Setor da energia e Jerónimo Martins levam PSI-20 a perdas ligeiras

  • Joana Abrantes Gomes
  • 25 Janeiro 2022

A bolsa de Lisboa contrariou as restantes praças europeias e fechou a sessão desta terça-feira em terreno negativo. Galp Energia evitou queda mais expressiva.

A bolsa de Lisboa fechou a sessão desta terça-feira a registar perdas ligeiras, ao contrário das principais praças europeias. Das 12 cotadas que fecharam no vermelho, a EDP Renováveis e o grupo Jerónimo Martins estavam entre as principais quedas do PSI-20.

Enquanto na Europa o espanhol IBEX-35 somava 0,5%, o Stoxx 600 subia 0,8%, o alemão DAX e o francês CAC-40 avançavam 0,9% e o britânico FTSE 100 valorizava 1,1%, o português PSI-20 cedia 0,38%, caindo para 5.408,58 pontos.

Para a queda da bolsa de Lisboa contribuíram, sobretudo, as perdas da EDP e da sua subsidiária EDP Renováveis, que fecharam a depreciar 1,20% e 3,23%, respetivamente. Ainda nas energéticas, os títulos da Greenvolt caíram 1,36%, para 5,81 euros, enquanto a REN recuou 0,20%, para 2,50 euros.

As ações da Jerónimo Martins, por seu lado, recuaram 1,39%, para 20,50 euros, enquanto os títulos da NOS cederam 1,31%, para 3,46 euros.

Porém, a evitar uma queda mais expressiva do índice de Lisboa está outra empresa do setor energético, nomeadamente a Galp Energia, que fechou em terreno positivo. As ações da empresa liderada por Andy Brown registaram ganhos de 4,47%, para 9,68 euros, num dia em que foi anunciado que a sua startup GoWithFlow está a desenvolver soluções de mobilidade elétrica sustentável para os Estados Unidos.

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Portugal já entregou em Bruxelas pedido para receber novo cheque da bazuca

Depois de garantir o cumprimento dos 38 marcos e metas, Portugal pediu a Bruxelas o pagamento da primeira tranche do PRR. São 1.336 milhões de euros que somam aos 2,15 já recebidos em adiantamento.

Portugal já entregou em Bruxelas o pedido formal para receber a primeira tranche do Plano de Recuperação e Resiliência. A documentação foi entregue na última meia hora, confirmou o ECO, depois do país ter garantido o cumprimento dos 38 marcos e metas a que Portugal se tinha comprometido junto da Comissão Europeia. Em causa está um cheque de 1.336 milhões de euros. A informação foi avançada em primeira mão pelo Expresso.

Este passo foi possível depois de o ministro do Planeamento, Nelson de Souza, e do comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, terem assinado na terça-feira o Acordo Operacional que regula a execução do PRR. Em causa está o pagamento de 1.336 milhões de euros, que acrescem aos 2,2 mil milhões de euros de pré-financiamento que Portugal já recebeu no verão de 2021, um valor equivalente a 13% do montante total do PRR.

O cheque segundo os cálculos do Governo deverá chegar durante o primeiro trimestre de 2022. “Em termos acumulados, Portugal terá assim recebido 3.494 milhões de euros, que correspondem a 21% do valor total do PRR”, disse Nelson de Souza em comunicado enviado às redações, quando da assinatura do Acordo Operacional.

Para receber os 1,3 mil milhões Portugal tem de ter cumprido as metas e marcos acordados. E, segundo Fernando Alfaiate, presidente da estrutura de missão Recuperar Portugal, que gere o PRR português, Portugal já concretizou os 38 indicadores necessários (34 marcos e quatro metas) — equivalente a 21 reformas concretizadas e 17 investimentos lançados.

Portugal foi o primeiro Estado-membro a entregar formalmente em Bruxelas o seu plano para aceder aos fundos do Mecanismo de Recuperação e Resiliência e o primeiro a vê-lo aprovado, tendo sido ainda dos primeiros países a receber verbas, a título de pré-financiamento. Mas não é o primeiro a pedir o cheque da primeira tranche. Nessa corrida já foi ultrapassado, por exemplo, por Espanha que assinou o seu acordo operacional em novembro do ano passado e recebeu o primeiro desembolso ainda em dezembro de 2021.

Depois deste pedido formal do cheque, na sequência da assinatura do acordo, ainda é necessário cumprir mais duas etapas. A Inspeção-Geral de Finanças tem de fazer uma auditoria ao sistema de gestão e controlo e parecer prévio da Comissão de Auditoria e Controlo e depois ser emitida uma declaração de gestão da Estrutura de Missão Recuperar Portugal, explicou ao ECO fonte oficial da estrutura liderada por Fernando Alfaiate.

(Notícia atualizada com mais informação)

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Coopérnico lança compra coletiva de painéis solares, promete descontos até 343 euros na conta da luz

O autoconsumo pode ser individual ou coletivo, no caso de abastecerem diversas residências, e permite poupar entre 115€ a 343€, de acordo com o número de painéis solares instalados, diz a Coopérnico.

Sabendo que em média, cada família portuguesa gastou cerca de 2 mil euros com energia em 2020 (dados do Inquérito ao Consumo de Energia no Setor Doméstico), e que a instalação de painéis solares no telhado de casa para autoconsumo permite poupar até 343€ na fatura anual de eletricidade, a segunda opção surge como uma escolha lógica.

A pensar nisso, a Coopérnico, cooperativa portuguesa de energias renováveis, lançou para os seus membros/clientes uma campanha de compra coletiva de sistemas de geração de eletricidade para consumo na própria residência, através de Unidades de Produção de Autoconsumo (UPAC)

O autoconsumo pode ser individual ou coletivo, no caso de abastecerem diversas residências, e permite poupar entre 115€ a 343€, de acordo com o número de painéis solares instalados, diz a Coopérnico

“O objetivo é facilitar o acesso à poupança e independência energética de forma transparente, e ajudar os cidadãos a perceberem e compararem as ofertas disponíveis no mercado”, explica Nuno Brito Jorge, presidente da Direção da Coopérnico.

Para avançar com a compra coletiva dos painéis solares para os clientes/membros interessados, a Coopérnico divulgou um questionário de apuramento de informações necessárias, que pode ser respondido até dia 31 de janeiro e inclui perguntas como: o concelho de residência, o consumo anual de eletricidade e potência contratada, e se o consumidor vai precisar de financiamento para a compra da UPAC.

Nas fases seguintes, serão lançados os cadernos de encargos e estabelecidas as parcerias para a instalação dos sistemas UPAC.

Além do investimento em projetos de energias renováveis da economia social, a Coopérnico é também, desde 2020, a única comercializadora de energia elétrica sem fins lucrativos a atuar em todo o território continental português (particulares e empresas).

Nesta tabela apresentam-se valores estimados de custos e poupanças de um sistema UPAC individual para três cenários diferentes.

Para tal, foram utilizados dados de consumos fornecidos pelo simulador da ERSE para as três categorias de famílias (casal sem filhos, casal com dois filhos e casal com quatro filhos), e o valor da tarifa praticada no mercado regulado atualmente (0,158 €/kWh, valor com IVA).

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Sword Health compra unidade da Bright Technologies. Quer recrutar 150 em Portugal

A unicórnio nacional fundada por Virgílio Bento reforça com esta aquisição a equipa de engenharia e de produto para concretizar os seus planos de expansão e crescimento.

A Sword Health comprou a unidade de desenvolvimento de software da startup portuguesa Bright Technologies. Com esta operação a unicórnio nacional reforça a equipa de engenharia e de produto para concretizar os seus planos de expansão e crescimento. A SwordHealth está ainda a recrutar 150 profissionais nas áreas de engenharia e produto “maioritariamente” para Portugal. Globalmente, tem 300 vagas.

“A aquisição estratégica da área de desenvolvimento de software da Bright Technologies reforça as nossas prioridades de crescimento e expansão, apostando numa equipa de excelência em áreas fundamentais da engenharia e de produto, essenciais para a construção de soluções cada vez mais disruptivas na área da saúde”, afirma Jorge Meireles, VP de engenharia da Sword Health, citado em comunicado.

A Sword Health não revela o valor desta compra “nem os quadros que integram esta aquisição”, reforçando a equipa da unicórnio nacional que criou a primeira solução digital para o tratamento de patologias músculo-esqueléticas. “Podemos afirmar que passaremos a ser mais de 300 pessoas a nível global”, adianta fonte oficial da startup quando questionada pela Pessoas.

“Estas 150 vagas são maioritariamente para Portugal nas áreas de engenharia, desenvolvimento e produto. A nível global temos 300 vagas nas áreas de marketing, vendas, operações, etc.”, refere a mesma fonte. As posições em aberto podem ser consultadas no site da empresa. Muitas das ofertas são para posições em modelo 100% remoto.

Fundada por Virgílio Bento em 2015, a empresa — que no final do ano passado fechou uma ronda de financiamento Série D no valor de 189 milhões de dólares, colocando a sua valorização nos 2 mil milhões de dólares, atingindo com isso o estatuto de unicórnio — tem planos de “acelerar a expansão global, intensificar o desenvolvimento de novas terapias digitais e recrutar 300 colaboradores em Portugal e globalmente durante os próximos meses”.

Unicórnios às compras

Em menos de dois meses é a segunda aquisição de startups portuguesas concretizada por unicórnios com ADN português. Em dezembro, a Farfetch anunciou a compra da plataforma de revenda de moda de luxo em segunda mão Luxclusif, para desenvolver o negócio de revenda de moda de luxo, posicionando a empresa de José Neves como “líder de moda de luxo em segunda mão.” O valor da operação também não foi divulgado.

Um movimento dos founders que poderá ser seguido por Diogo Mónica. O cofundador da Anchorage Digital — que em dezembro atingiu o estatuto unicórnio, o 7.º com ADN português — em entrevista à Pessoas já admitiu a vontade de fazer crescer a empresa através de aquisições de startups em Portugal.

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Galiza exige a viajantes de Portugal que declarem entrada

  • Lusa
  • 25 Janeiro 2022

A partir desta quarta-feira, os portugueses que queriam entrar na Galiza vão ter de comunicar a sua chegada num prazo máximo de 24 horas e registar os seus dados de contacto num site.

A região da Galiza incluiu esta terça-feira Portugal na lista de países cujos viajantes têm a obrigação de declarar a sua chegada à comunidade autónoma espanhola por serem de territórios considerados de “alta incidência” da pandemia de covid-19.

Quem chegar à Galiza depois de ter estado num dos territórios dessa lista durante as duas semanas anteriores à sua chegada deve comunicar num prazo máximo de 24 horas e registar os seus dados de contacto numa página da Internet desenvolvida especificamente para este propósito (https://coronavirus.sergas.gal/viaxeiros/), de acordo com a resolução aprovada pelas autoridades regionais.

A resolução entra em vigor na quarta-feira, 26 de janeiro.

As 17 comunidades autónomas espanholas e as duas cidades autónomas do norte de África (Ceuta e Melilla) têm competências próprias em matéria de saúde, o que as leva a aprovar medidas muito diferentes no âmbito da luta contra a pandemia de covid-19.

A lista atualizada dos serviços sanitários galegos com os territórios considerado com uma alta incidência de covid-19 passa também a incluir todas as comunidades autónomas e cidades de Espanha, exceto seis: Andaluzia, Baleares, Canárias, Castela-Mancha, Comunidade Valenciana e Madrid.

Quanto aos países e territórios europeus, devem comunicar a sua chegada à Galiza as pessoas procedentes de Portugal, Kosovo, Dinamarca, Andorra, Chipre, Ilhas Faroé, França, Gibraltar, Grécia, Guernsey, Islândia, Irlanda, Ilha de Man, Jersey, Luxemburgo, Mónaco, Montenegro, São Marino, Eslovénia e Suíça.

A atualização anterior, publicada há duas semanas, apenas incluía a Andaluzia, em Espanha, e a Dinamarca, na Europa. A listagem de países inclui ainda vários Estados das Américas, da Ásia, de África e a Austrália, na Oceânia.

O governo regional da Galiza referiu que a lista será objeto de atualização num prazo máximo de 15 dias.

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Já abriu auto-agendamento da dose de reforço para maiores de 25 anos

As pessoas a partir dos 25 anos que não tenham tido infeção há menos de cinco meses já se podem inscrever para receber a dose de reforço da vacina contra a Covid-19.

Já abriu o auto-agendamento da dose de reforço da vacina contra a Covid-19 para quem tem mais de 25 anos, no portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Além disso, as pessoas com 18 ou mais anos vacinados com vacina Janssen há 90 ou mais dias também podem pedir este reforço.

Para fazer o agendamento, basta selecionar o local e a data para a vacinação, e será depois contactado por SMS com a confirmação da data, hora e local de vacinação. Tem de responder ao SMS para confirmar o agendamento, e depois poderá deslocar-se ao local de vacinação nessa data. O SNS avisa que a vacina a administrar depende sempre dos critérios de elegibilidade.

O pedido de agendamento online para a dose de reforço da vacina contra a Covid-19 pode ser feito para “utentes com idade igual ou superior a 25 anos, que tenham completado o esquema primário há cinco meses e não tenham tido infeção há menos de cinco meses”, segundo explicam as autoridades de saúde.

Segundo o último relatório da vacinação, mais de 4,4 milhões de portugueses receberam a dose de reforço. É de recordar que quem já tem esta dose há pelo menos 14 dias dispensa a apresentação de um teste negativo nos locais onde tal é obrigatório.

O agendamento para a dose de reforço tem vindo a abrir progressivamente por faixas etárias, tal como aconteceu com a vacinação primária contra a Covid-19, chegando agora aos jovens.

Ao mesmo tempo, as pessoas com 50 ou mais anos também se podem inscrever tanto para a dose de reforço contra a Covid-19 como para a vacina contra a Gripe.

(Notícia atualizada às 16h30)

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Tribunal dos Direitos do Homem: Quase 300 queixas contra Estado português

  • Lusa
  • 25 Janeiro 2022

Duzentas e sessenta ações contra o Estado português entraram em 2021 no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH), existindo atualmente 291 processos pendentes relativos a Portugal.

Duzentas e sessenta ações contra o Estado português entraram em 2021 no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH), existindo atualmente 291 processos pendentes relativos a Portugal, indicam estatísticas divulgadas esta terça-feira.

Segundo os dados divulgados em conferência de imprensa em Estrasburgo (França), sede do TEDH, em 2021 foram proferidos cinco acórdãos abrangendo casos ocorridos em Portugal, tendo em três dessas ações o TEDH considerado ter havido a violação de pelo menos um artigo, enquanto em duas outras situações concluiu-se que não houve violação de qualquer norma da Convenção Europeia dos Direitos do Homem.

Quanto aos artigos que o TEDH considerou em 2021 terem sido violados nas ações intentadas contra o Estado português figuram o respeito pela vida privada e familiar (dois casos) e o direito à liberdade de expressão (um caso).

Em termos globais, desde que Portugal aderiu ao sistema da Convenção Europeia dos Direitos do Homem, o TEDH proferiu 364 acórdãos relativos a Portugal. Em 278 dessas situações apurou-se ter havido a violação de pelo menos um direito, enquanto em 21 outros casos verificou-se não ter ocorrido qualquer violação dos direitos humanos.

Em 56 dos casos foram encontradas soluções amigáveis que resolveram o litígio e em nove outras situações foram proferidas sentenças, adiantam os dados estatísticos.

Quanto aos artigos que foram violados no período temporal 1978-2021, constam o direito à vida (dois casos), falta de investigação efetiva (cinco), tratamento desumano/degradante (dois), direito à liberdade e segurança (sete), direito a um julgamento justo (42), duração do processo (144), não execução (seis), respeito pela vida privada e familiar (17), liberdade de expressão (28), direito a um recurso efetivo (43), proibição de discriminação (2), proteção da propriedade (48).

Resultam deste historial do TEDH relativo a Portugal que a maioria das ações movidas contra Portugal prenderam-se naquele mesmo período com a morosidade processual (144 situações comprovadas) e deficiências na proteção do direito de propriedade (48) e direito a um julgamento justo (42)

O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos foi criado em Estrasburgo (França) pelos Estados-Membros do Conselho da Europa em 1959 para lidar com alegadas violações da Convenção Europeia dos Direitos do Homem de 1950.

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Moedas aprova primeiro orçamento municipal com abstenção do PS

Depois de a votação ter sido adiada, o orçamento para Lisboa foi aprovado. Documento prevê 1.028 milhões em receitas e 1.160 milhões de despesa para 2022.

A Câmara Municipal de Lisboa (CML) aprovou esta terça-feira a proposta de orçamento para 2022 apresentada pelo novo executivo, liderado por Carlos Moedas, sabe o ECO. Depois de um adiamento da votação por supostos erros nas verbas para a habitação, o documento foi aprovado com os votos a favor do PSD e CDS, a abstenção do PS, e os votos contra do BE, do PCP, do Livre e da deputada independente Paula Marques.

O documento mereceu várias críticas de toda a oposição, mas mesmo assim acabou aprovado, não sendo chumbado pelos socialistas. Como contexto, a oposição está em maioria na Câmara e, se os socialistas tivessem votado contra, o orçamento seria reprovado. O documento tem agora de ser votado em Assembleia Municipal, estando previsto que tal aconteça esta quinta-feira.

O orçamento deveria ter sido votado na quinta-feira passada, mas a votação acabou adiada por vontade de todos os vereadores da oposição, depois de o PS ter afirmado que havia erros nas verbas a atribuir à habitação. Em causa estava a classificação de um dos pilares destinado à habitação, que continha um subpilar — “reabilitação do edificado” –, com uma dotação de 40 milhões de euros e que não se tratava exclusivamente de habitação.

Os socialistas consideraram que devia haver uma separação entre o que era concretamente habitação e outro tipo de edificado, como escolas. Por sua vez, ao ECO, o vice-presidente da Câmara acusou os vereadores do PS de “aproveitamento da situação”. “Estamos a tentar, em nome de uma questão de secretaria, criar confusão”, disse Filipe Anacoreta Correia, acrescentando que, face a 2021, há mais 30 milhões de euros para a habitação.

O orçamento foi, assim, aprovado, mas as críticas ao documento por parte da oposição são muitas. Para o BE, trata-se de um documento que “reflete apenas as opções da direita, (…) com medidas contraditórias e que não enfrenta os grandes problemas da cidade”. Os vereadores do PCP falam em “medidas avulsas e desconexas, mas não um projeto de desenvolvimento para a cidade”.

A vereadora independente Paula Marques, antiga vereadora da Habitação de Fernando Medina, diz que o orçamento “é uma mão cheia de intenções, propostas enunciadas e não concretizadas, sem expressão no orçamento ou com dotação tímida“.

A autarquia apresentou a proposta de orçamento publicamente, sem a dar a conhecer previamente aos restantes vereadores, como o ECO noticiou. Na altura, a oposição criticou o facto de Carlos Moedas ter elaborado o documento sem uma discussão prévia com os restantes partidos, embora a Câmara afirme que “todos os partidos foram consultados e sinalizaram as diversas prioridades”.

Entre as várias medidas propostas por Carlos Moedas incluem-se 13 milhões em apoios a fundo perdido para as empresas, transportes públicos gratuitos para jovens e idosos, desconto de 50% no estacionamento para residentes, aumento da taxa de IRS a devolver aos lisboetas, seguro de saúde gratuito para carenciados com mais de 65 anos e vários milhões para a habitação, mantendo o programa de renda acessível.

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Venderam-se 190 mil casas em Portugal em 2021. Estrangeiros compraram 11%

Dados da consultora JLL apontam para um volume de vendas de 30 mil milhões de euros no mercado residencial, acompanhado por uma "forte subida dos preços".

Depois de ter sido um dos setores mais resilientes no primeiro ano de pandemia, o mercado imobiliário continuou a brilhar em 2021. De acordo com a consultora JLL, no ano passado foram transacionadas 190 mil habitações, um crescimento de quase 20% face a 2020. Naquele que foi o “melhor ano de sempre” para o setor, conseguiu-se um volume de transações na casa dos 30 mil milhões de euros.

A habitação foi setor estrela do imobiliário em 2021, superando todos os anteriores níveis de atividade”, diz a JLL esta terça-feira, no dia em que divulgou o relatório anual de mercado “Market 360º”. No ano passado, a consultora estima que tenham sido vendidas 190 mil casas, mais 18% do que em 2020 e mais 12% do que em 2019 (naquele que tinha sido um ano recorde para o mercado residencial nacional).

Das 190 mil habitações transacionadas, 89% foram vendidas a compradores nacionais e cerca de 11% a estrangeiros. “Os fortes fundamentos de mercado deverão ter continuidade em 2022, esperando-se um novo ano de atividade em máximos”, diz a consultora, salientando que as alterações ao regime de vistos gold não deverão trazer consequências negativas para o mercado, “uma vez que Portugal é já um destino residencial reconhecido no estrangeiro”.

Apesar deste bom desempenho, persiste o problema da escassez de oferta. Joana Fonseca, responsável pela área de Research da JLL, nota que o stock de habitação “aumentou apenas 1,9% na última década, o que corresponde a cerca de 108.500 fogos, ou seja, menos do que se vendeu este ano”.

Pedro Lancastre, CEO da JLL Portugal, alerta ainda para os obstáculos que continuam no mercado residencial, nomeadamente a “morosidade e burocracia dos processos de licenciamento”. O responsável nota que o número médio de unidades residenciais licenciadas em Portugal na última década ficou 70% abaixo da década anterior (2001-2011).

Outro constrangimento é o forte aumento dos custos de construção, que impacta os planos de negócios e o preço para o utilizador final. Os últimos dados davam conta de um aumento de 7,4% nos custos da construção só no último ano. A consultora alerta para a urgência de se “gerir estes constrangimentos para que a criação de oferta possa ser célere e dar resposta às necessidades do país”.

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Portugal regista mais 57.657 casos e 48 mortes por Covid-19

  • Joana Abrantes Gomes
  • 25 Janeiro 2022

Os números da pandemia referentes às últimas 24 horas, segundo o boletim divulgado pela DGS, revelam mais 48 mortes e 57.657 casos de Covid-19.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 57.657 novos casos de Covid-19, o que eleva o número total de infetados desde o início da pandemia para 2.312.240. O boletim desta terça-feira indica ainda que, nas últimas 24 horas, morreram mais 48 pessoas com a doença, perfazendo um total de 19.661 óbitos.

A maioria dos infetados continua a recuperar em casa, tendo-se verificado uma redução do número de pessoas hospitalizadas com Covid-19. Atualmente, 2.320 doentes estão internados em unidades hospitalares (menos 28 nas últimas 24 horas), dos quais 158 em unidades de cuidados intensivos (menos 14).

O boletim dá conta de um total de 1.780.008 recuperados, mais 54.666 do que no balanço anterior. Neste momento, há 512.571 casos ativos em Portugal, mais 2.943 face a segunda-feira.

Há ainda 520.014 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, por terem tido contacto com casos confirmados de Covid-19, ou seja, mais 18.895 em relação ao balanço anterior.

Boletim epidemiológico de 25 de janeiro de 2022:

A maioria dos 57.667 novos casos das últimas 24 horas concentrou-se no Norte e em Lisboa e Vale do Tejo (LVT), que confirmaram, respetivamente, 25.504 e 16.740 novas infeções. A zona Centro contabilizou mais 9.543 casos, enquanto o Alentejo somou 2.044 infeções e o Algarve outras 1.501. O arquipélago dos Açores contabilizou 917 novos casos, e na Madeira foram identificados mais 1.408 casos.

Do total de 48 mortes, 19 ocorreram na zona Norte e 17 em LVT. Morreram mais sete pessoas infetadas com Covid-19 no Centro, enquanto o Algarve somou mais quatro óbitos e o Alentejo mais uma morte por Covid-19.

(Notícia atualizada às 15h54)

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Secretário de Estado “culpa” gestão pela queda da Dielmar

  • Lusa
  • 25 Janeiro 2022

João Neves, secretário de Estado Adjunto e da Economia, disse esta terça-feira que a gestão da Dielmar foi "claramente" o que falhou na empresa, conduzindo-a à insolvência.

O secretário de Estado Adjunto e da Economia afirmou esta terça-feira que aquilo que falhou na Dielmar foi uma gestão que não correspondia às necessidades da empresa, apesar de o Governo ter tentado, por diversas vezes, alterar a situação.

“Ao longo da minha passagem pelo Ministério [da Economia] fiz diversas intervenções que permitiram tentar encontrar soluções para a situação da Dielmar, que foram sucessivamente recusadas pelos acionistas privados”, afirmou João Neves.

O governante falava aos jornalistas à margem de uma visita às instalações da empresa de confeções Dielmar, após o Grupo Valérius ter chegado a acordo para ficar com a fábrica de Alcains, que pediu insolvência em agosto.

“O que falhou foi claramente uma gestão que não correspondia às necessidades da empresa. A intervenção do Estado era minoritária e a gestão daquilo que era feito era dos acionistas privados. Por diversas vezes nós procuramos, do lado da intervenção pública, alterar a situação porque era uma situação que manifestamente não correspondia às necessidades que objetivamente existiam”, sublinhou.

O secretário de Estado recusou fazer qualquer avaliação judicial do processo e disse que não é a ele que compete fazer isso.

Contudo, disse que este é claramente um processo que tem duas faces: uma que não é exemplar, e que só pode servir como aquilo que não deve ser feito para a recuperação de uma solução empresarial; e a outra, onde se empenhou pessoalmente, com a colaboração da Câmara de Castelo Branco, Instituto do Emprego e da Formação Profissional e Banco Português de Fomento, para encontrar uma solução que permita olhar para os ativos, valorizando os trabalhadores.

“É isso que está agora a ser feito. Espero que a história venha a demonstrar que esta é uma intervenção como deve ser feita”, defendeu.

João Neves espera que este dia marque uma viragem na situação da Dielmar, permitindo encontrar uma solução de base empresarial que seja uma solução de futuro.

“O Grupo Valérius é um grupo conhecido, com presença em vários setores industriais, nomeadamente no têxtil e na confeção, e o que temos como expectativa, e que foi a base da proposta de recuperação deste conjunto de ativos, é que tenham aqui uma solução do ponto de vista industrial, forte”, frisou.

Adiantou ainda que a base desta solução empresarial são os trabalhadores. “Se não houvesse pessoas com experiência e com qualidade, certamente que não teríamos uma solução para Alcains, para estas instalações e para estes trabalhadores” sublinhou.

Segundo o governante, a perspetiva é que sejam feitas alterações do ponto de vista da organização da produção nos próximos meses e que a laboração seja concretizada ao longo do primeiro semestre do ano.

“A base para fazer estas mudanças é um processo de requalificação profissional, porque a organização industrial vai ser profundamente alterada face ao passado. Os passos têm que ser dados com segurança”, concluiu.

Fundada em 1965, em Alcains, no concelho de Castelo Branco, por quatro alfaiates que uniram os seus conhecimentos, a Dielmar, que empregava atualmente mais de 300 trabalhadores, pediu a insolvência ao fim de 56 anos de atividade, uma decisão que a administração atribuiu aos efeitos da pandemia de covid-19.

O pedido de insolvência foi apresentado no dia 2 de agosto de 2021, tendo o Juízo de Comércio do Fundão da Comarca de Castelo Branco declarado a insolvência no dia seguinte.

Depois da rescisão de contratos para os trabalhadores das lojas e da não renovação dos contratos a termo, a empresa tem ainda cerca de 245 trabalhadores.

Depois de algumas assembleias de credores não definitivas, em novembro de 2021 foi decidido avançar com o encerramento da empresa e respetiva liquidação da massa insolvente.

Correção: Uma versão anterior deste artigo atribuiu declarações a João Torres, ao invés de João Neves. Na realidade as declarações são deste último. Aos leitores e visados, as nossas desculpas.

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Baixas sobem mais de oito vezes em janeiro face a dezembro para 187 mil

  • Lusa
  • 25 Janeiro 2022

Até ao dia 24 de janeiro foram processados um total de 187 mil subsídios por doença covid-19, que compara com 23,2 mil em dezembro pasado.

As baixas por covid-19 processadas em janeiro, até dia 24, dispararam 706% face a dezembro, para 187 mil, tendo sido pagos 44,3 milhões de euros, revelam dados avançados esta terça-feira por fonte oficial do Ministério do Trabalho.

Segundo os dados do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social solicitados pela Lusa, em janeiro foram processados, até ao dia 24, um total de 187 mil subsídios por doença covid-19, que compara com 23,2 mil em dezembro, ou seja, um aumento superior a oito vezes.

Foram pagos 44,3 milhões de euros em baixas por covid-19 até 24 de janeiro face a 6,7 milhões de euros em dezembro. A Segurança Social processou ainda 169 mil subsídios por isolamento profilático, um número superior em mais de 11 vezes ao verificado em dezembro, quando se registaram 15 mil baixas deste tipo.

Quanto aos valores pagos, em janeiro (até dia 24) o montante em subsídios de isolamento profilático ascendeu a 37,4 milhões de euros, enquanto em dezembro o valor foi de 4 milhões de euros.

Também o número de subsídios de isolamento profilático por assistência a filho ou neto disparou de 18,7 mil em dezembro para 32,9 mil em janeiro (até dia 24), tendo sido pagos 4 milhões de euros e 7,8 milhões de euros, respetivamente.

Segundo a fonte oficial do ministério, “tal como acontece todos os meses, alguns dos pagamentos de janeiro são relativos a pedidos apresentados ainda em dezembro”.

A Segurança Social tinha já registado um aumento significativo destes subsídios associados à evolução da pandemia em dezembro face a novembro, coincidindo com os primeiros picos do número de infetados com covid-19, tal como adiantou a Lusa.

Em novembro apenas foram processadas 8.900 baixas por covid-19, enquanto o número de subsídios de isolamento profilático foi de 10,8 mil e os subsídios de isolamento por assistência a filho ou neto 11,9 mil.

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