Hoje nas notícias: taxa turística, governança e pensões

  • ECO
  • 28 Dezembro 2023

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Lisboa e Porto planeiam aumentar a taxa turística e a empresa brasileira FCamara quer investir em Portugal no próximo ano. A nível europeu, Portugal está alinhado com os países da Zona Euro na indexação de salários e pensões. Estas são algumas das notícias em destaque esta quinta-feira

Lisboa e Porto admitem subida da taxa turística

O turismo em Portugal cresce a ritmo acelerado e com ele as receitas das autarquias com a taxa turística, que só este ano “trouxe proveitos recorde superiores a 20 milhões de euros”. Segundo fonte da Câmara Municipal de Lisboa, no próximo ano, a taxa pode aumentar, mas a decisão ainda está por tomar e será “anunciada oportunamente”. A capital não está sozinha nos seus planos: também a autarquia do Porto analisa a possibilidade de aumentar a taxa. Já Vila Nova de Gaia vai alterar o valor da taxa para 2,5 euros e quer que este valor seja fixo ao longo o ano (atualmente a taxa turística é mais baixa em época baixa). Também a Figueira da Foz aprovou o aumento da taxa que deverá entrar em vigor no verão do próximo ano.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Vítor Bento diz que Portugal tem “uma má governança pública”

O economista e atual presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), Vítor Bento, considera que “a qualidade da governança pública é má e tem vindo a degradar-se nos últimos anos”, constituindo uma das maiores fragilidades da economia portuguesa. “Se não superarmos esta fragilidade, tudo o resto vai falhar. A qualidade é má, porque, por um lado, os aparelhos de decisão do Estado têm-se partidarizado em demasia”, critica no programa “Da Capa à Contracapa”. O responsável critica o facto e a Administração Pública, num sentido muito lato, ser “muito mal paga” e de “a sociedade em geral, e sobretudo a política, trata mal os dirigentes do Estado altamente meritórios”.

Leia a notícia completa na Renascença (acesso livre)

Portugal em linha com parceiros europeus na indexação de pensões e salários

Portugal tem um sistema automático de atualização das pensões e outros benefícios sociais baseado no valor a inflação passada, mas não tem qualquer automatismo nos aumentos nos salários da Função Pública ou nos escalões do IRS, revelou um estudo realizado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). O mesmo estudo dá conta que Portugal se alinha assim com a maior parte dos países da Zona Euro e elogia a prática da inexação porque aumenta a transparência e o poder de compra, apesar de tornar a inflação mais persistente.

Leia a notícia completa em Público (acesso condicionado)

Tecnológica FCamara vai investir 25 milhões na Europa incluindo Portugal

A FCamara, consultora brasileira especializada em comércio eletrónico, está em conversações com cinco empresas na Europa. Com duas delas está num estado avançado de negociações de compra e uma delas está em Portugal. A empresa pretende investir 25 milhões de euros na Europa entre o primeiro e segundo trimestre de 2024. Segundo o diretor geral da FCamara Europe, como as conversações ainda estão em andamento, “a oferta não vinculativa para o primeiro processo de due dilligence deverá ser assinada na primeira ou na segunda semana de janeiro para que o anúncio da conclusão do negócio, se bem-sucedido, ocorra até março”.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Joias estão a crescer e querem exportar 150 milhões em 2025

As exportações de joias estão a crescer 10 a 15% este ano, segundo o presidente da Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal (AORP), que espera chegar aos 150 milhões de euros exportados em 2025. A maioria das exportações são para marcas estrangeiras, em especial para as grandes marcas francesas. A marca própria tem um peso “muito reduzido”, mas é uma área em que é preciso apostar, defende João Faria. A indústria vai ter um polo do centro de formação do setor, em Guimarães, que permitirá duplicar a oferta formativa e colocar mais mão-de-obra no mercado.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

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O dia em direto nos mercados e na economia – 28 de dezembro

  • ECO
  • 28 Dezembro 2023

Ao longo desta quinta-feira, 28 de dezembro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Atenção, empregadores. Estão a terminar candidaturas ao apoio à contratação sem termo de trabalhadores

Segundo Ana Mendes Godinho, até novembro 30 mil contratos de trabalho sem termo foram celebrados ao abrigo do Compromisso Emprego Sustentável. Candidaturas a essa medida terminam esta quinta-feira.

Termina esta quinta-feira, dia 28 de dezembro, o período de candidaturas ao compromisso emprego sustentável, medida financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que prevê a atribuição de um apoio financeiro aos empregadores que celebrem contratos sem prazo com trabalhadores.

Até meados de novembro, já tinham sido celebrados cerca de 30 mil contrato de trabalho sem termo ao abrigo deste medida, de acordo com o balanço feito pela ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, numa audição parlamentar.

Importa, contudo, notar que o que está agora a terminar é já um segundo período de candidaturas, sendo que a medida foi inicialmente lançada na primavera de 2022.

O Compromisso Emprego Sustentável é uma medida que consiste na concessão à entidade empregadora de um apoio financeiro à contratação sem termo de desempregados inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), no primeiro ano de vigência dos contratos de trabalho apoiados.

A ajuda equivale a 12 vezes o valor do indexante dos apoios sociais, ou seja, mais de 5.700 euros pagos em três tranches.

Além disso, o apoio pode ser majorado em determinadas situações. Por exemplo, nos casos em que o contrato de trabalho é celebrado com jovens até aos 35 anos, a majoração é de 25%. Já se estiverem em causa pessoas com deficiência ou incapacidade, a majoração é de 35%. E se o posto de trabalho se situar no interior do país, é de 25%.

A candidatura deve ser feita online no portal do IEFP, “após a sinalização de oferta de emprego que reúna os requisitos para concessão do apoio financeiro, e na qual conste a manifestação expressa da intenção de submeter uma candidatura” ao apoio em causa.

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Fim de contratos a prazo explica grande parte do novo desemprego

Quase 53% dos novos desempregados que chegaram ao IEFP em novembro tinham visto o seu contrato de trabalho não permanente chegar ao fim, sendo esse o motivo de inscrição mais frequente.

Apesar das provas de resiliência que o mercado de trabalho português tem dado, nos últimos meses o desemprego tem crescido. Ao longo de novembro foram quase 57 mil os novos desempregados que se inscreveram nos centros do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), sendo que mais de metade chegou a essa situação depois de ter visto terminar os seus contratos de trabalho não permanentes, segundo as contas do ECO.

De acordo com os números publicados recentemente pelo IEFP, ao longo de novembro inscreveram-se nos centros de emprego 56.830 indivíduos – mais quatro mil do que se tinha registado durante o mês de outubro e quase mais cinco mil do que se tinha verificado durante novembro de 2022.

Ora, desses 57 mil desempregados, 29.930 chegaram ao IEFP na sequência do fim do trabalho não permanente, isto é, depois de terem terminado contratos de trabalho a prazo.

Em comparação com outubro, houve um disparo de 25,2% das inscrições feitas por esse motivo, o equivalente, em termos absolutos, a mais 6.018 inscrições do que tinha sido contabilizado em outubro.

No mesmo sentido, mas com menos expressividade, também os desempregados que se inscreveram no IEFP por terem sido despedidos aumentaram entre outubro e novembro, contribuindo para o agravamento do novo desemprego.

Foram registadas 7.201 inscrições por este motivo em novembro, mais 110 do que em outubro (uma subida de 1,6%).

Fonte: IEFP

Já os demais motivos de inscrição dos sete, que são analisados pelo IEFP, registaram recuos em cadeia. Houve, então, menos pessoas a chegar ao IEFP em novembro por se terem despedido (menos 252 inscrições do que em outubro), por terem feito rescisões por mútuo acordo (menos 218 inscrições) ou por terem saído da inatividade (menos 1.269 inscrições).

Estas inscrições, convém notar, ocorreram ao longo do mês, pelo que não se pode dizer que todas as pessoas estejam ainda desempregadas. Por outro lado, os totais referidos não abrangem todos os desempregados, uma vez que nem todos se inscrevem no IEFP.

Peso da precariedade agrava-se

Regra geral, é o fim do trabalho não permanente o motivo de inscrição no IEFP mais popular. Mas agravou-se o peso, entre outubro e novembro deste ano.

Do já referido total de inscrições feitas ao longo de novembro, 52,7% disseram respeito a indivíduos cujo contrato de trabalho não permanente terminou. Já em comparação, em outubro, de todas as inscrições registadas, 45,3% decorreram do fim de trabalho não permanente.

Quer isto dizer que entre o 10.º e o 11.º meses do ano, houve um agravamento de sete pontos percentuais do peso do fim do trabalho não permanente no novo desemprego.

O Governo de António Costa promoveu, ao longo dos últimos anos, várias medidas de promoção da contratação de trabalho sem termo, nomeadamente o Compromisso Emprego Sustentável, um programa financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que dá um apoio financeiro às empresas que contratem pessoas para os quadros, e não a prazo.

Além disso, avançou com medidas à lei do trabalho que privilegiam os vínculos permanentes. A precariedade continua, contudo, a ter uma presença expressiva em Portugal, o que ajuda a explicar também o peso do fim dos contratos não permanentes no novo desemprego.

Por outro lado, como deixam perceber os demais dados já citados, no caso dos outros motivos de inscrições analisados pelo IEFP, a maioria viu o seu peso recuar, entre outubro e novembro.

Fonte: IEFP

No total, no final do mês de novembro, havia 312.310 indivíduos desempregados inscritos no IEFP, valor que é superior em 5,3% ao registado há um ano e em 3% ao verificado no mês anterior. Desde fevereiro que o desemprego não era tão alto.

Há cinco meses consecutivos que o desemprego registado está a agravar-se, numa altura em que se multiplicam os desafios colocados aos empregadores, da inflação às taxas de juro, passando pelos impactos da guerra na Ucrânia e da guerra entre Israel e o Hamas. Contudo, os especialistas e o Governo não dão, por agora, sinais de alarme.

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Ana Drago deixa assembleia de representantes da mutualista Montepio

Eleita há dois anos, Ana Drago vai abandonar a assembleia de representantes da mutualista. Sai por razões pessoais, mas deixa críticas ao funcionamento daquele órgão representativo dos associados.

A ex-dirigente política Ana Drago vai abandonar o cargo de representante da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) com fortes críticas ao papel que a assembleia de representantes tem no seio da maior mutualista do país, com mais de 600 mil associados, segundo confirmou a própria ao ECO.

Várias fontes adiantaram ao ECO que Ana Drago pediu escusa das funções devido à irrelevância que esta assembleia de 30 representantes tem tido nas decisões sobre do futuro da instituição. Este órgão foi eleito pela primeira vez nas últimas eleições de 2021 e veio substituir o conselho geral, no âmbito da revisão do Código das Associações Mutualistas (CAM) em 2018.

Ana Drago explica que por detrás da sua saída, que será votada na assembleia de representantes desta quinta-feira, estão razões de foro exclusivamente pessoal, mas não esconde o seu desapontamento com o funcionamento deste órgão.

Tenho muitas críticas ao conjunto de discussões que se fazem na assembleia de representantes, estão pouco centradas sobre o projeto mutualista, que devia ser o centro do debate. Tenho feito essas críticas na assembleia de representantes e mesmo no espaço público”, explicou em declarações ao ECO.

“Mas uma pessoa não deixa de estar num sítio por causa das críticas que possa ter. As razões da minha saída são estritamente pessoais”, acrescentou.

A assembleia de representantes tem o poder de aprovar ou chumbar planos de atividade, orçamentos e contas anuais, decidir a venda de participações de entidades do grupo e eleger a comissão de remunerações da administração, entre outras competências.

Metade dos 30 representantes foi eleita pela lista do atual presidente, Virgílio Lima, enquanto os restantes 15 foram eleitos por outras três listas concorrentes nas anteriores eleições, sendo que Ana Drago foi eleita pela lista C. A assembleia é liderada por Edmundo Martinho, ex-presidente da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

O ECO contactou a AMMG sobre a saída e críticas de Ana Drago, mas não quis fazer qualquer comentário.

A assembleia de representantes, agendada para esta quinta-feira, irá ainda deliberar sobre as contas provisórias relativas a 2023 da AMMG, que gere poupanças de cerca de 3,5 mil milhões de euros de 600 mil associados. A associação mutualista tem como principais ativos o Banco Montepio e as seguradoras da Lusitania, negócios que estão há alguns anos em processo de reestruturação com o objetivo de regressarem aos lucros e voltarem a remunerar as poupanças dos associados.

Em 2022, a instituição registou lucros de 91 milhões de euros. Como os bancos, a mutualista também sentiu a pressão dos Certificados de Aforro e do recurso às poupanças para pagar o crédito da casa na sua atividade ao longo deste ano.

Os últimos anos colocaram à prova a AMMG, que continua a contabilizar mais de 900 milhões de euros em ativos por impostos diferidos, que têm ajudado a manter a instituição com capitais próprios positivos.

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Ano novo, preços novos. Saiba o que vai aumentar em 2024

Rendas, tabaco, cerveja, telecomunicações, transportes ou a fatura da eletricidade são alguns dos preços que vão aumentar no próximo ano.

A “viragem” do ano traz um novo Orçamento do Estado e, consequentemente atualizações de preços, bem como outras subidas em vários setores. Das rendas ao tabaco, passando pelos sacos de plástico, a eletricidade, as telecomunicações e os transportes, saiba que preços vão aumentar a partir de 1 de janeiro de 2024.

Rendas

Ao contrário do que aconteceu este ano, o Governo decidiu não colocar nenhum travão às rendas, pelo que os inquilinos arriscam um aumento expressivo em 2024. Os senhorios vão poder aumentar as rendas em até 6,94% em janeiro do próximo ano, de acordo com o coeficiente de atualização das rendas, que tem por base a inflação média dos últimos 12 meses, sem habitação, registada em agosto.

Desde o final de outubro, quando o valor foi publicado em Diário da República, que os senhorios podem comunicar o aumento aos inquilinos. Contudo, os senhorios não são obrigados a aplicar esta atualização.

Para amparar o efeito, o Executivo vai dar um apoio às rendas às famílias mais vulneráveis que irá cobrir a atualização da mensalidade em até 4,94%.

Eletricidade

A partir de 1 de janeiro, os preços da eletricidade no mercado regulado vão aumentar. O aumento é de 2,9%, face a 2023, para os 947 mil clientes que estão no mercado regulado da eletricidade, e que são abastecidos pela SU Eletricidade. Tal como o ECO noticiou, na prática, a fatura média mensal de um casal sem filhos (considerando uma potência de 3,45 kVA e um consumo de 1.900 kWh por ano), vai encarecer 1,05 euros, para um total de 37,67 euros.

Já um casal com dois filhos (potência de 6,9 kVA, consumo de 5.000 kWh/ano) vai pagar mais 3,27 euros por mês, em média, contando um total de 95,70 euros por mês. Além disso, também é expectável que alguns clientes do mercado livre tenham aumentos na sua fatura da luz no arranque do ano, na sequência das Tarifas de Acesso às Redes (TAR).

Telecomunicações

A viragem do ano traz também aumentos de preços nas telecomunicações. As três principais operadoras preparam-se para aumentar as mensalidades em linha com a inflação, mesmo depois de o regulador do setor ter pedido “contenção”. Os aumentos vão verificar-se já em janeiro em alguns serviços, contudo, a maioria dos tarifários só serão atualizados a 1 de fevereiro, estimando-se atualizações até 4,6%, tal como o ECO revelou.

Do metro ao comboio, há novas subidas

Vêm aí há novas subidas de preços em alguns transportes. Os tarifários do Metropolitano de Lisboa vão subir entre 14 e 20 cêntimos a partir de 1 de janeiro. A título de exemplo, o bilhete Carris/Metro vai subir 15 cêntimos, passando a custar 1,80 euros. Já o título zapping vai aumentar 14 cêntimos, para 1,61 euros. Quanto aos passes mensais e de 30 dias, não sofrerão alterações, aponta a empresa no site.

Quanto aos preços dos bilhetes dos autocarros da Carris e dos elétricos, vão subir 10 cêntimos: o bilhete de autocarro passa a custar 2,10 euros e o do elétrico 3,10 euros. À semelhança do que se sucede no Metro de Lisboa, o bilhete de zapping vai passar a custar 1,61 euros, tal como o Viva Go. Mas a maior subida será no valor dos bilhetes para o Elevador de Santa Justa, que passarão a custar seis euros. Pode consultar todos os preçários aqui.

Já na Transtejo, o preço dos bilhetes na ligação fluvial entre Cacilhas e o Cais do Sodré, aumenta 10 cêntimos, passando a custar 1,50 euros em 2024. Já o zapping aumenta 7 cêntimos, para 1,43 euros. Pode consultar o tarifário aqui.

Também a CP vai aumentar o preço dos bilhetes de comboio a partir de 1 de janeiro de 2024. Os preços do alfa pendular vão sofrer um agravamento de 6,25%, enquanto os restantes serviços terão “um aumento médio de 6,43%”. A título de exemplo, uma viagem apenas de ida entre Lisboa e Porto, isto implica um aumento de dois euros num bilhete simples, passando de 31,90 para 33,90 euros. Pode consultar as novas tarifas aqui.

Já nos títulos próprios da STCP – a compra do bilhete a bordo nos autocarros e nos elétricos – “não há previsão de atualização de valores”, disse ao ECO fonte oficial da transportadora. Nos passes Andante, como acontece com os de Lisboa, vão manter-se os valores para o próximo ano, tal como consta no OE2024.

Portagens

As portagens vão aumentar mais de 2% em 2024, à luz do índice de preços no consumidor (IPC) de outubro, excluindo habitação, no continente, que foi de 1,94%, e os 0,1% adicionais que ficaram previstos no acordo alcançado no ano passado como contrapartida ao travão de 2% aos preços deste ano, o que dá um aumento de 2,04%.

Não obstante, vai haver uma redução de 30% do preço das portagens das seis ex-SCUT do Interior e Algarve a partir de 2024. Em causa estão as autoestradas A22 Algarve, A23 IP e Beira Interior, A24 Interior Norte, A25 Beira Litoral e Beira Alta, A4 Trasmontana e Túnel do Marão, e A13 e A13-1 Pinhal Interior.

Fim do IVA zero

Com a escalada da inflação, o Executivo avançou, em abril, com um acordo tripartido com a produção e distribuição, que permitiu a isenção de IVA num conjunto de 46 produtos alimentares. No entanto, o Governo decidiu não estender a medida, ainda que tenha cedido aos pedidos do setor da distribuição e prolongado a medida até 4 de janeiro. De notar que o Executivo adiantou, aquando da apresentação da proposta do OE2024, que ia canalizar “os apoios no domínio alimentar para as famílias mais carenciadas”.

Assim, é expectável que haja um aumento de preços de alguns produtos alimentares, na sequência do regresso às taxas de IVA de 6% e 23%. Ao ECO, o diretor-geral da Centromarca antecipou que o fim desta medida terá um impacto na taxa de inflação, que deverá subir entre 1 e 1,5 pontos percentuais.

O pão é um dos produtos que vai voltar a subir de preço no próximo ano, de modo a “mitigar os aumentos nos custos dos fatores de produção”, antecipou o presidente do Conselho Fiscal da Associação do Comércio e da Indústria da Panificação, Pastelaria e Similares (ACIP), à Lusa, sem adiantar valores.

Também o bacalhau deverá aumentar de preço à boleia da menor quantidade deste peixe e também devido aos preços de produção, que vão ser, provavelmente, superiores aos de 2023, apontou a Associação dos Industriais do Bacalhau, à Lusa.

Tabaco

O OE2024 trouxe um agravamento dos impostos sobre o tabaco. Nesse sentido, um maço de cigarros poderá custar, pelo menos, mais 30 cêntimos em 2024. Contas feitas, um pacote com 20 cigarros normais, que, este ano, tinha um preço de cinco euros, passará a custar 5,30 euros só pelo efeito do agravamento da tributação, o que corresponde a um aumento de 6%. Em cima disto, as tabaqueiras poderão adicionar uma margem de 10 cêntimos, atirando o preço para 5,40 euros.

De resto, todos os produtos de tabaco vão ficar mais caros porque passam a estar indexados ao preço do tabaco convencional. No que toca às cigarrilhas, por exemplo, o PS aprovou em sede de especialidade um alívio na subida. A proposta do OE determina que o agravamento iria duplicar logo em 2024, ao indexar a cigarrilha ao cigarro, mas a alteração introduzida pelos socialistas permite um faseamento do aumento: de 50% em 2024; de 75% em 2025; e de 100% em 2026. O Governo prevê um aumento da receita com este imposto na ordem dos 177 milhões de euros.

Bebidas alcoólicas

O OE2024 resultou também na aprovação de uma subida do Imposto sobre o Álcool e Bebidas Alcoólicas (IABA), que se insere no Imposto Especial sobre o Consumo (IEC), e que vai subir cerca de 10%. No entanto, também em sede de discussão na especialidade da proposta de OE foi aprovada uma iniciativa que visa corrigir o imposto sobre as bebidas menos alcoólicas.

Sem esta alteração, bebidas com teor alcoólico até 3,5% iriam ser severamente penalizadas. “Enquanto o aumento para as cervejas, ditas normais, com 5 ou 6 graus de álcool, será de 10%, o agravamento para as cervejas com menos álcool como a Super Bock Sky, que tem 3,3 graus, podia oscilar entre 38% e 286%”, revelou, na altura, ao ECO, o fiscalista da Deloitte Afonso Arnaldo.

Embalagens de plástico podem subir de preço. Sacos de plástico e embalagens de alumínio começam a ser pagas

A partir de janeiro, os consumidores arriscam pagar mais do que os atuais 0,30 euros por cada embalagem descartável de plástico usada nas refeições prontas a comer na restauração e nos super e hipermercados, na sequência de uma medida do OE2024. Além disso, as embalagens de alumínio para take away também vão passar a ser pagas, depois de a medida ter sido “empurrada” por duas vezes.

Restaurante Seara VerdeHugo Amaral/ECO

No entanto, há algumas exceções. “Estão isentas do pagamento da contribuição”, de 0,30 euros ou mais, “as embalagens de utilização única que: […] sejam em monomaterial e que incorporem, em média, pelo menos 25% de materiais reciclados e sejam totalmente recicláveis, obedecendo às exigências de segurança alimentar”, de acordo com uma proposta de alteração aprovada na especialidade.

A contribuição é também alargada a recipientes compósitos, como copos de refrigerante ou café, em que o plástico e o papel não se podem separar. E estabelecimentos que estavam isentos, como rulotes ou máquinas de venda automática, vão ter de pagar taxa sobre cada embalagem disponibilizada. Para além disso, os sacos de plástico ultraleves (utilizados na venda de fruta ou legumes a granel, por exemplo) vão passar a custar 4 cêntimos.

Medicamentos

A presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF) antecipou que o preço dos medicamentos mais baratos poderá aumentar em 2024, à semelhança do que sucedeu este ano. De recordar que o último ano tem sido marcado por algumas ruturas de stock de medicamentos, quer no mercado nacional, quer a nível europeu, e a indústria farmacêutica tem vindo a queixar-se dos elevados custos de produção. Para colmatar estas situações, o Executivo avançou com a revisão dos preços dos medicamentos mais baratos.

Taxa turística passa a ser cobrada aos cruzeiros em Lisboa

A partir de janeiro, vai começar a ser cobrada uma taxa turística aos navios de cruzeiros que cheguem a Lisboa, segundo revelou a Administração do Porto de Lisboa (APL), ao Público. Assim, vai ser cobrado dois euros por cada passageiro que queira desembarcar para visitar a capital portuguesa, sendo que a taxa turística vai render mais 1,2 milhões de euros à Câmara Municipal de Lisboa.

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Prazo para validar faturas do IRS termina na segunda-feira. Veja as datas mais importantes

Prazo para validar faturas termina dia 26, declaração de IRS tem de ser entregue até 30 de junho e prestações de IMI pagas em maio, setembro e dezembro.

O calendário fiscal para 2024 apresenta algumas novidades, nomeadamente para as empresas: terão de comunicar mais cedo as faturas à Autoridade Tributária, até ao dia 5 do mês seguinte; estes documentos em papel, que deveriam terminar este ano, vão continuar a ser aceites como faturas eletrónicas até dezembro de 2024; o inventário dos bens vendidos e em stock têm de ser reportados até 31 de janeiro; e há a nova contribuição extraordinária sobre o Alojamento Local, de 15%, que vai ser cobrada a 25 de junho.

Na segunda-feira termina o prazo para a validação das faturas emitidas em 2023 e que permitem descontar na coleta de IRS.

Este ano, o prazo para a entrega mensal dos elementos das faturas, através de ficheiro normalizada, foi, excecionalmente, alargado de 5 para dia 8 do mês seguinte, através de um despacho assinado pelo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Nuno Santos Félix. Ora esta prorrogação termina em 2024 dando cumprimento ao estipulado no Orçamento do Estado para 2022 que encurtou a data limite de 12 para 5. De salientar que, em janeiro, o prazo é dia 8, uma vez que se reporta às faturas de dezembro deste ano.

Do mesmo modo, o período para a comunicação anual dos inventários que tinha sido temporariamente estendido do final de janeiro para o final de fevereiro volta aos prazos que estavam previstos na lei. Ou seja, as empresas têm até 31 de janeiro para enviar a respetiva declaração.

O Orçamento do Estado para 2024 previa o fim das faturas em papel ou PDF, mas o PS aprovou uma proposta de alteração da sua autoria que prolonga a sua elegibilidade até 31 de dezembro do próximo ano, equiparando aqueles documentos a faturas eletrónicas.

A iniciativa prevê também que a submissão do ficheiro SAF-T (PT) relativo à contabilidade das empresas, é aplicável aos períodos de 2025 e seguintes, adiando para 2026 a sua entrega.

Por outro lado, “relativamente ao período de tributação com início em ou após 1 de janeiro de 2024, os sujeitos passivos que não estejam obrigados a inventário permanente ficam dispensados da obrigação de valorização dos inventários” prevista na legislação em vigor, de acordo com a mesma proposta de alteração do PS ao Orçamento do Estado para 2024.

Aprovada no Pacote Mais Habitação, a nova contribuição extraordinária sobre o Alojamento Local, de 15%, já tem data limite para pagamento: 25 de junho.

Para as famílias, as principais datas a ter em mente dizem respeito a IRS, IMI e IUC. Para beneficiar das deduções das despesas gerais e familiares no IRS, os trabalhadores deve validar as faturas no portal E-Fatura até 26 de fevereiro, tendo até 1 de abril para reclamar. Entre 1 de abril e 30 de junho decorre o prazo para a entrega da declaração de IRS (Modelo 3).

Relativamente ao Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), o pagamento pode ser realizado de uma só vez, em duas ou três prestações, consoante o valor a liquidar. Se o IMI referente ao ano anterior for igual ou inferior a 100 euros, o imposto é pago numa única prestação até 31 de maio. Se superior a 100 euros e inferior a 500 euros, pode dividir o valor em duas tranches: a primeira deve ser liquidada até 31 de maio e a segunda até 2 de setembro. Para montantes superiores a 500 euros, a terceira prestação pode ser paga até 2 de dezembro, esclareceu ao ECO o jurista Ricardo Peão da Espanha & Associados.

De salientar que os imóveis que, em 2024, serão alvo da atualização trienal automática do Valor Patrimonial Tributário (VPT), que é feita pela Autoridade Tributária, vão sofrer um aumento de 6,75%, no caso de prédios para habitação, e de 9% nos serviços, comércio e indústria.

Quanto ao Imposto Único de Circulação (IUC), “o pagamento é devido até ao fim de cada mês” do aniversário da matrícula da viatura, indica o advogado. De recordar que o agravamento do IUC até 25 euros para viaturas anteriores a julho de 2007 acabou por cair no Orçamento do Estado para 2024. O PS decidiu eliminar a medida proposta pelo Governo que sustenta diante da elevada contestação social e já em clima de pré-campanha eleitoral. O primeiro-ministro, António Costa, tinha acabado de se demitir, na sequência do seu envolvimento na Operação Influencer, e o Presidente da República decidiu dissolver o Parlamento e convocar eleições legislativas antecipadas.

“Importa ainda alertar que, desde 2022, existem as chamadas férias fiscais, determinando a lei que qualquer prazo de cumprimento de obrigações declarativas que termine no decurso do mês de agosto, pode ser cumprido até ao último dia desse mês, independentemente de ser útil, sem acréscimos ou penalidades”, sublinha Ricardo Peão.

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Mercado publicitário em Portugal deve crescer 7% em 2024, prevê IPG Mediabrands

A nível global, o mercado publicitário em 2024 deverá crescer 7,2% para 914 mil milhões de dólares, segundo a IPG Mediabrands. O GroupM antevê um crescimento mais conservador, na ordem dos 5,3%.

Em 2024 o mercado publicitário em Portugal deve aumentar cerca de 7%, prevê o Grupo IPG Mediabrands. O crescimento que deve assentar essencialmente no digital (13%) e out-of-home (15%). A rádio também deve crescer cerca de 2%, enquanto a televisão deve manter-se estável e a imprensa registar uma quebra de 4%.

Segundo Natália Júlio, responsável da Magna – unidade de intelligence do Grupo IPG MediaBrands – “2024 será um ano com uma performance positiva, mantendo cada meio tendências semelhantes às registadas em 2023, com digital e out-of-home a impulsionar o crescimento do mercado”, refere citada em comunicado.

em 2023, de acordo com os dados divulgados, o mercado publicitário português deve aumentar cerca de 10% em comparação com 2022, com as receitas publicitárias a atingir cerca de 800 milhões de euros.

As receitas publicitárias do digital deverão apresentar um crescimento de cerca de 20% este ano, representando cerca de 40% do investimento total em publicidade. Dentro da publicidade digital, as previsões apontam para um aumento no vídeo de 11%, enquanto o search deverá crescer 9% e redes sociais 20%. Ainda no que diz respeito à publicidade digital, o mobile representa quase 80% das receitas totais.

Este ano também é observável um crescimento de 6,4% na publicidade nos meios de comunicação generalistas, sobretudo no setor out-of-home (25%), seguido da publicidade televisiva e em rádio, que registaram ambos um aumento de 2%. Já o investimento em imprensa deve manter-se estável.

E a nível global?

Ainda segundo as previsões da IPG Mediabrands, o mercado publicitário em 2024 a nível global deverá crescer 7,2% para 914 mil milhões de dólares. Para este crescimento devem contribuir a estabilização económica, a redução da inflação, a inovação digital e o regresso de grandes eventos, como as eleições nos Estados Unidos ou eventos desportivos internacionais, como o Euro 2024 e os Jogos Olímpicos de Paris.

Já o GroupM antevê um crescimento do mercado publicitário mais conservador em 2024, na ordem dos 5,3%. No entanto, de acordo com o seu relatório “This Year Next“, este mercado vai permanecer forte durante os próximos cinco anos, com uma taxa de crescimento anual composta de 5,6% até 2028, ano em que se prevê que alcance 1,2 biliões de dólares.

Segundo os dados do relatório, avançados em comunicado, a categoria de grande consumo (Fast Moving Consumer GoodsFMCG) é aquela que mais vai contribuir para o investimento publicitário em 2023, correspondendo a 19,7% do total, seguindo-se as “digital endemics” (empresas cuja principal atividade é desenvolvida através da internet), responsáveis por 10% dos investimentos realizados em publicidade. No entanto, este valor não inclui empresas como a Amazon, Google ou a Meta, sendo que é previsto que esta última represente 14,6% das receitas em publicidade a nível mundial.

Seguem-se as categorias de “media & entretenimento” (7,4%), de tecnologia (5,5%) e “auto”, que se prevê que represente 4,8%.

este ano, em relação a 2022, o aumento deve ser de 5,5%, diz a IPG Mediabrands, prevendo-se que se atinja cerca de 853 mil milhões de dólares, impulsionado em grande parte por um forte desenvolvimento em mercados como a Índia e a China. Esta taxa de crescimento dá-se depois de os investimentos em publicidade terem acelerado de um crescimento de 4,7% no primeiro semestre para um de 6,3% no segundo.

Relativamente a este ano, o GroupM já antevê um crescimento do mercado publicitário ligeiramente superior em relação à Mediabrands, na ordem dos 5,8%, representando 889 mil milhões de euros.

Segundo o IPG Mediabrands, a Índia é mesmo o mercado que regista o mais rápido crescimento este ano (12%, para 14 mil milhões de dólares), seguindo-se a China (aumento de 9,8%). Por outro lado, os mercados do norte da Europa, particularmente Reino Unido (3,9%) e Alemanha (2,5%) registam um abrandamento do crescimento. Já o mercado dos Estados Unidos cresceu 3,6%, para 338 mil milhões de dólares, prevendo-se um crescimento de 5,9% em 2024.

 

Entre outras conclusões, a IPG Mediabrands destaca que, a nível global, os meios de comunicação generalistas – como a televisão, áudio, imprensa e lineares – sofreram uma diminuição de cerca de 4% nas receitas publicitárias este ano, situando-se nos 266 mil milhões de dólares.

Em termos de publicidade televisiva, a diminuição foi de 6% nas receitas de publicidade televisiva, para 158 mil milhões de dólares, enquanto a redução nos meios de áudio foram de 2%. Já o out-of-home continua a crescer cerca de 7%, atingindo 32 mil milhões de dólares, registando assim níveis idênticos àqueles que eram registados no mercado antes da pandemia.

A pesquisa por texto mantém-se como o formato mais popular para os anunciantes, registando um crescimento de 9% e aproximando-se dos 300 mil milhões de dólares este ano. As redes sociais também aceleram novamente para 182 mil milhões de dólares, num crescimento de 15%, enquanto as plataformas de vídeo de formato curto (como o YouTube ou Twitch) crescem 9% e atingem os 70 mil milhões de dólares, prevê a IPG Mediabrands.

Os setores mais dinâmicos em 2023 foram o automóvel e de viagens, refere-se nas conclusões do estudo, que adianta que para 2024, os setores com investimentos publicitários mais significativos devem ser o automóvel, viagens e farmacêutico.

Após uma estagnação de vários trimestres, as vendas globais de publicidade da Google, Meta e Alibaba também aceleraram a partir do segundo trimestre de 2023, observando-se um crescimento que representa 49% das receitas globais de publicidade.

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Sporting recompra dívida ao Novobanco. Clube passa a controlar 88% da SAD

A Sporting SAD "alterou a sua exposição financeira para apenas a Sagasta, excepto locações financeiras", indica. Além disso, o clube comprou a dívida e passa agora a deter 88% da SAD.

A Sporting SAD avançou com uma reestruturação da dívida bancária, “extinguindo a dívida originalmente pertencente ao Novo Banco, S.A (com capital em dívida de 35.403.508,62 euros), com exceção das locações financeiras”, anunciou a sociedade, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Fica apenas com exposição à Sagasta. Além disso, o Sporting vai passar a deter 88% da SAD leonina.

Em causa está “a operação de titularização de créditos denominada “Lion Finance no. 1” da Sagasta”, na qualidade de “emitente das respetivas obrigações”, que “foi reembolsada integralmente no dia 22 de Dezembro de 2023”, lê-se no comunicado. “Nesse mesmo dia, foi realizada uma nova operação de titularização de créditos denominada “Lion Finance no. 2”, colateralizada pelos mesmos créditos da “Lion Finance no. 1”, informa a SAD.

Esta nova operação, em que o clube antecipa receitas do contrato com a NOS, via Sagasta, resultou num “aumento global líquido de cerca de €50.075.000,00 face à operação “LionFinance no. 1”. “O valor global emitido pela Sagasta situa-se atualmente em €113.900.000,00″, indica a sociedade, para depois esclarecer que 95,247 milhões de euros são alocados à Sporting SAD e 18,65 milhões à Sporting Comunicação e Plataformas, S.A.”.

Foi em setembro do ano passado que o Sporting extinguiu a dívida ao BCP e ficou com exposição à Sagasta e Novobanco, que com esta reestruturação passa agora apenas para a Sagasta.

Além disso, a SAD leonina comunicou ainda ao mercado que “o SCP celebrou um contrato de compra e venda com o Novobanco” para adquirir Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis em Ações (VMOC).

Numa nota oficial do clube, o Sporting indica que “adquiriu 51.416.952 de VMOC ao Novobanco, e que após a conversão dos referidos valores aumentará a sua participação no capital social da Sporting SAD para 88%”.

Este é um marco histórico na vida do Clube. Concluiu-se a última etapa que permite acelerar a Nova Era que já se iniciou”, lê-se no comunicado do clube. “A concretização deste objetivo constitui o passo final do caminho que foi definido em 2018, com o propósito de assegurar que o Clube seria dono do seu próprio destino”, acrescenta o clube verde e branco.

Ao estar assegurado o controlo da maioria do capital da SAD, “colocou-se hoje, 27 de Dezembro de 2023, um ponto final ao Acordo Quadro de Restruturação Financeira assinado em Novembro de 2014″. A partir de agora, o clube pretende “arrancar a fase 2.0 do planeamento estratégico, criando as condições para a entrada de uma parceria estratégica minoritária no capital na SAD, para que exista um reforço da política de investimento”.

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Juan Fernández Trigo é o novo embaixador de Espanha em Portugal

  • Lusa
  • 27 Dezembro 2023

Ao longo da sua carreira diplomática foi embaixador de Espanha no Haiti, Paraguai, Cuba e embaixador-chefe da Delegação da União Europeia no Uruguai.

O Conselho de Ministros de Espanha aprovou esta quarta-feira a nomeação do secretário de Estado para a América Latina, Caraíbas e Espanhol no Mundo, Juan Fernández Trigo, como novo embaixador em Portugal, noticiou a agência EFE.

Antes de ser nomeado secretário de Estado em julho de 2021, Fernández Trigo era chefe de missão da Embaixada espanhola na Venezuela quando a representação ficou sem embaixador, uma vez que o Governo de Madrid não reconhecia a legitimidade do regime de Nicolás Maduro.

Ao longo da sua carreira diplomática foi embaixador de Espanha no Haiti, Paraguai, Cuba e embaixador-chefe da Delegação da União Europeia no Uruguai.

De 2017 a 2018 foi membro consultivo do Gabinete do subsecretário de Relações Exteriores e Cooperação e coordenador de aplicação do artigo 155 da Constituição espanhola, que prevê um mecanismo coercitivo para forçar uma comunidade autónoma a cumprir a lei quando viola gravemente o texto fundamental.

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Mais de 28 milhões de vacinas contra a covid-19 administradas em três anos

  • Lusa
  • 27 Dezembro 2023

Até ao passado dia 17 tinham sido administradas 28.908.964 vacinas em Portugal continental, entre primeiras doses e de reforço.

A primeira campanha de vacinação contra a covid-19 arrancou há três anos e desde então já foram administradas mais de 28 milhões de vacinas em Portugal continental, segundo um balanço da Direção-Geral da Saúde. Faz esta quarta-feira três anos que Portugal iniciou a primeira fase de vacinação contra a doença provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, mais de nove meses depois do primeiro caso registado no país.

Um dia depois de ter chegado ao país o primeiro lote, desenvolvido pela Pfizer-BioNTech, a campanha arrancou simbolicamente no Hospital de São João, no Porto, quando António Sarmento recebeu a vacina, na presença da então ministra da Saúde, Marta Temido. Com outras vacinas desenvolvidas também por outras farmacêuticas, a vacinação prosseguiu, primeiro para pessoas de grupos considerados prioritários (como pessoas idosas, com doenças, ou profissionais de saúde, trabalhadores de lares e de serviços essenciais) mas depois alargada a toda a população.

De acordo com um balanço feito pela Direção-Geral da Saúde (DGS), a pedido da Lusa, até ao passado dia 17 tinham sido administradas 28.908.964 vacinas em Portugal continental, entre primeiras doses e de reforço. Facultativa, a vacina foi administrada a quase todas as faixas etárias a partir dos cinco anos, e quase todas as pessoas com mais de 25 anos receberam, pelo menos, uma dose. Atualmente estão disponíveis em Portugal sete tipos diferentes de vacinas.

Desde o início da campanha de vacinação contra a covid-19 até ao final do ano passado, estima-se que tenham sido inutilizados cerca de 3,8 milhões de doses por ter expirado o prazo de validade. Os valores para este ano estão ainda a ser calculados, segundo a DGS. “Importa acrescentar que o prazo de validade das vacinas contra a covid-19 foi aumentando ao longo dos anos, devido aos testes realizados pelas empresas, sendo que atualmente as vacinas contra a covid-19 utilizadas em Portugal apresentam um prazo de validade de 18 meses”, refere a autoridade de saúde.

A vacina da covid-19 passou entretanto a fazer parte da campanha de vacinação sazonal, a par com a vacina da gripe, dirigida aos maiores de 60 anos, grávidas e profissionais dos serviços de saúde (públicos e privados) e de outros serviços prestadores de cuidados de saúde, estudantes em estágio clínico, bombeiros envolvidos no transporte de doentes e prestadores de cuidados a pessoas dependentes.

De acordo com os dados mais recentes da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde, referentes a 20 de dezembro, tinham sido administradas mais de quatro milhões de vacinas contra a gripe e a covid-19 desde o início da campanha 2022/2023.

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Da “face da austeridade” ao “contributo para a integração europeia”, o legado de Schäuble visto de Portugal

Ministro das Finanças alemão ficou conhecido pela defesa da austeridade durante o resgate da troika, mas deixou também alguns elogios a Portugal na recuperação.

Desde a “face da austeridade” até um homem “que merece respeito“, as recordações do antigo ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, variam em Portugal. O político alemão, que morreu esta quarta-feira aos 81 anos, era uma figura controversa que deixa marcas na história económica europeia, mas também portuguesa.

Schäuble tornou-se ministro das Finanças da Alemanha em outubro de 2009, no meio de uma crise profunda, desencadeada pelo subprime, e que rapidamente arrastou as economias mais frágeis da zona euro. Ficou conhecido pela defesa da austeridade, uma receita que impôs a todos os países do sul da Europa, incluindo Portugal, a Grécia e a Irlanda, que pediram ajuda financeira à troika.

Schäuble era o rosto da austeridade e assim ficou conhecido nos países mais afetados nas crises da dívida soberana, tendo chegado mesmo a sugerir uma saída da Grécia da Zona Euro, por cinco anos. Com Portugal, também demonstrou exigência e dureza, mas acabou por elogiar os resultados alcançados.

Com Vítor Gaspar, ministro das Finanças do governo de Passos, foram conhecidos alguns diálogos informais, nomeadamente quando sinalizou disponibilidade para uma revisão ou um ajustamento do programa de resgate. Com a crise ultrapassada, Schäuble mostrou-se cético com os planos do Governo de António Costa, mas acabou depois por reconhecer o trabalho de Mário Centeno ao leme das Finanças portuguesas – tendo mesmo cunhado a expressão de “Ronaldo do Ecofin”.

“É uma pessoa que encarnava uma forma de olhar para a Europa e para a política financeira europeia designada como frugalismo, uma visão rigorosa e austera do ponto de vista orçamental”, recorda ao ECO Ricardo Mourinho Félix, que se relacionou com Schäuble desde que tomou posse como Secretário de Estado Adjunto, das Finanças e do Tesouro no Governo, em 2015, até que o alemão deixou de ser ministro em 2017.

O político alemão foi dos primeiros a “dizer que tinha as maiores dúvidas sobre a situação portuguesa, sobre a capacidade de um Governo de centro-esquerda que tinha um acordo parlamentar com partidos mais a esquerda de levar a cabo um conjunto de reformas e políticas orçamentais que permitiram devolver alguns rendimentos e fazer consolidação”, nota o atual vice-presidente do Banco Europeu de Investimento. “Foi sempre cético, mas respeitoso”, acrescenta.

Em 2017, quando começou a ficar “clara a consolidação, reposição de alguns rendimentos que tinham sido cortados, foi possivelmente o primeiro dos frugais que disse ao ministro das Finanças [Mário Centeno] que tinha de reconhecer que tínhamos conseguido e deu-nos os parabéns por isso”, adianta.

Assim, a recordação que Mourinho Félix guarda é de uma “personalidade política forte, um homem com ideias muito claras sobre a forma como via o mundo e a Europa, muito austero no sentido que acreditava firmemente que era fundamental uma ortodoxia, mas que soube reconhecer trabalho que tinha sido feito e o esforço”.

Sobram então “recordações ambivalentes”, de um “homem com princípios, valores, uma ideia da Europa que não era a minha, mas respeitadora”, considera o ex-secretário de Estado português. Sobre a forma como a figura será recordada em Portugal, diz que existirão opiniões “para todos os gostos”. Alguns “recordarão como a face da austeridade”, enquanto poderão existir até “pessoas que acham que a austeridade era o caminho certo”.

O facto é que das figuras da política portuguesa não surgiram muitas reações à morte de Schäuble, num dia que ficou também marcado pela morte do ex-presidente da Comissão Europeia, Jacques Delors, e da deputada do PCP Odete Santos.

Do lado institucional, Marcelo Rebelo de Sousa pronunciou-se para prestar condolências ao homólogo, sem mencionar a relação com Portugal. “Wolfgang Schäuble será recordado pela marca indelével que deixou na história da Alemanha ao longo do seu percurso parlamentar de mais de 50 anos, tendo desempenhado um papel fundamental na reunificação do país, e pelo seu importante contributo para a integração europeia”, lê-se numa nota divulgada na página da Presidência da República.

Nas redes sociais, é de destacar o tweet de Rui Rio, que fez referência às perdas que marcaram o dia. “Wolfgang Schäuble, Odete Santos e Jacques Delors três personalidades que hoje nos deixaram e que eu me habituei a respeitar”, escreve. “Os dois primeiros pela coerência e firmeza na defesa das suas muito distintas convicções, o terceiro pelo seu enorme contributo na construção europeia”, conclui o antigo presidente do PSD.

Já da Grécia, país altamente marcado pela crise da dívida, surgiu a reação do ex-ministro das Finanças Yanis Varoufakis, que recordou a “austeridade violenta” e as “políticas desastrosas” do antigo homólogo alemão. “Wolfgang Schäuble foi a encarnação do projeto político de apoiar uma União Monetária em que ele próprio não acreditava. Para o fazer, teve de impor uma austeridade violenta, mesmo na Alemanha, e desmantelar as instituições democráticas em países como a Grécia”, escreveu Yanis Varoufakis.

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