Trump admite prolongar tréguas comerciais com a China

  • Lusa
  • 4 Dezembro 2018

O Presidente dos EUA, Donald Trump, não exclui a hipótese de o período de tréguas comerciais de 90 dias com a China seja prolongado. Hipótese foi posta em cima da mesa numa publicação no Twitter.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, não exclui a possibilidade de estender para além de 90 dias a trégua comercial estabelecida com a China.

“As negociações com a China já começaram, a menos que sejam prorrogadas, terminarão 90 dias depois do nosso maravilhoso e acolhedor jantar com o Presidente Xi, na Argentina”, escreveu Donald Trump esta terça-feira, na rede social Twitter.

Esta afirmação do Presidente dos EUA deixa em aberto a possibilidade de o prazo de tréguas comerciais com a China durar para lá do acordado limite de 90 dias.

Por outro lado, Trump esclarece que esse período de tréguas já começou, depois de a Casa Branca ter dito, na segunda-feira, que o prazo apenas teria início em janeiro de 2019.

Trump esclareceu ainda que o negociador do lado dos EUA será Bob Lightizer, um elemento adepto de uma posição dura perante a China.

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Trump disse ter tido “boa conversa” com Presidente chinês sobre comércio

  • Lusa
  • 1 Novembro 2018

"Falámos de muitos temas, com destaque para o comércio. Estas discussões avançam bem", revelou o Presidente americano após uma "boa conversa telefónica" com o seu homólogo chinês.

O Presidente norte-americano disse ter tido uma “muito boa conversa” ao telefone com o seu homólogo chinês sobre as relações comerciais e a Coreia do Norte, temas que provocaram discussões entre os dois países.

“Acabei de ter uma muito boa conversa telefónica com o Presidente da China, Xi Jinping. Falámos de muitos temas, com destaque para o comércio. Estas discussões avançam bem” estando a ser programados encontros durante o G20, na Argentina, escreveu Donald Trump na rede social Twitter.

“Tivemos também uma boa discussão sobre a Coreia do Norte!”, acrescentou.

Os dois países têm estado envolvidos numa discórdia acerca das relações comerciais, com Donald Trump a ameaçar taxar algumas importações.

Na terça-feira, os EUA anunciaram restrições nas vendas de tecnologia para um fabricante chinês de semicondutores, apontando motivos de segurança nacional, com Washington a tentar travar as ambições da China para o setor tecnológico.

Pequim está a investir milhares de milhões de dólares para formar fabricantes de chips, visando tornar o país no líder global nos setores robótica ou inteligência artificial. Os EUA consideram que a estratégia de Pequim viola os seus compromissos em abrir o mercado, nomeadamente ao forçar empresas estrangeiras a transferirem tecnologia e ao atribuir subsídios às firmas domésticas, enquanto as protege da competição externa.

Donald Trump tinha já anunciado taxas sobre um total de 250 mil milhões de dólares (212 mil milhões de euros) de importações oriundas da China, visando pressionar o país a recuar nos seus planos.

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Trump quer dar uma ajuda a Itália com compra de dívida

Com o menor apetite dos investidores, Itália pode estar em maus lençóis quando for aos mercados em 2019 para colocar até 400 mil milhões de euros. Mas os EUA estarão dispostos a ajudar Giuseppe Conte.

Donald Trump estará disposto a ajudar financeiramente Itália. Durante uma reunião em Washington, que decorreu no final do mês passado, o Presidente norte-americano terá mostrado ao primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, disponibilidade para ajudar o país no financiamento da dívida pública já em 2019.

A notícia foi avançada esta sexta-feira pelo Il Corriere della Sera, que cita oficiais seniores italianos, num artigo em que começa por salientar que os investidores privados estão cada vez mais relutantes em apostar nas obrigações italianas. Sobretudo numa altura em que se aproxima o período de elaboração do Orçamento do Estado e em que há incerteza, por exemplo, em torno das metas do défice.

O recém-empossado líder do Governo italiano esteve na Casa Branca no final de julho e terá falado deste problema a Donald Trump. Da reunião terá saído a garantia de que os Estados Unidos têm abertura para ajudar Itália a financiar-se nos mercados a partir do ano que vem. Em 2019, o país deverá recorrer aos mercados para colocar cerca de 400 mil milhões de euros, mais de metade do valor em títulos de médio e longo prazo, de acordo com o mesmo jornal.

Vários foram os temas debatidos na reunião entre os dois líderes na Casa Branca, no passado dia 30 de julho. Assim, a dívida pública italiana terá sido um deles e o certo é que, como nota o Il Corriere della Sera, Giuseppe Conte publicou no Facebook, após a reunião, um vídeo em que Donald Trump aparece a convidar investidores a apostarem em Itália.

Apesar da oferta norte-americana, o jornal admite que não é claro como é que este cenário se poderá materializar. Isto porque o Governo norte-americano não tem um fundo soberano nem pode coordenar fundos ou influenciar os bancos privados.

Na mesma linha, vale a pena recordar que, há poucos dias, o ministro dos Assuntos Europeus italiano, Paolo Savona, chegou a admitir que, se o Banco Central Europeu não apoiar o processo de financiamento de Itália, o país poderia tentar obter uma “garantia” da Rússia sobre os títulos de dívida pública soberana. Também não é claro como é que isso poderia ser realidade.

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Senado dos EUA aprova resolução em que defende comunicação social e jornalistas

  • ECO e Lusa
  • 17 Agosto 2018

No texto da resolução consideram-se os ataques à comunicação social como “ataques às instituições democráticas” dos EUA. 

O Senado dos EUA aprovou quinta-feira, por unanimidade, uma resolução em que afirma que “a comunicação social não é inimiga do povo”.

A resolução, apresentada pelo democrata Brian Schatz, eleito pelo Estado do Havai, foi recuperar afirmações dos presidentes Thomas Jefferson, James Madison e Ronald Reagan, entre outros, para defender o papel da imprensa livre, que considerou ser “integrante das fundações democráticas dos EUA”.

No texto da resolução consideram-se os ataques à comunicação social como “ataques às instituições democráticas” dos EUA. Salientou-se também que a Primeira Emenda “protege a comunicação social do controlo e supressão pelo Governo”. Nenhum senador levantou objeções ao texto da resolução.

A resolução foi aprovada no dia em que centenas de meios norte-americanos realizaram uma ação conjunta contra os ataques de Donald Trump, que já classificou como “inimigos do povo” os jornalistas e meios que lhe fazem críticas. A resposta consistiu em editoriais, onde insistiram na importância da liberdade de imprensa.

Por iniciativa do diário The Boston Globe, perto de 350 organizações noticiosas participaram na frente comum para desarmar a retórica hostil de Trump, segundo Marjorie Pritchard, editora-adjunta da página editorial daquele histórico jornal.

O Post-Dispatch, de Saint Louis, considerou os jornalistas os “mais verdadeiros dos patriotas”, enquanto o Chicago Sun-Times disse acreditar que a maioria dos norte-americanos sabe que o que Trump diz é absurdo.

O Boston Globe escreveu: “Temos hoje nos Estados Unidos um Presidente que criou um mantra de acordo com o qual qualquer meio de comunicação social que não apoie abertamente a política da administração atual é ‘inimigo do povo’”.

Alvo frequente das críticas de Trump, o New York Times lembrou que as pessoas têm o direito de criticar os media. “Mas insistir no facto das verdades que vos desagradam serem ‘falsas notícias’ é perigoso para a democracia”, assinalou.

O Presidente reagiu a esta iniciativa nas redes sociais frisando que não nada que deseje mais do que uma “verdadeira liberdade de imprensa”.

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China vai aplicar tarifas sobre 16 mil milhões de dólares em produtos dos EUA

Depois de Trump ter anunciado tarifas sobre produtos chineses, a China respondeu na mesma moeda: taxas de 25% sobre 16 mil milhões de dólares em produtos dos EUA.

Donald Trump anunciou e, um dia depois, a China respondeu. Depois de os EUA terem informado o mundo de que iriam aplicar tarifas de 25% sobre o equivalente a mais de 16 mil milhões de dólares (13,8 mil milhões de euros) em produtos chineses a partir de 23 de agosto, Pequim vai responder na mesma moeda e introduzir taxas nos mesmos valores, e a partir da mesma data, avança a Reuters (conteúdo em inglês).

De acordo com o anúncio feito pelo Ministério do Comércio da China, as tarifas serão aplicadas sobre cerca de 16 mil milhões de dólares em vários bens como combustíveis, produtos siderúrgicos (ferro e aço), produtos químicos, carvão, petróleo, automóveis e equipamentos médicos. Além disso, — e porque a lista dos produtos norte-americanos afetados difere, em parte, da publicada inicialmente em junho, que incluía petróleo bruto –, a China acrescentou farinha de peixe, resíduos de madeira, papel, sucatas de metal e vários tipos de bicicletas. Relativamente ao número de categorias, este aumentou de 114 para 333, embora o valor final continue o mesmo.

Os EUA estão a aplicar taxas de 25% sobre 34 mil milhões de dólares em importações chinesas, desde 6 de julho, aos quais somam as últimas taxas anunciadas: tudo somado, o agravamento das tarifas englobam importações no valor de 50 mil milhões.

Esta terça-feira, Donald Trump anunciou que os restantes 16 mil milhões passarão a ser taxados a partir de 23 de agosto. Contudo, a Casa Branca poderá aumentar para mais de 200 mil milhões de dólares (172,7 mil milhões de euros) em produtos chineses, uma decisão que deverá ser tomada até 6 de setembro.

Caso este valor venha realmente a aumentar, a China poderá subir ainda mais as suas tarifas: 25% sobre mais de 60 mil milhões de dólares (51,8 mil milhões de euros) em produtos norte-americanos. Até à data, o Governo chinês já impôs tarifas sobre 110 mil milhões de dólares (95 mil milhões de euros) de produtos vindos dos Estados Unidos, representando a maior parte das suas importações anuais de produtos oriundos daquela região, escreve a Reuters.

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Depois da multa à Google, Trump arrasa Bruxelas: “UE está a aproveitar-se dos EUA, mas não por muito tempo”

Donald Trump arrasou Bruxelas e disse que a UE "está a aproveitar-se" dos EUA com a multa de 4,3 mil milhões de euros à Google, "mas não por muito tempo". Condenação poderá escalar tensões comerciais.

A multa da Comissão Europeia à Google está a ganhar contornos políticos. Esta quinta-feira, o Presidente Donald Trump apontou baterias a Bruxelas: “Eu bem avisei! A União Europeia atirou uma multa de cinco mil milhões de dólares a uma das nossas excelentes empresas, a Google. Eles estão mesmo a aproveitar-se dos Estados Unidos, mas não por muito tempo!”, escreveu o chefe de Estado no Twitter.

A Google foi condenada na União Europeia (UE) a pagar 4,3 mil milhões de euros pela prática de atos anticoncorrenciais com o sistema operativo Android, presente em mais de dois mil milhões de dispositivos móveis em todo o mundo. A multinacional vai recorrer da decisão mas, a efetivar-se, o montante será distribuído pelos Estados-membros em percentagem do que cada país contribui para o orçamento comunitário.

Mas as acusações de Bruxelas terão gerado desconforto na Casa Branca. E o ataque de Donald Trump surge uma semana antes de o Presidente reunir com o líder da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker. A avaliar pela mensagem de Trump, o assunto deverá fazer parte da agenda do encontro e tem potencial para fazer escalar as tensões comerciais entre os Estados Unidos e o bloco.

A União Europeia está a investigar várias multinacionais e suspeita que algumas das maiores tecnológicas norte-americanas não estão a cumprir as regras europeias em matérias concorrenciais ou mesmo fiscais. Concretamente em relação à Google, a Comissão Europeia deu como provadas três práticas anticoncorrenciais assentes no sistema Android, incluindo pagamentos a fabricantes de telemóveis para garantir a exclusividade do sistema nos modelos produzidos.

Numa resposta enviada após o anúncio da decisão, a Google veio rejeitar todas as acusações e garantir que vai recorrer da sentença. “O Android criou mais escolha para todos, não menos. Um ecossistema vibrante, inovação rápida e queda dos preços são sinais clássicos de uma concorrência robusta. Vamos recorrer da decisão da Comissão”, disse ao ECO fonte oficial da empresa.

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Trump ameaça castigar a UE se não ceder no comércio

  • Lusa
  • 19 Julho 2018

O líder dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou a União Europeia (UE) com uma "tremenda" capacidade de castigo se Bruxelas não ceder nas negociações comerciais. Sobretudo no setor automóvel.

O presidente norte-americano ameaçou a União Europeia (UE) com uma “tremenda” capacidade de castigo em matéria comercial, especialmente no setor automóvel, uma semana antes de receber o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.

“Dizemos que se não negociarmos algo justo, temos uma tremenda capacidade de castigo que não queremos usar, mas temos grandes poderes”, declarou Donald Trump, durante uma reunião com os seus ministros na Casa Branca, para preparar a reunião com o líder europeu. “Incluídos os automóveis. Os automóveis são o mais importante. E sabem do que estamos a falar a propósito de automóveis e taxas alfandegárias”, acrescentou.

Trump insistiu na necessidade de a UE ceder às suas exigências de facilitar o acesso dos produtos norte-americanos ao mercado europeu e ameaçou com a aplicação de taxas alfandegárias de até 20% sobre as importações de automóveis provenientes da UE.

O governo de Trump já aplicou taxas alfandegárias às importações de aço e alumínio provenientes da UE como parte da sua agenda protecionista agressiva, medida a que Bruxelas respondeu com ações similares de represália comercial, aumentando as taxas alfandegárias sobre várias importações oriundas dos EUA.

As declarações de Trump foram feitas uma semana antes de receber Juncker, na Casa Branca, em 25 de julho, para discutir um amplo conjunto de assuntos, incluindo políticas internacionais e de segurança, segurança energética e crescimento económico.

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Trump acena com mais tarifas que ascendem a 200 mil milhões de dólares. China ameaça retaliar

  • Lusa
  • 19 Junho 2018

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, admitiu impor mais uma série de tarifas sobre as importações chinesas que ascendem a 200 mil milhões de dólares. China ameaça com "contramedidas".

O Presidente norte-americano ameaçou na noite desta segunda-feira que vai impor taxas alfandegárias suplementares de 10% sobre importações chinesas que ascendem a 200 mil milhões de dólares, em resposta às represálias chinesas pelas tarifas que tinha imposto. Em comunicado divulgado pela Casa Branca, Trump argumentou que “foram tomadas medidas suplementares para encorajar a China a mudar as suas práticas injustas e a abrir o seu mercado aos bens norte-americanos”.

Na semana passada, Trump tinha anunciado a imposição de tarifas alfandegárias de 25% sobre importações chinesas que ascendiam a 50 mil milhões de dólares (43 mil milhões de euros), o que suscitou uma resposta na mesma moeda por parte de Pequim.

Em reação às novas tarifas anunciadas por Donald Trump, a China denunciou “a chantagem” dos Estados Unidos, na sequência das ameaças do Presidente de impor novas taxas aduaneiras sobre produtos chineses, e advertiu que tomará “contramedidas enérgicas”. “Se os Estados Unidos perdem o bom senso e publicam uma lista [de produtos visados], a China ver-se-á na obrigação de adotar uma combinação de medidas quantitativas e qualitativas em forma de enérgicas represálias”, indicou o Ministério do Comércio chinês, em comunicado.

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Trump ordena ao Pentágono criação de força armada do espaço

  • Lusa
  • 18 Junho 2018

“Para defender a América, uma simples presença no espaço não é suficiente, temos que dominar o espaço”, declarou o presidente dos Estados Unidos.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, confirmou hoje oficialmente a intenção de criar um sexto ramo das Forças Armadas dos Estados Unidos, uma “força espacial” independente da Força Aérea e que o Congresso terá ainda de autorizar.

“Ordeno ao Departamento da Defesa, ao Pentágono, que inicie imediatamente o processo necessário para criar uma força espacial como sexto ramo das Forças Armadas”, declarou hoje Trump, num discurso sobre o espaço proferido na Casa Branca.

O chefe de Estado norte-americano não forneceu pormenores sobre a missão que terá a nova divisão militar, mas disse, ao assinar a ordem instruindo o Pentágono a criá-la: “Não queremos que a China e a Rússia e outros países nos ultrapassem”.

“Nós vamos ter uma Força Aérea e uma Força Aérea do Espaço, separada mas igual”, explicou, pondo termo ao atual debate contra aqueles que queriam que a nova força espacial estivesse ligada à Força Aérea norte-americana.

Donald Trump tinha já indicado que era a favor da criação deste sexto ramo militar, lado a lado com o Exército, a Força Aérea, a Marinha, os Fuzileiros e a Guarda Costeira.

No Congresso, o debate opõe desde há anos os partidários de uma nova entidade em igualdade de circunstâncias com os outros ramos e aqueles que consideram mais funcional deixar o espaço a cargo da Força Aérea.

A criação desta força espacial não poderá ser feita de um dia para o outro, e o Congresso terá, em qualquer caso, de adotar uma lei para o efeito.

Mas a ordem do Presidente republicano define claramente como política oficial da sua Administração, e do Pentágono, a criação de tal força.

“Para defender a América, uma simples presença no espaço não é suficiente, temos que dominar o espaço”, declarou Trump.

Já em março passado, Trump tinha dito que gostaria de criar uma divisão das Forças Armadas dedicada ao espaço, por considerar que ali também “se travam guerras, tal como na terra, no ar e no mar”.

Reconheceu, então, que “não estava a falar a sério” quando referiu pela primeira vez aos seus assessores a ideia de criar esse corpo militar, mas depois pensou que era “uma grande ideia”.

O chefe do Estado-Maior Conjunto norte-americano, general Joseph Dunford, admitiu em abril que os sistemas com que Washington conta no espaço carecem da “resistência” necessária em caso de ataque e são vulneráveis às novas “capacidades” com que outros países contam.

“Diz-se que não há guerras no espaço, mas existem guerras que envolvem os nossos sistemas no espaço”, advertiu Dunford.

Em abril do ano passado, Trump pediu à NASA para acelerar os seus planos de exploração espacial, que incluíam a chegada de seres humanos a Marte na década de 2030, para que um cidadão norte-americano pise o planeta vermelho ainda durante o seu primeiro mandato, que termina em janeiro de 2021.

Em dezembro, o atual inquilino da Casa Branca subscreveu uma diretiva de política espacial que estabelecia como meta do seu Governo criar uma base na Lua, como passo prévio à primeira missão tripulada a Marte

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Depois das ameaças, Trump sugere criação de uma zona livre de comércio

  • Lusa
  • 10 Junho 2018

O Presidente dos Estados Unidos sugeriu aos membros do G7 a criação de uma zona livre de comércio. E diz que será "um erro" retaliar com impostos contra os EUA.

O Presidente dos Estados Unidos revelou este sábado que instou à reflexão os restantes membros do G7, o grupo de sete países mais industrializados do mundo, para a criação de uma zona livre de comércio. Antes de abandonar a cimeira do G7, em Charlevoix, na província canadiana do Quebeque, Donald Trump afirmou que não sabe “se vai funcionar” uma zona livre de comércio, mas apresentou a proposta aos restantes membros — Canadá, Japão, França, Alemanha, Reino Unido e Itália.

“Tivemos debates extremamente produtivos sobre o que é necessário para ter trocas comerciais justas”, referiu, em conferência de imprensa, na qual começou por ameaçar parar as exportações dos Estados Unidos, especialmente no setor agrícola, para países que mantêm a aplicação de direitos aduaneiros a produtos norte-americanos, como retaliação pelas medidas comerciais unilaterais dos EUA.

“Remover as tarifas, remover as barreiras não tarifárias e remover outros mecanismos” consubstanciaram a ideia de Trump, que enalteceu a qualidade das relações com outros dirigentes que integram o G7, citando particularmente o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, o Presidente de França, Emmanuel Macron, e a chanceler alemã, Angela Merkel.

A imposição de taxas aduaneiras às importações dos Estados Unidos de aço e alumínio da União Europeia, Canadá e México foram uma linha de fratura que pairou na cimeira do G7, que abordou também as relações com o Irão, depois de os norte-americanos terem abandonado o acordo nuclear iraniano. Sobre este tema também fraturante, Trump afirmou que “os Estados do G7 estão decididos a controlar as ambições nucleares” de Teerão.

Trump avisa que será “um erro” retaliar a taxas à importação de aço e alumínio

Em contrapartida, Donald Trump também avisou que será “um erro” o Canadá, o México e a União Europeia aplicarem taxas à importação de produtos norte-americanos, em retaliação pelas tarifas alfandegárias impostas pelos Estados Unidos sobre o aço e alumínio daqueles países. “Se retaliarem, será um erro”, asseverou o Presidente dos Estados Unidos em conferência de imprensa em Malbaia, na província canadiana do Quebeque, palco da cimeira do G7, o grupo dos sete países mais industrializados do mundo.

Depois de ter ameaçado parar as exportações dos Estados Unidos, especialmente no setor agrícola, para países que mantêm a aplicação de direitos aduaneiros a produtos norte-americanos, Donald Trump voltou a afirmar que o comércio global se tem “aproveitado” dos norte-americanos. “Somos como o cofre que todo o mundo rouba”, afirmou o Presidente do Estados Unidos, que viajou hoje para Singapura, onde, na terça-feira, encontra-se com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, para tentar um acordo de desnuclearização daquele país asiático.

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Trump ameaça parar exportações para países com direitos aduaneiros

Donald Trump ameaçou este sábado travar as exportações para países que mantenham direitos aduaneiros sobre produtos com origem nos Estados Unidos.

Este sábado, Donald Trump ameaçou parar as exportações dos Estados Unidos, especialmente no setor agrícola, para países que mantêm a aplicação de direitos aduaneiros a produtos norte-americanos, como retaliação pelas medidas comerciais unilaterais dos EUA.

Na cimeira do G7, em Charlevoix, na província canadiana do Québeque, o Presidente dos Estados Unidos referiu que “é muito injusto” para os agricultores norte-americanos que outros países, como o Canadá e a Índia, imponham elevadas tarifas aos produtos dos EUA. Intransigente na defesa dos interesses comerciais norte-americanos, Trump afirmou que acabaram os dias em que outros países se aproveitaram comercialmente dos Estados Unidos.

O Presidente norte-americano vincou que os Estados Unidos farão “o que seja necessário” para que tenham relações comerciais “justas” com outros países.

A imposição de taxas aduaneiras às importações dos Estados Unidos de aço e alumínio da União Europeia, Canadá e México está a esgotar a paciência dos restantes membros do grupo dos sete países mais industrializados do mundo e dominou a cimeira do G7. Na quinta-feira, o Presidente da França, Emmanuel Macron, convocou uma reunião com os chefes de Governo da Alemanha, Itália e Reino Unido e com responsáveis da União Europeia — o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk — para analisar a questão.

G7 vai debater alterações climáticas… já sem Donald Trump

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deverá abandonar mais cedo a cimeira de líderes do G7, pelo que não irá participar nas reuniões onde irão ser abordados temas como as alterações climáticas e o aquecimento global, ou a saúde dos oceanos. A notícia foi avançada pela Reuters.

A agência fala em “fraturas”, com os países representados na cimeira a evidenciarem divisões não só nas questões ambientais como no dossiê do comércio internacional. O encontro, que decorre no Canadá, está a ser marcado pelos receios de uma guerra comercial entre aliados, que foi iniciada pela decisão de Trump de impor tarifas que deverão prejudicar a União Europeia, o Canada e o México. Tarifas essas que têm merecido retaliação.

O líder norte-americano “incendiou” o G7 antes mesmo do início do encontro, ao publicar uma série de tweets sobre questões comerciais que considera injustas para com os Estados Unidos, além de ter sugerido, de forma inesperada, que a Rússia deveria ser readmitida no grupo. Agora, as mais recentes informações indicam que Donald Trump deverá mesmo deixar a cimeira quatro horas mais cedo do que o previsto no início, perdendo assim a oportunidade de participar nas discussões acerca das questões ambientais.

Donald Trump deverá depois voar para Singapura, onde se aguarda um encontro histórico com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un. O encontro poderá marcar um aliviar das tensões geopolíticas entre os dois países, numa altura em que os Estados Unidos pressionam aquele país para que acabe com as suas ambições de ter armamento nuclear.

(Notícia atualizada às 16h33 com as exigências comerciais de Donald Trump perante os países com direitos aduaneiros)

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Donald Trump duvida que possa haver acordo comercial com a China

  • Lusa
  • 17 Maio 2018

O Presidente dos EUA expressou dúvidas quanto à possibilidade de que possa haver um acordo comercial com a China, que evite uma guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou dúvidas quanto a um acordo comercial com a China, que está a ser negociado em Washington, com uma delegação chinesa liderada pelo vice-primeiro-ministro, Liu He. “Tenho tendência para duvidar”, respondeu o Presidente norte-americano à pergunta sobre se será celebrado um acordo comercial com a China, que Trump acusa de práticas de comércio “desleais”.

O Presidente dos Estados Unidos deve encontrar-se com Liu He ainda esta quinta-feira, antes da entrada em vigor, em 22 de maio, das sanções dos Estados Unidos contra Pequim. “A China tem sido muito mimada, a União Europeia (UE) tem sido muito mimada”, acrescentou, aludindo ao facto de os Estados Unidos acreditarem que a nação chinesa e a UE desfrutaram de uma grande abertura para o mercado norte-americano.

Trump afirmou que “o comércio é uma via única”, denunciando o desequilíbrio na balança comercial dos Estados Unidos com a China. O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, está a liderar as negociações com uma delegação chinesa liderada por Liu He, um colaborador próximo do Presidente chinês, Xi Jinping, que lidera a política económica do gigante asiático.

Liu He já havia liderado há duas semanas uma primeira ronda de conversas em Pequim, com uma delegação dos Estados Unidos liderada por Steven Mnuchin, sem grandes avanços. A Administração Trump pretende uma redução de dois mil milhões de dólares (quase 1,7 mil milhões de euros) no défice comercial dos Estados Unidos com a China, que atingiu 375 mil milhões de dólares (317,4 mil milhões de euros) em 2017.

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