Supremo aprecia pedido de habeas corpus de Manuel Pinho na quarta-feira

  • Lusa
  • 9 Maio 2022

O antigo ministro pretende deixar de estar em prisão domiciliária com vigilância eletrónica, por considerar esta medida coação ilegal.

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) decide na quarta-feira o pedido de “habeas corpus” apresentado pelo antigo ministro Manuel Pinho, que pretende deixar de estar em prisão domiciliária com vigilância eletrónica, por considerar esta medida coação ilegal.

Requerida no âmbito do caso EDP, a petição de “habeas corpus” – que visa a libertação imediata de um arguido sujeito a uma medida de coação privativa da liberdade – foi distribuída esta segunda no STJ à juíza conselheira Ana Maria Barata de Brito, tendo fonte ligada ao processo adiantado à agência Lusa que a sessão pública está marcada para quarta-feira, às 10:30.

De acordo com o “habeas corpus”, a que a Lusa teve acesso, o pedido de cessação da obrigação de permanência na habitação com vigilância eletrónica (OPHVE) funda-se em dois motivos: “Ilegalidade do decretamento da medida de OPHVE como alternativa à caução” e “erro grosseiro na apreciação do requisito do receio do perigo de fuga em que se funda a medida de coação”.

Manuel Pinho está em prisão domiciliária desde dezembro, altura em que o juiz Carlos Alexandre, do Tribunal Central de Instrução Criminal, lhe impôs como medida de coação o pagamento de uma caução de seis milhões de euros, ficando o arguido com pulseira eletrónica caso não efetuasse este pagamento.

A defesa do antigo ministro da Economia (2005-2009), a cargo do advogado Ricardo Sá Fernandes, havia já recorrido das medidas de coação para o Tribunal da Relação de Lisboa, que, em 19 de abril, revogou a parte do despacho do juiz do TCIC “em que substitui a OPHVE pela prestação de caução, devendo ser proferido novo despacho a determinar se o arguido Manuel Pinho fica sujeito a OPHVE ou a caução, sendo que se a decisão for esta última (caução) deve o recorrente Manuel Pinho ser libertado, sem prejuízo de serem aplicadas outras medidas”.

Contudo, a Relação entendeu que efetivamente existia perigo de fuga, invocando, entre outros pontos, que Manuel Pinho e a mulher (e também arguida) Alexandra Pinho “têm muita facilidade em se deslocar para o estrangeiro, têm condições económicas para isso, pelo que é real a possibilidade de se eximirem à ação da justiça”, sublinhando ainda a mudança de residência para Espanha durante este processo.

No habeas corpus, a defesa lembra que Manuel Pinho – que está atualmente a cumprir a prisão domiciliária numa casa que possui em Gondizalves (Braga) – está sujeito a uma medida de coação “manifestamente ilegal”, reiterando que o alegado perigo de fuga “ostensivamente não ocorre” e que a decisão da Relação sobre esta matéria assentou num “erro grosseiro”, o que justifica agora a apresentação deste pedido.

“Aquilo em que se funda o presente pedido é no chocante erro de declarações enunciativas da verificação dos pressupostos de facto e de direito que, com base num alegado perigo de fuga, levaram ao decretamento da medida de coação em pauta”, lê-se na petição dirigida ao STJ.

Na petição, a defesa alega ainda que “é hoje incontroverso que circunstâncias tão gerais não consubstanciam, por si, um perigo de fuga” e que, se a Relação teve outro entendimento, “cabe ao STJ corrigir esse clamoroso erro na aplicação do direito”.

Por último, Ricardo Sá Fernandes realça que “perante um quadro de ofensa tão ostensiva e grave do direito à liberdade” de Manuel Pinho, expressa a convicção de que o STJ reponha “a legalidade e a confiança que os portugueses devem depositar na justiça”.

Manuel Pinho foi constituído arguido no âmbito do caso EDP no verão de 2017, por suspeitas de corrupção e branqueamento de capitais, num processo relacionado com dinheiros provenientes do Grupo Espírito Santo. No processo EDP/CMEC, o Ministério Público imputa aos antigos administradores António Mexia e Manso Neto, em coautoria, quatro crimes de corrupção ativa e um crime de participação económica em negócio.

O caso está relacionado com os Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC) no qual Mexia e Manso Neto são suspeitos de corrupção e participação económica em negócio para a manutenção do contrato das rendas excessivas, no qual, segundo o Ministério Público, terão corrompido o ex-ministro da Economia Manuel Pinho e o ex-secretário de Estado da Energia Artur Trindade.

O processo tem ainda como arguidos o administrador da REN e antigo consultor de Manuel Pinho, João Conceição, o ex-secretário de Estado da Energia Artur Trindade, Pedro Furtado, responsável de regulação na empresa gestora das redes energéticas e o antigo presidente do BES, Ricardo Salgado.

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Pedro Nuno Santos tem “dúvidas e inquietações” sobre empresa do Estado espanhol na avaliação do novo aeroporto

Pedro Nuno Santos diz que está a avaliar o que fazer, depois de o consórcio que integra uma empresa participada pelo Estado espanhol ter ganho a avaliação estratégica do novo aeroporto.

O ministro das Infraestruturas disse esta segunda-feira no Parlamento que tem “dúvidas” e “inquietações” sobre a presença de uma empresa participada pelo Estado espanhol no consórcio vencedor da Avaliação Ambiental Estratégica ao plano de ampliação da capacidade aeroportuária na região de Lisboa. O governante diz que está a avaliar o que fazer e que a adjudicação ainda não foi feita.

O concurso internacional para o estudo sobre a localização do novo aeroporto foi ganho pelo consórcio composto pela empresa portuguesa de engenharia COBA e pela Ingeniería Y Economía Del Transporte – INECO, conforme noticiou o ECO. Esta última é detida pelo Estado espanhol, através de quatro empresas públicas, e funciona na dependência do Ministério dos Transportes, Mobilidade e Agenda Urbana.

O desconforto com a presença de uma empresa pública espanhola no concurso foi levantado pelo PSD na audição de Pedro Nuno Santos na Assembleia da República, questionando se “será indiferente para o estado espanhol o timing e as soluções aeroportuárias de Portugal, as quais poderá conhecer e influenciar por essa via”? “O superior interesse nacional está defendido? Está confortável com esta situação?”, perguntou o deputado social-democrata.

“Não há drama nenhum, mas as dúvidas que tem eu também tenho. Nós estamos a avaliar o que fazer”, respondeu o ministro das Infraestruturas e Habitação, que foi ouvido esta segunda-feira numa audição conjunta da Comissão de Orçamento e Finanças e da Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, no âmbito da apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2022.

Pedro Nuno Santos lembrou que a escolha das entidades que vão fazer a Avaliação Ambiental Estratégica foi definida através de um concurso público internacional. “Há um júri onde nós não estamos que conduz o concurso e chega a determinado resultado. O júri não encontrou ou não entendeu que havia conflito de interesses”, explicou o governante.

“Todos nós temos aqui inquietações”, acrescentou o ministro. Além da COBA, o consórcio subcontratou a sociedade de advogados PLMJ. Duas empresas portuguesas, o que para Pedro Nuno Santos, “tem significado naquilo que se possa vir a fazer”. “É uma questão relevante sobre a qual estamos ainda a avaliar“, insistiu, dizendo mesmo que está disponível para ouvir sugestões para a resolver.

O ministro foi interpelado sobre o tema também por Carlos Guimarães Pinto. “O grande problema é o a acionista público que a INECO tem, que é o mesmo que é acionista maioritário da ‘ANA espanhola’ (Aena). Não vê aqui um conflito de interesses”, questionou o deputado da Iniciativa Liberal. Ainda que o resultado do concurso público não tenha sido impugnado, tendo já passado o prazo para o fazer, Pedro Nuno Santos afirmou que “a avaliação ambiental estratégica ainda não foi adjudicada” e voltou a dizer que a questão está a ser avaliada mas “não é assim tão fácil de resolver como pode parecer à primeira vista”.

Além do consórcio que integra a COBA, concorreram mais três. O concurso público foi lançado a 18 de outubro de 2021 pelo IMT com um orçamento de 2,5 milhões de euros. O Governo decidiu que o estudo iria avaliar três soluções possíveis para o aumento da capacidade aeroportuária na região de Lisboa:

  • Uma solução dual, em que o Aeroporto Humberto Delgado terá o estatuto de aeroporto principal e o Aeroporto do Montijo o de complementar;
  • Uma solução dual alternativa, em que o Aeroporto do Montijo adquirirá, progressivamente, o estatuto de aeroporto principal e o Aeroporto Humberto Delgado o de complementar, incluindo a capacidade para o aeroporto principal substituir integralmente a operação do aeroporto secundário;
  • A construção de um novo aeroporto internacional no Campo de Tiro de Alcochete, que substituirá, ao longo do tempo, de forma integral o Aeroporto Humberto Delgado.

(Notícia atualizada às 20h)

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PCP quer complemento vitalício de 50 euros por mês para antigos combatentes

  • Lusa
  • 9 Maio 2022

O PCP defende que “os antigos combatentes, que foram sacrificados numa guerra injusta, deveriam ser merecedores de um reconhecimento não apenas em palavras e gestos simbólicos".

O PCP apresentou esta segunda-feira uma proposta para a atribuição de um complemento vitalício de 50 euros por mês a todos os antigos combatentes, no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022).

De acordo com a proposta dos comunistas, a partir de 1 de setembro de 2022 é “atribuído um complemento vitalício de pensão no montante de 50 euros mensais” a todos os “antigos combatentes beneficiários do complemento especial de pensão ou do acréscimo vitalício de pensão”.

O Grupo Parlamentar do PCP também pretende que as pensões dos antigos combatentes inferiores ao salário mínimo nacional (SMN) sejam recalculadas de maneira faseada até atingirem esse valor.

Segundo a proposta de alteração ao diploma apresentado no início de abril pelo ministro das Finanças, o valor dessas pensões teria de corresponder a 80% do salário mínimo no primeiro ano depois da entrada em vigor da lei, 90% no segundo ano e corresponder à totalidade do salário mínimo ao fim de três anos.

O PCP sustentou que “os antigos combatentes, que foram sacrificados numa guerra injusta, deveriam ser merecedores de um reconhecimento não apenas em palavras e gestos simbólicos, mas sobretudo em apoios concretos capazes de melhorar as suas condições de vida”.

Em julho de 2020, o PCP absteve-se na votação final global na Assembleia da República do Estatuto do Antigo Combatente por considerar que a aprovação do texto final sem um acréscimo nas pensões era uma “frustração em face das grandes expectativas que foram criadas”.

Esta proposta faz parte de um conjunto de alterações ao OE2022 que o PCP pretende ver inscritas na versão final da lei. Uma outra proposta prevê a transferência de 15 milhões de euros para o Arsenal do Alfeite, em Almada, destinados ao “alargamento da doca e construção da ponte de cais” daquele estaleiro de construção, manutenção e reparação naval.

O PCP também propõe que nas situações em que antigos militares ingressem na administração pública, as avaliações que receberam durante os anos de serviço referentes aos anos em que desempenharam funções nas Forças Armadas sejam contabilizados “para afeitos de atribuição de posição remuneratória”.

A proposta de Orçamento do Estado para 2022 apresentada pelo executivo socialista vai ser discutida entre os dias 23 e 25 de maio. A votação final global está agendada para 27 de maio.

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BCE recusa aumento salarial indexado à inflação

  • Lusa
  • 9 Maio 2022

Os cerca de 3.700 funcionários do BCE tiveram em janeiro um aumento salarial de 1,48%. "A nossa perda salarial real é agora de 6%", diz o sindicato.

A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, recusou indexar os salários dos funcionários da instituição à inflação galopante, num momento em que o BCE quer evitar uma espiral salários-preços na zona euro. “Uma indexação dos salários à inflação não é desejável nem pretendida”, afirmou Lagarde numa mensagem dirigida na passada quinta-feira aos trabalhadores do banco central, um dia após uma reunião de diálogo social e citada hoje pela AFP.

O sindicato IPSO tinha reclamado uma atualização dos salários, depois do aumento acordado em janeiro. A recusa de um aumento ocorre quando o BCE continua a enfatizar a importância de evitar “efeitos de segunda ordem”, com a inflação a levar a reivindicações salariais que podem, por sua vez, impulsionar os preços.

A inflação na zona euro, estimulada pelos preços da energia num contexto de guerra na Ucrânia e de escassez de alguns bens, atingiu uma taxa recorde de 7,5% em abril, segundo o Eurostat, muito acima do valor de 2% defendido pelo BCE.

Lagarde disse compreender a “preocupação” com a inflação elevada manifestada “no seio do BCE e por muitas pessoas fora” da instituição, mas ao mesmo tempo lembrou a primazia do mandato para a “estabilidade de preços” que visa colocar a inflação em 2%.

“A nossa perda salarial real é agora de 6%” e “a direção do BCE pede-nos a nós e a todos os trabalhadores europeus para suportar isso no interesse da estabilidade de preços”, afirmou à AFP Carlos Bowles, vice-presidente do sindicato IPSO na instituição.

“Não podemos aceitar” esse raciocínio, porque “a estabilidade de preços é antes de mais proteger o poder de compra das pessoas”, considerou. Os cerca de 3.700 funcionários do BCE tiveram em janeiro um aumento salarial de 1,48%.

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TAP deverá fechar 2022 com prejuízo de 54 milhões, diz ministro

Pedro Nuno Santos adianta que as previsões apontam para prejuízos de 54 milhões de euros na TAP em 2022. Receitas estão a subir, acrescenta.

A TAP deverá encerrar 2022 com um prejuízo de 54 milhões de euros, tal como está previsto no plano de restruturação, adiantou esta segunda-feira o ministro das Infraestruturas, sem querer revelar mais números. Pedro Nuno Santos disse ainda que os resultados poderão, contudo, ser melhores.

A atividade da TAP não está a correr mal. As previsões são de 54 milhões de euros de prejuízo em 2022 e é isso que está em causa”, disse o ministro esta segunda-feira, durante uma audição no Parlamento no âmbito do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022). “É o que está previsto no plano de reestruturação”, continuou Pedro Nuno Santos. “Podemos ter melhor, espero que tenhamos melhor ainda, não pior”.

“Estão previstos 54 milhões de euros [de prejuízos], tal como está previsto em 2023 a TAP atingir o equilíbrio operacional e em 2025 ter lucro”, apontou. Pedro Nuno Santos disse ainda que as receitas estão a subir e que “a TAP não está mal quando comparada com as suas concorrentes”.

Olhando para os prejuízos recorde de 1.600 milhões de euros registados em 2021, Pedro Nuno Santos explicou que “mais de 1.022 milhões resultaram do encerramento da ME Brasil [Manutenção e Engenharia Brasil]”. “Quando se interrompe essa sangria… A maioria do prejuízo de 2021 resulta da decisão corajosa de encerrar a ME Brasil”, acrescentou, referindo-se a essa empresa como “um dos grandes cancros da TAP”.

O ministro falou ainda dos slots que a TAP tem no aeroporto de Lisboa, afirmando que a companhia aérea “não açambarca slots que depois não usa”. “Isso não existe”, afirmou. “Os slots cumprem regras internacionais”.

(Notícia atualizada às 17h45 com mais informação)

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Rui Nabeiro recebe em junho grau de doutor honoris causa na Universidade de Coimbra

  • Lusa
  • 9 Maio 2022

A 8 de junho, o comendador recebe “a mais elevada distinção atribuída por uma universidade portuguesa, destinada a cidadãos de indiscutível mérito profissional e de qualidades humanas".

A cerimónia de atribuição do Doutoramento Honoris Causa pela Universidade de Coimbra (UC) ao comendador e empresário Rui Nabeiro foi agendada para o próximo dia 8 de junho, anunciou esta segunda-feira esta instituição de ensino superior. Numa nota enviada aos jornalistas, a UC informou que a cerimónia vai ter lugar a partir das 11:00, na Sala Grande dos Atos (Sala dos Capelos).

“Na cerimónia de Doutoramento Honoris Causa, o padrinho de Rui Nabeiro será Carlos Fortuna, sociólogo e professor catedrático jubilado da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC), ficando as apresentações a cargo de António Martins (elogio do doutorando) e de Margarida Mano (elogio do padrinho), ambos professores auxiliares da mesma faculdade”, acrescentou.

Sob proposta da Faculdade da FEUC, esta distinção já tinha sido anunciada em fevereiro e a sua cerimónia agendada para março, no entanto, acabou por ser adiada. No próximo dia 8 de junho, o fundador da Delta Cafés, que veio dar origem a um grupo empresarial que hoje é líder no mercado dos cafés, recebe “a mais elevada distinção atribuída por uma universidade portuguesa, destinada a cidadãos de indiscutível mérito profissional e de qualidades humanas que constituam uma referência para toda a sociedade”.

Rui Nabeiro nasceu em 1931, em Campo Maior, no seio de uma família humilde e dedicada ao trabalho. Em 1961, criou a Delta Cafés, que deu origem ao grupo empresarial que hoje é líder no mercado dos cafés em Portugal e que conta atualmente com mais de duas dezenas de empresas com intervenção direta em áreas tão diversas como a agricultura e vitivinicultura, distribuição alimentar e de bebidas, retalho automóvel, comércio imobiliário e hotelaria.

Foi presidente da Câmara Municipal de Campo Maior e premiado, por diversas vezes, pelo seu trabalho empresarial, social e filantrópico. Foi distinguido em 1995 com o Grau Comendador da Ordem do Mérito Empresarial, Classe Industrial e, em 2006, a Universidade de Évora concedeu-lhe o Grau de Doutor Honoris Causa.

No mesmo ano foi-lhe atribuída a Gran Cruz da Ordem do Infante D. Henrique e, em 2009, o Rei de Espanha Juan Carlos atribui-lhe uma das maiores distinções do país vizinho: a Comenda da Ordem de Isabel a Católica. Em 2011, foi nomeado Cônsul Honorário de Espanha em Elvas e agraciado com a Medalha da Extremadura, tendo lhe sido atribuído em 2012 novo Doutoramento Honoris Causa em Ciências Políticas, pela Universidade Lusófona.

Em 2021, a Câmara Municipal de Coimbra concedeu-lhe Medalha da Cidade de Coimbra, a Câmara Municipal de Lisboa agraciou-o com a Medalha de Honra da Cidade de Lisboa e Vila Nova de Gaia atribuiu-lhe a Chave da Cidade.

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PSI fecha no vermelho. Galp, CTT e EDP Renováveis perdem mais de 5%

  • Joana Abrantes Gomes
  • 9 Maio 2022

O principal índice português acompanha a tendência das principais praças da Europa e tombou mais de 2%. Nenhuma das 15 cotadas escapou às perdas.

À semelhança dos principais índices do “Velho Continente”, e também os do outro lado do Atlântico, a praça lisboeta fechou a sessão desta segunda-feira no “vermelho”, no dia em que é celebrado o Dia da Europa.

O PSI, principal índice nacional, acabou o dia a perder 2,72%, para 5.657,92 pontos, sendo que todas as 15 cotadas fecharam em terreno negativo. A Galp, que esta segunda-feira fez a distribuição de dividendos (52 cêntimos por ação), teve o maior “tombo” da sessão, ao recuar 5,27%, para 10,25 euros por ação.

A penalizar fortemente a praça de Lisboa estão também os CTT, que desvalorizaram 5,31%, para 3,83 euros, e a EDP Renováveis, que caiu 5,02%, para 20,07 euros. Os correios continuam a ser penalizados pela quebra de 38% dos lucros no primeiro trimestre do ano.

Entre as cotadas da energia, também a Greenvolt fechou em queda. A empresa liderada por João Manso Neto perdeu 4,60% nesta segunda-feira, negociando a 6,43 euros. A EDP caiu 2,71%, enquanto a REN encolheu 0,70%.

Já o BCP, na semana após ver o seu presidente Miguel Maya ser reconduzido no cargo, também pesou sobre o PSI, ao cair 3,90%, para 14,05 cêntimos. Com perdas de mais de 2%, ficou ainda o grupo Jerónimo Martins, que perdeu 2,39%, e a Mota Engil, que recuou 2,62%.

A Semapa, a Corticeira Amorim, a NOS e a Sonae registaram perdas abaixo de 1%.

Esta tendência verifica-se nas restantes praças europeias. O Stoxx 600, que agrega as 600 principais cotadas europeias, desvalorizou 2,8% na sessão desta segunda-feira, enquanto o alemão DAX cedeu 2,1%, o francês CAC 40 caiu 2,6%, o espanhol IBEX perdeu 1,7% e o britânico FTSE 100 encolheu 2,2%.

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Serão as histórias de vida Património Imaterial das organizações?

  • PESSOAS + EY
  • 9 Maio 2022

Quantos ouvimos falar de personalidades ímpares associadas à génese de organizações de sucesso que transformaram negócios e revelaram tendências?

É incontornável falar da Apple sem falar de Steve Jobs ou da Microsoft sem falar de Bill Gates. Nestes e em muitos outros exemplos, a par da organização, são variadas vezes enaltecidas as qualidades profissionais dos founders, bem como as suas personalidades ou até eventos da vida privada, misturando-se muitas vezes atributos e perceções das suas Histórias de Vida com a identidade da organização.

As histórias de vida, enquanto relatos reais e humanos de vivências, têm a capacidade de agarrar aqueles que se cruzam com as mesmas. As mensagens-chave de certos factos ou dados passarão sempre incólumes, até ser atribuído um rosto ou uma história. É aqui que reside o diferencial. Quando um evento da história ou um dado estatístico é humanizado, dá-se o ponto de inflexão e este ganha capacidade transformativa.

As histórias de vida têm assim esta capacidade de despertar nas pessoas emoções fortes, pela conexão que lhes está inerente, quer resultem em afinidades ou diferenças com o protagonista. Estas têm maior capacidade de impacto do que meros factos ou dados.

Qual o impacto das histórias de vida nos resultados das organizações?

As histórias de vida influenciam sem sombra de dúvida as características que são associadas às marcas e seus produtos. Também a própria employee value proposition, isto é, a proposta de valor e os atributos que o mercado de trabalho e comunidade de talento percecionam como valor ganho através do trabalho no setor ou organização, é influenciada. Este ponto confere a muitas organizações uma notoriedade diferenciada, facilitadora da capacidade de atração, da criação do sentimento de pertença e da retenção do talento.

Atrevo-me assim a apontar as histórias de vida como um asset das organizações, muitas vezes subvalorizado e que merece a nossa melhor atenção!

Enganam-se os que pensam ser um fenómeno apenas aplicável aos gigantes económicos ou a pessoas especiais, muito pelo contrário. Além dos decisores-chave das organizações, há também outras figuras relevantes que são reflexo dos valores e cultura organizacional que esta defende.

"As lideranças com maior capacidade mobilizadora trazem a sua história de vida e a pessoa que são para o ambiente profissional, testemunham no dia-a-dia aquilo que defendem e essa coerência impacta as equipas. Em algum momento, tiveram a capacidade de se fazer próximas, de criar afinidades ou de inspirar, e isso faz a diferença.”

Catarina Ciríaco

Senior Consultant EY, People Advisory Services

A vida de José Afonso, o funcionário mais antigo do Hotel Estoril Palácio com 82 anos, ou de Paulinho, o roupeiro mais carismático do Sporting Clube de Portugal que chegou a ser premiado pela UEFA, são provas da importância destes testemunhos. Tornam-se assim símbolos de valores como o reconhecimento, a igualdade, o companheirismo e também sinais claros da posição da organização no que toca à valorização da diversidade e inclusão.

Também as lideranças e suas histórias de vida devem ser consideradas neste Património. A liderança direta é crucial no engagement de equipas e colaboradores, sendo uma dimensão de análise core de estudos de clima organizacional. As lideranças com maior capacidade mobilizadora trazem a sua história de vida e a pessoa que são para o ambiente profissional, testemunham no dia-a-dia aquilo que defendem e essa coerência impacta as equipas. Em algum momento, tiveram a capacidade de se fazer próximas, de criar afinidades ou de inspirar, e isso faz a diferença.

Como podem as organizações amplificar o impacto deste Património Imaterial?

  1. Cultura e Valores: comunicar histórias de colaboradores emblemáticos que reforcem a identidade da organização junto de colaboradores e potenciais candidatos.
  2. Reconhecimento: dar visibilidade a desempenhos ou atitudes extraordinárias de colaboradores atuais.
  3. Mentoring: criar programas onde a partilha de experiências e testemunhos é central.
  4. Formação e coaching: desafiar role models da organização a protagonizar os processos de aprendizagem e a contribuir ativamente para o desenvolvimento de outros.
  5. Motivação e inovação: convidar personalidades inspiradoras a partilhar os desafios e estratégias aplicadas quer na esfera pessoal, quer profissional.

Serão então as histórias de vida Património Imaterial das Organizações? Fica evidente que sim, pelo papel relevante que desempenham na reputação e cultura das organizações, bem como na atração e retenção de talento.

No entanto, este é um Património cuja fórmula de quantificar ainda não foi descoberta, mas do qual nenhuma organização quer abrir mão. É elevada a diversidade de dimensões que impacta e a capacidade de cativar cada indivíduo de forma muito particular, pelo que cabe a todos zelar e potenciar este Património.

Texto de Catarina Ciríaco, Senior Consultant EY, People Advisory Services

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Mariana Vieira da Silva defende maior integração da União Europeia

Minutos depois de receber a primeira tranche do PRR, ministra da Presidência salientou que a União Europeia tem de responder de forma mais integrada em domínios como defesa e alimentação.

A União Europeia precisa de mais integração para enfrentar novos desafios. A ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, falou em Évora sobre o futuro da Europa nesta segunda-feira, 9 de maio, e destacou a importância dos fundos comunitários para o desenvolvimento de Portugal.

“A agressão da Rússia à Ucrânia vem demonstrar a necessidade de a União Europeia responder numa ação mais integrada. É necessária maior autonomia estratégica em áreas como a defesa, alimentação, produção industrial” referiu Mariana Vieira da Silva no discurso de encerramento da cerimónia protocolar organizada pela representação da Comissão Europeia em Portugal.

O discurso foi feito minutos depois de a governante ter recebido o pagamento a Portugal de 1,16 mil milhões de euros da primeira tranche do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). O país tornou-se assim o quinto Estado-membro da União Europeia a já ter recebido um pagamento face ao cumprimento de marcos e metas, juntando-se à Grécia, Eslovénia, França e Itália.

A ministra destacou três das apostas de Portugal ao abrigo do PRR: a construção de um parque residencial para a habitação; a aposta nas agendas mobilizadoras – com 64 propostas classificadas para a segunda fase; e ainda o programa de apoio à saúde mental.

Mariana Vieira da Silva lembrou ainda que os fundos comunitários recebidos desde a adesão à União Europeia, em 1986, permitiram a descida da taxa de mortalidade infantil e a redução dos números de analfabetismo, além do crescimento de pessoas com formação no ensino superior. Só que Portugal ainda tem muito a recuperar “da herança de 48 anos em ditadura”, notou a ministra.

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João Vale de Almeida eleito “Diplomata do Ano da Europa”

O reconhecimento prende-se com o seu papel na formação da relação pós-brexit entre a UE e o Reino Unido. 

O corpo diplomático londrino elegeu o embaixador da União Europeia (UE) no Reino Unido, o português João Vale de Almeida, o “Diplomata do Ano 2022 da Europa”. O prémio da revista Diplomat reconhece o papel fundamental do embaixador na formação da relação pós-brexit entre a UE e o Reino Unido.

“A diplomacia é um trabalho de equipa e a equipa da UE é a melhor da cidade. Sou apenas o seu capitão”, disse João Vale de Almeida, citado pelo Politico. “Os diplomatas são mais do que nunca necessários”, acrescentou.

A cerimónia, levada a cabo pela Diplomat Magazine, ocorreu em Mayfair (distrito de Londres), na semana passada. João Vale de Almeida dedicou o prémio ao povo ucraniano e congratulou também os outros vencedores, incluindo o embaixador ucraniano no Reino Unido, Vadym Prystaiko, que levou para casa o prémio de diplomata do ano da Eurásia e dos Balcãs Ocidentais.

João Vale de Almeida vai manter-se no cargo até janeiro de 2023, apesar de ter completado 65 anos no dia passado dia 29 de janeiro, idade de reforma nas instituições europeias.

O embaixador da UE foi nomeado para o atual cargo na capital do Reino Unido a 12 de janeiro de 2020, tendo assumido funções a 1 de fevereiro, um dia após a concretização do Brexit – um longo processo que se arrastava desde junho de 2016, data do referendo que ditou a saída do país da União Europeia (UE).

Vale de Almeida é o mais antigo funcionário português em funções na União Europeia – completa 40 anos no próximo mês de março -, tendo exercido vários cargos de topo nas instituições.

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Projecto ‘Sigena, a magia de um sonho’ recebe Prémio Hispania Nostra da Rainha Sofia

  • Servimedia
  • 9 Maio 2022

O documentário reconstrói em formato digital a Sala Capitular do Mosteiro de Sigena, em Espanha. Foi realizado por Jesús Garcés, vencedor de um Globo de Ouro.

O projeto “Sigena, a magia de um sonho”, que reconstrói digitalmente a Sala Capitular do Mosteiro de Sigena, em Espanha, que foi destruída na guerra civil e é considerada a Capela Sistina do século XII, recebeu o Prémio Hispania Nostra de Toledo de 2019 na categoria “Sinalização e divulgação do património cultural e natural”, noticia a Servimedia.

O evento, presidido pela Rainha Sofia, presidente honorária da Hispania Nostra, realizou-se esta semana em Toledo e apresentou os European Heritage Awards/Europa Nostra Awards e os Hispania Nostra Awards for Best Practices in Cultural and Natural Heritage, correspondentes aos anos 2018, 2019, 2020 e 2021, que são atribuídos para reconhecer e promover as melhores práticas relacionadas com o património cultural e natural.

O prémio atribuído a “Sigena, a magia de um sonho” é “a cereja no topo do bolo”, segundo os seus promotores, de um projeto em que Juan Naya, astrofísico e amante da história e da arte, colocou todos os seus esforços, e que mais tarde revelou num documentário “O sonho de Sigena”. O filme foi realizado por Jesús Garcés, vencedor de um Globo de Ouro por “Caravaggio”, e foi lançado no final de 2021.

O prémio foi recebido em nome de toda a equipa do projeto pelo mestre artesão Paco Luis Martos, especialista em tetos mudéjares, que participou ativamente na recriação em madeira dos tetos do século XIII que existiam no mosteiro e que foram queimados em 1936, deixando-os completamente destruídos. Para a recuperação dos tetos de Sigena, Paco Luis Martos teve de começar com fotografias a preto e branco tiradas imediatamente antes de os doze tetos que existiam originalmente terem sido queimados.

Os promotores do projeto, após um trabalho de estudo e investigação, conseguiram reconstruir fisicamente o teto de estilo mudéjar, bem como todas as pinturas e tetos da sala, graças a uma recriação virtual em 3D, recuperando a paleta de cores original para a sua fruição na realidade virtual.

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Guerra na Ucrânia terá “um impacto económico significativo”, diz Gentiloni

  • Lusa
  • 9 Maio 2022

As políticas orçamentais devem continuar“ágeis” e “responsivas”, tal como durante a pandemia, de acordo com o comissário europeu, que alerta que na próxima semana as previsões "serão ajustadas".

O comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, considerou esta segunda-feira que a guerra na Ucrânia terá “um impacto económico significativo”, precisando que, no atual contexto, devem ser mantidas políticas orçamentais “ágeis” e “responsivas”, tal como durante a pandemia.

O custo humanitário e económico da guerra dependerá da sua duração. No entanto, é evidente que a guerra terá um impacto económico significativo e que as nossas previsões anteriores terão de ser ajustadas”, referiu o comissário europeu numa mensagem de vídeo transmitida na conferência “Que visão para uma Economia Europeia Resiliente e Sustentável”, a decorrer esta segunda em Lisboa.

Este ajustamento será conhecido quando, na próxima semana, a Comissão Europeia divulgar as suas previsões económicas da primavera atualizadas, indicou. “No atual contexto geopolítico, a nossa resiliência económica é crucial não apenas para proteger os nossos cidadãos como também o nosso modelo de democracia liberal”, referiu o comissário europeu, na abertura da conferência, organizada pelo Jornal de Negócios, com o apoio da Católica Business School, no âmbito do Dia da Europa.

Neste contexto, Paolo Gentiloni salientou ser necessário “manter as políticas orçamentais ágeis e responsivas” à semelhança do que foi feito durante a pandemia, sinalizando as orientações atualizadas sobre a política orçamental de 2023 que a Comissão Europeia vai fornecer no âmbito do pacote da primavera do semestre europeu.

Gentiloni salientou ainda a necessidade de se acelerar a transição verde, como forma de a União Europeia reduzir a dependência das importações de combustíveis fósseis e garantir que preços e energia mais acessíveis. “Devemos [também] continuar a implementar efetivamente os planos nacionais de recuperação e resiliência que os Estados Membros implementaram após a pandemia”, referiu o comissário europeu, realçando que “Portugal está a fazer bons progressos no seu plano” numa referência à avaliação positiva que a Comissão fez recentemente do pedido de pagamento, na sequência do cumprimento das metas e objetivos acordados.

“Devemos [também] continuar a implementar efetivamente os planos nacionais de recuperação e resiliência que os Estados-membros implementaram após a pandemia”, referiu o comissário europeu, realçando que “Portugal está a fazer bons progressos no seu plano” numa referência à avaliação positiva que a Comissão fez recentemente do pedido de pagamento, na sequência do cumprimento das metas e objetivos acordados.

Continuar nesse espírito será fundamental para apoiar a confiança e realizar os investimentos e as reformas de que nossas economias precisam, agora mais do que nunca”, afirmou o responsável do executivo europeu pela área da Economia.

O comissário lembrou ainda os primeiros passos da construção do projeto europeu e as 70 décadas de paz e prosperidade que tal conferiu à Europa, assinalando que essa conquista está em risco perante o regresso de uma guerra junto às fronteiras da União Europeia e da NATO.

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