Rui Pinto falha debate instrutório por estar em França a colaborar com a justiça

  • Lusa
  • 1 Fevereiro 2024

O criador do Football Leaks, Rui Pinto, está em França a colaborar com autoridades europeias num processo e vai, por isso, falhar o debate instrutório em Lisboa.

O criador do Football Leaks, Rui Pinto, está em França a colaborar com autoridades europeias num processo e vai, por isso, falhar o debate instrutório em Lisboa do processo no qual é acusado de 377 crimes.

Informámos o tribunal de que o Rui Pinto não vai estar presente, porque está em Paris a colaborar com as autoridades”, disse esta quinta-feira à Lusa o advogado Francisco Teixeira da Mota, confirmando a realização da diligência para as 10h00 desta sexta-feira no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC).

Rui Pinto, de 35 anos, já tinha colaborado anteriormente com a justiça francesa ainda antes do julgamento do processo Football Leaks, no qual acabou condenado, em setembro do ano passado, pelo Juízo Central Criminal de Lisboa, a quatro anos de prisão com pena suspensa, por um crime de extorsão na forma tentada, três de violação de correspondência agravado e cinco de acesso ilegítimo.

Já em novembro, o criador do Football Leaks foi também condenado em França a seis meses de prisão, com pena suspensa, pelo Tribunal Judiciário de Paris, por aceder ilegalmente a emails do Paris Saint-Germain.

Em relação ao processo cuja instrução chega agora à reta final, com a realização do debate instrutório, Rui Pinto responde por 377 crimes relacionados com o acesso aos emails do Benfica e de outros clubes, Liga de clubes, empresas, advogados, juízes, procuradores, Autoridade Tributária e Rede Nacional de Segurança Interna.

Segundo a acusação, estão em causa 202 crimes de acesso ilegítimo, 134 de violação de correspondência, 23 de violação de correspondência agravado e 18 de dano agravado.

A acusação, assinada pela procuradora Vera Camacho, indica que Rui Pinto sabia que lhe era vedado o acesso a tais dados, atuando “com intenção de se introduzir indevidamente nos sistemas informáticos”, o que fez através da captura de credenciais de utilizadores daquelas entidades, conseguindo “retirar toda a informação que ali estivesse de seu interesse”.

Sobre o acesso aos emails do Benfica, após elencar as caixas de correio eletrónico de dirigentes que foram visadas, o Ministério Público (MP) refere que Rui Pinto decidiu em abril de 2017 partilhar a informação com o diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, além de ter passado a publicar em dezembro desse ano no blogue ‘Mercado de Benfica’.

A acusação realça ainda os indícios de acesso informático a clubes e instituições estrangeiras, como Atlético de Madrid, Mónaco, Villarreal, Shakhtar Donetsk, FC Barcelona, Manchester City, Real Madrid, Inter Milão, Juventus, Ajax, FIFA, UEFA, Landscape, Sable, Grupo Fosun, King and Wood Mallesons, LIAN Sports & Partners, Rui-Huerta & Crespo Abogados. Por isso, considerando que “a dispersão a nível mundial de entidades afetadas é de tal ordem vasta”, o MP decretou a transmissão da informação recolhida através da Eurojust.

Contudo, a investigação a Rui Pinto vai além desta acusação, com o MP a dar conta da extração de certidão para outro inquérito sobre alegados acessos ao sistema informático e emails de FC Porto, Nacional, Tondela, Câmara de Cascais e ao seu presidente, Carlos Carreiras, a empresa Promovalor — do ex-presidente do Benfica Luís Filipe Vieira — e outros escritórios de advogados.

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Unicórnio Sword Health quer contratar 120 pessoas. A maioria é para Portugal

Portugal absorve a maioria das vagas, com cerca de 70 oportunidades disponíveis, seguido dos EUA. Engenharia, Inteligência Artificial e Design são as áreas mais procuradas.

A SwordHealth quer recrutar este ano 120 novos profissionais, dos quais cerca de 70 vagas destinam-se a Portugal, onde a empresa conta com uma equipa de mais de 300 colaboradores e escritórios no Porto e em Lisboa. Engenharia, Inteligência Artificial (IA) e Design são as áreas mais procuradas, mas não só.

“Começamos o ano com fortes objetivos de contratação, acompanhando a trajetória de grande crescimento e expansão que temos vindo a fazer. Temos, atualmente, um total de 120 vagas para diferentes localizações. Para Portugal estão abertas 70 posições para várias equipas”, afirma Jorge Meireles, chief technology officer (CTO) da Sword Health, citado em comunicado.

“Estamos a atravessar uma fase muito entusiasmante enquanto empresa, e é fundamental continuarmos a investir na atração de talento dos melhores profissionais para continuarmos a atingir este nível de resultados e crescimento”, conclui ainda o CTO do unicórnio português, que criou uma plataforma que oferece soluções capazes de prever, prevenir e tratar a dor.

As áreas de Engenharia, Inteligência Artificial (IA) e Design são as mais procuradas, mas existem também vagas para as equipas Jurídica, Financeira, Clínica, de Recursos Humanos, de Marketing e de Suporte.

Portugal é o mercado que irá absorver o maior número de ofertas (70), seguido dos EUA (50), mas a unicórnio procura ainda igualmente talento para reforçar os mercados do Canadá, o Brasil e o Reino Unido.

As vagas disponíveis — na página de carreiras do Sword Health ou no LinkedIn — possibilitam trabalho em regime remoto e híbrido.

Atualmente, a Sword Health conta com cerca de 750 colaboradores a nível global, dos quais mais de 300 em Portugal. No ano passado, a unicórnio anunciou uma ronda de contratações de mais de 100 pessoas.

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Porto acolhe conferência que vai juntar startups e empreendedores de 2 a 4 de maio

O evento, promovido pela Startup Portugal, vai contar com a presença de nomes como Mike Sigal, Cristina Fonseca e Sean Seton-Rogers e quer promover o ecossistema empreendedor português.

O Porto vai receber a primeira edição da SIM Conference (Startups & Investment Matching), nos próximos dias 2 a 4 de maio, um evento promovido pela Startup Portugal e que vai juntar startups e investidores, procurando promover o ecossistema empreendedor português. Mike Sigal, Cristina Fonseca e Sean Seton-Rogers são alguns dos nomes já confirmados para a conferência.

A conferência irá decorrer no Centro de Congressos da Alfândega do Porto e reunirá startups, investidores e líderes da indústria empreendedora, com o objetivo de fazer uma ligação entre empreendedores, startups e investidores (nacionais e internacionais), de acordo com um comunicado da Startup Portugal.

Entre os participantes confirmados encontram-se Mike Sigal (Sigal Ventures), investidor e Founding General Partner do 500 Startups Fintech Fund; Cristina Fonseca (Indico), fundadora de um dos unicórnios portugueses (Talkdesk) e investidora; Sean Seton-Rogers (PROfounders Capital); Marcelo Lebre, presidente e co-fundador do unicórnio Remote; Luther Lowe, Head of Public Policy do Y Combinator; e Virgílio Bento, fundador e CEO do unicórnio Sword Health.

Segundo o mesmo comunicado, “o evento será composto por três espaços distintos: SIM – Connect, espaço dedicado ao networking, facilitando conexões significativas entre participantes; SIM – Learn, será focado em palestras e workshops liderados por influenciadores da indústria, oferecendo insights valiosos e perspetivas inovadoras; e, por fim, o SIM – Showcase, um local onde as startups podem demonstrar as suas valências, proporcionando visibilidade e oportunidades de colaboração”.

O evento conta com o apoio da Câmara Municipal do Porto, da Google, da PwC e da Beta-i, tendo também o Alto Patrocínio da Presidência da República.

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Autarca de Viana do Castelo assume presidência do Eixo Atlântico, que une Norte e Galiza

Luís Nobre substitui Ricardo Rio, presidente da Câmara de Braga, na liderança do Eixo Atlântico. Após a adesão de Fafe, passa a ser constituído por 42 municípios do Norte de Portugal e da Galiza.

O presidente de Viana do Castelo, Luís Nobre, foi eleito presidente do Eixo Atlântico, que junta o Norte de Portugal e a Galiza. A votação aconteceu durante a assembleia geral realizada esta quinta-feira, em Vila Nova de Famalicão, em que foi aprovada a adesão do município de Fafe e também o orçamento de 4,8 milhões de euros para 2024.

Após quatro anos com a liderança entregue a Ricardo Rio, autarca de Braga, Luís Nobre passa a liderar esta associação constituída por 42 municípios e que “representa uma das eurorregiões mais dinâmicas e com maior fluxo de pessoas e bens de toda a Península Ibérica e uma das maiores da Europa”, com afinidade em áreas como a língua ou as trocas comerciais.

“Mas existem ainda muitos desafios pelo caminho. As disparidades económicas — a Galiza é mais rica e exporta mais 460 milhões de euros do que o Norte de Portugal –, as assimetrias territoriais, a diferença entre a distribuição de fundos europeus e uma economia mais pujante do lado galego obrigam a uma estratégia de governança que permita a aproximação entre os dois lados da fronteira”, frisa o novo presidente.

As disparidades económicas, as assimetrias territoriais, a diferença entre a distribuição de fundos europeus e uma economia mais pujante do lado galego obrigam a uma estratégia de governança que permita a aproximação entre os dois lados da fronteira.

Luís Nobre

Presidente do Eixo Atlântico

No discurso transmitido esta manhã depois da eleição, Luís Nobre disse ainda acreditar que com “políticas comuns que não descuram estas disparidades”, a organização poderá “contribuir para uma maior coesão deste território, tornando-se mais resiliente, mais reivindicativo, mais coeso e mais próximo das pessoas, das empresas, das instituições, do turismo e da mobilidade”.

Em comunicado, o organismo destaca que foram cumpridos todos os objetivos do programa de 2023, apesar de o duplo processo eleitoral em Espanha – as eleições municipais que estavam previstas e a antecipação das eleições gerais no país — e a demissão do Governo liderado por António Costa deste lado da fronteira terem “[condicionado] o quadro político em que se movem as ações do Eixo Atlântico”.

Xoán Vázquez Mao, secretário-geral, contabiliza que só este ano já foram aprovadas sete candidaturas a fundos europeus, o que “garante não só uma boa gestão do programa, como um bom nível de saúde financeira”. “O Eixo Atlântico fortalece-se a cada dia, algo que vamos utilizar ao serviço daquelas questões que a nova Comissão Executiva, presidida pelo presidente de Viana do Castelo e vice presidida pelo presidente de O Barco de Valdeorras, fixou os objetivos principais com base em três grandes eixos: económico, social e sustentabilidade urbana”.

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Sumol celebra 70 anos com imagem renovada

  • + M
  • 1 Fevereiro 2024

Desenhado pela agência de branding britânica BrandOpus, o novo logótipo da Sumol tem por base dois ativos "fundamentais do ADN da marca", o sol e a carica.

A Sumol, no ano em que celebra 70 anos, apresenta uma nova identidade visual e um novo logótipo “inspirado no património gráfico original da marca”. A agência de branding britânica BrandOpus foi a responsável pela nova imagem.

Desenhado tendo por base dois ativos “fundamentais do ADN da marca” – o sol e a carica – o novo logótipo resultou “na silhueta que dá vida ao elemento central da nova identidade”, que “evoca a origem e a portugalidade de Sumol, reavivando memórias, enquanto a atualiza e a prepara para o futuro”, refere-se em nota de imprensa.

Para isso, a marca utilizou uma linguagem “mais inclusiva e universal, tendo também em conta a sólida dimensão internacional que marca tem conquistado”. A nova imagem conta com um corte de cor diagonal a 54º, numa homenagem ao ano de fundação da marca – 1954 – que também se encontra inscrito no novo logótipo.

“Esta renovação de identidade é lançada em 2024, ano em que celebramos orgulhosamente os 70 anos desta marca tão icónica e adorada pelos portugueses. Marca o início de uma nova era legitimada pela autenticidade que sempre acompanhou a marca, desde 1954, e que continuará com certeza a surpreender nos próximos 70 anos“, refere Miguel Garcia, diretor de marketing da Sumol+Compal Portugal e Espanha, citado em comunicado.

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Universidade de Aveiro já contratou quase 200 pessoas para responder a grandes projetos do PRR

Com um investimento elegível aprovado de cerca de 51 milhões de euros, a Universidade de Aveiro é uma das instituições com maior participação nas agendas mobilizadoras/verdes do PRR.

A Universidade de Aveiro (UA) calcula já ter executado mais de nove milhões de euros, principalmente em recursos humanos e equipamentos, no âmbito das chamadas Agendas Mobilizadoras para a Competitividade Empresarial do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Ao fim do primeiro ano de execução, as equipas de investigação já foram reforçadas com 122 bolseiros de investigação, 46 investigadores doutorados e 24 técnicos de administração e gestão. Até dezembro de 2025 vão colaborar diretamente na concretização dos objetivos específicos de cada um dos projetos de investigação e desenvolvimento tecnológico.

A academia aveirense está envolvida em 22 dos 53 grandes projetos do PRR. Em comunicado, assegura que “continuará a recrutar novos recursos humanos durante o ano de 2024 para reforçar as equipas de investigação destes projetos”. Os interessados podem ter acesso a todas as oportunidades de emprego através deste link.

Sessão de apresentação das Agendas Mobilizadoras e Verdes, no Creative Science Park, em Ílhavo, com a presença do ministro da Economia, António Costa SilvaUniversidade de Aveiro julho 2023

Para João Veloso, vice-reitor com a pasta da cooperação entre a Universidade e a sociedade, “a constituição da equipa de resposta às Agendas PRR foi claramente uma aposta ganha, proporcionando condições únicas para que a comunidade de investigação da UA se pudesse concentrar exclusivamente naquilo que é a investigação associada às Agendas, libertando-a de tarefas burocráticas, processuais e de logística”.

Esta equipa foi criada em dezembro de 2022 para “apoiar a implementação e gestão integrada” das agendas mobilizadoras e agendas verdes que integra em áreas como tecnologias de produção e indústrias de processo; transportes, mobilidade e logística; automóvel, aeronáutica e espaço; turismo; saúde; economia do mar; energia; floresta; habitat e tecnologias de informação e comunicação. Com um investimento elegível aprovado de cerca de 51 milhões de euros, diz ser uma das universidades com maior participação nestes projetos.

“As agendas mobilizadoras apresentam-se como um instrumento de excelência para que essa transferência seja facilitada, conduzindo a uma valorização do tecido económico que resulta num impacto muito positivo na qualidade de vida dos cidadãos”, conclui João Veloso.

As Agendas Mobilizadoras e Agendas Verdes para a Inovação Empresarial são financiadas pelo PRR e pelos Fundos Europeus NextGenerationEU, através do sistema de incentivos “Agendas para a Inovação Empresarial”.

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Governo reduz apoio para distribuir fruta e leite nas escolas

A título excecional, o Governo tinha subido o valor a pagar por criança para distribuição de fruta e leite nas escolas no ano letivo anterior. Para o ano em curso, esse valor diminui.

O Governo reduziu o valor a pagar às escolas do ensino público para disponibilizarem gratuitamente fruta, produtos hortícolas e leite aos alunos do 1.º ciclo e pré-escolar face ao ano letivo anterior (2022/2023), altura em que foi aplicada uma atualização excecional para fazer face à inflação. Mas vai passar a comparticipar a distribuição de iogurtes naturais e queijo. Os novos valores entraram em vigor com retroativos a 1 de agosto de 2023, prolongando-se até 2029.

Foi publicada esta quinta-feira em Diário da República a portaria que estabelece “as regras nacionais complementares da ajuda à distribuição de fruta, produtos hortícolas e bananas e leite e produtos lácteos” nos estabelecimentos de ensino do ensino público e que produz efeitos com retroativos a 1 de agosto de 2023, funcionando até 31 de julho de 2029.

Em causa está um apoio da Comissão Europeia que serve de complemento às políticas do Governo e que estabelece uma dotação para que os Estados-membros ajudem as escolas a distribuírem gratuitamente estes produtos. Os pagamentos aos estabelecimentos de ensino são feitos através do Instituto de Financiamento de Agricultura e Pescas (IFAP).

O diploma estabelece que os alunos do ensino público do 1.º ciclo (quer sejam do continente ou das regiões autónomas) devem ter direito “à distribuição de fruta, produtos hortícolas e bananas e leite e produtos lácteos”. Já no caso das crianças do pré-escolar, deve-lhes ser garantido a “distribuição de leite e produtos lácteos”.

A portaria publicada esta quinta-feira resulta de um novo regulamento europeu e vem atualizar os valores pagos para a distribuição de fruta, produtos hortícolas, bananas e leite. Na lista estão 15 produtos elegíveis, que incluem pera, maçã, tomate, cereja, uvas, pêssego, anona, cenoura, kiwi, tangerina, dióspiro, entre outros. Passa também a comparticipar a distribuição de “iogurtes naturais, sem adição de açúcares ou edulcorantes, ou as suas variantes sem lactose” e de queijo”.

Neste contexto, no que toca à distribuição de “frutas, produtos hortícolas e bananas” a ajuda passa a ser de “nove euros por aluno e por ano“. Já no caso do leite, iogurtes naturais e de queijo é de “5,70 euros por aluno e por ano”.

Trata-se, portanto, de uma redução face ao valor comparticipado no ano letivo anterior (2022/2023), dado que, através de outra portaria, e para fazer face à inflação, o Executivo tinha aumentado, em fevereiro e de forma excecional, o valor das ajudas para 11,10 euros por aluno e por ano, no caso da distribuição de “frutas, produtos hortícolas e bananas”, e de “7,03 por aluno e por ano” para o leite.

Não obstante, face à portaria antecedente (e que, tal como a excecional, este diploma também revoga), trata-se de um aumento de 2,27 no valor de comparticipação por aluno e por ano para a distribuição de “frutas, produtos hortícolas e bananas (valor estabelecido era de 6,73 euros) e de uma subida de 1,70 euros para o leite (valor era de 4 euros por aluno/ano).

O diploma publicado esta quinta-feira e assinado pelos Ministérios da Agricultura, Saúde e Educação determina ainda que “a distribuição de produtos é realizada durante 30 semanas por ano letivo“, sendo que, no caso das frutas, produtos hortícolas e bananas, devem ser feitas “duas distribuições por semana” e em dias distintos, enquanto nos restantes produtos é “uma distribuição por semana”.

No território nacional, podem concorrer a este apoio os municípios “para fornecimento e distribuição de produtos aos estabelecimentos de ensino integrados na respetiva área de atuação” ou, em alternativa, “agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas” que não “integrados em candidaturas de municípios“. Já na região autónoma dos Açores, estão elegíveis as Unidades Orgânicas do Sistema Educativo, e, na região autónoma da Madeira, a Direção Regional do Planeamento, Recursos e Infraestruturas.

“A ausência de distribuição dos produtos, detetada em sede de controlo no local, dá lugar a uma redução no montante a pagar de 5% por cada verificação irregular, aplicável a partir da segunda falha verificada, até ao limite de quatro irregularidades, a partir da qual o requerente ficará excluído do regime no ano letivo em causa”, aponta ainda o diploma. Por sua vez, se esta circunstância, se se verificar em dois anos letivos seguidos, há uma “exclusão do regime no ano letivo em causa e no seguinte”.

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Infraestruturas de Portugal chega a acordo para salário mínimo de 900 euros

Remuneração mínima no grupo do Estado vai ser definida nos 900 euros, nos termos de um acordo fechado com seis sindicatos com "representatividade". Empresa também fala em "atualizações" salariais.

A Infraestruturas de Portugal (IP) vai deixar de praticar salários inferiores a 900 euros, no âmbito de um acordo alcançado com seis sindicatos que estabelece esta remuneração mínima a praticar na empresa, e que também procede a “atualizações remuneratórias”.

“Um dos elementos relevantes da proposta apresentada pela IP e objeto de acordo foi a definição de 900 euros como remuneração mínima a praticar na empresa”, informou esta quinta-feira a IP num comunicado.

O grupo de capital público revelou ter “sido possível chegar a acordo” um conjunto de sindicatos com “representatividade”, nomeadamente SINFA, ASCEF, SINAFE, SINDEFER, FENTCOP e SINTAP, sendo “expectável que outras organizações sindicais igualmente relevantes possam também vir a aderir ao presente acordo de atualização remuneratória”.

Na nota, a IP não refere que outras condições terão sido acordadas com os trabalhadores, nomeadamente o nível da referida atualização. A empresa tem sido fustigada por greves, que têm impactado, por exemplo, a circulação ferroviária, e, em reação ao acordo, o grupo assinala “e congratula-se pelo clima construtivo em que decorreram as negociações”.

Esse clima positivo e as “pontes criadas” permitirão “a continuação da negociação de outras importantes matérias do acordo coletivo de trabalho que vigora nas empresas do grupo IP”, remata a companhia.

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Dívida pública desceu 9,4 mil milhões de euros em 2023. “Só aconteceu duas vezes nos últimos 50 anos”

"Os dados mostram que a queda da dívida em percentagem do PIB foi acompanhada de queda da dívida em valor real", indicou Medina.

A dívida pública reduziu-se, em termos absolutos, em 9,4 mil milhões em 2023, revelam os dados do Banco de Portugal divulgados esta quinta-feira. Esta “diminuição em termos reais só aconteceu duas vezes nos últimos 50 anos”, destaca o ministro das Finanças, em conferência de imprensa de apresentação dos dados.

“Os dados mostram que a queda da dívida em percentagem do PIB foi acompanhada de queda da dívida em valor real. Devemos menos 9,4 mil milhões de euros do que no ano passado”, indica Fernando Medina.

Esta redução em termos absolutos apenas tinha acontecido em 2021, quando a dívida pública caiu 1,4 mil milhões de euros. A diminuição da dívida pública vai permitir poupar 3.300 milhões em juros em dez anos, de acordo com os cálculos apresentados por Medina.

Com esta trajetória de redução, Portugal sai “claramente do grupo dos países mais endividados da Europa” e tem também uma “posição mais segura e protegida perante instabilidades e incertezas ate este resultado”.

O ministro explica que este resultado foi possível devido a “muitas circunstâncias”, com destaque para o “crescimento da economia e emprego”. “Os dados do emprego mostram que batemos de novo um máximo histórico de pessoas a trabalhar no nosso país”, nota, sendo que há por isso “mais pessoas a trabalhar, a receber salários e a gerar receita fiscal.”

O emprego foi assim uma “chave”, que “permitiu ir ultrapassando o que era os valores estimados de receita fiscal”. Medina assegura ainda que “não deixou de ser feito nada, houve mais investimento público do que tinha havido” no ano anterior, ainda que tenha sido inferior ao orçamentado.

Depois, o ministro diz que a inflação também teve impacto na redução da dívida. “O resultado final em termos de dívida pública tem quatro variáveis: uma grande variável em sentido negativo é a fatura com juros”, mas na diminuição temos três linhas: crescimento da economia, inflação e saldos primários.

Apesar da inflação ter sido generalizada pela Europa, o “que já foi um quadro de exceção no quadro europeu foi apresentarmos saldos primários positivos, não desperdiçámos a dinâmica de crescimento e de inflação ao parar e deixar de ter saldos primários positivos”, reitera. “Seria desaproveitar uma oportunidade histórica em 30 anos”, assume, sendo que a “inflação é uma ajuda para os devedores.”

(Notícia atualizada às 14h20)

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Redução da dívida permite poupar 3.300 milhões em juros em dez anos, calcula Medina

"Este resultado vai permitir libertação de recursos em juros para apoiar políticas públicas no país", defende ministro das Finanças em gestão.

A diminuição da dívida pública, que ficou abaixo dos 100% do PIB em 2023, e encolheu também em termos absolutos, vai permitir reduzir os custos com juros em 3.300 milhões de euros ao longo de dez anos, calculou o ministro das Finanças esta quinta-feira, numa conferência de imprensa após a divulgação dos dados pelo Banco de Portugal.

Os dados mostraram que a dívida pública se reduziu, em termos absolutos, em 9,4 mil milhões de euros. Além disso, o peso da dívida pública no PIB caiu para 98,7%, ficando assim abaixo dos 100% do PIB pela primeira vez desde 2009.

Fernando Medina defendeu que “este resultado vai permitir a libertação de recursos em juros para apoiar políticas públicas no país”. “A diminuição significará que reduziremos custos em juros em 3.300 milhões de euros” entre 2024 e 2034, apontou o governante em gestão.

Estes cálculos são feitos tendo em conta a redução da dívida nominal em 2023 em 9,4 mil milhões de euros e assumindo o custo médio das novas emissões de dívida pública observado em 2023 de 3,5%, acumulado durante o prazo de emissões mais utilizado (10 anos).

(Notícia atualizada pela última vez às 14h27)

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“Se não vêm falar connosco, em breve tomamos Lisboa”, ameaçam agricultores

  • Lusa
  • 1 Fevereiro 2024

Manifestantes na fronteira em Elvas ameaçam avançar para a capital portuguesa caso o Governo não fale com os agricultores. Movimento Civil diz estar "tudo em aberto" em matéria de protestos.

Os agricultores concentrados junto à fronteira do Caia, em Elvas, distrito de Portalegre, ameaçaram esta quinta-feira levar os protestos até Lisboa caso o Governo não os contacte sobre as reivindicações do setor.

Já temos confirmação de Espanha que eles [agricultores] vão avançar com o fecho das fronteiras, pelo que a nossa ação aqui em Caia deixa de fazer sentido. Se não vêm [Governo] falar connosco, em breve tomamos Lisboa“, disse João Dias Coutinho, do Movimento Civil de Agricultores, em declarações à agência Lusa.

O responsável disse ainda que “tudo está em aberto” em matéria de protestos, sublinhando que o objetivo traçado para esta quinta-feira foi cumprido.

Os agricultores estão na rua com os seus tratores, de norte a sul, reclamando a valorização do setor e condições justas, num protesto que está a bloquear várias vias rodoviárias, tal como tem acontecido em outros pontos da Europa.

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Banqueiros elogiam redução da dívida pública. “Agora não haja desgoverno”, pedem

CEO da Caixa destacou que alívio da dívida pública para menos de 100% do PIB é "especial" pois vai baixar juros pagos pelos contribuintes. Líder do BCP não quer desgoverno em cenário eleitoral.

Os líderes dos principais bancos em Portugal elogiaram a redução do peso da dívida pública para um patamar inferior aos 100% e reclamam agora que “não haja desgoverno” por conta das eleições.

A maior vitória, nos últimos anos, foram as contas públicas equilibras e a sustentabilidade da dívida pública. (…) Acho importantíssimo para o futuro, temos responsabilidade coletiva que não haja desgoverno nesta matéria”, referiu o CEO do BCP, Miguel Maya, na conferência Fórum Banca, organizada pelo Jornal Económico.

Maya havia tocado no ponto das eleições, das quais não tem receio de que possam colocar em risco os resultados alcançados até agora. “Temos de estar preparados para qualquer resultado que surja. Temos uma democracia consolidada. Pode haver instabilidade, mas não há uma transformação que possa por tudo em risco“, disse o líder do BCP.

O Banco de Portugal anunciou esta quinta-feira que a dívida pública caiu para 98,7% do PIB no final do ano passado.

“A redução da dívida pública não deve ser minimizada. Os economistas não podem dizer que era um elefante na sala e agora que não é nada especial. É especial no sentido de fortalecer o rating das empresas. E no sentido de que vai diretamente ao bolso dos contribuintes nos juros pagam pelo serviço da dívida”, disse Paulo Macedo.

O líder da Caixa destacou que Portugal já paga taxas de juro abaixo de Espanha e Itália e “vamos ver o que vai acontecer em relação a França”.

O governador do Banco de Portugal também elogiou a redução da dívida, dizendo que “não é um epifenómeno, não é uma situação que acontece por acaso”. Antes, prosseguiu Mário Centeno, “resultou de um esforço que passa pelas famílias, empresas e, necessariamente, pelo Estado”, sendo “um caminho que temos de continuar a fazer”.

Do ponto de vista macroeconómico, Portugal realizou um caminho “muito pouco habitual”, disse ainda o ex-ministro das Finanças, porque conseguiu “desalavancar, investir e crescer” ao mesmo tempo. “Não é um resultado muito habitual, foi o que Portugal fez na última década”, frisou.

Já o CEO do Santander Portugal, Pedro Castro e Almeida, disse que “ter contas certas é o mínimo”. “É como ter um terreno limpo, é melhor do que ter um terreno com imensos pedregulhos como tínhamos em 2011 ou 2012. Mas convém semear alguma coisa”, apontou. “O problema de Portugal é de crescimento, há 20 anos que não crescemos”, referiu Castro e Almeida.

Neste ponto, os líderes do Banco Montepio e do BPI exigiram uma maior ambição. “Precisamos de uma agenda mais ambiciosa”, salientou Pedro Leitão. Num outro painel, João Pedro Oliveira e Costa referiu que “não pode haver conformismo”.

(Notícia atualizada com mais informação)

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