Huawei prepara mudança de CEO em Portugal

Atual CEO da Huawei Portugal deve deixar a função em breve, apurou o ECO. Tony Li está há mais tempo no cargo do que estiveram os seus dois últimos antecessores.

A Huawei vai mudar a liderança da operação portuguesa este ano. O ECO apurou junto de duas fontes independentes que Tony Li irá deixar em breve o cargo de CEO da Huawei Portugal, a tecnológica chinesa que no ano passado foi proibida pelas autoridades de fornecer equipamentos e serviços para as redes 5G no país.

Tony Li assumiu a função de CEO da Huawei Portugal em 2019, tendo substituído Chris Lu, que lidera atualmente a subsidiária da Nigéria. Há mais de cinco anos a comandar os destinos da Huawei no mercado português, o atual CEO está há mais tempo na função do que estiveram os dois últimos líderes da subsidiária portuguesa, pelo que a saída é vista internamente com normalidade.

Sobre o timing da saída, uma das fontes disse que a mudança poderá ocorrer em junho, mas não foi possível confirmar esse calendário. A outra fonte afirmou apenas que a mudança irá ocorrer este ano.

Desconhece-se a identidade do próximo líder. Os dois últimos CEO da Huawei Portugal, Li e Lu, têm longas carreiras no grupo chinês, somando funções de liderança em várias geografias, pelo que uma das fontes que falou com o ECO especula que o próximo líder deverá ser outro quadro chinês da Huawei.

Tony Li (ao centro) está de saída do cargo de CEO da Huawei em Portugal

Tony Li foi líder executivo da Huawei Portugal num período de grande crescimento no país, mas bastante atribulado pelos impactos da pandemia e pelas tensões geopolíticas entre o ocidente e a China.

Em 2019, quando assumiu funções, as relações bilaterais entre Lisboa e Pequim tinham acabado de ganhar um novo elã pela visita do Presidente chinês Xi Jinping a Portugal em dezembro de 2018.

Além disso, no Parlamento, em março desse ano, o então primeiro-ministro António Costa tinha recusado restringir a Huawei Portugal — “não há nenhuma razão para excluir a Huawei do mercado”, disse –, numa altura em que os EUA já estavam a pressionar os aliados para restringirem a empresa, por receio de que possa ser um veículo de espionagem do regime chinês. Acusação que a Huawei sempre negou.

Nos dias que correm, o cenário é muito diferente. Apesar de ser amplamente reconhecida, a Huawei enfrenta sérias dificuldades por causa das restrições implementadas nos EUA, que impediram a empresa de aceder a tecnologias essenciais usadas nos seus telemóveis, mas mais ainda pela decisão do Estado português de, efetivamente, proibir as operadoras de telecomunicações de recorrerem aos equipamentos e serviços da Huawei para o desenvolvimento das suas redes 5G.

Em março de 2023, uma comissão do Estado ligada ao Gabinete Nacional de Segurança deliberou excluir das redes de telecomunicações certos fornecedores, como aqueles que tenham sede num país que não pertença à União Europeia, à NATO ou à OCDE. Fortemente limitada pela decisão, a Huawei avançou com uma impugnação na Justiça, ação que ainda está em curso.

O ECO contactou fonte oficial da Huawei Portugal e está a aguardar resposta.

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ADSE atualiza em junho tabelas de transportes e próteses intraoperatórias

  • Lusa
  • 30 Abril 2024

As novas tabelas da ADSE de transportes do regime livre, área em que foram encontrados indícios de fraude, e de próteses intraoperatórias no convencionado entram em vigor em 1 de junho.

As novas tabelas da ADSE de transportes do regime livre, área em que foram encontrados indícios de fraude, e de próteses intraoperatórias no convencionado entram em vigor em 01 de junho, sendo que a última não acarreta custos adicionais.

“O conselho diretivo da ADSE comunica que procedeu à atualização da tabela de transportes do regime livre. A nova tabela entra em vigor a 01 de junho de 2024”, indicou, em comunicado.

A ADSE sublinhou ter-se deparado com “custos muito avultados” na gestão dos serviços de transporte, sobretudo, deslocações em que o total de quilómetros percorridos “se encontram, indiscutivelmente, majorados face aos quilómetros efetivamente necessários”. A tabela que está em vigor não apresenta valores máximos de reembolso.

Por outro lado, a ADSE também constatou “enormes discrepâncias” nos valores que são cobrados aos beneficiários pelas empresas de transporte, nomeadamente em componentes como “taxa de saída”, “tempo de espera” e “valor por km”. “As situações acima mencionadas indicam a prática de atos de abuso e fraude a que a ADSE não pode ficar alheia”, notou.

A ADSE decidiu assim adotar medidas para controlar a despesa, anunciadas no seu portal. A nova tabela, que já apresenta um valor máximo de reembolso, prevê que a totalidade dos custos sejam assegurados, por exemplo, no caso do transporte de ambulância ou de VDTD (veículo dedicado ao transporte de doentes) para hemodialisados, cobaltoterapia, paramiloidose e hemofilia considerando a taxa de saída, o valor por km ou o tempo de espera.

O reembolso mínimo previsto na tabela é de 60%, no caso do valor por km para as viaturas de aluguer ou do tempo de espera, em deslocações superiores a 50 km e até duas horas.

A ADSE também decidiu atualizar os preços e regras da tabela de próteses intraoperatórias, incluída no regime convencionado, que vai entrar em vigor na mesma altura. Esta atualização não prevê custos para os beneficiários, tendo em conta que as próteses são totalmente financiadas.

Contudo, a ADSE estima que o impacto financeiro da atualização da tabela de próteses intraoperatórias vai aumentar a despesa suportada por este subsistema de saúde em 206.882,17 euros.

As alterações pretendem simplificar procedimentos, aumentar a previsibilidade da despesa, melhorar a eficiência dos rendimentos operacionais e combater eventuais abusos, esclareceu.

No que diz respeito à fixação de preços máximos, a ADSE explicou que inicialmente foi implementada uma tabela fixa de preços para estas próteses, mas, face aos pedidos dos pequenos prestadores, foi introduzida uma regra que permitiu a apresentação da fatura dos materiais, sempre que o preço da compra fosse superior ao fixado.

Porém, foram os grandes prestadores a apresentar um número elevado de faturas. “[…] A ADSE verificou existirem variações de preços superiores a 100% e até 200% para as mesmas próteses intraoperatórias, do mesmo fornecedor com o mesmo código de dispositivo intraoperatório”, apontou.

Destaca-se a instituição de uma regra que determina que a ADSE não comparticipa dispositivos médicos que não constem da tabela, salvo em situações excecionais, quando a utilização do mesmo é “imperiosa” para a saúde do doente.

O prestador também fica agora obrigado a informar previamente o beneficiário da não comparticipação de um dispositivo médico que não esteja na tabela ou cujo pedido seja “indeferido pelo departamento clínico da ADSE”.

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Ricardo Araújo Pereira protagoniza nova campanha da Worten assinada pela Fuel

  • + M
  • 30 Abril 2024

Ricardo Araújo Pereira volta a ser o protagonista da campanha, interpretando três personagens insatisfeitas. A criatividade é da Fuel, a produção da Take It Easy e planeamento de meios da Arena Media.

Com o conceito “na Worten é tudo como tu queres”, a marca aposta numa nova linha de comunicação focada na variedade de oferta e conveniência, visando mostrar que a Worten consegue satisfazer até os clientes mais exigentes.

Ricardo Araújo Pereira volta a ser o protagonista da nova campanha da marca, que este ano se foca na oferta e conveniência com uma nova abordagem, onde o humorista interpreta personagens icónicas que já foram por si representadas.

Em diferentes cenários, Ricardo Araújo Pereira interpreta assim três personagens insatisfeitas: Paulo numa competição culinária, Tozé num reality show e Antunes num concurso televisivo. Em comum – além de serem concorrentes em programas televisivos – têm o facto de poderem contar com a Worten para responder às suas necessidades. Para já, os portugueses podem ver os spots do “Paulo” e do “Tozé”.

A criatividade é assinada pela Fuel numa campanha que conta com produção da Take It Easy e realização de Tiago Guedes. A mesma marca presença em televisão, rádio, mupis, digital, lojas, app e site da Worten, tendo o planeamento de meios ficado a cargo da Arena Media.

No caso da rádio, a campanha conta com histórias exclusivas, que decorrem num formato de programa de entretenimento adaptado ao meio, sempre com Ricardo Araújo Pereira enquanto concorrente.

O humor faz parte do nosso ADN, está com a Worten desde sempre e continua a ser um recurso muito potente para reforçar a proximidade e a confiança com os consumidores e, materializado na figura do Ricardo Araújo Pereira, é a garantia de um resultado muito divertido, perfeitamente alinhado com o que é a Worten”, diz António Fuzeta da Ponte, head of brand and communication da Worten, citado em comunicado.

“Estas personagens, que todos já tínhamos saudades de ver, representam aquelas pessoas que nunca estão satisfeitas, mas que na Worten encontram tudo o que querem, como querem. Queremos mostrar aos portugueses que na Worten ‘é tudo como tu queres’, com uma campanha que nos deixa muito orgulhosos e que trará aos portugueses um sorriso todos os dias”, acrescenta.

Temos sempre uma ambição que nos guia: que a Worten seja uma coisa boa e agradável no dia de alguém. Seja pelo que vendemos, seja pela publicidade que servimos”, diz o head of brand and communication da Worten.

Pautada pelo humor, a campanha tem como objetivo surpreender os portugueses, de uma forma alinhada com o posicionamento da marca e do próprio Ricardo, refere-se em nota de imprensa. E se antes já se sabia que a marca tem “tudo e mais não sei o quê”, agora percebe-se que “é mesmo tudo como tu queres”.

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Promotora imobiliária Krest investe 153 milhões em 3 novos projetos em Portugal

  • Lusa
  • 30 Abril 2024

Os três projetos habitacionais devem iniciar a construção este ano em Lisboa, Paço de Arcos e Alvor, numa área total de 63.400 metros quadrados de “vão envolver mais de 500 postos de trabalho".

A promotora imobiliária Krest Real Estate Investments anunciou esta terça-feira um investimento total de 153 milhões de euros em três projetos habitacionais com construção prevista para este ano em Lisboa, Paço de Arcos e Alvor.

Em comunicado, a Kresta avança que estes projetos – a apresentar no Salão Imobiliário de Portugal (SIL), que decorre de quinta-feira até domingo na FIL, no Parque das Nações, em Lisboa – correspondem a uma área de 63.400 metros quadrados de “vão envolver mais de 500 postos de trabalho nas áreas da construção, conceção e gestão futura dos edifícios e respetivas estruturas”.

Com uma área de 8.300 metros quadrados e um investimento de 18 milhões de euros, o “Alvor The Breeze” é um condomínio fechado à beira-mar, com vistas sobre a lagoa de Alvor e o oceano Atlântico. O seu lançamento comercial acontecerá na quinta-feira e a construção terá início em julho, com conclusão prevista para o terceiro trimestre de 2026. Segundo avança a promotora, este projeto prevê 24 apartamentos, distribuídos por dois edifícios de três pisos cada, contando com uma piscina comum, jardins privados, um ginásio e estúdio de yoga privados e uma receção principal.

o “Formoso Marvila”, situado no bairro com o mesmo nome, em Lisboa, e com uma área de construção de 9.300 metros quadrados, é um projeto assinado pelo arquiteto Ricardo Bak Gordon de renovação de um histórico armazém de vinhos. É composto por 50 apartamentos, entre T1 a T3 duplex, com vista para o Rio Tejo, tendo lançamento comercial agendado para julho, o início da construção previsto para setembro/outubro e conclusão esperada para o final de 2026. O terceiro projeto hoje anunciado pela Krest é o empreendimento “Arcoverde New Urban Living”, no município de Oeiras, com uma área de 45.800 metros quadrados e um investimento de 105 milhões de euros.

Com lançamento comercial previsto para julho e início da construção para o final deste ano, o empreendimento é composto por oito edifícios com apartamentos de um a quatro quartos, totalizando 199 unidades, com estacionamento subterrâneo e unidades comerciais. A conclusão dos primeiros edifícios deverá acontecer até 2026.

Citado no comunicado, o chief servant officer da Krest diz aguardar “com expectativa o decorrer do ano de 2024 e a evolução do mercado imobiliário português”, no qual a empresa está “cada vez mais envolvida”.

Estamos a apresentar os nossos novos projetos que representam um investimento importante, criam valor em Lisboa, Paço de Arcos e Alvor e contribuem para a sustentabilidade destas localidades em Portugal. Não só atraem e servem os novos moradores, mas também a comunidade local, através de serviços, zonas de lazer, espaços para desfrutar a natureza, integrando assim uma forte componente de sustentabilidade ambiental, mas também de sustentabilidade social”, sustenta.

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IAPMEI cria departamento de apoio ao desenvolvimento industrial após perder competências para as CCDR

Com a descentralização das competências de licenciamento dos estabelecimentos industriais para as CCDR, transitou um conjunto de colaboradores do IAPMEI, afetos ao licenciamento.

O IAPMEI deixou de exercer as competências de licenciamento dos estabelecimentos industriais e licenciamento das Zonas Empresariais Responsáveis (ZER), que foram transferidas para as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), em maio do ano passado, mas foi necessário criar um departamento de apoio ao desenvolvimento industrial, para assegurar a gestão da plataforma eletrónica de suporte.

Este departamento entrou em funções a 1 de março e desempenha diversas funções como assegurar a gestão do sistema de informação dos estabelecimentos industriais, para permitir o conhecimento efetivo das atividades industriais exercidas em Portugal e a produção de informação que serve de suporte à definição ou execução de políticas públicas no setor industrial, como elenca a deliberação do Ministério da Economia publicada em Diário da República, a semana passada.

Promover o conhecimento junto das empresas, em coordenação com outras entidades e parceiros estratégicos, para “apoiar o desenvolvimento da política de indústria, com enfoque na economia circular e na sustentabilidade” e assegurar a elaboração de instrumentos de apoio e a realização de ações divulgação e informação junto das empresas e assegurar o acompanhamento e monitorização da implementação da política de indústria, são outras das funções deste novo departamento.

Com a descentralização de competências para as CCDR, transitou também um conjunto de colaboradores do IAPMEI, afetos ao licenciamento, para as mesmas, confirmou ao ECO, fonte oficial da entidade liderada por Luís Guerreiro, sem, no entanto, quantificar o número de pessoas envolvidas.

Mas como “o IAPMEI mantém intervenção no quadro do Sistema da Indústria Responsável (SIR), garantindo a gestão da plataforma eletrónica de suporte, foi também necessário salvaguardar a existência de uma pequena equipa capaz de garantir a manutenção da mesma nesta fase de transição”, acrescentou a mesma fonte oficial sem precisar números.

Esta “pequena equipa” tem ainda a função de apoiar as atividades desenvolvidas no âmbito da assistência empresarial, complementando com conhecimento técnico da política industrial; acompanhar a definição de planos e instrumentos de ordenamento do território; assegurar o acompanhamento da transição de competências do licenciamento industrial para as CCDR e acompanhar e participar na troca de informação no âmbito do planeamento industrial de emergência.

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Fábrica de unicórnios arranca com programa de empreendedorismo jovem

Inscrições para os hackathons do programa "Future Innovators Program", dirigido a estudantes universitários, decorrem até 5 de maio.

Unicorn Factory Lisboa lançou o “Future InnovatorsProgram” para dar impulso ao empreendedorismo junto a estudantes universitários. As inscrições para os hackathons do programa gratuito, que tem o apoio do PRR no âmbito da medida de Vales Incubadoras, decorrem até 5 de maio.

“O objetivo do Future Innovators Program é o de desenvolver competências críticas e um espírito inovador e empreendedor junto dos jovens, através de experiências práticas com base em problemas e desafios reais. Os jovens trazem consigo um grande poder de mudança e são a força motora para soluções disruptivas do futuro. Em conjunto com os nossos parceiros Sonae e José de Mello na globalidade das iniciativas de Empreendedorismo Jovem e com a Claranet e o .PT especificamente nesta iniciativa, queremos apostar no seu desenvolvimento para que no futuro possam ser líderes inovadores nas suas carreiras profissionais, e também que olhem para o empreendedorismo como uma saída profissional promissora em Portugal”, conclui Gil Azevedo, diretor executivo da Unicorn Factory Lisboa, citado em nota de imprensa.

Com mais de 500 estudantes inscritos, a Academia Digital marca o arranque do programa. A plataforma de e-learning (criada com o apoio da startup incubada NetworkMe) reúne “25 vídeos práticos de formação, estruturados em seis blocos onde se trabalha diferentes tópicos essenciais para a fase de ideação, validação e de desenvolvimento de novas soluções”, informa nota de imprensa. Cristina Fonseca (Indico Capital), Mário Tarouca (Framedrop), Miguel Santo Amaro (Coverflex) ou Jaime Jorge (Codacy) são alguns dos profissionais ligados a fundos e a startups envolvidos neste projeto.

Cada estudante terá oportunidade de selecionar um dos desafios propostos pelos parceiros. A Sonae e a José de Mello, enquanto Global Youth Partners, desafiam os alunos a reinventar a Educação; a Sonae, através da Sierra, a sua unidade de negócio de Imobiliário, a transformar a experiência física e digital nos centros comerciais; e a Claranet procura projetos que “inovem na experiência das smart cities através do desenvolvimento e modernização de aplicações.”

Concluída a academia e analisados os pitch decks, o vencedor ganha um prémio de 2.000 euros e os dez estudantes melhores classificados a entrada direta para os hackathons e ainda uma subscrição Pro da DIG-IN de 12 meses.

Em maio, arranca a segunda fase do programa com a realização dos dois hackathons – no Porto (11 e 12 de maio) e Lisboa (18 e 19 de maio) – a partir dos desafios lançados pelas empresas parceiras. “Os universitários que tenham completado a Academia podem formar equipas entre duas a cinco pessoas, convidando outros interessados que não tenham tido a oportunidade de participar na primeira fase do programa”, informa nota de imprensa. As equipas terão depois cerca de 24 horas para construir um protótipo tecnológico.

As três equipas vencedoras de cada hackathon recebem prémios no valor total de 4.000 euros, tendo acesso direto ao programa de pré-aceleração que se realiza em setembro.

Com a duração de um mês, com várias sessões de formação e de mentoria, bem como validação do projeto no mercado, o programa termina num demo day, dando aos participantes oportunidade de apresentar os seus projetos aos parceiros e potenciais investidores. O vencedor global da iniciativa receberá um prémio final de 10 mil euros.

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Albufeira começa a cobrar taxa turística de dois euros a 21 de maio

  • Lusa
  • 30 Abril 2024

A entrada em vigor estava prevista para 2 de maio, mas "alguns constrangimentos na utilização da aplicação informática de pagamento” adiou a cobrança para 21 de maio.

A Câmara de Albufeira, no distrito de Faro, prevê começar a cobrar, a partir de 21 de maio, uma taxa turística de dois euros pelas dormidas no concelho durante a época alta. O regulamento que define as condições da aplicabilidade da taxa foi publicado esta terça-feira em Diário da República, apontando o dia 2 de maio para a sua entrada em vigor.

Contudo, a Câmara de Albufeira informou em comunicado que a aplicação “encontra-se suspensa até ao dia 20 de maio, dado terem surgido alguns constrangimentos na utilização da aplicação informática de pagamento”. Assim, “prevê-se como data de início da cobrança o dia 21 de maio”, refere o presidente do município, José Carlos Rolo, citado na nota.

Albufeira é considerado como o “município capital do turismo” do Algarve, possuindo mais de 150 unidades hoteleiras e mais de 9.000 alojamentos locais. Com a entrada em vigor da cobrança da taxa turística, Albufeira passou a integrar o grupo de municípios do Algarve que recebem um valor pelas dormidas de turistas no concelho, juntamente com Portimão, Lagoa, Vila Real de Santo António, Faro e Olhão.

De acordo com o regulamento, a taxa tem um valor de dois euros entre 01 de abril e 31 de outubro e será cobrada até ao máximo de sete noites seguidas a todos os hóspedes com idade igual ou superior a 13 anos. A medida aplica-se pelas dormidas remuneradas em empreendimentos turísticos, estabelecimentos de alojamento local, parques de campismo e parques de caravanismo, independentemente da modalidade de reserva (presencial, analógica, ou via digital).

Os hóspedes cuja estadia seja motivada por tratamento médico, estendendo-se a um acompanhante, mediante apresentação de documento comprovativo da marcação/prestação de serviços médicos ou documento equivalente ficam isentos da taxa. A medida aplica-se ainda aos hóspedes que durante a estadia adoeçam, ou necessitem de cuidados médicos, mediante apresentação de documento comprovativo e durante o tempo em que estiverem doentes.

Segundo a autarquia, a verba arrecadada com a taxa turística será investida “em projetos de acessibilidades e valorização da orla costeira, em ações no âmbito das alterações climáticas, sustentabilidade e mobilidade e apoio às forças de socorro e emergência”. Os investimentos abrangem também as áreas de “apoio à saúde, património cultural e promoção de atividades culturais e desportivas, promoção e valorização turística e de novos produtos turísticos”, conclui a nota.

Para esclarecer dúvidas sobre a entrada em vigor da taxa turística, o município vai promover ações para responsáveis dos hotéis e dos alojamentos locais, nos dias 10 e 14 de maio.

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Leasing, Factoring e Renting batem recorde histórico em 2023

  • Lusa
  • 30 Abril 2024

Em 2023, o “único sinal negativo” surgiu na locação financeira imobiliária, embora o crescimento de 20,5% no leasing mobiliário mais que tenha compensado esse decréscimo.

As três áreas de negócio representadas na Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting financiaram a economia em 47.800 milhões de euros em 2023, mais 5,9% em termos homólogos e um máximo histórico, revelou esta terça-feira a associação do setor.

O financiamento dos três setores (leasing, factoring e renting), que representa mais de 90% do mercado português, mostraram em 2023 “um crescimento homólogo de 5,9% no apoio dado à economia nacional”, refere a ALF em comunicado, adiantando que, no ano em análise, o “somatório de 47.800 milhões de euros equivale a cerca de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) português” e constitui um novo máximo histórico.

A nota divulgada refere ainda que os três setores fecharam 2023 com ganhos, desde os 5% do valor de créditos tomados do factoring, aos 53% do valor das viaturas novas contratadas em renting, passando ainda pelos 8,5% do reforço do valor dos investimentos em leasing. “Os 47.800 milhões de euros resultantes da soma dos contratos de leasing e renting, juntamente com as faturas adquiridas pelas factors em 2023, representam um aumento de quase 2.700 milhões de euros, face a 2022”.

“Este aumento é composto por um crescimento de 350 milhões de euros na produção de renting, 200 milhões no leasing e uns expressivos 2.100 milhões de euros no factoring”, adianta. O presidente da ALF, Luís Augusto, considerou que “o ano 2023 desafiou todas as previsões, conjugando um segundo conflito com impacto na Europa, a incerteza na política monetária do Banco Central Europeu (BCE), e, em Portugal, a queda de um Governo com maioria e convocação de eleições antecipadas”.

“Apesar de tudo, o financiamento especializado revelou um crescimento robusto, contribuindo para o crescimento da economia portuguesa”, destacou, citado no comunicado, concluindo que os números de 2023 “contrariam eventuais visões pessimistas” e as projeções da ALF para 2024, o ano do seu 40.º aniversário, “reforçam o papel do financiamento especializado no apoio à formação do PIB” português.

Quanto ao factoring, que em 2021 valia 34.500 milhões de euros e no ano seguinte atingiu os 42.000 milhões de euros, encerrou 2023 com um total de 44.200 milhões de euros em faturas tomadas. Em apenas dois anos, o desempenho do factoring aumentou em 18%, equivalente a cerca de 10.000 milhões de euros, destacando-se ainda o confirming (gestão dos pagamentos das empresas junto dos seus fornecedores), que registou um crescimento de 7,4%, para um acréscimo de 1.370 milhões de euros face ao ano anterior, e para o factoring internacional.

O factoring à importação, que consiste no apoio ao pagamento de faturas de um cliente nacional ao seu fornecedor estrangeiro, superou o valor de 2022 em 51%, passando de 360 milhões de euros para os 544,6 milhões. Quanto ao factoring à exportação, que proporciona apoio no recebimento de faturas de clientes localizados no estrangeiro, cresceu 2,4%, para cerca de 121 milhões de euros a mais que no ano anterior, totalizando 5.150 milhões de euros.

Já o factoring doméstico, a modalidade com recurso manteve-se estável, face a um crescimento de 4,3% da modalidade sem recurso. Por sua vez, o renting colocou 36 mil viaturas novas em circulação nas estradas portuguesas, num valor que superou os mil milhões de euros, um crescimento de 53% face aos 667 milhões de euros de contratos novos em 2022.

A atual frota em circulação contratada através de renting alcançou os 2.480 milhões de euros em valor, crescendo 18% face 2022, sendo que em número de viaturas são agora 133.748 unidades ligeiras a circular nas estradas portuguesas, das quais mais de 80% da categoria de passageiros. Em 2023, o “único sinal negativo” surgiu na locação financeira imobiliária, embora o crescimento de 20,5% no leasing mobiliário mais que tenha compensado esse decréscimo.

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Portugal com 440 praias, marinas e embarcações com Bandeira Azul em 2024

  • Lusa
  • 30 Abril 2024

"Portugal destaca-se enormemente nas praias do interior. Somos, a nível mundial, o segundo país com mais praias de interior [fluviais], com 49, mais do dobro de Espanha e de Itália", diz a associação.

Portugal conta este ano com 440 praias, marinas e embarcações com Bandeira Azul, mais oito que em 2023, tornando-se o segundo país do mundo com maior número de praias fluviais galardoadas, anunciou esta terça-feira a Associação Bandeira Azul Europa.

O anúncio foi feito no Aquário Vasco da Gama, no Dafundo, concelho de Oeiras, distrito de Lisboa, pelo presidente da Associação Bandeira Azul da Europa, José Archer, que adiantou que na próxima época balnear vão hastear a Bandeira Azul 398 praias, distribuídas por 103 municípios. Uma praia distinguida com Bandeira Azul obedece a vários critérios, entre os quais a qualidade da água e espaço (ordenamento), segurança e serviços, vigilância e sensibilização das pessoas (educação ambiental).

O responsável considerou uma “boa notícia” o número de praias, marinas e embarcações com Bandeira Azul “ter voltado a crescer”, apontando que nas praias se está “resvés para chegar às 400”. José Archer destacou também o “contínuo crescimento das praias do interior”, admitindo que são “naturalmente muito mais sensíveis, mais difícil de atingir e manter”.

“Portugal destaca-se enormemente nas praias do interior. Somos, a nível mundial, o segundo país com mais praias de interior [fluviais], com 49, mais do dobro de Espanha e de Itália é um número que merece realce”, acrescentou. Já em termos de praias costeiras, o responsável sublinhou que o número de praias da costa portuguesa com Bandeira Azul “está totalmente consolidado”, sublinhando que se vai “crescendo há medida que se vai conseguindo designar novas praias”.

Em relação à perda da Bandeira Azul, José Archer disse que todas as situações, em relação ao ano passado, tiveram em conta a qualidade da água, sendo que no caso da Zambujeira do Mar está relacionada com o impacto do festival de verão que decorre na localidade do sudoeste alentejano, no concelho de Odemira, distrito de Beja.

Nas praias fluviais “mais sensíveis”, acrescentou, basta “a montante haver algum acidente ou derrame e acaba por ter um impacto na qualidade da água”. “São situações pontuais, que é uma pena porque acabam por ficar um ano sem poder hastear a Bandeira Azul, também é um alerta para o comportamento das pessoas que às vezes uma atitude imprudente leva a que o esforço de uma comunidade vá por agua abaixo”, referiu.

A nível internacional, Portugal ocupa o segundo lugar no que diz respeito a embarcações ecoturísticas galardoadas, com 23, tendo sido igualmente distinguidas 19 marinas. Nestas duas categorias registaram-se mais duas distinções que no ano passado. A cerimónia oficial de hastear da primeira Bandeira Azul em praia costeira vai decorrer na praia da Fontinha, no Porto Santo, na Madeira, em 01 de junho.

O primeiro hastear de Bandeira Azul em praia fluvial vai realizar-se em Agroal, Ourém, no distrito de Santarém, em 07 de junho. Já a primeira marina onde será hasteada a Bandeira Azul será no Porto de Recreio da Calheta, na Madeira, no dia 31 de maio.

As praias costeiras e fluviais distinguidas estão distribuídas pelo Norte (89, mais duas do que no ano passado), Centro (48, mais uma), Tejo (75, menos uma), Alentejo (38, menos uma), Algarve (86, mais uma), Açores (45, mais uma) e Madeira (17, mais uma). O Programa Bandeira Azul é um programa de educação para o desenvolvimento sustentável, promovido em Portugal pela Associação Bandeira Azul da Europa, secção portuguesa da Fundação para a Educação Ambiental.

A época balnear de cada ano é definida em portaria, publicada em Diário da República, que identifica as águas balneares e a definição da respetiva época, considerando-se até lá que, a nível nacional, decorre de 1 de maio até 30 de outubro.

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Decathlon distribui 1,5 milhões pelos trabalhadores

Decathlon Portugal decidiu distribuir 1,5 milhões de euros pelos seus 1.800 trabalhadores. Valor será recebido em ações, mas parte pode ser alocada noutra forma de poupança ou em dinheiro.

A Decathlon anunciou esta terça-feira que vai distribuir 1,5 milhões de euros dos seus lucros pelos seus trabalhadores em Portugal. O valor será recebido em forma de ações, mas metade poderá ser alocado noutra forma de poupança ou em dinheiro, indica a empresa.

“Para a Decathlon Portugal e respetivas equipas este é um momento marcante, pois a distribuição de 1,5 milhões de euros pelos seus colaboradores traduz o empenho coletivo e a motivação que cada um coloca no seu trabalho para o sucesso da marca”, assinala a empresa, numa nota enviada às redações.

Com 1.800 trabalhadores no país, a Decathlon garante que desde 2010 tem distribuído “parte do sucesso económico” com os empregados, o que tem tornado “cada colaborador coproprietário”.

Em reação, João Manuel Rodrigues, diretor de recursos humanos da Decathlon Portugal, defende “que nada se consegue sem o bem-estar de equipas implicadas” e assinala que a distribuição de resultados agora anunciada “é também uma forma de recompensar o trabalho e responsabilização de cada um, de associar cada colaborador ao nosso sucesso coletivo e ao crescimento da marca”.

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Alvo espanhol da química Bondalti vê lucros afundarem 76% no arranque do ano

Numa altura em que está em curso a OPA lançada pela empresa química do grupo José de Mello, a empresa catalã reporta uma queda de 76% nos lucros no primeiro trimestre face à "fraca" procura europeia.

A gigante espanhola Ercros viu os lucros afundarem 76% no primeiro trimestre, para três milhões de euros, numa altura em que está em curso uma oferta pública de aquisição (OPA) da Bondalti sobre 100% das ações da empresa química. A empresa explica que os resultados acontecem “num contexto de ajustamento conjuntural” e são justificados com a “fraca” procura europeia.

“Estes resultados foram alcançados num contexto de ajustamento conjuntural, com a procura europeia a continuar a dar sinais de fraqueza e com mercados muito voláteis e sujeitos a forte concorrência“, lê-se no comunicado da empresa catalã, divulgado esta segunda-feira. No mesmo documento, a Ercros dá nota que, até março, o volume de negócios diminuiu 15,7%, para 188 milhões de euros.

Relativamente ao EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, a empresa química terminou o primeiro trimestre com 14,33 milhões de euros, igualmente uma quebra face aos 30,33 milhões de euros do período homólogo. Apesar da quebra nos lucros, a Ercros garante manter uma “posição financeira sólida”, com 141 milhões de euros de liquidez.

Foi a 5 de março que a empresa química do Grupo José de Mello, através da subsidiária Bondalti Ibérica, com sede em Barcelona, lançou uma OPA sobre 100% das ações da espanhola Ercros, especializada na produção e venda de produtos químicos e farmacêuticos.

A oferta comunicada ao regulador espanhol é de 3,6 euros por ação. O valor total da operação ronda os 329 milhões de euros, calcula a empresa portuguesa, que pretende retirar as ações da Ercros da bolsa espanhola. O grupo industrial catalão emprega atualmente 1.350 pessoas e tem três divisões: cloro, produtos químicos e farmacêutica.

Do país vizinho já começaram a chegar os sinais de que a empresa nacional, presente em Espanha há mais de 20 anos, não terá vida fácil. Primeiro, foi o conselho de administração a assinalar que a OPA foi “não solicitada” e “não acordada” previamente. Poucos dias depois, o advogado madrileno Víctor Manuel Rodríguez Martín, que liderou importantes revoltas de pequenos investidores à frente da Ercros, tornou-se o maior acionista deste grupo industrial, passando a controlar mais de 6%, considerando que a oferta “é baixa e aproveita a debilidade da empresa”.

Mesmo com esta alteração na estrutura acionista, o poder continua a estar concentrado na mão dos pequenos investidores. Menos de 21% das ações correspondem a participações superiores a 3% do capital. Apesar de o advogado ser o maior investidor individual, o casal Joan Casas Galofré e Montserrat García Pruns controla em conjunto junto perto de 10% do capital. Surgem como os principais beneficiários da oferta, caso decidam aceitar os termos propostos pela empresa lusa. Se venderem na OPA encaixam 31 milhões de euros. Já o fundo norte-americano Dimensional Fund, participado pelo ex-ator e governador Arnold Schwarzenegger, detém 4,99%.

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Dois projetos portugueses entre os vencedores do novo banco do hidrogénio da UE

  • Lusa
  • 30 Abril 2024

Entre estes sete projetos vencedores de um leilão que atraiu 132 propostas no total estão duas iniciativas portuguesas: da Galp (Petrogal) e da MadoquaPower2X.

Dois projetos portugueses entre sete foram selecionados pela Comissão Europeia no primeiro concurso lançado pelo Banco Europeu de Hidrogénio, que mobilizará cerca de 720 milhões de euros para produção de hidrogénio renovável na União Europeia (UE).

A informação foi divulgada esta terça-feira pelo executivo comunitário em comunicado, com a instituição a dar conta de que “atribui hoje quase 720 milhões de euros a sete projetos de hidrogénio renovável selecionados no primeiro concurso lançado pelo Banco Europeu de Hidrogénio”, que “produzirão hidrogénio renovável na Europa”, que é usado por setores como o do aço, produtos químicos, navegação e fertilizantes.

Entre estes sete projetos vencedores de um leilão que atraiu 132 propostas no total estão duas iniciativas portuguesas, da Galp (Petrogal) e da MadoquaPower2X, estando em causa, respetivamente, 216 quilotoneladas e 511 quilotoneladas de hidrogénio ‘verde’ para um período de 10 anos.

O projeto da Galp (Green2Green II) tem uma capacidade de 200 megawatts elétricos, poderá evitar a liberação de 1.477 quilotoneladas de dióxido de carbono (CO2) em 10 anos e tem um preço de 0,39 euros por quilograma. Já o projeto MadoquaPower2X (MP2X) tem uma capacidade de 500 megawatts elétricos, poderá evitar a liberação de 3.494 quilotoneladas de CO2 em 10 anos e tem um preço de 0,48 euros por quilograma.

Bruxelas observa na nota que os sete proponentes vencedores “planeiam produzir simultaneamente 1,58 milhões de toneladas de hidrogénio renovável ao longo de 10 anos, evitando mais de 10 milhões de toneladas de emissões de CO2”. Estão localizados em quatro países europeus, entre os quais Portugal, Espanha, Noruega e Finlândia, com preços que variam entre os 0,37 e 0,48 euros por quilograma de hidrogénio renovável produzido.

Sem revelar o valor por projeto, a Comissão Europeia adianta que os sete projetos irão receber subvenções que variam entre oito milhões e 245 milhões de euros, tendo de começar a produzir hidrogénio renovável no prazo de cinco anos. Em novembro passado, a instituição lançou oficialmente o Banco Europeu de Hidrogénio, com um primeiro leilão orçado em 800 milhões de euros.

Definido está que, nesta primeira ronda, os projetos selecionados recebam a subvenção atribuída para além das receitas de mercado que geram com as vendas de hidrogénio, durante um período máximo de 10 anos, mas uma vez assinados os contratos é necessário começar a produzir hidrogénio renovável no prazo de cinco anos.

A ideia é que, com este banco, a Comissão Europeia assegure um financiamento necessário inicial de três mil milhões de euros para cobrir o risco da compra e venda de hidrogénio ‘verde’. Para a primavera de 2024, está prevista a segunda ronda de leilões do Banco Europeu do Hidrogénio. A UE estipulou como meta a de produzir 10 milhões de toneladas de hidrogénio ao nível nacional até 2030, no âmbito do plano energético REPowerEU.

A financiar o Banco Europeu do Hidrogénio estão as receitas provenientes do regime de comércio de licenças de emissão da UE entre 2020 e 2030, num orçamento estimado em 40 mil milhões de euros, e o Fundo de Inovação da UE. Esta iniciativa visa apoiar a produção doméstica de hidrogénio da UE e reduzir as importações de hidrogénio renovável de parceiros internacionais.

O hidrogénio ‘verde’ é proveniente de fontes renováveis, pelo que não emite CO2 e liberta quantidades diminutas de poluentes atmosféricos, e pode ser utilizado como matéria-prima, combustível e vetor de transporte ou armazenamento de energia e aplicado nos setores da indústria, dos transportes, da energia e dos edifícios.

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