Reabrir Linha do Douro até Barca d’Alva custa 75 milhões

Estudo técnico da Infraestruturas de Portugal para o troço Pocinho-Barca d'Alva contempla circulação de comboios sem necessidade de transbordo do Porto até à fronteira da Espanha.

A reabertura do troço da Linha do Douro entre Pocinho e Barca d’Alva depende de um investimento de cerca de 75 milhões de euros. Esta é a principal conclusão de estudo técnico da Infraestruturas de Portugal (IP), apresentado nesta quinta-feira na Régua junto do grupo de trabalho que está a debater o regresso da ligação ferroviária. O presidente da autarquia, José Manuel Gonçalves, acredita que foi dado um passo decisivo para que os comboios regressem aos carris no troço encerrado em 1988.

“É demasiado óbvia a rentabilidade da linha. Neste momento, é mais difícil criar um cenário de não viabilidade do que o contrário. Seria mais difícil se agora assistíssemos a um retrocesso”, assinala ao ECO o autarca, em conversa por telefone.

O orçamento de 75 milhões de euros para a reabertura do troço contempla 59 milhões de euros para as obras; os restantes 16 milhões deverão ser gastos em estudos, projetos, fiscalização e em estaleiro. A verba para a obra fica acima de duas estimativas anteriormente divulgadas: 50 milhões de euros, segundo declarações de maio de 2021 da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa; e 43 milhões de euros de um estudo da IP de 2016.

O estudo prevê que o percurso Pocinho-Barca d’Alva possa ser reaberto nas mesmas condições em que atualmente funciona a restante Linha do Douro: ou seja, poderá circular o mesmo comboio entre Porto e a fronteira, sem necessidade de transbordo para mudança de material circulante, por exemplo.

Além de promover a mobilidade regional e a coesão territorial, a reabertura da linha até Barca d’Alva poderá ter outros efeitos económicos: “Temos empresários da área do turismo que querem usar o comboio como um transfer entre os estabelecimentos hoteleiros no Porto e os da nossa região”, antecipa José Manuel Gonçalves.

Sobre carris, a viagem entre Pocinho e Barca d’Alva demora cerca de 25 minutos, para percorrer 28 quilómetros. Por estrada, as duas localidades estão a cerca de 45 minutos de distância, num percurso marcado por curvas.

Temos empresários da área do turismo que querem usar o comboio como um transfer entre os estabelecimentos hoteleiros no Porto e da nossa região

José Manuel Gonçalves

Presidente da câmara da Régua

A conclusão do estudo técnico era o passo que faltava para que, durante o mês de maio, fique concluído o estudo de viabilidade económica, a cargo da IP e que foi pedido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).

O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, pronunciou-se nesta sexta-feira sobre a Linha do Douro e reafirmou a intenção de reabrir o troço, mesmo sem se comprometer com uma data.

“A Linha do Douro é fundamental, pois a região do Douro é das mais bonitas do mundo. Um dia, temos de levar a linha até ao fim. O país tem restrições orçamentais e tem de definir prioridades mas não podemos desistir de ter toda a linha do Douro eletrificada e em uso”, respondeu o ministro ao deputado socialista José Carlos Barbosa no debate do Orçamento do Estado para 2022 na generalidade.

O grupo de trabalho para a reabertura do troço Pocinho-Barca d’Alva foi constituído formalmente em maio de 2021. Coordenado pela CCDR-N, o grupo integra autarcas em representação da Comunidade Intermunicipal do Douro (como a Régua) e membros da IP. A equipa vai ajudar a definir qual o modelo mais viável para reabrir a ligação ferroviária

Antes disso, em março de 2021, o Parlamento aprovou, por unanimidade uma petição para a reabertura deste troço. O documento apresentado pela Liga dos Amigos do Douro Património Mundial e da Fundação Museu do Douro reuniu 13.999 assinaturas.

A reabertura do troço até à fronteira não depende de uma decisão de Espanha e pode ainda servir como uma chamada de atenção, segundo José Manuel Gonçalves. “Os espanhóis não vão ser insensíveis ao projeto e vão reconhecer no regresso de uma ligação do Douro até Salamanca. Para que isso aconteça, são necessários 119 milhões de euros, a cargo do orçamento espanhol.

(Notícia atualizada às 13h22 com declarações do ministro Pedro Nuno Santos)

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Andar de avião “será mais caro no futuro”. “Preço dos bilhetes pode mais do que duplicar”, diz diretor da KLM

Diretor-geral da Air France-KLM para a Europa afirma que o futuro passa por voos mais sustentáveis, com menos emissões, e que isso será mais caro para os passageiros.

Para a companhia holandesa KLM, o futuro passa pela sustentabilidade e isso terá um custo. Para realizar um voo sustentável, que implica sobretudo reduzir as emissões de CO2, os aviões precisam de combustível menos poluente que, por sua vez, é mais caro. Em entrevista ao ECO, o diretor-geral da Air France-KLM para a Europa adianta que “a sustentabilidade é uma necessidade” e uma tendência, mas terá um custo, tanto para as companhias aéreas, como para os passageiros. Por isso, avisa que, no futuro, viajar de avião poderá custar mais do dobro.

“Não podemos ser uma boa companhia aérea se não formos sustentáveis no futuro”, começa por dizer Barry ter Voert, diretor-geral da Air France-KLM para a Europa. Para se alcançarem as zero emissões de CO2, as companhias aéreas precisam de substituir o atual combustível por SAF — Sustainable Aviation Fuel. “Com o SAF reduzido em 80% as emissões de CO2”, explica.

Contudo, o SAF é um combustível bastante mais caro. “Cerca de quatro vezes mais caro” do que o combustível normal usado pelos aviões. Mas é um preço que as pessoas terão de pagar, diz Barry ter Voert. “A sustentabilidade vem com um preço, não é de graça”, afirma. E esse aumento da despesa vai recair sobre as companhias aéreas, mas também sobre os passageiros.

“É uma escolha que se faz enquanto companhia aérea e enquanto indústria. Voar será mais caro no futuro”, diz. Quão mais caro? “Isso depende… mas não será [um aumento] de 1% ou 2%. Será mais do que isso. O preço dos bilhetes pode mais do que duplicar”, afirma.

Apesar disso, Barry ter Voert afirma ao ECO que esse aumento de preços “não vai acontecer de uma só vez, nem pode acontecer, porque não há SAF suficiente disponível” no mercado. Será um processo gradual.

Ainda assim, o responsável acredita que quanto mais companhias aéreas se renderem ao SAF, mais barato este irá ficar. “Se formos capazes de produzir [SAF] em maiores quantidades, o preço vai descer”. A redução pode traduzir-se num agravamento dos preços “duas ou três vezes” mais caro do que o combustível comum.

Desde janeiro deste ano que o Grupo Air France-KLM começou a cobrar a todos os passageiros uma taxa obrigatória para suportar os custos do combustível sustentável. O valor varia de acordo com a distância da viagem e com a classe escolhida.

E apesar deste aumento dos custos, Barry ter Voert acredita que os passageiros importam-se cada vez mais com a questão da sustentabilidade e que, no futuro, irão mesmo preferir um voo sustentável, mesmo que seja mais caro. “Os clientes vão fazer trocas na escolha das companhias aéreas e vão escolher a mais sustentável, mesmo que para isso tenham de pagar um preço mais alto“, diz.

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Apoio de 60 euros para famílias com tarifa social da luz é pago hoje

Este apoio extraordinário de 60 euros será pago apenas uma vez pela Segurança Social, de forma automática, preferencialmente para a conta bancária. Restante beneficiários da medida recebem em maio.

As famílias mais carenciadas que que beneficiaram, em março, da tarifa social de energia, vão receber automaticamente esta sexta-feira um apoio de 60 euros para ajudar a atenuar os efeitos do aumento dos preços dos bens alimentares de primeira necessidade.

Este apoio extraordinário será pago apenas uma vez pela Segurança Social e resulta de uma decisão do Executivo tomada a 25 de março no contexto da invasão militar da Rússia à Ucrânia.

A atribuição do apoio é automática, sendo o pagamento efetuado preferencialmente para a conta bancária “para maior celeridade”, explicou a Segurança Social. Por isso, fez um apelo para que todos os que beneficiaram da Tarifa Social de Energia em março se certificassem que tinham o IBAN da conta bancária registado na Segurança Social Direta.

“Se ainda não tem o seu IBAN registado, deve registá-lo através da Segurança Social Direta, no menu ‘Perfil’, opção ‘Conta bancária’”, explicou a Segurança Social num comunicado oferecendo um link através do qual os beneficiários se podiam inscrever.

Em março deste ano havia 762.320 agregados familiares beneficiários da tarifa social de eletricidade.

Mas o Governo entretanto decidiu alargar a medida a mais famílias e não apenas as abrangidas pela tarifa social de eletricidade. O apoio de 60 euros ao cabaz alimentar abrange também os beneficiários do subsídio social de desemprego, pensão social de velhice, Complemento Solidário para Idosos (CSI) e Rendimento Social de Inserção (RSI), entre outras prestações.

São ainda contemplados “os agregados familiares em que uma das crianças é titular de abono de família do 1.º ou 2.º escalão e em que o apuramento do rendimento de referência do mesmo agregado corresponde a situações de pobreza extrema segundo os parâmetros definidos nos termos do Inquérito para as Condições de Vida e Rendimento, do Instituto Nacional de Estatística”, como explicita o diploma publicado a 18 de abril.

Assim com este alargamento aos beneficiários das prestações mínimas, o Governo estima agora que o apoio chegue a cerca de 830 mil famílias, ou seja, mais 68 mil face ao definido anteriormente. Mas estas famílias só vão receber o apoio de 60 euros em maio.

A medida tem um custo associado de 55 milhões de euros, segundo a proposta de Orçamento do Estado para 2022.

No debate da proposta do Oe 2022 na generalidade, os partidos da oposição criticaram o valor reduzido deste apoio, mas a ministra do Trabalho e Segurança Social recordou, vezes sem conta, que este é um apoio extraordinário que deve ser tido em conta no conjunto das respostas sociais implementadas no terreno. Ana Mendes Godinho não mostrou disponibilidade para quais quer alterações ao valor ou duração do apoio, mas admitiu avaliar a situação ao longo do tempo. “Naturalmente, como sempre estivemos, cá estaremos para acompanhar permanentemente a situação e identificar as medidas necessárias”, disse, na quarta-feira no Parlamento.

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PIB do primeiro trimestre deve escapar ao impacto da guerra

Os efeitos económicos da invasão russa na Ucrânia deverão fazer sentir-se mais no segundo trimestre. Porém, os economistas admitem risco de economia não regressar ao nível pré-pandemia este ano.

A invasão russa da Ucrânia iniciada a 24 de fevereiro espoletou uma série de reações económicas que estão a ter impacto na Europa e Portugal não é exceção. Porém, os números que o Instituto Nacional de Estatística (INE) vai divulgar esta sexta-feira sobre o PIB do primeiro trimestre ainda não deverão ser muito afetados por esta nova realidade. No conjunto do ano, os economistas admitem uma travagem que pode vir a colocar em causa o regresso ao nível pré-pandemia.

Não antecipo efeitos da guerra sobre o PIB português durante o primeiro trimestre“, diz António da Ascensão Costa, economista do ISEG, assinalando que “será mais provável no segundo trimestre, sobretudo por via da produção industrial e das suas ligações com a economia europeia, nomeadamente a Alemanha”. João Borges de Assunção, da Católica, corrobora: “Penso que o mais provável é só se sentir os efeitos da invasão russa da Ucrânia nos dados da economia portuguesa a partir do segundo trimestre do ano“.

No caso do ISEG, a última previsão para o PIB do primeiro trimestre foi revelada antes do arranque da guerra e apontava para um crescimento económico a “rondar 10%”, em termos homólogos. No caso da Católica, cuja previsão é do início de abril, a convicção é que a economia cresça 0,2% em cadeia (face ao quarto trimestre de 2021) e 9,3% em termos homólogos. Recorde-se que, no primeiro trimestre de 2021, a economia contraiu 5,4%, em termos homólogos por causa do segundo confinamento e já tinha contraído também em 2020 (-2,6%).

A previsão Fórum para a Competitividade, que foi revelada também no início de abril, abarca estes valores, indo de 0% a 1,5% em cadeia, o que corresponderia a uma variação homóloga entre 9% e 10,5%.

A destoar destas previsões está a Área de Estudos Económicos do BCP com uma estimativa de contração do PIB de 0,2% em cadeia no primeiro trimestre, o que corresponderia a uma variação homóloga de 8,8%. “A inversão da trajetória de recuperação da economia portuguesa, após três trimestres consecutivos de crescimento, decorre dos efeitos adversos da guerra na Ucrânia”, justificam os economistas do banco.

Não é essa a opinião dos economistas do ISEG, com António da Ascensão Costa a defender que “a economia deverá crescer em cadeia, tanto por via do investimento como do consumo privado”. Já João Borges da Assunção, da Católica, reconhece que esse cenário de contração em cadeia “é possível embora não seja o mais provável”.

Na opinião dos economistas do BCP, “o forte aumento dos preços matérias-primas energéticas e alimentares, bem como o agravamento das disrupções nas cadeias de produção globais, deverão ter penalizado, particularmente, o consumo privado e as exportações de bens“.

Economia portuguesa em risco de não recuperar nível pré-pandemia em 2022

Mais importante do que o comportamento no primeiro trimestre é saber se a economia portuguesa conseguirá crescer o suficiente em 2022 para alcançar o nível pré-pandemia (2019). A convicção do Governo, reafirmada na proposta do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), é que tal será possível, com o PIB a terminar este ano 0,7% acima do nível pré-Covid, apesar do impacto da guerra. A previsão para o conjunto do ano do Executivo é de 4,9%, em linha com o Banco de Portugal (4,9%) e Conselho das Finanças Públicas (4,8%), mas acima da previsão do Fundo Monetário Internacional (4%).

“Em princípio, mesmo antecipando uma desaceleração do crescimento potencial a partir do segundo trimestre, devido às consequências económicas da guerra, ainda parece provável que o nível do PIB de 2019 possa ser recuperado este ano“, antecipa António da Ascensão Costa. Já Jorge Borges da Assunção tem mais dúvidas. “A recuperação do nível de atividade do ano de 2019 não me parece que seja um dado adquirido para 2022“, confessa.

Mas ambos partilham as mesmas dúvidas sobre os próximos trimestres, as quais são transversais às várias economias europeias: a duração e intensidade da guerra, o seu impacto na atividade económica real além do efeito inflacionista, os preços da energia e o rumo da política monetária, principalmente nos juros.

Contudo, tal como aconteceu em determinadas alturas durante a pandemia, não se pode afastar que possa haver surpresas positivas mesmo com os efeitos da guerra. O professor do ISEG aponta para o turismo que está a registar uma “procura bastante forte” com a Covid-19 a desaparecer das preocupações dos consumidores e empresas.

“Este é um caso em que a procura potencial esteve temporalmente contida pela pandemia, o que acabou por gerar poupanças, e estará agora a expressar-se de forma plena”, explica António da Ascensão Costa, notando que “esta dinâmica poderá manter-se por algum tempo se não for atingida por impactos inflacionistas excessivos devido às consequências da guerra“.

João Borges de Assunção dá o exemplo da recuperação do investimento que é “um dado que sinalizará a força da economia e a entrada das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) podem suportar um bom nível do investimento”. Foi exatamente essa componente que mais surpreendeu pela positiva durante a pandemia, tendo já recuperado o nível pré-Covid.

Os economistas do BCP também admitem ter expectativa de “robustez do investimento”, assim como de “recuperação do turismo”, o que deverá “ter contribuído para mitigar, ainda que parcialmente, os efeitos negativos da guerra sobre a procura agregada”.

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5 coisas que vão marcar o dia

INE lança estimativa rápida do PIB referente ao primeiro trimestre do ano. Galp nomeia novo membro da direção após saída de Carlos Gomes da Silva. OE 2022 é hoje votado na generalidade.

O Parlamento vai votar, na generalidade, o Orçamento do Estado para 2022. A marcar o dia estão ainda as eleições para a nova administração do banco Montepio, referente ao mandato 2022-2025, após a saída de Carlos Tavares, e o Eurostat lança a estimativa rápida referente ao aumento dos preços em março na Zona Euro.

Eurostat lança dados sobre inflação na Zona Euro

O Eurostat divulga esta sexta-feira a estimativa rápida sobre a subida dos preços em abril na Zona Euro. Segundo o gabinete de estatísticas europeu, no mês de março a inflação na Zona Euro acelerou para um novo recorde, tendo atingido os 7,5%. Portugal registou a terceira taxa mais baixa da Zona Euro, com um valor de 5,5%.

Montepio elege nova administração para mandato 2022-25

A assembleia geral anual do banco Montepio vai reunir, esta sexta-feira, com vista a eleger a nova administração a operar no mandato referente a 2022-25. A reunião de acionistas foi anunciada no início do mês. Carlos Tavares já disse estar indisponível para continuar no cargo de chairman da instituição, tendo o Montepio, inclusive, contratado a Deloitte para ajudar a encontrar o seu substituto.

Reunião magna dos acionistas da Galp

A assembleia geral anual de acionistas da Galp reúne esta sexta-feira, para deliberar sobre vários pontos entre os quais a proposta de política de remuneração da administração e a ratificação das cooptações de Teresa Leitão Abecasis, Javier Cavada Camino e Georgios Papadimitriou como membros do novo membro do Conselho de Administração para concluir o mandato em curso (2019-2022).

Votação na generalidade do Orçamento do Estado para 2022

O Parlamento irá continuar o debate e votar, na generalidade, o Orçamento do Estado para 2022. Os deputados vão ainda decidir os novos membros para o Conselho de Estado, Superior de Defesa Nacional, a presidência do Conselho Económico e Social, entre outros.

INE divulga estimativa rápida do PIB do primeiro trimestre de 2022

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga esta sexta-feira a estimativa oficial relativamente ao PIB no primeiro trimestre de 2022. Segundo previsões do ISEG, este indicador aponta para um crescimento homólogo de cerca de 10%, segundo dados referentes ao período anterior à invasão da Ucrânia pela Rússia. A Católica, com previsão do início de abril, aponta para que a economia cresça 0,2% em cadeia e 9,3% em termos homólogos.

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Prestação da casa vai ter maior subida desde a crise de 2011

Famílias cuja taxa do crédito da casa seja revista em maio vão ver a prestação subir entre 1% e 7%. Nos créditos com Euribor a 6 e 12 meses, será o maior agravamento desde a crise de 2011.

Guerra, inflação e Banco Central Europeu (BCE): a atual conjuntura está a ter implicações sérias no bolso dos portugueses. Desde os bens do supermercado à luz e combustíveis, muitos dos produtos e serviços que as famílias consumem no dia-a-dia estão mais caros. Também a habitação está a encarecer. Quem tiver de rever as condições do crédito à habitação em maio vai sentir novo aperto no seu orçamento. A prestação da casa vai sofrer o maior agravamento desde a última crise financeira.

A prestação a casa paga ao banco vai subir entre 1% e 7%, consoante o indexante utilizado no contrato, sendo que os empréstimos aos quais estão associados Euribor a seis e 12 meses vão ser os mais penalizados.

Considerando um empréstimo de 150 mil euros, por um prazo de 30 anos, e com um spread de 1%, as famílias com créditos associados à Euribor a seis meses (o indexante mais comum) vão ver a prestação subir mais de 3% no próximo mês, no maior aumento desde a revista feita em agosto de 2011. A prestação aumentará quase 14 euros, colocando o valor da mensalidade ao banco acima dos 460 euros nos próximos seis meses (até à próxima revisão).

Num mesmo cenário, em relação aos empréstimos associados à Euribor a 12 meses — o indexante que tem dominado os financiamentos para a compra de habitação nos últimos anos –, a subida será maior. A prestação sobe 7% (maior subida desde 2011) para cerca de 482 euros ao longo do próximo ano, isto depois de a Euribor neste prazo ter regressado a valores positivos no último mês.

No caso dos contratos indexados à Euribor a três meses, o agravamento rondará os 1%, na maior subida desde maio de 2020 que será traduzida num aumento de mais de mais de cinco euros na prestação: o encargo mensal passará para perto de 452 euros, o valor mais elevado desde julho de 2020.

Há uma boa e uma má notícia no meio disto. A boa notícia é que as Euribor continuam em níveis baixos e, nessa medida, a prestação da casa também está longe dos valores observados na última década, pelo que estas subidas ainda serão absorvidas com relativa facilidade pelas famílias. A má notícia é que as Euribor vão continuar a subir nos próximos tempos e isso traduzir-se-á num maior esforço com o empréstimo ao banco. Até quando vão subir é a pergunta central.

O aumento da prestação da casa surge na sequência da subida das taxas Euribor, que se intensificou neste mês de abril, perante as perspetivas de que o BCE vai ter de subir as suas taxas para travar o pico de preços. Recentemente, vários responsáveis do banco central, incluindo o vice-presidente Luis de Guindos, transmitiram a mensagem aos mercados de que o fim das compras de ativos poderia ocorrer em julho, mês em que as taxas poderiam começar a subir. Estas declarações tiveram impacto imediato nos mercados monetários.

Os analistas antecipam que a Euribor a três e a seis meses (perto de três quartos dos contratos de empréstimo para a compra de casa estão associados a estes dois indexantes) ainda se mantenham em terreno negativo durante este ano, devendo inverter para valores positivos em 2023.

Esta semana, o presidente do Santander Totta disse ao ECO que as famílias portuguesas estão “razoavelmente preparadas” para enfrentar a subida dos encargos com a habitação. “Vão pagar mais pela prestação da casa, mas não é passar para uma taxa de 1% que vai fazer grande diferença”, considerou Pedro Castro e Almeida em declarações ao ECO, lembrando que elas acumularam muitas poupanças durante o período da pandemia e poderão ser uma almofada importante para conter o embate da subida dos juros.

Banco de Portugal e o presidente da Associação Portuguesa de Bancos alertaram nos últimos meses para as famílias se prepararem para a subida das taxas dos empréstimos da casa.

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Nova lei britânica do asilo entra em vigor. Migrantes já podem ser reenviados para o Ruanda

  • Lusa
  • 28 Abril 2022

A lei britânica, que reforma o direito de asilo, entrou em vigor. Os requerentes de asilo, que entrem ilegalmente no país, podem ser enviados para o Ruanda a 6.400 km, enquanto o pedido é processado.

A ministra do Interior britânica, Priti Patel, classificou esta quinta-feira como um “momento histórico” a entrada na lei da sua controversa reforma do direito de asilo, que prevê enviar migrantes para países terceiros.

“Hoje o projeto de lei sobre a nacionalidade e as fronteiras recebeu aprovação real e é a partir de agora lei”, disse Patel num vídeo publicado na sua conta da rede social Twitter. Trata-se de “um momento histórico para o país”, que vai permitir “ir ainda mais longe no combate à imigração ilegal e aos grupos criminosos, com sanções ainda mais severas contra aqueles que facilitam a entrada ilegal e perigosa no Reino Unido”, escreveu.

A nova lei prevê um agravamento das sanções contra os traficantes de pessoas e os migrantes que cheguem ilegalmente e com conhecimento de causa ao país, assim como o envio de requerentes de asilo para países terceiros.

O Governo conservador anunciou há duas semanas um acordo com o Ruanda para enviar para o país africano requerentes de asilo que cheguem ilegalmente ao Reino Unido. O plano do Governo britânico passa por reenviar homens solteiros que chegam ao Reino Unido provenientes do outro lado do Canal da Mancha em pequenas embarcações, fazendo-os voar 6.400 quilómetros até ao Ruanda, enquanto os seus pedidos de asilo são processados.

No âmbito do acordo, inspirado nos que se aplicam na Austrália e em Israel, Londres financiará inicialmente o dispositivo no valor de 120 milhões de libras (144 milhões de euros) e o Governo ruandês esclareceu que ofereceria a possibilidade aos migrantes “de se estabelecerem permanentemente no país, se assim o desejarem”.

A iniciativa foi criticada pela Igreja anglicana, políticos e pela ONU, através do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), que expressou, no dia do anúncio, a sua “forte oposição” ao plano britânico.

Mais de 160 organizações não-governamentais classificaram a medida como “cruel e mesquinha”, tendo sido também criticada por alguns deputados conservadores, enquanto o líder da oposição trabalhista, Keir Starmer, a apelidou de “impraticável” e com custos “exorbitantes”.

Os migrantes há muito que chegam ao Reino Unido através do norte de França, seja escondidos em camiões ou em ‘ferries’, ou – cada vez mais desde que a pandemia de covid-19 fechou outras rotas em 2020 – em jangadas e pequenas embarcações, em travessias organizadas por traficantes.

Mais de 28.000 pessoas entraram no Reino Unido em pequenas embarcações no ano passado, contra 8.500 em 2020 e apenas 300 em 2018. O registo de mortes não tem parado de aumentar. Os governos britânico e francês trabalharam durante anos para impedir as travessias do canal, sem grande sucesso, trocando frequentemente acusações sobre quem é o culpado do fracasso.

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Dona do Facebook dispara mais de 17% após divulgar contas trimestrais

  • Joana Abrantes Gomes
  • 28 Abril 2022

Wall Street fechou em alta depois de o relatório trimestral da Meta Platforms ter animado as ações de tecnologia, compensando assim as preocupações em torno da contração do PIB de 1,4%.

A bolsa de Nova Iorque encerrou a sessão desta quinta-feira em alta, impulsionada pelo setor tecnológico. Só a dona do Facebook somou quase 18% após anunciar um aumento de 7% das receitas totais no primeiro trimestre, enquanto a Apple fechou a avançar perto de 5%.

Entre os principais índices de Wall Street, o industrial Dow Jones ganhou 1,83% para 33.909,91 pontos, o S&P 500 valorizou 2,43% para 4.285,50 pontos e o tecnológico Nasdaq avançou 2,96% para 12.858,16 pontos.

Ainda que aquém dos valores previstos pelos analistas, as receitas totais de 27,91 mil milhões de dólares registadas entre janeiro e março animaram os investidores e a Meta Platforms acabou o dia a disparar 17,59%, à boleia também do registo de 1,96 mil milhões de utilizadores nas suas aplicações até ao final de março, acima da previsão de 1,95 mil milhões.

Este aumento influenciou várias outras empresas do setor da internet e tecnologia. Enquanto a Apple subiu 4,52%, a Amazon ganhou 4,65% e a Alphabet avançou 3,70%.

O Twitter começou a sessão abaixo da linha de água, mas fechou a sessão a valorizar 1,09%, para 49,11 dólares por ação. A rede social, que esta semana chegou a acordo para ser comprada por Elon Musk por 44 mil milhões de dólares (cerca de 41 mil milhões de euros), contabilizou um resultado líquido de 513,286 milhões de dólares (cerca de 489 milhões de euros) no primeiro trimestre.

Esta quinta-feira, o Departamento do Comércio norte-americano divulgou ainda os dados relativos ao crescimento da economia dos EUA entre janeiro e março, dando conta de que o PIB dos EUA encolheu 1,4% em termos homólogos.

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Sindicatos e ANA não chegam a acordo e empresa avança com aumento de 1,5%

  • Lusa
  • 28 Abril 2022

A ANA decidiu um aumento imediato de 1,5%, com efeito a 1 de abril, e outro de 0,5% em dezembro, condicionado e com efeitos retroativos em julho: Sindicatos vão pedir mediação do Governo.

Os sindicatos e a ANA – Aeroportos de Portugal, detida pela Vinci, não chegaram a acordo sobre a revisão salarial e a empresa decidiu avançar com aumentos de 1,5%, indicou fonte oficial do grupo à Lusa. “Promovendo e privilegiando o diálogo social, foram realizadas, no último ano, mais de 20 reuniões com os sindicatos com o propósito de obter consenso sobre o Acordo de Empresa [AE] em geral, e sobre a revisão salarial em particular nos últimos meses, não tendo sido possível nenhum acordo”, adiantou a empresa que gere os aeroportos nacionais.

“Depois de um ano de negociações, a ANA continua empenhada na manutenção dos postos de trabalho e visando a melhoria das condições dos trabalhadores”, garantiu, referindo que “não as condicionando a negociações mais prolongadas no tempo, entendeu a Comissão Executiva da ANA Aeroportos de Portugal fazer uma atualização, através de um ato de gestão, à tabela salarial I correspondente a um aumento de 1,5%: um aumento imediato de 1% – assim como às cláusulas de expressão pecuniária indexantes a esses níveis – com efeitos a 1 de abril de 2022.

Além disso, “acresce um aumento de 0,5% em dezembro, sujeito ao nível de regularidade de atividade, com retroativos a 01 de junho de 2022”, referiu.

Além da revisão da tabela salarial, a ANA recordou que “procedeu ao pagamento de uma recompensa extraordinária aos trabalhadores e irá no próximo mês efetivar as evoluções” na carreira “como previsto”, garantindo que mantém “toda a abertura e disponibilidade para a convergência de propostas”.

O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) e o Sindicato Democrático dos Trabalhadores dos Aeroportos e Aviação (SINDAV) criticaram, num comunicado, a postura da empresa nas negociações salariais. “A empresa, depois de três reuniões com os sindicatos, resolveu pôr fim às negociações e anunciou, com pompa e circunstância, um ato de gestão para os trabalhadores”, lê-se na nota.

“Os sindicatos não aceitaram o encerramento das negociações da justa e devida revisão salarial dos trabalhadores da ANA, avançando para o Ministério do Trabalho com um pedido de conciliação”, que se realizou na terça-feira, referiram, salientando que “a empresa, mais uma vez, desrespeitou os sindicatos ao não responder aos mesmos, ou seja, às propostas apresentadas pelos sindicatos, nada disse, nem quis saber”.

Os sindicatos indicaram que “apresentaram em mesa de conciliação” uma “atualização da Tabela Salarial e cláusulas de expressão pecuniária indexantes em 1,7%, com efeitos a 1 de janeiro de 2022, sendo que 1,3% pagos agora e 0,4% em dezembro”, bem como a “atualização do regime remuneratório da assistência e da disponibilidade, previsto no Regulamento de Disponibilidade e Assistência, em 1,7%, com efeitos a 01 de janeiro de 2022”.

Além disso, referiram, propuseram “atualização do valor pago a título de anuidades em 0,6% do nível R5 da Tabela Salarial I, com efeitos a 1 de janeiro de 2022” e o “aumento do valor pago a título de subsídio de refeição” (186 euros). “Não tendo a nossa proposta sido merecedora de aceitação pela empresa, o que lamentamos, anunciámos, desde logo, que vamos requerer a Mediação ao Ministério do Trabalho nos termos da lei”, remataram.

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REN aprova pagamento de dividendo de 0,154 euros por ação

  • Lusa
  • 28 Abril 2022

Os acionistas da REN aprovaram esta quinta-feira o pagamento de um dividendo bruto por ação de 0,154 euros.

Os acionistas da REN aprovaram esta quinta-feira o pagamento de um dividendo bruto por ação de 0,154 euros relativo ao exercício de 2021, ano em que os lucros da empresa desceram 11,1%, para 97,2 milhões de euros.

De acordo com a informação remetida à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a proposta de aplicação de resultados prevê a transferência de 5.039.577,16 euros para a reserva legal, 95.751.965,96 euros para os resultados transitados e 102.747.454,35 euros para dividendos aos acionistas de reservas acumuladas disponíveis, o que corresponde a uma distribuição de 105,8% do resultado consolidado da REN em 2021 (97.152.525,06 euros).

Somam-se ainda 3.600.000 euros para distribuição aos trabalhadores da REN e das suas subsidiárias. “Devido às regras contabilísticas em vigor, este montante já se encontra refletido no resultado líquido do exercício findo em 31 de dezembro de 2021 da REN e das suas subsidiárias”, precisou.

Os acionistas da REN – Redes Energéticas Nacionais aprovaram também, em assembleia-geral, um voto de apreciação positiva e de louvor ao Conselho de Administração, à Comissão de Auditoria e ao Revisor de Contas, bem como a política de remuneração dos membros dos órgãos de administração e fiscalização, bem como da mesa da assembleia-geral.

Da ordem de trabalhos fazia igualmente parte a autorização para a compra e venda de ações e obrigações próprias pela REN e/ou pelas sociedades dependentes, que também recebeu “luz verde”.

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Governo da Madeira mantém obrigatoriedade do uso de máscaras até 14 de maio

  • Lusa
  • 28 Abril 2022

O governo madeirense manteve a obrigatoriedade do uso de máscara nos espaços fechados até meio de maio.

O Governo da Madeira decidiu esta quinta-feira manter as normas de contenção da pandemia de covid-19 até 14 de maio, nomeadamente o uso de máscaras nos espaços fechados, informou o executivo madeirense.

De acordo com uma nota divulgada após a reunião do Conselho do Governo madeirense, de coligação PSD/CDS-PP, presidido pelo social-democrata Miguel Albuquerque, foi aprovada uma resolução que “mantém as normas de medidas de promoção e salvaguarda da saúde pública da população que contribuam para a contenção da pandemia [de covid-19], bem como a continuidade da situação de alerta até às 23:59 do dia 14 de maio de 2022, por razões de saúde pública”.

Na resolução é lembrado que “o uso de máscara contribui decisivamente para a redução do risco de contágio e progressão da doença”, é ainda referido na nota. Por isso, “é determinado à população residente e aos cidadãos que visitam [a região] a obrigatoriedade do uso de máscara nos espaços fechados, com as exceções já do conhecimento público”.

“A manutenção da vacinação [contra a covid-19] e das normas de higiene e de desinfeção são outras normas que continuam”, lê-se ainda na nota.

O uso de máscara em Portugal continental em espaços públicos, à exceção de lares, hospitais, serviços de saúde e locais caracterizados pela elevada intensidade de utilização e difícil arejamento, como transportes coletivos de passageiros, deixou de ser obrigatório na passada sexta-feira.

Nesse dia, o Governo dos Açores anunciou que também deixaria de ser obrigatório o uso de máscara na região, à exceção de locais frequentados por pessoas vulneráveis, como lares, serviços de saúde e transportes públicos.

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EDP Renováveis conclui venda à Mirova de portfólio eólico na Polónia

  • Lusa
  • 28 Abril 2022

O portfólio é composto por seis projetos eólicos em operação, sendo que o valor total da transação corresponde a um valor de mercado de 298 milhões de euros.

A EDP Renováveis (EDPR) concluiu a venda de um portfolio eólico de 149 megawatts (MW), na Polónia, à Mirova, transação com um valor de mercado de 298 milhões de euros, foi esta sexta-feira comunicado ao regulador.

“[…] A EDPR tem o prazer de anunciar a conclusão da venda à Mirova, uma afiliada da Natixis Investment Managers, de uma participação de 100% num portfólio eólico de 149 MW na Polónia”, lê-se no comunicado remetido à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O portfólio é composto por seis projetos eólicos em operação, sendo que o valor total da transação corresponde a um ‘enterprise value’ (valor de mercado) de 298 milhões de euros ou de dois milhões de euros por megawatt.

Com esta transação, a elétrica vai registar 1.800 milhões de euros de encaixe de rotação de ativos.

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