Governo promete acelerar progressão de 349 mil funcionários públicos

  • ECO
  • 23 Março 2023

Objetivo é compensar parcialmente o facto de os trabalhadores terem tido uma progressão mais lenta por causa dos congelamentos da carreira. Executivo reúne-se com sindicatos a 29 de março.

O Governo quer acelerar as progressões na carreira dos funcionários públicos afetados pelos dois períodos de congelamento (um entre 2005 e 2007 e outro de 2011 a 2017) e que viram a sua evolução profissional travada durante mais de nove anos, avança o Público (acesso condicionado). Em causa estão cerca de 349 mil pessoas — o que corresponde a 65% dos funcionários públicos — que progridem com base em pontos e que, num modelo ainda a apresentar aos sindicatos, serão compensados com uma aceleração da sua carreira.

Em declarações à Lusa, a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, disse que o objetivo é encontrar uma “solução similar” à apresentada, na quarta-feira, aos sindicatos dos professores pelo ministro da Educação, João Costa, mas “adaptada às carreiras do SIADAP [Sistema Integrado de Avaliação de Desempenho da Administração Pública], cuja progressão assenta em pontos e não em anos, como a da carreira docente”. O objetivo é “corrigir os efeitos do período de congelamento longo que ocorreu nos últimos 18 anos”, acrescentou, admitindo que essa compensação não será total e sem desvendar quando é que irá produzir efeitos.

Fonte oficial do Ministério da Presidência esclarece, contudo, que “a proposta a apresentar às estruturas sindicais não corresponde a recuperação de pontos“. “É uma medida adicional, que assentará em progressões mais rápidas para os funcionários públicos, abrangidos pelos dois períodos de congelamento, de forma a minimizar os seus efeitos“, afirmou a mesma fonte, remetendo mais pormenores para as reuniões com os sindicatos, a 29 de março.

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Hoje nas notícias: Função Pública, depósitos e sondagem

  • ECO
  • 23 Março 2023

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A ministra da Presidência prometeu acelerar a progressão na carreira de 349 mil funcionários públicos. À luz do Conselho Europeu que se inicia esta quinta-feira, o secretário de Estado dos Assuntos Europeus defende a necessidade de “dar passos no seguro comum de depósitos”. E uma sondagem da Aximage revela que a maioria dos inquiridos considera que Fernando Medina deveria ter sido demitido. Conheça estas e outras notícias em destaque na imprensa nacional esta quinta-feira.

Governo promete acelerar progressão de 349 mil funcionários públicos

O Governo quer acelerar as progressões na carreira dos funcionários públicos afetados pelos dois períodos de congelamento (um entre 2005 e 2007 e outro de 2011 a 2017) e que viram a sua evolução profissional travada durante mais de nove anos. Em causa estão cerca de 349 mil pessoas — o que corresponde a 65% dos funcionários públicos — que progridem com base em pontos e que, num modelo ainda a apresentar aos sindicatos, serão compensados com uma aceleração da sua carreira, adiantou a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

É preciso “dar passos no seguro comum de depósitos”, diz Tiago Antunes

Numa entrevista na véspera da cimeira europeia de dois dias dedicada à resposta à lei dos EUA para atrair empresas e à reindustrialização da União Europeia, o secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Tiago Antunes, insiste na necessidade de avançar com a União Bancária, sobretudo ao nível do “seguro comum de depósitos”, para “fortalecer ainda mais a resiliência e a solidez” do setor financeiro europeu.

Leia a entrevista completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Maioria defende que Medina deveria ser demitido, revela sondagem

Mais de cinco em cada dez inquiridos defendem que António Costa deveria ter demitido o ministro das Finanças. A sondagem da Aximage para o Diário de Notícias, Jornal de Notícias e TSF indica que 55% dos participantes são favoráveis à saída de Fernando Medina na sequência do caso que envolveu a ex-secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis, por ter recebido uma indemnização de meio milhão de euros quando saiu da TAP.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso indisponível)

Eleger um deputado custa 19 mil euros ao PS e 252 mil ao PAN

O PS teve, de longe, a campanha eleitoral mais cara (3,4 milhões de euros), mas também a mais rentável: graças à maioria absoluta, de 120 deputados, cada eleito custou cerca de 19 mil euros. O valor é 13 vezes menor do que o orçamento mais caro para eleger a deputada única do PAN, Inês de Sousa Real, que custou 252 mil euros, de acordo com os dados Entidade das Contas e Financiamentos Políticos do Tribunal Constitucional relativamente às últimas legislativas.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

“Dedicação plena dos médicos” proposta pelo Governo “é um bocadinho confusa”, diz Ana Jorge

Ana Jorge, ex-ministra da Saúde e atual presidente da Cruz Vermelha, considera que o Serviço Nacional de Saúde vive o seu momento “mais difícil”. Em entrevista conjunta ao Público e Renascença defende o alargamento de horários dos centros de saúde e as PPP apenas para a construção dos hospitais e não para a sua gestão clínica. A antiga governante também considera como “um bocadinho confusa” a proposta para a dedicação plena dos médicos.

Leia a entrevista completa na Renascença (acesso livre)

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UNA tem aumento de capital pronto a avançar. ASF tem pressa

O acionista China Tianying já disponibilizou os 40 milhões de euros para aumentar o capital do grupo UNA. Como o supervisor colocou urgência na operação, uma assembleia geral tem de acontecer já.

A China Tianying, acionista único do grupo UNA, já disponibilizou os 40 milhões de euros destinados ao aumento de capital das seguradoras, solução que a ASF, entidade de supervisão do setor, exigiu com urgência na sequência dos prejuízos registados pela UNA Seguros no ano de 2022. Como o ECO revelou em primeira mão, a UNA Seguros registou um prejuízo de 18 milhões de euros no exercício de 2022 levando a UNA Vida – que detém 100% do capital da Una Seguros – a registar uma imparidade de 3,6 milhões de euros e a apresentar um resultado de apenas dois milhões de euros pela sua atividade exclusivamente centrada no ramo de seguros de Vida.

“O acionista tem isso decidido desde o primeiro momento”, afirma Nuno David, CEO do grupo, ao ECO Seguros, adiantando que “o que não está decidido é se aguardamos pela Assembleia Geral de aprovação das contas, prevista para o próximo dia 15 de abril – ou fazemos uma AG já, unicamente para aprovar o aumento de capital”. O CEO refere que “naturalmente, a ASF prefere esta última opção”.

Com 66 milhões de euros de negócios realizados no ano passado, o montante de prejuízos é demasiado elevado para a UNA Seguros, mas Nuno David, CEO das seguradoras UNA, afastou qualquer situação de rotura de tesouraria: “A UNA não tem problemas de pagamento nem de sinistros nem de qualquer outro compromisso”, garante Nuno David.

A ASF, recorde-se, já revelou que os resultados líquidos de todas as seguradoras atingiram os 900 milhões de euros em 2022, um valor superior em 39% ao registado em 2021 e o dobro do verificado em 2020, ano da pandemia. Em rentabilidade líquida sobre o volume de prémios, o rácio subiu de 3,5% em 2021 para 7,5% no ano passado.

Fontes do mercado esperam que as seguradoras em Portugal tenham registado bons resultados na conta técnica (com exceção da UNA Seguros), onde estão os resultados operacionais e menos bons na conta não técnica, onde se contabilizam os rendimentos dos investimentos, dada a instabilidade nos mercados financeiros registado ao longo do ano passado devido a inflação crescente e consequente subida das taxas de juro.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 23 de março

  • ECO
  • 23 Março 2023

Ao longo desta quinta-feira, 23 de março, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Fatura da água vai aumentar por causa do custo dos resíduos

A parcela a pagar na conta da água relativa aos resíduos deverá ascender, em 2023, a 6,34 euros por mês por alojamento.

A Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) indica que o serviço de gestão de resíduos, uma rubrica que atualmente é cobrada na fatura da água, vai ficar, em média, 18% mais caro em 2023 – um aumento médio que corresponde a cerca de 1 euro extra. Este aumento acontece em paralelo a outro que se prevê para a mesma fatura: aquele que diz respeito ao abastecimento de água. Tal como o Capital Verde noticiou, a ERSAR recomenda que esta última rubrica suba pelo menos 2%.

“Embora se antecipe um aumento médio de 18% nos custos do serviço [de resíduos] em baixa (…), este corresponderá, em média, a um acréscimo de 1 euro por mês na fatura do utilizador final”, informa a ERSAR, em resposta ao ECO/Capital Verde. Neste sentido, a parcela a pagar na conta da água relativa aos resíduos deverá ascender, em 2023, a 6,34 euros por mês por alojamento.

A fixação de tarifas dos serviços de águas e resíduos, aplicadas aos utilizadores finais (tarifas em baixa), é da competência dos municípios, estando apenas sujeita a parecer da ERSAR, relembra a entidade. Os municípios devem aprovar o tarifário até 30 de novembro, pelo que a informação disponibilizada agora é previsional.

Já no início de fevereiro, a ERSAR havia informado que as tarifas da água deveriam subir, em média, pelo menos 2% em 2023, uma vez que o serviço em alta (captação e tratamento na origem) irá encarecer nesta medida e este aumento deve ser refletido na tarifa cobrada aos consumidores. Já os custos no serviço de distribuição (em baixa) são diferentes “e podem justificar aumentos tarifários superiores”, explicou, na altura, a presidente do regulador, Vera Eiró.

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5 coisas que vão marcar o dia

A Altri e da GreenVolt apresentam as contas referentes a 2022. Serão conhecidos os dados sobre o endividamento da economia portuguesa e do PIB per capita em paridade de poder de compra na UE.

A época de resultados continua e esta quinta-feira é a vez da Altri e da GreenVolt apresentarem as contas referentes a 2022. O Banco de Portugal divulga os dados relativos ao endividamento da economia e ao financiamento das administrações públicas. Já o Eurostat dá o conhecer os dados do PIB per capita expresso em paridade de poder de compra entre os países da União Europeia. Na política, os deputados vão votar a proposta de lei do Governo, que cessa a generalidade das leis criadas no âmbito da pandemia.

Altri e GreenVolt apresentam contas ao mercado

A Altri e a GreenVolt apresentam esta quinta-feira os resultados financeiros relativos a todo o ano de 2022. Nos primeiros nove meses do ano passado, a papeleira viu os seus lucros subirem 30% para 117,4 milhões de euros, face a igual período de 2021. Já a empresa de energias renováveis fechou os primeiros nove meses de 2022 com um lucro de 16,8 milhões de euros, isto é, um aumento de 241% face ao período homólogo.

Como evoluiu o endividamento da economia?

O Banco de Portugal (BdP) divulga os dados relativos ao endividamento da economia (excluindo o setor financeiro) referentes a janeiro. Em 2022, o nível de endividamento da economia baixou de 361,2% do PIB para 333,9% do PIB, apesar da dívida apesar da dívida do Estado, empresas e particulares ter aumentado 19,1 mil milhões de euros. Serão ainda conhecidos dados relativos ao financiamento das administrações públicas.

Parlamento revoga medidas Covid

Os deputados da Assembleia da República vão votar a proposta de lei n.º 45/XV/1.ª que regula boa parte das medidas criadas no âmbito da pandemia. Em causa estão 51 das 57 leis criadas no âmbito da Covid-19. No final de setembro, o Governo decidiu não renovar o estado de alerta aplicado no âmbito da pandemia, pondo fim à generalidade das medidas em vigor. Continua a ser obrigatório o uso de máscara nos lares e estabelecimentos que prestem cuidados de saúde.

Eurostat divulga dados sobre consumo e PIB per capita

O Eurostat divulga os dados provisórios relativos ao valor do Produto Interno Bruto per capita expresso em paridade de poder de compra entre os países da União Europeia (UE) em 2022. Em 2021, o PIB per capita em Portugal expresso em paridades de poder de compra, foi o sétimo mais baixo da UE.

Banco de Inglaterra decide sobre juros

O Banco de Inglaterra vai anunciar esta quinta-feira a decisão do comité de política monetária relativamente aos juros diretores. Na sequência da turbulência que se tem verificado nos últimos dias no sistema bancário, o banco central inglês veio sinalizar que o sistema bancário britânico “está bem capitalizado e financiado”.

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Contas da Efacec pioram em 2022. Menos faturação, mais prejuízos, mais dívida

A Efacec está em situação de falência técnica, com 52 milhões de euros de situação líquida negativa, e seria mais elevado se não fosse o crédito fiscal por reporte de prejuízos passados.

A situação económica e financeira da Efacec degradou-se no exercício de 2022, ano em que o Governo esteve em processo de negociação com a DST e que acabou por falhar. A companhia liderada por Ângelo Ramalho fechou o ano com um prejuízo operacional de 90,6 milhões de euros e um resultado líquido consolidado negativo de cerca de 52 milhões, enquanto os capitais próprios revelam também uma situação líquida negativa de 50 milhões de euros (e ainda assim ajudada por 66 milhões de crédito fiscal por impostos diferidos).

As contas da Efacec relativas a 2022 já estão fechadas, apurou o ECO. E como seria de esperar no contexto das tentativas de reprivatização depois da nacionalização em 2020, os resultados pioraram, especialmente se expurgado o efeito contabilístico da imparidade de ‘goodwill’ e marca registado em 2021.

O volume de receitas de 160,9M€ representou uma redução de 28% face ao ano anterior, o que resulta de evoluções negativas em todas as Unidade de Negócio (UN) do Grupo. De forma transversal, as diferentes UN apresentam uma evolução negativa, com as principais variações a ocorrerem nas UN Aparelhagem (AMT) (-18M€), Transformadores (TRF) (-13M€), Energia (ENE) (-13M€) e Automação (ASE) (-6M€)“, lê-se no relatório e contas a que o ECO teve acesso. E um indicador mais severo para o futuro, “durante o ano de 2022, a EPS alcançou um volume de encomendas de 138,9M€, -45% inferior ao registado no ano anterior. Todas as UN, com exceção de Ambiente (AMB) (+29M€), apresentaram uma evolução negativa“.

A dívida global da Efacec continuou a subir em 2002. A dívida financeira líquida aumentou mais de 74 milhões de euros em 2022, resultado de empréstimos do próprio Estado, enquanto acionista. “No sentido de colmatar as necessidades de financiamento de tesouraria da empresa ao longo de 2022, e com vista à realização da operação de reprivatização em curso, foram contraídos dois empréstimos junto do acionista Parpública no valor total de 70,5M€ (50M€ no primeiro semestre e 20,5M€ no segundo semestre)“, escreveu a gestão no Relatório e Contas. No total, a exposição do Estado à Efacec já supera os 210 milhões de euros e a companhia continua a precisar de injeções mensais de fundos do Estado até à venda, cujo processo, a ter sucesso, não deverá ocorrer no primeiro semestre.

A relação com a banca é hoje limitada, como vem reconhecendo a gestão da empresa. E Ângelo Ramalho volta a sublinhar a necessidade de a empresa voltar a ter acesso a instrumentos como o ‘trade finance’, essencial para a Efacec se apresentar a concurso. “Continua a ser expectativa de que a conclusão definitiva de um processo de privatização, com o consequente reforço da capacidade económico financeira e estrutura de capital da empresa, irá criar as condições necessárias para que as instituições do sistema financeiro normalizem o acesso a operações de trade finance“, lê-se no relatório.

Como o ECO revelou em primeira mão, os cinco candidatos à compra da Efacec, um dos quais em consórcio, foram convidados a apresentar propostas vinculativas melhoradas face às ofertas já entregues até ao próximo dia 10 de abril. A apresentação da chamada Best and Final Offer (BAFO) será assim mais uma etapa no concurso para a reprivatização dos 71,73% do capital da companhia que está hoje no universo da Parpública, a empresa do Estado.

O Governo, recorde-se, selecionou uma ‘long list’ de cinco candidatos para esta fase da reprivatização. Os dois grupos industriais portugueses, o consórcio Visabeira/Sodecia e a Mota-Engil, fizeram ofertas pelos ativos da Efacec, mas não querem adquirir as ações da empresa. Já os três fundos de ‘private equity’, a portuguesa Oxi e os estrangeiros Mutaris e Oaktree, terão apresentado propostas pela totalidade do capital em venda, isto é, os 71,73% das ações.

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Da redução do IVA ao acordo com a distribuição, como o Governo quer travar os preços da alimentação?

Primeiro-ministro reconheceu que a subida dos preços dos alimentos é uma “realidade muito grave” e abriu a porta a “um acordo com a distribuição” e com a produção, bem como a redução da fiscalidade.

O primeiro-ministro quer travar a escalada dos preços dos alimentos e, por isso, abriu a porta a um controlo dos preços através de “um acordo com a distribuição” e com a produção, assim como a uma redução da tributação. Mas, afinal, o que está em cima da mesa e o que fizeram outros países?

“O Conselho de Ministros da próxima quinta-feira terá condições para fazer um programa, que será confirmado sexta-feira, e terá apoios sociais, intervenção na área dos preços e a dimensão de valorização salarial”, revelou António Costa, durante o debate de política geral na Assembleia da República.

Numa altura em que a inflação abrandou para 8,2% em fevereiro, mas que a inflação produtos alimentares não transformados voltou a aumentar pelo terceiro mês consecutivo, fixando-se em 20,09%, o primeiro-ministro fez saber que os novos apoios serão decididos em função dos resultados da execução orçamental do ano passado, mas assumiu como “compromisso” “que toda a receita extraordinária que decorreu da inflação” seja ” redistribuída aos portugueses”.

No que toca especificamente ao setor alimentar, em resposta ao PCP, António Costa reconheceu que a subida dos preços é uma “realidade muito grave” e que o seu valor está “acima daquilo que é a média da inflação a nível nacional e mesmo acima do que acontece noutros países europeus”.

Nesse sentido, o primeiro-ministro abriu a porta a um “controlo de preços” através de “um acordo com a distribuição” e a um “acordo com a produção”. Neste âmbito, António Costa sinalizou que o Executivo vai “trabalhar com o setor para agir sobre preços em diversas dimensões”: por um lado, através de “ajudas de Estado à produção”, por forma a “diminuir os custos de produção” e, por outro, através da “redução da fiscalidade”.

E se anteriormente o primeiro-ministro dizia não estar convencido da “eficácia” da redução do IVA dos bens alimentares, agora admite que poderá fazer parte da solução. Para o governante, a redução do IVA tem uma “enorme vantagem para as famílias relativamente à redução do IRS: tem efeito imediato e não diferido”. Contudo, “só faz sentido haver redução do IVA se tiver correspondência na redução do preço”, afirmou Costa esta quinta-feira. Segundo o Observador, em cima da mesa estará a descida temporária num cabaz de produtos e para 0%. Além disso, o primeiro-ministro anunciou que vai avançar com apoios diretos às famílias vulneráveis.

Em declarações ao ECO, José Reis, professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, vê com bons olhos que haja um acordo com a distribuição, dado que considera que há um “óbvio descontrolo” dos preços dos bens alimentares e uma “grande arrogância da parte daqueles que têm posições dominantes no mercado”, aludindo às declarações da CEO da Sonae que disse que “tentar fixar preços é querer prateleiras vazias”.

Nesse sentido, o economista defende que haja uma intervenção administrativa, admitindo que esta pode ser feita através do “congelamento, tabelamento”, ou até da redução de preços de alguns produtos alimentares. “A intervenção pode ser feita de diferentes maneiras”, diz, admitindo que “em alguns casos” pode ter que se “intervir na diminuição dos preços”, caso “se considere que estão puxados para cima”.

O professor da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra pede ainda que haja “uma fiscalização muito forte” e diz-se favorável à redução do IVA dos bens alimentares. “A descida dos preços para a taxa mínima tem justificação económica e de justiça social, que tem que ver com o facto de para as famílias, de menores rendimentos, o peso dos bens alimentares é muito maior do que para as de maiores rendimentos”, justifica.

Opinião diferente tem Pedro Brinca, professor associado da Nova SBE, que, apesar de admitir que “pode haver circunstâncias especiais” alerta que “a política de controlo de preços não tem bons resultados”, tal como já tinha sido sinalizado pelo ministro da Economia e do Mar. “O Governo ao ter uma política de preços máximos aquilo que pode estar a fazer é tornar menos apelativo à produção a produção desses bens, o que poderá fazer com que eles comecem a faltar nas prateleiras“.

Se, paralelamente a uma eventual fixação de preços, forem dadas ajudas à produção, Pedro Brinca considera que já não estará em causa a escassez de produtos, mas “põe-se um problema que tem que ver com as lógicas da eficiência económica”. “Se de facto a produção de determinados produtos está mais cara, o facto de o preço subir é um sinal que se dá ao mercado para que ele tenha alguma contenção na sua compra e, na medida do possível, o tente substituir”, assinala. “Claro que quando estamos a falar de bens essenciais esta substituição é mais difícil, mas pode sempre haver”, remata, ao ECO.

Por outro lado, sobre a redução do IVA em certos produtos alimentares, o economista lembra que os principais produtos já pagam IVA reduzido (6%) e que em Espanha, “os preços subiram na mesma”. “Poderá ajudar, mas não resolve problema das pessoas”, sinaliza. “Aquilo que nos diz a ciência económica é que quem vai ganhar mais com isso será a entidade que tem mais poder de mercado, que será muito provavelmente a distribuição”, avisa. “Obviamente que os produtos até podem ficar marginalmente mais baratos ou não subir tanto perante as pessoas, mas a perda de receita fiscal não compensa”, afirma. “Parece-me sempre melhor um apoio direto ao rendimento das famílias”, conclui.

No plano de Costa para enfrentar a alta de preços, enunciado no último debate parlamentar, também fazem parte “apoios diretos às famílias vulneráveis para fazerem face ao aumento do custo de vida” e, num outro segmento, a “atualização extraordinária dos salários dos trabalhadores do Estado, porque a inflação em 2022 foi mais alta do que o esperado – 7,8%, contra os 7,4% previstos pelo Governo”.

E lá fora?

Algumas destas medidas já foram tomadas por outros governos europeus. Em Espanha, o governo espanhol anunciou em dezembro do ano passado um reforço de 10.000 milhões de euros ao pacote de medidas para mitigar o impacto da inflação, elevando o total para 45 mil milhões de euros. Entre as medidas aprovadas a redução para 0%, durante seis meses, do IVA sobre produtos alimentares de primeira necessidade. Em fevereiro, a taxa de inflação em Espanha acelerou para 6%, face ao período homólogo, à boleia, sobretudo, do aumento histórico dos preços dos alimentos de 16,6%.

Já em França, no início deste mês o governo chegou a acordo com algumas das maiores cadeias de supermercado do país, tendo em vista o congelamentos de preços de alguns bens alimentares. A medida vai durar durante três meses, sendo que a escolha dos produtos é feita pelas próprias cadeias de distribuição. Em fevereiro, a taxa de inflação em França acelerou para 6,2%, face ao período homólogo, sendo que a inflação dos bens alimentares foi de 14,5%.

Certo é que a subida dos preços dos alimentos tem marcado a atualidade nacional dos últimos dias, apesar de o setor do retalho garantir que não há especulação dos preços. Na semana passada, a ministra da Agricultura anunciou que vai ser criado um selo que ateste que os produtos alimentares cheguem aos consumidores com um preço justo, refletido em todas as etapas da cadeia nacional.

Esta quinta-feira, o Governo reuniu-se com os representantes dos setores da produção, transformação e distribuição de bens alimentares para analisar a conjuntura inflacionista.

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Liberty lança formação inclusiva para mediadores

  • ECO Seguros
  • 22 Março 2023

Liberty quer "desenvolver confiança, capacidades de comunicação, agilidade emocional, auto-consciencialização, reconhecimento de capacidades de liderança e desenvolvimento de marca" de mediadores.

A Liberty Seguros criou a formação ‘Liberty For Women‘ para “desenvolver a confiança, capacidades de comunicação, agilidade emocional, auto-consciencialização, reconhecimento de capacidades de liderança e desenvolvimento de marca” dos seus profissionais mediadores.

“Trabalhamos para tornar a Liberty num local cada vez mais focado nas pessoas e nas suas diferentes características”, disse Rita Almeida, diretora comercial de mediação tradicional da Liberty Portugal e Irlanda.

O projeto ‘Liberty for Women’ quer “garantir a diversidade e igualdade de oportunidades de todos os seus colaboradores“. No “seguimento da aprendizagem e do sucesso da primeira edição em Espanha, no ano passado, chega agora a Portugal”.

O projeto foi lançado pelo Conselho para a Diversidade, Equidade e Inclusão, um órgão interno da Liberty Seguros na Europa, criado para “garantir a diversidade e igualdade de oportunidades de todos os seus colaboradores“.

O Liberty For Women “reforça o compromisso da seguradora e está incluído na oferta de formação para a rede de mediação“.

“Trabalhamos para tornar a Liberty num local cada vez mais focado nas pessoas e nas suas diferentes características. Este programa exclusivo pretende ter um forte papel de consciencialização da responsabilidade de cada um na construção de um espaço Diverso, Equitativo e Inclusivo (DEI), e criar maior proximidade e relação de confiança com a rede de mediação”, explicou Rita Almeida, diretora comercial de mediação tradicional da Liberty Portugal e Irlanda. “Queremos ser uma seguradora em que clientes e colaboradores se sentem incluídos e ouvidos da mesma forma”, conclui.

O programa, que arranca a 10 de abril e termina em setembro, decorre em formato híbrido e conta com cursos focados em cada um dos seis pilares de formação, onde serão definidos planos de ação. No final, as 25 participantes terão sessões de follow-up para solidificar as competências adquiridas.

Com uma estrutura idêntica à que será oferecida à rede de mediação, o ‘Liberty For Women’ foi lançado enquanto programa interno em 2022 e faz parte da oferta formativa aberta, disponível para todos os colaboradores. A primeira edição contou com cerca de 100 participantes (homens e mulheres) e obteve resultados muito positivos. Este ano, o programa foi lançado na semana marcada pelo Dia Internacional da Mulher e conta já com 90 inscritos.

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Fidelidade quer transparência e ética com código APCADEC

  • ECO Seguros
  • 22 Março 2023

Fidelidade adere às boas práticas de procurement delineadas pela APCADEC, um "garante de profissionalismo, transparência e ética crescentes e de diminuição contínua da exposição a riscos financeiros".

A Fidelidade anunciou a sua adesão ao “Código de Ética” da Associação Portuguesa de Compras e Aprovisionamento (APCADEC).

Lançado no início do ano, junto da comunidade de procurement em Portugal, o “Código de Ética” propõe boas práticas o cumprimento de critérios, cada vez mais exigentes, de transparência e ética nos negócios.

Sob os princípios orientados pela International Federation of Purchasing & Supply Management, a subscrição “permite à Fidelidade reforçar o alinhamento das suas práticas de procurement com as principais recomendações internacionais com as referências (Declaração Universal dos Direitos do Homem, Declaração da Organização Internacional do Trabalho, Declaração do Rio sobre ambiente e Desenvolvimento, bem como na Convenção das Nações Unidas contra a corrupção), que constituem a base dos 10 Princípios do Pacto Global das Nações Unidas”, escreve a companhia, em comunicado.

“Este alinhamento é, para a Fidelidade um garante de profissionalismo, transparência e ética crescentes e de diminuição contínua da exposição a riscos financeiros e operacionais”, disse a companhia.

Ao subscrever as diretrizes da APCADEC “a Fidelidade demonstra o seu compromisso com um procurement cada vez mais responsável e sustentável“, garante a seguradora.

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APS propõe escalões para indemnizar incapacidades no desporto

  • Lusa
  • 22 Março 2023

APS defendeu proposta de escalões para reparação dos danos pela incapacidade permanente parcial no desporto profissional, de modo a afastar o “espetro da inconstitucionalidade” do projeto-lei.

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) apresentou, nesta quarta-feira, na Assembleia da República (AR), uma proposta de escalões para reparação dos danos pela incapacidade permanente parcial no desporto profissional, de modo a afastar o “espetro da inconstitucionalidade” do projeto-lei.

No âmbito da discussão na especialidade do projeto-lei, que aprova o regime específico para reparação dos danos provocados por acidentes de trabalho de desportistas profissionais, a APS mostrou-se globalmente favorável, apresentando algumas alterações.

O projeto-lei, apresentando pelo PS e aprovado na generalidade, propõe a possibilidade de revisão da incapacidade, que deve poder ser requerida no prazo de 10 anos desde a data da alta clínica, além do limite mínimo de 5% de incapacidade estabelecido para as indemnizações a desportistas.

Estes tinham sido pontos sensíveis no debate desencadeado no parlamento, pelo grupo de trabalho da Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão, tendo sido mesmo admitida, anteriormente, a sua inconstitucionalidade, por parte do Sindicato do Jogadores Profissionais de Futebol.

Beatriz Cardoso, coordenadora do grupo de trabalho da APS, disse, nesta quarta-feira, discordar desta alegada violação dos princípios da igualdade e da justa reparação dos acidentes de trabalho.

“As especificidades do desporto profissional justificam um regime específico de reparação dos acidentes de trabalho, designadamente, um estabelecimento de um limite mínimo na reparação nas incapacidades mais reduzidas. Entendemos que não está em causa princípio da igualdade, situações diferentes devem ser tratadas de forma diferente”, salientou.

A responsável adiantou que é “injusto e imoral” reparar pequenas incapacidades, sem impacto na atividade, através da atribuição de elevados montantes.

Ainda assim, e de modo a afastar o “espetro de inconstitucionalidade”, Beatriz Cardoso apresentou um esquema de escalões na reparação dos danos emergentes de acidente de trabalho do praticante desportivo profissional dos quais resulte uma incapacidade permanente parcial, em que os sinistrados com salários mais baixos, até aos 40 ordenados mínimos (30.400 euros), não tenham qualquer limitação.

Já nos sinistrados com retribuições anuais entre os 30.400 euros e os 152 mil (até 200 ordenados mínimos), apenas se atenderá a incapacidades iguais ou superiores a 5%, uma percentagem que aumenta para 10% quem recebe mais de 152 mil euros por ano (retribuições superiores a 200 ordenados mínimos).

“Pensamos que esta solução permite ultrapassar a problemática, porque a maioria fica dentro do escalão sem limitação. O que é justo é reparar com adequação. Temos visto muitas incapacidades de 2 ou 3% que permitem receber milhões, o que é imoral e até repugnante“, salientou.

Esta ideia de escalonamento já tinha sido apontada por Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), de modo a não prejudicar os jogadores com salários mais baixos.

Já Miguel Guimarães, diretor-geral adjunto da APS, admitiu que os elevados custos dos seguros decorre da “enorme frequência de acidentes, com idade média dos sinistrados baixa e uma enorme disparidade salarial, em alguns clubes elevadíssima”.

“Falam de taxas de 20%. Não sei qual é a taxa média, mas imagino que corresponda à realidade, quando a média do ramo de acidentes de trabalho anda em torno do 1,5%. Por isso, faz sentido tentar reformular este regime, para reconhecer e tratar melhor estas diferenças”, defendeu.

Miguel Guimarães não precisou o impacto que estas alterações venham a ter nos prémios do seguro a pagar, mas referiu que acredita numa redução significativa.

Quanto à revisão da incapacidade, o projeto-lei defende que só pode ser requerida no prazo de 10 anos a contar da data da alta clínica, enquanto nos casos em que do acidente de trabalho não resulte qualquer incapacidade, apenas poderá ter lugar dentro do prazo de três anos.

Beatriz Cardoso concordou com estas limitações e propôs que a revisão possa ser requerida uma vez por ano, mas dentro do prazo dos 10 anos, um período que permite consolidar as lesões.

Duarte Nuno Vieira, professor Catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, esteve presente na sessão e sobre este ponto explicou que uma lesão “não fica silenciosa 20 ou 30 anos”.

“Uma lesão não fica silenciosa 30 anos, tem de haver uma continuidade de sintomas. Se me queixei, tenho um período para avaliar”, disse, frisando ainda que a tabela de incapacidades nacional “até é generosa”, pois permite que qualquer perito se possa desviar, para mais ou menos, desde que fundamente a decisão.

Os deputados Hugo Maravilha (PSD) e Manuel Loff (PCP) voltaram a alertar para a possível inconstitucionalidade do projeto-lei, dadas as discrepâncias face à lei geral, enquanto Francisco César (PS) defendeu que o mínimo de 5% de incapacidade estabelecido para as indemnizações “não tem nenhuma inconstitucionalidade”, pois é tratado “de forma diferente o que é diferente”.

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Alexandre Fonseca nomeado chairman da Altice USA

O gestor é co-CEO da Altice Europa e vai agora passar a acumular com as funções de chairman da operação que a Patrick Drahi controla nos EUA.

Alexandre Fonseca foi nomeado chairman da Altice USA, sucendendo a Dexter Goie. O atual co-CEO da Altice Europa vai assim acumular com as novas funções de chairman da operação que Patrick Drahi controla nos EUA, revela a companhia em comunicado. “A companhia está hoje numa posição reforçada graças à liderança do CEO, Dennis Mathew, e quero trabalhar com a equipa para capitalizar o momento e acelerar a criação de valor que damos aos nossos colaboradores, clientes e acionistas“, refere o gestor, citado neste comunicado.

Alexandre Fonseca, que também é presidente do Conselho de Administração da Altice Portugal, passa assim a liderar a operação americana, que passou a estar independente da Altice NV em janeiro de 2018, quando o principal acionista, Patrick Drahi, avançou com uma operação de ‘spin-off’.

O gestor português que foi líder da Altice Portugal vai encontrar um contexto difícil nos EUA. Como escrevia a Bloomberg (acesso pago, em inglês), a operação americana exige um elevado investimento em fibra, o que os analistas consideram ser a opção operacional correta, mas arriscada por causa do nível de endividamento do grupo em termos globais, próximo dos 30 mil milhões de dólares, e pressionado pelo aumento dos custos financeiros e maior concorrência.

As ações da Altice USA caíram mais de 60% no último ano, para um valor de mercado de 2.4 mil milhões de dólares. Segundo a Bloomberg, a Altice USA contratou a boutique de investimento Lazard para apoiar a companhia na escolha de um parceiro para desenvolver o projeto de fibra nos EUA, experiência que Alexandre Fonseca tem depois de liderar a Altice em Portugal.

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