês do ano registaram-se 1,5 milhões de hóspedes e 3,5 milhões de dormidas, um aumento respetivo de 72,5% e 74,5%. O instituto português usa como referência os quatro municípios com maior número de dormidas: a capital, Funchal, Porto e Albufeira.

Dormidas por principais municípios

Lisboa concentrou 25,2% do total de dormidas em janeiro de 2023, o que se traduz em 875,6 mil. Das dormidas registadas na capital, 31% correspondem a turistas estrangeiros.

No Funchal registaram-se 427 mil dormidas em janeiro (o que corresponde a 12,3% do total), um aumento de 14,2% face a janeiro de 2020. Por oposição ao caso lisboeta, no Funchal o maior crescimento a nível de dormidas foi por parte de turistas portugueses: um aumento de 66,5%.

No Porto, as dormidas de turistas estrangeiros e nacionais tiveram aumentos muito semelhantes: 5,5% e 5,3%, respetivamente. No total, face a janeiro de 2020, houve um crescimento de 5,5% das dormidas (o que se traduz em 283,9 mil).

No entanto, o destaque do INE vai para Albufeira, que registou uma diminuição das dormidas de 11,2% face a 2020. As dormidas no município foram 176,4 mil, havendo menos 17,5% de dormidas de turistas portugueses e menos 9,9% de estrangeiros.

(Notícia atualizada às 12h17)

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Exportações crescem 14,5% em janeiro e voltam a superar importações

É o terceiro mês consecutivo em que as exportações aumentam mais que as importações em Portugal.

As exportações de bens cresceram 14,5% em janeiro, face ao mesmo mês do ano passado, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística publicados esta segunda-feira. É uma subida superior à das importações, que foi de 10,3%, uma tendência que se verifica já pelo terceiro mês consecutivo.

É de notar, no entanto, que “estas variações poderão refletir, em parte, efeitos de calendário, dado que janeiro de 2023 teve mais um dia útil que o mês homólogo de 2022 e mais dois que o mês passado”, segundo o INE.

Perante a evolução do comércio internacional, é possível verificar que o défice da balança comercial registou uma melhoria de 27 milhões de euros face a janeiro de 2022, atingindo 1.963 milhões de euros.

O abrandamento da inflação já é possível notar também nos índices de valor unitário (preços), que “registaram variações de +8,1% nas exportações e +7,0% nas importações (+9,7% e +12,2%, respetivamente, em dezembro de 2022)”. Se excluirmos os produtos petrolíferos, as variações foram
+8,1% nas exportações e +5,9% nas importações.

No que diz respeito aos bens comercializados, pode-se concluir que nas exportações de janeiro de 2023 todas as categorias económicas registaram aumentos, sendo de destacar as máquinas e outros bens de capital (+27,6%).

Por outro lado, nas importações sobressaem o acréscimo de material de transporte (+40,5%), tanto de automóveis para transporte de passeiros como de partes e peças, maioritariamente proveniente de Espanha e da Alemanha, bem como a diminuição de fornecimentos industriais (-3,9%), sobretudo de metais comuns provenientes de vários países Extra-UE, indica o INE.

Quanto aos países parceiros, o vizinho de Portugal continua a ocupar o topo, tendo-se até registado um aumento das transações com a Espanha: uma subida de 8,3% nas exportações, sobretudo de produtos alimentares e máquinas e outros bens de capital, e um aumento de 12,9% nas importações, também de produtos alimentares e material de transporte.

É de destacar ainda que as importações do Brasil quase duplicaram em janeiro deste ano, face ao mesmo período do ano passado. Já as compras à China, Estados Unidos e Nigéria caíram no primeiro mês do ano.

(Notícia atualizada às 11h30)

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Taxa Euribor inverte tendência e cai a três, seis e 12 meses

  • Lusa
  • 13 Março 2023

Euribor a 12 meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, caiu para 3,858%, no prazo de seis meses baixou para 3,375%, enquanto a três meses recuou para 2,957%.

A taxa Euribor desceu esta segunda-feira a três, a seis e a 12 meses face a sexta-feira.

A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, recuou esta segunda-feira, ao ser fixada em 3,858%, menos 0,095 pontos e contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,978%, verificado em 9 de março.

Segundo o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses já representa 43% do ‘stock’ de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses representa 32%.

Após ter disparado em 12 de abril de 2022 para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril de 2022.

A média da Euribor a 12 meses avançou de 3,338% em janeiro para 3,534% em fevereiro, mais 0,196 pontos.

No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho, também baixou hoje, para 3,375%, menos 0,070 pontos, contra o novo máximo desde novembro de 2008, de 3,461%, verificado também em 9 de março.

A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).

A média da Euribor a seis meses subiu de 2,864% em janeiro para 3,135% em fevereiro, mais 0,271 pontos.

A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, baixou hoje, ao ser fixada em 2,957%, menos 0,021 pontos e contra o máximo desde novembro de 2008, de 2,978%, verificado em 10 de março.

A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).

A média da Euribor a três meses subiu de 2,354% em janeiro para 2,640% em fevereiro, ou seja, um acréscimo de 0,286 pontos.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na última reunião de política monetária, em 2 de fevereiro, o BCE voltou a subir em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, acréscimo igual ao efetuado em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 8 de setembro.

Em 21 de julho, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Mariana Rocha Moreira reforça equipa da Pares Advogados

A equipa de imobiliário da Pares Advogados foi reforçada com a integração de Mariana Rocha Moreira. A advogada transita da Lamares, Capela & Associados.

A Pares Advogados reforçou a equipa de imobiliário com a contratação de Mariana Rocha Moreira. A advogada transita da Lamares, Capela & Associados.

Mariana Rocha Moreira é licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa e frequenta, atualmente, o mestrado em Direito Tributário na Faculdade de Direito da Universidade do Minho.

“O imobiliário é uma das áreas “core” da Pares Advogados. A sociedade possui uma equipa composta por cerca de uma dezena de advogados, vocacionada para prestar assessoria jurídica em operações de investimento imobiliário e na elaboração e negociação de contratos imobiliários, designadamente compra e venda, sale and lease back, arrendamento, permuta e direito de superfície”, refere o escritório.

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Preço do gás natural cai mais de 6%

Tempo mais ameno que o esperado contribui para queda nos preços do benchmark europeu de gás natural.

Numa altura de maior volatilidade nos mercados, com a incerteza sobre os próximos desenvolvimentos económicos a pairar, os preços do gás natural seguem a desvalorizar. O benchmark europeu de gás natural cai 6% nesta manhã, com o tempo mais ameno que o esperado no norte da Europa a ajudar o sentimento.

Os futuros TTF de gás natural para entrega em abril estão a desvalorizar 6,01% para 49,68 euros por MWh esta segunda-feira, de acordo com o site Barchart.

O preço do gás natural já tem vindo a negociar em níveis próximos do período pré-pandemia, em 2019, com a época mais fria do Inverno quase a chegar ao fim.

Agora, o clima mais ameno do que o esperado no norte da Europa e as perspetivas de energia eólica robusta estão a diminuir a pressão sobre os sistemas de energia da região.

A Europa conseguiu ultrapassar o Inverno sem os problemas que eram antecipados devido à dependência da energia russa, mas o foco está agora em conseguir encher as reservas para a próxima temporada de temperaturas mais baixas.

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Preço do arroz europeu atingiu pico e deverá sofrer correções nos próximos anos

  • Lusa
  • 13 Março 2023

"Acreditamos que na próxima campanha os preços à produção na Europa tendam a estabilizar, se a guerra não escalar mais", disse o diretor-geral da Associação Nacional dos Industriais de Arroz (ANIA).

O preço do arroz europeu já atingiu o seu pico e poderá sofrer correções nos próximos anos, caso a guerra na Ucrânia não escale, estimou o diretor-geral da Associação Nacional dos Industriais de Arroz (ANIA).

“A nossa previsão é que tenhamos atingido um máximo de preços do arroz europeu, que tenderá a corrigir nos próximos anos, se a guerra não escalar para outros países, claro”, apontou Pedro Monteiro, em resposta à Lusa.

Para isto, contribui também o abrandamento da inflação e a queda dos preços da energia.

No mesmo sentido, a associação espera que os fitofármacos e adubos possam corrigir em baixa os preços máximos. “Felizmente temos águas nos rios (Mondego, Tejo/Sorraia e Sado) para as próximas campanhas graças às chuvas deste inverno, o que nos permitirá fazer os cerca de 30.000 hectares normais”, referiu.

O aumento do preço do arroz europeu permitiu à produção ter a margem necessária para poder continuar a produzir, apontou o diretor-geral da ANIA, considerando que tal é “extremamente importante”, defendendo que esta é mesmo uma questão de soberania alimentar.

Não podemos estar totalmente dependentes de países terceiros, a UE [União Europeia] tem que importar quase 50% das suas necessidades de utilização e consumo e o mesmo se passa com Portugal”, vincou.

Por sua vez, no que se refere aos custos de produção, o maior impacto foi no arroz carolino em Portugal e nos arrozes europeus, “que sofreram um impacto duplo dos aumentos decorrentes da inflação e da guerra da Ucrânia devido aos elevados preços da energia nesta campanha, que terminou em setembro”. Conforme indicou, os países terceiros não sofreram os mesmos impactos duplos, tendo preços mais estáveis.

“Acreditamos que na próxima campanha os preços à produção na Europa tendam a estabilizar, se a guerra não escalar mais“, disse.

No que se refere às diferenças entre as várias categorias de arroz, Pedro Monteiro explicou que o arroz carolino é produzido em Portugal e o agulha é importado, sobretudo, da Ásia e da América do Sul.

“Todas as empresas orizícolas (agrícolas e industriais) são PME [pequenas e médias empresas], enquanto a grande distribuição são grandes empresas e quase todas multinacionais, o que implica uma grande diferença em poder financeiro e negocial. No final, os fabricante e as empresas de distribuição têm a sua própria estratégia de mercado face a cada produto e aí a concorrência entre as 10 indústrias que operam no mercado define o preço final ao consumo”, referiu.

Em fevereiro de 2023, o preço de mercado do arroz, em Portugal, para a categoria jaapónica foi de 650 euros por tonelada, quando em 2022 estava em 330 euros.

Já o preço da categoria índica ascendeu a 465 euros por tonelada, acima dos 340 euros verificados no mesmo período do ano anterior.

De acordo com os dados desta associação, a fileira do arroz conta com 2.000 agricultores e uma área de produção de, sensivelmente, 26.876 hectares.

Em 2022, as exportações ascenderam a 56.865 toneladas, acima das 33.183 toneladas de 2021 e das 44.173 toneladas registadas em 2020.

O principal destino de exportação foi a Jordânia (38,6%), seguindo-se Espanha (23,2%).

Por sua vez, entre janeiro e dezembro de 2022, as importações fixaram-se em 97.240 toneladas, acima das 74.840 toneladas de 2021, mas abaixo das 99.212 toneladas de arroz importadas em 2020. No ano passado, o principal país de origem foi Espanha (32%), seguido pela Guiana (28,6%).

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Melhor curta de animação não é portuguesa. “The Boy, the Mole, the Fox, and the Horse” vence

  • Lusa
  • 13 Março 2023

Apesar de não trazer o prémio para casa, João Gonzalez considera que "esta nomeação já foi uma vitória enorme".

O filme “The Boy, the Mole, the Fox, and the Horse”, de Peter Baynton e Charlie Mackesy, conquistou na noite do passado domingo o Óscar de Melhor Curta-Metragem de Animação, na 95.ª edição dos prémios da Academia das Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos.

“Ice Merchants”, de João Gonzalez, o primeiro filme português nomeado para os Óscares de Hollywood, estava nomeado nesta categoria com “The Flying Sailor”, de Amanda Forbis e Wendy Tilby, “My Year of Dicks”, de Sara Gunnarsdóttir, e “An Ostrich Told Me the World Is Fake, and I Think I Believe It”, de Lachlan Pendragon.

Em entrevista à agência Lusa, no domingo, João Gonzalez dizia que “esta nomeação já foi uma vitória enorme”. “Nós, acima de tudo, já estamos felizes por termos chegado até aqui e o mais importante é que, seja qual for o desenlace que saia naquele envelope, vai ser um dia de celebração para a equipa toda”, afirmou Gonzalez.

Os Óscares celebraram a 95.ª edição, no Dolby Theatre, em Los Angeles, numa cerimónia em que “Ice Merchants”, do português João Gonzalez, esteve também nomeado para Melhor Curta-Metragem de Animação.

 

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