Associação Comercial do Porto acusa Moedas de “visão centralista” por priorizar Lisboa-Madrid no TGV

Declarações de Carlos Moedas "revelam um entendimento muito curto sobre o princípio da coesão territorial, exacerbando a velha visão centralista sobre país, onde tudo começa e acaba na capital".

O presidente da Associação Comercial do Porto – Câmara de Comércio e Indústria do Porto (ACP-CCIP), Nuno Botelho, acusa do autarca de Lisboa, Carlos Moedas, de ter uma “visão centralista” do país, ao considerar “incompreensível” que a alta velocidade Lisboa-Madrid não seja prioridade.

“As declarações proferidas pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa revelam um entendimento muito curto sobre o princípio da coesão territorial, exacerbando a velha visão centralista sobre país, onde tudo começa e acaba na capital”, acusa Nuno Botelho.

O líder da ACP-CCIP alega que “atribuir prioridade a uma ligação de alta velocidade entre Lisboa e Madrid seria o primeiro passo para subalternizar a nossa capital no contexto ibérico, reforçando a centralidade estratégica de Madrid e a posição periférica do nosso país, o que, a médio prazo, poderia tornar dispensável o investimento num novo aeroporto internacional para a região de Lisboa”.

Por outro lado, Nuno Botelho contesta ainda que seria “um incompreensível recuo sobre o projeto de alta velocidade seguido pelo Estado português nos últimos anos, desperdiçando os acordos já celebrados nas cimeiras ibéricas e a candidatura em curso ao MIE – Mecanismo Interligar Europa”.

“Não só as considerações feitas a propósito de uma priorização do eixo Lisboa- Madrid são manifestamente extemporâneas — na semana em que finalmente foi lançado o primeiro concurso para a rede de alta velocidade em Portugal — como as mesmas resultam de uma análise profundamente incorreta dos interesses nacionais, em matéria de política de transportes e conectividade”, contesta o dirigente associativo.

Para Nuno Botelho, o país não pode “perder uma oportunidade histórica de desenvolvimento económico e de afirmação estratégica na região do Noroeste Peninsular”, com um corredor ferroviário Lisboa-Porto-Vigo que “serve cerca de 2/3 da população portuguesa, a maior parte da atividade económica de perfil exportador no nosso país e as principais infraestruturas portuárias e aeroportuárias nacionais”.

O líder da associação comercial adverte ainda que não é hora de perder mais tempo com dúvidas. Até porque, assinala, “o país já perdeu, nesta matéria, 30 anos em estudos, diagnósticos e projetos, que resultaram num atraso dificilmente recuperável para modernizar a rede ferroviária e assegurar a ligação à rede transeuropeia”.

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CP justifica atrasos nos comboios com “causas externas”. Passageiros aumentaram 17% em 2023

CP reconhece problemas, mas atribui-os a greves, incidentes e obras da Infraestruturas de Portugal. Garante ainda que reforçou a oferta, falando num aumento de 18% no número de comboios em circulação.

A CP admite um agravamento dos atrasos e regularidade, mas garante que não se devem a uma redução da disponibilidade de comboios, que cresceu 18% desde 2019. A empresa atribui os problemas a “causas externas”, como greves, acidentes, intempéries e obras nas linhas a cargo da Infraestruturas de Portugal.

É verdade que, nos últimos anos, registaram-se algumas alterações nos índices de pontualidade e regularidade“, reconhece a a empresa num comunicado divulgado esta segunda-feira. A empresa de transportes diz, no entanto, que “a maioria destas questões deve-se a causas externas à operação dos comboios”.

Que causas são essas? Segundo a CP, 90,4% das supressões no ano passado deveram-se a greves, “enquanto as restantes resultaram de acidentes, incidentes com passageiros e intempéries”. As avarias no material circulante justificaram ainda 2,5% das supressões.

Os atrasos são, “na sua grande maioria”, “consequência de obras de modernização nas vias-férreas, a cargo do gestor da infraestrutura que, apesar de temporariamente impactantes, são essenciais para a melhoria contínua da rede ferroviária”.

No mesmo comunicado, a transportadora responde a “várias notícias que questionaram a qualidade do serviço prestado pela CP – Comboios de Portugal, especialmente desde o ano de 2019″, referindo uma diminuição no número de comboios em circulação”. O que refuta, com números.

Afirma que no final do terceiro trimestre de 2023 tinha uma frota ativa de 244 automotoras, 44 locomotivas e 154 carruagens, mais 18% do que em 2019. Dá ainda conta de um aumento significativo de passageiros. A CP estima ter transportado 172,6 milhões de passageiros no ano passado, mais 16,5% do que em 2022, apesar das greves e constrangimentos. Face aos 1441,8 milhões de 2019, o crescimento é de 19,2%.

“Com isto, não pretendemos desculpar-nos, mas sim clarificar a situação atual. Reconhecemos que ainda há desafios a serem superados e aspiramos a um serviço ainda mais eficiente”, refere o comunicado, em que se compromete a “trabalhar arduamente para melhorar todos os aspetos do seu serviço”.

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Inflação nos seguros multirriscos habitação volta a valores pré-guerra na Ucrânia

  • ECO Seguros
  • 15 Janeiro 2024

Está mesmo a existir deflação nos custos de construção e reparação de edifícios neste primeiro trimestre do ano. A ASF indica que a atualização dos valores seguros baixe para apenas 3,26%.

A ASF, entidade supervisora do setor dos seguros, acaba de indicar as taxas de atualização para as renovações do seguro multirriscos habitação no segundo semestre de 2024. Assim, os valores dos imóveis seguros devem subir 3,12% relativamente a igual período do ano passado quanto a edifícios e 3,59% no caso do recheio de habitação. Para o conjunto, no designado Índice de Recheio de Habitação e Edifícios (IRHE), a taxa de atualização a utilizar nos capitais seguros deve ser de 3,26%.

Esta informação, prestada antecipadamente todos os trimestres pela ASF, sobre os valores a atualizar em imóveis e recheio de habitações seguradas, significa um regresso aos níveis de inflação anteriores ao começo da invasão da Ucrânia e a todo o processo inflacionista que daí decorreu também em Portugal. Em relação ao 1º trimestre que está a decorrer, a ASF prevê mesmo uma baixa dos custos de construção e reparação de edifícios em 1,09% no 2º trimestre de 2024.

Atenção à regra proporcional

Seguros com capitais desatualizados podem piorar as consequências de um sinistro para os segurados se aplicada a regra proporcional. Esta é aplicada quando o capital seguro é inferior ao custo de reconstrução, no caso de edifícios, ou ao custo de substituição por novo, no caso de mobiliário e recheio. Nesta situação, o segurador só paga uma parte dos prejuízos proporcional à relação entre o custo de reconstrução ou substituição à data do sinistro e o capital seguro.

No seu site, o supervisor, exemplificando, alerta: “se um edifício, cujo custo de reconstrução é de 100.000 euros, estiver seguro por 80.000 euros, o segurador será responsável apenas por 80% de qualquer nível de prejuízos, ficando os restantes 20% a cargo do segurado”.

As seguradoras multirriscos atualizam automaticamente os capitais seguros, exceto se os segurados decidirem não o fazer. Têm sempre de manifestar a sua vontade senão, por defeito, a atualização será sempre realizada. A valorização de edifícios e recheio é sempre uma responsabilidade do segurado.

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Vasconcelos Advogados reforça equipa de Direito Laboral

Marília Duarte reforçou a equipa de Direito Laboral e Segurança Social da Vasconcelos Advogados, assumindo também a coordenação dessa área.

A Vasconcelos Advogados reforçou a equipa de Direito Laboral e Segurança Social com a integração de Marília Duarte, que assume também a coordenação dessa área. A advogada transita da direção de assessoria jurídica da Groundforce e da Clareira Legal.

“O Direito Laboral é uma área chave para os clientes da Vasconcelos Advogados. Contamos com uma equipa especializada que dá apoio regular aos departamentos de recursos humanos dos nossos clientes, tanto em questões do dia-a-dia, apoio à gestão e contencioso, como em operações societárias, auditorias legais no âmbito de aquisições ou na reestruturação de empresas. Estamos muito entusiasmados com este novo ciclo e colaboração da Marília Duarte que, com o seu currículo e experiência na assessoria a departamentos jurídicos e no acompanhamento de Clientes na área do Direito Laboral, é a pessoa certa para acrescentar valor e fazer crescer esta equipa”, disse o managing partner Duarte Vasconcelos.

Com cerca de 15 anos de experiência profissional, Marília Duarte iniciou o seu percurso profissional como jurista na Aerosoles, tendo ingressado, em 2008, na equipa de Direito do Trabalho e da Segurança Social da DLA Piper, onde permaneceu até 2018. Nesse ano transitou para a equipa de Direito do Trabalho da Luiz Gomes & Associados, atual Clareira Legal. Em simultâneo, colaborou, como advogada de Direito do Trabalho e Contencioso Laboral, com a Groundforce.

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Turismo gerou receitas de 330 milhões em novembro, mais 43% do que antes da pandemia

  • Ana Petronilho
  • 15 Janeiro 2024

Preço por noite está, em média, 30% acima dos valores de 2019. A um mês do Natal e do fim de ano, as receitas dos hotéis e alojamentos em Portugal continuavam a subir.

A subida do preço das estadias não está a assustar os turistas, com o número de dormidas a continuar a crescer e o setor do turismo a gerar receitas recorde. Em novembro, no mês anterior ao Natal e à passagem de ano, os hotéis e os alojamentos arrecadaram receitas totais de 329,4 milhões de euros, mais 13,3% face ao período homólogo. Deste valor, 243,5 milhões foram receitas conseguidas através das dormidas, com as verbas a subirem 13,2% quando comparadas com o período homólogo, revelam os dados divulgados pelo INE esta segunda-feira.

Estes números ficam igualmente bem acima de 2019. As receitas totais relativas a este ano ultrapassam em 43,2% os montantes arrecadados no período pré-pandemia, sendo que nas receitas das dormidas o crescimento fixou-se em 46,8%.

Ainda assim, o rendimento por quarto ocupado (preço por noite) abrandou e registou o menor crescimento em cadeia do ano. Em média, nos hotéis e nos estabelecimentos de alojamento de todo o país, o rendimento médio por quarto ocupado atingiu os 91,9 euros, mais 5,2% em relação ao mesmo mês de 2022 e mais 10,5% face a outubro de 2023. E 30,3% acima dos valores de novembro de 2019, de acordo com o INE.

Sem surpresas, o valor mais elevado do país continua a registar-se na Área Metropolitana de Lisboa, onde o preço por noite atinge os 127,1 euros. Seguem-se o Norte (84,6 euros), a Madeira (81,3 euros) e o Alentejo (78 euros).

Os acréscimos mais expressivos no preço por noite verificaram-se nas regiões autónomas, mais 11% na Madeira e nos Açores cresceu 7,4%, seguindo-se o Norte subindo 7,3%.

Entre os vários tipos de alojamento, em novembro, o preço médio por noite cresceu 4,8% nos hotéis e 9% no alojamento local face ao período homólogo, atingindo 93,8 euros e 77,6 euros, respetivamente. No turismo rural, preço da estadia cresceu 1,8% atingindo 102,1 euros.

Em termos acumulados, entre janeiro e novembro de 2023, as receitas totais cresceram 20,4% para atingir 5,7 mil milhões de euros, sendo que 4,4 mil milhões foram arrecadados em dormidas, crescendo 21,6%. Comparando com igual período de 2019, estes valores traduzem subidas de 40,1% e de 42,9%, respetivamente.

Os dados do INE revelam ainda que, em termos acumulados, os maiores crescimentos nas receitas totais e de dormidas foram registados nos Açores com 27% e 28,6%, respetivamente e na Área Metropolitana de Lisboa subiram 25,1% e 26,5%. Segue-se o Norte onde o crescimento foi de 25% e de 26,1%, respetivamente, e na Madeira 24,1% e 27,1%.

Comparando com igual período de 2019, os maiores aumentos nos proveitos totais e de aposento verificaram-se nas regiões autónomas, com os Açores a arrecadar mais 61,3% e mais 63,2%, respetivamente, e a Madeira com mais 59,7% e 71,9%.

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Crédito ao consumo sobe para recorde de sete mil milhões de euros até novembro

Bancos concederam 673 milhões de euros aos consumidores em novembro, mais 2% em relação a outubro. Nos primeiros 11 meses do ano, os empréstimos ao consumo já superam os sete mil milhões de euros.

Apesar da subida das taxas de juro, o crédito aos consumidores aumentou ao longo do ano passado. Os bancos e as financeiras emprestaram mais de sete mil milhões de euros às famílias com a finalidade de consumo nos primeiros 11 meses do ano. Representa o valor mais elevado desde, pelo menos, 2013, quando o Banco de Portugal começou a compilar os dados.

Os montantes de empréstimos para o consumo acumulados até novembro de 2023 representam um aumento de quase 1% em relação ao mesmo período de 2022, mostram os mesmos dados que o supervisor divulgou esta segunda-feira.

Em 2013, ano em que Portugal se encontrava ainda a cumprir o programa de assistência financeira da troika, o volume total de crédito aos consumidores nos primeiros 11 meses do ano foi de 3,35 mil milhões de euros, menos de metade do volume atual.

Empréstimos ao consumo aumentam

Fonte: Banco de Portugal

Para o aumento registado no ano passado contribuiu sobretudo o crédito para a compra de automóvel, que aumentou quase 8% para 2,64 mil milhões de euros entre janeiro e novembro.

Embora os financiamentos através de locação financeira ou ALD tenham recuado, os empréstimos com reserva de propriedade de automóveis novos e usados aumentaram, sobretudo no que diz respeito aos carros em segunda mão, que registou um aumento de 11% para 2,02 mil milhões.

Também o crédito concedido através do cartão de crédito e outras facilidades contribuiu para esta evolução, tendo aumentado mais de 4% para 1,21 mil milhões de euros no mesmo período.

Em sentido contrário, o crédito pessoal contraiu mais de 5% para 3,2 mil milhões de euros, com a finalidade de outros créditos pessoais (sem fim específico, lar, outras finalidades) a cair 5,7% para 3,08 mil milhões. Os empréstimos com a finalidade de Educação, Saúde e Energias Renováveis tiveram um aumento de 0,83%.

Em termos mensais, os consumidores pediram 673,4 milhões de euros aos bancos em novembro, uma subida de 2% em relação a outubro, com os empréstimos para a compra de carro a aumentarem 2,3% para 247,5 milhões e com cartão de crédito a acelerarem 8% para 124,4 milhões.

(Notícia atualizada às 12h11)

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Tecnológica portuguesa está à procura de recém-licenciados em informática e até física

Closer Consulting acaba de abrir candidaturas para programa de formação que serve de porta de entrada nesta tecnológica. Procuram-se jovens formados em informática, física, estatística e matemática.

A tecnológica portuguesa Closer Consulting está à procura de recém-licenciados em informática, física, estatística e matemática para integrarem a edição deste ano da Data Academy, programa de formação que serve de porta de entrada nesta empresa. As candidaturas podem ser feitas pela via virtual até 1 de fevereiro.

“A Closer Consulting, especializada em inteligência artificial e ciência dos dados, acaba de anunciar uma nova edição do Data Academy. Com início a 4 de março, a empresa está a receber candidaturas para este programa de desenvolvimento de competências técnicas e pessoais até dia 1 de fevereiro”, informa a empresa, que tem escritórios em Lisboa e no Porto.

Esta será a nona edição deste programa de formação, cujo objetivo é formar os jovens profissionais, oferecendo-lhes um conjunto de competências especializadas em data science e business intelligence. Isto de modo a estarem preparados para integrarem projetos da Closer Consulting.

Segundo a tecnológica, o programa é remunerado e dura seis meses. É composto por módulos focados em em conhecimento tecnológico, gestão de projetos e skills comportamentais em equipa.

“Em apenas três anos, já estamos na nona edição do Data Academy. Tem sido um programa com um impacto muito positivo para a Closer, clientes e jovens profissionais formados nas áreas de inteligência artificial, Data Science e Business Intelligence. Já integrámos mais de uma centena de recém-licenciados que acrescentam um valor excecional aos nossos projetos“, sublinha Fernando Matos, partner e cofundador da Closer Consulting.

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Produtora portuguesa Bro Cinema assina anúncio da Porsche

  • + M
  • 15 Janeiro 2024

A produtora de Mário Patrocínio e Pedro Patrocínio assina o filme a convite da MC Saatchi Berlin. O recordista mundial de ondas Gigantes na Nazaré, Sebastian Steudtner, é o protagonista.

A produtora portuguesa Bro Cinema é a responsável pelo novo anúncio da Porsche. O filme é protagonizado por Sebastian Steudtner, detentor do recorde mundial da maior onda surfada, batido na Nazaré.

Em colaboração com a MC Saatchi Berlin, o filme é dirigido por Mário Patrocínio e com a cinematografia de Pedro Patrocínio, contando também com a fotografia de Kenneth Kemp.

“Trabalhar neste projeto com a MC Saatchi Berlin e a Porsche foi altamente entusiasmante. Falamos de uma marca de sonho, com todos os desafios que isso implica, é a prova do que podemos conseguir fazer em Portugal e levar lá para fora”, diz João Cruz, diretor geral da Bro Cinema, citado em comunicado.

No vídeo, o “embaixador perfeito para este projeto”, Sebastian Steudtner, enfrenta as ondas gigantes da Nazaré equipado com a sua nova prancha – Caçador RS – que foi desenvolvida em conjunto com a Porsche. “Através de imagens impressionantes do surfista a enfrentar ondas gigantescas, o filme transmite a mensagem de que a excelência requer sacrifício e dedicação“, refere-se em nota de imprensa.

O filme consiste assim numa “homenagem visual a Sebastian, à arte do surf, à icónica marca Porsche e, é claro, às ondas imponentes da Nazaré”, lê-se na mesma nota.

O convite da MC Saatchi Berlin “é uma etapa significativa para a BRO, pois destaca a capacidade da produtora de produzir para agências e marcas internacionais e entregar trabalhos excecionais”, prossegue a produtora.

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Aeroportos portugueses atingem máximo de quase 63 milhões de passageiros até novembro

  • Joana Abrantes Gomes
  • 15 Janeiro 2024

Novembro registou um movimento de 4,5 milhões de passageiros nos aeroportos nacionais, mais 11,8% do que em igual mês de 2019. Em relação a novembro de 2022, aumentou 8,5%.

Os valores mensais de passageiros nos aeroportos nacionais continuam a registar máximos históricos. Em novembro, verificou-se um movimento de 4,5 milhões de passageiros no transporte aéreo, o que corresponde a aumentos de 8,5% face ao mesmo mês de 2022 e de 11,8% em relação a novembro de 2019, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Com estes números, o conjunto dos aeroportos portugueses atingiu um recorde de 62,998 milhões de passageiros nos primeiros 11 meses de 2023, mais 19,7% do que em igual período do ano anterior e 12,2% acima comparativamente ao período pré-pandemia.

Entre janeiro e novembro, o Reino Unido foi o principal país de origem e de destino dos voos, registando crescimentos de 17,1% no número de passageiros desembarcados e de 17,2% no número de passageiros embarcados face ao mesmo período de 2022. França e Espanha ocuparam a segunda e a terceira posição, respetivamente, quer como país de origem, quer como país de destino dos voos.

As estatísticas rápidas do transporte aéreo, divulgadas esta segunda-feira, revelam que o mês de novembro registou um desembarque médio diário de 70,8 mil passageiros, valor superior ao observado no mesmo mês de 2022 (65,6 mil, o que corresponde a um acréscimo de 7,9%), bem como em comparação com novembro de 2019 (64,2 mil, em que o aumento foi na ordem dos 10,3%).

No mês em análise, 81,4% dos passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais corresponderam a tráfego internacional, ou seja, 1,7 milhões. A maioria (67,8% do total) era proveniente do continente europeu, o que reflete um aumento homólogo de 9,8%. O continente americano foi a segunda principal origem, com 9,1% do total de passageiros desembarcados (mais 10,4% face a novembro de 2022).

Passageiros desembarcados e embarcados nos aeroportos nacionais por natureza do tráfego e continente de origem/destino em novembro

Fonte: Instituto Nacional de Estatística (INE)

No que toca ao destino dos passageiros, 83% corresponderam a tráfego internacional, num total de 1,9 milhões de passageiros. O principal destino foram países do continente europeu (69% do total), num crescimento de 9,5% em relação ao mesmo mês de 2022. O segundo principal destino dos passageiros embarcados foi, igualmente, o continente americano (9,7% do total).

Entre janeiro e novembro do último ano, o aeroporto de Lisboa movimentou perto de metade do total de passageiros (49,5%), cerca de 31,2 milhões. Este valor aponta para um aumento de 20% comparativamente aos primeiros 11 meses de 2022 (mais 7,8% face ao mesmo período de 2019).

O aeroporto do Porto, por sua vez, concentrou 22,4% do total de passageiros, num total de 14,1 milhões, o que equivale a uma subida de 21,1% em relação ao mesmo período de 2022 (mais 16,1% relativamente ao período antes da pandemia).

Faro foi o terceiro aeroporto com maior movimento de passageiros naquele período, com 9,3 milhões (aumento homólogo de 18,2% e de 6,8% na comparação com os mesmos meses de 2019).

O gabinete estatístico nota ainda que, até novembro, houve um “ligeiro decréscimo” (-0,9%) do movimento de carga e correio nos aeroportos nacionais face ao mesmo período de 2022, totalizando 202.797 toneladas. Só no penúltimo mês do ano passado, movimentaram-se 20,6 mil toneladas de carga e correio, valor 6,7% acima de novembro de 2022 e 5,1% acima do mesmo mês de 2019.

(Notícia atualizada pela última vez às 12h16)

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Delta compra distribuidora suíça de produtos portugueses

Empresa portuguesa quer reforçar a presença no mercado suíço, no âmbito da estratégia de internacionalização. Delta está presente diretamente em Espanha, França, Luxemburgo, Angola, China e Brasil.

O Grupo Nabeiro-Delta Cafés, através da Novadelta Suíça, adquiriu a totalidade do capital e negócio da empresa AMD Swiss, uma distribuidora suíça de produtos portugueses. Com esta aquisição, a empresa portuguesa quer reforçar a presença no mercado suíço e chegar ao top dez de marcas de café a nível mundial.

“Esta aquisição reforça a nossa estratégia de internacionalização e a nossa ambição em continuar a estar presente de uma forma consolidada em geografias prioritárias ao nosso plano de negócio. Aquando a nossa entrada na Suíça tínhamos a expectativa de manter um ritmo de crescimento consistente e esta transação é um passo fundamental e necessário para a expansão das nossas marcas e alinhada com a nossa ambição de chegar ao top dez de marcas de café do mundo“, sublinhou Rui Miguel Nabeiro, CEO do Grupo Nabeiro-Delta Cafés, em comunicado.

Presente no mercado suíço desde 2016, com maior preponderância na região francófona, a Novadelta Suíça é responsável pela comercialização dos produtos das marcas do Grupo Nabeiro neste mercado, tendo como principal atividade a comercialização de café e produtos complementares, assumindo ainda a distribuição de outras marcas portuguesas de produtos de grande consumo.

A AMD Swiss foi fundada em 1998 e desenvolveu o negócio das principais marcas alimentares e bebidas portuguesas no mercado helvético no retalho e na restauração, através de uma rede de distribuidores locais.

Em comunicado, o grupo liderado por Rui Nabeiro, realça que “esta aquisição permitirá que a Novadelta Suíça se afirme como a empresa de distribuição de referência de produtos portugueses, conquistando quota de mercado no canal off trade, através da presença nos principais retalhistas suíços, e no canal on trade, através de uma oferta diversificada e que responda de forma mais eficaz e eficiente aos clientes do Grupo Nabeiro presentes na região”.

Além da Suíça e Portugal, a Delta conta também com operações diretas em países como Espanha, França, Luxemburgo, Angola (Angonabeiro), Brasil e China. No total, está presente de forma indireta, através de parcerias com distribuidores, num total de 40 países, e emprega mais de 3.000 colaboradores.

O grupo Delta fechou o ano de 2022 com “uma faturação de 460 milhões de euros”, o que representa “um crescimento de 12% a nível global”. No ano passado, a Delta voltou a ser a marca com maior relevância e reputação no país, segundo o estudo elaborado pela consultora OnStrategy.

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Taxa Euribor desce a três, a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 15 Janeiro 2024

A taxa Euribor desceu esta segunda-feira a três, a seis e a 12 meses face a sexta-feira e manteve-se abaixo de 4% nos três prazos.

A taxa Euribor desceu esta segunda-feira a três, a seis e a 12 meses face a sexta-feira e manteve-se abaixo de 4% nos três prazos. Com estas alterações, a Euribor a três meses, que recuou para 3,928%, ficou acima da taxa a seis meses (3,874%) e da taxa a 12 meses (3,570%).

  • A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 28 de novembro, baixou esta segunda-feira para 3,570%, menos 0,066 pontos do que na sexta-feira, depois de ter avançado em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro, também caiu esta segunda-feira, para 3,874%, menos 0,022 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses baixou hoje face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,928%, menos 0,004 pontos e depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

Segundo dados do BdP referentes a outubro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 37,8% do ‘stock’ de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 35,9% e 23,6%, respetivamente.

A média da Euribor em dezembro desceu 0,037 pontos para 3,935% a três meses (contra 3,972% em novembro), 0,138 pontos para 3,927% a seis meses (contra 4,065%) e 0,343 pontos para 3,679% a 12 meses (contra 4,022%).

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, em 14 de dezembro, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela segunda vez (consecutiva) desde 21 de julho de 2022.

A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a primeira deste ano, realiza-se em 25 de janeiro.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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É oficial. Marcelo decreta dissolução do Parlamento e convoca eleições para 10 de março

Já está publicado o decreto presidencial que dissolve a Assembleia da República e fixa o dia 10 de março de 2024 como a data para a realização das eleições legislativas antecipadas.

Marcelo Rebelo de Sousa decretou esta segunda-feira a dissolução do Parlamento e a convocação de eleições legislativas antecipadas para 10 de março, oficializando desta forma o anúncio que tinha feito ao país a 9 de novembro. O diploma já foi publicado em Diário da República.

A Assembleia da República passa a funcionar apenas através de uma Comissão Permanente. Os deputados vão poder continuar a fazer perguntas por escrito ao Governo, mas ficam impedidos de chamar ministros para audições parlamentares. Aliás, as comissões especializadas funcionarão “exclusivamente para redação final de diplomas”.

Nos quase dois anos que durou a legislatura, ainda foi possível aprovar alguns diplomas relevantes, como as alterações às leis laborais, a lei da eutanásia ou os metadados. Porém, muitos outros dossiês ficam pelo caminho, como a revisão constitucional ou a regulamentação do lóbi.

Também na sequência da queda do Governo, provocada pela Operação Influencer, a partir de agora, o Governo liderado por António Costa fica igualmente limitado a praticar atos inadiáveis e estritamente necessários para assegurar a gestão dos negócios públicos.

No início de janeiro, António Costa frisou que “o facto de o Governo estar em gestão não significa que o país esteja em gestão”. “O país não pode parar porque há um Governo em gestão, o país não pode parar porque há uma dissolução da Assembleia [da República] e o país não pode parar porque vai haver eleições”, sustentou o ainda primeiro-ministro.

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