Desigualdade salarial caiu 22% entre 2006 e 2020

A diferença entre os salários mais elevados e mais baixos caiu ao longo significativamente, mas isso não se traduziu numa subida dos salários reais na mesma proporção. Pelo contrário.

A desigualdade salarial em Portugal está em queda, e está a corrigir tanto para os homens como para as mulheres. Segundo dados publicados esta segunda-feira no Boletim Económico de março do Banco de Portugal, se em 2006 o rácio entre os percentis 90 e 10 era de 4,1, em 2020 esse rácio caiu para 3,2.

Significa que nestes 14 anos, o rácio entre os salários mais elevados e mais baixos caiu 22%. E este encurtamento deve-se fundamentalmente pela subida dos salários mais baixos.

De acordo com o estudo desenvolvido por Sónia Félix, Fernando Martins, Domingos Seward e Marta Silva do Banco de Portugal, enquanto o salário médio do percentil 10 (salários mais baixos) aumentou, em média, 2,5% por ano entre 2006 e 2020, o salário médio do percentil 90 (salários mais elevados) ficou-se por um crescimento médio anual de 0,5%).

O aumento do salário mínimo foi um dos fatores que mais contribuiu para a alteração da distribuição dos salários“, referem os economistas do Banco de Portugal, notando que depois de um congelamento entre 2011 e o final de 2014, a retribuição mínima mensal garantida aumentou 4,7%, em termos médios anuais entre 2015 e 2020, passando de 505 euros para 635 euros.

Esta realidade ajuda também a explicar porque se assistiu a uma queda mais prenunciada na desigualdade entre os trabalhadores com menos escolaridade do que nos trabalhadores com o ensino superior.

Segundo os investigadores, apesar de o salário real em Portugal ter aumentado a um ritmo médio de 1% entre 2006 e 2020, os trabalhadores com ensino superior e secundário registaram uma queda de 7,7% do salário real.

A pressionar esta perda de poder de compra dos trabalhadores com mais qualificações escolares está um problema de aumento da oferta e de ponto de partida.

  • Oferta: Entre 2006 e 2020, a percentagem de jovens com ensino secundário que entraram no mercado de trabalho passou de 30% para 40%, pressionando a oferta que se traduziu em salários mais baixos. Entre os trabalhadores com ensino superior, o mercado apresentou um perfil estável ao longo do período, mas assistiu-se a um aumento da entrada de jovens com mestrado e a uma redução dos jovens com licenciatura ou bacharelato.
  • Salário inicial: Os investigadores do Banco de Portugal consideram que o perfil salarial ao longo da vida dos trabalhadores é condicionado pelo momento de entrada no mercado de trabalho. Isto significa que quanto maior foi o primeiro salário (que é o caso dos salários dos trabalhadores com ensino superior), maior foi a queda real do salário entre 2014 e 2020. Esta situação ocorre por, além de não estarem expostos ao aumento do salário mínimo, também os salários foram pressionados pela subida da procura de trabalhadores.

Segundo os dados recolhidos pelo Banco de Portugal, em 2020, o salário médio real de entrada destes dos trabalhadores com ensino superior ainda era inferior ao observado entre 2006 e 2010, “embora se observe um perfil ascendente dos salários compatível com um ajustamento gradual da procura de trabalho ao aumento significativo da oferta de trabalhadores com níveis de escolaridade mais elevados”, lê-se no relatório.

A forma encontrada pelos trabalhadores para contornar este comportamento passou por trocar de emprego, provocando assim um choque salarial. Segundo dados do Banco de Portugal, “os indivíduos que mudaram de emprego tiveram no ano da mudança um crescimento salarial médio de 5%, um valor superior ao crescimento salarial médio de 2% observado para os trabalhadores que permaneceram na mesma empresa.

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Riqueza do país aumentaria em 4% com mais 150 grandes empresas

Estudo na Nova IMS conclui que grandes empresas criam 10 vezes mais riqueza do que as médias e são 3,7 vezes mais produtivas.

Se Portugal tivesse mais 150 grandes empresas desde 2019, o valor acrescentado bruto de Portugal aumentaria 4%, conclui um estudo realizado pela Nova Information Management School e a Associação Business Roundtable Portugal.

O acréscimo de centena e meia de grandes empresas permitiria ainda aumentar em 5% a receita fiscal agregada e mais 10% as exportações, conclui o trabalho de investigação apresentado esta segunda-feira na conferência “Querer e Crescer: Acelerar o Crescimento de Portugal”, organizada pela Associação BRP.

Bruno Damásio, professor auxiliar da Nova Information Management School, afirmou que o número de grandes empresas aumenta 5% a 6% ano ano. “Se continuarmos nesta trajetória este número [150] será alcançado” em breve, considera, salientando que “as exportações e a inovação são os dois grandes drivers da inovação”, afirmou.

Entre 2016 e 2019 o número de grandes empresas cresceu de 1.038 para 1.291. Segundo o estudo, estas empresas têm um valor acrescentado bruto (VAB) 10 vezes superior a uma empresa média. Em 2019, as grandes empresas foram, em média, 3,7 vezes mais produtivas que as médias empresas, pagaram salários 30% superiores às médias empresas e 70% acima das pequenas.

“Se nos focarmos apenas em 1% do total de empresas em Portugal, percentagem onde se inserem as 1.291 grandes empresas contabilizadas em 2019, facilmente percebemos o forte impacto que as organizações de grande dimensão têm, tanto a nível económico, como dos trabalhadores e do próprio Estado. Estamos a falar de um contributo de 57% no VAB, 62% nas exportações, 48% nos gastos com pessoal, 64% nas contribuições para a Segurança Social e 71% em impostos”, contabilizou Bruno Damásio.

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UE aprova acordo de dois mil milhões para produzir e enviar munições para a Ucrânia

"Uma decisão histórica. No âmbito da minha proposta, os Estados-membros concordaram entregar um milhão de munições de artilharia nos próximos 12 meses" à Ucrânia, avançou Josep Borrell.

Os 27 Estados-membros da União Europeia (UE) aprovaram esta segunda-feira um pacote de dois mil milhões de euros para produzir e disponibilizar munições de grande calibre à Ucrânia, anunciou o alto-representante para os Negócios Estrangeiros e Segurança.

Uma decisão histórica. No âmbito da minha proposta, os Estados-membros concordaram entregar um milhão de munições de artilharia nos próximos 12 meses”, escreveu Josep Borrell na rede social Twitter.

O pacote foi aprovado durante uma reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da UE, em Bruxelas. Os dois mil milhões de euros têm como propósito a produção de munições de 155 milímetros que a Ucrânia pediu há semanas para continuar a repelir a invasão da Federação Russa, que começou há mais de um ano.

No final do encontro, a ministra da Defesa explicou que o acordo alcançado tem “três linhas de ação principais”, que serão trabalhadas “simultaneamente”. Assim, a primeira linha de ação prevê que sejam enviadas “um milhão de munições” à Ucrânia “nos próximos 12 meses” através das munições que os “Estados têm nos seus stocks ou em ordens de compra já efetuadas”, explicou Helena Carreiras, em declarações transmitidas pela RTP3, sinalizando que em causa estão mil milhões de euros.

A segunda linha de ação diz respeito a compras conjuntas de munições, também num montante de mil milhões de euros “Há um pacote financeiro significativo para estas duas linhas de ação que tem a ver com a possibilidade de ressarcir até entre 60% a 50% os Estados que forneçam as munições à Ucrânia”, elencou a governante portuguesa, explicando que este fundos “proveem do mecanismo de apoio à paz”, que cujos contributos entre os Estados-membros são variáveis, mas que no que respeita a Portugal se situam entre 14 milhões e 27 milhões de euros, entre 2023 e 2027. Por outro lado, a terceira linha de ação diz respeito ao “esforço da promoção das indústrias de defesa”, tendo em vista a recuperação dos “défices de capacidade industrial”.

Além disso, os Estados-membros estão ainda a estudar a possibilidade de reforçar o mecanismo europeu de apoio à paz em 3.500 milhões de euros. “Isso ainda vai ser confirmado e obrigar-nos certamente a um esforço adicional”, sinalizou a ministra da Defesa, referindo que em função da proporcionalidade “isso caberia a Portugal algo como 52 milhões de euros”.

Já o ministro dos Negócios Estrangeiros foi questionado pelos jornalistas sobre o mandado de captura emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) ao presidente russo. João Gomes Cravinho lembrou que há 123 países signatários do Estatuto de Roma e que esses “países têm como uma das responsabilidades corresponder a qualquer mandato de captura que seja emitido pelo TPI”. Nesse sentido, e tendo em conta que Portugal é um dos signatários, o ministro garante que o país assumirá “as suas responsabilidades”.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

(Notícia atualizada às 18h35 com as declarações da ministra da Defesa e do ministro dos Negócios Estrangueiros)

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Lisboa acompanha recuperação na Europa. BCP sobe mais de 2%

Após a turbulência, as principais bolsas europeias recuperaram à boleia do setor da banca. Lisboa acompanhou a tendência, impulsionada pelo BCP, que subiu 2,61%.

Após a turbulência nos mercados registada ao início da manhã, as bolsas europeias recuperaram e fecharam a sessão desta segunda-feira em terreno positivo, com os investidores ainda a digerirem a compra do Credit Suisse pela UBS. Lisboa acompanhou a tendência com o PSI a subir 0,79%, impulsionada pelos ganhos de mais de 2% do BCP.

Pela Europa, o Stoxx 600 valorizou 1% enquanto o alemão DAX subiu 1,1%, o espanhol IBEX-35 1,3% a par com o francês CAC-40 e o britânico FTSE 100 somou 0,9%, num dia marcado pela alta volatilidade nos mercados acionistas.

Os investidores ainda estão a digerir os recentes acontecimentos no setor bancário. No domingo, foi anunciado que o UBS chegou a acordo para a compra do Credit Suisse por um valor superior a três mil milhões de euros, num negócio que teve a bênção do Banco Nacional Suíço e do Governo desse país. A influenciar os mercados estão também as notícias dos últimos dias sobre o colapso de dois bancos norte-americanos, o banco Silicon Valley (SVB) e o Signature.

Perante os receios de uma crise financeira, a presidente do BCE salientou que “o setor bancário da Zona Euro é resiliente”, mas assegurou que “a caixa de ferramentas do BCE está pronta para dar apoio de liquidez para o sistema financeiro, se tal for necessário”.

Lisboa acompanhou o sentimento europeu, tendo fechado a sessão desta segunda-feira a somar 0,79% para 5.769,33 pontos, com 12 das 16 cotadas em terreno positivo e apenas quatro no “vermelho”.

A impulsionar o índice de referência nacional estiveram as ações do BCP. Os títulos do banco liderado por Miguel Maya somaram 2,61% para 18,86 cêntimos, acompanhando a tendência no setor. O setorial Stoxx 600 Banks somou 1,20%, apesar de ter chegado a cair mais de 3% nesta sessão. Pelas 16h47, o UBS subia 1,52%, enquanto o Credit Suisse afundava 56,48%.

Pelo PSI, nota positiva ainda para a Mota-Engil, que somou 2,3% para 1,51 euros, bem como para a Navigator que valorizou 1,95% para euros 3,238. Pelo setor energético, a EDP Renováveis ganhou 0,7% para 20,08 euros, enquanto a “casa-mãe” subiu 0,32% para 4,764 euros. Já a Galp Energia valorizou 0,38% para 9,928 euros e a REN somou 1,4% para 2,54 euros.

A evitar ganhos mais expressivos do PSI esteve a Ibersol e a Sonae SGPS. A dona da Pizza Hut recuou 1,19% para 6,62 euros, no dia em que voltou ao principal índice da bolsa de Lisboa. Já a Sonae SGPS caiu 1,25% para 95 cêntimos por ação.

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“Palavra de ordem” é descer os preços, afirma Centeno

  • Ana Petronilho
  • 20 Março 2023

O governador do Banco de Portugal frisa que “não é possível continuar a sustentar os mesmos preços" depois da descida dos custos com as matérias-primas e com a energia.

Com a descida dos preços das matérias-primas e dos custos com a energia a “palavra de ordem” é “mitigar e anular todos os efeitos que possam pressionar os preços”, avisou Mário Centeno. O governador do Banco de Portugal avisou que “não é possível continuar a sustentar os mesmos preços com esta realidade”, porque é assim que a inflação e os aumentos de preços “se tornam persistentes”.

Durante um almoço da Associação de Hotelaria de Portugal, esta segunda-feira, Mário Centeno – que falou pela primeira vez desde a crise na banca – avisou ainda que, no imediato, os aumentos salariais e das margens de lucro podem parecer vantagens mas que a médio prazo é “mau para todos”, para trabalhadores e para acionistas, porque provocam inflação e implicam que os bancos centrais tomem medidas para as combater, através da subida das taxas de juro.

“O aumento de um ponto percentual seja salários seja em margens de lucro coloca uma pressão sobre a inflação que, por sua vez, coloca pressão sobre as decisões dos bancos centrais. No curto prazo parece que estamos todos a ganhar – nós [banco central] fazemos a nossa parte porque aumentamos a taxa de juro, empresas e trabalhadores ganham mais um ponto percentual de margens ou salários –, mas a verdade é que no médio prazo vamos perder todos”.

Centeno disse ainda que os bancos centrais “gostam muito de falar de salários e que é necessário de haver contenção na transmissão da inflação aos salários”, considerando que “estão certos” porque é necessário evitar espirais inflacionistas pela via dos custos.

Sobre as taxas de juro, Centeno disse que “subiram muito e demasiado rápido” face a um cenário normal mas que o BCE foi “obrigado a fazê-lo” pelo efeito externo do surto inflacionista.

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Pepsi aposta no TikTok para promover espetáculo na final da Liga dos Campeões

A final da Liga dos Campeões disputa-se no Estádio Olímpico Atatürk, na cidade turca de Istambul, a 10 de junho.

Pelo sétimo ano consecutivo a Pepsi vai apresentar o espetáculo que antecede a final da Liga dos Campeões. Este ano, a marca está a realizar uma campanha no TikTok, de modo a envolver os fãs. O espetáculo vai ainda ser transmitido ao vivo através desta rede social, no dia 10 de junho, momentos antes do jogo de futebol.

Na página de TikTok da Pepsi já foram divulgados vídeos do artista Burna Boy, dos jogadores Lionel Messi e Vinícius Júnior, e da jogadora Leah Williamson.

Segundo o site da Pepsi, os consumidores são desafiados a enviar um vídeo a dançar a coreografia oficial do jogador Vinícius Júnior ou a imitar as habilidades de freestyle da jogadora Leah Williamson (vídeos disponíveis no TikTok da Pepsi), usando a música oficial “It’s Plenty”, de Burna Boy, e a hashtag #PepsiKickOffShow. Os interessados podem participar até dia 3 de abril.

Gustavo Reyna, diretor de marketing global da Pepsi, citado pela The Drum, revela que a marca vê este desafio do TikTok como uma “coisa em grande”, explicando que a Pepsi “tenta sempre estar junto dos consumidores”.

Quando confrontado com as recentes notícias das restrições impostas ao TikTok dentro de alguns países, como o dos Estados Unidos da América ou do Reino Unido, Gustavo Reyna não se mostrou preocupado, referindo que a Pepsi é uma marca “divertida” e que “oferece experiências de entretenimento”, algo que vai continuar a fazer independentemente do canal de media. “Desde que continuemos a fazer o que fazemos e a usar a media da maneira certa, de acordo com as políticas e regulamentos, então está tudo bem“, disse Reyna à The Drum.

Nos últimos seis anos de parceria com a UEFA – entidade organizadora da competição – a Pepsi desenvolveu campanhas promocionais durante três ou cinco semanas antes do jogo, mas este ano encontra-se a desenvolver uma ação de ativação com três meses de antecedência.

A final da UEFA Champions League é a data de destaque do calendário de futebol de clubes, e a Pepsi orgulha-se de marcar a ocasião com os melhores espetáculos de entretenimento. O recém-nomeado ‘Kick Off Show by Pepsi‘ será enorme este ano; estamos muito animados para dar as boas-vindas a Burna Boy, um dos artistas mais emocionantes do mundo e mal podemos esperar para ver quais os adeptos que serão selecionados para fazer parte deste espetáculo verdadeiramente imperdível“, diz Gustavo Reyna, diretor de marketing global da Pepsi, no site da UEFA.

Já por parte da UEFA, Guy-Laurent Epstein, diretor de marketing, afirma que “o espetáculo de lançamento da final da UEFA Champions League é uma parte significativa dos nossos esforços conjuntos com a Pepsi, oferecendo uma oportunidade incrível de alcançar públicos novos e mais jovens com alguns dos maiores nomes e estrelas em ascensão da música. Estamos entusiasmados em apresentar um elenco de artistas talentosos na final desta temporada em Istambul, no que certamente será uma performance enérgica e memorável”.

A final da Liga dos Campeões vai ser disputada no Estádio Olímpico Atatürk, na cidade turca de Istambul, a 10 de Junho. O espetáculo que antecede o jogo pode ser acompanhado através do na televisão local, no canal de YouTube da UEFA e no canal de TikTok da UEFA e da Pepsi.

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Famalicão investe 10,5 milhões de euros em imóveis para depois arrendar

Câmara de Vila Nova de Famalicão com oferta pública para aquisição de habitações no valor de 10,5 milhões de euros para, depois, arrendar no âmbito do Programa 1.º Direito.

A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão já abriu o procedimento de oferta pública para a compra de 79 fogos destinados a arrendamento – nove imóveis habitacionais já edificados e 70 fogos a construir ou em construção – no valor de 10,5 milhões de euros.

Quatro dos nove fogos habitacionais já edificados são de tipologia T2 e os restantes cinco são T3, encontrando-se “em boas condições de conservação e prontos a habitar, sem necessidade prévia de realização de obras de reabilitação”, assegura a autarquia liderada pelo social-democrata Mário Passos.

Já dos 70 fogos a construir ou em construção, oito são T1, outros 21 de tipologia T2, 35 são T3 e seis são T4. Todos estes fogos destinam-se a beneficiários do Programa de Apoio ao Acesso à Habitação – 1.º Direito/Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Mário Passos assinala, assim, o arranque da execução do Programa de Apoio ao Acesso à Habitação, “celebrado em parceria com o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) e que, no total, canaliza 62 milhões para a melhoria das condições de habitabilidade de mais de 800 agregados familiares do concelho“, refere o município num comunicado enviado às redações.

As propostas podem ser apresentadas no portal online da autarquia famalicense até dia 3 de maio.

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OCDE diz que “sistema judicial mais eficiente” poderia “aumentar confiança dos investidores”

  • Lusa
  • 20 Março 2023

Relatório da OCDE destaca que longos processos judiciais podem comprometer a atratividade de Portugal para investidores estrangeiros, bem como os investidores nacionais.

A OCDE recomenda que “uma melhor regulação da atividade empresarial e um sistema judicial mais eficiente poderiam aumentar a confiança dos investidores” no mercado português e que as empresas requerem melhores serviços da Administração Pública.

Estas são algumas das conclusões do relatório “O Impacto do Quadro Regulatório no Investimento Estrangeiro em Portugal“, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), hoje divulgado.

A organização reconhece que “Portugal melhorou as práticas de avaliação de impacto regulatório (RIA) e adotou mecanismos para facilitar a participação das partes interessadas na elaboração de atos legislativos e regulatórios nos últimos anos, por exemplo, através da introdução de avaliações de impacto concorrencial e do portal eletrónico ConsultaLEX”.

Contudo, “os indicadores da OCDE mostram que Portugal está atrás dos países homólogos em ambas as áreas“, lê-se no documento, em que são dados exemplos: “os documentos RIA não são disponibilizados em linha e a avaliação ex-post das regras existentes não é obrigatória”.

Além disso, acrescenta, os investidores estrangeiros relatam dificuldades em compreender a regulamentação e em lidar “com mudanças súbitas na legislação em Portugal”, aponta a OCDE. O relatório destaca que “os longos processos judiciais podem também comprometer a atratividade de Portugal para o IDE, afetando igualmente os investidores nacionais”.

Apesar de Portugal ter realizado reformas no sistema judicial e melhorado “a eficiência dos seus tribunais nos últimos anos”, a “duração dos processos continua a ser longa, em comparação com os países homólogos, em especial nos tribunais administrativos”, salienta a OCDE.

Por exemplo, uma em duas empresas em Portugal considera a duração dos processos judiciais um obstáculo “importante ou muito importante” (dados de 2022), lê-se no relatório, estimando-se em cerca de “dois anos e quatro meses o tempo necessário para resolver um caso num tribunal administrativo”. Ou seja, “um prazo sete vezes superior do que na Lituânia”, destaca a OCDE.

Face a isto, a OCDE recomenda “utilizar mais amplamente as avaliações de impacto regulatório e envolver mais ativamente o setor privado na elaboração de legislação para garantir que a regulação cumpre o objetivo pretendido, evitando simultaneamente custos administrativos desnecessários para as empresas”.

A OCDE refere ainda que as boas práticas aplicadas “no âmbito do processo de consulta recentemente desenvolvido para a definição das reformas em matéria de licenciamento das atividades comerciais podem ser generalizadas à elaboração de outras regulações relevantes ao domínio empresarial”.

Recomenda também a continuação da redução da “duração dos processos judiciais, aumentando a digitalização nos tribunais, reforçando os recursos humanos em funções de apoio e fazendo uma utilização mais alargada dos mecanismos extrajudiciais”.

No que respeita à melhoria dos serviços públicos, a OCDE reconhece o impacto positivo do programa Simplex, que reduziu encargos administrativos para as empresas, mas aponta que os investidores estrangeiros “continuam a considerar as interações com a administração pública portuguesa como onerosas em muitas áreas e pedem maior eficiência e qualidade de serviços pelas entidades administrativas”.

Por isso, recomenda a simplificação dos procedimentos de licenciamento e autorização, “como o licenciamento industrial e as licenças de construção, entre outras, seguindo o exemplo das recentes alterações ao licenciamento ambiental”.

Nesse sentido, é preciso também “garantir que as autoridades dispõem de capacidade para emitir licenças dentro dos prazos legais e tornar efetiva a aplicação da regra de aprovação tácita para aumentar a previsibilidade dos investidores”.

Recomenda também a redução do tempo gasto e o ónus administrativo das empresas com o cumprimento das suas obrigações fiscais, “através de uma maior simplificação da tributação das sociedades, reforçando os serviços de informação e assistência e aumentando a digitalização na administração fiscal”.

A OCDE defende ainda que é preciso “avaliar e racionalizar os incentivos fiscais ao investimento a fim de garantir que estes atingem os objetivos pretendidos sem acrescentar demasiada complexidade ao sistema fiscal”. Isso inclui ainda a promoção da sensibilização e a adoção “dos incentivos existentes para apoiar as transições ecológica e digital das empresas (incluindo incentivos à formação dos trabalhadores em competências digitais)”.

De acordo com o relatório, “são precisos cerca de 90 dias para obter uma licença para operação de atividade comercial”, ou seja, “mais do dobro do tempo requerido em países homólogos (2019)”.

Por outro lado, o cumprimento das obrigações fiscais requer “234 horas de trabalho por ano, comparado com 50 horas na Estónia (2019)” e quase metade das empresas (47%) “consideram que a administração fiscal é um importante peso à atividade empresarial”, contra 3% na Eslováquia.

O relatório da OCDE compara o quadro regulatório para o investimento em Portugal com um grupo de economias europeias homólogas, identifica eventuais entraves ao investimento e avalia em que medida um ambiente de negócios mais favorável pode ajudar a atrair mais IDE para o país. Além disso, propõe uma série de reformas que o Governo de Portugal poderia considerar para aumentar o nível de IDE na economia.

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Centeno diz que é preciso impedir que incerteza chegue à banca

  • Ana Petronilho
  • 20 Março 2023

Com uma taxa de inflação "muito má" é preciso conter que os últimos eventos na banca estrangeira se alastrem à banca portuguesa.

O governador do Banco de Portugal salienta que “é muito desejável” que a incerteza da evolução da taxa de inflação “possa ser reduzida” e avisa que é preciso impedir que os problemas de bancos fora da Zona Euro cheguem ao setor bancário.

Mas, durante um almoço com a Associação de Hotelaria de Portugal, Mário Centeno procurou deixar uma palavra de confiança ao frisar que o banco central está atento aos desenvolvimentos e aos riscos que se colocam aos bancos e a Portugal. “A nossa atenção continua devotada a identificar eventuais questões, quando e se elas se coloquem”, disse o governador.

Durante a intervenção, Centeno falou ainda da evolução da inflação e das taxas de juro, frisando que acima de 2% “é uma coisa má e nunca temporária”. Sobre os bancos portugueses, afirmou que, nos últimos anos, o governador de Portugal diz que reduziram o risco, com menos crédito malparado, e que estão mais “muito mais capitalizados”, salientando que dois bancos concluíram “com sucesso” os planos de reestruturação (Novobanco e Caixa Geral de Depósitos).

No entanto, avisa que qualquer problema nos mercados financeiros é um risco acrescido. “É muito importante minimizar a turbulência que se gera em torno do setor bancário da área do euro e que nos possa afetar. Todos sabemos que com as interações que os mercados têm, os riscos que enfrentam, temos de continuar a monitorizar, de estar atentos a essa dimensão”, afirmou o ex-ministro das Finanças do PS.

Desde o início da crise bancária, esta foi a primeira vez que o governador do Banco de Portugal falou em público. Depois de intensas negociações durante o fim de semana, o suíço UBS concordou, no domingo, comprar o seu rival Credit Suisse com garantias substanciais do governo em Berna e de liquidez do banco central do país (BNS).

Esta aquisição fez mergulhar as ações dos bancos esta segunda de manhã nas bolsas de valores europeias, uma vez que os investidores temem a desestabilização do sistema bancário. A operação custará aos detentores de obrigações subprime 16.000 milhões de francos suíços (16.1800 milhões de euros) porque as autoridades suíças decidiram transferir parte do encargo financeiro causado pela operação.

Já a semana passada, nos Estados Unidos, faliu o Silicon Valley Bank (SVB), tendo as autoridades garantido todos os depósitos para evitar que outros bancos de dimensão considerável pudessem ser postos em causa. A falência do SVB foi a segunda maior falência bancária da história dos Estados Unidos, depois do colapso da Washington Mutual em 2008. O Credit Suisse é o segundo maior banco da Suíça e no ano passado registou levantamentos de liquidez no valor de 123,2 mil milhões de francos suíços (126 mil milhões de euros).

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“O país está num momento decisivo, que definirá o que seremos nas próximas décadas”, diz Vasco de Mello

Vasco de Mello, presidente da Associação Business Roundtable, diz ainda que "o país está num momento decisivo", que definirá o que Portugal será "nas próximas décadas".

Vasco de Melo, presidente da Associação Business Roundtable, defende que Portugal “está num momento decisivo” e tem de aproveitar o atual momento para lançar as bases de um crescimento mais robusto.

O país está num momento decisivo, que definirá o que seremos nas próximas décadas. Temos de estar preparados”, afirmou Vasco de Mello na abertura da conferência “Querer e Crescer”, organizada pela Associação Business Roundtable, que decorre esta segunda-feira na Nova SBE, em Carcavelos.

Conferência "Querer e Crescer: Ideias para acelerar o crescimento de Portugal" - 20MAR23
Vasco de Mello na conferência “Querer e Crescer: Acelerar o Crescimento de Portugal”, organizada pela Associação BRP.Hugo Amaral/ECO

Não podemos continuar a ter ideologia a mais e ambição a menos. Temos a responsabilidade de aproveitar o momento único de estabilidade política e fundos europeus”, exortou o também presidente do conselho de administração do Grupo Mello.

Pedro Gingeira do Nascimento, secretário-geral da Associação BRP, que reúne 42 grandes empresas portuguesas, sublinhou que “quem não cria riqueza, cria pobreza” e que em Portugal se “normalizou o fracasso”. Segundo o responsável, se o PIB tivesse crescido a uma média de 3% na última década estaria entre os 15 países com maior riqueza per capita e se o ritmo fosse de 5% estaria ao nível da Dinamarca.

“Acreditamos que Portugal pode crescer muito mais. Acreditamos que são os privados que criam riqueza. O Estado deve criar igualdade de oportunidades para todos, através da educação e com um ambiente competitivo e concorrencial”, sublinhou Pedro Gingeira do Nascimento. “Temos de celebrar a riqueza em vez de a perseguir”, acrescentou.

Pedro Santa Clara, diretor da escolha 42 Lisboa e 42 Porto apontou as más e boas ideias na Educação. “A primeira má ideia é baixar o nível de exigência da escola e isto tem estado muito em voga, internacionalmente até, o que põe em causa a meritocracia. Parece-me das ideias mais infelizes de que tenho memória, porque tira o acesso dos mais desprotegidos à subida social”, afirmou.

O também professor da Nova SBE elogiou a aposta no Governo no ensino pré-escolar. “É importante investir mais nas creches e na pré-primária”, porque “o processo de educação é cumulativo”. “Outra boa ideia é repensar profundamente a formação e carreira dos professores”, sublinhou.

“O sistema atual está à beira da rutura. Vamos precisar de formar 35 mil professores até 2030 o dobro do que formamos hoje em dia” e a carreira “é tão pouco atraente”, considerou Pedro Santa Clara. “Esta é daquelas crises que me faz impressão porque é o comboio a descarrilar em câmara lenta”, acrescenta, assinalando que é preciso atrair professores de backgrounds diferentes e investir na formação profissional dos professores”.

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Empresas estrangeiras são responsáveis por 25% do I&D em Portugal, avança OCDE

  • Lusa
  • 20 Março 2023

As empresas detidas por estrangeiros representavam apenas cerca de 2% das empresas em Portugal, mas empregavam 18% da mão-de-obra nacional e eram responsáveis por 28% do valor acrescentado total.

O investimento direto estrangeiro (IDE) “reforça a economia portuguesa e apoia o seu desenvolvimento”, afirma a OCDE no relatório sobre o impacto do quadro regulatório em Portugal, apontando que as empresas estrangeiras são responsáveis por 25% do I&D.

“O investimento estrangeiro desempenha um papel importante na atividade económica e na criação de emprego em Portugal”, lê-se no relatório O Impacto do Quadro Regulatório no Investimento Estrangeiro em Portugal, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), divulgado esta segunda-feira.

Em 2020, adianta, “as empresas detidas por estrangeiros representavam apenas cerca de 2% das empresas em Portugal, mas empregavam 18% da mão-de-obra nacional e eram responsáveis por 28% do valor acrescentado total e 46% das exportações”.

De acordo com a organização, ao integrar os produtores portugueses de bens e serviços nas cadeias de valor orientadas para a exportação, “as empresas estrangeiras ajudam os produtores nacionais a aceder a novos mercados e a melhorar a competitividade dos seus produtos”.

Além disso, as empresas estrangeiras “contribuem para a qualidade do emprego e para a paridade de género”. Isto porque empregam mais trabalhadores “altamente qualificados” do que as empresas portuguesas na maioria dos setores e “pagam salários mais elevados” do que as nacionais, prossegue a OCDE, referindo que no caso de profissões altamente qualificadas estes são “quase 7% superiores”.

Por outro lado, pagam remunerações mais elevadas às mulheres do que as empresas portuguesas: “Em 2020, o salário mediano mensal das trabalhadoras em empresas estrangeiras era de 972 euros contra 796 euros nas empresas nacionais”. Acresce que, em muitos setores de atividade, as empresas estrangeiras “também empregam um número superior de mulheres em altos cargos executivos”, sublinha.

A OCDE destaca também o papel das empresas estrangeiras na inovação e nos esforços de transição digital e ecológica. “As empresas estrangeiras são responsáveis por 25% dos investimentos em I&D [Investigação & Desenvolvimento] em Portugal”, aponta, referindo que “usam mais tecnologia digital de ponta do que as empresas nacionais”, como é o caso da impressão 3D, robôs industriais, inteligência artificial (IA), entre outras tecnologias.

A formação de trabalhadores em tecnologias “é mais comum em empresas estrangeiras”, sendo que 62% prestaram formação em tecnologias de informação e comunicação (TIC) aos seus funcionários, contra pouco mais de um terço (36%) das empresas portuguesas. As energias renováveis “representaram 96% das fusões e aquisições internacionais no setor energético em Portugal entre 2012 e 2022 — um forte contraste com a maioria das economias homólogas, onde a percentagem desse mesmo tipo de transações foi de 37%”.

O relatório da OCDE compara o quadro regulatório para o investimento em Portugal com um grupo de economias europeias homólogas, identifica eventuais entraves ao investimento e avalia em que medida um ambiente de negócios mais favorável pode ajudar a atrair mais IDE para o país. Propõe também uma série de reformas que o Governo português poderia considerar para aumentar o nível de IDE na economia.

A OCDE alerta ainda que um quadro regulatório “excessivamente restritivo pode constituir uma barreira” ao investimento direto estrangeiro (IDE). “O quadro regulatório, na medida em que determina as condições de entrada bem como o funcionamento das empresas estrangeiras no país anfitrião, pode ser um fator limitador do investimento estrangeiro“, adverte a organização.

Além das restrições explícitas ao IDE, “como as regras que limitam a participação de investidores estrangeiros no capital de empresas localmente constituídas, os fatores que moldam o ambiente empresarial geral de um país (por exemplo, as regras de licenciamento para o exercício de atividades económicas, a regulação fiscal, o sistema jurídico) podem às vezes impor desafios adicionais às empresas estrangeiras e influenciar indiretamente o IDE devido ao aumento não intencional dos custos de contexto para as empresas em relação a outros países”, acrescenta a OCDE.

A organização recorda que estudos que fez “mostram que a eliminação dessas barreiras regulatórias pode ter impacto positivo no investimento”. No relatório, a OCDE adianta que “a redução de barreiras ao IDE pode aumentar a atividade” de investimento direto estrangeiro em Portugal “em mais 13% no número de transações de F&A internacionais “e em mais de 6% no número de projetos greenfield“.

Este é o impacto estimado da redução das restrições ao IDE em Portugal ao nível das economias mais abertas. O relatório da OCDE compara o quadro regulatório para o investimento em Portugal com um grupo de economias europeias homólogas, identifica eventuais entraves ao investimento e avalia em que medida um ambiente de negócios mais favorável pode ajudar a atrair mais IDE para o país. Além disso, propõe uma série de reformas que o Governo de Portugal poderia considerar para aumentar o nível de IDE na economia.

 

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Amazon planeia despedir mais 9.000 colaboradores

A decisão pretende contribuir para a redução de custos e teve em conta a atual incerteza em relação ao contexto económico.

A Amazon vai proceder ao despedimento de mais 9.000 pessoas durante as próximas semanas, anunciou o CEO Andy Jassy num comunicado interno esta segunda-feira. A decisão pretende contribuir para os objetivos de redução de custos e teve em conta o contexto económico. Com esta decisão, em quatro meses, eleva-se para cerca de 19 mil o número de trabalhadores afetados pela redução da estrutura de pessoal na tecnológica norte-americana.

O plano de reestruturação da gigante americana tem como principal objetivo “sermos mais eficientes” e os processos de despedimento tiveram em consideração a “incerteza que existe num futuro próximo”, admite Andy Jassy, citado pela CNBC (acesso livre, conteúdo em inglês).

Ainda em novembro do ano passado, a Amazon anunciou o despedimento de cerca de 10.000 pessoas, sendo que, na altura, a redução de pessoal incidia, sobretudo, na organização dos dispositivos da Amazon, incluindo a assistente de voz Alexa, bem como na divisão de retalho e no departamento de recursos humanos.

As rondas de despedimentos ocorrem depois de a pandemia ter criado a era mais rentável de que há registo na Amazon. Em dois anos, a empresa duplicou a sua força de trabalho, mas o início de 2022 ditou o abrandamento. O crescimento diminuiu para a taxa mais baixa das últimas duas décadas, colocando a companhia face a custos elevados, enquanto as mudanças nos hábitos de compra e a inflação elevada prejudicaram as vendas, justificou a empresa no final do ano.

A Amazon junta-se a uma série de tecnológica que têm vindo a anunciar despedimentos. Entre elas está a dona do Facebook, que anunciou na semana passada que planeia despedir cerca de 10.000 colaboradores e encerrar 5.000 ofertas de emprego já publicadas. Uma notícia que surge apenas quatro meses depois de uma ronda de despedimentos ter já eliminado 11.000 postos de trabalho na companhia dona do Facebook e do Instagram.

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