Tesouro quer entrar em 2017 com 40% da dívida já financiada
Na apresentação que está a fazer aos investidores sobre o Orçamento do Estado para 2017, o Tesouro acena com o pré-financiamento de 40% das necessidades previstas para o próximo ano.
O Tesouro português quer entrar em 2017 com cerca de 40% das necessidades de financiamento do ano já conseguidas. Este é um dos trunfos que o IGCP apresenta aos investidores, mostra uma nota da agência responsável pela gestão da dívida portuguesa, publicada esta sexta-feira.
O público-alvo é internacional: numa nota aos investidores, o IGCP reúne os números fundamentais do Orçamento do Estado para 2017. Desde as projeções para o cenário macroeconómico, até à evolução da dívida pública, e sem esquecer uma passagem sobre os números do défice (tanto em termos globais, como estruturais), a agência liderada por Cristina Casalinho apresenta, e fundamenta, as metas assumidas pelo Governo de António Costa.
Um dos trunfos é o pré-financiamento (repetindo a estratégia que tem sido seguida desde que o país saiu do programa de resgate da troika) de 6,5 mil milhões de euros, de um total de 16,5 mil milhões que são considerados imprescindíveis para o próximo ano.
As necessidades brutas de financiamento para 2017 estão avaliadas em 17,9 mil milhões de euros, mas este montante inclui 1,5 mil milhões de euros para o pagamento antecipado ao FMI. Ora, o IGCP explica que “quaisquer pré-pagamentos dos empréstimos do FMI estão dependentes das condições de mercado”. Por isso, só 16,5 mil milhões são considerados verdadeiramente imprescindíveis pelo Tesouro.
O IGCP adianta ainda que as necessidades líquidas de financiamento previstas para 2017 ficarão cerca de três mil milhões de euros abaixo das de 2016: são 9,6 mil milhões de euros, contra 12,3 mil milhões.
Os mais de nove mil milhões de euros servirão para cobrir o défice orçamental e outras aquisições líquidas de ativos financeiros.
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