Conversas +M: a indústria da comunicação em debate no primeiro dia de verão

  • + M
  • 16 Junho 2023

O primeiro Conversas +M junta Sandra Alvarez (APPM e PHD), Nuno Jerónimo (O Escritório) e Ricardo Torres Assunção (APAN) para debater a indústria da comunicação.

Pessoas e Ideias, Marcas e Negócios. São estes os grandes ativos da indústria da Comunicação e é sobre estes que vamos falar na próxima quarta-feira, dia 21 de junho, no primeiro encontro promovido pelo +M.

Sandra Alvarez, diretora da Associação Portuguesa de Profissionais de Marketing (APPM) e general manager da PHD, Nuno Jerónimo, cofundador e diretor criativo d’O Escritório, este ano Agência do Ano no Festival do Clube da Criatividade, e Ricardo Torres Assunção, secretário-geral da Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN) são os convidados da primeira Conversas +M, debate com moderação de Carla Borges Ferreira, diretora executiva do +M, que vai decorrer no novo Auditório ECO, em Lisboa.

A visão das agências criativas, de meios e dos anunciantes vai assim estar presente neste encontro, no qual vamos debater o estado do mercado e os principais desafios e oportunidades da indústria da comunicação.

Agendado para o final da tarde do primeiro dia de verão, o Conversas +M coincide com o Festival de Criatividade Cannes Lions – que este ano mais do que duplicou o número de inscrições nacionais – do qual já será possível fazer um primeiro balanço. Com o primeiro semestre do ano (praticamente) fechado, será também altura para projetar o final de 2023 e, sobretudo, apontar para o futuro.

Em formato presencial, o Conversas +M será transmitido mais tarde no site. Se quiser assistir ao debate, pode inscrever-se aqui.

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Iberdrola garante preços da luz abaixo do mercado regulado em julho

A Iberdrola vai mexer nos preços da luz que pratica, e afirma que os clientes usufruirão "de uma poupança média de 10% face ao mercado regulado".

A Iberdrola vai mexer nos preços em julho, garantindo que estes ficam 10% abaixo do preço do mercado regulado.

Esta comunicação é feita um dia após o regulador ter informado que, a partir de julho, o mercado regulado vai manter os preços, mas este equilíbrio é conseguido depois de mexerem duas componentes: a tarifa de acesso às redes, que desceu menos que o esperado, pressiona o preço final; mas a tarifa da energia desce, por iniciativa do regulador, para compensar.

Ora, a tarifa de acesso às redes, quando muda no mercado regulado, muda de igual forma no mercado livre. Mas a tarifa da energia, que o regulador mudou de forma a manter os preços, no mercado livre fica à mercê da vontade dos comercializadores.

Neste sentido, a Iberdrola indica que vai descer em 28% o preço da energia “garantindo a todos os seus clientes um preço de eletricidade inferior à tarifa regulada. Os clientes da Iberdrola usufruirão, assim, de uma poupança média de 10% face ao mercado regulado“, lê-se no comunicado enviado às redações.

A empresa de energia afirma que, além destes ajustes, irá manter os descontos previstos nos contratos dos seus clientes. O objetivo, indica Rui Afonso, diretor-geral da Iberdrola, é “contribuir para uma maior estabilidade” junto dos clientes.

A ERSE aprovou a manutenção dos preços da eletricidade para o mercado regulado a partir de 1 de julho, de acordo com um comunicado divulgado na quinta-feira.

Segundo a ERSE, “face ao preço médio de 2022, os consumidores observam, em 2023, um acréscimo de 1% no preço de venda final”, e “devido à redução do preço de energia no mercado grossista, são expectáveis reduções dos preços finais dos consumidores industriais no mercado livre”.

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Por mês, cerca de 30 mil alunos estiveram sem professor, estima Fenprof

"Em média, durante todo o ano, mês a mês, houve cerca de 30.000 alunos que não tiveram professor pelo menos a uma disciplina", estima a Fenprof.

Num ano letivo fortemente marcado por sucessivas greves e manifestações, a Fenprof reitera que o principal problema do setor diz respeito à “falta de atratividade da profissão” e estima que, em média, durante o ano letivo 2022/2023 cerca de 30 mil alunos não tenham tido professor a, pelo menos, uma disciplina.

“Em relação ao ano letivo que terminará nos próximos quinze dias, a Fenprof reforça que os principais problemas residem na falta de atratividade da profissão, e, consequentemente, no agravamento da falta de professores nas escolas e de professores qualificados“, aponta o sindicato liderado por Mário Nogueira, acrescentando que todos os anos há “milhares de professores” a abandonar a profissão.

“O problema reside, também, no facto de o número dos que entraram nos cursos de formação inicial não compensar a aposentação crescente na última década”, afirma a Fenprof, acusando o Governo de “incapacidade” para colmatar este problema e alertando que “a situação vai agravar-se ao longo da década”.

“Em média, durante todo o ano, mês a mês, houve cerca de 30.000 alunos que não tiveram professor pelo menos a uma disciplina“, estima ainda a Fenprof, referindo que “o recurso fora da profissão, para tapar os buracos” resulta na diminuição da qualidade “e põe em causa a qualidade da resposta do serviço público de ensino”. “A falta de professores atingiu cerca de 300.000 alunos, durante, pelo menos, uma parte do ano letivo”, lê-se.

O braço de “ferro” entre Governo e sindicatos dos professores arrasta-se desde dezembro, com sucessivas greves e manifestações. Em março, e após cinco meses de negociações, o Governo aprovou o decreto-lei que regula o novo modelo de recrutamento e colocação de professores e em maio deu “luz verde” ao diploma que visa corrigir as assimetrias decorrentes dos dois períodos de congelamento da carreira.

Contudo, ambos os diplomas mereceram a reprovação dos docentes, que insistem na recuperação integral do tempo de serviço e no fim das vagas de acesso aos 5.º e 7.º sindicatos. O setor pede, inclusivamente, a retoma das negociações, mas o ministro da Educação já veio afastar essa hipótese.

Já sobre os rankings das escolas, depois de esta sexta-feira ter sido conhecida a queda dos estabelecimentos de ensino público, que apenas surgem em 39.º lugar, a Fenprof considera que estes são “uma fraude porque compara o incomparável” e “existem para promover o ensino privado”.

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Marcelo promulga decreto-lei que altera orgânica do Turismo de Portugal “apesar dos custos”

  • Lusa
  • 16 Junho 2023

Presidente sublinha, no entanto, os "custos de cíclicas" das mudanças orgânicas "em domínio tão sensível para a coerência da desejável coordenação estratégica e imagem externa de Portugal".

O Presidente da República promulgou esta sexta-feira o decreto-lei que altera a orgânica do Instituto do Turismo de Portugal, “apesar dos custos” que no seu entender resultam de “cíclicas mudanças orgânicas em domínio tão sensível”. O chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou a promulgação deste diploma do Governo através de uma nota no sítio oficial da Presidência da República na Internet.

Apesar dos custos de cíclicas mudanças orgânicas em domínio tão sensível para a coerência da desejável coordenação estratégica e imagem externa de Portugal, atendendo a que, ainda assim, se mantêm os delegados do Instituto do Turismo de Portugal, IP, na dependência funcional do embaixador ou chefe de missão, assim salvaguardando minimamente a unidade da diplomacia económica, o Presidente da República promulgou o diploma do Governo que procede à terceira alteração da orgânica do Instituto do Turismo de Portugal, IP., aprovada pelo decreto-lei nº 129/2012, de 22 de junho, na sua redação atual”, lê-se na nota.

O decreto-lei promulgado foi aprovado em Conselho de Ministros em 25 de maio. No comunicado dessa reunião o Governo refere apenas que este decreto-lei “altera a orgânica do Instituto do Turismo de Portugal, I. P., no sentido de garantir uma organização interna mais adequada aos atuais desafios e necessidades do setor”, sem mais detalhes.

A informação disponível à data no portal do Turismo de Portugal indicava que, em termos de orgânica, este estava estruturado em direções e departamentos de acordo com três áreas de atuação, planeamento, negócio e suporte.

O Turismo de Portugal é a Autoridade Turística Nacional, responsável pela promoção, valorização e sustentabilidade da atividade turística, e agregando numa única entidade todas as competências institucionais relativas à dinamização do turismo, desde a oferta à procura, segundo o seu portal.

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Primeiras ogivas nucleares transferidas para a Bielorrússia

  • Lusa
  • 16 Junho 2023

"Até ao final do verão, até ao final do ano, teremos concluído este trabalho completamente", anunciou o Presidente russo, Vladimir Putin.

A Rússia transferiu as primeiras armas nucleares táticas para a Bielorrússia, anunciou hoje em São Petersburgo o Presidente russo, Vladimir Putin.

“As primeiras ogivas nucleares foram entregues no território da Bielorrússia”, disse Putin, numa intervenção no Fórum Económico Internacional de São Petersburgo (SPIEF, na sigla em inglês). “Até ao final do verão, até ao final do ano, teremos concluído este trabalho completamente”, referiu.

A transferência de armas nucleares táticas russas para o país vizinho foi anunciada em março por Putin e pelo homólogo bielorrusso, Alexander Lukashenko. Estas primeiras entregas parecem ter sido aceleradas, depois de Putin ter afirmado, há uma semana, que o destacamento teria lugar em julho, segundo a AFP.

Putin disse que se trata de uma medida de dissuasão para “aqueles que estão a pensar em infligir uma derrota estratégica à Rússia”. Reiterou que as armas nucleares só podem ser utilizadas pela Rússia se houver uma ameaça à integridade territorial, à independência, à soberania e à existência do Estado russo.

“As armas nucleares foram criadas para garantir a segurança e a existência do Estado russo. Mas não há necessidade” de recorrer a elas, disse, segundo a agência espanhola EFE. Putin considerou que todos os debates em torno desta possibilidade “baixam o limiar para a utilização destas armas”.

A Rússia tem “mais armas do que os países ocidentais” e é por isso que querem “forçar-nos a começar a discutir” a sua eventual utilização, disse. “De maneira nenhuma”, afirmou, ao mesmo tempo que destacou que o facto de a Rússia ter superioridade em armas nucleares “é uma vantagem competitiva” para o país.

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, classificou a entrega de armas nucleares táticas russas à Bielorrússia como uma “provocação”, mas pediu cautela e descartou uma resposta nuclear de Washington. “Continuaremos a monitorizar a situação de perto e com cautela. Não temos motivos para reajustar a nossa política nuclear. Não há indícios de que a Rússia esteja a preparar-se para usar as armas”, disse o chefe da diplomacia norte-americana.

Blinken defendeu que a transferência deste tipo de armas para a Bielorrússia é mais uma “provocação” por parte do Kremlin e uma “decisão irresponsável” do Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, que acusa de estar a ceder a soberania ao país vizinho.

O secretário de Estado norte-americano disse que é irónico que o líder russo, Vladimir Putin, esteja a colocar armas nucleares táticas na Bielorrússia, quando um dos pretextos que usou para a invasão na Ucrânia foi justamente impedir que Kiev ficasse dotada de armas atómicas. Blinken lembrou que tanto a Ucrânia como a Bielorrússia desistiram voluntariamente das suas armas nucleares quando a União Soviética se desintegrou

Em 25 de março, Putin anunciou que Moscovo iria instalar armas nucleares táticas na Bielorrússia, um país vizinho da União Europeia (UE), alimentando o receio de uma escalada do conflito na Ucrânia. O anúncio suscitou críticas da comunidade internacional, em especial do Ocidente, dado que Putin tem levantado a possibilidade de usar armas nucleares desde que mandou invadir a Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.

As chamadas armas nucleares táticas podem causar danos imensos, mas a capacidade de destruição é mais limitada do que o das armas nucleares estratégicas. Os ministros da Defesa russo, Serguei Shoigu, e bielorrusso, Viktor Khrenin, assinaram em Minsk, no final de maio, documentos que regulam o armazenamento de armas nucleares não estratégicas no território da antiga república soviética.

Em abril, militares bielorrussos receberam formação na Rússia sobre a utilização de munições táticas especiais para os mísseis Iskander-M, capazes de utilizar não só armas convencionais, mas também nucleares. No mesmo mês, foi concluída a formação das forças bielorrussas para operar aviões de ataque Su-25, equipados para transportar armas nucleares táticas.

Shoigu deixou claro em maio, em Minsk, que Moscovo manterá o controlo sobre as ogivas e a decisão sobre a sua eventual utilização. “A Rússia não está a transferir armas nucleares para a República da Bielorrússia: o controlo sobre elas e a decisão de as utilizar continua a ser da parte russa”, disse Shoigu, citado pela EFE.

(artigo atualizado às 19h36 com mais informação)

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O sequestro de carbono em debate no Porto

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  • 16 Junho 2023

A próxima sessão do Ciclo de Conversas acontece no dia 22 de junho, às 18 horas, no Porto Innovation Hub. Esta é a sexta de 10 sessões, organizadas pela Câmara do Porto sobre a neutralidade carbónica.

A sexta conferência do “Ciclo de Conversas – Rumo à Neutralidade Carbónica 2030” irá decorrer na próxima quinta-feira, dia 22 de junho, pelas 18 horas, no Porto Innovation Hub.

Esta iniciativa acontece no âmbito do Pacto do Porto para o Clima e pretende incentivar a implementação de projetos tendo em vista a neutralidade carbónica da cidade já em 2030.

“O sequestro de carbono” é o tema da próxima sessão, moderada por Marta Pinto, Chefe da Divisão Municipal de Gestão Ambiental da Câmara Municipal do Porto, na qual serão abordadas soluções de captação de carbono. Irão ser abordadas soluções naturais, entre as quais as árvores, solos, massas de água e oceano, que podem desempenhar um papel fundamental como sumidouros de carbono, sendo soluções multifuncionais, económicas e imediatamente disponíveis para uma economia de baixo carbono, mas também as soluções mais tecnológicas para a mesma finalidade.

Têm sido feitos outros investimentos pelo mundo no desenvolvimento de tecnologias de sequestro de carbono, que constituem uma opção importante para a mitigação das emissões. Entre estas tecnologias em desenvolvimento e investigação, algumas das quais ainda sem grande maturidade, constam algumas que pretendem capturar o CO2 no ponto de emissão, submetê-lo a um processo químico, transformá-lo e armazená-lo em formações geológicas em profundidade. Existem, ainda, tentativas de capturar o dióxido de carbono diretamente do ar. No entanto, estas tecnologias enfrentam, ainda, desafios significativos em termos de viabilidade económica.

O sequestro de carbono da atmosfera é uma das vertentes mais desafiantes no que diz respeito ao papel da descarbonização e ao desígnio da neutralidade carbónica de qualquer território. No contexto da cidade do Porto, é através das soluções naturais que tem sido considerado o sequestro de carbono, nomeadamente através da preservação e expansão da área verde urbana com a criação de mais parques e jardins, aos quais se soma a plantação de árvores em espaços verdes e arruamentos.

Nesta sessão a discussão centrar-se-á em tentar perceber em que ponto se encontra a investigação sobre as possibilidades de sequestro de carbono, o desenvolvimento de tecnologias e o potencial das soluções de base natural como importante sumidouro de CO2, mesmo em área urbana.

Para debater estes e outros temas, a sexta conferência do Ciclo de Conversas contará com a presença de Isabel Sousa Pinto, Team Leader no CIIMAR; José Paulo Silva, Diretor da Port’Ambiente (grupo Veolia); e João Sousa Soutinho, Presidente e Co-fundador da VERDE – Associação para a Conservação Integrada da Natureza.

As inscrições são gratuitas, mas limitadas aos lugares disponíveis. Os interessados podem efetuar reserva aqui.

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Bruxelas pressiona países da UE a “restringir ou expulsar” Huawei das redes 5G

Executivo europeu já não tem reservas em declarar a Huawei um fornecedor de alto risco e vai agir em conformidade. Pede aos países que apliquem restrições o quanto antes. E não apenas no core do 5G.

A Comissão Europeia tem vindo a apelar aos Estados-membros para que apliquem restrições ou excluam os fornecedores de “alto risco” das redes 5G sem mais demora. Mas, esta quinta-feira, o executivo de Bruxelas aumentou a pressão ao anunciar que vai “evitar a exposição” das suas próprias comunicações a redes de operadoras que usem tecnologia da Huawei e ZTE, duas empresas chinesas. E não é tudo.

No dia em que foi conhecido o segundo relatório sobre a implementação da recomendação de 2020 que ficou conhecida por “5G Toolbox”, a Comissão Europeia deu um passo em frente ao declarar, diretamente e pela primeira vez, que “considera que a Huawei e a ZTE representam, de facto, riscos materialmente mais altos do que outros fornecedores 5G”. Como tal, prepara-se também para restringir a participação destas empresas em programas de financiamento da União Europeia (UE).

Esta semana, o Financial Times noticiou ter detetado o envolvimento da Huawei em 11 projetos apoiados pelo Horizonte Europa, um programa europeu dedicado à investigação e inovação. O financiamento total ascende a 3,89 milhões de euros, contabilizou o jornal britânico.

A análise à implementação da “5G Toolbox” concluiu que, até ao presente, 24 Estados-membros “adotaram ou estão a preparar medidas legislativas” que poderão culminar em restrições. Destes, uma dezena já impuseram restrições aos chamados fornecedores de “alto risco”.

“Atendendo à importância da infraestrutura de conectividade para a economia digital e a dependência de muitos serviços críticos de redes 5G, os Estados-membros devem atingir a implementação da Toolbox sem atraso”, avisou a Comissão Europeia esta quinta-feira, num comunicado.

Portugal deverá estar entre esses dez países que já aplicaram restrições à Huawei. No final de maio, foi tornada pública a deliberação de um organismo inserido no Conselho Superior de Segurança do Ciberespaço que, na prática, exclui das redes 5G, incluindo das partes periféricas, tecnologia fornecida por empresas que, por exemplo, tenham sede em países que não pertençam à UE, à NATO ou à OCDE. A Huawei tem sede na China.

O ECO noticiou entretanto que foi dado às operadoras um prazo de cinco anos para remover das redes 5G os equipamentos que cumpram os critérios definidos pelo referido organismo, designado por Comissão de Avaliação de Segurança. Para os componentes do core das redes 5G, a parte mais crítica da infraestrutura, o prazo será de três anos, embora seja público que as operadoras portuguesas não estão a recorrer a tecnologia da Huawei no chamado core. Algumas fontes ligadas a empresas do setor têm referido que o prazo de cinco anos poderá ser insuficiente.

A decisão portuguesa gerou controvérsia e apanhou o setor de surpresa por não se cingir ao core das redes 5G, mas também às partes periféricas, como as antenas. Alexandre Fonseca, co-CEO do grupo Altice, que detém a Meo em Portugal, disse este mês que o “nível de agressividade” da decisão portuguesa aparenta ser superior ao de outros países da UE. Esta quinta-feira, um responsável sénior da Huawei alinhou com essa opinião em declarações a jornalistas portugueses em Bruxelas, ao afirmar que a exclusão da Huawei do 5G em Portugal “aparenta ser mais restritiva do que as medidas tomadas por qualquer outro país europeu”.

Com o anúncio da Comissão Europeia desta semana, que menciona oficialmente a Huawei, pela primeira vez, como sendo um fornecedor de “alto risco”, a decisão portuguesa ganha outro enquadramento. No comunicado, a Comissão declara que “os Estados-membros devem garantir que as restrições devem cobrir ativos críticos e altamente sensíveis”, referindo especificamente a parte das redes onde se incluem as antenas. Precisamente o ponto em que Portugal terá ido mais longe do que os outros países, pelo menos na visão dos responsáveis referidos anteriormente.

A Huawei tem sido acusada ao longo dos últimos anos de ser um veículo de espionagem ao serviço da China, uma posição que serviu de base às sanções aplicadas à empresa em maio de 2019 pelo ex-Presidente dos EUA, Donald Trump. A Huawei tem negado veementemente estas acusações, afirmando não existirem provas de que a tecnologia que desenvolve é insegura e garantindo que a cibersegurança é a “prioridade”.

Acusações sem “base legal”, considera a Huawei

A Huawei reagiu oficialmente esta sexta-feira à posição mais dura de Bruxelas: “A Huawei opõe-se e discorda fortemente dos comentários feitos por representantes da Comissão Europeia. Claramente, isto não é baseado numa avaliação verificada, transparente, objetiva e técnica das redes 5G.”

“A Huawei compreende a preocupação da Comissão Europeia de proteger a cibersegurança dentro da UE. No entanto, as restrições ou exclusões baseadas em juízos discriminatórios vão colocar sérios riscos económicos e sociais. Vai prejudicar a inovação e distorcer o mercado da UE”, acrescenta fonte oficial da empresa chinesa.

Huawei considera que acusações da Comissão Europeia não têm “base legal”Flávio Nunes/ECO

Referindo-se ao facto de ser diretamente mencionada por Bruxelas pela primeira vez, a Huawei entende que a referência não tem “base legal” e “vai contra os princípios do livre comércio”. A empresa queixa-se de não ter sido alvo de um “procedimento justificado” e de não ter sido ouvida nesta matéria. “Como operador económico na UE, a Huawei tem direitos processuais e substanciais e deve ser protegida ao abrigo das leis da UE dos Estados-membros, bem como os seus compromissos internacionais”, rematou.

A Huawei levou um grupo de jornalistas portugueses a Bruxelas esta semana, incluindo do ECO, onde promoveu as práticas de cibersegurança que diz serem “a prioridade de topo” na empresa. A visita ao Huawei Cybersecurity Transparency Center, no coração da UE, serviu ainda para mostrar o local onde os clientes da marca podem aceder e testar o código-fonte do software da empresa num ambiente controlado. Vários responsáveis seniores da Huawei argumentaram que as restrições que estão a ser aplicadas em vários países europeus, incluindo em Portugal, são “políticas” e não “técnicas”.

Esta sexta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, declarou que a deliberação portuguesa que exclui a Huawei “não é negociável” e é “exclusivamente técnica”. “Tomaremos sempre as decisões que são importantes para salvaguarda da nossa segurança e da nossa soberania e nessa matéria não há negociação possível”, afirmou o governante.

Nota: O ECO viajou a Bruxelas a convite da Huawei Portugal.

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Nova empresa de transportes na região de Aveiro começa a operar em agosto

  • Lusa
  • 16 Junho 2023

A operação da Busway foi concessionada à empresa Nateev Express do grupo israelita Afifi. Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro vai pagar 1,2 milhões por ano.

A Busway vai começar a operar a partir de 1 de agosto em 11 concelhos da região de Aveiro, com 111 carreiras e um total de 120 autocarros, metade dos quais novos, foi anunciado esta sexta-feira. A data foi avançada pelo presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), Ribau Esteves, durante a apresentação da Busway, o novo concessionário de Transportes Públicos Intermunicipais.

Os pormenores da operação, que resulta de uma concessão adjudicada à empresa Nateev Express, do grupo israelita Afifi, serão divulgados numa sessão a ter lugar a 11 de julho. No âmbito do contrato assinado com a empresa israelita, a CIRA vai pagar cerca de 1,2 milhões de euros por ano para comparticipar os encargos do novo operador, que irá assegurar o serviço durante os próximos cinco anos.

Ribau Esteves referiu que se trata de uma mudança “muito complexa”, porque representa “a chegada de um novo operador que vem substituir um velho operador que aqui está há dezenas de anos”, deixando uma palavra de agradecimento ao grupo Transdev por “todo o trabalho que ainda fez e faz” no território.

A Busway irá assegurar os transportes municipais e intermunicipais nos 11 municípios da CIRA, excetuando o concelho de Aveiro, onde os transportes municipais continuarão a ser assegurados pela Aveirobus/Transdev. “Há um trabalho de inter-relação no interesse dos dois operadores e dos cidadãos para que se faça essa boa ligação da rede Busway e da rede Aveirobus”, adiantou Ribau Esteves, que também é presidente da Câmara de Aveiro.

Na ocasião, o presidente executivo do grupo Afifi disse que a empresa vai dar trabalho a 150 pessoas, entre os quais 120 condutores. O empresário israelita adiantou ainda que este é o primeiro negócio do grupo Afifi no setor dos transportes públicos em Portugal, onde já têm investimentos imobiliários e se preparam para investir no setor do turismo e hoteleiro.

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Ourique recebe Prémio Autarquia do Ano

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  • 16 Junho 2023

O município de Ourique foi distinguido na 4ª Edição do Prémio Autarquia do Ano, com o projeto “Educar para a arte - Oficina de Cante Alentejano”, na subcategoria de Incentivos ao Sucesso Escolar.

O Município de Ourique encontra-se na lista de vencedores que marca a 4ª Edição do Prémio Autarquia do Ano, com o projeto “Educar para a arte – Oficina de Cante Alentejano”, na categoria de Educação e na subcategoria de Incentivos ao Sucesso Escolar.

O objetivo do projeto premiado, implementado desde 2018, é promover a divulgação e a preservação do Cante Alentejano, considerado Património da Humanidade. Para isso, esta iniciativa tem vindo a fomentar o ensino do Cante Alentejano nas escolas, de forma a que os alunos do concelho de Ourique possam aprender e valorizar esta expressão cultural da região.

Com o objetivo de alcançar algumas necessidades, o município explica o desenvolvimento de todo o conceito por detrás deste projeto.

Qual o processo inerente à criação e implementação do projeto, que acabou por se tornar vencedor nesta 4ª Edição do Prémio Autarquia do Ano?

Ourique é um território com uma forte identidade rural, no Interior, onde se cruzam desafios associados à baixa densidade e ao enorme potencial produtivo da agricultura e pecuária. O projeto candidatado ao prémio cruza a ambição de renovar e afirmar as tradições, como o Cante Alentejano, junto dos mais jovens com a promoção do sucesso escolar, o investimento municipal na valorização dos processos de aprendizagem e a coesão social em torno das marcas de identidade. É uma das expressões da forte aposta municipal na educação, na disponibilização de apoios sociais e na projeção da ruralidade como fator diferenciador, com potencial de desenvolvimento local, cultural, económico e social.

Quais foram as razões e necessidades que levaram ao desenvolvimento do projeto em questão?

Nos últimos anos, as dinâmicas individuais e comunitárias estiveram muito condicionadas e provocaram a suspensão de atividades e o afastamento físico das crianças. Com a recuperação do pulsar das comunidades, o Município de Ourique disponibilizou por via do seu Projeto Educativo Municipal, o Projeto Educar pela Arte, onde se integram as Oficinas de Cante Alentejano, tendo como referência o trabalho já desenvolvido no âmbito do projeto “À descoberta do Saber”, independentemente das crianças que participaram virem a ser ou não cantadores, vão transportar consigo e dar continuidade a esta tradição. Nas atividades não se fala só das modas, mas também, do que é que elas significam, e, portanto, há toda uma aprendizagem e uma ligação à cultura do Alentejo. Além de dar realce às artes na educação, esta iniciativa, em 2021, concretizou o compromisso de valorizar as marcas de identidade através de respostas de proximidade que contribuem para o desenvolvimento individual e comunitário, num projeto liderado pelo professor José Diogo Bento, músico e formador de Cante Alentejano, um “filho da terra” que canta desde os 3 anos de idade, em articulação com os professores titulares de turma e professores das atividades extracurriculares que asseguram a contextualização necessária ao desenvolvimento das Oficinas em contexto educativo.

Como foi o processo de escolha da categoria a inscrever nesta 4ª Edição do Prémio Autarquia do Ano?

O “Educar para a Arte – Oficina de Cante Alentejano” é um projeto inovador, diferenciado e importante para a preservação das marcas de identidade, neste caso de uma expressão que é património da humanidade pela UNESCO. A escolha foi natural, mas na ação social, na área da educação e na valorização das marcas de identidade poderíamos ter outras candidaturas porque a estratégia local e o investimento municipal são muito relevantes, sempre com o foco nas pessoas e no território rural.

Presidente do Município de Ourique, Marcelo David Coelho Guerreiro.
Quais foram os resultados práticos da implementação do projeto em questão, junto da sua comunidade?

O Grupo Coral Infantil do Concelho de Ourique é hoje uma marca positiva da afirmação das tradições, da promoção de atividades que concorram para o sucesso escolar e da coesão social, pelos sentimentos positivos que geram nas crianças, nas famílias e na comunidade. Em relativamente pouco tempo, esta marca de identidade, já foi projetada pública e mediaticamente com grande êxito, pela participação em espetáculos, em colaborações com artistas nacionais e presenças em meios de comunicação social. Com o contributo de todos os envolvidos, é um espaço de afirmação individual e comunitário que suscita realização, orgulho e coesão em torno de valores positivos.

Como descreveria a relação entre o projeto em questão e os objetivos traçados pelo seu município para 2023?

O Cante Alentejano interpretado pelos mais jovens, sob a direção do professor José Diogo Bento, não só cumpriu boa parte dos objetivos iniciais como os superou em termos de afirmação pública do projeto, pelos espetáculos realizados, pela mobilização gerada e pelo reconhecimento obtido, em que o Prémio de Autarquia do Ano é uma expressão importante. Embalados pelas modas do cante do grupo infantil e pelo esforço sustentado de afirmação do Mundo Rural e da geração de melhores condições de vida, de atração e de fixação de população, o projeto contribui para a geração de dinâmicas positivas que contribuem para responder aos desafios estruturais e às novas realidades.

Quais as áreas e setores de atuação que foram mais impactados, positivamente, com o projeto em causa? Quais os seus pontos fortes?

Há naturalmente um impacto positivo nas crianças, na comunidade e na ambição de promover e valorizar as marcas de uma identidade rural de um território com muitas expressões tradicionais, um grande potencial produtivo e impulsos inovadores. A Oficina de Cante Alentejano teve uma projeção tão positiva na realização dos participantes, gerando melhores condições para as aprendizagens, que o grande desafio é conseguir manter um nível de sustentação da atividade que consolide o projeto e continue a gerar mobilização e orgulho junto da comunidade. O foco estará sempre nas crianças, na valorização das aprendizagens, na sua realização pessoal e na coesão social e territorial.

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Itália, Polónia e Suécia avançam com candidatos para liderar BEI

Do lado italiano, Daniele Franco, ministro das Finanças do governo de Mario Draghi, é o candidato. Por sua vez, a Polónia avança com Teresa Czerwinska e a Suécia com Thomas Ostros.

Itália, Polónia e Suécia já apresentaram os seus respetivos candidatos para liderar o Banco Europeu de Investimento (BEI), de acordo com fontes próximas do processo ouvidas pela Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês). Estes três países dão, assim, o “tiro” de partida nas negociações para substituir o alemão Werner Hoyer. Na quinta-feira, Espanha também anunciou que vai apresentar um candidato.

Do lado italiano, Daniele Franco, ministro das Finanças do governo de Mario Draghi, é o candidato do país liderado por Giorgia Meloni. Por sua vez, a Polónia avança com Teresa Czerwinska, atualmente vice-presidente do BEI. Já a Suécia, anunciou que iria nomear Thomas Ostros, também vice-presidente desta instituição.

Na quinta-feira, a vice-primeira-ministra espanhola, Nadia Calviño, adiantou que Espanha também vai apresentar um candidato para substituir o alemão Werner Hoyer na liderança do BEI. Contudo, a ministra sublinhou que “a substituição do atual presidente não ocorrerá até o final do ano e o que está em curso é um processo informal”.

Questionada pela agência de notícias, o BEI referiu apenas que caberá aos Estados-membros a escolha do próximo presidente. O prazo-limite para a apresentação de candidaturas é até esta sexta-feira, sendo que o cargo ficará disponível a partir de janeiro do próximo ano.

Criado 1958, o BEI é atualmente liderado por Werner Hoyer que foi reconduzido para um segundo mandato em 2018. O alemão está desde 2012 ao leme da instituição.

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Lançada hoje no Algarve campanha nacional para combater desperdício de água

  • Lusa
  • 16 Junho 2023

De âmbito nacional, a campanha "Água é vida -- não a desperdice" arranca no Algarve, região que é atualmente a mais afetada pela seca e escassez de água e que no verão quase duplica a populaçã

Entidades do setor da água uniram-se para lançar esta sexta-feira uma campanha de sensibilização para a redução dos consumos e promover práticas para o uso eficiente deste recurso, que incluirá ações em praias, centros comerciais e grandes eventos.

De âmbito nacional, a campanha “Água é vida — não a desperdice” terá o arranque no Algarve, região que é atualmente a mais afetada pela seca e escassez de água e que no verão quase duplica a população, refere a Águas do Algarve em comunicado.

Em declarações à Lusa, a porta-voz da Águas do Algarve considerou que apesar de haver soluções estruturais já em curso, como o aproveitamento de águas residuais tratadas, o reforço do sistema multimunicipal e a aposta em novas origens de água, é preciso que todos assumam responsabilidades.

“Importa desmitificar que é, de facto, urgente que cada um de nós assuma a responsabilidade de adotar novos comportamentos de eficiência, como fazendo parte do nosso dia-a-dia, todos os dias, e não apenas quando há falta de água, o que fará toda a diferença no consumo total de água”, refere Teresa Fernandes.

Segundo a responsável, ao longo de todo o verão, e até que se considere essencial, a campanha irá implementar um conjunto de ações no terreno, nesta primeira fase com uma vertente mais informativa, passando depois para ações em praias, centros comerciais e grandes eventos.

“Todos devemos contribuir para diminuir o consumo de água, ajustando comportamentos, fazendo um uso adequado do recurso e combatendo o desperdício”, acrescentou, indicando que a campanha se dirige não apenas aos residentes, mas também aos turistas que se encontram no país e no Algarve.

As iniciativas vão ser promovidas pela Águas do Algarve, a Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL) e a Região de Turismo do Algarve (RTA) e contam com o envolvimento de diferentes associações hoteleiras e de restauração algarvias para apelar a residentes e turistas que não desperdicem água.

A campanha alerta para a importância da água e faz um apelo a todos para a adoção de comportamentos que contribuam para o bom uso do recurso, alertando para o facto de uma torneira aberta poder gastar 12 litros de água em apenas um minuto.

Segundo a campanha, se cada pessoa desperdiçar um minuto de água por dia em Portugal, são 120 milhões de litros de água, o suficiente para satisfazer as necessidades básicas diárias de um milhão de pessoas.

No início de junho, o Governo anunciou medidas restritivas ao consumo de água no sotavento algarvio e pretende reduzir em 15% o consumo da água das massas subterrâneas no Algarve.

O anúncio foi feito pelo ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro, após uma reunião da comissão de acompanhamento dos efeitos da seca, quando um terço do país, especialmente no Alentejo e Algarve, está em seca severa e extrema.

Segundo dados fornecidos pela Águas do Algarve à agência Lusa, referentes a 09 de junho, o volume de água nas barragens algarvias continua em queda, com a Barragem de Odeleite, a apresentar a maior descida face à semana anterior (37%).

Com uma capacidade útil total de 108 hectómetros cúbicos (hm3), a Barragem de Odeleite, em Castro Marim, apresenta um volume útil atual de 40,54 hm3. Também no sotavento, o Beliche apresenta um volume de 14,02, para uma capacidade total de 42,89 e a barragem de Odelouca, em Silves, um volume de 24,41 hm3 para uma capacidade total de 128,20 hm3.

A campanha envolve o grupo Águas de Portugal (AdP), onde se insere a Águas do Algarve, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), com o financiamento do Fundo Ambiental do Ministério do Ambiente e Ação Climática.

Para além destes, conta ainda com outros parceiros, nomeadamente a AMAL, RTA, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve, Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), Associação dos Industriais Hoteleiros e Similares do Algarve (AIHSA), Associação Da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) e Associação dos Hotéis de Portugal (AHP), entre outros.

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Team Lidl. Colaboradores dão a cara em nova campanha de employer branding do retalhista

Setenta colaboradores surgem agora como embaixadores do retalhista alimentar na campanha "Novas Caras Lidl".

“Novas Caras Lidl” é a nova campanha de employer branding do Lidl, reforçando o posicionamento do retalhista de que se trata de uma empresa diferente a “que ninguém fica indiferente”. Setenta colaboradores surgem agora como embaixadores do retalhista alimentar.

“O investimento transversal na sua política de recursos humanos é uma das prioridades do Lidl, que conta com quase 9 mil colaboradores em Portugal, distribuídos por mais de 270 lojas de Norte a Sul do país e quatro direções regionais, para além da sede”, refere o retalhista em nota enviada às redações.

No ano passado, o retalhista lançou a campanha “É por sermos diferentes que ninguém fica indiferente”, que dá agora um novo passo: são os “colaboradores Lidl que passam a ser o novo rosto da marca, não só internamente, mas também para o exterior, na campanha ‘Novas Caras Lidl’“, refere.

Com esta campanha, que dá visibilidade a 70 colaboradores, a marca aposta “numa comunicação mais dinâmica, humana e autêntica, reforçando a proposta de valor da empresa, em que os colaboradores serão os principais porta-vozes do retalhista, dando o seu testemunho em ‘primeira mão’.”

“Novas Caras Lidl ” visa reforçar o “orgulho de pertencer ‘à família Lidl’ e sublinhar o quão diferente é a cultura da empresa, espelhando o seu compromisso com os seus colaboradores e o desenvolvimento de talento, com foco no bem-estar e em proporcionar as melhores condições — desafiando potenciais candidatos a juntarem-se a esta ‘grande família’.”

Contrato sem termo, formação paga pela empresa, “um salário que valoriza quem continua a desenvolver-se connosco ano após ano, assim como a possibilidade de continuar a crescer”, opção de “poder trabalhar em qualquer dos 31 países” onde o retalhista atua são algumas das vantagens destacadas pela marca.

Este ano, pelo segundo ano consecutivo, o Lidl foi o único retalhista em Portugal a ser distinguido com certificação Top Employer 2023, atribuída pelo Top Employers Institute.

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