Do auto-retrato à mala de luxo. Estes foram os presentes oferecidos a Donald Trump

Da mala da Louis Vuitton ao taco de golfe, passando pelo retrato de si próprio. Estes foram os presentes oferecidos a Donald Trump nas visitas oficiais do presidente.

Um taco de golfe, uma mala Louis Vuitton e até um retrato de si próprio com moldura em ouro. Estes foram alguns dos presentes que Donald Trump recebeu em visitas de Estado no ano de 2018, revelou o Departamento de Estado norte-americano.

Sempre que há uma visita oficial, os chefes de Estado têm por hábito trocar presentes. Por norma, o objetivo é tentar impressionar, ainda que, muitas vezes, as ofertas acabem expostas em museus… ou mesmo destruídas pelos serviços secretos.

Mas, afinal, que tipo de presente é capaz de impressionar Donald Trump? Foram várias as opções. Por exemplo, Emmanuel Macron ofereceu uma mala de golfe de luxo, da conhecida marca francesa Louis Vuitton, bem como e algumas fotografias. Os presentes foram avaliados em 8.275 dólares, segundo a Bloomberg (acesso condicionado).

E como Trump é um conhecido fã de golfe, os presentes refletem isso mesmo. Tarzisius Caviezel, presidente da Câmara de Davos (Suíça), ofereceu-lhe um taco avaliado em 540 dólares. Já o primeiro-ministro do Vietname, Nguyen Xuan Phuc, arriscou oferecer ao presidente um retrato do próprio Trump com moldura em ouro.

As ofertas incluem ainda botas de couro, presenteadas pelo ex-primeiro ministro australiano Malcolm Turnbull e avaliadas em 545 dólares, assim como um bloco retangular de pedra a simbolizar Jerusalém como capital de Israel, avaliado em 600 dólares, e uma escultura de uma baleia por parte do primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau.

A generalidade das ofertas foram transferidas para o Arquivo Nacional, como exige a lei norte-americana. Mas não todas. Segundo a agência, os serviços secretos tiveram de destruir um relógio que o príncipe herdeiro do Bahrein, Salman Isa Al Khalifa, ofereceu ao vice-presidente, Mike Pence. Em causa, a suspeita de que o artefacto pudesse ser um dispositivo de espionagem.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Donald Trump diz que tem direito a interferir em casos judiciais

  • Lusa
  • 14 Fevereiro 2020

O presidente dos EUA afirmou que tem o direito de interferir num processo judicial, mas que até agora decidiu não o fazer, a propósito da redução de pena de um seu antigo consultor.

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que tem o direito de interferir num processo judicial, mas que até agora decidiu não o fazer, a propósito da redução de pena de um seu antigo consultor.

Roger Stone, ex-consultor de Trump, tinha sido condenado a uma pena de entre sete e nove anos de prisão, por mentir aos procuradores que investigaram a interferência russa nas eleições presidenciais de 2016, mas o Departamento de Justiça reduziu a pena, em nome dos “interesses da justiça”, após o Presidente ter lamentado a dureza da sentença.

O procurador-geral, William Barr, disse na quinta-feira que os comentários presidenciais, feitos através da conta pessoal de Trump na rede social Twitter, não tiveram qualquer impacto sobre a decisão de redução da pena, tomada pela sua equipa.

Barr aproveitou para pedir a Donald Trump para evitar aquele género de comentários no Twitter, dizendo que eles tornam o seu trabalho “impossível”, mas assegurou que não foi alvo de qualquer pressão: “O presidente nunca me pediu para intervir de qualquer forma num caso criminal”, disse o procurador-geral, que responde hierarquicamente perante a Casa Branca.

Trump usou esta frase num novo tweet, na manhã desta sexta-feira, mas assinalou que considera ter o direito de interferência nos processos judiciais. “Isto não significa que eu não tenha, como Presidente, o direito legal de o fazer (interferir nos processos). Eu tenho-o, mas até agora tenho decidido não o fazer”, escreveu Trump na sua conta pessoal de Twitter.

Roger Stone foi consultor de Donald Trump, antes e durante a sua campanha presidencial, tendo sido condenado, em novembro passado, por ter mentido ao Congresso e por ter manietado uma testemunha da investigação à interferência russa nas eleições de 2016.

Os quatro procuradores responsáveis pelo processo pediram uma pena de prisão de entre sete e nove anos, mas o Departamento de Justiça considerou que a acusação deve pedir uma pena muito mais leve, em nome de “interesses da justiça”. A sentença deverá ser anunciada em 20 de fevereiro, por um juiz federal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Absolvido no Senado, Donald Trump acusa oposição de “corrupção”

O presidente dos EUA reagiu à absolvição do Senado no julgamento do impeachment, denunciando o que considerou serem "pessoas muito desonestas e corruptas" focadas em o destruir, bem como o país.

Numa reação à absolvição no julgamento do impeachment, o presidente dos EUA denunciou o que considerou serem “pessoas muito desonestas e corruptas” que o querem destruir, assim como o país.

“Como toda a gente sabe, a minha família, o nosso país maravilhoso e o vosso presidente foram sujeitos a terríveis provocações por algumas pessoas muito desonestas e corruptas. Fizeram tudo o que estava ao alcance para nos destruir e, por isso, para prejudicarem em muito a nossa nação”, afirmou Trump, num pequeno-almoço com líderes religiosos, políticos e outros dignitários, de acordo com o The New York Times (acesso pago).

Segundo o jornal, o evento anual, conhecido por National Prayer Breakfast, é tradicionalmente bipartidário e de concórdia entre os dois maiores partidos norte-americanos. Porém, no discurso, no rescaldo do julgamento no Senado, Trump exibiu jornais com a manchete “absolvido” e a sua própria foto, naquele que já é considerado o discurso mais político que alguma vez um presidente fez neste evento anual.

As declarações foram proferidas na mesma sala em que estava presente Nancy Pelosi, porta-voz da Câmara dos Representantes e impulsionadora do impeachment, que resultou nas acusações de abuso de poder e obstrução ao Congresso contra o Presidente em funções, além do senador republicano Mitt Romney, que votou pela destituição de Trump.

Numa clara referência aos dois políticos norte-americanos, Trump continuou: “Eles sabem que o que estão a fazer é errado, mas colocam-se à frente do nosso grande país”. Dito isto, enalteceu os “corajosos políticos e líderes republicanos” que tiveram a “sabedoria” e “força” de votarem contra a destituição.

Na quarta-feira, quatro meses depois do início do processo do impeachment, o Senado, controlado pelo Partido Republicano, votou pela absolvição de Donald Trump por uma maioria de 53 votos, contra 47 votos a favor da destituição.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Agora é “virtualmente impossível” destituir Donald Trump

O Senado, controlado pelo Partido Republicano, travou a audição a novas testemunhas no processo do impeachment a Donald Trump, tornando "virtualmente impossível" a destituição do presidente dos EUA.

Donald Trump, presidente dos EUA, deverá ser absolvido pelo Senado no julgamento da destituição, depois de o Partido Republicano ter rejeitado a audição a novas testemunhas. A votação final das acusações de abuso de poder e obstrução ao Congresso é esperada na próxima quarta-feira.

O Partido Democrata, promotor do impeachment ao presidente em funções, não obteve o apoio dos quatro senadores republicanos cuja posição era vista como crítica para uma eventual destituição. Esta sexta-feira, a tentativa dos democratas de invocar novas testemunhas, incluindo o antigo conselheiro de segurança nacional John Bolton, foi chumbada por 49 votos a favor contra 51 contra.

Somente dois senadores republicanos — o antigo candidato presidencial Mitt Romney (Estado de Utah) e Susan Collins (Estado de Maine) — votaram no sentido de ouvir novas testemunhas. Ora, de acordo com o The New York Times (acesso pago), nestas circunstâncias, a destituição de Donald Trump é “virtualmente impossível”.

“A América vai lembrar-se deste dia, infelizmente, em que o Senado não esteve à altura das suas responsabilidades, depois de se ter afastado da verdade e levou a cabo um julgamento fraudulento”, afirmou o senador e líder democrata Chuck Shumer, do Estado de Nova Iorque, citado pelo jornal norte-americano. Do lado do Partido Republicano, um dos principais argumentos é a indisponibilidade de destituir um presidente menos de dez meses antes do fim do mandato.

O Partido Democrata deu início ao impeachment no ano passado, depois de uma denúncia ter exposto um telefonema suspeito entre Trump e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, no qual Trump pressionou o homólogo para iniciar uma investigação aos negócios da família do adversário político Joe Biden na Ucrânia. Na altura desse telefonema, um pacote de ajudas milionárias à Ucrânia foi suspenso pela Casa Branca.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Trump anuncia “sanções severas” contra a Turquia após ofensiva militar na Síria

  • Lusa
  • 13 Outubro 2019

O Presidente dos EUA vai avançar com "sanções severas" contra a Turquia por causa da ofensiva militar contra as forças curdas no país. Também ordenou a saída imediata dos militares norte-americanos.

O Presidente Donald Trump anunciou este domingo que os Estados Unidos aplicarão “sanções severas” contra a Turquia, pela ofensiva militar contra as milícias curdas na Síria, e ordenou a saída imediata das tropas norte-americanas na região.

Donald Trump já tinha avisado que tomaria medidas sérias contra a Turquia se este país ultrapassasse limites razoáveis na ofensiva militar contra as milícias curdas no nordeste da Síria e acabou por anunciar este domingo “sanções severas” contra o regime do Presidente turco, Recep Erdogan.

Ainda este domingo, o secretário de Defesa norte-americano, Mark Esper, disse que Trump ordenou a saída de todos os cerca de mil soldados que lutavam ao lado das milícias curdas contra o Estado Islâmico, para proteger a sua integridade física, no cenário da ofensiva turca.

Ao mesmo tempo, o Presidente dos EUA disse que estava em conversas com o Congresso para a aplicação de sanções contra a Turquia. “Estou a negociar com o senador Republicano Lindsey Graham e outros membros do Congresso, incluindo Democratas, para a imposição de sanções severas à Turquia. O (Departamento do) Tesouro está preparado”, escreveu Donald Trump na sua conta pessoal da rede social Twitter.

Trump responde assim ao apelo feito por Lindsey Graham que, embora seja um forte apoiante do Presidente, tinha criticado a decisão da retirada de tropas da Síria, abandonando os aliados curdos na Síria à mercê da ofensiva militar turca.

Nos últimos dias, os EUA têm feito apelas ao Presidente turco para que cesse a operação militar e hoje, de acordo com o secretário de Defesa, Donald Trump ordenou a saída imediata e total do contingente militar no norte da Síria. Interrogado sobre se acreditava que a Turquia, aliada na NATO, atacaria deliberadamente as tropas norte-americanas na Síria, Mark Esper disse não saber o que responder.

Esper mencionou um incidente ocorrido na sexta-feira em que um pequeno grupo de tropas norte-americanas ficou sob o fogo de artilharia turca, num posto de observação no norte da Turquia, mas disse que pode ter sido apenas um exemplo de “fogo indiscriminado”, não destinado deliberadamente a atingir militares dos EUA.

Esper disse que falou sobre a situação na Síria com o Presidente Trump, na noite de sábado, quando crescem os sinais de uma intensificação da ofensiva turca.

“Nas últimas 24 horas, descobrimos que eles (os turcos) provavelmente pretendem expandir seu ataque mais a sul e a oeste do que o originalmente planeado”, disse Esper, referindo-se à escalada de dimensão da ofensiva contra as milícias curdas.

De acordo com o secretário de Defesa, os EUA também acreditam que os curdos estão a tentar “fechar um acordo” com o exército sírio e com a Rússia para combater as forças turcas, o que ajudou à decisão de Trump de retirada das forças norte-americanas da região.

No mesmo sentido, Trump usou a sua conta de Twitter para explicar, mais uma vez, por que os EUA não se devem envolver militarmente na região. “Outros podem querer entrar e lutar por um dos lados contra o outro”, escreveu Trump, podendo estar a referir-se à intervenção síria e russa no conflito, como esclareceu Mark Esper.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Como funciona o processo de impeachment a Donald Trump?

Começou o processo que poderá levar à destituição do Presidente dos EUA, Donald Trump. Saiba quais são os próximos passos e do que depende o sucesso ou o insucesso do inquérito.

Está oficialmente lançado o inquérito que poderá culminar no impeachment do Presidente dos EUA, Donald Trump. Quais os próximos passos e como funciona este processo?

Em 2016, mal Trump tinha acabado de assumir a pasta e já se falava em impeachment, com os Democratas a acusarem o polémico investidor imobiliário de não estar preparado para desempenhar a função. Trata-se de um complexo mecanismo previsto na Constituição norte-americana para retirar um Presidente eleito do poder quando estão em causa atos de traição à pátria, suborno ou outros crimes de maior gravidade.

Um telefonema suspeito entre Donald Trump e o homólogo ucraniano, no qual o Presidente dos EUA aparenta pressionar Volodymyr Zelensky a investigar o democrata Joe Biden, e do qual ainda não se conhece o conteúdo de forma exata, levou a porta-voz da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, a anunciar a abertura do inquérito para o processo de impeachment. Dias antes da conversa telefónica, Trump congelou um pagamento de ajudas à Ucrânia no valor de centenas de milhões, uma decisão que está agora sob escrutínio.

Alguns republicanos têm apontado que a mera abertura do processo ainda tem de passar pela aprovação da Câmara, mas Nancy Pelosi já terá apoio maioritário para avançar com o inquérito que poderá levar ao afastamento do Presidente. Tendo isso em conta, os próximos passos deverão ser os seguintes, de acordo com informação compilada pelo The New York Times (acesso pago):

  • Os seis comités da Câmara dos Representantes vão enviar para o Comité Judicial os casos mais graves que impliquem o Presidente. O objetivo é construir uma base sólida para lançar a votação do impeachment. Depois, há dois caminhos possíveis: se não existir uma base sólida, o processo extingue-se sem votação. Se o caso for suficientemente sólido, os indícios são remetidos à Câmara, atualmente controlada pelo Partido Democrata.
  • É então organizada uma votação na Câmara dos Representantes sobre um ou mais artigos do impeachment. Se a maioria recusar o impeachment, Trump continua no poder. Se a maioria considerar que o processo deve avançar, é então aberto o julgamento do impeachment de Trump no Senado, controlado atualmente pelo Partido Republicano.
  • O Senado leva a cabo o julgamento das ações do Presidente dos EUA e dá-se nova votação. Se dois terços dos senadores votarem a favor de Donald Trump, o magnata mantém-se na liderança da Administração. Se dois terços votarem pela condenação do Presidente, Donald Trump é automaticamente destituído do poder.

Não é certo que a decisão de Nancy Pelosi de avançar com a abertura do inquérito para o impeachment vá mesmo levar à destituição de Donald Trump. O principal entrave à destituição deverá ser o Senado, controlado pelos republicanos: uma aprovação final do impeachment significaria que o Presidente republicano perdera o apoio do próprio partido que o elegeu.

Para já, o anúncio da porta-voz da Câmara dos Representantes, que pressupõe que o Partido Democrata já tem uma base sólida para fazer o processo chegar pelo menos até ao Senado, está a ter um impacto negativo nos mercados. Os investidores temem uma crise política no país, pelo que estão a fugir das ações, procurando ativos-refúgio.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Trump está “desolado” com demissão de Theresa May

  • Lusa
  • 24 Maio 2019

Nas vésperas de visita oficial ao Reino Unido, o Presidente norte-americano disse sentir-se "desolado" com a demissão da primeira-ministra britânica. "Ela trabalhou muito duro", disse Trump.

O Presidente Donald Trump confessou sentir-se “desolado” pela primeira-ministra Theresa May, que esta sexta-feira anunciou a sua demissão.

“Sinto-me desolado por Theresa. Aprecio-a enormemente”, declarou Trump no relvado da Casa Branca, antes de partir para um périplo que o levará ao Japão e, entre 03 e 05 de junho, ao Reino Unido. “Ela trabalhou muito duro, ela é muito sólida”, acrescentou Trump.

No entanto, nos últimos meses o Presidente norte-americano não se coibiu de criticar a forma como May geriu o complicado dossiê de saída do Reino Unido da UE (Brexit), e quando a dirigente britânica tentava estabelecer boas relações mútuas.

"Sinto-me desolado por Theresa. Aprecio-a enormemente, Ela trabalhou muito duro, ela é muito sólida.”

Donald Trump

Presidente dos EUA

Theresa May precisou que se demitiria das funções de líder do Partido Conservador, e consequentemente do cargo de chefe do governo, em 07 de junho, exprimindo um “profundo lamento por não ter sido capaz de aplicar o Brexit”.

Desta forma, ainda ocupará Downing Street no decurso da visita de Estado de Trump a Londres, que se desloca à Europa no início de junho por ocasião do 75.º aniversário do desembarque na Normandia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Wall Street recua. Guerra comercial assusta investidores

Os principais índices norte-americanos acompanharam as praças europeias e fecharam com perdas, face à escalada das tensões comerciais. EUA caminham para ser um dos países mais protecionistas do mundo.

Wall Street encerrou a sessão com perdas, num dia em que escalaram as tensões comerciais entre EUA e China. Dois tweets do Presidente Donald Trump ameaçaram a China com um reforço de tarifas aduaneiras existentes e novos impostos sobre uma nova lista de bens importados, devido à “lentidão” no decurso das negociações.

Depois de arrancarem a sessão desta segunda-feira com quedas superiores a 1%, os três principais índices recuperaram fôlego e chegaram ao fim do dia com perdas mais ligeiras. O S&P 500 caiu 0,45%. O industrial Dow Jones perdeu 0,26%. Já o tecnológico Nasdaq recuou 0,5%. Wall Street acompanhou, desta forma, a tendência assistida deste lado do Atlântico.

Na sequência dos últimos desenvolvimentos, o Presidente Xi Jinping estará a ponderar abandonar a mesa das negociações, num súbito revés que apanhou os investidores de surpresa, numa altura em que as expectativas apontavam para o surgimento de um novo acordo que pusesse fim à guerra comercial. Em contrapartida, se as novas tarifas de Trump entrarem mesmo em vigor na sexta-feira, os EUA tornam-se oficialmente uma das economias mais protecionistas do mundo, segundo a CNBC.

Sensível às relações com a China, a Apple fechou a cair 1,54%, para 208,48 dólares. Para as perdas contribuiu também a notícia de que a fabricante do iPhone vai ser investigada pela Comissão Europeia depois de uma queixa interposta pelos suecos da Spotify, dona da conhecida plataforma de streaming de música com o mesmo nome. Também a Caterpillar e a Boeing, duas das companhias mais expostas às relações comerciais sino-americanas, desvalorizaram 1,65% e 1,25%, respetivamente.

Nem mesmo a holding do magnata norte-americano Warren Buffett escapou à maré vermelha deste início de semana. No primeiro dia de negociações depois da assembleia-geral de acionistas, um encontro que atrai milhares de investidores e que decorreu este fim de semana em Omaha, as ações da Berkshire Hathaway derraparam 2,42%, para 213,31 dólares cada título.

As negociações também foram condicionadas pelo aumento das tensões entre EUA e o Irão. Os norte-americanos deslocaram para o Médio Oriente o porta-aviões USS Abraham Lincoln e um conjunto de bombardeiros para enviarem uma mensagem aos iranianos, perante um “conjunto de indicações problemáticas” vindas do Irão, como afirmou o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, citado pela CNN.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Senadora democrata Elizabeth Warren pede destituição de Donald Trump

  • Lusa
  • 20 Abril 2019

A senadora democrata Elizabeth Warren defendeu que o Congresso deve iniciar um processo de destituição do Presidente Donald Trump, na sequência das conclusões da investigação de Robert Mueller.

A senadora democrata Elizabeth Warren, candidata às presidenciais de 2020 nos EUA, defendeu que o Congresso deve iniciar um processo de destituição contra Donald Trump, após as conclusões do relatório Mueller.

“Mueller colocou o próximo passo nas mãos do Congresso” escreveu Elizabeth Warren na rede social Twitter, defendendo que o Congresso tem o poder de proibir o “uso corrupto” da autoridade de Trump enquanto Presidente. Para a antiga professora de direito em Harvard, “o processo correto para exercer esse poder é o impeachment (destituição)”.

“Ignorar os repetidos esforços de um Presidente em obstruir uma investigação sobre o seu comportamento provocaria danos graves e duradouros a este país, além de sugerir que tanto este como futuros Presidentes estão livres de abusar do poder desta maneira”, disse.

Após uma longa investigação sobre a interferência russa nas eleições presidenciais de 2016, o procurador especial Robert Mueller concluiu que não houve conluio entre a campanha de Donald Trump e a Rússia. No entanto, o documento, libertado esta semana, deixa dúvidas quanto a ter havido obstrução à justiça. De acordo com Mueller, o presidente Donald Trump tentou afastá-lo, desincentivou testemunhas a cooperar com os promotores e encorajou os assessores a enganar o público.

O relatório detalha os vários esforços que Trump fez para condicionar a investigação sobre a Rússia que temia que enfraquecesse a sua administração. Mueller escreve também que as tentativas de Trump controlar a investigação e instruir outras pessoas no sentido de o influenciar “não foram bem-sucedidas, em grande parte porque as pessoas que rodeiam o presidente se recusaram a cumprir as suas ordens ou acatar os pedidos”.

Uma versão truncada do relatório de dois volumes e 447 páginas foi finalmente divulgada na quinta-feira. Donald Trump reagiu ao relatório sobre as suspeitas de conluio entre os membros da sua campanha presidencial e a Rússia, em 2016, falando de testemunhos “fabricados”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Trump diz que relatório de Mueller tem testemunhos “montados”

  • Lusa
  • 19 Abril 2019

O Presidente dos EUA considera que o relatório do procurador Robert Mueller tem testemunhos "montados". Versão truncada do documento foi divulgada esta quinta-feira.

Donald Trump considerou que existem testemunhos “montados” no relatório do procurador especial Robert Mueller, divulgado na quinta-feira, sobre as suspeitas de conluio entre a campanha do atual Presidente dos Estados Unidos e a Rússia, em 2016.

“As alegações que me visam feitas por certas pessoas no hilariante relatório Mueller, escrito por 18 democratas em cólera e irritados contra Trump, são montados de todas as peças e totalmente falsos”, escreveu Trump no Twitter.

Na quinta-feira, o Presidente norte-americano já se tinha defendido das revelações apresentadas no relatório sobre a ingerência russa nas eleições presidenciais, segundo as quais Donald Trump pretendia demitir o procurador especial Robert Mueller, responsável pela investigação. “Eu tinha o poder de acabar com toda essa caça às bruxas se quisesse, poderia ter demitido todos, até mesmo Mueller, se quisesse, optei por não o fazer”, escreveu Trump.

O procurador especial Robert Mueller afirma no relatório sobre as suspeitas de ingerência russa que Donald Trump tentou influenciar a investigação para “restringir o seu alcance” e deu “respostas desadequadas” às perguntas que lhe foram feitas. “O Presidente Trump reagiu negativamente à nomeação do procurador especial [Mueller]. Disse aos assessores que era o fim da sua presidência”, lê-se na versão do relatório divulgada hoje pelo Departamento de Justiça.

Donald Trump “tentou que o procurador especial fosse afastado e desenvolveu esforços para restringir a investigação e evitar a divulgação de provas da mesma, incluindo através de contactos públicos e privados com potenciais testemunhas”. Estas passagens do relatório de Mueller foram divulgadas depois de o procurador-geral dos Estados Unidos, William Barr, ter afirmando aos jornalistas que não há “provas suficientes” de obstrução à justiça da parte de Trump na investigação às alegações de ingerência russa na campanha presidencial norte-americana de 2016.

“Os esforços do Presidente para influenciar a investigação foram infrutíferos na sua maioria, mas isso deve-se sobretudo ao facto de as pessoas que rodeavam o Presidente se terem negado a executar ordens ou a aceitar os seus pedidos”, lê-se no relatório Mueller, de mais de 400 páginas.

O documento revela também que Mueller considerou “desadequadas” as respostas escritas que Trump lhe enviou em novembro passado no âmbito da investigação. “Reconhecendo que o Presidente não aceitaria ser interrogado voluntariamente, considerámos a possibilidade de emitir uma notificação para testemunhar”, diz o relatório.

Mueller decidiu, no entanto, não o fazer, devido ao “custo de um litígio legal potencialmente longo” a que podia dar origem e porque considerou que já tinha “provas substanciais” sobre “a intenção e credibilidade” das ações de Trump.

O procurador especial analisou dez episódios, entre os quais a reação de Trump à nomeação de Mueller, o afastamento do diretor do FBI James Comey e o relacionamento de Trump com o seu advogado pessoal Michael Cohen. Segundo o documento, em maio de 2017, quando o então procurador-geral, Jeff Sessions, lhe disse que Mueller tinha sido nomeado, Trump encostou-se na cadeira e disse: “Oh, meu Deus. É terrível. É o fim da minha presidência. Estou f***!”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Trump anuncia novo encontro com Kim Jong Un no Vietname

  • ECO
  • 9 Fevereiro 2019

Presidente norte-americano escreveu no Twitter que se vai encontrar com o líder norte-coreano no final deste mês. Disse que a Coreia de Norte se vai tornar numa potência económica com Kim Jong Un.

Donald Trump anunciou na rede social Twitter um segundo encontro com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, na capital do Vietname, Hanói, no final deste mês.

Depois de ter publicado um tweet onde revelou esta segunda reunião com o líder norte-coreano, o Presidente norte-americano disse esperar que a Coreia do Norte se torne “numa potência económica” com a liderança de Kim Jong Un.

“Os meus representantes acabaram de abandonar a Coreia do Norte depois de uma reunião produtiva e chegamos a um acordo quanto à data de um segundo encontro com Kim Jong Un”, escreveu Trump na sua conta oficial no Twitter. “Terá lugar em Hanói, Vietname, nos dias 27 e 28 de fevereiro. Espero ansiosamente ver o Presidente Kim e avançar na causa da paz”.

Ainda no verão passado, ambos protagonizaram um encontro histórico em Singapura. No seu discurso sobre o Estado da União, Trump disse que “muito trabalho estava por fazer”, embora tenha manifestado esperança em relação a uma “boa” relação com a Coreia do Norte no âmbito das negociação em curso sobre a desnuclearização norte-coreana.

Trump, que chegou a descrever Kim Jong Un como “Little Rocket Man” com ambições nuclerares, espera agora um futuro promissor para o líder norte-coreano e o país.

Foi isso que sublinhou num segundo tweet publicado também na sexta-feira à noite: “A Coreia do Norte, sob a liderança de Kim Jong Un, vai tornar-se numa grande potência económica. Ele poderá surpreender alguns, mas não me surpreenderá a mim porque eu já o conheço e conheço as suas capacidades. A Coreia do Norte vai transformar-se num foguetão (Rocket) diferente – um foguetão económico”, referiu o Presidente do EUA.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Trump exige a Pequim “mudanças estruturais” nas práticas comerciais

"Estamos a trabalhar num novo acordo comercial com a China", disse Trump, exigindo "mudanças estruturais" a Pequim nas práticas comerciais.

O Presidente dos Estados Unidos advertiu a China para não “roubar mais empregos e riqueza aos norte-americanos” e exigiu “mudanças estruturais” a Pequim nas práticas comerciais.

“Tenho grande respeito pelo Presidente [chinês] Xi [Jinping] e estamos a trabalhar num novo acordo comercial com a China”, afirmou Donald Trump, na terça-feira, durante o discurso do Estado da União.

A China “deve incluir mudanças estruturais reais para acabar com práticas comerciais desleais, reduzir o nosso défice crónico e proteger os empregos norte-americanos”, sublinhou.

No início de dezembro, os Presidentes dos Estados Unidos e da China concordaram numa trégua de 90 dias, para tentar chegar a um acordo.

Os Governos das duas maiores economias do mundo impuseram já taxas alfandegárias sobre centenas de milhares de milhões de dólares das exportações de cada um.

Caso as negociações falhem, Trump prometeu avançar com mais taxas alfandegárias, perspetiva que enerva os mercados financeiros, perante a possibilidade de um abalo nas cadeias globais de produção.

Inicialmente previsto para 22 de janeiro passado, o discurso do Estado da União foi adiado, depois de a presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, se ter recusado a receber a visita de Trump por considerar que o ‘shutdown’ [paralisação da administração norte-americana] e que afeta os serviços secretos norte-americanos, não garantia as condições de segurança necessárias durante a visita.

O discurso do Estado da União decorre da obrigação que a Constituição dos EUA impõe ao Presidente para que preste “regularmente ao Congresso informações sobre o Estado da União”.

Acabar com a SIDA, cancro infantil e reduzir preço dos medicamentos

No discurso do Estado da União, Trump assumiu o objetivo de acabar com a “epidemia do VIH” no país, dentro de uma década. “Juntos, vamos acabar com VIH [vírus da imunodeficiência humana] nos Estados Unidos e no mundo”, disse o presidente norte-americano.

“Os avanços científicos trouxeram o que antes era apenas um sonho distante. A minha proposta de orçamento [para o próximo ano fiscal] pede aos democratas e republicanos que façam o compromisso necessário para eliminar a epidemia de VIH [dentro de 10 anos]”, avançou.

Perante os legisladores, o Presidente norte-americano pediu ainda união na “luta contra o cancro infantil”.

“Muitos dos cancros infantis estão sem novas terapias há décadas (…) a minha proposta de orçamento vai pedir ao Congresso 500 milhões de dólares na próxima década para financiar essa pesquisa crucial”, sublinhou.

Em relação aos produtos farmacêuticos, Trump afirmou que a “próxima grande prioridade” será reduzir os preços dos medicamentos prescritos, apelando ao Congresso para que aprove uma lei nesse sentido.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.