CEO da Fox doa um milhão a organização que luta contra nazis

  • ECO
  • 18 Agosto 2017

James Murdoch, filho de Rupert Mudoch, está preocupado com a reação do Presidente norte-americano à violência em Charlotesville. Vai doar um milhão a uma organização que luta contra discriminação.

James Murdoch, presidente executivo da Twenty-First Century Fox.Alessia Pierdomenico/Bloomberg

James Murdoch, presidente-executivo da Twenty-First Century Fox e filho de Rupert Murdoch, também está preocupado com a reação de Donald Trump à violência em Charlottesville e, numa carta endereçada a amigos, revelou que vai fazer um donativo de um milhão de dólares a uma organização não-governamental que luta contra a discriminação religiosa e racial.

De acordo com o The New York Times, citando a missiva, James Murdoch afirmou que “resistir aos nazis é essencial”, considerando que donativo à Anti-Defamation League, uma instituição de cariz religioso com missão de promover igual tratamento entre todos, vem ajudar “uma força extraordinária para a vigilância e força face ao fanatismo”.

“A presença de ódio na sociedade foi destapada enquanto vimos as suásticas desfilarem nas ruas de Charlottesville e os atos de terrorismo brutal e de violência perpetrados por uma multidão racista”, disse o filho do magnata Rupert Murdoch, considerado um aliado próximo do Presidente norte-americano.

"A presença de ódio na sociedade foi destapada enquanto vimos as suásticas desfilarem nas ruas de Charlottesville e os atos de terrorismo brutal e de violência perpetrados por uma multidão racista.”

James Murdoch

CEO da Twenty-First Century Fox

“Eu não acredito que até tenho de escrever isto: resistir aos nazis é essencial; não há bons nazis. Ou membros do KKK, ou terroristas. Democratas e republicanos e outros têm de estar todos de acordo em relação a isto”, sublinhou James Murdoch.

A carta e o donativo do CEO Twenty-First Century Fox surgem numa altura em que muitos dos líderes empresariais procuram distanciar-se do Presidente norte-americano.

Além de ter demorado a reagir à manifestação de extrema-direita que juntou supremacistas brancos, neonazis e outros grupos ligados à intolerância racial nas ruas daquela localidade do estado da Virginia, as palavras de Trump também não foram bem recebidas. Trump falou em “muito boas pessoas” em ambos os lados da manifestação.

Também o CEO da Apple revelou na quarta-feira que a empresa vai doar um milhão de euros ao Southern Poverty Law Center e à Anti-Defamation League, que combatem grupos de ódio.

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Trump admite ação militar na Venezuela

  • ECO
  • 12 Agosto 2017

"Temos muitas opções para a Venezuela, incluindo uma possível opção militar, se for necessário", disse Donald Trump, numa escalada de tom contra o regime de Nicolás Maduro.

O Presidente norte-americano, Donald Trump ameaçou, na sexta-feira, avançar com uma intervenção militar contra a Venezuela. Uma subida de tom surpreendente contra o regime do Presidente venezuelano Nicolás Maduro e contra a crise política que se Caracas e que Trump classificou de “loucura”.

“Temos muitas opções para a Venezuela. É um país vizinho. Estamos em todo o mundo. Temos tropas em todo o mundo em locais muito longínquos. A Venezuela não fica muito longe. E as pessoas estão a sofrer e a morrer. Temos muitas opções para a Venezuela, incluindo uma possível opção militar, se for necessário”, disse Trump, citado pela Reuters (conteúdo em inglês), ladeado pelo chefe da diplomacia americana.

Entretanto o Pentágono já garantiu que não recebeu qualquer ordem por parte do Chefe de Estado para avançar com esta “opção militar” e que as suspeitas de uma eventual invasão da Venezuela são infundadas. Mas Trump foi claro: “Uma opção militar é algo que poderemos certamente levar a cabo”, disse, acrescentando, contudo que não pode falar sobre o tema, quando questionado se a operação militar seria liderada pelos Estados Unidos.

Em Caracas a ameaça foi recebida como um novo apoio à oposição que contesta o Governo de Maduro e rejeita a eleição da nova Assembleia Nacional Constituinte que está a usurpar o poder substituindo o Parlamento eleito democrático e que visa alterar a Constituição e reforçar o poder do Presidente. O ministro venezuelano da Defesa, Vladimir Padrino, classificou a ameaça de “um ato de loucura”. As autoridades venezuelanas há muito que acusam os EUA de estarem a planear uma invasão. Um antigo general disse à Reuters, no início do ano, que alguns mísseis foram colocados ao longo da costa do país precisamente para essa eventualidade.

A Casa Branca disse que o Presidente venezuelano solicitou uma chamada telefónica com Trump, na sexta-feira, avança a Reuters, mas que foi recusada, com o comentário de que Tump falaria, de bom grado, com Maduro quando a democracia voltar a ser reinstaurada no país.

Nações da América Latina preparam censura escrita a Trump

As nações da América Latina, lideradas pelo Peru estão a negociar uma repreensão por escrito ao Presidente norte-americano, depois de este ter tido que estava a ponderar uma “opção militar” relativamente à Venezuela.

O Peru foi o primeiro país a condenar a ameaça de Trump de resolver a crise politica e social na Venezuela através do uso da força e está, segundo a Reuters (conteúdo em inglês), a negociar com outras nações da região uma resposta por escrito. A informação foi avançada pelo ministro peruano dos Negócios Estrangeiros, Ricardo Luna, numa declaração enviada em exclusivo para a Reuters este sábado.

Notícia atualizada às 16h46 com a resposta das nações latino-americanas

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Baixa inflação ajuda a esquecer Trump. Wall Street recupera

Perspetiva de manutenção dos juros da Fed depois da baixa taxa de inflação nos EUA ajudou os investidores a esquecer Trump e a crise com a Coreia do Norte. Wall Street recupera.

Depois de dois dias de intensa pressão vendedora, Wall Street registou esta sexta-feira algumas tréguas dos investidores, ainda que Donald Trump tenha voltado a aquecer o tom das ameaças em relação à Coreia do Norte. Ajudaram os fracos números da inflação que deverão condicionar eventuais apertos na política monetária da Reserva Federal norte-americana.

Se a sessão de quinta-feira trouxe as maiores perdas em quase três meses, a última sessão da semana trouxe alguma recuperação. O índice de referência mundial S&P 500 somou 0,13%. Foi acompanhado pelo industrial Dow Jones e pelo tecnológico Nasdaq, que ganharam 0,07% e 0,64%, respetivamente. Estes desempenhos não foram ainda assim suficientes para travar perdas no acumulado da semana.

Ao discurso do “fogo e fúria”, o Presidente norte-americano repetiu a ameaça esta sexta-feira na sua conta de Twitter: “As soluções militares estão agora preparadas, bloqueadas e carregadas”. Donald Trump reagia assim à indicação de Pyonyang de que está a finalizar os planos para lançar quatro mísseis na ilha de Guam, onde os EUA têm interesses militares.

A escalada das tensões entre Washington e Pyongyang trouxe consequências para as bolsas. Houve uma fuga ao risco em direção a ativos de maior segurança, como o ouro.

“Surgiram sinais de recuperação nos mercados acionistas esta sexta-feira, apesar de os investidores necessitarem de mais dois dias para avaliarem qualquer novidade geopolítica que poderá acontecer no fim de semana”, referiu Robert Phipps, da Per Stirling Capital Management, à agência Reuters. “Se os resultados empresariais continuarem sólidos e as taxas de juro permanecerem baixas, os investidores conseguirão olhar para lá da Coreia do Norte”, explicou ainda.

No plano empresarial, destaque para as ações do Snap, dona da rede social de mensagens instantâneas Snapchat. Afundaram 14% para 11,83 dólares depois de a empresa ter apresentado resultados abaixo do esperado no segundo trimestre.

"Surgiram alguns sinais de recuperação nos mercados acionistas esta sexta-feira, apesar de os investidores necessitarem de mais dois dias para avaliarem qualquer novidade geopolítica que poderá acontecer no fim de semana.”

Robert Phipps

Per Stirling Capital Management

O Departamento do Trabalho revelou esta sexta-feira que o índice de preços no consumidor subiu 0,1% em julho, ficando aquém dos 0,2% esperados pelos economistas sondados pela Bloomberg. Dados que fizeram baixar as expectativas do mercado em relação a uma subida da taxa de juro em dezembro.

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Medo dispara em Wall Street com tensão norte-coreana

S&P 500 registou a pior sessão em quase três meses. Medo dominou sentimento nas bolsas norte-americanas. Depois do "fogo e fúria", Donald Trump avisou que não foi demasiado duro com Pyongyang.

Com o S&P 500 a registar a primeira queda superior a 1% em quase três meses, o índice do medo em Wall Street registou esta quinta-feira o maior disparo desde meados do maio passado, em reflexo da situação de nervosismo dos investidores por causa da escalada das tensões entre Washington e Pyongyang.

A aversão ao risco nos mercados surge depois de a Coreia do Norte ter revelado que está a finalizar os planos para lançar quatro mísseis na ilha de Guam, onde os EUA têm interesses militares. Esta quinta-feira Donald Trump declarou publicamente que talvez não tenha sido demasiado duro quando ontem ameaçou os norte-coreanos com “fogo e fúria” caso o tom de Pyongyang se mantenham.

O índice de referência mundial, o S&P 500, perdeu 1,45% para 2.438,21 pontos. Também o industrial Dow Jones e o tecnológico Nasdaq cederam 0,93% e 2,13%, respetivamente. O índice VIX, que mede a volatilidade das cotações do S&P 500 em reflexo do nervosismo dos investidores, disparou 46% para o valor mais elevado desde abril.

Medo dispara em Wall Street

Fonte: Bloomberg

“Já estávamos à espera de uma pequena correção. E quando isso acontece, haverá sempre alguma coisa que acontece no mundo que deixa os investidores nervosos. Uma coisa que dá aos investidores uma desculpa mental para vender. O que está a acontecer com a Coreia do Norte é o suficiente para isso acontecer”, explicava o analista Matthew Peterson, da LPL Financial, à agência Reuters.

“Embora acredite que o mercado vá corrigir entre 5% a 7%, não acho que seja o início do bear market“, referiu ainda.

"Embora acredite que o mercado vá corrigir entre 5% a 7%, não acho que seja o início do bear market.”

Matthew Peterson

LPL Financial

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“Fúria e fogo” enervam Wall Street

Tensão entre Washington e Pyongyang atira bolsas norte-americanas para o vermelho. Donald Trump fala em "fúria e fogo" contra Coreia do Norte perante ameaças contra interesses dos EUA em Guam.

“Fogo e fúria”. As palavras de Donald Trump em relação à Coreia do Norte não foram muito bem recebidas nem por Pyongyang nem pelos investidores. Do lado norte-coreano, seguiu-se de imediato uma ameaça de ataque à ilha de Guam, no Pacífico, onde está uma base militar norte-americana. Para as bolsas, o aumento do risco geopolítico pesou no comportamento das ações. Wall Street seguiu as pisadas da Europa, embora com perdas mais contidas.

O índice de referência mundial S&P 500 perdeu 0,04%, acompanhado do industrial Dow Jones e do tecnológico Nasdaq, que cederam 0,34% e 0,28%, respetivamente. No caso do Dow Jones, o índice vinha numa série imparável de ganhos que terminou ontem por causa desta escalada de tensões entre Washington e Pyongyang.

“Os riscos geopolíticos foram um balde de água fria para os mercados”, referiu J. J. Kinahan, estratega da TD Ameritrade. “Há incerteza e cautela com os investidores nervosos e de olhos postos nas próximas movimentações de política externa”, acrescentou este responsável à agência Reuters.

A maior aversão ao risco traduziu-se num movimento de refúgio dos investidores em ativos considerados de abrigo em situações de incerteza. O ouro, por exemplo, valoriza mais de 1% para 1.275,48 dólares por onça.

Através da sua conta de Twitter, Donald Trump avisou que a sua primeira ordem dada enquanto Presidente dos EUA foi a de renovar e modernizar o arsenal nuclear norte-americano. “Está agora mais forte e mais poderoso do que nunca”, escreveu Trump. No tweet seguinte, deixou a mensagem de que espera nunca vir a ser necessário recorrer a estas armas.

"Os riscos geopolíticos foram um balde de água fria para os mercados. Há incerteza e cautela com os investidores nervosos e de olhos postos nas próximas movimentações de política externa.”

J. J. Kinahan

TD Ameritrade

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Dow Jones supera os 22 mil pontos pela primeira vez

Wall Street arrancou em alta esta quarta-feira com o índice industrial a quebrar a barreira psicológica dos 22 mil pontos. Apple dispara 6%.

Dia de recordes nas bolsas norte-americanas. Pela primeira vez na história, o índice industrial Dow Jones superou a fasquia dos 22 mil pontos, num dia em que as atenções dos investidores estão igualmente centradas na Apple. A tecnológica apresentou resultados robustos. E as ações disparam 6% em Wall Street.

Com um avanço de 0,34%, o Dow Jones chegou a atingir os 22.034,32 pontos, o nível mais elevado de sempre para este índice industrial. Era a Apple que mais puxava por este registo. A fabricante do iPhone apresentou receitas de 45,4 mil milhões de dólares no último trimestre, as vendas do seu smartphone de bandeira voltaram a registar números sólidos, descansando os investidores relativamente a um eventual abrandamento das vendas face ao aumento da concorrência. Os títulos da Apple disparam 6,19% para 159,58 dólares.

O marco não passou despercebido na Casa Branca. Ainda esta terça-feira, Donald Trump dava conta desse acontecimento.

“O mercado acionista pode atingir um novo máximo de sempre (outra vez) nos 22 mil pontos hoje. Estava nos 18 mil pontos há apenas seis meses…”, escreveu o Presidente norte-americano na sua conta de Twitter.

Ao mesmo tempo, também o tecnológico Nasdaq soma 0,21%. E o índice de referência mundial S&P 500 avança 0,09% para 2.478,57 pontos.

“Os investidores estão completamente imunes a todo o drama que está a acontecer em Washington. Se olharmos para o desempenho do Dow Jones, parece que tudo está bem”, referiu Naeem Aslam, analista da Think Markets, à Reuters.

Dow Jones supera os 22 mil pontos

Fonte: Bloomberg

“Quanto aos resultados empresariais, tem tudo a ver com a Apple. A grande notícia é a produção do iPhone 8, o principal produto da tecnológica vai chegar ao mercado a tempo e sem problemas sobre a sua produção”, explicou.

A temporada de resultados em Wall Street tem superado as estimativas dos analistas. Dois terços das empresas o S&P 500 já reportaram contas até hoje e 72% delas bateram as expetativas do mercado, de acordo com os dados da Thomson Reuters.

(Notícia atualizada às 15h00)

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Donald Trump: A Casa Branca é uma autêntica lixeira

  • Lusa
  • 2 Agosto 2017

O Presidente norte-americano disse a membros do seu clube de golfe em Nova Jérsia que passava tanto tempo fora de Washington porque a Casa Branca era uma “autêntica lixeira”.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, disse a membros do seu clube de golfe em Nova Jérsia que passava tanto tempo fora de Washington porque a Casa Branca era uma “autêntica lixeira”.

A Casa Branca não respondeu a um pedido de comentário da agência AP sobre a notícia, que apareceu num extenso artigo colocado no sítio da internet golf.com. A história sobre o gosto de Trump pelo golfe também apareceu na revista Sports Illustrated.

No texto conta-se um episódio no qual Trump está a trocar impressões com alguns membros do clube. O atual Presidente dos EUA disse-lhes que aparece tantas vezes na sua propriedade em Bedminster, no Estado de Nova Jérsia, porque “a Casa Branca é uma autêntica lixeira”.

Trump passou praticamente todos os fins de semana da sua presidência a visitar várias propriedades que possui ou tem arrendado, incluindo Bedminster.

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Porta-voz de Donald Trump demite-se

Sean Spicer, até agora porta-voz de Donald Trump, vai sair da Casa Branca. Esta sexta-feira de manhã pediu a demissão ao presidente dos Estados Unidos.

O atual porta-voz da Casa Branca apresentou esta sexta-feira de manhã a sua demissão em Washington, avança o The New York Times. Em causa está o desacordo com a opção de Donald Trump de contratar Anthony Scaramucci como diretor de comunicação. Sean Spicer era o porta-voz de Trump desde janeiro deste ano, altura em que o atual presidente dos Estados Unidos tomou posse.

Segundo o jornal norte-americano, Trump ofereceu o cargo a Scaramucci esta manhã e pediu a Sean Spicer para ficar, mas este recusou-se por discordar desse passo. A nomeação surge dois meses depois da saída do ex-diretor de comunicação, Mike Dubke. O NYT conta que o atual chefe de gabinete da Casa Branca era contra Scaramucci, mas Trump aprecia o investidor financeiro pela maneira como o defendeu na televisão por cabo norte-americana.

Contudo, há cerca de uma hora Sean Spicer partilhou no Twitter, na sua conta de porta-voz, o vídeo semanal de Donald Trump. Mas, na sua conta pessoal, Spicer não fez nenhuma publicação esta sexta-feira.

Desde janeiro que Sean Spicer tinha ganho protagonismo nos seus briefings diários em direto da Casa Branca, tendo existido vários momentos de conflitos com os jornalistas. Além disso, nas últimas semanas, Spicer deixou de dar a casa, optando por um lugar mais reservado. Sarah Huckabee Sanders passou a fazer os briefings, mas sem as câmaras de televisão ligadas.

A Associated Press, que também avança com a notícia, lembra que Sean Spicer é um nome antigo do Partido Republicano, referindo que foi assessor de imprensa do próprio partido, ajudou a campanha de Donald Trump e é próximo do chefe de gabinete da Casa Branca, Reince Priebus.

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O “grande e bonito” muro de Trump não cobrirá toda a área

A mais badalada promessa de Donald Trump feita durante a campanha vai ser reduzida a metade. O próprio presidente dos EUA admitiu que o muro não cobrirá toda a fronteira com o México.

A construção do muro na fronteira entre os Estados Unidos e o México já fez correr muita tinta. Donald Trump garante que são os mexicanos a pagar a fatura — o Estado ou as empresas –, mas propôs cortes duros na despesa norte-americana para poder financiar a construção do muro. Esta quinta-feira, no avião a caminho de Paris, o presidente dos Estados Unidos admitiu que o muro não vai cobrir toda a fronteira, avança a estação pública PBS.

Nas declarações mais assertivas que fez até agora sobre o muro, Donald Trump afirmou que o muro possa ter apenas entre 1.126 km e 1.448 km, em vez de cobrir toda a fronteira estimada em cerca de 3.218 km. Ou seja, uma das mais faladas promessas de campanha de Donald Trump — “o grande e bonito muro, com uma grande e bonita porta” — pode converter-se em metade do que inicialmente foi prometido.

O argumento de Trump é que não é necessário um muro tão grande dado que existem “barreiras naturais”. “Temos montanhas e alguns rios que são violentos”, identificou, referindo que “existem algumas áreas que são tão longe que não se vê pessoas a passar a fronteira aí”. Atualmente já existem 1,046 km de vedação na fronteira entre os EUA e o México.

O presidente dos Estados argumentou também que o muro terá de ser transparente. “Temos de ser capazes de ver para além do muro”, disse, referindo que os agentes de controlo fronteiriço têm de saber quem e que objetos estão do outro lado do muro. Trump reforçou ainda a ideia de que a fronteira será construída por razões de segurança.

Dada a recusa do Governo mexicano em pagar o muro, a Casa Branca anunciou em janeiro que estaria a preparar-se para aplicar um imposto aos bens mexicanos que entram nos EUA de 20%, colocando assim a fatura do lado das empresas. Trump já deu a ordem executiva para o muro ser construído e em fevereiro as autoridades norte-americanas iniciaram a procura de propostas “para o design e construção de vários protótipos de muros nas proximidades da fronteira dos Estados Unidos com o México”.

“Lamento e reprovo a decisão dos Estados Unidos de continuar a construção de um muro que há anos nos divide em vez de nos unir. O México não acredita em muros”, criticou o presidente mexicano também em janeiro, depois da atual administração norte-americana ter tomado posse. “O México oferece e exige respeito como a nação totalmente soberana que é”, disse Enrique Peña Nieto, indicando ainda que ordenou ao Ministério dos Negócios Estrangeiros que reforce as medidas de proteção aos mexicanos que se encontram nos Estados Unidos.

Segundo a Lusa, os congressistas republicanos decidiram incluir no OE do próximo ano os 1.600 milhões de dólares que a Casa Branca solicitou para construir um muro entre os Estados Unidos e o México. De acordo com o projeto divulgado na terça-feira, a proposta do Comité de Apropriações da Câmara dos Representantes também prevê 100 milhões de dólares (cerca de 87 milhões de euros) para a contratação de 500 agentes para as patrulhas fronteiriças e 185,6 milhões para um milhar de agentes migratórios.

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Trump deve mesmo substituir Yellen na Fed

  • ECO
  • 12 Julho 2017

O escolhido de Donald Trump para o maior banco central do mundo deverá ser Gary Cohn, ex-CEO do Goldman Sachs sem formação de economista -- falta saber se Cohn quer o lugar.

É cada vez mais certo que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não vai escolher Janet Yellen para um segundo mandato à frente da Reserva Federal, ou Fed, o banco central dos Estados Unidos. De acordo com o jornal Politico, Trump quer escolher Gary Cohn, ex-CEO do Goldman Sachs, para o lugar.

Segundo disseram ao Politico quatro fontes relacionadas com a questão, Trump não quererá reconduzir Janet Yellen para a liderança da Fed. A sua preferência recai sobre Gary Cohn, atual diretor do Conselho Económico Nacional da Casa Branca, segundo essas fontes. A escolha de Cohn pode não ser consensual, já que o ex-CEO da Goldman não tem background enquanto economista, e tem um passado ligado à ala esquerda. Há 40 anos que os dirigentes da Fed são todos economistas.

As fontes que falaram ao Politico em Washington D.C. revelaram que “o trabalho é de Gary se ele o quiser”, com um republicano a afirmar: “Eu creio que ele o quer”. Outra fonte afirmou que Gary Cohn receberia apoio fácil dentro do Congresso para ser confirmado para o lugar, já que “a maior parte dos membros conservadores gostam dele”.

No entanto, alguns acreditam que Gary Cohn prefere ficar na Casa Branca, onde é possível que lhe seja oferecido o cargo de Chief of Staff.

O trabalho de dirigir a Fed está num momento particularmente delicado, já que o banco central tem vindo a aumentar as taxas de juro com cautela. É um momento de transição para dar menos apoio à economia norte-americana.

Gary Cohn, atual diretor do Conselho Económico Nacional da Casa Branca, é tido como o possível sucessor de Janet Yellen. Andrew Harrer/Bloomberg

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Donald Trump deverá visitar Theresa May no próximo ano

  • ECO
  • 11 Julho 2017

O presidente dos Estados Unidos deverá visitar a primeira-ministra britânica no próximo ano. Na cimeira do G20 ambos fortaleceram os laços e a certeza de um acordo comercial rápido pós-Brexit.

Trump quer evitar uma visita marcada por protestos. Essa foi a razão que o levou a evitar o Reino Unido até ao momento dado que, mal se soube da intenção da visita, os britânicos manifestaram-se contra. Segundo avançam o Financial Times e a BBC, o presidente dos Estados Unidos deverá acabar por aterrar em solo britânico no próximo ano. Em vista está um acordo comercial entre os dois países assim que o Brexit aconteça oficialmente.

Casa Branca e Downing Street estão a negociar a data concreta da visita oficial, segundo a imprensa britânica. Theresa May já visitou Trump no início do ano. Nessa altura, Donald Trump disse que “ainda estão para vir grandes dias para os dois países”, não poupando elogios ao país que conseguiu decidir o seu futuro através da saída da União Europeia. May, por sua vez, foi mais institucional, tendo apresentado alguns pontos de concordância, como o terrorismo: haverá maior coordenação entre os países para derrotar o Estado Islâmico, “unindo esforços neste desafio.”

A Rainha Isabel II convidou Donald Trump para viajar até à Grã-Bretanha, mas o país mostrou o seu desagrado com uma petição contra a viagem assinada por dois milhões de britânicos. Em junho foi tornado público que Trump ligou a Theresa May e disse que não quer visitar o Reino Unido enquanto houver protestos. Recusando comentar aquilo que diz ser “especulação” sobre conteúdos de conversas telefónicas “privadas”, o gabinete da primeira-ministra adiantou que “a rainha dirigiu um convite ao presidente Trump e não há alteração a esses planos”.

Recentemente, Trump viu-se envolvido em mais uma polémica, depois de ter criticado — citando erradamente — o presidente da câmara de Londres, Sadiq Khan, pela sua resposta aos ataques na London Bridge e no Borough Market. Khan chegou mesmo a pedir ao Governo britânico para cancelar a visita de Trump.

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Japão junta-se à UE em resposta ao protecionismo de Trump

  • ECO
  • 1 Julho 2017

Nas vésperas do G-20, Japão e União Europeia estão a ultimar um acordo comercial. As negociações estão praticamente terminadas, sendo esta uma resposta dos dois blocos ao protecionismo dos EUA.

Japão e União Europeia estão prestes a firmar um acordo comercial. Nas vésperas do G20, as negociações entre ambos os blocos económicos estão a entrar na reta final, diz o Financial Times (acesso pago). Apesar da última reunião, realizada este sábado, não ter terminado com uma assinatura de ambos, foram feitos progressos em áreas sensíveis como o queijo e as peças para automóveis.

De acordo com a publicação financeira, responsáveis dos países europeus e nipónicos sinalizaram que os seus líderes políticos mostraram abertura para avançar com o acordo de comércio livre. A expectativa é de que esse acordo possa ser alcançado numa cimeira que terá lugar a 6 de julho, antes do G20, a 7 e 8 de julho, em Hamburgo.

“estamos quase lá”, diz Cecilia Malmström, a comissária europeia do Comércio, acrescentando que “há convergência suficiente para que os nossos representantes possam chegar a acordo na cimeira que se realizada na próxima semana“. “Houve progressos suficientes, mas há ainda assuntos pendentes”, disse Fumio Kishida, ministro dos Negócios Estrangeiros, mostrando um pouco mais de cautela.

A assinatura de um acordo entre os dois blocos seria vista como uma mensagem do Japão e da União Europeia aos EUA, nomeadamente a Donald Trump. É que o presidente norte-americano é um defensor do protecionismo, estando a implementar medidas no sentido de favorecer empresas que produzam nos EUA em desfavor de grupos internacionais que querem exportar para os EUA.

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