Donald Trump recua nas relações EUA-Cuba

Donald Trump criticou duramente o regime de Raúl Castro e anunciou um pacote de sanções que vai dar um passo atrás no reatar das relações entre os Estados Unidos e Cuba.

Os Estados Unidos deram um passo atrás no reatar das relações com Cuba. Num discurso em Miami, o Presidente Donald Trump prometeu refazer o acordo com o país liderado por Raúl Casto de forma a servir melhor os interesses dos cubanos e dos norte-americanos. Com o pacote de medidas sancionatórias, Trump deverá tornar mais difícil que cidadãos viajem individualmente para Cuba e vice-versa, de acordo com a CNBC.

A justificação do Presidente é a de que o regime de Raúl Castro estará a beneficiar de um aumento do turismo graças ao aliviar do embargo entre os dois países levado a cabo pelo seu antecessor, Barack Obama. “Os lucros do investimento e do turismo são diretamente canalizados para o setor militar. O regime fica com o dinheiro e detém a indústria. O resultado das ações do anterior executivo só têm sido mais repressão e um movimento para esmagar o movimento pacífico democrático”, disse Trump, citado pelo canal.

“Durante praticamente seis décadas, o povo cubano sofreu debaixo da dominância comunista. Até hoje, a Cuba tem sido conduzida pelas mesmas pessoas que mataram dezenas de milhares dos seus próprios cidadãos, que procuraram espalhar a sua ideologia repressiva e falhada em todo o nosso hemisfério e que uma vez tentaram armazenar armas nucleares a 90 milhas [cerca de 144 quilómetros] da nossa costa”, criticou também Donald Trump em Miami.

O Presidente garantiu ainda que estas medidas vão ao encontro da libertação de Cuba. “Com a ajuda de Deus, uma Cuba livre é o que iremos alcançar em breve”, rematou. Apesar da proibição das viagens individuais ao abrigo de programas de educação, estas viagens em grupo deverão continuar a serem permitidas, de acordo com uma nota oficial explicativa.

Recorde-se que Barack Obama visitou Cuba no ano passado. Foi a primeira vez em 88 anos que um Presidente dos Estados Unidos aterrou no país de Fidel Castro.

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Trump sob investigação por causa da Rússia

Donald Trump está oficialmente sob investigação na sequência do despedimento do diretor do FBI. Poderá ser acusado de obstrução à Justiça no caso da alegada influência russa nas eleições.

O Presidente Donald Trump está mesmo sob investigação no processo que visa apurar a alegada influência dos russos nas eleições presidenciais norte-americanas. Depois do despedimento do diretor do FBI, James Comey, a Justiça norte-americana pretende avaliar se Trump terá cometido um crime de obstrução à investigação.

A confirmação do próprio Presidente surgiu na manhã desta sexta-feira, através do Twitter. “Estou a ser investigado por despedir o diretor do FBI pelo mesmo homem que me mandou despedir o diretor do FBI! Caça às bruxas”, acusou Donald Trump.

Foi a primeira vez que Trump confirmou publicamente ser um alvo da investigação. De recordar que, na audiência de Comey, o antigo diretor do FBI alegou sob juramento que o Presidente lhe pediu para “limpar publicamente o seu nome” da investigação, o que foi recusado, segundo o The Washington Post [acesso condicionado].

Numa das primeiras versões relativas ao despedimento do líder da polícia federal, a Casa Branca teria recebido um parecer do Departamento de Justiça a recomendar o despedimento de James Comey. Mais tarde, Donald Trump desmentiu a informação, alegando que já estaria a pensar nisso antes mesmo de tomar conhecimento desse parecer.

Além disso, no dia anterior da decisão, o magnata tinha estado reunido com dois oficiais russos — um ministro e um embaixador —, num encontro que causou polémica não só por isso como pelas acusações de que o Presidente teria revelado informações confidenciais sobre a luta contra o Daesh.

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O que é o “covfefe” de Donald Trump?

  • ECO
  • 31 Maio 2017

Donald Trump escreveu "covfefe" no Twitter. E a internet reagiu com humor. Mas o que quereria escrever, afinal, o Presidente dos Estados Unidos?

Donald Trump voltou a abalar a internet através do Twitter. Eram já altas horas da noite quando o Presidente dos Estados Unidos escreveu: “Despite the constant negative press covfefe”, qualquer coisa como “Apesar das constantes e negativas covfefe de imprensa”, em português. A mensagem permaneceu na rede social durante cinco horas, até o Presidente dar conta do erro e apagar a publicação:

Isso não impediu os internautas de lançarem uma pequena revolução humorística até a estranha palavra “covfefe” se tornar tendência mundial. O Presidente reagiu entretanto: “Quem consegue descobrir o significado de covfefe ??? Divirtam-se!” Recorde-se que o tweet surge depois do Presidente ter despedido o diretor de comunicação da Casa Branca, Michael Dubke.

Apesar de a mensagem já não estar no Twitter, as piadas rapidamente começaram a surgir. Abaixo, algumas das melhores:

Houve até quem se apressasse a comprar o domínio “covfefe.com”. “Terão sido os russos?”, pergunta uma utilizadora.

A explicação óbvia é a de que Donald Trump queria, na realidade, escrever press coverage, ou seja, “cobertura de imprensa”. Caso para dizer: just another day in the office.

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Manchester: Reino Unido não partilha informação com EUA

  • ECO
  • 25 Maio 2017

As fugas de informações nos media norte-americanos deixaram a polícia britânica furiosa. Em reação, o Reino Unido deixou de partilhar os pormenores da investigação.

A polícia britânica que está a investigar o ataque bombista na Manchester Arena deixou de partilhar informações com os Estados Unidos, avança esta quinta-feira a BBC. A razão passa pela divulgação de vários pormenores secretos desta investigação na imprensa norte-americana, nomeadamente com a divulgação pelo The New York Times de fotografias específicas relacionadas com o ataque. Antes disso, também tinham sido os media dos Estados Unidos a revelar a identidade do bombista, Salman Abedi, 24h depois do ataque.

Face a esta situação, a BBC escreve que Theresa May irá interceder junto de Donald Trump esta quinta-feira no encontro da NATO. Já ontem a polícia de Manchester mostrou a sua “fúria” perante as fugas de informações, mas as relações de troca de informação com as autoridades norte-americanas deverá normalizar em breve. A própria ministra do Interior do Governo de May, Amber Rudd, disse esta quarta-feira estar “irritada” com a revelação de informações relativas a esta investigação. “Não deverá acontecer outra vez”, avisou Rudd.

A televisão britânica estatal explica que a força policial que está a liderar a investigação no local fornece as suas informações à autoridade nacional contra-terrorista. Essa agência é quem partilha os dados recolhidos com outros países, nomeadamente os Estados Unidos, a Austrália, o Canadá e a Nova Zelândia, por causa de um acordo de partilha de informação secreta chamado “Five Eyes”.

Não deverá acontecer outra vez.

Amber Rudd

Ministra do Interior britânica

Numa altura em que o Reino Unido tem o nível de ameaça classificado de “crítico”, a NATO reúne-se esta quinta-feira, em Bruxelas, pela primeira vez com Donald Trump à frente dos destinos da Casa Branca. O secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg, já anunciou que a NATO vai juntar-se à coligação internacional que está a lutar contra o grupo extremista Daesh (auto denominado Estado Islâmico). Contudo, Stoltenberg avisou que isso não implicará uma ação militar direta.

O ataque foi levado a cabo por Salman Abedi, britânico de 22 anos cuja família veio da Líbia, que também morreu com a explosão. Atualmente existe um total de oito homens detidos por alegado envolvimento na rede que preparado o ataque. No total, o atentado suicida — que ocorreu depois do concerto da cantora norte-americana Ariana Grande — fez 22 mortos e 64 feridos. O grupo radical Daesh já reivindicou o ataque. O explosivo terá sido semelhante ao utilizado nos ataques em Paris e Bruxelas dos últimos dois anos.

Unidade de desminagem chamada a universidade de Manchester

Uma unidade policial de desarmamento de engenhos explosivos foi enviada, ao final da manhã, a Hulme e não Trafford, como inicialmente foi anunciado, em Manchester, a noroeste de Inglaterra, na sequência de “uma chamada”, anunciou a polícia britânica.

Várias ruas em redor da universidade foram encerradas e a polícia só desfizeram o cordão de segurança depois de a brigada de minas e armadilhas ter considerado que o pacote não representava qualquer ameaça.

Segundo responsáveis dos serviços de segurança, desde 2013 já foram evitados 18 ataques terroristas, cinco dos quais depois dos ataques de Westminster, em março, revela uma jornalista da BBC, no Twiter.

Rainha visita as vítimas

A rainha Isabel II visitou no hospital esta quinta-feira algumas vítimas do atentado de Manchester, assim como médicos, enfermeiras e membros do serviço de urgência que responderam ao ataque, que matou 22 pessoas e feriu mais de cem, avança a Reuters.

A rainha falou com os jovens pacientes hospitalizados no Royal Manchester Children’s Hospital, onde 19 feridos ainda estão a ser tratados, cinco ainda em estado crítico, depois do atentado que a rainha classificou de “perverso”.

O novo balanço do Serviço Nacional de Saúde britânico dá conta de 75 feridos que necessitaram de hospitalização, sendo que 23 ainda se encontram nos cuidados intensivos. Mas, no total, os oito hospitais circundantes trataram de 116 feridos relacionados com o atentado levado a cabo durante o concerto de Ariana Grande.

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Bolsa volta a cair depois de uma das piores sessões do ano

Galp e EDP arrastam PSI-20 para nova queda. Mas o ambiente internacional também não ajuda. Investidores estão preocupados com as polémicas em torno de Donald Trump.

Depois de uma das piores sessões do ano, a bolsa nacional abriu esta quinta-feira novamente no vermelho, com os pesos pesados portugueses em queda. Lisboa acompanha as perdas que se verificam também entre os pares europeus, com os investidores a manifestarem pouco apetite pelo risco na sequência das polémicas em torno do Presidente norte-americano, Donald Trump.

O PSI-20, o principal índice português, cai 0,23% para 5.106,02,02 pontos, depois de ter cedido ontem mais de 1,5%, naquela que foi a pior sessão desde janeiro. Para esta queda do benchmark nacional contribuem de forma decisiva a Galp e a EDP. São cotadas que têm maior preponderância no rumo do índice e apresentam quedas entre os 0,5% e os 1,5%. No caso da petrolífera, a empresa liderada por Carlos Gomes da Silva informou o mercado da entrada em produção da primeira unidade replicante (P-66) em Lula/Iracema, no Brasil.

No total, são nove as cotadas que negoceiam abaixo da linha de água. O pior desempenho pertence ao Montepio, cujas unidades de participação do fundo daquele banco cedem 2,63% para 0,41 euros.

Outra nota vai para a Sonae, com as ações a recuarem 0,86% para 0,92 euros, no dia em que presta contas relativas ao primeiro trimestre do ano. A dona do Continente terá apresentado um lucro de oito milhões de euros, segundo o BPI Research, embora a pool de analistas da Bloomberg tenham projetado um prejuízo na ordem dos três milhões de euros.

“A recuperação do crescimento da economia, espelhada pelos últimos indicadores divulgados (nomeadamente o PIB do primeiro trimestre) deverá ser um dos catalisadores do resultado por ação da empresa, tendo em conta a sua elevada exposição à economia do país”, referem os analistas do BPI no Diário de Bolsa.

Sonae cai antes de prestar contas

Lá por fora, os investidores também continuam avessos ao risco. Em Madrid, o Ibex-35 cai 0,76%. Os principais mercados em Londres, Itália e Paris também estão em perda por causa de Donald Trump. O Presidente norte-americano está a ser acusado de interferências em investigações federais e isso pode comprometer a agenda da sua Administração em relação à reforma fiscal e gastos públicos em infraestruturas.

“A incerteza causada pelas recentes notícias sobre Donald Trump desencadearam renovadas preocupações com o comprometimento do Presidente relativamente à sua agenda, nomeadamente as medidas de crescimento tão aguardadas”, diz o BPI.

"A incerteza causada pelas recentes notícias sobre Donald Trump desencadearam renovadas preocupações com o comprometimento do Presidente relativamente à sua agenda, nomeadamente as medidas de crescimento tão aguardadas.”

Analistas do BPI

Diário de Bolsa

No mercado de dívida, os juros associados às obrigações a 10 anos de Portugal continuam em queda. A yield cede ligeiramente para 3,21%, numa altura em que o país está a melhorar a sua perceção de risco sobretudo por causa do desempenho na frente económica.

(Notícia atualizada às 8h24)

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Kremlin tem transcrição da reunião de Donald Trump com ministro russo

Vladimir Putin diz que pode revelar transcrição da reunião entre Donald Trump e dois oficiais russos, em que o Presidente terá revelado informação confidencial. Kremlin garante que não tem gravação.

Vladimir Putin diz que pode revelar ao Senado e ao Congresso norte-americanos uma transcrição da polémica reunião entre dois oficiais russos e o Presidente dos Estados Unidos. Donald Trump, que reuniu com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia (Sergey Lavrov) e o embaixador russo no país (Sergey Kislyak), está a ser acusado de revelar informações alegadamente confidenciais aos russos, recolhidas por Israel.

Numa conferência de imprensa esta quarta-feira, após reunir com o primeiro-ministro de Itália, o Presidente russo disse, citado pelo Russia Today: “Se a administração dos EUA considerar possível, estamos preparados para fornecer ao Senado e ao Congresso a transcrição da conversa entre Lavrov e Trump.” Face a estas declarações, o Kremlin apressou-se a clarificar que não tem qualquer gravação em áudio da reunião, mas sim a transcrição.

"Se a administração dos EUA considerar possível, estamos preparados para fornecer ao Senado e ao Congresso a transcrição da conversa entre Lavrov e Trump.”

Vladimir Putin

Presidente da Rússia

A reunião em causa aconteceu na semana passada na Casa Branca, no dia antes de Donald Trump despedir James Comey, o diretor do FBI. As informações “altamente confidenciais” que Trump revelou na reunião dizem respeito ao Estado Islâmico e à intenção dos terroristas de usarem computadores portáteis em voos comerciais. Trump confirmou ter revelado a informação, mas não reconheceu ser ou não confidencial. Disse apenas que quer que a Rússia “avance bastante na sua batalha contra o ISIS [Estado Islâmico] e o terrorismo”.

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Donald Trump suspeito de tentar influenciar o FBI

Uma nota escrita por James Comey revela que Trump lhe pediu para parar as investigações ao ex-conselheiro Michael Flynn, incorrendo num crime de obstrução à Justiça. Casa Branca desmente as acusações.

O Presidente Donald Trump intercedeu junto de James Comey para que o FBI cessasse a investigação a Michael Flynn, ex-conselheiro de segurança nacional. A informação consta numa nota escrita por Comey pouco depois da reunião na Sala Oval da Casa Branca, cujo conteúdo, em parte, chegou agora à comunicação social. Comey era diretor do FBI e foi recentemente despedido pelo próprio Presidente.

A notícia foi avançada pelo The New York Times [acesso condicionado] que, apesar de não ter tido acesso direto à nota, teve duas fontes que lhe deram a conhecer parte do conteúdo. Conteúdo esse que pode ser uma prova de que Donald Trump tentou influenciar diretamente o FBI e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, incorrendo num possível crime de obstrução à Justiça. As autoridades têm vindo a investigar as alegadas ligações entre Trump e a Rússia.

Ao que tudo indica, Trump terá iniciado a reunião dizendo que o FBI deveria prender os jornalistas que publicam informação confidencial na comunicação social. Depois, falou de Michael Flynn: “Espero que possa deixar passar isto, deixar passar o Flynn”, terá dito Trump a Comey nessa reunião. E acrescentou: “Ele é um bom tipo. Espero que possa deixar isto passar.” O antigo diretor do FBI terá respondido, de acordo com o jornal: “Concordo que ele é um bom tipo.”

A Casa Branca apressou-se a negar a informação: “Apesar de o Presidente ter expresso repetidamente a ideia de que o General Flynn é um homem decente que serviu e protegeu o nosso país, o Presidente nunca pediu ao Sr. Comey ou a ninguém que cessasse qualquer investigação, incluindo a investigação que envolve o General Flynn.” O comunicado reitera que Trump tem “o máximo respeito” pelas autoridades e “por todas as investigações”. No final, lê-se: “Esta não é uma forma verdadeira ou rigorosa de descrever a conversa entre o Presidente e o Sr. Comey.”

Sabe-se agora que Comey terá registos de todas as conversas que teve com Donald Trump, segundo as duas fontes do The New York Times. Desconhece-se, porém, se o ex-diretor do FBI as revelou ao Departamento de Justiça.

Informação revelada aos russos veio de Israel

O despedimento de Comey gerou polémica desde o primeiro instante. Não só por existirem versões contraditórias relacionadas com a decisão (por exemplo, a Casa Branca justificou a decisão do Presidente com pareceres dos conselheiros e, depois, Trump disse que já estava a pensar nisso antes) como porque, no dia anterior, houve uma reunião na Sala Oval com dois oficiais russos: um ministro e um embaixador. Recorde-se que o FBI estará a investigar as ligações do Presidente ao país de Vladimir Putin.

Reunião essa que causou polémica por si só. Como o ECO noticiou esta terça-feira, o Presidente revelou informações alegadamente confidenciais sobre a intenção dos terroristas do Estado Islâmico de usarem computadores portáteis em voos comerciais (desconhece-se a informação em concreto). Uma das incógnitas, até agora, era sobre a origem dessa informação, que se sabia apenas ter vindo de um aliado dos Estados Unidos. O principal problema prendia-se com o facto de, ao revelar a informação as russos, Donald Trump poderia abrir caminho para que essa origem acabasse por ser revelada.

E assim foi. Três oficiais israelitas confirmaram à CNBC [acesso gratuito] que a informação foi obtida por Israel. Benjamin Netanyahu não reagiu até ao momento, mas o embaixador israelita Ron Dermer disse que o país tem “plena confiança na relação de partilha de informação com os Estados Unidos e espera aprofundar essa mesma relação nos próximos anos sob a alçada do Presidente Trump”.

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Trump atira euro para máximos de meio ano

Polémica de partilha de informação entre Presidente americano e russos dá força ao euro. Moeda única já negoceia no nível mais elevado desde novembro do ano passado.

A partilha de informação confidencial entre Donald Trump e a Rússia está a atirar o euro para o valor mais alto desde as eleições norte-americanas, em novembro.

O euro ganha 1% para os 1,11 dólares, depois das notícias de que o Presidente norte-americano divulgou junto de dois oficiais russos informações que dizem respeito ao Estado Islâmico e estarão relacionadas com o uso de computadores portáteis em aviões de passageiros, segundo o Washington Post. Por causa do nervosismo dos investidores com esta nova polémica com Trump, a moeda norte-americana segue pressionada face às principais divisas mundiais.

A história entre Trump e a Rússia “está a condicionar o dólar perante a perspetiva de que Trump não estará disponível durante os próximos tempos para avançar com a reforma fiscal, o que esteve em parte na base da valorização do dólar”, referiu Adam Cole, estratego cambial da RBC Capital Markets.

Trump deixa euro nas alturas

Fonte: Bloomberg (valores em dólares)

Do lado da moeda única, o euro tem estado em alta sobretudo depois da vitória de Emmanuel Macron nas eleições Presidenciais francesas, que reforçou o otimismo dos investidores em torno do projeto europeu e de maior integração no bloco da zona euro.

De resto, outro fator que pode estar por detrás desta apreciação do euro terá a ver com o leilão de obrigações francesas num montante de 30 mil milhões de euros, uma operação que terá concorrido para o aumento a procura da moeda única.

"(A história entre Trump e a Rússia) está a condicionar o dólar perante a perspetiva de que Trump não estará disponível durante os próximos tempos para avançar com a reforma fiscal, o que esteve em parte na base da valorização do dólar.”

Adam Cole

Estratego cambial da RBC Capital Markets

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Trump acusado de revelar informação confidencial aos russos

Donald Trump está a ser acusado de partilhar com dois oficiais russos informações altamente confidenciais recolhidas por um aliado dos Estados Unidos. Informações dizem respeito ao Estado Islâmico.

Donald Trump terá revelado informações altamente confidenciais a dois oficiais russos. Trata-se da nova polémica a envolver o controverso Presidente norte-americano, já por várias vezes acusado de manter ligações com a Rússia. Alegadamente, as informações dizem respeito ao Estado Islâmico e estarão relacionadas com o uso de computadores portáteis em aviões de passageiros. A notícia foi avançada pelo The Washington Post [acesso pago].

Os oficiais russos em causa são o ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergey Lavrov, e o embaixador da Rússia nos Estados Unidos, Sergey Kislyak. A reunião em causa decorreu na Sala Oval da Casa Branca na semana passada, e estava já a gerar controvérsia por ter acontecido na segunda-feira, um dia antes de Trump despedir o diretor do FBI, James Comey. Donald Trump não terá revelado, ainda assim, a origem da informação.

O secretário de Estado Rex Tillerson explicou que, na reunião, “foi discutido um conjunto alargado de assuntos, entre os quais os esforços conjuntos e as ameaças relacionadas com contraterrorismo”. “Durante essa reunião, a natureza de ameaças específicas foi discutida, mas não foram divulgaram fontes, métodos ou operações militares”, acrescentou o governante.

"Durante essa reunião, a natureza de ameaças específicas foi discutida, mas não foram divulgaram fontes, métodos ou operações militares.”

Rex Tillerson

Secretário de Estado norte-americano

No entanto, segundo o The Guardian [acesso gratuito], não é isso que está em causa. É que, ao partilhar algumas informações em causa, está potencialmente a pôr uma fonte em risco. As informações foram partilhadas com os Estados Unidos por um aliado que não deu consentimento para que essas informações fossem partilhadas com a Rússia, de acordo com o jornal britânico.

Nos Estados Unidos, o caso está a provocar várias reações. O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, disse que se a notícia for verdadeira, é “muito perturbadora”. “Revelar informação confidencial a este nível é extremamente perigoso e põe em risco a vida de americanos e dos que recolhem informação para o nosso país”, acrescentou. O Comité Nacional Democrata disse também, em tom irónico: “A Rússia já não precisa de nos espiar para ter informação — basta perguntar ao Presidente.”

"A Rússia já não precisa de nos espiar para ter informação — basta perguntar ao Presidente.”

Comité Nacional Democrata

em comunicado

Mas a opinião é diferente do outro lado da barricada. Herbert McMaster, conselheiro de Donald Trump em matéria de segurança nacional, disse que o Presidente apenas “reviu ameaças comuns de organizações terroristas para incluir ameaças à aviação”. Acrescentou que “em momento algum foram discutidas fontes da informação, nem quaisquer operações militares foram reveladas que não fossem já do conhecimento público”. Mais tarde, concluiu: “Eu estava na sala. Não aconteceu.” Um caso que está a fazer correr muita tinta do outro lado do Atlântico.

Trump confirma, Kremlin desmente

Entretanto, Donald Trump reagiu à polémica no Twitter e disse: “Enquanto Presidente, quis partilhar com a Rússia (numa reunião aberta agendada na Casa Branca), o que tenho todo o direito a fazer, alguns factos relacionados com terrorismo e segurança nos voos. Razões humanitárias, além de que quero que a Rússia avance bastante na sua batalha contra o ISIS [Estado Islâmico] e o terrorismo.”

Trump não indica, ainda assim, se essa era ou não informação confidencial. Em contrapartida, uma porta-voz do ministério russo dos Negócios Estrangeiros negou que Donald Trump tenha revelado informação confidencial aos oficiais russos. A informação foi avançada pela AP.

(Notícia atualizada às 12h32 com mais informação)

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Primeira vitória de Trump para acabar com Obamacare

  • Margarida Peixoto
  • 4 Maio 2017

Donald Trump conseguiu reunir os votos necessários para passar na Câmara dos Representantes o projeto de lei que visa substituir o Obamacare. A próxima batalha, vista como impossível, será o Senado.

Foi a primeira vitória de Donald Trump contra o Obamacare. O Presidente dos Estados Unidos conseguiu esta quinta-feira aprovar o projeto-lei que visa acabar com o sistema de saúde que tinha sido implementado pelo anterior Presidente, Barack Obama. O novo American Health Care Act foi aprovado na Câmara dos Representantes com 217 votos. Mas para chegar ao terreno ainda tem de ser validado pelo Senado, o que parece altamente improvável.

Com este projeto-lei, Trump pretende substituir o Obamacare, mas os planos para o novo sistema de saúde estão a gerar polémica, na sequência de uma série de relatórios que alertam para o risco de milhões de cidadãos ficarem sem acesso a qualquer proteção.

Esta quinta-feira, 20 republicanos votaram contra o American Health Care e nenhum democrata o apoiou, segundo a Bloomberg. Mesmo assim, a proposta de Trump passou na Câmara dominada pelos republicanos.

Poucos minutos antes da votação, Trump dava conta no Twitter da atenção com que seguia os desenvolvimentos na Câmara dos Representantes. “Estou a ver os Democratas a tentar defender o ‘pode manter o seu médico, pode manter o seu plano e o prémio [do seguro] vai descer.’ Mentira do Obamacare”, escrevia o Presidente dos Estados Unidos.

Pouco depois, mas ainda antes de serem conhecidos os resultados, anunciava: “Se vencerem, os Republicanos darão uma grande conferência de imprensa no bonito Jardim da Rosa da Casa Branca, imediatamente depois da votação.”

E, tal como prometido, Trump deu uma conferência de imprensa onde deixou clara a sua satisfação pela aprovação do diploma que promete colocar um ponto final no sistema de saúde implementado por Obama.

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Acordo garante financiamento dos EUA. Muro de Trump de fora

  • ECO
  • 1 Maio 2017

Em causa estão 1,1 biliões de dólares, que não poderão ser usados em muitas das medidas preconizadas por Donald Trump: é o caso do muro entre o México e os EUA.

Os líderes do Congresso norte-americano já chegaram a um acordo, garantindo assim o financiamento do Estado federal até final de setembro. Em causa está um pacote de 1,1 biliões de dólares que, de acordo com a Bloomberg, vai ao encontro de muitas prioridades dos Democratas mas rejeita a maior parte dos objetivos do presidente Trump.

É o caso do muro a separar os Estados Unidos do México, cujo financiamento foi rejeitado. Trump contará com 1,5 mil milhões de dólares para a segurança de fronteiras, mas não poderá usar este dinheiro para a construção do muro, nem para o reforço de agentes de imigração.

Por outro lado, estão previstas verbas para planeamento familiar, apesar de os Republicanos já terem vindo defender o fim do financiamento de entidades que realizam abortos ou dão informação sobre a interrupção voluntária da gravidez.

O presidente Donald Trump pode agora apontar para um reforço de 15 mil milhões de dólares para o Pentágono, ainda assim abaixo dos 30 mil milhões pedidos. Daquele valor, 2,5 mil milhões dependem de um novo plano para combater o auto-proclamado Estado Islâmico, adianta a Bloomberg.

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Trump diz a líder norte-coreano que “tem de se portar bem”

  • Lusa
  • 17 Abril 2017

Presidente norte-americano avisa que "terminou a era da paciência estratégica" no dia em que Mike Pence, de visita à Coreia do Sul, se deslocou à zona desmilitarizada que faz fronteira com o Norte.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, advertiu esta segunda-feira o líder norte-coreano de que “tem de se portar bem”, enquanto o vice-Presidente dos EUA avisou, na Coreia do Sul, que “terminou a era da paciência estratégica”.

Prosseguindo com a troca de ameaças dos últimos dias, o vice-embaixador norte-coreano junto das Nações Unidas acusou os Estados Unidos de transformarem a península coreana no “ponto mais quente do mundo” e de criar uma “situação perigosa em que uma guerra termonuclear pode rebentar a qualquer momento”.

A visita do vice-Presidente norte-americano à tensa Zona Desmilitarizada Coreana, que separa as Coreias do Norte e do Sul, marca o início de uma visita de dez dias de Mike Pence à Ásia, e pretende vincar a posição dos Estados Unidos.

Na deslocação à zona, Mike Pence fitou os soldados norte-coreanos de frente, através de uma fronteira marcada por arame farpado.

Enquanto Pence recebia informações dos militares perto da linha de demarcação, dois soldados norte-coreanos observavam-no, a uma curta distância, enquanto um deles tirava várias fotografias ao político norte-americano.

Pence disse aos jornalistas que o Presidente Donald Trump tem esperança que a China utilize a sua influência para pressionar o Norte a abandonar o programa de armamento, um dia depois de Pyongyang ter falhado uma tentativa de lançar um míssil.

No entanto, o vice-Presidente norte-americano demonstrou impaciência face à resistência do regime liderado por Kim Jong-Un para abandonar as armas nucleares e mísseis balísticos.

Recordando que já passaram 25 anos desde que Washington confrontou, pela primeira vez, a Coreia do Norte sobre as suas tentativas para construir armas nucleares, Pence comentou que se seguiu um período de paciência.

“Mas a era da paciência estratégica acabou”, declarou.

“O Presidente Trump deixou claro que a paciência dos Estados Unidos e dos nossos aliados nesta região se esgotou e nós queremos ver mudanças. Queremos ver a Coreia do Norte a abandonar o seu percurso imprudente no que toca às armas nucleares. Além disso, o seu uso contínuo e testes de mísseis balísticos é inaceitável”, afirmou.

"O Presidente Trump deixou claro que a paciência dos Estados Unidos e dos nossos aliados nesta região se esgotou e nós queremos ver mudanças. Queremos ver a Coreia do Norte a abandonar o seu percurso imprudente no que toca às armas nucleares. Além disso, o seu uso contínuo e testes de mísseis balísticos é inaceitável.”

Mike Pence

Vice-Presidente norte-americano

O próprio Presidente norte-americano reforçou a mesma mensagem, na Casa Branca.

Quando questionado por um jornalista da CNN sobre que mensagem tem para Kim Jong-Un, Trump respondeu: “Tem de se portar bem”.

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