Vanguard e Amorim separam negócios na Comporta

  • ECO
  • 7 Janeiro 2022

Avançaram juntos em 2019 para a compra dos ativos turísticos da Herdade da Comporta, mas a Vanguard e a Amorim Luxury chegaram agora a um acordo para separar os projetos em comum.

A Vanguard Properties e a Amorim Luxury chegaram a um acordo de separação dos projetos que tinham em comum na Comporta, avança o Jornal Económico. Em 2019, tinham-se juntado para comprar os ativos turísticos que pertenciam ao Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado da Herdade da Comporta — o Comporta Links e o Comporta Dunes, mas agora vão avançar separados.

O acordo passa pela venda de 50% da Percentagem Impecável, constituída em partes iguais pelas duas empresas, à Vanguard. A Amorim Luxury recebe cinco milhões de euros e fica com a concessão do restaurante que dá apoio à praia do Pego, no Carvalhal (Comporta), e o respetivo estacionamento, e uma área de cerca de 100 hectares do anel florestal, desde o restaurante Sal até aos terrenos que já são da Amorim Luxury, parte em frente de praia.

O acordo de princípio está sujeito à aprovação e confirmação do banco financiador, a Caixa Geral de Depósitos, acrescenta o jornal.

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PSD apresenta hoje programa eleitoral que parte de diagnóstico crítico

  • Lusa
  • 7 Janeiro 2022

Sob o mote "Novos Horizontes para Portugal”, o PSD apresenta esta sexta-feira o seu programa eleitoral, que tem por base o texto levado às eleições em 2019, mas com prioridades revistas e redefinidas.

O PSD apresenta esta sexta-feira o seu programa eleitoral para as legislativas, que tem por base o texto levado às eleições em 2019, mas com prioridades revistas e redefinidas devido à crise pandémica, económica e ao contexto de incerteza global.

O documento, com cerca de 160 páginas e intitulado “Novos Horizontes para Portugal”, será esta sexta-feira apresentado num hotel em Lisboa pelas 16h00 pelo presidente do PSD, Rui Rio, pelo coordenador do programa, o vice-presidente David Justino, pelo presidente do Conselho Estratégico Nacional, Joaquim Sarmento, e pelo deputado, médico e cabeça de lista do PSD por Lisboa, Ricardo Baptista Leite.

Na introdução do texto, a que a Lusa teve acesso, traça-se um diagnóstico muito negativo sobre a situação atual, falando-se num “país à deriva”, no “colapso” na saúde ou na “desqualificação” do sistema educativo.

Se “as grandes linhas programáticas continuam a ser as mesmas” do que em 2019, o partido alerta para três alterações que criaram “um novo contexto político, económico e social”: a crise pandémica, a crise económica global e o “contexto de incerteza”, já que nenhuma das duas crises estão ultrapassadas.

Tal como fez no anterior programa eleitoral, o PSD apresentará o cenário macroeconómico e orçamental – baseado no cenário de políticas invariantes do Conselho de Finanças Públicas – que serviu de guia para o desenho e fundamentação das medidas do programa.

Na introdução de 26 páginas, o partido começa por fazer um diagnóstico sobre as razões do atraso do país, que considera estar “à deriva, sem propósito nem rumo certo”. “Nas duas décadas mais recentes, continuamos a tropeçar no crescimento e a empobrecer face às economias com perfil idêntico ao nosso”, apontam.

O declínio demográfico do país é um dos bloqueios apontados, salientando-se que “pela primeira vez nos últimos 50 anos, a população portuguesa registou uma perda de mais de 200 mil residentes”.

“A população recenseada em 2021 é inferior à registada 20 anos atrás”, realça o programa do PSD, que refere que, apesar do maior afluxo de imigrantes, “nos últimos cinco anos emigraram mais de 400 mil portugueses”.

Na economia, o diagnóstico é de que “Portugal vive desde o início deste século uma situação de estagnação económica”, com o Produto Interno Bruto a crescer em média 0,5% entre 2001 e 2019 e a ser ultrapassado pelas economias dos países europeus de adesão mais recente à UE.

A falta de competitividade, defende o PSD, reflete-se na estrutura de rendimento: 60% dos trabalhadores por conta de outrem ganham menos de 1.000 euros e a mediana de salários ronda os 850 euros, com 26% a ganharem o salário mínimo.

O PSD qualifica, na introdução do seu programa, o Estado como “omnipresente, mas ineficiente”, apontando que “o aumento descontrolado da despesa pública” e “os máximos históricos atingidos pela carga fiscal (36% do PIB) e a dívida pública (acima dos 130% do PIB no final de 2021) não se traduziram no aumento e qualidade da oferta dos serviços públicos.

Na área da Saúde, o PSD fala em “colapso” e diz que “só o brio, a dedicação e o profissionalismo dos trabalhadores do setor da saúde permitiram evitar males maiores na vida dos Portugueses, durante o surto pandémico da Covid-19”. “Se foi elevada, mas contida, a mortalidade provocada pelo vírus, tornou-se inusitada a mortalidade de doentes não Covid”, alertam.

Na educação, os sociais-democratas apontam a “desqualificação do sistema”, com a “descredibilização do ensino público e consequente deterioração do nível de desempenho” dos alunos.

“A pandemia acabou por acentuar as disparidades já existentes, quer entre alunos, quer entre escolas e o plano de recuperação das aprendizagens revelou-se um embuste que irá deixar marcas nas atuais gerações de alunos”, avisam.

Na área social, o PSD refere que, “apesar da retórica governamental das desigualdades sociais e do combate à pobreza, os últimos seis anos não registaram melhorias significativas dos respetivos indicadores”.

Finalmente, os sociais-democratas consideram que “o funcionamento do sistema político tem vindo a revelar ineficiências e injustiças que importa reabilitar aos olhos dos cidadãos”.

“As nomeações para altos cargos do Estado tornaram-se altamente partidarizadas. A imagem pública dos partidos, do seu funcionamento e da sua atividade, degradou-se, perdeu a confiança dos cidadãos e gerou o seu distanciamento em relação às instituições políticas”, referem, apontando a corrupção como “o principal fator que mina a confiança dos cidadãos no regime democrático”.

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PS acena com benefícios fiscais às empresas que aumentem salários

  • ECO
  • 7 Janeiro 2022

O PS quer forçar o aumento dos salários médios e, para isso, vai prometer compensações em sede fiscal para as empresas que aumentem os ordenados. Medida ainda não está fechada.

O PS quer forçar a subida do salário médio, pelo que vai propor a atribuição de benefícios fiscais às empresas que aumentem os ordenados. A proposta faz parte do programa eleitoral socialista, avança o semanário Expresso.

A medida ainda não está fechada, mas deverá passar por uma espécie de crédito fiscal em sede de IRS e de IRC. A ideia é “arranjar um quadro fiscal que permita que os aumentos salariais não sejam absorvidos pelos impostos”, afirmou ao jornal Tiago Antunes, que integrou a equipa que elaborou o programa do PS.

Em vez de existir uma redução da taxa geral, o PS pretende fazer ajustes nas tributações autónomas só para as empresas que façam aumentos de salários. As linhas gerais do programa eleitoral do PS preveem também uma subida do salário mínimo nacional para 900 euros até 2026.

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Hoje nas notícias: Benefícios fiscais, Harvey e Comporta

  • ECO
  • 7 Janeiro 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O PS pretende forçar a subida do salário médio, preparando-se para acenar com benefícios fiscais para as empresas. No plano empresarial, o Fundo de Resolução travou a venda de créditos do grupo Lena com desconto de 95%, enquanto a Amorim Luxury e a Vanguard chegam a acordo para divórcio na Comporta. O setor da aviação em Portugal perdeu 1,5 mil milhões com a pandemia.

PS acena com benefícios fiscais para as empresas que aumentem salários

O PS pretende que o salário médio aumente em Portugal. Para forçar a subida dos ordenados, vai prometer compensações em sede fiscal para as empresas que o façam. A proposta faz parte do programa eleitoral socialista. A medida ainda não está fechada, mas deverá passar por uma espécie de crédito fiscal em sede de IRS e de IRC. A ideia é “arranjar um quadro fiscal que permita que os aumentos salariais não sejam absorvidos pelos impostos”, afirma Tiago Antunes, que integrou a equipa que elaborou o programa do PS.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso livre).

FdR trava venda de crédito do grupo Lena com desconto de 95%

Ao todo, foram seis créditos que o Fundo de Resolução mandou retirar da carteira de malparado “Harvey”, vendida pelo Novobanco no final do ano passado. Uma das operações que saiu do perímetro do portefólio foi a do grupo Lena, que tem uma exposição bruta (sem contar com imparidades) de 164 milhões de euros. O banco preparava-se para vender a dívida da construtora por dez milhões de euros, ou seja, com um desconto de 95%. Mas o fundo chumbou a venda.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso livre).

Vanguard e Amorim separam negócios na Comporta

A Vanguard Properties e a Amorim Luxury chegaram a um acordo de separação dos projetos que tinham em comum na Comporta. Em 2019, juntaram-se para comprar os ativos turísticos que pertenciam ao Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado da Herdade da Comporta — o Comporta Links e o Comporta Dunes. Mas agora vão avançar separados. O acordo passa pela venda de 50% da Percentagem Impecável, constituída em partes iguais pelas duas entidades, à Vanguard. A Amorim Luxury recebe cinco milhões e fica com a concessão do restaurante que dá apoio à praia do Pego, no Carvalhal (Comporta), e o respetivo estacionamento, e uma área de cerca de 100 hectares do anel florestal, desde o restaurante Sal até aos terrenos que já são da Amorim Luxury, parte em frente da praia.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso livre).

Aviação perdeu 1,5 mil milhões com a pandemia

O setor da aviação civil teve prejuízos de 1,5 mil milhões de euros em 2020, ano marcado por fortes restrições conter a pandemia. Segundo a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), o transporte aéreo foi o que mais contribuiu para essas perdas, tendo registado um resultado negativo de mais de 1.359 milhões de euros, seguidas pelas gestoras de aeroportos e aeródromos, que registaram prejuízos de quase 75 milhões.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Esposende e Matosinhos dão pontapé de saída na reversão de freguesias

O município de Esposende arranca esta sexta-feira com o processo de desagregação de freguesias, tornando-se no primeiro concelho do país a fazê-lo. Ao mesmo tempo, em Matosinhos, a União de Freguesias de São Mamede de Infesta e Senhora da Hora também preparar o processo. Em causa está uma nova lei que entrou em vigor a 21 de dezembro de 2021 e que determina que as freguesias têm um ano para efetuarem a reorganização do mapa administrativo.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (ligação indisponível).

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Um ano de entra e sai na administração da Galp

A saída de Carlos Costa Pina é a mais recente alteração na equipa de gestão da Galp. Nos últimos 12 meses houve quatro renúncias e há três caras novas.

Na próxima semana faz um ano que a Galp anunciou a mudança de CEO. Numa alteração inesperada, a empresa comunicou a saída de Carlos Gomes da Silva, a meio do mandato, e a sua substituição por Andy Brown, vindo da britânica Shell. Desde então, já saíram quatro membros da comissão executiva. O último foi Carlos Costa Pina, acusado pelo Ministério Público no caso das PPP rodoviárias. Há também três caras novas na administração.

O divórcio com Carlos Gomes da Silva, que entrou para a Galp no início da década de 90 e esteve 14 anos na gestão executiva, não foi litigioso, mas foi tenso. Na altura foi noticiado que o CEO saía em rutura com Paula Amorim, que preside ao conselho de administração enquanto representante da Amorim Energia, a maior acionista da petrolífera, por não ter acelerado atempadamente a transição energética da empresa.

Para o seu lugar veio Andy Brown, que estava na consultora McKinsey, depois de 19 anos na Shell, onde trabalhou sobretudo na exploração e produção de petróleo. A missão que lhe foi entregue foi, no entanto, outra: “Liderar a estratégia da Galp como empresa integrada de energia, alinhada na transição para uma economia de baixo carbono”.

Com o novo presidente executivo, que tomou posse a 5 de fevereiro, vieram também mudanças no conselho de administração, mas só em julho. Saíram três membros executivos de uma assentada: Sofia Tenreiro, responsável pela área comercial, Susana Quintana-Plaza, que tinha o pelouro das renováveis e new business e de Carlos Silva, responsável pela refinação e midstream.

A única entrada foi a de Teresa Abecassis, até então diretora de pessoal, que assumiu o pelouro comercial. Andy Brown foi confrontado com as alterações na conferência com analistas após a apresentação dos resultados do segundo trimestre. Explicou que decidiu as mudanças depois de ter observado o desempenho da equipa executiva e de cada um dos membros, tendo optado por uma equipa mais pequena e ágil. “Agora sim, olho à volta da mesa e tenho absoluta confiança que as pessoas que me rodeiam vão ser capazes de levar a cabo a estratégia, afirmou.

A comissão executiva passou a ser composta por Teresa Abecassis, Filipe Silva, que se manteve como administrador financeiro, Carlos Costa Pina, como COO de Corporate Office e Thore E. Kristiansen, como uma espécie de superadministrador, juntando aos pelouros da produção e operações também o upstream e a parte industrial. Era a equipa do CEO para implementar o novo plano estratégico, anunciado em junho.

Dezembro traria mais novidades. Andy Brown ficara provisoriamente com o pelouro das renováveis até ser encontrado alguém para o assumir. A escolha recaiu em Georgios Papadimitriou, que estava como CEO da italiana Enel Green Power para a América do Norte. Cabe ao grego a missão de “liderar a entrega da estratégia de transição energética”, a nova prioridade da Galp.

Além de Papadimitriou, o conselho de administração passou a contar com mais um não executivo, Javier Cavada Camino, também com um currículo ligado às soluções energéticas com baixo teor de carbono e desde o início do ano CEO da Mitsubishi Power EMEA. Além dos executivos, no órgão presidido por Paula Amorim sentam-se Miguel Athayde Marques, Marta Amorim, Franscisco Teixeira Rego, Carlos Pinto, Luís Todo Bom, Jorge Seabra de Freitas, Diogo Mendonça Tavares, Rui Paulo Gonçalves, Edmar de Almeida, Cristina Neves Fonseca e Adolfo Mesquita Nunes.

O início do ano trouxe uma nova saída, esta forçada por uma acusação do Ministério Público no caso das PPP rodoviárias. Carlos Costa Pina, antigo secretário de Estado do Tesouro e Finanças nos dois governos de José Sócrates, foi acusado de cinco ilícitos de participação económica em negócio, tendo pedido a renúncia ao cargo de administrador executivo da Galp. A empresa, que destaca o seu contributo e profissionalismo, informa que os seus pelouros serão distribuídos pelos restantes membros da comissão executiva.

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Portugal terá mais de 350 mil pessoas com demência em 2050

  • Lusa
  • 7 Janeiro 2022

Estudo internacional estima que existirão 153 milhões de pessoas com demência em todo o mundo em 2050, sendo o Alzheimer a doença mais comum. Destas, mais de 350 mil serão portuguesas.

Um novo estudo divulgado na quinta-feira estima que 153 milhões de pessoas no mundo terão demência em 2050, quase o triplo do estimado para 2019 (57 milhões), devido ao crescimento e envelhecimento da população.

O estudo, divulgado na revista científica The Lancet Public Health, poucos meses depois de um outro do género, da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima para Portugal 351.504 pessoas com demência em 2050, menos do dobro do número previsto para 2019 (200.994).

O trabalho apresenta estimativas do número de adultos com 40 ou mais anos a viverem com demência em 204 países ou territórios, comparando projeções de 2019 e 2050, e considera quatro fatores de risco: tabagismo, obesidade, hiperglicemia (excesso de açúcar no sangue) e escolaridade baixa.

Face aos dados, os autores pedem esforços redobrados para reduzir o risco de demência, nomeadamente ao nível da educação, dieta alimentar, atividade física, assistência na saúde e apoio social, assim como investimento na investigação de tratamentos eficazes.

O aumento de casos de demência é esperado em todos os países ou territórios abrangidos pelo estudo, mas o crescimento estimado será maior em países do norte de África, Médio Oriente e leste da África Subsariana.

Segundo os autores do estudo, a melhoria no acesso à educação pode levar a menos seis milhões de casos de demência no mundo até 2050, comparativamente ao número estimado.

Contudo, ressalvam que o tabagismo, a hiperglicemia e a obesidade podem conduzir a sete milhões de casos de demência adicionais, face às projeções feitas para 2050.

Um relatório da OMS divulgado em setembro estimava que 55 milhões de pessoas em todo o mundo com mais de 65 anos tinham demência, projetando 139 milhões para 2050. De acordo com a OMS, 1,6 milhões de pessoas morreram no mundo em 2019 devido a demência, que se tornou então a sétima causa de morte.

A demência, que se manifesta sob vários tipos de doença, sendo a Alzheimer a mais comum, caracteriza-se pela perda de memória, de capacidade intelectual, do raciocínio e das competências sociais e por alterações das reações emocionais normais.

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Empresas que pediram incentivo à normalização podem ir para o apoio à retoma

Empresas que tenham pedido o novo incentivo à normalização podem pedir apoio à retoma. Alteração às regras de sequencialidade produz efeitos a 1 de janeiro.

Afinal, as empresas que tenham pedido o novo incentivo à normalização também vão poder pedir à Segurança Social, de modo sequencial, o apoio à retoma progressiva. Esta alteração à transição entre os apoios consta de uma portaria que foi publicada em Diário da República, num momento em que, por efeito do agravamento da pandemia, algumas empresas estão em dificuldades.

O apoio à retoma progressiva permite às empresas em crise (isto é, com quebras de faturação de, pelo menos, 25%) cortarem os horários dos trabalhadores, recebendo um apoio para o pagamento dos salários. Esta medida extraordinária funciona como uma alternativa ao popular lay-off simplificado, que só está disponível para as empresas que estejam encerradas por imposição legal ou administrativa.

Numa altura em que a pandemia se tem agravado, as empresas que, não estando confinadas, estão a sentir dificuldades podem, então, recorrer a este apoio com vista à manutenção dos postos de trabalho.

Até agora, estava previsto, contudo, que os empregadores que tivessem beneficiado do novo incentivo à normalização em 2021 (equivalente até dois salários mínimos por trabalhador) não poderiam beneficiar, de modo simultâneo ou sequencial, deste apoio à retoma progressiva. Havia apenas uma exceção a esse travão: se o empregador desistisse do novo incentivo decorridos três meses completos após o pagamento da primeira prestação (o primeiro dos tais dois salários mínimos por trabalhador).

Esta quinta-feira, o Governo publicou, no entanto, uma portaria que vem mudar essas regras, permitindo que os empregadores que tenham beneficiado do novo incentivo à normalização possa beneficiar sequencialmente do apoio à retoma progressiva, findo o período de concessão da primeira dessas ajudas.

Para os empregadores que tenham pedido os dois salários mínimos, continua a ser possível não esperar o fim do período de concessão e, passados três meses da primeira prestação, seguir para o apoio à retoma progressiva.

Esta alteração às regras da sequencialidade produz efeitos a 1 de janeiro de 2022.

No caso do lay-off simplificado, já estava claro que todos os empregadores que tenham beneficiado do novo incentivo à normalização podem seguir para essa medida extraordinária, desde que tenham ordem do Governo para fechar as portas por causa da crise pandemia.

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Portugal recebe mais 524 milhões do SURE no primeiro semestre deste ano

O financiamento mais barato que Portugal recebeu da Comissão Europeia para apoiar o emprego vai ficar completo com esta tranche de 524 milhões de euros a ser entregue este ano.

O SURE, o mecanismo de apoio ao emprego da Comissão Europeia, vai emprestar mais 524 milhões de euros a Portugal no primeiro semestre deste ano, perfazendo um total de 5,9 mil milhões de euros entregues em 2020, 2021 e 2022 por causa da pandemia. Esta última tranche está prevista no programa de financiamento de 2022 do IGCP divulgado esta terça-feira. Este programa tem servido para financiar medidas como o lay-off simplificado, entre outras.

“Os empréstimos europeus de 1,2 mil milhões de euros correspondem a 500 milhões de euros referentes ao programa SURE e os restantes 700 milhões de euros à Facilidade Recuperação e Resiliência”, esclarece fonte oficial da agência que gere a dívida pública. Estes 500 milhões somam-se à tranche de três mil milhões em dezembro de 2020 e de 2,41 mil milhões em maio de 2021, num total de 5,91 mil milhões de euros.

Mais tarde, fonte oficial do Ministério das Finanças confirmou ao ECO que “os 524 milhões de euros previstos para 2022 do SURE dizem respeito ao montante remanescente do valor inicialmente aprovado de 5,9 mil milhões” e que “Portugal conta receber a tranche durante o primeiro semestre de 2022”.

Este dinheiro serve para financiar medidas relacionadas com a pandemia (as quais se mantêm em vigor em 2022), nomeadamente com o apoio ao emprego e despesas com a saúde. Em 2021, até novembro, Portugal gastou 1.256,8 milhões de euros em apoios aos custos com trabalhadores: 533 milhões com o apoio extraordinário à retoma progressiva da atividade, 367,5 milhões com o lay-off simplificado e 356 milhões com o incentivo à normalização, segundo os dados da execução orçamental divulgados pela Direção-Geral do Orçamento.

Os empréstimos com juros mais baixos (relativamente ao custo de financiamento nos mercados financeiros da República Portuguesa) da Comissão Europeia substituem parcialmente as idas ao mercado do IGCP, com o executivo comunitário a fazer esse papel, através de garantias prestadas pelos Estados, emprestando posteriormente aos países que pediram verbas.

Contudo, eventualmente essas obrigações, que foram emitidas como “social bonds” (obrigações sociais), terão de ser reembolsadas no futuro. Mais tarde, Portugal terá de pagar à Comissão Europeia para que o empréstimo europeu seja saldado — caso algum Estado-membro falhe, os outros países terão de compensar.

Por exemplo, a verba do SURE recebida em dezembro de 2020, a qual tinha maturidade de 15 anos, vai ter de ser amortizada em 2035. Há ainda outras duas linhas: 1,5 mil milhões de euros com uma maturidade de oito anos (2029) e 910 milhões de euros com uma maturidade de 25 anos (2046). Não se conhece a maturidade dos 500 milhões de euros que serão recebidos em 2022.

Este é o calendário previsto atualmente face às datas de emissão anunciadas pela Comissão Europeia, mas o regulamento do SURE deixa claro que pode haver mudanças ao longo do tempo. “Caso seja necessário, a Comissão pode renovar os empréstimos associados contraídos em nome da União”, lê-se no documento publicado no Jornal Oficial da União Europeia, o qual refere que “a pedido do Estado‐membro beneficiário e se as circunstâncias permitirem uma melhoria da taxa de juro do empréstimo, a Comissão pode proceder ao refinanciamento total ou parcial do empréstimo inicial ou reestruturar as condições financeiras correspondentes”.

A Comissão Europeia estima que este financiamento gere uma poupança de 242 milhões de euros ao Estado português, comparado com o que Portugal pagaria se fosse financiar-se aos mercados financeiros. A maturidade média da dívida deverá situar-se nos 14,6 anos.

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Economia fechou última semana de 2021 pior do que 2020. Porquê?<span class='tag--premium'>premium</span>

Com menos restrições, a atividade económica na última semana de 2021 foi inferior à da última semana de 2020. Porquê? Os economistas não têm uma resposta fechada, mas dão pistas.

Foi com surpresa que os economistas viram esta quinta-feira o indicador de atividade económica do Banco de Portugal revelar uma queda homóloga na última semana do ano. Com menos restrições relacionadas com a Covid-19 e o PIB mais perto do pré-pandemia, não se esperava uma nova quebra da economia portuguesa. E não há explicações óbvias para tal, ainda que se lancem algumas pistas. “Na semana terminada a 2 de janeiro, o indicador diário de atividade económica (DEI) aponta para uma redução da taxa de variação homóloga daatividade“, revelou o banco central, referindo-se à semana entre o Natal e o Ano Novo, a chamada semana de contenção. Nesse período, o Governo decretou o fecho dos bares e discotecas, teste negativo obrigatório para entrada em alojamentos, restaurantes e festas e o

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Patrões dizem que “não se justifica” prolongamento do teletrabalho obrigatório

Adoção do teletrabalho continuará a ser obrigatória até 14 de janeiro. São mais cinco dias do que estava previsto. Confederações patronais tecem críticas ao prolongamento decidido pelo Governo.

As confederações patronais não veem com “bons olhos” a decisão do Governo de prolongar até 14 de janeiro a obrigação de adotar o teletrabalho. Em declarações ao ECO, defendem que tal “não se justifica“, uma vez que a variante de coronavírus hoje dominante, a Ómicron, tende a provocar sintomas menos severos e que os próprios especialistas em saúde pública ouvidos na reunião no Infarmed recomendaram que o trabalho a partir de casa só seja imposto caso surjam “sinais de alerta“.

Desde 25 de dezembro que a adoção do teletrabalho é obrigatória sempre que as funções sejam compatíveis e mesmo que não haja acordo entre o empregador e o trabalhador. Inicialmente, o Governo tinha indicado que essa restrição se manteria até 9 de janeiro, mas, entretanto, decidiu prolongá-la.

“Porque na próxima semana prevê-se ainda um crescimento do número de casos [de Covid-19] e porque devemos avançar com cautela, vamos prolongar até dia 14 a obrigatoriedade do teletrabalho, que passará a ser meramente recomendado a partir de dia 14″, anunciou o primeiro-ministro, António Costa, após a reunião do Conselho de Ministros desta quinta-feira.

As confederações patronais — que ao ECO já tinham dito que a partir de dia 10 deveria ser levantada essa obrigação — criticam a opção tomada pelo Governo.

Em declarações ao ECO, António Saraiva, líder da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), sublinha que o “Governo continua a fazer o mais fácil e a complicar a vida às empresas“. Já na primeira semana de janeiro, diz o responsável, o teletrabalho não se justificava, na medida em que “felizmente, os internamentos, a doença grave e os óbitos não têm comparação possível com o que aconteceu no passado”. Ainda assim, “o Governo não quis correr riscos… políticos”, salienta António Saraiva.

E sobre o prolongamento da restrição em causa, atira: “Estender o teletrabalho mais uma semana não se compreende de todo. O Governo não imagina as dificuldades que gera aos empresários, mas também aos trabalhadores”. António Saraiva reconhece que a saúde pública tem de ser defendida, mas garante que “os locais de trabalho nunca foram zonas de contaminação”. “E não foram porque as empresas investiram na proteção. A proteção dos trabalhadores é, naturalmente, também a proteção das empresas. Por isto tudo, não entendo esta insistência do governo“, declara o líder da CIP.

Também a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) tem reservas quanto à decisão que foi tomada pelo Governo. “O teletrabalho tem sempre implicações complicadas para o comércio, restauração, uma série de atividades“, alerta João Vieira Lopes, explicando que, embora hoje não haja restrições à mobilidade em vigor, a imposição do trabalho a partir de casa acaba, de certo modo, por “circunscrever” os movimentos dos portugueses, o que afeta o fluxo de consumidores e, em consequência, o volume de negócios. “Do ponto de vista da presença de consumidores, [o prolongamento do teletrabalho] é complicado”, insiste o responsável.

Face à decisão do Governo, João Vieira Lopes sublinha que, para a CCP, teria “sentido pôr em execução algumas medidas” de apoio a estas empresas, como o adiamento do pagamento de impostos, mas adianta que não tem “grandes expectativas” quanto a isso.

Alertas semelhantes deixa Francisco Calheiros, líder da Confederação do Turismo de Portugal (CTP). “A CTP não se pronuncia sobre medidas sanitárias. O que alertamos é que o Governo ao declarar mais uma semana de teletrabalho, isso tem impacto na economia e no turismo em particular. Já vamos com dois anos de pandemia. Se em janeiro de 2021 as empresas já não estavam bem, em janeiro de 2022 ainda estão pior“, enfatiza o responsável.

Francisco Calheiros também refere os apoios, atirando que, “tirando o lay-off, não há rigorosamente nada“. “Há muitas medidas de capitalização anunciadas, mas que ainda não saíram do papel“, sublinha.

Já na agricultura, as situações de teletrabalho são pontuais. Ainda assim, o líder da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Eduardo Oliveira e Sousa, defende que a decisão do Governo “não se justifica”. “A economia precisa de se desenvolver, as pessoas precisam de trabalhar”, salienta o responsável, defendendo que deveria caber aos empresários decidir, em acordo com os trabalhadores, a aplicação ou não do trabalho remoto. “Obrigar é que não tem cabimento. Ainda por cima depois da reunião no Infarmed“.

A propósito, na reunião no Infarmed de quarta-feira, a equipa de especialistas em saúde pública que é ouvida pelos políticos indicou que, no atual contexto epidemiológico, não seria necessário impor a adoção do teletrabalho, recomendando a aplicação dessa obrigação apenas em caso de aparecimento de “sinais de alerta”, isto é, se Portugal chegasse aos 179 internamentos em cuidados intensivos (média de cinco dias) e ultrapassasse o valor de um no índice de transmissibilidade.

Em 2021, o teletrabalho também continuou a ser adoção obrigatória mesmo depois de o país ter começado a desconfinar. Desta vez, o primeiro-ministro já indicou, contudo, que a restrição só se manterá por cinco dias para lá do inicialmente previsto, já que a partir de 14 de janeiro a adoção do teletrabalho passará a ser somente recomendada.

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Ainda há empresas à espera de apoios de 2020

Ainda há empresas que aguardam o pagamento da segunda tranche do Apoiar Rendas. AHRESP insiste na necessidade de manter apoios enquanto estiverem em vigor medidas restritivas.

Ainda há empresas à espera de apoios de 2020, nomeadamente a segunda tranche do Apoiar Rendas, denuncia a secretária-geral da AHRESP. Ana Jacinto reitera a necessidade de manter os apoios às empresas enquanto estiverem em vigor medidas que restringem a atividade.

“O Apoiar Rendas foi um apoio importante, mas foi anunciado a 10 de dezembro de 2020 e estamos em 2022 e a segunda tranche ainda não entrou nas empresas todas“, frisou Ana Jacinto, em declarações ao ECO.

Perante estes atrasos, o Governo introduziu mais uma alteração ao Programa Apoiar novembro para dispensar, “em casos devidamente fundamentos”, a celebração do protocolo de troca de informações entre a Agência para o Desenvolvimento e Coesão (AD&C) e a Autoridade Tributária (AT), para flexibilizar processo. Estavam cerca de “4.000 projetos pendentes, porque não tinha sido possível validar o valor das rendas junto da AT”, disse Pedro Siza Vieira. O Apoiar Rendas arrancou em março de 2021 para empresas com quebras de faturação superiores a 25%. O Estado assegurava uma parte da renda, dependendo das perdas, através de um apoio que podia ir até aos 2.000 euros mensais por cada estabelecimento.

Mas este não é o único atraso. Quanto ao pagamento dos apoios a bares e discotecas, que começaram a ser pagos quinta-feira com os novos valores, é “mais um exemplo de medidas anunciadas que só são disponibilizadas muito mais tarde às empresas”. “Tem sido sistemático”, desabafa a responsável, recordando ainda as alterações sistemáticas que os vários apoios foram sofrendo.

A AHRESP não questiona as medidas introduzidas para proteger a saúde pública — e até saúda o ligeiro alívio decidido esta quinta-feira — mas reitera a necessidade de “medidas reparadoras para o setor”. “Os bares e discotecas têm perdas de 100%, estão fechados, mas no caso da restauração e alojamento as perdas são superiores a 50%”, revela Ana Jacinto. “20% do setor teve quebras de faturação superiores a 50% face a 2020, um ano que já teve quebras significativas”, precisa a responsável citando o último inquérito realizado junto dos associados para avaliar o impacto das restrições introduzidas pelo Natal e Ano Novo.

“Foi tudo junto: as dificuldades dos consumidores e dos clientes em terem os testes; depois restrições na mobilidade pessoas de outros países; constrangimentos inerentes ao facto de as nossas empresas terem trabalhadores infetados ou de quarentena por contacto com pessoas infetadas. Em micro e pequenas empresas a falta de dois ou três pessoas inviabiliza o funcionamento da empresa”, recorda a secretária-geral da AHRESP. “Tudo isto faz com que o cenário seja péssimo neste setor de atividade”, resume.

Janeiro e fevereiro já são meses tradicionalmente maus para os setores da restauração e alojamento e este ano será ainda pior, diz Ana Jacinto, recordando que os bons resultados alcançados nos meses de verão não foram suficientes para as empresas se aguentarem nos meses piores. “O verão foi interessante, mas essas reservas já foram mais do que consumidas. Eram poucas”, diz Ana Jacinto socorrendo-se uma vez mais aos resultados do inquérito realizado pela associação.

“Se não entrarem mais apoios muitas empresas não vão sobreviver”, admite a responsável especificando que 36% das empresas consideram ter de fechar portas, se ficarem sem apoios. “Este é um setor muito resiliente, não batem com a porta facilmente, metem tudo na empresa que é o sustento da família, por isso, nesta reta final é fundamental continuar a ter apoios até que se concretize a retoma económica”, defende.

E num período de campanha eleitoral, Ana Jacinto não responde se os restaurantes vão penalizar politicamente o Executivo pela falta de apoios, atribuídos de “forma complexa e pouca ágil”, mas reconhece que “alguns candidatos já falam para este eleitorado”. “É um eleitorado importante, um motor da economia. Sem restaurantes e alojamento não vamos ter uma boa economia”, recorda.

E remata: “O período eleitoral não pode ser desculpa para que não sejam adotadas medidas reparadas, alegando que não há capacidade, porque são adotadas medidas restritivas”.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • Joana Abrantes Gomes
  • 7 Janeiro 2022

À tarde, Rui Rio vai apresentar o programa eleitoral do PSD para as legislativas de 30 de janeiro, seguindo-se à noite o debate televisivo entre o líder social-democrata e o presidente do CDS.

No mesmo dia em que o PSD apresenta o seu programa eleitoral para as eleições legislativas de 30 de janeiro, o líder social-democrata estará frente a frente, pelas 21 horas, na TVI, com Francisco Rodrigues dos Santos (CDS). Destaca-se também, esta sexta-feira, a divulgação pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) dos dados do emprego e desemprego relativos a novembro, enquanto o Eurostat publica as estimativas rápidas da inflação na Zona Euro e nos 27 em dezembro.

PSD apresenta programa eleitoral

Às 16 horas desta sexta-feira, no Hotel Sana, em Lisboa, o Partido Social Democrata (PSD) vai apresentar as principais propostas com que concorre às eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro, quatro dias depois de António Costa ter divulgado ao país as linhas gerais do programa eleitoral do PS. No congresso social-democrata, em 19 de dezembro, Rui Rio deixou algumas pistas sobre as prioridades do partido: saúde, educação, impostos e justiça.

Como evolui o emprego?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai divulgar esta sexta-feira as estatísticas de emprego e desemprego, referentes a novembro de 2021. Em outubro, a taxa de desemprego fixou-se em 6,4%, mantendo-se inalterada face ao mês de setembro. O décimo mês de 2021 foi, no entanto, sinónimo de um recuo no emprego, que baixou em cadeia dois pontos percentuais (p.p), situando-se em 62,8%.

O “irmão desaparecido” debate com o CDS

Os debates televisivos para as eleições legislativas agendadas para 30 de janeiro prosseguem esta sexta-feira com um novo “dérbi” da direita política nacional. Pelas 21 horas, na TVI, Rui Rio (PSD) estará frente a frente com Francisco Rodrigues dos Santos (CDS). Contrariamente ao que sucedeu nas eleições autárquicas, de setembro passado, em que ambos os partidos formaram coligações pré-eleitorais em várias autarquias, os social-democratas optaram por ir a votos sozinhos nas legislativas. Num vídeo intitulado “A ceia de Natal da Direita”, o líder do CDS brincou com a decisão do PSD, personificando-o como o “irmão desaparecido em combate”.

Inflação voltará a atingir recorde?

Esta sexta-feira, o Eurostat publica as estimativas rápidas sobre a inflação em dezembro. Os últimos dados, relativos a novembro, mostraram a inflação anual na Zona Euro a atingir um recorde de 4,9%, a taxa mais elevada desde o início da série, em 1997. Com uma inflação de 2,6%, Portugal manteve-se abaixo da média da inflação da União Europeia (UE), que atingiu 5,2% no 11.º mês de 2021.

Tomada de posse do novo presidente do Bundesbank

Após ter sido nomeado pelo Governo do chanceler Olaf Scholz, o economista alemão Joachim Nagel toma posse esta sexta-feira como novo presidente do Deutsche Bundesbank (Banco Federal da Alemanha), substituindo o presidente cessante, Jens Weidmann, que renunciou depois de dez anos no cargo. Pelas 11 horas locais (10 horas em Lisboa), o Presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, entregará o título de chefe do banco central a Joachim Nagel.

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