Previsões do BdP mostram que eleições antecipadas não põem em causa confiança na economia, diz Leão

  • Lusa
  • 17 Dezembro 2021

A "situação política de eleições antecipadas não colocou nem coloca em causa a confiança" na economia portuguesa, diz o ministro das Finanças.

O ministro das Finanças, João Leão, considerou que as previsões macroeconómicas do Banco de Portugal (BdP), mais otimistas que as do Governo para 2022, confirmam que a atual situação política não coloca em causa a confiança das instituições.

“Estas previsões, tal como tenho referido, confirmam que a atual situação política de eleições antecipadas não colocou nem coloca em causa a confiança das diversas instituições no desempenho da economia portuguesa”, disse João Leão em resposta a um pedido de reação da Lusa às projeções do BdP, divulgadas esta sexta-feira.

Na conferência de imprensa de apresentação do Boletim Económico de dezembro, que se realizou esta sexta-feira no Museu do Dinheiro, em Lisboa, o governador do BdP, Mário Centeno, disse que “não há nenhum risco político identificado” nas previsões. O BdP previu um crescimento de 5,8% da economia em 2022, igualando as previsões mais otimistas, mantendo ainda a previsão de 4,8% para este ano.

As previsões agora divulgadas pelo BdP para 2022 igualam as mais otimistas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que também aponta para um crescimento económico de 5,8%, e superam as do Governo, que espera 5,5%.

“Mais uma vez verifica-se que as estimativas mais recentes, tanto nacionais como internacionais, superam as previsões oficiais do Governo”, salientou o ministro de Estado e das Finanças à Lusa, apontando também que o BdP “prevê um crescimento perto de 17% até 2024”.

Para João Leão, “o país tem feito um caminho sólido e sustentado e assim continuará a ser”. E os dados do BdP “apenas vêm reforçar a nossa confiança no futuro”, acrescentou.

“Apesar de alguma incerteza associada à evolução da pandemia, estamos certos de que se trata de riscos transitórios, que não impedirão a recuperação plena da economia portuguesa”, referiu o ministro à Lusa.

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Instituto +Liberdade nomeia André Pinção Lucas como diretor interino

A nomeação surge depois de Carlos Guimarães Pinto abandonar o cargo, devido à sua inclusão numa lista partidária como candidato a deputado nas próximas eleições legislativas.

André Pinção Lucas aceitou o convite do Conselho de Curadores para assumir interinamente a posição de diretor executivo do Instituto +Liberdade. A oportunidade surge depois do, até agora, diretor executivo do instituto, Carlos Guimarães Pinto, ter comunicado que irá integrar uma lista partidária como candidato a deputado nas próximas eleições legislativas, um papel que não acumulável com a liderança do instituto.

O Conselho de Curadores do Instituto +Liberdade louva e agradece a extraordinária colaboração prestada por Carlos Guimarães Pinto nos últimos 18 meses e deseja-lhe os maiores sucessos pessoais e profissionais, tendo a certeza de que continuará a contribuir para a defesa da democracia liberal como garante de liberdade, prosperidade e justiça”, lê-se em comunicado.

André Pinção Lucas, que já integrava o projeto, passa assim a assumir funções de diretor executivo interino, iniciando o processo de uma nova direção “que possa continuar o trabalho até aqui tão bem liderado por Carlos Guimarães Pinto”.

Fundado em fevereiro de 2021, o Instituto +Liberdade é uma organização sem fins lucrativos de cariz liberal, cuja missão é transmitir conhecimento sobre os principais pilares de uma sociedade livre baseada na liberdade individual, na liberdade política e na economia de mercado.

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Mais 24 mortes, 4.644 casos de Covid-19 e menos internamentos

  • ECO
  • 17 Dezembro 2021

24 pessoas morreram com Covid-19 nas últimas 24 horas e surgiram mais 4.644 pessoas infetadas pelo coronavírus.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou mais 4.644 casos de Covid-19 e 24 pessoas morreram nas últimas 24 horas, mostra o boletim diário da DGS.

Registam-se menos nove internamentos face ao balanço anterior, 943 no total, dos quais 147 em unidades de cuidados intensivos, menos 11 do que na quinta-feira.

O número de casos ativos identificados subiu em 734, para 70.406 pessoas, no contexto do avanço da nova variante Ómicron do coronavírus.

Boletim epidemiológico de 17 de dezembro:

Mais 3.886 pessoas foram dadas como recuperadas, elevando para quase 1,13 milhões o número de recuperações da Covid-19 registadas pela DGS.

2.143 pessoas estão sob vigilância das autoridades de saúde, por terem estado em contacto com pessoas infetadas, num total de 97.573.

Desde o início da pandemia, já se registaram mais de 1,2 milhões de casos de Covid-19. A doença tirou a vida a 18.741 pessoas.

(Notícia atualizada pela última vez às 14h29)

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Experis vai formar 30 tech recruiters. Candidaturas abertas

O programa de formação, que inclui também um projeto de empregabilidade, destina-se a recém-licenciados e a jovens com até dois anos de experiência profissional.

A Experis lançou um novo programa para formar tech recruiters. O objetivo é dar resposta à elevada procura de talento nesta área do recrutamento. A empresa do ManpowerGroup tem 30 vagas e as candidaturas estão abertas.

“Existe, atualmente, uma procura crescente por competências tecnológicas e digitais que não está a ser acompanhada ao nível da oferta de profissionais, resultando assim numa elevada escassez de talento em tecnologia. O recrutamento para perfis IT tem vindo, por isso, a tornar-se cada vez mais relevante para o desenvolvimento das organizações e para a sua reposta aos desafios da digitalização, mas, também aqui, começamos a notar a falta de talento para responder às necessidades do mercado”, explica Pedro Amorim, managing director da Experis Portugal, em comunicado.

“É neste contexto que surge o programa de formação para tech recruiters da Experis Academy. Um programa que nos irá permitir formar profissionais na área do recrutamento tecnológico, desenvolvendo assim o talento de que as empresas necessitam, ao mesmo tempo que oferecemos aos candidatos em início de carreira a oportunidade de aceder a um projeto de futuro num setor em forte crescimento”, continua.

Pedro Amorim, managing director da Experis Portugal.

O programa destina-se a recém-licenciados em áreas como recursos humanos, comunicação, sociologia ou antropologia, entre outras relacionados com as ciências sociais, bem como a jovens profissionais com até dois anos de experiência profissional. A Experis procura, acima de tudo, “candidatos que tenham o desejo de aprender e a ambição de progredir rapidamente, assim como a motivação para contribuir para um projeto em forte crescimento”, detalha a empresa, acrescentando que boa comunicação e facilidade em relações interpessoais são também requisitos importantes para os futuros tech recruiters.

Os jovens selecionados terão acesso à formação, mas também a um projeto de empregabilidade, permitindo-lhes beneficiar de uma primeira experiência profissional muito operacional, remunerada e com possibilidades de progressão de carreira.

O programa será lecionado em formato híbrido em Lisboa e no Porto, em regime full-time. Existem 30 vagas por preencher, sendo que os interessados podem submeter a sua candidatura aqui.

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Marcelo pede “respeito pelos direitos dos imigrantes”

Portugal tem "uma particular responsabilidade na qualidade do acolhimento dos imigrantes", diz o Chefe de Estado, na sequência das agressões dos militares da GNR a imigrantes em Odemira.

O Presidente da República sublinha que é preciso “respeito pelos direitos dos imigrantes”, na sequência das agressões feitas por militares da GNR a imigrantes em Odemira, no Alentejo. Numa nota publicada no site da Presidência esta sexta-feira, Marcelo nota ainda que Portugal tem uma “particular responsabilidade na qualidade do acolhimento” destas pessoas.

O Chefe de Estado “confia que Justiça será feita, com rapidez, em relação às acusações de inaceitáveis violações de liberdades, direitos e garantias”. Em causa estão as imagens divulgadas pela CNN que mostram agressões feitas por militares da GNR a imigrantes em Odemira. Há sete militares acusados de um total de 33 crimes de maus-tratos a trabalhadores provenientes do sul da Ásia, principalmente do Bangladesh, Nepal e Paquistão.

Marcelo sublinha que “as forças e serviços de segurança, e o Estado em geral, são particularmente responsáveis pelo respeito e cumprimento” das liberdades e direitos destas pessoas, mas nota que “os crimes ou infrações cometidos por elementos de uma força não podem ser confundidos com a missão, a dedicação e a competência da generalidade dos seus membros”.

Na véspera do Dia Internacional das Migrações, o Presidente da República afirma, assim, que “tais garantias e respeito pelos direitos fundamentais são devidos a todos, sejam ou não cidadãos nacionais” e que Portugal, enquanto “Nação de emigração”, tem ” uma particular responsabilidade na qualidade do acolhimento dos imigrantes” que procuram o país para viver.

Esta manhã, o primeiro-ministro também comentou o caso, afirmando que, apesar de ainda não ter visto as imagens, pela descrição que teve das mesmas o sentimento é de “repugnância”. “Há mais de dois anos que essa investigação está a ser desenvolvida e mostra que ninguém está acima da lei e que comportamentos daquela natureza são absolutamente inaceitáveis, seja nas forças de segurança ou entre qualquer pessoa”, disse.

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Risco político não entra nas projeções do Banco de Portugal

O governador do Banco de Portugal esclareceu que as incertezas políticas não foram consideradas no exercício de previsão divulgado esta sexta-feira.

As projeções económicas subjacentes ao novo boletim do Banco de Portugal não contemplam o potencial risco político que poderá decorrer das eleições de 30 de janeiro. O banco central manteve a previsão de 4,8% para o PIB deste ano e reviu em alta o crescimento de 2022 para 5,8%.

Não há um risco político identificado nestas previsões“, esclareceu o governador do Banco de Portugal, quando questionado na conferência de imprensa sobre o tema na conferência de imprensa. Ou seja, as eleições legislativas antecipadas e o potencial impasse político posterior — as sondagens apontam para não haja uma maioria absoluta — não foram consideradas nesta projeção económica.

Tanto assim é que também o Orçamento de 2022 não é considerado, dado que chumbou. “Na sequência da não aprovação da Proposta de Orçamento do Estado para 2022, as hipóteses de finanças públicas assumem, no essencial, um cenário de políticas invariantes“, lê-se no boletim económico de dezembro publicado esta sexta-feira.

Porém, o ex-ministro das Finanças foi deixando vários comentários que podem ser interpretados como recados para o próximo Governo que resultar das eleições. Desde logo, um aviso para a evolução do salário mínimo que, se subir em 2023 e 2024, será um “risco em alta” para a taxa de inflação, a qual já foi revista em alta nestas projeções.

Além disso, deixou um alerta claro sobre a necessidade de “corrigir” a evolução das contas públicas portuguesas, após a deterioração provocada pela crise pandémica, nos próximos “dois a três anos”. Isso implica, desde logo, uma redução da dívida pública portuguesa até 2024 para os níveis registados em 2019 (118% do PIB) para que esta seja “sustentável” no futuro.

No boletim, o Banco de Portugal nota também a importância da “previsibilidade dos processos de decisão de política económica (monetária, orçamental, regulatória)“. Tal “é essencial para contrabalançar o aumento de incerteza que caracteriza os processos de saída de crises económicas”.

Isto numa altura em que “a economia portuguesa enfrenta importantes desafios nos próximos anos, sendo a resposta de política económica crucial para um crescimento sustentado e uma retoma da convergência com a Europa”, nota o BdP. Um dos instrumentos que farão parte desse processo é o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o qual tem de ter uma “execução eficiente”.

A par da concretização dos projetos planeados, também é necessário implementar as reformas associadas, as quais “constituem fatores essenciais, pelos efeitos multiplicadores sobre a atividade e impacto sobre o crescimento potencial”. “Esta é uma oportunidade única para potenciar o ritmo de crescimento de longo prazo da economia portuguesa num contexto em que o impacto direto no endividamento nacional é essencialmente nulo“, conclui o banco central.

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70 mil crianças entre os 9 e os 11 anos já agendaram vacina contra a Covid

Cerca de 70 mil crianças entre os 9 e os 11 anos as estão inscritas para serem vacinadas contra a Covid-19 no próximo fim de semana, revelou António Costa.

Cerca de 70 mil crianças entre os 9 e os 11 anos já estão inscritas para serem vacinadas contra a Covid-19 no próximo fim de semana, revelou António Costa.

“Até ontem à noite [16 de dezembro] estavam inscritas 70 mil crianças no escalão dos 9, 10 e 11 anos. É muito bom”, afirmou esta sexta-feira o primeiro-ministro, no programa “Praça da Alegria”, da RTP1.

A campanha de vacinação contra a Covid das crianças entre os cinco e os 11 anos começa este sábado, sendo que o processo vai decorrer em quatro fases e à semelhança do que tem sucedido, por faixa etária decrescente. Em causa estão mais de 600 mil crianças elegíveis.

Nesse contexto, apesar de sublinhar que se trata “de uma boa adesão”, o primeiro-ministro insta que mais pais agendem a vacina dos seus filhos, referindo, que, apesar de algumas dúvidas que possam surgir, a inoculação “é importante para a própria saúde das crianças”, dado que há “muitas crianças que estão a ser infetadas” e que “o escalão etário onde está a haver maior incidência de infeção é mesmo nas crianças”.

Além disso, o Chefe de Governo lembra que a vacinação “protege-as na sua própria vida”, relembrando que este é já o terceiro ano letivo marcado pela pandemia, pelo que os casos de infeção têm levado a que “turmas inteiras vão para casa” e que sejam privadas dos contactos com os colegas. Também a diretora-geral da Saúde e o ministro da Educação já haviam admitido que a vacinação das crianças pode levar as autoridades de saúde a mudar os protocolos de prevenção da Covid-19 nas escolas.

Apesar de a vacinação contra a Covid não ser obrigatória, segundo a Renascença (acesso livre), há diretores de turma a enviar e-mails aos pais, em nome das escolas e da Direção-Geral da Saúde (DGS), em que perguntam se o educando tem o esquema vacinal completo e quando foi administrada a segunda dose. Questionada sobre esta situação, a ministra da Saúde garantiu, esta sexta-feira, que o seu gabinete não deu qualquer indicação às Administrações Regionais de Saúde para a recolha de dados dos alunos.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h36)

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Bundesbank baixa de 3,7% para 2,5% previsão de crescimento da Alemanha em 2021

  • Lusa e ECO
  • 17 Dezembro 2021

Bundesbank revê em baixa para 2,5% as previsões de crescimento da economia alemã em 2021, e confiança das empresas alemãs cai em dezembro pelo sexto mês consecutivo, foi divulgado esta sexta-feira.

O Bundesbank reviu em baixa para 2,5% as previsões de crescimento para a economia alemã este ano, em comparação com a estimativa que tinha feito em junho (3,7%), foi anunciado esta sexta-feira.

O Bundesbank publicou esta sexta-feira as novas projeções semestrais macroeconómicas, de crescimento e inflação, que refletem o abrandamento da recuperação económica na sequência da implementação de novas restrições e estrangulamentos no fornecimento e transporte de alguns produtos.

Também prevê uma inflação muito mais alta devido ao aumento dos preços da energia, custos mais elevados devido a estrangulamentos no fornecimento, e o facto de a Alemanha ter baixado o IVA no ano passado para impulsionar o consumo.

Também contribuem para a inflação em 2021 os pagamentos pelas emissões de CO2.

O banco central alemão prevê que a economia alemã cresça 4,2% em 2022 (5,2% nas projeções de junho) e 3,2% em 2023 (1,7%).

Prevê também um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,9% em 2024.

O Bundesbank também revê em alta as suas previsões de inflação para este ano para 3,2% (2,6% previsto em junho), para 2022 para 3,6% (1,8% anteriormente) e estima uma inflação de 2,2% em 2023 (1,7%) e em 2024.

A inflação de base, que desconta os preços da energia e dos alimentos por serem mais voláteis, será de 2,2% (1,6%) este ano, 2,3% (1,5%) em 2022, 1,8% (1,7%) em 2023 e 2,1% em 2024, de acordo com cálculos do Bundesbank.

Confiança das empresas na Alemanha volta a cair em dezembro

A confiança das empresas voltou a cair em dezembro na Alemanha, pelo sexto mês consecutivo, à medida que a deterioração da pandemia atingiu duramente os serviços ao consumidor e os retalhistas, foi anunciado esta sexta-feira.

O índice de confiança empresarial do instituto de investigação económica alemão (ifo) em toda a Alemanha caiu para 94,7 pontos em dezembro, contra 96,6 pontos em novembro.

As empresas consideram a sua situação atual como “menos positiva” e estão mais pessimistas em relação à primeira metade de 2022.

“A economia alemã não vai receber presentes este ano” para o Natal, disse o presidente do ifo, Clemens Fuest.

No setor industrial alemão, a confiança das empresas aumentou novamente após cinco meses consecutivos de queda, uma vez que as expectativas das empresas são mais otimistas e as encomendas aumentaram substancialmente.

“No entanto, a avaliação das empresas sobre a situação atual foi um pouco pior. Os estrangulamentos em bens intermédios e matérias-primas intensificaram-se novamente”, de acordo com Fuest.

No setor dos serviços, a confiança das empresas desceu.

“A última vez que o indicador caiu tanto foi em abril de 2020“, no início da pandemia, acrescenta o ifo.

Os prestadores de serviços estão muito menos satisfeitos com a sua situação atual e as suas expectativas tornaram-se pessimistas, especialmente no turismo e hotelaria.

A confiança das empresas também piorou acentuadamente no comércio a retalho, onde os resultados do inquérito foram “tão dramáticos como no inverno passado”.

No entanto, o setor do comércio por grosso foi pouco afetado.

Na construção, a confiança das empresas piorou porque a avaliação da situação atual foi “ligeiramente menos positiva” e porque o pessimismo face aos próximos meses aumentou significativamente.

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Centeno diz que contas públicas têm de ser corrigidas entre dois a três anos

O governador do Banco de Portugal alerta que, após o desequilíbrio provocado pela pandemia, as contas públicas têm de ser corrigidas nos próximos dois a três anos.

O ex-ministro das Finanças, Mário Centeno, deixou um alerta sobre a evolução das contas públicas nos próximos anos, argumentando que o desvio causado pela crise pandémica tem de ser corrigido nos próximos dois a três anos. Em causa está a redução da dívida pública, da despesa permanente e da carga fiscal estrutural.

Este é um dos quatro desafios de Portugal indicados pelo governador do Banco de Portugal na apresentação do boletim económico de dezembro divulgado esta sexta-feira. Os outros avisos estão relacionados com a execução eficaz do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), as tendências demográficas adversas e o aumento das qualificações.

Para Mário Centeno, que esteve ao leme das contas públicas entre 2015 e 2020 e alcançou o primeiro excedente orçamental da democracia portuguesa em 2019, é preciso que se concretize uma “correção” rápida, “entre dois a três anos”, das finanças públicas. Isso implica, desde logo, uma redução da dívida pública portuguesa até 2024 para os níveis registados em 2019 (118% do PIB) para que esta seja “sustentável” no futuro.

Para lá chegar, Portugal também beneficiará da política monetária do Banco Central Europeu (BCE), nomeadamente as decisões tomadas esta quinta-feira. A expectativa do Banco de Portugal é que a taxa de juro implícita da dívida pública desça de 2,2% em 2020 para 2% em 2021 e 2022 e para 1,9% em 2023 e 1,8% em 2024.

Além disso, Centeno notou na conferência de imprensa que a “avaliação” que os mercados financeiros fazem da dívida pública portuguesa é “distinta” da que era feita em crises passadas, “mesmo no contexto difícil desta crise”, o que se reflete nos diferenciais face os juros cobrados a Itália ou Espanha. Acresce que acredita que os “riscos de fragmentação na Zona Euro estão completamente controlados” com a política monetária do BCE.

O governador repetiu diversas vezes a necessidade de reduzir a dívida pública, mas explicou que os desafios que elenca no boletim “não quer dizer que não estejam ou não vão ser cumpridos”. Apenas os refere por serem tão essenciais para o país, assinalou.

Para se conseguir reduzir a dívida pública nos próximos anos, será necessário reduzir o peso da despesa pública permanente em percentagem do PIB, depois de esta ter sido subido por causa da resposta orçamental à pandemia. Centeno já tinha feito este aviso em boletins económicos anteriores, nomeadamente antes das negociações orçamentais.

À medida que a economia recupera, estes indicadores [das finanças públicas, como a despesa permanente em percentagem do PIB] também devem corrigir“, esclareceu Centeno na conferência de imprensa, alertando que “seria errado fazer crescer esta despesa ao mesmo ritmo que o PIB cresce” nos próximos anos.

Por fim, Mário Centeno destacou a importância da “redução da carga fiscal estrutural”, após esta ter sido reduzida em 1,2 pontos percentuais nos anos anteriores à pandemia, de acordo com as contas do Banco de Portugal. “Esta trajetória deve ser retomada nos próximos anos”, disse.

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Dense Air vendida a empresa da Alphabet e da dona da Logoplaste

Dense Air, que tem licenças 5G em Portugal, foi vendida pelo SoftBank à Sidewalk Infrastructure Partners, empresa detida pela "holding" da Google e pelo fundo que comprou a maioria da Logoplaste.

A Dense Air, que também comprou licenças para explorar o 5G em Portugal, foi adquirida aos japoneses do SoftBank por uma empresa de infraestrutura tecnológica parcialmente detida pela Alphabet, dona da Google.

Através deste acordo de venda à Sidewalk Infrastructure Partners (SIP), a Dense Air vai passar a fazer parte da CoFi, uma plataforma da SIP focada em desenvolver conectividade através de Parcerias Público-Privadas (PPP).

Num comunicado a dar conta da operação, a Dense Air, que deverá operar em Portugal uma rede grossista de 5G, explica que a aquisição vai “acelerar” a sua “missão” de fornecer soluções de 4G e 5G acessíveis para diversos “casos de uso”. Entre eles, a expansão da banda larga móvel, a internet das coisas (IoT), a segurança pública, redes de emergência e ensino remoto.

Com sede no Reino Unido, a Dense Air esteve no centro de uma polémica em torno do leilão do 5G em Portugal. A empresa herdou direitos de utilização de espetro numa faixa relevante para a quinta geração, apesar de nunca terem sido utilizados.

No âmbito dos preparativos para o lançamento do 5G em Portugal, a Anacom decidiu não extinguir esses direitos, pelo que a Dense Air já tinha licenças de 5G antes mesmo de arrancar o leilão. A decisão do regulador foi fortemente contestada pela Meo, Nos e Vodafone e chegou aos tribunais.

A empresa renovou esses direitos no leilão da Anacom, num investimento de 5,77 milhões de euros, o mais baixo entre as seis vencedoras do 5G português.

“A tecnologia única da Dense Air permite a vários operadores de rede partilhar a mesma infraestrutura com segurança, reduzindo os custos para os fornecedores de serviço e municípios, ao mesmo tempo que entrega conectividade de alta velocidade”, lê-se no comunicado, onde é salientado que estas características são “congruentes” com a infraestrutura da plataforma CoFi da SIP.

A Dense Air opera nos mercados dos EUA, Europa e Ásia-Pacífico e assume-se como a “operadora das operadoras”, por fornecer soluções às empresas de telecomunicações que vendem serviços aos consumidores finais. Ao abrigo deste negócio, a SIP e a Dense Air antecipam estar em vias de anunciar um projeto nos EUA que “envolve estabelecer parcerias com cidades para aumentar a cobertura de redes móveis e alta velocidade”.

A SIP é controlada pela Alphabet, holding da Google, e pelo Ontario Teacher’s Pension Plan, um fundo de pensões canadiano, que adquiriu este ano uma posição maioritária na empresa portuguesa Logoplaste.

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Lesados emigrantes do BES chamados ao Ministério das Finanças para integrar grupo de trabalho

  • Lusa
  • 17 Dezembro 2021

Associação de Defesa de Clientes Bancários e de Lesados Emigrantes Portugal Venezuela participam em reunião com o Governo para constituir o Fundo de Recuperação Créditos dos clientes lesados do BES.

As associações de Defesa de Clientes Bancários (ABESD) e de Lesados Emigrantes Portugal Venezuela (ALEPV) participam esta sexta-feira numa reunião de trabalho com o Governo, no Ministério das Finanças, com vista à resolução da situação dos lesados emigrantes do BES.

Em comunicado, as associações – que representam maioritariamente emigrantes clientes das sucursais externas do antigo Banco Espírito Santo (BES) – avançam que o encontro decorrerá em Lisboa, pelas 15h30, “iniciando assim a constituição do Fundo de Recuperação Créditos dos clientes lesados do BES (sucursais externas), os quais não tiverem acesso a nenhuma das soluções anteriores”.

Este grupo de lesados do BES reclama “a constituição de um fundo de recuperação de créditos, nos termos da Lei n.º 69/2017 de 11 de agosto, tal como aconteceu para os lesados do papel comercial”, que eram clientes da rede comercial do BES em Portugal.

As associações salientam que “este grupo de lesados do BES aguardou ansiosamente e com muita expectativa o início deste grupo de trabalho, o qual, independentemente da situação política atual, irá legitimamente continuar a realizar o seu trabalho técnico, seja qual for o futuro político em Portugal”.

“Todos os partidos políticos com assento parlamentar em 2017 aprovaram na Assembleia da República a lei que nos trouxe a este momento, pelo que estamos certos de que, ao fim de mais de sete anos de espera, após a resolução do BES, nenhum partido político irá querer ficar do lado errado da história e interromper o início de solução há muito aguardado e injustamente adiado até hoje”, sustentam.

Presentes na reunião de esta sexta-feira, para a qual foram convidadas pelo gabinete do primeiro-ministro, as associações avançam que “irão estar representantes do Banco de Portugal e da CMVM [Comissão do Mercado de Valores Mobiliários]”.

“A mesma irá analisar, também, a questão do Banif”, acrescentam.

De acordo com a ABESD e a ALEPV, “o Governo solicitou aos lesados uma recomendação da Assembleia da República e uma declaração de ‘misseling’”.

“Os lesados conseguiram aprovar por unanimidade a Resolução n.º 44/2018, de 19 de janeiro, e constituíram uma comissão de peritos independente na Ordem dos Advogados, com um estatuto próprio e nos termos da lei. O relatório dessa comissão foi favorável aos lesados, declarando a fraude generalizada”, recordam.

A ABESD e a ALEPV são associações sem fins lucrativos, constituídas após o colapso do grupo BES/GES.

Têm como associados clientes não qualificados, maioritariamente emigrantes, das sucursais externas financeiras do grupo BES na Madeira, Luxemburgo, Venezuela, África do Sul e Suíça, entre outras, que perderam as suas poupanças em produtos financeiros do BES/GES e dizem ter sido “vítimas de venda fraudulenta aos balcões do BES/BPES em Portugal, conforme confirmado pelo relatório de peritos independentes da Ordem dos Advogados”.

Na quinta-feira, a Associação dos Lesados do Banif (ALBOA) anunciou também ter sido convocada para uma reunião esta sexta-feira, no Ministério das Finanças, com vista à constituição de um grupo de trabalho para resolução dos problemas dos seus associados.

Em comunicado, a ALBOA – que representa apenas os ex-clientes não qualificados, que foram lesados num valor estimado em cerca de 180 milhões de euros – indica que a reunião tem como objetivo “a constituição de um grupo de trabalho para a resolução” da situação dos lesados do Banif, “que se arrasta há já seis anos”.

A associação acrescenta que, apesar da marcação de eleições legislativas antecipadas para 30 de janeiro, “o atual Governo está em funções e com competência para a criação da referida comissão, cujos trabalhos deverão levar à prevista constituição de um Fundo de Recuperação de Crédito junto da CMVM”.

Em junho, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou que estava a ser ponderada a criação de um grupo de trabalho para os lesados do BES e do Banif.

O BES, tal como era conhecido, acabou em agosto de 2014, deixando milhares de pessoas lesadas devido a investimentos feitos no banco ou em empresas do Grupo Espírito Santo.

O Banco de Portugal, através de uma medida de resolução, tomou conta da instituição fundada pela família Espírito Santo e anunciou a sua separação, ficando os ativos e passivos de qualidade num ‘banco bom’, denominado Novo Banco, e os passivos e ativos tóxicos no BES, o ‘banco mau’ (‘bad bank’), sem licença bancária.

O Banif foi adquirido pelo Santander Totta por 150 milhões de euros, na sequência de uma resolução do Governo da República e do Banco de Portugal, através da qual foi criada a sociedade-veículo Oitante, para onde foi transferida a atividade bancária que o comprador não adquiriu.

Neste processo, cerca de 3.500 obrigacionistas subordinados e acionistas perderam 263 milhões de euros, havendo ainda a considerar 4.000 obrigacionistas Rentipar (‘holding’ através da qual as filhas do fundador do Banif, Horácio Roque, detinham a sua participação), que investiram 65 milhões de euros, e ainda 40 mil acionistas, dos quais cerca de 25 mil são oriundos da Madeira.

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Portugal tem terceira maior quebra mensal da produção na construção em contraciclo com a Zona Euro

  • Lusa
  • 17 Dezembro 2021

Produção na construção aumenta em outubro na Zona Euro e na União Europeia face a setembro, com maiores aumentos em França, Polónia e Alemanha, e os maiores recuos na Eslovénia, Áustria e Portugal.

A produção na construção aumentou, em outubro, na Zona Euro e União Europeia (UE), quer face a setembro, quer em termos homólogos, com Portugal a apresentar a terceira maior quebra mensal, divulga o Eurostat.

De acordo com o gabinete estatístico europeu, a produção na construção avançou, face a outubro de 2020, 4,4% na Zona Euro e 4,2% na UE. Na comparação com setembro, o indicador subiu 1,6% na Zona Euro e 1,4% na UE.

Na variação homóloga, maiores aumentos na produção na construção foram registados na Hungria (14,5%), Finlândia (7,4%) e França (6,6%) e as maiores diminuições foram observadas na Roménia (-15,7%), Eslovénia (-10,7%) e Espanha (-1,9%).

Face a setembro, o indicador teve as maiores subidas em França (4,9%), Polónia (2,6%) e Alemanha (1,2%) e os principais recuos na Eslovénia (-9,2%), Áustria (-1,4%) e Portugal (-1,2%).

Em Portugal, o indicador avançou 1,8% na comparação com outubro de 2020.

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