Coreia do Norte falhou lançamento de novo míssil

  • Lusa
  • 16 Abril 2017

A Coreia do Norte falhou este domingo na tentativa de lançar um novo míssil, revelou a ministra da Defesa sul-coreana.

“A Coreia do Norte tentou testar hoje de manhã um tipo de míssil não identificado, na zona de Sinpo, na província de Hamkyong, mas acreditamos que o teste falhou”, refere a ministra num comunicado divulgado este domingo, citado pela Agência France Presse.

A Coreia do Norte tinha mostrado este sábado vários mísseis balísticos, incluindo um possível novo projétil de alcance intercontinental, num desfile militar para assinalar o aniversário do fundador do país, numa altura de grande tensão com os Estados Unidos.

No dia que marcou o 105º aniversário do nascimento de Kim Il-sung, avô do atual líder norte-coreano, o regime fez desfilar pelo centro de Pyongyang e sobre camiões um tipo de projétil nunca antes exibido em público e que poderá ser um novo míssil balístico intercontinental (ICBM) de combustível sólido, escreveu a agência Efe.

No início do ano, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, que presidiu sábado ao desfile, advertiu que o país estava a ultimar o desenvolvimento de um ICBM que seria capaz de atingir território norte-americano.

Agora, além de mostrar mísseis de médio alcance Musudan e o misterioso e temido KN-08, que é lançado a partir de uma plataforma móvel e ainda não foi testado com êxito, desfilaram na praça Kim Il-sung vários dos últimos desenvolvimentos do regime como o Pukguksong-1 e Pukguksong-2, exibidos em público pela primeira vez.

O primeiro foi um míssil balístico lançado a partir de um submarino (SLBM) e o segundo, um projétil de médio alcance lançado a partir de uma plataforma móvel e que foi testado pela primeira vez em fevereiro e voltou a ser testado a 05 de abril, um ensaio que levou Washington a responder com o envio de um porta-aviões com propulsão nuclear para a península.

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Tesouro americano contraria Trump: China não está a manipular moeda

  • Lusa
  • 15 Abril 2017

Donald Trump tem acusado várias vezes a China de manipular artificialmente a sua moeda para estimular competitividade das suas exportações. Tesouro norte-americano diz o contrário.

Os EUA admitiram esta sexta-feira oficialmente que a China não está a manipular a moeda para impulsionar as exportações, contrariando as acusações lançadas por Donald Trump durante a campanha eleitoral.

No relatório semestral sobre as taxas de câmbio, o Tesouro norte-americano garantiu que vai “vigiar de perto” as práticas de Pequim e também apelou à Alemanha para que reduza o excedente comercial com os EUA.

No mesmo documento, a administração Trump identificou outros quatro países que precisam de ser supervisionados: além da China e da Alemanha, também o Japão, a Coreia do Sul, Taiwan e a Suíça foram sinalizados.

Estes seis países são os mesmos assinalados pelo último relatório semestral da administração de Barack Obama.

Numa entrevista na quarta-feira, Donald Trump disse que retira as acusações que fez durante a campanha porque sentiu que a China não tem estado a manipular a sua moeda nos últimos meses e porque considera que tais afirmações podem ameaçar a cooperação de Pequim para enfrentar a Coreia do Norte.

Em fevereiro, em entrevista à agência Reuters, Trump não teve meias medidas em acusar as autoridades chinesas de manterem o yuan artificialmente baixo face à divisa americana. “Bem, eles são os grandes campeões da manipulação cambial”, disse.

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“Mãe de todas as bombas” matou pelo menos 90 combatentes do Estado Islâmico

  • Lusa
  • 15 Abril 2017

Pelo menos 90 combatentes ou apoiantes do autoproclamado Estado Islâmico morreram na sequência do lançamento pelos EUA da bomba GBU-43 no leste do Afeganistão

Esmail Shinwar, governador do distrito de Achin, reduto do grupo radical Estado Islâmico na província de Nangarhar, adiantou este sábado que “pelo menos 92 combatentes do Daesh (acrónimo em árabe de Estado Islâmico) foram mortos” pela bomba lançada na quinta-feira.

“Três túneis onde os combatentes tinham tomado posições na altura do ataque foram destruídos”, disse à AFP, enquanto o porta-voz do governador provincial, Attaullah Khogyani, referiu “90 combatentes do Daesh mortos”.

Na sexta-feira, o Ministério da Defesa afegão disse que a bomba destruiu uma rede de túneis utilizada pelo Estado Islâmico e causou a morte de pelo menos 36 combatentes do grupo radical Estado Islâmico.

A bomba GBU-43 (Massive Ordnance Air Blast – MOAB), que os Estados Unidos lançaram na quinta-feira no Afeganistão, pesa 9,5 toneladas, das quais 8,4 são explosivos, e tem um raio de ação com um diâmetro de 1,4 quilómetros.

Conhecida como “a mãe de todas as bombas”, foi desenvolvida para o Exército norte-americano por Albert L. Weimorts Jr., entretanto falecido, e começou a ser fabricada em 2001 no Laboratório de Investigação da Força Aérea.

O Governo afegão afirmou na quinta-feira que estava em contacto com os Estados Unidos e foi informado do lançamento em Nangarhar, no leste do país, de uma bomba GBU-43, encontrando-se a avaliar o resultado do bombardeamento.

O bombardeamento foi executado na quinta-feira às 19:32 locais (16:02 de Lisboa).

O assessor de imprensa da Casa Branca, Sean Spicer, disse que o objetivo era acabar com um “sistema de túneis” do grupo radical autoproclamado Estado Islâmico, que permitia aos seus milicianos “mover-se com liberdade e atacar com mais facilidade os militares norte-americanos e as forças afegãs”.

Uma das primeiras vozes ouvidas contra esta ação militar foi a do ex-Presidente afegão Hamid Karzai. “Nós temos de ser mais duros, e de forma veemente condeno o lançamento da última arma, a maior bomba não-nuclear, no Afeganistão, pelos EUA”, escreveu Karzai, na rede social Twitter.

A bomba foi lançada na quinta-feira pela primeira vez em combate, uma vez que até agora apenas foi sujeita a testes, o primeiro dos quais em 2003 na Base da Força Aérea Englin, na Flórida. Outro teste foi realizado a 21 de novembro do mesmo ano.

Uma das principais características desta bomba, a capacidade de atingir grandes profundidades e destruir construções, como túneis, esteve na origem da escolha.

A bomba GBU-43 consegue atingir túneis com grande precisão, tendo sido esta a razão da sua escolha, já que, segundo o general John W. Nicholson, comandante das forças norte-americanas no Afeganistão, os jihadistas têm estado a trabalhar em defesas subterrâneas em ‘bunkers’.

Esta bomba não nuclear é considerada a segunda mais poderosa, só ultrapassada pelo artefacto explosivo russo FOAB, conhecido como “o pai de todas as bombas”.

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Coreia do Norte promete “resposta sem piedade” a qualquer provocação dos EUA

  • Lusa
  • 14 Abril 2017

A Coreia do Norte promete uma “resposta sem piedade” a qualquer provocação dos Estados Unidos, anunciou hoje a agência oficial norte-coreana, KCNA, citada por agências internacionais.

Evocando o recente ataque de forças norte-americanas na Síria, a KCNA afirmou que a administração do presidente Donald Trump “entrou numa fase de ameaças abertas e chantagens” à Coreia do Norte.

A tensão em relação à Coreia do Norte acentuou-se nos últimos dias e a comunidade internacional admite que pode estar iminente um novo ensaio nuclear, possivelmente este fim de semana.

Na quinta-feira, depois de anunciar um bombardeamento no Afeganistão, Trump afirmou que “a Coreia do Norte é um problema” e que “o problema será tratado”.

A China, que advertiu que um conflito pode “estalar a qualquer momento”, anunciou esta sexta-feira suspensão das ligações aéreas para a Coreia do Norte a partir de segunda-feira.

A suspensão dos voos da companhia aérea estatal Air China foi anunciada pela televisão oficial chinesa, CCTV, nas redes sociais.

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Trump: “O dólar está demasiado forte”. E o dólar respondeu

Uma frase de Donald Trump foi capaz de abalar o dólar que desvalorizou de imediato. O presidente dos Estados Unidos quer uma moeda mais fraca para ter maior vantagem competitiva.

O dólar está demasiado forte“. Foi esta a frase que Donald Trump disse ao Wall Street Journal e que recebeu resposta imediata dos mercados: o dólar caiu, tal como já tinha acontecido no passado. O presidente dos Estados Unidos tem acusado a China de manipular a sua moeda, mas em casa Trump também tem feito estragos. Em janeiro, pouco dias antes de tomar posse, disse que o dólar forte estava “a matar” a economia norte-americana e no final desse mês voltou a criticar a política monetária. Em todas essas ocasiões o efeito tem sido a queda do dólar face as restantes moedas.

Ainda não é certo que Trump renomeie Janet Yellen, a atual presidente da Reserva Federal, para continuar no posto de liderança da política monetária norte-americana. A avaliar pelas críticas que tem feito, o lugar de Yellen pode estar em perigo. Esta quarta-feira, em entrevista ao Wall Street Journal, Donald Trump voltou a criticar a estratégia dos EUA, criticando o dólar forte e mostrando uma preferência para a manutenção da taxa de juro baixa. Desde o final do ano passado que a Fed está a aumentar a taxa de juro, com a última subida em março.

Em relação a um cabaz das principais divisas, o dólar está a enfraquecer, tendo atingido um mínimo desde 30 de março. Este é o efeito pretendido pelo atual presidente dos Estados Unidos e os analistas preveem que o impacto pode afetar a longo prazo a moeda norte-americana. “É muito, muito difícil competir quando se tem um dólar forte e outros países estão a desvalorizar as suas moedas”, afirmou o presidente dos EUA. Ao contrário do que fez durante a campanha, Trump recusou catalogar a China de “manipulador da moeda”, revertendo a campanha que tinha vindo a fazer contra as autoridades chinesas.

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Trump: menos imposto para repatriar lucros poupará 300 mil milhões a multinacionais

Depois de ter pressionado várias empresas a voltar a solo norte-americano, Trump vai promover a repatriação de lucros com um imposto menor. O impacto da medida foi calculado pela consultora Oxfam.

A consultora Oxfam estima que as 50 maiores multinacionais norte-americanas vão poupar entre 312 e 327 mil milhões de dólares se Donald Trump reduzir o imposto aplicado ao repatriamento de lucros para os Estados Unidos, segundo o The Guardian. A ideia da nova administração é promover a importação dos lucros das grandes empresas — muitos deles “guardados” em offshores — para que esse dinheiro seja investido nos EUA. Atualmente a taxa é de 35%, mas Trump quer diminuir para 10%.

O estudo da Oxfam refere que as empresas norte-americanas têm mantido os seus lucros no exterior porque, através de vazios legais, estas multinacionais não pagam impostos nos Estados Unidos relativamente aos lucros registados em todo o mundo. Isso só acontece caso as empresas queiram repatriar esses lucros para os EUA, o que atualmente é feito com uma taxa de 35%.

No total, em 2015, segundo a Oxfam, as 50 maiores empresas norte-americanas detinham 1,6 biliões de dólares fora dos EUA. Nesse mesmo ano, segundo o estudo, o dinheiro mantido em paraísos fiscais aumentou 200 mil milhões de dólares. Um desses exemplos é a sede da Apple na Irlanda, uma situação que já levantou problemas junto da União Europeia. Segundo o relatório da Oxfam, a Apple pouparia 43,5 mil milhões de dólares com a descida do imposto para os 10%.

Esta foi uma promessa feita por Donald Trump na campanha eleitoral. A estratégia do agora presidente dos Estados Unidos é forçar e promover ao máximo o regresso das multinacionais criadas no país a solo norte-americanas. Além disso, a nova administração também quer que a produção passe a ser feita com a força de trabalho norte-americana.

Atualmente, existe uma rede de 1.751 subsidiárias de multinacionais norte-americanas, espalhadas pelo mundo, para que os lucros não passem pela autoridade tributária dos Estados Unidos. O mesmo relatório refere que as 50 maiores empresas dos EUA gastaram 2,5 mil milhões de dólares em lóbi entre 2009 e 2015, incluindo 352 milhões especificamente para influenciar o debate sobre impostos.

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Trump e Xi Jinping deixam Wall Street em stand by

Esta sexta-feira o líder norte-americano e o líder chinês reúnem-se para debater o comércio internacional. Um dia antes, os investidores mostraram cautela. Wall Street subiu, mas pouco.

Depois da subida vertiginosa que se sentiu após a tomada de posse de Donald Trump, os mercados estão mais cautelosos quanto à ação da nova Administração. A esse dado acresce o encontro de amanhã com o Presidente da China, país com o qual os Estados Unidos têm o seu maior défice comercial. Esta quinta-feira os índices da bolsa norte-americana subiram, mas de forma tímida.

Ao encontro desta sexta-feira soma-se a divulgação de dados relacionados com o andamento do emprego, mas também um efeito de ontem: as minutas da última reunião da Fed deram um sinal de que a política expansionista vai começar a ser retirada e deixaram um aviso perante a “exagerada” valorização das cotadas. Ontem Wall Street acabou mesmo por fechar em terreno negativo, mas hoje recuperou ligeiramente.

Esta quinta-feira, o Nasdaq fechou com uma valorização de 0,25% para os 5.878,95 pontos. Já o S&P 500 aumentou 0,19% para os 2.357,49 pontos e o Dow Jones subiu 0,07% para os 20.662,95 pontos. As principais beneficiadas foram as empresas energéticas dado que o crude atingiu um máximo de um mês.

Hoje os dados do departamento da Energia norte-americano mostraram que os inventários de crude estão em níveis recorde. O preço do petróleo, o WTI, subiu quase um por cento, acumulando quatro dias consecutivos de ganhos. Contudo, os analistas estão preocupados que os níveis de produção nos EUA prejudiquem o objetivo da OPEP de valorização o barril.

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Donald Trump afasta Steve Bannon do Conselho de Segurança Nacional

  • Lusa
  • 5 Abril 2017

Presidente norte-americano reverte decisão recente que dava acesso a Bannon a todas as reuniões de alto nível.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, afastou hoje Steve Bannon do cargo que ocupava como seu conselheiro e chefe de estratégia do Conselho Nacional de Segurança.

Trump reverte assim uma decisão recente e polémica que dava acesso a Bannon a todas as reuniões de alto nível.

O novo memorando sobre a composição do Conselho foi publicado esta quarta-feira e na lista não consta o nome do chefe de estratégia como membro do Comité Superior, o grupo de funcionários de altos cargos que se reúne para discutir as prioridades de segurança nacional.

Além disso reintegra numa posição permanente no Conselho de Segurança Nacional o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas e o responsável pelas agências de serviços secretos, que tinham sido retirados.

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Trump: Brexit vai ser bom para o Reino Unido e UE

  • ECO
  • 3 Abril 2017

O presidente dos EUA disse estar confiante relativamente ao desfecho das negociações entre o Reino Unido e a União Europeia (UE) no âmbito do Brexit, em entrevista ao Financial Times.

Donald Trump está confiante relativamente ao desfecho das negociações entre o Reino Unido e a União Europeia (UE), que irão culminar com o Brexit. O presidente dos EUA assim o afirmou em entrevista ao Financial Times, ocasião onde também destacou a capacidade da UE em manter-se unida durante o processo que decorre.

“Penso que vai ser um grande acordo para o Reino Unido, e acho que vai ser realmente, muito bom também para a UE”, disse Donald Trump ao jornal britânico. O presidente norte-americano também se mostrou ansioso por dissipar as ideias de que os Estados Unidos ficariam satisfeitos com uma eventual dissolução da UE em consequência da decisão de saída do Reino Unido. “Quando algo sério aconteceu [a vitória da saída num referendo no ano passado], pensei que mais países fariam o mesmo, mas acho que a União Europeia está a agir unida”, afirmou Donald Trump.

Na entrevista ao Financial Times, Donald também procurou afastar a ideia de que as relações com Angela Merkel não seriam as melhores, estando em causa o episódio em que eventualmente se terá recusado a apertar a mão da chanceler alemã perante os jornalistas na recente visita da líder europeia à Casa Branca.

“Tive uma grande reunião com a chanceler Merkel”, disse Trump. “Apertei as mãos cerca de cinco vezes, e estávamos sentados em dois assentos… e acho que um jornalista disse ‘aperte a mão dela’. Eu não o ouvi“, justificou-se Donald Trump.

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EUA reforça trocas comerciais com a UE em 2016

O medo de que Trump possa levar os EUA para o proteccionismo ainda não teve efeitos em 2016. Os Estados Unidos continuam a ser o principal parceiro comercial dos Estados-membros europeus.

Em ano de eleições presidenciais, os Estados Unidos reforçaram a quota de mercado nas trocas comerciais com a União Europeia, consolidando a posição de maior parceiro comercial. Depois de, no início do século, o comércio entre a UE e os EUA ter diminuído significativamente — evolução simultânea a uma subida significativa da China –, as empresas norte-americanas representaram 17,7% das trocas comerciais europeias em 2016, face aos 14,9% da China. A completar a lista de países com maior ligação aos Estados-membros está a Suíça, a Rússia, a Turquia e o Japão, segundo os dados divulgados esta quarta-feira pelo Eurostat.

Fonte: Eurostat

O próprio gabinete de estatística europeu admite que as tendências dos parceiros comerciais, nos últimos anos, não têm seguido um padrão. Desde 2008 que se verificam ligeiras subidas ou descidas, com poucas mudanças. Uma dessas diferenças verificou-se nas trocas comerciais com a Rússia que diminuíram bastante depois de 2014, ano em que ocorreu a crise geopolítica da Crimeia (Ucrânia). Nessa altura, a União Europeia impôs sanções aos russos (que ainda se mantêm), o que tem prejudicado desde então as trocas comerciais com a Rússia. A quota já chegou a ser de 10%, mas está neste momento nos 5,5%.

  • Estados Unidos da América: 610 mil milhões de euros, 17,7% da quota das trocas comerciais com a União Europeia;
  • China: 515 mil milhões de euros, 14,9%;
  • Suíça: 264 mil milhões de euros, 7,6%;
  • Rússia: 191 mil milhões de euros, 5,5%;
  • Turquia: 145 mil milhões de euros, 4,2%;
  • Japão: 125 mil milhões de euros, 3,6%;

Uma tendência óbvia, num período temporal mais vasto, é o ganho de importância por parte das empresas chinesas. Segundo o Eurostat, a quota da China quase triplicou desde 2000, passando dos 5,5% para os 14,9% em 2016. Portugal, no entanto, tem Espanha, França e Alemanha como os principais destinos das exportações, sendo que o mesmo acontece nas importações.

O Reino Unido, que está prestes a entrar no processo de negociação para sair da União Europeia, importa principalmente da Alemanha (representam 14% das importações britânicas), dos Estados Unidos (9%) e da China (9%). O principal destino das exportações britânicas são os Estados Unidos (representam 15% do total das exportações), seguidos da Alemanha (11%) e França (6%). Os britânicos têm das mais reduzidas percentagens, tanto ao nível de exportações como de importações, de exposição ao mercado único europeu, em comparação com os restantes Estados-membros.

O equipamento de transportes e maquinaria foram os bens mais transacionados pela União Europeia, seguido pela categoria de outros bens manufaturados e os químicos. Os combustíveis representam uma pequena parte das exportações dos Estados-membros, mas o mesmo não acontece ao nível das importações onde a percentagem é de 15%.

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Revista de imprensa internacional

A agenda mediática está a ser controlada esta quarta-feira pelo Brexit. Theresa May vai acionar hoje o Artigo 50, o que vai permitir o início das negociações entre o Reino Unido e a União Europeia.

O Brexit marca as páginas de quase todos os jornais desta quarta-feira. As abordagens são múltiplas. O The Guardian por exemplo alerta os consumidores britânicos: o preço da fruta e dos legumes que compram no supermercado vai aumentar pelo menos 8% assim que o Reino Unido sair da União Europeia. Mas ainda há quem resista a essa ideia, tal como uma manifestação durante o fim de semana mostrou. A esperança dos europeístas britânicos é que os próximos dois anos de negociações sirvam de aproximação em vez do afastamento inicial que se verificou assim que Theresa May anunciou o ‘hard Brexit’. Em França, o escândalo que afetou Fillon vai tornar-se numa investigação formal dos procuradores franceses à mulher do candidato presidencial.

The New York Times

Empresas islandesas vão ter de provar que pagam o mesmo aos homens e às mulheres

Não à desigualdade salarial entre homens e mulheres: é este o mote do Governo islandês que quer que as empresas provem que estão a pagar o mesmo aos homens e às mulheres que façam as mesmas tarefas. Segundo o The New York Times, a Islândia foi o primeiro país a introduzir esta terça-feira legislação que requer essa prova aos empresários. Com a desconfiança de que o desequilíbrio se perpetue, o Governo decidiu forçar o progresso: “A História tem mostrado que se queremos progresso, temos de o aplicar”, disse o ministro islandês para a igualdade, Thorsteinn Viglundsson. Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Reuters

Mulher de Fillon investigada pela Justiça francesa

Os procuradores franceses decidiram abrir uma investigação formal esta terça-feira à mulher de François Fillon, o candidato do Partido Republicano francês às eleições presidenciais. A britânica Penelope Fillon será investigada por suspeita de ter sido cúmplice no uso indevido de fundos públicos. Em causa estão centenas de milhares de euros que terão sido pagos a Penelope Fillon por um trabalho que não terá feito, segundo disse uma fonte judicial à Reuters. Este escândalo tem afetado a campanha de Fillon com uma descida nas sondagens que abriu caminho ao independente Macron. Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

The Guardian

Brexit: Preço da fruta e vegetais importados subirá 8%

Segundo os cálculos dos analistas da praça financeira City, citados pelo The Guardian, os preços das frutas, vegetais, flores e óleos vegetais importados vão subir 8% depois do Reino Unido sair da União Europeia. Esta subida será, segundo escreve o jornal inglês, independentemente de qual for o acordo comercial traçado com os Estados-membros. Esta subida acontecerá assim que o Reino Unido for forçado a impor um controlo extra nas fronteiras, o que tornará as importações mais caras. As principais importações deste tipo de produtos têm como origem Holanda, Espanha e França. Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Financial Times

Gigante energética norte-americana pede a Trump que cumpra acordo de Paris

O maior grupo petrolífero dos Estados Unidos, a ExxonMobil, endereçou uma carta à Administração de Donald Trump para que esta cumpra o acordo sobre o clima firmado no final de 2015 entre vários países. Na opinião da empresa o acordo de Paris tem uma “estratégia eficaz para resolver os riscos das mudanças climáticas”. Na campanha para as eleições presidenciais, Trump já tinha indicado a sua desconfiança perante o que os cientistas alertam sobre o impacto das mudanças meteorológicas. A carta da ExxonMobil foi enviada na semana passada e antecipa o anúncio que o presidente dos EUA está a preparar onde vai anunciar que irá reverter várias medidas de Barack Obama nesta área de política ambiental. Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso pago)

Valor Económico

Incentivar competição nas empresas nem sempre dá os melhores resultados

São muitas as empresas que adotam culturas empresariais que fomentam a competição entre funcionários. Mas os resultados nem sempre são os desejados. Há estudos que apontam esta opção pode levar a “atalhos” pouco éticos por parte dos colaboradores que tentam chegar ao primeiro lugar. Tudo depende de como a liderança da empresa apresenta a competição aos funcionários. A recomendação é de investigadores da London Business School, do Banco Mundial e da PwC que apresentaram as suas conclusões num artigo conjunto na Harvard Business Review. Leia a notícia completa aqui (Acesso gratuito)

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Votação do novo plano de saúde cancelada a pedido de Trump

  • ECO e Juliana Nogueira Santos
  • 24 Março 2017

A poucos minutos de se efetivar, o presidente dos Estados Unidos ordenou o cancelamento da votação para o novo plano de saúde por recear que fosse chumbada.

A votação do novo plano de saúde americano, que iria afastar e substituir o Obamacare, foi cancelada a pedido do próprio presidente, devido ao elevado risco de esta não ser aprovada. Ao telefone com os jornalistas do Washington Post, Donald Trump afirmou “Retirámos a proposta.”

A votação já tinha sido adiada esta quinta-feira pelo mesmo motivo. Entretanto, a administração Trump fez pressão ao longo dos últimos dias para que toda a ala dos republicanos aprovasse o American Care Health Act, quer apelando ao voto, quer fazendo alterações às medidas iniciais propostas.

Seriam necessários 216 votos positivos para que o novo sistema fosse aprovado. Nenhum dos deputados da ala dos democratas apoiava o novo plano, mas esperava-se que pelo menos um deles faltasse na hora da votação. Isso significava que só eram necessários 23 republicanos a votarem contra para o novo plano de saúde chumbar.

Paul Ryan, líder republicano da Câmara dos Representantes e principal “arquiteto” deste novo plano de saúde, afirmou aos jornalistas que “não é o fim da história” e que continua orgulhoso da lei. Da outra ala, Nancy Pelosi considerou que o cancelamento da votação é “uma vitória para o Affordable Care Act e para os americanos.”

O American Health Care Act prometia baixar o défice orçamental, reduzir a despesa pública e cortar nos impostos. No entanto, e segundo um estudo da Casa Branca, o que implava na realidade era fazer com que milhões de norte-americanos deixassem de ser abrangidos pelo Medicaid, o seguro que abrangia os mais pobres, levar a que tantos outros abandonassem os seguros pessoais ou deixassem de ter cobertura médica através do trabalho.

A Bloomberg avançava esta tarde que, se a votação não fosse bem-sucedida, a Casa Branca planeava apontar as culpas para Paul Ryan, no entanto o presidente preferiu afastar a proposta antes de esta fracassar. Por agora, e por tempo indeterminado, o Affordable Care Act continuará a ser o plano de saúde em vigor no território norte-americano.

(notícia atualizada às 20h40 com mais informação e as declarações de Paul Ryan e Nancy Pelosi)

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