CaixaBank continua a reforçar no BPI. Já detém quase 94%

  • Rita Atalaia
  • 25 Maio 2018

O grupo catalão continuar a reforçar no banco liderado por Pablo Forero. Este reforço está a ser feito através de várias operações de compra de ações no mercado.

O CaixaBank continua a reforçar a sua posição no BPI através de várias operações de compra de ações no mercado. O grupo catalão já detém quase 94% do capital da instituição financeira liderada por Pablo Forero.

Em concreto, o CaixaBank realizou compras nos dias 21, 22, 23 e 24 de maio, tendo adquirido 962.487 títulos do BPI a um preço médio de 1,45 euros por ação, de acordo com o comunicado enviado esta tarde à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. Estas operações envolveram um investimento de 1.395.606,15 euros, detalha o CaixaBank.

“Na sequência destas aquisições, o CaixaBank passou a deter diretamente 1.386.766.461 ações representativas de 93,949% do capital social do BPI e de 93,959% dos direitos de voto no BPI”, de acordo com o comunicado. Ou seja, apenas pouco mais de 6% de ações do BPI não estão nas mãos dos espanhóis, que já anunciaram que pretendem retirar o banco português da bolsa.

Foi no início deste mês que o grupo catalão comprou uma posição importante à Allianz. O CaixaBank comprou à seguradora ações representativas de 8,425% do BPI, passando a deter 92,935% do capital do banco. Com esta posição o CaixaBank ficou com o capital necessário para retirar o banco português da bolsa.

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Espanhóis do CaixaBank já detêm quase 94% do banco BPI

Grupo catalão continua a reforçar a sua posição no banco português através de compras de ações no mercado. Já só falta pouco mais de 6% para ficar com totalidade do BPI.

O CaixaBank continua a reforçar a sua posição no banco BPI, através de várias operações de compra de ações no mercado, isto depois de terem adquirido uma posição importante à seguradora Allianz no início deste mês. O grupo espanhol já detém quase 94% do capital do banco português.

Em concreto, os catalães realizaram compras nos dias 15, 17 e 18 de maio, tendo adquirido cerca de 440 mil títulos do BPI, correspondentes a 0,03% do capital do banco português, tendo pago um preço médio de 1,45 euros por ação, segundo a informação prestada esta manhã ao regulador dos mercados. Estas operações implicaram um investimento de 634 mil euros, detalha o CaixaBank.

“Na sequência destas aquisições, o CaixaBank passou a deter diretamente 1.367.803.974 ações representativas de 93,883% do capital social do BPI e de 93,893% dos direitos de voto no BPI”, refere o documento do CaixaBank publicado na CMVM.

Ou seja, apenas pouco mais de 6% de ações do BPI não estão nas mãos dos espanhóis, que já anunciaram que pretendem retirar o banco português da bolsa.

Caso a assembleia geral do Banco BPI e a CMVM aprovem a perda de qualidade de sociedade aberta, o CaixaBank informa que pretende adquirir todas as ações que ainda não detém. “Assim que o Banco BPI deixe de ser uma sociedade aberta após a aprovação da CMVM, o CaixaBank pretende proceder à aquisição potestativa das restantes ações ao mesmo preço de 1,45 euros por ação”, acrescentou.

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Bancos multiplicam resultados. Ganham 500 milhões em três meses

  • Rita Atalaia
  • 11 Maio 2018

Enquanto uns aumentaram os lucros, outros bancos saíram mesmo do vermelho. As imparidades caíram, as margens subiram e os rácios estão cada vez mais fortes.

A banca portuguesa continua numa trajetória de recuperação. BPI, Santander Totta, BCP e Caixa Geral de Depósitos conseguiram multiplicar os lucros nos primeiros três meses do ano. Isto em comparação com o mesmo período do ano passado. As maiores instituições financeiras — e excluindo o Novo Banco, que ainda não apresentou as contas — colhem assim os frutos dos esforços para regressarem à rentabilidade, beneficiando da quebra das imparidades, mas também do aumento das margens.

No “bolo” de 494 milhões de euros, o BPI é o responsável pela maior “fatia”. Sozinho, lucrou 210 milhões de euros. Isto depois de ter sido também o banco liderado por Pablo Forero o principal “culpado” pelos lucros de apenas 55,6 milhões registados no setor nos primeiros três meses de 2017 — o BPI e o banco estatal foram as únicas entidades a apresentarem prejuízos nesse período.

Bancos regressam todos ao lucro

Fonte: Resultados dos bancos

“Este foi um bom trimestre para o BPI”, afirmou o presidente do banco controlado pelo CaixaBank na apresentação dos resultados para o primeiro trimestre. Para este valor muito contribuiu a atividade em Portugal, que alcançou lucros de 118 milhões de euros. Um desempenho que Forero explicou que se fica a “dever à forte atividade comercial e reflete a atividade económica em Portugal”, mas ao qual não é indiferente o ganho de 60 milhões com a reavaliação da participação da Viacer, que está em processo de venda ao Grupo Violas.

Em segundo lugar neste top dos lucros surge o Santander Totta, com um resultado positivo de 130,5 milhões de euros — já com a integração total do Banco Popular Portugal, seguida do BCP, que ganhou 85,6 milhões de euros. “Temos um banco rentável, com um produto bancário que cresceu 11%”, afirmou o presidente do Santander Totta, António Vieira Monteiro, durante a apresentação das contas trimestrais em que apresentou um crescimento da margem financeira de quase 25%.

O crescimento da margem não é alheio ao forte aumento do crédito a clientes, sendo que neste caso essa variação resulta exclusivamente da compra do Popular em Portugal. Em todos os outros bancos, o crédito continua a cair, num contexto em que os recursos de clientes se mantêm estáveis. As comissões estão a ser o “motor” das contas dos bancos.

A CGD foi a “mais pequena” em termos de lucros, mas quando comparado com o mesmo período do ano passado, é das instituições financeiras que mais recuperou: deixou para trás prejuízos de 39 milhões de euros. E graças ao contributo positivo da atividade em Portugal, o que não há acontecia há vários anos. Foi também em Portugal que as comissões mais cresceram, diz o banco. Se em termos consolidados houve um aumento de 9,4% face ao trimestre homólogo, na CGD Portugal o crescimento destes proveitos foi de 13,8%.

Há cada vez menos imparidades

O problema do crédito malparado continua a preocupar os bancos. Contudo, graças a todos os esforços para reduzir este “fardo”, os ativos tóxicos pesam agora menos na rentabilidade das instituições financeiras. O total das imparidades reconhecidas nas contas dos primeiros três meses deste ano passou de 243 milhões para 91,7 milhões de euros, segundo cálculos do ECO com base nas contas dos bancos.

No caso do BPI e do Santander Totta, houve mesmo uma reversão das imparidades. Ou seja, os bancos, depois de terem reconhecido imparidades significativas nas suas contas, acabaram por conseguir recuperar mais do que o previsto destes créditos em incumprimento. Isto traduziu-se num impacto positivo nos resultados.

No BCP, apesar de o montante para provisões ainda ser elevado, também caiu para 106 milhões de 148 milhões de euros. Já a CGD registou menos 95 milhões em imparidades — assumiu uma perda de 13 milhões de euros.

Reforçar rácios de capital? Missão cumprida

Neste primeiro teste do ano aos resultados dos bancos, os rácios de capital têm nota positiva. Estão cada vez mais fortes. São estes os rácios que as autoridades analisam para aferir a robustez de uma instituição num cenário de adversidade económica. Quanto mais baixo estiver o rácio, mais desprotegido está o banco.

O Santander Totta continua a ser o “melhor aluno” neste reforço da posição de capital. Tem um rácio de capital CET1, totalmente implementado, de 15,1%. Mas foi a CGD que apresentou a melhoria mais significativa: passou de 12% para 13,6%. Isto é explicado pelos grandes esforços de “limpeza” do balanço do banco. Apesar de menos pronunciada, a recuperação também está à vista tanto no BCP como no BPI, cujos rácios situam-se agora nos 11,8% e 11,4%.

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Resultados dão novo fôlego ao BPI. Ações sobem mais de 8%

  • Rita Atalaia
  • 23 Abril 2018

O banco liderado por Pablo Forero regressou aos lucros no primeiro trimestre deste ano. Um resultado que levou as ações do BPI a subirem mais de 8%.

O BPI regressou aos lucros nos primeiros três meses do ano. Registou um resultado positivo de 210 milhões, depois de ter registado prejuízos no mesmo período do ano passado. Este resultado pode abrir a porta à distribuição de dividendos aos acionistas, o que levou as ações do banco liderado por Pablo Forero a subirem mais de 8%.

As ações do BPI aceleram 7,16% para 1,2280 euros. Mas já chegaram a subir 8,2% para 1,24 euros durante a sessão. Isto depois de os investidores terem ficado a conhecer os números para o primeiro trimestre deste ano. A instituição financeira registou um resultado positivo de 210 milhões de euros, após prejuízos de 122,3 milhões de euros no mesmo período do ano passado. Segundo a instituição financeira, o desempenho no primeiro trimestre deveu-se, sobretudo, ao contributo da atividade doméstica, onde se inclui a reavaliação da participação da Viacer.

BPI sobe mais de 7% após resultados

Foi no início deste ano que ficou definido que a família Violas passaria a controlar a maioria do capital da Super Bock. Ficou com 71,5% da Viacer, isto depois de ter acordado a compra da participação na holding ao BPI e ao Fundo de Pensões do banco numa operação avaliada em 233 milhões de euros. Esta venda ainda não está concretizada, mas o banco já refletiu a operação nos seus resultados.

"Estamos a trabalhar precisamente para que o banco ganhe mais dinheiro e, portanto, seja possível distribuir dividendos quando for possível. Não há uma decisão tomada, estamos a trabalhar.”

Pablo Forero

Presidente do BPI

Este resultado positivo deixou a porta aberta ao pagamento de dividendos aos acionistas. Pablo Forero disse que o BPI está a trabalhar para que o banco possa distribuir dividendos mas sem avançar se sairão já dos resultados deste ano. “Estamos a trabalhar precisamente para que o banco ganhe mais dinheiro e, portanto, seja possível distribuir dividendos quando for possível. Não há uma decisão tomada, estamos a trabalhar”, disse.

Na apresentação de resultados, o presidente do banco, Pablo Forero, revelou ainda que pondera sair de Angola através da colocação do BFA em bolsa. “Estamos a preparar um IPO com as nossas ações no capital do BFA”, disse o gestor, sublinhando que “ainda” estão “a trabalhar no processo”.

(Notícia atualizada às 08h57 com mais informação e cotações atualizadas)

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BPI concretizou venda ao CaixaBank de sociedades de fundos de investimento

  • Lusa
  • 20 Abril 2018

A sociedade gestora de fundos de investimento BPI Gestão de Ativos foi vendida à dona do BPI por 75 milhões de euros e o BPI Global Investment Fund por oito milhões de euros.

O BPI disse esta sexta-feira, em comunicado ao mercado, que a 13 de abril concretizou a venda ao CaixaBank, seu maior acionista, das empresas BPI Gestão de Ativos e BPI Global Investment Fund.

Em novembro do ano passado, a administração do banco BPI aprovou a venda ao grupo CaixaBank de vários negócios, incluindo a transferência para o CaixaBank Asset Management das participações de 100% da sociedade gestora de fundos de investimento BPI Gestão de Ativos por 75 milhões de euros e do BPI Global Investment Fund por oito milhões de euros.

Contudo, a transmissão das ações dessas empresas ficou sujeita a várias condições, desde logo autorizações dos reguladores.

Em comunicado hoje à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o BPI diz que “tendo todas essas condições sido verificadas, as transmissões de ações em apreço foram executadas com data de 13 de abril de 2018”. O CaixaBank é o principal acionista do BPI com 84,5% do capital social.

Em janeiro, o presidente executivo do BPI, Pablo Forero, recusou em conferência de imprensa que o banco esteja a ser ‘desnatado’ pelo CaixaBank (que o controla desde inícios de 2017), retirando-lhe atividades lucrativas, e afirmou que a venda de atividades do BPI ao CaixaBank serve para reforçar o capital e permitir-lhe oferecer novos produtos e mais crédito aos clientes.

O novo dono vai trazer novos produtos, novo know-how, vai permitir oferecer aos clientes novos produtos e melhores do que a concorrência, e vamos fazer isso sem termos que fazer investimentos”, afirmou o gestor espanhol aos jornalistas, acrescentando ainda que o valor das vendas servirá para “reforçar rácios de capital” do BPI, para que o banco possa ser “mais seguro, mais robusto e possa crescer em empréstimos em Portugal”.

O Banco BPI informou hoje que teve lucros de 210 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, que comparam com prejuízos de 122 milhões de euros dos primeiros três meses de 2017.

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Saíram mais de 30 colaboradores do BPI desde o início do ano

  • Rita Atalaia
  • 20 Abril 2018

São, ao todo, 34 os funcionários que saíram do banco liderado por Pablo Forero. O presidente do BPI garante que esta diminuição "está dentro do plano" da instituição financeira.

O BPI assistiu à saída de mais de 30 colaboradores nos primeiros três meses do ano, quando a instituição financeira liderada por Pablo Forero registou lucros de 210 milhões de euros, em comparação com um prejuízo de 122 milhões. Segundo o presidente do BPI, esta saída de funcionários está em linha com o plano de cortes do banco, que continua a encerrar balcões em Lisboa e no Porto.

Ao todo saíram 34 pessoas no primeiro trimestre do ano, de acordo com a apresentação dos resultados do BPI para este período. “A saída [dos 34 trabalhadores] está dentro do plano”, garante Pablo Forero quando questionado sobre a redução do número de colaboradores.

"A saída [dos 34 trabalhadores] está dentro do plano.”

Pablo Forero

Presidente do BPI

Além dos funcionários, também o número de agências sofreu uma quebra: fecharam duas no início do ano. Mas estes cortes não vão ficar por aqui. O BPI já comunicou que vai encerrar mais dois balcões no final deste mês, um no Porto e outro em Lisboa, à semelhança do que já tinha feito em março. Será a 27 de abril que vão fechar os balcões Praça da Galiza, no Porto, e o balcão Paço do Lumiar, em Lisboa. A domiciliação das contas dos clientes passará para outros balcões, nomeadamente para as agências Boavista – Júlio Dinis e Lumiar.

Estes cortes são transversais ao setor. Depois de ter fechado 64 balcões no ano passado, a Caixa Geral de Depósitos vai encerrar mais 70 a 80. O número foi avançado pelo presidente do banco estatal, Paulo Macedo, em entrevista ao ECO24. São mais balcões a fechar portas, sendo que estes encerramentos serão muito rápidos. Deverão acontecer até à chegada do verão, disse João Lopes, presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC), ao ECO. Em menos de três meses, juntando o Novo Banco, vão desaparecer mais de 100 balcões.

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BPI passa de prejuízos a lucros de 210 milhões nos primeiros três meses do ano

  • Rita Atalaia
  • 20 Abril 2018

O banco liderado por Pablo Forero registou lucros de 210 milhões nos primeiros três meses deste ano. Um valor que compara com um prejuízo de 122,3 milhões de euros no mesmo período do ano passado.

O BPI passou de prejuízos a lucros nos primeiros três meses do ano. Registou um resultado positivo de 210 milhões de euros, depois de o banco liderado por Pablo Forero ter apresentado prejuízos de 122,3 milhões de euros no mesmo período do ano passado. E ter assistido a uma queda dos lucros de 313 milhões para 10 milhões no total de 2017. Segundo a instituição financeira, o desempenho no primeiro trimestre deve-se, sobretudo, ao contributo da atividade doméstica, onde se inclui a reavaliação da participação da Viacer.

“O BPI registou nos três primeiros meses de 2018 um lucro consolidado de 210 milhões de euros, que compara com o resultado negativo de 122 milhões de euros no período homólogo de 2017”, afirma o banco num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. Para Pablo Forero, presidente da instituição financeira, “este foi um bom trimestre para o BPI”.

"O BPI registou nos três primeiros meses de 2018 um lucro consolidado de 210 milhões de euros, que compara com o resultado de -122 milhões de euros no período homólogo de 2017.”

BPI

Segundo o banco, “para este resultado contribuiu o lucro líquido da atividade registada em Portugal, que alcançou os 118 milhões de euros (+175%), incluindo um ganho de 60 milhões com a reavaliação da participação da Viacer para o valor acordado da venda anunciada em fevereiro de 2018″.

Foi no início deste ano que ficou definido que a família Violas passaria a controlar a maioria do capital da Super Bock. Ficou com 71,5% da Viacer, isto depois de ter acordado a compra da participação na holding ao BPI e ao Fundo de Pensões do banco numa operação avaliada em 233 milhões de euros. Esta venda ainda não está concretizada, mas o banco já refletiu a operação nos seus resultados.

Para este resultado contribuiu o lucro líquido da atividade registada em Portugal, que alcançou os 118 milhões de euros (+175%), incluindo um ganho de 60 milhões com a reavaliação da participação da Viacer para o valor acordado da venda anunciada em fevereiro de 2018.

BPI

Nos primeiros três meses do ano, a margem financeira do BPI cresceu 3,6% para 101,5 milhões de euros, enquanto o produto bancário recorrente aumentou 8,5% para 186 milhões. Para isto contribuiu o crescimento das receitas com comissões bancárias: aumentaram 13% no arranque do ano em comparação com o período homólogo. Isto ao mesmo tempo que os custos caíram 0,5%.

Os rácios de capital também foram reforçados. O rácio CET1, totalmente implementado, situou-se nos 11,4%, enquanto o rácio total ficou nos 13,2%.

Também esta sexta-feira, o banco liderado por Pablo Forero aprovou em assembleia-geral aumentar o número de administradores para 20 em relação aos anteriores 19. Ao mesmo tempo, o BPI aprovou o novo Conselho Fiscal liderado por Manuel Sebastião.

Nesta assembleia-geral foi igualmente aprovado o relatório e contas para 2017, por unanimidade, mas também houve um voto de louvor à nova administração liderada por Pablo Forero. O espanhol substitui Fernando Ulrich na liderança do banco após a compra do BPI por parte do CaixaBank no ano passado.

(Notícia atualizada às 17h32 com declarações do presidente do BPI)

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BPI vai mesmo ter mais administradores. Passam a ser 20

  • Rita Atalaia
  • 20 Abril 2018

O banco liderado por Pablo Forero aprovou em assembleia geral aumentar o número de administradores para 20 em relação aos anteriores 19. Isto numa altura em que o BCP está a encolher a equipa.

O BPI decidiu aumentar o número de administradores. Foi aprovado na assembleia geral de acionistas do banco liderado por Pablo Forero que a administração terá agora 20 membros em relação aos anteriores 19. É uma decisão que contraria o que está a acontecer no BCP, numa altura em que a instituição financeira se preparada para encolher o conselho de administração para 17.

“[O BPI] aprovou, unanimidade dos votos expressos, a proposta do acionista CaixaBank de aumento do número de membros do conselho de administração e eleição, para preenchimento da vaga assim criada e até ao final do mandato em curso 2017-2019, de António José Rebelo de Andrade Cabral”, lê-se no documento enviado à CMVM. O artigo 15.º dos estatutos prevê que o conselho de administração do BPI seja composto por um número mínimo de 11 e máximo de 25.

"[O BPI] aprovou, unanimidade dos votos expressos, a proposta do acionista CaixaBank de aumento do número de membros do Conselho de Administração e eleição, para preenchimento da vaga assim criada e até ao final do mandato em curso 2017-2019, de António José Rebelo de Andrade Cabral.”

BPI

É uma decisão em sentido contrário à do BCP, que se prepara para reduzir a administração para 17 membros. E contraria também as orientações do Banco Central Europeu. É que Mario Draghi defende que os conselhos de administração dos bancos devem ser mais reduzidos, mas também devem ter mais independentes. E, neste ponto, o BPI, apesar de aumentar o número, acaba por seguir as regras.

Para a vaga agora criada o BPI propõe eleger António Rebelo de Andrade Cabral. António Cabral trabalhou na Comissão Europeia, tendo sido conselheiro do vice-presidente, Valdis Dombrovskis.

Ao mesmo tempo, o BPI aprovou o novo Conselho Fiscal liderado por Manuel Sebastião. Desta entidade fará também parte Rui Guimarães, Elsa Roncon e Ricardo Pinheiro, sendo Luís Patrício e Manuel Correia de Pinho os suplentes. No entanto, a equipa só vai entrar em funções “após a obtenção da competente autorização da autoridade de supervisão”. Até lá, os atuais membros do Conselho Fiscal manter-se-ão em funções.

Voto de louvor à nova equipa

Nesta assembleia-geral foi igualmente aprovado o relatório e contas para 2017, por unanimidade, mas também houve um voto de louvor à nova administração liderada por Pablo Forero. O espanhol substitui Fernando Ulrich na liderança do banco após a compra do BPI por parte do CaixaBank no ano passado.

Os acionistas aprovaram, “por 99,27% dos votos expressos, a proposta do acionista CaixaBank de um voto de confiança e louvor ao Conselho de Administração e ao Conselho Fiscal, extensivo a todos e a cada um dos membros dos órgãos sociais pela forma como exerceram as respetivas funções durante o exercício de 2017″. No exercício de 2017, o banco obteve lucros de 10 milhões de euros, uma forte quebra face aos 313 de 2016.

(Notícia atualizada às 10h53 com mais informação)

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BPI fecha mais dois balcões no Porto e em Lisboa no final deste mês

  • Lusa
  • 17 Abril 2018

O BPI vai fechar os balcões Praça da Galiza, no Porto, e o balcão Paço do Lumiar, em Lisboa, a 27 de abril. A domiciliação das contas dos clientes passará para outros balcões.

O Banco BPI vai fechar mais dois balcões no final deste mês, um no Porto e outro em Lisboa, à semelhança do que já tinha feito em março, segundo informação interna a que a Lusa teve acesso.

Em 27 de abril irão fechar os balcões Praça da Galiza, no Porto, e o balcão Paço do Lumiar, em Lisboa. A domiciliação das contas dos clientes passará para outros balcões, nomeadamente para as agências Boavista – Júlio Dinis e Lumiar.

Já em final de março, o BPI tinha encerrado dois balcões, no caso o balcão na Rua Infante D. Henrique, no Porto, e o balcão Chelas, em Lisboa. O BPI vem reduzindo o número de balcões há vários anos, um processo que desacelerou mais recentemente, mas que não estancou.

No final de 2017, o BPI tinha 431 balcões em Portugal, menos 14 do que os 445 de 2016. O BPI tinha ainda, em dezembro passado, 39 centros de investimento e 35 centros de empresas, no total de 505 unidades comerciais, segundo dados do próprio banco. A redução de agências em 2017 inclui o fecho de sete balcões na sucursal de França (que são contabilizados pelo banco na operação em Portugal).

Quanto a trabalhadores, saíram no ano passado 594 pessoas, tendo o banco que pertence ao grupo espanhol CaixaBank 4.931 funcionários em Portugal em dezembro passado.

A redução de agências e de trabalhadores tem sido comum a muitos bancos, e não deverá ficar por aqui, quer devido à necessidade de reduzirem custos para melhorarem a rentabilidade, quer devido ao processo de digitalização e automação da indústria bancária que reduzirá a necessidade de funcionários e de balcões presenciais.

O BPI realiza em 20 de abril, próxima sexta-feira, a assembleia-geral anual de acionistas, no Porto, em que, além da aprovação das contas de 2017, está na ordem de trabalhos uma proposta de aumento do número de membros do Conselho de Administração, de 19 para 20, e a eleição de António José Cabral (foi conselheiro do anterior presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso) para preencher a nova vaga.

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CaixaBank quer impulsionar crescimento do BPI

  • Rita Atalaia
  • 6 Abril 2018

O CEO do CaixaBank, Gonzalo Gortázar, elogia a evolução "positiva do BPI", mas quer que o banco cresça ainda mais. O objetivo é que a instituição financeira alcance uma rentabilidade de 10% até 2020.

O CaixaBank quer impulsionar o crescimento do BPI este ano. Esta foi uma das prioridades definidas na assembleia geral de acionistas do banco catalão para a instituição financeira liderada por Pablo Forero. Gonzalo Gortázar, CEO do CaixaBank, aplaude os “esforços e trabalho” constante da equipa e define metas para 2020: o banco português deverá alcançar uma rentabilidade superior a 10%. Isto depois de os lucros do BPI terem afundado para 10 milhões no total do ano.

Gonzalo Gortázar não poupa elogios à equipa de Pablo Forero. O CEO do CaixaBank afirma que o BPI “evoluiu muito positivamente” e “conseguiu manter a atividade comercial graças aos esforços e trabalho constantes, conquistou clientes e reforçou a sua posição no mercado”.

O responsável catalão salienta, contudo, que este crescimento não vai ficar por aqui. O CaixaBank tem um objetivo bem definido para o BPI: “alcançar uma rentabilidade superior a 10% e um rácio de eficiência perto dos 50%” até 2020. No ano passado, o BPI atingiu um Retorno sobre capital tangível (ROTE) em Portugal de 9,6%, excluindo não recorrentes, de acordo com a apresentação de resultados do banco, prevendo alcançar “um ROTE sustentável superior a 10% em 2020”. Já o rácio cost to income, ou rácio de eficiência, recuou para 63%.

"[O BPI deverá] alcançar uma rentabilidade superior a 10% e um rácio de eficiência perto dos 50% [até 2020].”

Gonzalo Gortázar

CEO do CaixaBank

Tanto o CEO como o presidente da instituição financeira catalã já tinham destacado que a atividade do banco português estava a evoluir de forma positiva, tendo sido “um dos êxitos” de 2017. O objetivo passa agora por “criar valor” no BPI, disseram os dois responsáveis no relatório sobre o impacto socioeconómico de 2017 divulgado pelo banco.

No ano passado, o BPI contribuiu com 176 milhões de euros para os resultados do CaixaBank. Isto apesar de o banco liderado por Pablo Forero ter obtido lucros de apenas 10,2 milhões no ano passado, o que representa uma quebra de 96,7% em relação aos 313,2 milhões de euros que tinha registado em 2016, num ano em que a instituição financeira ainda contou com o contributo do Banco de Fomento Angola (BFA).

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Novo Banco está assim tão mal? Fomos comparar com os outros bancos

  • Rita Atalaia
  • 30 Março 2018

Até ao Novo Banco, o setor financeiro preparava-se para ter lucros. Mas o banco teve prejuízos recorde com as elevadas imparidades. Aumentou depósitos, mas os resultados operacionais deterioraram-se.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD), o Santander Totta, o BCP e o BPI já recuperaram da crise. Apresentaram todos lucros, mas o saldo do setor financeiro nacional voltou a ser negativo. Os grandes bancos portugueses, no seu conjunto, perderam mais de 700 milhões de euros no ano passado, mas só por causa de uma única instituição: o Novo Banco. Teve prejuízos recorde. As elevadas imparidades afundaram as contas do banco, mas terão sido as únicas culpadas pelo mau desempenho?

O banco criado após a resolução do Banco Espírito Santo teve os maiores prejuízos da sua breve história, contabilizando perdas de 1,4 mil milhões de euros. São já 13 trimestres — dos 14 que tem de vida — de resultados negativos para a instituição liderada por António Ramalho. Um desempenho que se justifica pelas elevadas imparidades que têm sido registadas num processo de limpeza de balanço. Essas imparidades atingiram o valor de 2.057 milhões de euros.

E olhando para o desempenho operacional do Novo Banco, como é que este se compara com o do setor? Desde o produto bancário à margem financeira, os números mostram uma evolução negativa. Apenas nos depósitos dos clientes o Novo Banco consegue brilhar, também com a ajuda do chamado LME, o mecanismo a que o banco recorreu para conseguir a almofada que lhe abriu a porta à venda ao Lone Star.

Lucros caem. Imparidades aumentam

O Novo Banco apresentou prejuízos recorde de 1.395 milhões de euros, num período em que todos os grandes bancos conseguiram ganhar dinheiro. Este desempenho, o pior de sempre, justifica-se pelas elevadas imparidades registadas no processo de limpeza de balanço.

Bancos estão a recuperar… à exceção do Novo Banco

Fonte: Resultados dos bancos | Valores em milhões de euros

Se em 2015 foram registadas 1.057,9 milhões em imparidades, no ano seguinte este valor subiu para 1.374,7 milhões de euros. Um esforço que continuou em 2017. No ano passado, o banco reconheceu 2.057 milhões de euros em imparidades, sendo que o fundo norte-americano tomou conta do banco só em outubro.

O valor de imparidades reconhecidas nas contas por parte do Novo Banco representa perto de dois terços do total das imparidades registadas pelo setor. A CGD e o BCP registaram mais de 600 milhões de euros, cada um.

Produto bancário cai. Margem financeira derrapa

O produto bancário comercial do Novo Banco, onde se incluem a margem financeira, as comissões relativas a serviços bancários, os resultados das operações financeiras, os rendimentos de instrumentos de capital e outros proveitos de exploração, foram de 719,4 milhões de euros no ano passado, em comparação com 791,6 milhões no ano anterior. É uma queda de 9% quando se comparam os dois períodos, o que mostra a degradação da atividade do banco.

Mas não foi o único banco a registar uma queda do produto. O BPI e Totta acompanharam, mas não o banco estatal. A CGD apresentou no ano passado um crescimento expressivo do produto bancário: 38,09% para 1.965 milhões de euros.

Na apresentação dos resultados do Novo Banco, o presidente da instituição financeira, António Ramalho, afirmou que esta queda se deveu à desalavancagem da atividade de crédito. Isto levou a uma redução da margem financeira, que não foi compensada por um aumento das comissões cobradas pela instituição.

A diferença entre juros cobrados em créditos e juros pagos em depósitos situou-se nos 397,57 milhões de euros — tinha sido de 514,48 milhões no ano anterior.

Depósitos… mas poucos créditos

A diminuição da concessão de crédito é uma tendência transversal ao setor bancário, não sendo uma característica única do Novo Banco. Mas, no caso desta instituição financeira, a queda dos créditos — de 33,75 mil milhões para 31,42 mil milhões de euros no ano passado — reflete também o esforço de limpeza das imparidades, tal como aconteceu na CGD e BCP. A exceção à regra é o BPI, mas também o banco liderado por Vieira Monteiro. O Santander Totta, agora já com o Popular totalmente integrado, registou um aumento de 25%, beneficiando exatamente dessa compra.

Foi esta diminuição do créditos e o aumento dos depósitos no Novo Banco que levou a uma redução do rácio de transformação para 88%, em comparação com os anteriores 110%. São já três os bancos portugueses com este rácio abaixo de 100%. Além do Novo Banco, há a CGD e o BCP. Foi, explicou Ramalho, uma necessidade, para o Novo Banco se libertar de maus créditos e poder, a partir de agora, ter um rácio suficientemente baixo de base para procurar novos clientes (leia-se financiamentos).

Recursos recuam. Mas LME ajuda depósitos

Os recursos dos clientes, onde se incluem os depósitos, seguros e outros produtos, também recuaram no Novo Banco — só a CGD registou também uma quebra, enquanto o Totta aumentou-os com o Popular. Passaram de 39,6 mil milhões para 39,15 mil milhões de euros. Isto reflete a desconsolidação do GNB Vida. O ramo segurador do Novo Banco foi colocado à venda no ano passado, tendo neste momento apenas um interessado: a Global Bankers, que oferece 250 milhões.

Os depósitos do Novo Banco, esses, subiram 4,1 mil milhões de euros. Ou seja, mais 16,1% do que no ano anterior. Mas é preciso ter em conta que, deste montante, 1,8 mil milhões resultam da operação de Liability Management Exercise, ou LME na sigla em inglês, quando o banco recomprou mais de 4,7 mil milhões de euros em obrigações, garantindo um reforço dos rácios de capital e cumprindo uma das principais condições para que se concretizasse a venda do Novo Banco ao Lone Star. Muito desses obrigacionistas converteram, nessa operação, os seus produtos de dívida em depósitos.

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Para o CaixaBank, compra do BPI “foi um dos sucessos do ano”

  • Rita Atalaia
  • 26 Março 2018

O CaixaBank considera que a aquisição do BPI permite a consolidação do banco catalão "enquanto instituição financeira de referência em Espanha e Portugal".

O CaixaBank comprou o BPI no ano passado. Uma aquisição que a instituição catalã considera ter sido um “sucesso”. Tanto o chairman, com o presidente executivo do banco espanhol destacam que a atividade do banco português tem evoluído de forma positiva, tendo sido “um dos êxitos” de 2017. O objetivo passa agora por “criar valor” no BPI. Isto depois de os lucros da instituição financeira terem afundado para 10 milhões no total do ano.

“Com a aquisição do banco português BPI, queremos consolidar-nos enquanto instituição financeira de referência em Espanha e Portugal”, afirma o presidente do CaixaBank no relatório sobre o impacto socioeconómico de 2017, divulgado pelo banco. Jordi Gual nota que foi “um ano de sucessos, durante o qual, além da aquisição do BPI, concluiu-se a desconsolidação entre o CaixaBank e o CriteriaCaixa”, refere.

"Um dos projetos mais importantes do ano foi a aquisição, durante o mês de fevereiro, de 84,5% do banco português BPI através da OPA lançada em 2016.”

Gonzalo Gortázar

Presidente executivo do CaixaBank

Já o CEO da instituição catalã, Gonzalo Gortázar, afirma que “um dos projetos mais importantes do ano foi a aquisição, durante o mês de fevereiro, de 84,5% do banco português BPI através da OPA lançada em 2016”. Uma aposta que vai ser reforçada este ano, com o CaixaBank a afirmar que quer “criar valor” no BPI.

Principais produtos e serviços do CaixaBank

Fonte: Dados de dezembro do CaixaBank | Valores em %

No ano passado, o BPI contribuiu com 176 milhões de euros para os resultados do CaixaBank. Isto apesar de o banco liderado por Pablo Forero ter obtido 10,2 milhões no ano passado, o que representa uma quebra de 96,7% em relação aos 313,2 milhões de euros que tinha registado em 2016, num ano em que a instituição financeira ainda contou com o contributo do Banco de Fomento Angola (BFA).

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