“Nós empresários temos de sair da casca. Temos de ir para a rua”, diz Filipe de Botton

Empresários da Associação BRP criticaram o preconceito contra os lucros e assinalaram que a capitalização das empresas depende de serem rentáveis.

Filipe de Botton, presidente e CEO da Logoplaste, considera que medidas para controlar a inflação, como a fixação de preços, destroem o tecido económico. Diz mesmo que os empresários devem fazer-se ouvir e “ir para a rua”.

Quando vejo governos como o nosso a quererem controlar a inflação com instrumentos anacrónicos, vai destruir todo o tecido económico. Destrói a confiança e destruindo a confiança destrói tudo”, afirmou Filipe de Botton na conferência “Querer e Crescer: Acelerar o Crescimento de Portugal”, organizada pela Associação Business Roundtable, que reúne 42 grandes empresas.

Conferência "Querer e Crescer: Ideias para acelerar o crescimento de Portugal" - 20MAR23
Filipe de Botton na conferência “Querer e Crescer: Acelerar o Crescimento de Portugal”, organizada pela Associação BRP.Hugo Amaral/ECO

Se for preciso lá estaremos os 42 a fazer uma manifestação. Nós empresários temos de sair da casca, temos de ir para a rua. Nós é que arriscamos, criamos emprego. Há uma remuneração que tem de ser dada aos empresários e que tem de ser vista de forma positiva”, sublinhou o presidente da Logoplaste.

“Falamos sempre em Portugal que as empresas estão descapitatizadas. A única solução para ter empresas capitalizadas é ter empresas eficientes e rentáveis e não diabolizar a rentabilidade”, aduziu António Amorim, presidente da Corticeira Amorim.

Há um preconceito contra a dimensão, o sucesso e o facto de as empresas terem de ter lucros para terem capacidade de crescer”, concordou Nuno Amado, presidente do conselho de administração do Millennium BCP. “Temos estado em diálogo com o Governo. Se esse diálogo é frutuoso? Não é claro. Em áreas como a Justiça e a economia houve demora na resposta e não foi tão eficiente como gostávamos”, relatou.

Propostas feitas ao Banco de Fomento

Para António Amorim o Banco Português de Fomento “deve ter como missão suprir falhas no mercado”, como um financiamento a 10 ou 15 anos para a construção de uma fábrica, que a banca não concede. “Porque é que o Banco Português de Fomento (BPF) não ajuda a financiar fusões e aquisições ou a internacionalização das empresas?”

O CEO da Corticeira Amorim revelou que a Associação BRP fez já uma proposta ao BPF. “Saímos esperançados da primeiro reunião. Nada aconteceu. Não depende de nós, mas somos persistentes”.

Clara Raposo, vice-presidente do Banco de Portugal, destacou que é necessário criar alternativas aos empréstimos bancários. “O ponto mais importante tem a ver com um modelo de financiamento que passa não tanto pelo financiamento bancário mas pelo capital próprio e private equity [capital de risco], que é escasso em Portugal”, defendeu. É preciso “desenvolver o setor de private equity e venture capital, com apoios para a fase inicial”.

Filipe de Botton lamentou também a falta de respeito que existe pelas instituições. “Nós temos vindo a destruir o respeito pelas instituições, independentemente das pessoas que lá estão. Mostra o país que estamos a construir e a deixar aos nossos filhos e aos nossos netos”.

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Há 33.800 contratos de arrendamento com desconto no IRS

  • Lusa
  • 20 Março 2023

Cerca de 18 mil contratos registados no Portal das Finanças tinham entre dois e cinco anos de duração e o valor médio mensal das rendas praticadas era de 619 euros.

O número de contratos de arrendamentos de duração superior a dois anos e a beneficiar de uma taxa reduzida de IRS ascendia no final de fevereiro a 33.800, segundo dados do Ministério das Finanças.

Aquele total inclui contratos de duração entre dois e cinco anos (que são a maioria), entre cinco e 10 anos, entre 10 e 20 anos e com mais de 20 anos, sendo que a redução da taxa de IRS é tanto mais relevante quanto maior for a duração do contrato.

Em resposta à Lusa, o Ministério das Finanças adianta, assim, que, no final de fevereiro, cerca de 18 mil contratos registados no Portal das Finanças tinham entre dois e cinco anos de duração e que o valor médio mensal das rendas praticadas era de 619 euros.

Mais de nove mil contratos tinham uma duração entre cinco e 10 anos”, refere a mesma informação, indicando que, nesta situação, a renda média era de 550 euros. Já no prazo entre 10 e 20 anos, havia registo de cinco mil contratos, com a renda média a rondar os 516 euros. “Por fim, estavam ainda registados perto de dois mil contratos de arrendamento com mais de 20 anos de duração”, com um “valor médio de renda de 488 euros”.

“Considerando todas as durações de arrendamento, no final de fevereiro, estavam abrangidos pelas taxas especiais de IRS cerca de 33.800 contratos de arrendamento, com um valor médio de renda mensal de 576 euros”, precisa a mesma informação.

Em 2019 entrou em vigor um benefício fiscal que atribui um desconto na taxa autónoma de IRS que incide sobre os rendimentos de rendas de contratos cuja duração seja superior a dois anos. Aquele desconto face à taxa de 28% é tanto maior quanto mais longa for a duração do contrato e vai subindo ao ritmo de cada renovação, até ao limite de 14%.

No programa “Mais Habitação”, a taxa de 28% baixa para 25%, acaba o benefício fiscal para contratos de duração inferior a cinco anos, sendo que de duração a partir de cinco anos têm um aumento no desconto do IRS face ao modelo que agora vigora. O objetivo é estimular a realização de contratos de arrendamento de maior duração de forma a dar mais estabilidade ao inquilino.

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+M

L’agence Talents alinha estrutura com as novas necessidades do mercado de agenciamento

A L’Agence representa nomes como Cláudia Vieira, Ricardo Pereira, Filomena Cautela, Raquel Strada, Jessica Athayde, Diogo Amaral, Ana Sofia Martins, José Mata, Júlia Palha, entre outros.

O Departamento de Talents da L’Agence encontra-se a adaptar a sua estrutura interna, pretendendo alinhar-se com as “novas necessidades do mercado de agenciamento de figuras públicas, tendo em conta que estas começaram a ganhar uma expressão considerável para lá da representação e da apresentação, tornando-se mais polivalentes”. Torna-se assim necessário um acompanhamento continuado em diversas áreas, desde as redes sociais à imprensa ou eventos.

Os eventos, as parcerias, os projetos próprios e a relação com as marcas são apenas uma parte da comunicação e do nosso trabalho. Por isso, sentimos a necessidade de reformular a equipa de forma a podermos colmatar as necessidades de todos os perfis que representamos“, refere Vanessa Carmo, head of talents department, citada em comunicado. Elsa Gervásio, diretora da L’Agence, reforça a ideia, afirmando que “já não passa apenas por ser ator ou apresentador, há todo um leque de áreas que têm de ser trabalhadas e comunicadas“.

Desta forma o departamento está agora dividido em três áreas: business management, communication e PR & digital.

O primeiro trata da seleção, formação e gestão de carreiras, contando com Vanessa Carmo enquanto responsável, Sónia Rodrigues como talent agent e com Filipa Prelhaz e Luísa Castelo-Branco, ambas como digital accounts.

A parte da comunicação conta com Simão Ribeiro de Carvalho, responsável pela comunicação institucional e dos agenciados, sendo que na área de PR & digital encontram-se Alexandre Gomes Ferreira, como PR & digital consultant, Sara Saavedra, enquanto PR consultant, e Sara Rodrigues, como digital content manager.

A equipa foi entretanto reforçada com Inês Barreiras, content creator & producer, e Clara Botas, junior assistant.

A L’Agence é a agência de modelos, atores e apresentadores mais antiga do país, representando nomes como Cláudia Vieira, Ricardo Pereira, Filomena Cautela, Raquel Strada, Jessica Athayde, Diogo Amaral, Ana Sofia Martins, José Mata, Júlia Palha, entre outros.

Atualmente foca-se no agenciamento na vertente models, talents, commercial e kids.

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Matosinhos investe 1,1 milhões na requalificação de bairro

MatosinhosHabit e Câmara Municipal investem 1,1 milhões de euros na requalificação urbana de bairro dos anos 50.

Com um investimento de 1,1 milhões de euros, a MatosinhosHabit e a Câmara Municipal de Matosinhos terminaram a requalificação do Bairro dos Pescadores, no centro da cidade, de olhos postos na regeneração urbana e na mobilidade sustentável.

Com a assinatura do arquiteto e urbanista Carlos Coelho, o projeto contempla um total de 11.200 metros quadrados de área intervencionada, como é o caso da reabilitação de passeios e pavimento, do acesso às habitações e do estacionamento e de espaços verdes. Assim como a instalação de drenagem e rede de águas pluviais, rede de rega, elementos de iluminação, equipamentos desportivos e mobiliário de exterior.

No âmbito deste projeto, a autarquia levou a cabo “uma intervenção-piloto no edifício de habitação coletiva Bloco J, com vista ao aumento da privacidade e conforto dos moradores, assim como à implementação de medidas de eficiência energética com recurso a materiais para isolamento térmico e acústico.

“Este projeto nasceu em 2018, quando a MatosinhosHabit apresentou uma proposta de revitalização urbana do Bairro dos Pescadores a um programa da União Europeia, para obtenção de fundos comunitários para a sua requalificação”, começou por lembrar a presidente do Concelho de Administração da MatosinhosHabit, Manuela Álvares.

A candidatura aos fundos comunitários não foi aprovada, mas a realização da empreitada foi imediatamente assumida como prioritária pela autarquia, estando agora concluída”, completou a presidente do Concelho de Administração da MatosinhosHabit.

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Robustez da banca “permite-nos estar razoavelmente tranquilos”, diz vice-presidente do Banco de Portugal

A vice-presidente do Banco de Portugal garante que, para já, não há sinais de que os bancos estejam a restringir a concessão de crédito devido à instabilidade dos últimos dias no setor financeiro.

Clara Raposo, vice-presidente do Banco de Portugal diz que a robustez da banca nacional é motivo de tranquilidade perante a turbulência que o setor financeiro vive nos EUA e na Europa. E garante que não há sinais de restrição na concessão de crédito.

Não estou com medo. Estou bastante tranquila com o dia de hoje e pela forma como estamos a lidar com estas dificuldades sentidas em alguns bancos regionais nos EUA e no Credit Suisse“, afirmou Clara Raposo, que foi oradora da conferência “Querer e Crescer: Acelerar o Crescimento em Portugal”, organizada pela Associação Business Roundtable Portugal.

Conferência "Querer e Crescer: Ideias para acelerar o crescimento de Portugal" - 20MAR23
Clara Raposo na conferência “Querer e Crescer: Acelerar o Crescimento de Portugal”, organizada pela Associação BRP.Hugo Amaral/ECO

Todos os indicadores que temos do sistema bancário nacional neste momento são bons indicadores em termos de solvabilidade, liquidez. Os dados de fecho de 20022 são todos melhores do que em 2919, antes da pandemia. Há aqui uma robustez de base que nos permite estar razoavelmente tranquilos“, acrescenta a vice-presidente do Banco de Portugal.

Clara Raposo garantiu que, para já, não há sinais de que os bancos estejam a restringir a concessão de crédito devido à instabilidade dos últimos dias no setor financeiro. “Neste momento, não há qualquer indicação nesse sentido. Esta crise que surgiu agora não é motivo, neste momento, para estar a criar preocupações sobre a concessão de crédito em Portugal ou na área euro”, afirmou a responsável durante a conferência que decorreu esta segunda-feira na Nova SBE, em Carcavelos.

O colapso do Silicon Valley Bank no dia 10 de março lançou a turbulência no setor financeiro, obrigando à intervenção dos reguladores e bancos centrais. Este domingo foi anunciada a aquisição do Credit Suisse pelo UBS, por 3,3 mil milhões, de forma a tentar estabilizar o sistema bancário.

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Cozinha Continente apresentada em campanha multimeios

  • + M
  • 20 Março 2023

"Através desta campanha da Cozinha Continente queremos demonstrar toda a qualidade, novidade e espetacularidade que existe nesta marca”, diz Tiago Simões.

A marca Cozinha Continente, que nasceu com a abertura do primeiro restaurante em Vila Real no último ano, chega agora a todos os balcões e áreas de take-away do Continente.

O objetivo da Cozinha Continente é chegar a todos os clientes, com comida de qualidade, como se fosse feita em casa, de forma prática e conveniente”, refere citada em comunicado Ana Alves, responsável pela área food solutions da MC, dizendo tratar-se “de um momento muito importante”.

“Esta marca vem robustecer a categoria de take-away da MC que tem apresentado, nos últimos anos, crescimentos muito significativos. O crescimento está diretamente relacionado com o desenvolvimento a que temos assistido na oferta deste tipo de produtos para fazer face às alterações de estilo de vida dos consumidores que cada vez têm menos tempo disponível e procuram soluções rápidas e convenientes, mas não abdicam da qualidade“, prossegue a responsável.

O alargamento deste conceito é dado a conhecer com uma nova campanha.

A comida é a personagem principal da campanha que está disponível em diversos suportes de comunicação e, sobretudo, nas lojas onde temos os lineares, os balcões e a zona de restauração, para demonstrar as diferentes formas de experienciar o melhor que fazemos”, descreve Tiago Simões, diretor de marketing do Continente.

Através desta campanha da Cozinha Continente queremos demonstrar toda a qualidade, novidade e espetacularidade que existe nesta marca”, acrescenta o responsável. A criatividade é da Fuel.

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Fundo de reserva da Segurança Social “perde” quase tudo o que investiu no Credit Suisse

Dos 2,7 milhões de euros investidos no Credit Suisse restam apenas 222 mil na carteira do fundo de reserva do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social. Trata-se de uma "perda" de 96%.

O Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) apresentava, no final de 2021, uma exposição de apenas 1,5 milhões de euros ao Credit Suisse, segundo o último relatório e contas do fundo de reserva da Segurança Social.

O investimento no histórico banco suíço que colapsou na semana passada pesava 0,006% na carteira de 23,2 mil milhões de euros do FEFSS, espelhando uma posição praticamente irrelevante, como referiu há dias Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

No entanto, as contas do FEFSS revelam que o Credit Suisse tem tido um impacto negativo na carteira do fundo da Segurança Social há vários anos. Até 2021, por exemplo, a posição do Credit Suisse acumulava perdas potenciais de 1,3 milhões de euros no portefólio do fundo.

Entre as quase 150 posições diretas em empresas, a posição no Credit Suisse era a terceira no ranking dos piores investimentos acionistas do fundo. Apenas era superada pelas perdas potenciais (desvalorizações das posições acionistas) de dois milhões de euros dos investimentos na petrolífera BP e no banco HSBC.

Assumindo que a gestão do FEFSS não aumentou nem reduziu a exposição ao Credit Suisse no último ano (tal como aconteceu em 2021), as perdas potenciais com o investimento no banco suíço até esta segunda-feira são praticamente totais: de um investimento inicial de 2,77 milhões de euros, sobram 119 mil euros, já considerando o rácio de troca de 22,48 ações do Credit Suisse por uma do UBS, acordado no negócio da compra do banco pelo UBS. Trata-se de uma perda de 96%.

No passado dia 17 de março, a ministra da tutela foi questionada sobre a exposição do fundo da Segurança Social ao Credit Suisse. Ana Mendes Godinho respondeu “que, de facto, a exposição é mínima ou ínfima”, devido a “uma grande capacidade de diversificação das próprias aplicações”. “É isso que temos sempre de salvaguardar através do Fundo de Estabilização que é exatamente a não dependência excessiva do mercado”, acrescentou.

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Governo francês sobrevive a moção de censura por aumento da idade de reforma

A moção de censura teve 278 votos a favor, menos nove que os necessário para fazer cair o governo francês, pressionado por fortes protestos nas ruas contra o aumento da idade de reforma.

O Parlamento francês rejeitou esta segunda-feira uma moção de censura multipartidária contra o governo francês, apoiado pelo presidente Emmanuel Macron, avança a AFP. A decisão surge após o executivo forçar a aprovação da subida da idade de reforma dos atuais 62 anos para os 64, sem passar no parlamento.

A moção de censura teve 278 votos a favor, menos nove que o necessário para fazer cair o governo francês. Foi ainda avançada uma segunda moção de censura pelo partido de extrema-direita, União Nacional. No entanto, a moção contou com apenas 94 votos a favor, já que a oposição prometeu não apoiar a iniciativa apresentada pelo partido de Le Pen.

A subida da idade da reforma representa uma medida que Macron procura implementar desde 2017, altura do seu primeiro mandato, tendo já provocado dois meses de greves e protestos. De modo a ultrapassar a resistência à proposta, o governo invocou um artigo da constituição francesa que permite a aprovação de determinadas propostas de lei sem aprovação prévia do parlamento.

Esta é a 11.ª vez em menos de um ano que o governo francês recorre ao artigo 49.3 da constituição.

Segundo Macron, o sistema pensionista francês será insustentável sem a subida da idade da reforma, já que a proporção de trabalhadores ativos em relação aos aposentados tem estado em queda, razão pela qual a maioria dos países europeus já aumentou a idade de reforma para os 65 anos ou mais.

“Se não resolvermos o problema dos nossos aposentados, não podemos investir em tudo o resto”, justificou o presidente francês no ano passado, segundo o The New York Times. Embora Macron não possa ser reeleito em 2027, o líder francês acredita ter lançado as bases para futuros investimentos em defesa, energia verde, ensino e tecnologia.

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AHP quer que hostels e guest houses deixem de ser Alojamento Local

  • Ana Petronilho
  • 20 Março 2023

Hoteleiros defendem que o alojamento local coletivo (guest houses e hostels) passem a ser considerados hotelaria. Desta forma, ficam fora das regras para o Alojamento Local no Mais Habitação.

A Associação de Hotelaria de Portugal (AHP) defende que o pacote de propostas do Governo Mais Habitação deve fazer uma diferenciação nas regras previstas para os apartamentos que funcionam como alojamento local dos que funcionam como hostels ou guest houses.

Esta é uma das medidas que vão constar do parecer que a AHP enviou esta segunda-feira ao Governo no âmbito da consulta pública, segundo o presidente da entidade, Bernardo Trindade, durante um almoço para os associados – que contou com a presença do governador do Banco de Portugal.

Para Bernardo Trindade, presidente da AHP e antigo secretário de Estado do Turismo, o alojamento local coletivo (hostels, guest houses ou prédios) “deve migrar” para a categoria de hotelaria.

Isto porque, ao contrário do que acontece na hotelaria, os apartamentos que funcionam como alojamento local não são obrigados a oferecer as mesmas condições aos hóspedes que os empreendimentos turísticos que são obrigados a ter estacionamento e entrada de serviço separada.

Com a passagem das guest houses e hostels para a hotelaria, estes empreendimentos ficariam também fora das medidas previstas no Mais Habitação como a suspensão de novas licenças até 2030, o pagamento de uma contribuição extraordinária ou o escrutínio dos condomínios.

Além desta exclusão das regras previstas, Bernardo Trindade defende ainda que “a divisão natural” destes dois segmentos do alojamento local deve ter “regras claras” para que os hostels e guest houses se possam candidatar a incentivos “de extrema importância”.

Segundo a AHP, entre o total de 110.738 registos de alojamento local, fixados a 09 de março, 71.177 cabiam a apartamentos. Somam-se 30.978 registos de AL em moradias e 7.108 estabelecimentos de hospedagem, dos quais 829 são hostels.

O ex-secretário de Estado do Turismo do Governo socialista aproveitou a ocasião para salientar que durante a pandemia o setor perdeu 45 mil ativos e que ainda há falta de trabalhadores na hotelaria.

Com a previsão da abertura de, pelo menos, 66 novos hotéis, Trindade defende que é preciso ir buscar trabalhadores ao estrangeiro, já que os disponíveis em Portugal “não são suficientes”. E para isso apela ao Governo que crie “incentivos de apoio à habitação” para os trabalhadores estrangeiros na hotelaria.

Na sua intervenção, Mário Centeno saudou o contributo do setor para a economia. “Em 2022, o emprego cresceu em mais de 162 mil postos de trabalho e, destes, no setor de alojamento, restauração e similares os números da Segurança Social demonstram um crescimento de 34 mil postos de trabalho, 21% do total, muito mais do que o setor representa no total da economia portuguesa [estimado em cerca de 8%]. Nos salários, os salários pagos cresceram quase seis mil milhões de euros, desses 700 mil euros foram pagos pelo alojamento, restauração e similares, de novo acima do peso do setor”, afirmou Centeno.

Mas o governador frisa que a hotelaria ainda tem de fazer mais nos salários. “Nunca antes as qualificações em Portugal aumentaram como hoje e o setor deve aproveitar isso e obviamente, e isto não é posição sindical, melhorar as remunerações. Com mais qualificações devemos esperar melhores remunerações”, afirmou.

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Mariana Victorino lidera comunicação da Foundever

Mariana Victorino vai ser responsável por definir e implementar uma estratégia "articulada e consistente" nos vários países pelos quais é responsável.

Mariana Victorino assumiu dois cargos nas área da comunicação e marketing da Foundever. O objetivo é “reforçar a equipa de liderança da empresa no desafio de se tornar a maior e mais inovadora CX BPO (customer experience business process outsourcing) do mundo e aumentar a notoriedade da nova marca Foundever no mercado, resultante do rebranding do Sitel Group que aconteceu no início do mês de março“.

Mariana Victorino vai assim desempenhar uma dupla função, sendo que enquanto head of EMEA communications será responsável por 24 países da região EMEA (Europa, Médio Oriente e África), e como multilingual region marketing director terá a seu cargo oito países (Portugal, Espanha, Itália, Grécia, Roménia, Bulgária, Hungria e Egito).

É com enorme entusiasmo que aceito este novo desafio, com o foco de poder contribuir com o meu know how e experiência para o crescimento e consolidação da Foundever nos diferentes mercados como a empresa maior e mais inovadora na área de CX BPO”, refere Mariana Victorino, citada em comunicado, acrescentando que a sua integração coincidiu com o rebranding da marca de Sitel Group para Foundever, pelo que “será um novo começo para ambos enquanto Foundever”.

Mariana Victorino pretende “definir e implementar uma estratégia articulada e consistente nos vários países, tendo em conta as metas e o plano de negócios da Foundever, garantindo a implementação do plano global de comunicação e marketing nos diferentes mercados pelos quais está responsável“, refere-se em comunicado.

A nova contratação da Foundever conta com mais de 25 anos de experiência nas áreas de marketing, comunicação e relações públicas, tendo passado por empresas como a Omnicom Media Group, Emirec Comunicação, a TBWA ou a Siemens.

Até fevereiro deste ano era managing diretor do Omnicom Public Relations Group (Porter Novelli, Ketchum e FleishmanHillard), em Portugal e membro da comissão executiva do grupo na Península Ibérica, onde esteve mais de 20 anos.

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Prestações de desemprego recuam 12,2% em fevereiro

  • Lusa
  • 20 Março 2023

O subsídio de desemprego foi atribuído a 139.303 pessoas em fevereiro, uma diminuição mensal de 2,4% e um decréscimo homólogo de 4,8%.

O número de desempregados com prestações de desemprego diminuiu 12,2% em fevereiro face ao período homólogo e 0,3% em relação a janeiro, para 183.304, segundo as estatísticas da Segurança Social publicadas esta segunda-feira.

De acordo com a síntese estatística mensal elaborada pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, registaram-se, assim, menos 634 beneficiários em fevereiro face a janeiro e menos 25.353 do que no mesmo mês de 2022.

O subsídio de desemprego foi atribuído a 139.303 pessoas em fevereiro, uma diminuição mensal de 2,4% e um decréscimo homólogo de 4,8%.

No caso do subsídio social de desemprego inicial foram abrangidos 10.615 beneficiários, um crescimento de 7,4% comparativamente a janeiro e de 30,7% face ao mesmo mês do ano anterior. Já o número de beneficiários do subsídio social de desemprego subsequente foi de 24.748 em fevereiro, uma diminuição mensal de 0,7% e um acréscimo homólogo de 21,9%.

O sexo feminino representava 56,1% do total de beneficiários das prestações de desemprego e o sexo masculino 43,9%. Os dados estatísticos da Segurança Social revelam que o valor médio das prestações de desemprego em fevereiro foi de 570,89 euros.

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego baixou 8,3% (-28.619) em fevereiro em termos homólogos, para 315.645, o “segundo mais baixo de sempre” neste mês, destacou hoje o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Em cadeia, entre janeiro e dezembro, registou-se uma descida de 6.442 pessoas, representando um decréscimo de 2,0%, refere a tutela com base em números do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

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CCP abre candidaturas para programa de bolsas de estudo

  • + M
  • 20 Março 2023

O Zona II conta com 13 bolsas de estudo inteiramente gratuitas, distribuídas pela EDIT, ETIC, Flag, Lisbon Digital School e Restart.

Estão abertas as candidaturas para o Zona II, o programa de bolsas de estudo criativas co-criado pelo Clube da Criatividade de Portugal (CCP). Este ano, o terceiro do programa, o Zona II conta com 13 bolsas de estudo inteiramente gratuitas, distribuídas pela EDIT, ETIC, Flag, Lisbon Digital School e Restart.

O Zona II, recorda o CCP, é um programa de inclusão e diversidade para o mercado criativo português. Uma ideia de Maria Goucha e o Wil Carvalho, sócios do clube, em co-criação com o CCP, que visa aproximar e trazer novas visões, talentos, referências e insights oriundos das periferias e de pessoas com menos acesso ao setor das indústrias criativas. São elegíveis candidatos de todas as idades, com o 12º ano de escolaridade concluído.

O preenchimento do formulário de candidatura, o envio de uma carta onde explicam porque acham que merecem este apoio e as motivações para trabalhar na área e o envio de uma peça criativa “de formato livre que represente o candidato” são os critérios de elegibilidade para as bolsas. Os candidatos podem enviar um vídeo, um poema, uma canção, um poster, uma ilustração, exemplifica o CCP.

Os elementos são avaliados por um júri, constituído por elementos do CCP, da Zona II e da escola que o candidato pretende frequentar, sendo escolhida uma shortlist para passar à fase seguinte. Segue-se uma entrevista, decisiva para a escolha dos vencedores.

Os vencedores são conhecidos no dia 16 de maio, data da gala do 25º Festival CCP. Nunca é sobre onde começas”, diz a campanha que divulga a iniciativa. Armando Gomes e Ruben de Barros, da agência Judas, são os criativos e o motion é de Rute Soares.

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