Venda da Cimpor à Taiwan Cement sem entraves na Concorrência

Regulador português não se opôs à venda de 60% da Cimpor pelo fundo Oyak à Taiwan Cement Corporation (TCC), anunciou a cimenteira esta sexta-feira.

A Cimpor está cada vez mais perto de ser detida na totalidade pela Taiwan Cement Corporation (TCC). Esta sexta-feira, a empresa comunicou que a Autoridade da Concorrência (AdC) não se opôs ao negócio entre a TCC e o Fundo de Pensões do Exército da Turquia (Oyak), que controla 60% da cimenteira portuguesa.

A não oposição da AdC em Portugal significa mais um passo no sentido da concretização da transação, depois de a operação também ter tido “aprovação pela Autoridade de Concorrência turca” no passado dia 18 de janeiro, segundo a Cimpor. “Assim que os processos estiverem concluídos, a Cimpor Portugal Holdings passa a ser detida a 100% pela TCC”, refere a cimenteira.

Segundo o comunicado divulgado esta sexta-feira, “até ao momento, o processo tem decorrido nos timings esperados pelas duas partes, com algumas decisões a serem confirmadas, nomeadamente a posição das autoridades da concorrência de Taiwan e da China”.

“A TCC aumenta a sua participação na Cimpor como sinal de confiança internacional na economia portuguesa”, sublinha a nota, destacando a “capacidade de produção de excelência da Cimpor, aliada aos seus recursos humanos e ao alargado conhecimento em engenharia”. “Elementos determinantes para a decisão da TCC”, frisa.

“Neste sentido, não existirão alterações na estrutura de gestão de liderança e os colaboradores continuarão a fazer parte do caminho de crescimento da empresa no mercado português e internacional”, lê-se no mesmo comunicado. Em novembro, a Bloomberg noticiou que a fatia de 60% da Cimpor seria vendida por 480 milhões de euros, avaliando a empresa nacional em 800 milhões de euros.

Importa recordar que, em simultâneo, o fundo turco está a vender uma participação de 20% na Oyak Denizli Cement à TCC, que já detém 60%. Esta sexta-feira, no comunicado, a Cimpor sublinha que a TCC “tornar-se-á o terceiro maior operador no mercado mundial do cimento” com estas duas transações.

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Grandes empresas esperam exportar mais em 2024

Incerteza quanto à evolução dos preços é apontada como um fator que influencia muito as previsões de exportação de bens para 2024, bem como novas linhas de produção, novos produtos e mercados.

As grandes empresas exportadoras antecipam um aumento das vendas ao exterior este ano. A expectativa é de um acréscimo nominal de 2,9% nas suas exportações de bens, impulsionado, sobretudo, pela venda de máquinas. Um otimismo que poderá, no entanto, ser temperado pelo “elevado grau de incerteza quanto aos desenvolvimentos do enquadramento internacional”.

“As empresas exportadoras perspetivam um aumento nominal de 2,9% das suas exportações de bens em 2024, contrariando a trajetória de decréscimo observada nos dados do Comércio Internacional de Bens no período acumulado de janeiro a novembro de 2023, em que as exportações recuaram 1,1%”, avança o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Fonte: INE

No inquérito às perspetivas de exportação de bens (IPEB) para 2024, realizado em novembro de 2023, as empresas antecipam que os maiores acréscimos (+4,5%) são esperados nas exportações de máquinas, outros bens de capital, dos quais se exclui o material de transporte, e seus acessórios. Já ao nível do material de transporte e acessórios, a progressão esperada é de 4,3%. Em sentido contrário estão os “fornecimentos industriais não especificados noutra categoria, a única categoria em que se prevê um decréscimo, de cerca de 0,7%”, detalha o INE.

O INE explica ainda que, como o inquérito foi realizado em novembro do ano passado, e se baseia em perspetivas de crescimento, os resultados “devem ser encarados como indicando tendências condicionadas pela informação disponibilizada pelas empresas no período de resposta”. Ou seja, “as perspetivas das empresas quanto às suas exportações de bens para 2024 poderão também refletir, em elevado grau, a incerteza quanto aos desenvolvimentos do enquadramento internacional“.

À semelhança de aos anteriores, a incerteza quanto à evolução dos preços volta a ser apontada pelas empresas como um fator que influencia de forma significativa as suas previsões de exportação de bens para 2024, bem como novas linhas de produção ou novos produtos e mercados.

Empresas maiores e mais inovadoras estão mais otimistas

As expectativas de progressão das vendas de bens ao exterior este ano são diferentes entre os vários setores, sendo que o crescimento pode resultar, para uns, de aumentos dos preços ou da implementação de novas linhas de produção.

Mas também há empresas que perspetivam uma “redução da atividade exportadora decorrentes da antecipação da contração da procura, de paragens programadas ou descontinuidade de linhas de produção, em resposta às condições de mercado, às disrupções nas cadeias de valor global e aos aumentos nos custos dos fatores de produção”. Neste caso, segundo o INE, são apenas as micro empresas (com menos de dez pessoas ao serviço, que representam apenas 5% das empresas analisadas) que preveem uma diminuição das suas exportações de bens em 2024 (-3,8%), contrariando a expectativa da globalidade das empresas que responderam (+2,9%).

As grandes empresas (com 250 ou mais pessoas ao serviço, que representam 15% das empresas em análise) esperam aumentos de 4,7%, as médias empresas de 3,2% (sendo que estas constituem 52% das empresas em análise) e até as pequenas empresas (que pesam 28% na amostra) antecipam um crescimento de 0,9%. Da mesma forma, as empresas que integram grupos económicos, que representam cerca de metade das empresas inquiridas, são mais otimistas, já que preveem um acréscimo de 4,2% das suas exportações em 2024, enquanto as que não pertencem a um grupo económico esperam uma ligeira diminuição (-0,7%).

“No que respeita às empresas por tipo de tecnologia, as classificadas em setores de baixa e média baixa tecnologia antecipam um crescimento mais significativo (+4,6%) do que as de alta e média alta tecnologia (+2,8%)”, precisa o INE.

Ainda assim, as empresas inovadoras são as mais confiantes. As que “indicaram ter desenvolvido atividades de inovação no âmbito do CIS3 – Inquérito Comunitário à Inovação 2020, perspetivam aumentos mais significativos das suas exportações de bens em 2024 (+5,7%), enquanto as empresas consideradas como não inovadoras esperam um acréscimo de 1,2%”, escreve o INE, ressalvando que as atividades de inovação incluem inovação de produto e/ou de processo e, portanto, com impacto que pode ser significativo na diferenciação das empresas nos mercados internacionais.

(Notícia atualizada com mais informação)

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Google já atribuiu a Portugal mais de oito milhões de euros de fundos de inovação para os media

  • Lusa
  • 26 Janeiro 2024

A Google Portugal apoiou projetos de inovação, promoveu a formação de jornalistas, fechou acordos com 50 publicações portuguesas e estabeleceu uma parceria com a Global Media.

A Google atribuiu a Portugal “mais de oito milhões de euros” de fundos de inovação DNI (Digital News Innovation Fund) e até à data fechou acordos com publicações portuguesas para fazerem parte dos Destaques Jornalísticos da tecnológica.

Esta informação foi avançada esta sexta-feira pelo country manager da Google Portugal, Bernardo Correia, no blogue da tecnológica, num texto com o título: “A nossa contribuição para a indústria de notícias em Portugal“.

“Apoiámos múltiplos projetos de inovação através do Digital News Innovation Fund, financiando projetos como o estúdio de vídeo do Jornal de Notícias ou o estúdio de rádio do Observador”, sendo que, “no total, foram atribuídos a Portugal mais de oito milhões de euros de Fundos de Inovação através do DNI“, salienta Bernardo Correia.

Em 2021, “lançámos o Google News Showcase em Portugal sob o nome de Destaques Jornalísticos no Google, a nossa experiência de notícias online e programa de licenciamento para editores de notícias”, sendo que “os editores participantes podem criar painéis no News Showcase (Destaques Jornalísticos) que aparecem no Google Notícias e no Discover, oferecendo aos leitores mais maneiras de interagir com as notícias e direcionando-os para artigos completos nos websites das suas publicações”, adianta.

Até à data, “fechámos acordos com 50 publicações portuguesas, nacionais, regionais e locais para fazerem parte do Google News Showcase (Destaques Jornalísticos no Google)”, refere Bernardo Correia.

“Mais recentemente, e agora que a transposição nacional da diretiva de direitos de autor (EUCD) para Portugal foi concluída, contactámos os editores de publicações de imprensa elegíveis em Portugal para celebrar acordos (ao abrigo do programa Extended News Preview – ENP) com a Google para este tipo de conteúdo”, prossegue.

Todas as propostas feitas aos editores portugueses “foram baseadas em critérios objetivos e consistentes que respeitam as leis e as diretrizes dos direitos de autor existentes, incluindo a frequência de exibição de um website de notícias e a receita gerada por anúncios nas páginas que também exibem excertos de notícias”.

Até agora, “assinámos acordos que representam a grande maioria do tráfego de notícias em Portugal (ao abrigo do programa Extended News Preview – ENP)”, aponta.

No ano passado, “a Google e a Fundación Luca de Tena assinaram um acordo de colaboração com o Google News Initiative (GNI) para proporcionar formação a 100 jornalistas em Portugal na utilização de ferramentas de verificação, big data, visualização de dados, novos formatos e outras ferramentas digitais úteis de forma a poderem desenvolver o seu trabalho informativo”.

Com o ISCTE, “o GNI financiou 20 bolsas de estudo a jornalistas para uma pós-graduação online em jornalismo, focada em encontrar respostas à questão: como podemos inovar nas práticas jornalísticas e fazer as coisas de forma diferente? Paralelamente, os alunos têm a oportunidade de trabalhar também no GNI Lab para desenvolver práticas jornalísticas inovadoras”.

Este ano “espera-se que mais de dois mil milhões de pessoas votem em mais de 50 eleições por todo o mundo, incluindo na União Europeia e em breve em Portugal”.

Nesse sentido, “e apoiada pelo Google News Initiative, a Agence France-Presse (AFP) lançou recentemente um novo programa destinado a jornalistas e a estudantes de jornalismo, com o objetivo de enfrentar os desafios crescentes associados à desinformação em torno dos processos eleitorais à escala global“.

Bernardo Correia salienta que “todos os cursos de investigação digital da AFP estão disponíveis em quatro idiomas: inglês, francês, espanhol e também em português” e “os participantes que concluírem integralmente o curso online gratuito vão receber dois certificados”.

A Google Portugal contribuiu com “25 milhões de euros para lançar o Fundo Europeu para os Media e Informação, criado pelo European University Institute e pela Fundação Calouste Gulbenkian, sob a supervisão do European Digital Media Observatory, para reforçar a verificação de factos, a literacia mediática e a investigação sobre a desinformação”.

Bernardo Correia salientou ainda que “recentemente” estabeleceu “uma parceria com o Global Media Group para conceber um novo e melhor sistema de gestão de conteúdos para 13 meios de comunicação históricos portugueses”.

A Google Portugal “orgulha-se dos progressos alcançados até agora e compromete-se a continuar a parceria com a indústria de notícias deste país para garantir que os Portugueses continuem a encontrar notícias relevantes e de qualidade”, remata.

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Energias renováveis: quais os desafios a superar?

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  • 26 Janeiro 2024

O setor das energias renováveis é a grande aposta para um futuro sustentável, mas ainda há desafios que atrasam este processo. Conheça-os aqui e saiba como ultrapassá-los.

O planeta está, cada vez mais, a esgotar os seus recursos mais cedo e todos os anos a preocupação com as emissões de gases com efeito de estufa e outras atividades poluentes tem levado a que o tema das energias renováveis receba mais atenção.

Ainda assim, a adoção desta energia limpa parece ser um processo demorado e isso justifica-se pelos inúmeros desafios que se atravessam na sua implementação.

Saber quais são esses desafios e perceber como eles podem ser superados foi a alavanca para que a KPMG se dedicasse ao estudo global “Mudar a maré na expansão das energias renováveis”, que avalia as realidades em diferentes países.

Em entrevista ao ECO, Susana Abreu, Partner de Audit & Assurance da KPMG Portugal, apresenta os resultados desse estudo, e que resultaram na enumeração de dez desafios que vão definir a era das energias renováveis.

"Olhando de uma forma transversal para a informação que o estudo nos fornece, podemos falar dos seguintes desafios: pouca flexibilidade dos mercados; a relativa dificuldade de acesso a capital; falta de investimento em infraestruturas; dificuldades com planeamento e licenciamento; as limitações nas soluções de armazenamento; a complexidade das cadeias de abastecimento; o difícil acesso a matérias primas; necessidade de preservação da natureza e biodiversidade, licença social para operar e, finalmente, a necessidade de potenciar investimentos em renováveis em mercados emergentes.”

Susana Abreu, Partner de Audit & Assurance da KPMG Portugal

Quais as soluções?

No entanto, além da apresentação dos desafios, este estudo também se focou nas soluções para que os mesmos, segundo a responsável pela KPMG, passem pela atualização da rede, de modo a integrar mais renováveis, pelo investimento em edifícios para que sejam mais eficientes do ponto de vista energético, e pela eletrificação dos transportes.

Estas são algumas das medidas para as quais é necessária disponibilidade de capital. No passado, as energias renováveis de capital intensivo beneficiaram de taxas de juro baixas, sistemas de incentivo e baixas taxas de inflação, que mantiveram o custo do capital relativamente baixo. Mas a subida das taxas de juros aumentou significativamente o custo do capital para os projetos de energias renováveis, o que tem dificultado a sua adoção”, admitiu.

Adicionalmente, Susana Abreu destacou, ainda, a importância de assegurar uma maior fluidez das cadeias de abastecimento: “Os problemas nas cadeias de abastecimento têm sido uma das principais causas de atrasos nos projetos de energia eólica offshore. Os conflitos internacionais também têm sido um fator de limitação para o desenvolvimento da adoção e produção de energias renováveis, sendo necessário identificar alternativas no que diz respeito às cadeias de abastecimento”.

O reforço dos compromissos assumidos no Acordo de Paris, nomeadamente na COP 28, coloca os investimentos em renováveis no topo das agendas, o que se revela essencial para a mobilização de capitais e incentivos e agilização de processos administrativos”, continuou.

O impacto da tecnologia nas energias renováveis

Quando questionada sobre os benefícios que os avanços tecnológicos podem trazer ao setor das energias renováveis, Susana Abreu considera que este será um fator muito importante, principalmente para o crescimento em escala destas energias.

"Um dos pontos relevantes é o armazenamento de energia não só em termos de capacidade de armazenamento, como de viabilidade financeira dos projetos. É necessário um armazenamento eficiente de energia para flexibilizar a produção de energia renovável e garantir sua integração no sistema.”

Susana Abreu, Partner de Audit & Assurance da KPMG Portugal

“Um dos pontos relevantes é o armazenamento de energia não só em termos de capacidade de armazenamento, como de viabilidade financeira dos projetos. É necessário um armazenamento eficiente de energia para flexibilizar a produção de energia renovável e garantir sua integração no sistema”, disse.

“A inovação pode ter ainda um papel relevante no acesso aos minerais críticos de que a transição energética necessita e pode vir também a melhorar a eficiência operacional e otimizar a produção de energia renovável. Numa perspetiva mais disruptiva e no longo prazo, há que manter sob observação as evoluções e promessas da fusão nuclear”, acrescentou.

As políticas governamentais podem impulsionar a transição?

Tendo em consideração o European Green Deal, o Plano Industrial do Pacto Ecológico e, mais recentemente, o Plano de Ação Europeu para a Energia Eólica, “facilmente se reconhecem exemplos de uma manifestação clara do papel que a Europa ambiciona em termos de liderança para a transição energética mundial e para demonstrar o contributo das energias limpas para a competitividade e sustentabilidade económica futura das indústrias”.

Foi neste seguimento que a Comissão Europeia já reviu, em junho de 2023, o Regulamento Geral de Isenção por Categoria (RGIC), de forma a simplificar e desburocratizar a atribuição de apoios, em conjugação com a implementação de um quadro temporário de transição e crise para fomento de medidas de apoio aos setores chave para uma transição para uma economia com emissões líquidas nulas.

"É neste contexto, e em consonância com o que temos assistido nos últimos anos, que as políticas governamentais (incluindo medidas fiscais) e os incentivos financeiros desempenham um papel preponderante na adoção e aceleração da implementação de medidas capazes de potenciar a transição para fontes de energia mais limpas e sustentáveis.”

Susana Abreu, Partner de Audit & Assurance da KPMG Portugal

Nesse seguimento, Susana Abreu apontou medidas como a limitação de emissões de carbono, o estabelecimento de padrões de eficiência energética para edifícios, veículos e indústrias, e a promoção da integração de energias renováveis na rede elétrica, acompanhadas pela atribuição de apoios – financeiros e fiscais – como soluções que ajudam os cidadãos e empresas a investir em fontes de energia renovável e acelerar o processo de transição energética.

“Mas não devemos esquecer que, neste percurso, impõe-se também o reforço, por um lado, dos apoios públicos para investigação e desenvolvimento de novas tecnologias e infraestruturas que, à data, ainda não alcançam a maturidade tecnológica desejada e, por outro lado, dos apoios para a formação do capital humano como resposta aos desafios na adoção destas fontes de energia alternativas e nas novas indústrias de impacto zero”, lembrou.

A partner da KPMG concluiu que “o trabalho de promoção da produção e adoção de energias renováveis não deve ser apenas dos Governos mas também das empresas e dos próprios cidadãos, que devem incorporar no seu dia-a-dia e nas suas operações a utilização deste tipo de energia”.

 

 

 

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Galp avança mais de 3% com boas notícias na Namíbia

Perfurações num promissor poço na Namíbia decorrem com sucesso, revela a Galp. Boas notícias levam ações da petrolífera a avançarem mais de 3% na bolsa.

As ações da Galp GALP 1,59% avançam mais de 3% na bolsa de Lisboa depois de a petrolífera nacional ter anunciado que as perfurações num promissor poço de petróleo na Namíbia foram bem-sucedidas.

“A Galp (80%, operadora), juntamente com os seus parceiros Namcor e Custos (10% cada), perfurou e registou com sucesso um alvo mais profundo (AVO-2) do poço Mopane-1X no bloco PEL83”, segundo informou a Galp ao mercado esta sexta-feira.

Foi justamente no AVO-2 que a Galp havia descoberto “uma coluna significativa de petróleo leve em areias portadoras de reservatórios de elevada qualidade”, conforme havia revelado no passado dia 10.

Agora a Galp espera que a plataforma seja relocalizada para o local do poço Mopane-2X no sentido de “avaliar a extensão das descobertas de Mopane”, devendo depois realizar um Teste de Formação em Mopane-1X.

“A Galp continuará a analisar os dados adquiridos durante as próximas semanas para avaliar a comercialidade das descobertas”, informa a petrolífera liderada por Filipe Silva.

Face a estes desenvolvimentos, a Galp avança 3,02%, para 14,505 euros, na sessão desta sexta-feira, acumulando uma valorização de 8% desde o início do ano. A petrolífera lidera os ganhos no PSI, que sobe 0,18% para 6.305,6 pontos.

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Alumínio minhoto detido por ingleses procura “casas” fora de França e Alemanha

A Gardengate, produtora de portões, portas e painéis em alumínio, emprega 500 pessoas num total de dez fábricas no Minho. Fatura 85 milhões de euros e vai abrir a primeira loja física em Braga.

Fundada há 27 anos por Adelino e Daniel Maiato da Costa, a fabricante de produtos em alumínio Gardengate soma dez fábricas entre Braga, Vila Verde e Amares, emprega cerca de 500 colaboradores e fatura 85 milhões de euros, sendo 96% destinados à exportação. Focada em “tornar-se o maior fabricante europeu de produtos em alumínio para a envolvente habitacional”, o grupo Gardengate vai abrir brevemente a primeira loja física do Grupo em Braga, na Rua Cidade do Porto. O objetivo passa por abrir mais lojas em outras localizações.

É uma loja piloto onde vamos testar o modelo de negócio. A primeira loja vai ser em Braga e depois poderemos abrir em outras localidades”, conta Pedro Costa, diretor de marketing do grupo Gardengate em declarações ao ECO/Local Online.

“A inauguração da Gardengate Store marca um marco significativo, sendo a primeira loja dedicada exclusivamente a produtos em alumínio para a envolvente habitacional em Portugal”, explica o grupo em comunicado. Acrescentando que um dos principais objetivos passa por “replicar o modelo da Gardengate Store noutras localidades, consolidando a presença no mercado nacional”.

Queremos replicar o modelo da Gardengate Store noutras localidades, consolidando a presença no mercado nacional.

Grupo Gardengate

Em outubro de 2019, o fundo CREST I adquiriu uma participação no Grupo Gardengate, empresa produtora de portões, portas e painéis em alumínio para jardins e entradas de habitações. Em outubro de 2021 alienou uma parte à britânica Equistone Partners Europe, ficando com uma participação minoritária. O fundador Adelino Maiato da Costa manteve a posição de CEO do grupo que detém as marcas Gardengate, Portaluxe, a Greendoor.

O ano de 2003 marca a aposta do grupo na internacionalização no mercado europeu. Atualmente, França é maior mercado do grupo ao representar 70% do volume de negócios, seguido de Alemanha. A produção do grupo que se assume como “líder no desenvolvimento, fabrico e comércio de produtos em alumínio” é feita exclusivamente nas dez fábricas minhotas da Gardengate.

“Neste momento somos referência em França e na Alemanha e este ano queremos alargar o nosso volume de vendas a mercados como o espanhol, italiano e Benelux. São os grandes objetivos para este ano”, realça Pedro Costa, formado em Engenharia Civil pela Universidade do Minho.

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“Continuamos menos otimistas que os mercados”, diz membro do BCE

Gediminas Šimkus, presidente do banco central da Lituânia, foi um dos três membros do Conselho do BCE que esta sexta-feira defendeu que o BCE seja mais conservador na gestão da política monetária.

A decisão do Conselho do Banco Central Europeu (BCE) de manter inalteradas as taxas diretoras pela terceira reunião consecutiva não surpreendeu ninguém, por conta das declarações que vários governadores vinham a fazer. A começar pelas intervenções de Christine Lagarde, presidente do BCE, que dias antes, no decorrer do Fórum Mundial Económico em Davos, atirou para o verão a realização dos primeiros cortes das taxas diretoras do BCE.

Esta sexta-feira, três governadores do BCE reforçaram a ideia transmitida na quinta-feira em conferência de imprensa por Lagarde, de que o BCE deverá manter uma postura mais conservadora no que respeita à condução da política monetária. Foi o caso de Madis Müller, que esta sexta-feira de manhã referiu que ser “demasiado cedo para se falar em cortes de taxas”.

O presidente do banco central da Estónia e membro do Conselho do BCE referiu ainda que “agora há demasiado pouca confiança de que a inflação tenha sido derrotada”, apesar de as últimas previsões dos analistas profissionais publicadas num inquérito do BCE, publicadas esta sexta-feira, apontarem para uma inflação de 2,4% este ano, 0,3 pontos percentuais abaixo da anterior previsão que apontava para uma taxa de inflação em 2024 de 2,7%.

Recorde-se que, na quinta-feira, poucos minutos antes de ser conhecida a decisão do Conselho do BCE de que as taxas continuariam inalteradas, os investidores antecipam que a autoridade monetária da Zona Euro cortasse as taxas entre 130 e 140 pontos base ao longo deste ano.

Também esta sexta-feira o governador do banco central da Lituânia veio colocar água na fervura nas expectativas dos investidores. “Continuamos menos otimistas que os mercados quanto à redução das taxas”, referiu Gediminas Šimkus, esta manhã, sublinhando ainda que “estou confiante de que os dados não suportarão um corte em março.”

Šimkus considera “ser mais provável que os cortes de taxas ocorram à medida que o ano avança”. No entanto, em virtude de poderem ocorrer apenas mais tarde, o presidente do banco central da Lituânia sublinha que o BCE deverá dar passos mais rápidos nesse sentido

“É possível cortar mais tarde, mas dando passos maiores”, referiu também esta sexta-feira o croata Boris Vujčić, notando, contudo, que “preferia reduções de um quarto de ponto (25 pontos base) nas taxas quando começarem.”

Apesar disso, o presidente do banco central da Croácia salientou que “o quadro geral [da Zona Euro] é, atualmente, bom”, sublinhando que “a economia está mais numa fase de estagnação do que de recessão”, como também mostram os dados publicados esta sexta-feira pelo BCE, que apontam para uma “ligeira contração do PIB real no último trimestre de 2023, seguida de uma recuperação lenta da atividade económica ao longo de 2024.”

Para 2024 e 2025, os resultados do mais recente inquérito do BCE aos analistas profissionais apontam para uma revisão em baixa de 0,3 e 0,2 pontos percentuais, respetivamente, com os analistas a anteciparem agora um crescimento do PIB de 0,6% em 2024 e de 1,3% em 2025.

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Euronext prepara sete empresas portuguesas para se lançarem em bolsa

As sete empresas nacionais que participam este ano no programa IPOready da Euronext já angariaram 1,1 milhões de euros em financiamento desde a sua fundação e veem a bolsa como o próximo passo.

Isabel Ucha está na Euronext Lisboa desde 2008 e desde 2019 que assumiu a presidência da empresa que gere a bolsa nacional.Hugo Amaral/ECO

Numa altura em que a Euronext Lisboa arrisca-se a perder mais uma empresa do seu principal índice, o grupo Euronext mostra-se empenhado contornar esta e outras saídas que possam ocorrer das suas bolsas através da captação de novas empresas.

É nesse sentido que esta sexta-feira é lançada mais uma edição do IPOready em Portugal, que este ano reúne o maior grupo de empresas desde o seu lançamento em 2015, com mais de 160 empresas de 15 países europeus, que procuram obter ferramentas e conhecimentos junto de uma série de especialistas para realizarem um IPO no futuro.

Foi isso que sucedeu com 28 das 920 empresas que já participaram neste programa ao longo dos últimos oito anos, incluindo três no ano passado – Florentaise (Paris), QEV (Amesterdão) e Yakkyo (Milão) – e uma portuguesa, a Raize em 2018.

Para este ano, o IPOready conta com sete empresas nacionais “que geram, em média, 21 milhões de euros em receitas anuais e empregam uma média de 144 funcionários”, refere a Euronext Lisboa em comunicado.

Entre estas empresas está o Doutor Finanças, uma empresa de intermediação de crédito que fechou 2022 com receitas acima dos nove milhões de euros como resultado de um crescimento médio anual de faturação de 38% desde 2020, e que no ano passado iniciou uma estratégia de crescimento assente num modelo de franchising de abertura de lojas pelo país.

“O nosso plano de crescimento a médio prazo prevê a internacionalização do Doutor Finanças. Neste contexto, uma entrada no mercado de capitais é uma excelente alternativa em termos de alavancagem financeira para este processo“, refere Paulo Velho Cabral, administrador financeiro do Doutor Finanças, ao ECO.

No entanto, refere que a empresa não tem “um timing fechado” para entrar em bolsa, confessando que a realização de um IPO não está nos seus planos nos próximos dois anos.

Além do Doutor Finanças, contam-se ainda seis outras empresas nacionais na edição deste ano do programa de pré-IPO da Euronext — Bring Global Services, Digidelta International, IMP Diagnostics, INOVA+ Innovation Services, Ophiomics e outra que preferiu manter o anonimato — que, em conjunto, “angariaram uma média de 1,1 milhões de euros em financiamento de capital próprio desde a sua criação”, refere a Euronext.

O leque de sete empresas do programa de 2024 é diverso, quer em setor quer em experiência, mas todas têm em comum uma visão de futuro ambiciosa, sendo um exemplo para muitos empresários”, refere José Pedro Luís, head of corporate and financial communications da H/Advisors CV&A — um dos quatro parceiros selecionados pela Euronext para acompanhar as empresas nacionais no programa que decorre até junho.

“Para o nosso workshop dedicado à área da comunicação corporativa e financeira, pretendemos demonstrar o impacto reputacional positivo de se estar em bolsa e explicar as regras e regulamentos de comunicar com o mercado de capitais“, destaca José Pedro Luís.

Além da CV&A no plano da comunicação, as sete empresas portuguesas serão acompanhadas por especialistas da CaixaBank BPI (banca), PWC (consultoria) e MLGTS (serviços jurídicos).

A edição deste ano do IPOready tem a novidade de passar a ser o programa único pré-IPO da Euronext, unindo os antigos programas TechShare, GoPublic, IPOready e FamilyShare sob a mesma estrutura e marca, e conta com a colaboração académica do INSEAD.

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Incubadora da ESA em Portugal quer “impulsionar” ideias de negócio espaciais

Programa destina-se a empreendedores, startups, PME, investigadores e estudantes que procurem criar ou impulsionar os seus negócios, com um apoio financeiro que varia entre 50 mil a 125 mil euros.

O ESA Space Solutions Portugal, coordenado pelo Instituto Pedro Nunes, abriu as candidaturas para o ESA Business Incubation Centre (ESA BIC) Portugal. A “maior rede de incubação na Europa” pretende apoiar startups e ideias de negócio que utilizem dados e tecnologias espaciais. O prazo para a submissão de candidaturas decorre até 10 de março.

O programa destina-se a empreendedores, startups, PME (até cinco anos), investigadores e estudantes, que procurem criar ou impulsionar os seus negócios. Os projetos selecionados irão contar com um apoio financeiro de 50 mil euros, ou investimento de até 125 mil euros em parceria com a Portugal Ventures.

O ESA BIC Portugal, o centro de incubação de empresas da Agência Espacial Europeia (ESA) no país, conta com uma rede de 15 incubadoras, incluindo nas Regiões Autónomas dos Açores e Madeira.

Em comunicado, o Instituto Pedro Nunes realça que o ESA BIC Portugal promove, desde 2014, a criação de empresas no setor espacial, bem como a transferência e a comercialização de tecnologias espaciais.

A iniciativa, que conta com o apoio da ESA, da Anacom e da Portugal Ventures, já apoiou 58 startups que utilizam tecnologia espacial para inovar e criar novos produtos e serviços. Em 2022, essas startups geraram uma receita total de cerca de 6,2 milhões de euros e uma taxa de exportação de 60%.

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Investidores imobiliários pedem fim do escalão máximo de IVA para a construção

  • Lusa
  • 26 Janeiro 2024

Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários (APPII) propõe um conjunto de medidas para resolver a crise da habitação, onde se inclui a redução do IVA aplicado à construção.

A Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários (APPII) propõe um conjunto de medidas para resolver a crise da habitação, onde se inclui uma reforma fiscal, nomeadamente a redução do IVA aplicado à construção. “Portugal vive há vários anos uma crise ímpar no setor da habitação que se vem agudizando, a APPII considera que não se pode esperar mais e que é este o momento para agir”, defendeu, em comunicado.

Neste sentido, a associação apresentou um conjunto de medidas base para iniciar a resolução deste problema. Em matéria fiscal, propõe o fim da aplicação do escalão máximo de IVA de 23% para a construção e do Adicional ao Impostos Municipal sobre Imóveis (AIMI). Para a associação, a carga fiscal no setor da habitação é excessiva, podendo situar-se entre os 40% e 50% (incluindo todas as taxas). É assim urgente implementar uma reforma fiscal para este setor, “que permita construir mais casas para todos os portugueses”.

Por outro lado, pediu confiança e estabilidade legislativa, sublinhando que para atrair investidores é necessário criar um “pacto de regime com incentivos para quem se comprometer a construir habitação nova, com a garantia de que essas medidas vão vigorar durante 10, 20, 30 anos”. A isto soma-se, no caso do arrendamento, um equilíbrio entre a proteção ao inquilino e ao proprietário, o que disse nunca ter acontecido dessa forma.

Os promotores e investidores imobiliários recomendam igualmente que seja levada a cabo uma “melhoria significativa” no processo de licenciamento urbanístico. Neste âmbito, reclamam a criação de uma estratégia nacional, com o objetivo de criar mais habitação para todos e uma aprovação mais ágil dos projetos residenciais, tendo em conta que quanto mais longo for o prazo de aprovação, “mais onerosa fica a construção”.

Apesar de classificar o simplex como “um bom primeiro passo”, a associação disse que existem algumas dúvidas, nomeadamente, quanto à sua aplicação prática e pede ainda a “aprovação rápida” de um código da construção.

Segundo a mesma nota, é ainda sugerida a criação de incentivos para investidores que queiram apostar na criação de habitação nova, o levantamento e venda de património devoluto do Estado para construção de habitação acessível, bem como a cedência de terrenos públicos para este mesmo fim.

Soma-se a criação de linhas bonificadas para a construção acessível, IVA reduzido em matérias ligadas à construção verde e para projetos de arrendamento acessível e a isenção de impostos e taxas na compra de terrenos para projetos de arrendamento acessível.

A associação pediu igualmente incentivos para os jovens, como a criação de linhas bonificadas para a compra de casa de pessoas até 30 anos e a isenção do IMT e Imposto do Selo aos jovens “para ajudar a mobilidade habitacional”.

Fundada em 1991, a APPII representa as principais empresas de promoção e investimento imobiliário nacionais e estrangeiras, que atuam em Portugal. De acordo com os dados divulgados pela associação, o setor da promoção e investimento imobiliário é responsável por 15% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional.

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Assis renuncia à presidência do CES por ser candidato do PS

  • ECO
  • 26 Janeiro 2024

Francisco Assis justifica a demissão por considerar ser "eticamente incompatível" permanecer na presidência do CES, que assumiu em 2020, enquanto é também candidato do PS à Assembleia da República.

Francisco Assis renunciou à presidência do Conselho Económico Social (CES) por ser candidato a deputado do PS, como cabeça de lista no círculo eleitoral do Porto, nas eleições de 10 de março. Será substituído interinamente pela socióloga Sara Falcão Casaca, avança o Público.

“É eticamente incompatível ter sido eleito por uma maioria de dois terços da Assembleia da República, num consenso partidário alargado, e agora ser candidato por apenas um desses partidos”, justificou Francisco Assis, que presidia ao CES desde 2020, em declarações ao jornal.

Para a próxima segunda-feira, 29 de janeiro, está agendada uma reunião do conselho coordenador do CES, no qual a atual vice-presidente Sara Falcão Casaca será nomeada presidente interina. No dia 7 de fevereiro, a nova presidente do CES deverá ser sufragada no cargo, desempenhando funções até que o Parlamento volte a eleger uma personalidade para a presidência do conselho, após as legislativas.

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“Autobaixas” disparam à segunda-feira e antes ou depois de feriados

  • ECO
  • 26 Janeiro 2024

Empresas suspeitam de "uso abusivo" do mecanismo que permite requerer baixa sem se ser visto por um médico.

Entre maio de 2023 e 22 de janeiro deste ano foram ativadas 312.876 autodeclarações de doença junto do SNS24, uma média de 1.100 “autobaixas” por dia. Ora, os dados dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), noticiados pelo Expresso, mostram também que os dias que concentram o maior uso deste mecanismo, que permite a um trabalhador justificar a ausência ao trabalho por três dias (não remunerados) sem ser visto por um médico, são as segundas-feiras e os que antecedem ou sucedem a feriados.

Na última semana de 2023 e na primeira deste ano surgiram denúncias tanto de empregadores do setor privado como de constrangimentos em alguns serviços públicos. Das mais de 300 mil “autobaixas” emitidas nos últimos quase nove meses, 54.606 foram ativadas em dezembro, com o dia 27 — uma quarta-feira, logo a seguir ao Natal e à tolerância de ponto concedida pelo Governo aos funcionários públicos — a registar o maior número de emissões. O recorde máximo diário foi atingido, precisamente, na quarta-feira seguinte, dia 3 de janeiro (5.907).

Embora os números relativos ao último mês do ano (nestas semanas em concreto) coincidam com o pico da gripe, o que poderá também ajudar a justificar o aumento de “autobaixas” emitidas nesse período, algumas empresas suspeitam de “uso abusivo” do mecanismo, apontando o dedo à falta de fiscalização. O presidente da CIP — Confederação Empresarial de Portugal, Armindo Monteiro, relata “constrangimentos na gestão de recursos humanos na indústria, gerados por estas ausências em épocas críticas”, o que torna “mais difícil fazer substituições”.

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