Bons resultados das empresas dão força a Wall Street

Wall Street abriu em terreno positivo, animado pelos resultados de empresas como o Twitter. A rede social valorizava mais de 12% no arranque da sessão.

As bolsas norte-americanas abriram em terreno positivo esta quinta-feira, num dia de novas apresentações de resultados por parte de empresas como o Twitter e em que se oficializaram as intenções do Banco Central Europeu de cortar em metade as compras de ativos no ano que vem.

O S&P 500 avançava 0,28% a caminho dos máximos atingidos na última terça-feira, assim como o industrial Dow Jones, que era o que mais valorizava à hora de abertura, avançando 0,47% para perto das 23.440 pontos. Em contrapartida, o tecnológico Nasdaq abriu a recuar mas cedo recuperou, valorizando minutos após a abertura, na ordem dos 0,03%.

As apresentações de resultados pelas empresas continuam a ser dos principais temas a pautarem as negociações em Wall Street. Os holofotes incidiram nas contas do Twitter, que apresentou resultados que bateram as estimativas dos analistas. Entre elas, um incremento de 4% no número de utilizadores mensais ativos no trimestre acabado em setembro. Nem a notícia de que a empresa de Jack Dorsey andou a contar mal este número nos últimos três anos impediu as ações da companhia de valorizarem 12,78% para 19,33 dólares no arranque desta sessão.

A condicionar as negociações está também o oficializar da decisão do BCE de cortar para metade a compra de ativos no próximo ano, uma medida que já era antecipada pelos mercados. As atenções estão ainda viradas para as expectativas quanto ao nome que Donald Trump irá escolher para suceder a Jannet Yellen na liderança da Reserva Federal norte-americana.

Os investidores estão ainda à espera da divulgação do crescimento económico da maior economia do mundo, um dado que será revelado esta sexta-feira. Estima-se que o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos tenha crescido 2,6% no terceiro trimestre face ao período homólogo, uma desaceleração que está a ser explicada pelos analistas com os estragos provocados esta temporada pelos furacões Harvey e Irma.

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Brexit: Boris Johnson estará em Portugal amanhã

O Ministro dos Negócios Estrangeiros britânico terá vários encontros cujo foco será a relação entre Portugal e o Reino Unido após a saída da União Europeia, prevista para 2019.

Boris Johnson, o polémico Ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, vai estar em Portugal esta sexta-feira para se encontrar com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, mas também com o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e com empresários portugueses que fazem negócio no Reino Unido. O encontro foi promovido pela embaixada do Reino Unido em Portugal.

Esta sexta-feira o Museu da Eletricidade recebe Boris Johnson num encontro onde trocará impressões com empresários portugueses e onde estará Caldeira Cabral, segundo o Ministério da Economia, numa altura em que se continua a especular sobre quais serão as relações comerciais entre o Reino Unido e o resto da Europa.

No encontro estarão ainda várias personalidades portuguesas entre governantes, deputados, académicos, comentadores e dirigentes de empresas, de acordo com a embaixada britânica. Kirsty Hayes, a embaixadora do Reino Unido em Portugal, também estará presente. O encontro não é público.

O único vestígio público da visita de Boris Johnson a Portugal será o encontro bilateral com Augusto Santos Silva. No Ministério dos Negócios Estrangeiros, os dois homólogos vão discutir o processo negocial da saída do Reino Unido da União Europeia, mas também outros assuntos da agenda internacional.

Foi no início deste mês que a primeira-ministra britânica publicou um guia legislativo para o pós-Brexit. Uma vez que o Reino Unido perde grande parte da legislação em vigor com a saída da UE, os britânicos estão já a preparar-se para iniciar uma maratona legislativa. Em Bruxelas, as negociações continuam focadas no acordo final de saída e só depois serão discutidas as relações comerciais.

Numa entrevista ao The Sunday Times, também no início de outubro, Theresa May chegou a admitiu uma remodelação governamental, tendo apontado a possível saída de Boris Johnson do Executivo.

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Governo cria novo tipo de certificados de Tesouro

  • Margarida Peixoto
  • 26 Outubro 2017

O Conselho de Ministros aprovou um novo instrumento de poupança em dívida pública, os Certificados do Tesouro Poupança Crescimento. Mas decidiu suspender os Poupança Mais.

O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira um novo tipo de certificados do Tesouro para estimular a poupança dos cidadãos em instrumentos de dívida pública e decidiu suspender as novas subscrições de Certificados do Tesouro Poupança Mais.

O novo produto de poupança chama-se “Certificados do Tesouro Poupança Crescimento” e o Governo adianta que a sua remuneração está “alinhada com as atuais taxas de juro praticadas no mercado”.

“Este novo produto visa estimular a poupança de médio prazo e dinamizar o acesso dos cidadãos a instrumentos de dívida pública,” lê-se no comunicado do Conselho de Ministros.

O Executivo promete manter a “atratividade que tem caracterizado estes produtos” e aponta para a complementaridade entre estes novos Certificados do Tesouro e os Certificados de Aforro.

Na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do Conselho de Ministros, o secretário de Estado da Presidência, Tiago Antunes, não adiantou mais detalhes sobre o novo instrumento de poupança, e remeteu mais explicações para um comunicado que deverá ser enviado às redações pelo Ministério das Finanças.

Tal como o ECO já tinha avançado, os certificados do Tesouro deverão ficar com a taxa de remuneração cortada. Os novos certificados Poupança Crescimento deverão ter um juro mais baixo no primeiro ano, quando comparados com os anteriores Poupança Mais. Contudo, logo a partir do segundo ano deverão começar a pagar o bónus relativo ao desempenho da economia, enquanto os Poupança Mais só pagavam bónus a partir do quarto e quinto anos de aplicação.

(Notícia atualizada às 14h53)

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Governo cria sistema para apoiar economia das regiões afetadas pelos fogos de 15 de outubro

  • Margarida Peixoto
  • 26 Outubro 2017

O Conselho de Ministros decidiu ainda suspender as execuções fiscais durante seis meses nas regiões devastadas pelos fogos e uma linha de crédito de cinco milhões de euros para escoar a madeira.

Pedro Marques, ministro do Planeamento, e Capoulas Santos, ministro da Agricultura, anunciaram a aprovação de mais três medidas para as regioes afetadas pelos fogos.Paula Nunes / ECO 26 outubro, 2017

O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira um sistema de apoio à recuperação da atividade económica nas áreas afetadas pelos incêndios que devastaram o país este ano, com subsídios não reembolsáveis até 100 milhões de euros. Além disso, o Governo decidiu ainda suspender temporariamente as execuções fiscais naquelas regiões e criou uma linha de crédito para facilitar o escoamento da madeira.

Na véspera do debate sobre o relatório da Comissão Técnica Independente sobre os fogos de Pedrógão Grande e da região centro, o Executivo de António Costa deu luz verde a mais três medidas de reação às tragédias provocadas pelos incêndios. A 21 de outubro, num conselho de ministros extraordinário, o Governo já tinha aprovado medidas que atingiam cerca de 400 milhões de euros.

Sistema de apoio económico

Serão atribuídos subsídios não reembolsáveis, com um limite de dotação de 100 milhões de euros, para apoiar as empresas no regresso à atividade económica.

Haverá apoios específicos para as pequenas e médias empresas, com comparticipação de despesas até 70%, ou até 85%, no caso de valores de recuperação mais pequenos (até 285 mil euros).

Nos casos de valores de maior dimensão, está prevista a peritagem dos danos, explicou Pedro Marques, ministro do Planeamento, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do Conselho de Ministros. São elegíveis despesas com maquinaria, mas também com outros equipamentos afetados, como por exemplo material informático ou mesmo material circulante que tenha sido perdido. A recuperação das infraestruturas das empresas também está abrangida.

Os primeiros avisos de candidatura a estes subsídios deverão sair a 6 de novembro, mas a medida produz efeitos a 15 de outubro.

Conforme explicou Pedro Marques, esta medida vem complementar a linha de crédito de 100 milhões de euros que ficará disponível a 13 de novembro, bem como os 50 milhões de euros previstos no âmbito do sistema de inovação do Portugal 2020 e os 30 milhões de euros do âmbito da inovação emprego, mais orientado para empresas com muitos postos de trabalho.

O ministro do Planeamento explicou que os 100 milhões de euros disponibilizados agora para subsídios não reembolsáveis são financiados através do Orçamento do Estado e correspondem a verbas que resultam de subsídios atribuídos no passado às empresas e que, entretanto, já foram pagos. “O Governo tem agora a possibilidade de reinvestir estas verbas”, sublinhou Pedro Marques.

Suspensão temporária de execuções fiscais

O Governo decidiu suspender durante seis meses “os processos de execução fiscal em curso, bem como outros que venham a ser instaurados, no âmbito da Autoridade Tributária e Aduaneira e da Segurança Social.” A decisão é válida para os concelhos afetados pelos incêndios de 15 de outubro.

O objetivo da medida é dar tempo às empresas afetadas para a recuperação da sua atividade económica e evitar que a dificuldade de comunicações e de acesso à justiça prejudique ainda mais os empresários.

Linha de crédito para evitar “enorme abaixamento dos preços” da madeira

O Governo aprovou ainda uma linha de crédito garantida de cinco milhões de euros para os operadores económicos das fileiras silvo-industriais que se disponham a criar parques de receção de madeira queimada de resinosas, proveniente das regiões mais afetadas pelos incêndios florestais deste ano. A linha está disponível desde que os operadores adquiram a madeira a um preço previamente estabelecido.

Luís Capoulas Santos, ministro da Agricultura, não quis adiantar esta quinta-feira qual o valor em vista, remetendo a questão para um despacho posterior do Governo. Contudo, o governante explicou que a definição de um preço mínimo visa evitar que, “havendo agora um excesso de oferta, não haja um enorme abaixamento dos preços.” Capoulas Santos garantiu ainda que não haverá valor mínimo de quantidade de madeira armazenada para aceder à linha de crédito.

Tal como o ministro explicou, esta medida vem na sequência de outra linha de crédito de três milhões de euros destinada aos operadores que comercializem madeira, já anunciada. Capoulas Santos recordou também a disponibilização, esta semana, de 600 toneladas de rações disponibilizadas em cinco bases logísticas e os 10 milhões de euros disponíveis para o apoio à reposição do potencial produtivo de explorações agrícolas. Esta linha deverá estar acessível na próxima semana, disse o ministro.

Capoulas Santos anunciou ainda que o Governo decidiu uma outra linha de crédito de três milhões de euros para o financiamento de alimentos para animais de produtores de todo o continente. Esta medida visa ajudar os produtores a “responder à penúria de alimentos em virtude da seca”, explicou o ministro.

(Notícia atualizada às 15h16)

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“Votámos, aplica o resultado”, apelam os catalães

A multidão reúne-se enquanto aguardam as declarações de Puigdemont, que foram adiadas sem o anúncio de nova hora.

A multidão catalã reúne-se na praça de St. Jaume, em frente ao Palácio da Generalitat. Carles Puigdemont deveria fazer uma declaração ao 12h30, mas foi atrasada uma hora para depois ser suspensa por tempo indeterminado. A população acusa o Governo regional de traição e pede para que seja aplicado o resultado do referendo, no qual os catalães votaram a favor da independência.

“Votámos, aplica o resultado” e “Governo traidor, nem esquecimento nem perdão”, entoam os manifestantes em frente ao Palácio, onde esperam o discurso de Puigdemont.

Os estudantes catalães, que se manifestavam nas ruas contra a aplicação do artigo 155.º da Constituição, dirigiram os seus protestos ao governo regional assim que se soube a provável decisão de Puigdemont, que deverá convocar eleições antecipadas, adiando a declaração de independência. Pedem a “independência já” e acusam Puigdemont de ser “traidor“.

A Candidatura de Unidad Popular (CUP), um partido independentista catalão, diz que “convocar eleições significa retroceder. Não obedecer ao que as urnas expressaram no dia 1 de outubro”.

Em declarações nos corredores do Congresso, a porta-voz do PSOE, Margarita Robles, assegurou que se Puigdemont confirmar as eleições antecipadas o artigo 155.º não será aplicado “nem jurídica nem politicamente”. Considera a possível decisão uma “magnífica notícia” e um “triunfo da democracia” no sentido em que os cidadãos “se possam pronunciar livremente”.

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Draghi: “Programa não vai acabar de um momento para o outro”

O BCE vai passar a comprar menos dívida dos governos da Zona Euro a partir de janeiro até terminar em setembro do próximo ano. Acompanhe a conferência com Mario Draghi aqui em direto.

Nova era no Banco Central Europeu (BCE) com o início do fim dos estímulos monetários. A autoridade vai passar a comprar menos dívida dos governos da Zona Euro a partir de janeiro até terminar o programa em setembro do próximo ano.

Ainda assim, isto não significará uma retirada completa. Mario Draghi deixou a porta aberta à renovação do programa por mais tempo. Além disso, o BCE vai continuar a investir o dinheiro das obrigações que entretanto vencerem em novas compras depois de setembro de 2018.

Acompanhe a conferência de imprensa com Mario Draghi aqui em direto.

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Cristas propõe unidade de missão para reconstrução

  • Lusa
  • 26 Outubro 2017

Entre as medidas avançadas pela líder centrista encontra-se a "possibilidade de deduzir todas as despesas com o combate ao fogo e a reconstrução dos bens destruídos nos incêndios" no IRS.

A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, enviou ao primeiro-ministro uma carta acompanhada de 43 propostas dos centristas para “responder com justiça e rapidez às vítimas dos incêndios e garantir uma reconstrução rápida do tecido produtivo”.

“São propostas construtivas para responder com justiça e rapidez às vítimas dos incêndios e garantir uma reconstrução rápida do tecido produtivo, bem como medidas para reformas estruturais no ordenamento e na proteção do território“, lê-se na carta dirigida ao chefe de Governo.

A criação de uma Unidade de Missão para a Reconstrução, “dirigida por uma personalidade de reconhecimento nacional ou regional, que possa, com autonomia e comando, servir de facilitador na relação entre os privados e o Estado central ou local” é uma das 43 propostas elencadas num documento anexo à missiva enviada a António Costa.

Entre as medidas avançadas pela líder centrista, que serão apresentadas publicamente esta quinta-feira, encontra-se a “possibilidade de deduzir todas as despesas com o combate ao fogo e a reconstrução de todos os bens destruídos nos incêndios” na declaração de IRS relativa ao ano de 2017.

Na carta para o primeiro-ministro, que tem a data de 26 de outubro, Assunção Cristas refere que as medidas defendidas pelo CDS-PP contribuem para a reforma que todos têm de empreender, “recolhidas de relatórios e estudos, da análise dos erros e da leitura das recomendações, com o propósito de agir com determinação”, sendo ainda “fruto do trabalho no terreno, junto das populações”.

Mais medidas serão ainda apresentadas durante o debate do Orçamento do Estado para 2018, é ainda referido.

No ordenamento e gestão florestal, os centristas defendem o cumprimento das principais recomendações da Comissão Técnica Independente, como a de garantir, na elaboração dos Planos Regionais de Ordenamento do Território (PROF), com a diversificação ou compartimentação das manchas florestais, “quando possível, com adensamentos com outras espécies ou faixas de alta densidade com espécies de baixa inflamabilidade”, para um “efeito barreira”.

A mobilização e apoio dos proprietários para uma maior intervenção na floresta é outra das recomendações que o CDS-PP destaca, argumentando que, “para isso são fundamentais os incentivos a vários níveis: benefícios fiscais, mais forte intervenção das Zonas de Intervenção Florestal ou das Entidades de Gestão Florestal, um programa de apoio que contemple um prémio de perda de rendimento a quem planta com espécies com menor rentabilidade no curto prazo”.

O CDS-PP defende também um “plano anual de fogo controlado para gestão de combustíveis” e ações de sensibilização, que passem por “comunicar com as populações para os riscos, comportamentos adequados, segurança das suas atividades e procedimentos em caso da ocorrência de incêndio rural”, envolvendo a comunicação social e empresas de comunicação móvel para os avisos necessários.

A criação de “avisos obrigatórios associados a determinados quadros de risco, por exemplo, através de SMS ou mensagens gravadas para telefone fixo” são outras propostas.

Tal como haviam avançado no debate da moção de censura ao Governo, na terça-feira, os centristas reiteram medidas para as Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários, como “um novo programa de aquisição de equipamentos de proteção individual“, permitindo “a substituição dos adquiridos no período 2014-2015 quando terminar o seu tempo de vida útil”.

O CDS-PP defende ainda revisão da lei de financiamento das Associações Humanitárias detentoras de Corpos de Bombeiros, “no sentido do aumento do financiamento pela administração central, bem como da concretização dos pilares de financiamento municipal e privado, através dos concessionários de serviços públicos”.

A criação de um cartão social do bombeiro, “com vantagens que incentivem o voluntariado”, é outra das medidas propostas.

A reforma do modelo orgânico da Autoridade Nacional de Proteção Civil e a atribuição à Força Aérea da gestão, operação e manutenção dos meios aéreos, são outras propostas que o CDS-PP já tinha defendido no debate da moção de censura e que incluiu no documento enviado a António Costa.

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Twitter manipula número de utilizadores desde 2014

  • Juliana Nogueira Santos
  • 26 Outubro 2017

A empresa tem incluído no seu número de utilizadores mensais ativos os que são de aplicações de terceiros. Esta descoberta surge no trimestre em que os resultados parecem ter ganho outro fôlego.

Numa altura em que as estatísticas têm sido uma das maiores preocupações da Twitter, a canção do pássaro parece cada vez menos melodiosa. Esta quinta-feira, ao terem sido divulgados os resultados do terceiro trimestre do ano, a tecnológica admitiu que tem manipulado os números relativos aos utilizadores mensais desde 2014.

“Descobrimos que desde o quarto trimestre de 2014 temos incluído os utilizadores das aplicações de terceiros nos utilizadores mensais ativos do Twitter que não devem ser considerados como tal”, afirma o Twitter no seu relatório trimestral. Após ajustamentos — que, segundo a empresa, só podem ser feitos a partir o quarto trimestre de 2016 –, a rede social tem registado números de um a dois milhões abaixo do que tem divulgado.

Se o segundo semestre do ano tinha ficado marcado pela impossibilidade de a rede social acrescentar utilizadores, tendo mantido os 328 milhões de utilizadores mensais ativos do primeiro semestres, na realidade o Twitter perdeu cerca de um milhão de utilizadores, após ajustamentos. De março a junho, a rede social teve 326 milhões de utilizadores mensais ativos.

Os utilizadores que estavam a ser erradamente contabilizados utilizavam a ferramenta Digits, que permite utilizar autenticações através de SMS em plataformas compatíveis. Como esta utilizava “os sistemas da Twitter” estava a ser contabilizada como atividade na rede, justifica assim a tecnológica liderada por Jack Dorsey.

Trimestre de mudança?

Ainda que as contas tenham andado a ser mal feitas nos últimos três anos, a empresa conseguiu detetar o erro num dos trimestre mais bem-sucedidos dos últimos tempo — tanto que até bateu as expectativas dos analistas. Assim, no terceiro trimestre do ano os utilizadores mensais ativos aumentaram 4% face ao trimestre anterior para os 330 milhões. Este avanço foi justificado com as melhorias feitas na interface para se tornar mais intuitiva e abrangente.

Este trimestre fizemos progressos em três áreas chave do nosso negócio: aumentámos a nossa audiência e as interações, conseguimos voltar a uma trajetória de aumento de receitas e alcançámos um recorde de rentabilidade.

Jack Dorsey

Fundador e CEO do Twitter

Relativamente ao mesmo trimestre do ano passado, os utilizadores diários ativos aumentaram 14%, mas os números concretos não foram divulgados pois a empresa acredita que isso levaria a comparações injustas com os seus concorrentes, que apresentam números muito consistentes.

A empresa dos 140 carateres (ou dos 240 para alguns) também conseguiu reduzir as perdas para 21,1 milhões de dólares e conseguiu registar receitas acima das esperadas pelos analistas: estes apontavam para 587,5 milhões, mas a empresa registou 589,6 milhões. Traduz-se, ainda assim, numa diminuição de 4,3% face ao mesmo período do ano anterior.

“Este trimestre fizemos progressos em três áreas chave do nosso negócio: aumentámos a nossa audiência e as interações, conseguimos voltar a uma trajetória de aumento de receitas e alcançámos um recorde de rentabilidade”, afirmou Jack Dorsey, fundador e CEO da empresa, em comunicado.

(Notícia atualizada às 14h10 com mais informação)

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Draghi corta estímulos, mas mantém juros. Euro cai mais de 1%

O BCE anunciou uma redução dos estímulos na Zona Euro, mas manteve a taxa de juro diretora em 0%. Esta decisão levou o euro a agravar as perdas que vinha a registar na primeira metade da sessão.

Mario Draghi cortou o valor mensal das compras de dívida, mas acabou por prolongar o programa até setembro. Uma decisão que, associada à promessa de juros baixos por mais tempo, além mesmo do fim do programa de estímulos, está a fazer mexer com os mercados. Se as bolsas sobem, no cambial o euro está a derrapar. Com a perspetiva de novas subidas de taxa nos EUA, a divisa europeia recua perto de 0,5%.

O euro segue já a desvalorizar 1,08%, para os 1,1686 dólares, protagonizando aquele que é o pior registo do ano. A divisa comunitária recuou assim para mínimos de três semanas. O comportamento da moeda única reflete o aumento da liquidez no mercado em resultado do prolongar do programa de estímulos por parte da entidade liderada por Mario Draghi, mas também o atraso da política de juros da Zona Euro face ao rumo das taxas nos EUA e a esperada continuação da subida do preço do dinheiro na maior economia do mundo.

Euro sob pressão

Nesta quinta-feira, o BCE decidiu manter as compras de dívida pública nos 60 mil milhões de euros mensais até ao final do ano. Mas ao mesmo tempo decidiu estender o programa pelo menos durante mais nove meses, entre janeiro e setembro de 2018, apesar de ter reduzido para 30 mil milhões de euros as compras mensais. Ou seja, a injeção de liquidez apesar de ser mais curta, vai estender-se por mais tempo, o que acaba por penalizar o euro.

O mesmo acontece com a manutenção do atual mínimo histórico de 0% da taxa de juro diretora, o que torna menos atrativo o investimento em euros quando comparado com dólares. Os juros nos EUA são mais elevados, sendo esperado que ainda este ano possam ainda sofrer a terceira subida este ano.

No mercado acionista do Velho Continente, a decisão do BCE está a puxar pelas ações. O Stoxx 600 soma e segue. O índice bolsista que agregas as 600 principais capitalizações bolsistas da Europa valoriza 0,66%, para os 389,68 pontos. Os ganhos são transversais aos restantes índices de referência europeus, incluindo a bolsa nacional, com o PSI-20 a valorizar 0,60%.

(Notícia atualizada às 17h42 com nova taxa de câmbio)

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“Chocado ficou o país com a tragédia vivida”, diz Marcelo

  • ECO
  • 26 Outubro 2017

O Presidente da República já reagiu à notícia do jornal Público que diz que o Governo terá ficado "chocado" com o discurso ao país de Marcelo na passada terça-feira sobre os incêndios deste verão.

“Chocado ficou o país com a tragédia vivida”. Foi assim que Marcelo Rebelo de Sousa reagiu à notícia de que o Governo terá ficado surpreso com a dureza do seu discurso na terça-feira, na sequência dos incêndios que mataram mais de 100 pessoas este verão.

Ao jornal Público, fonte do Executivo realçou que a declaração do Presidente da República foi recebida com choque não só pelo tom, mas também porque o Chefe de Estado estava a par de tudo o que estava preparado, desde as medidas de emergência a serem aplicadas à calendarização da demissão da ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa. Na intervenção em causa, Marcelo deixou claro que ou o Governo dá prioridade à reforma florestal e prevenção de fogos — começando “um novo ciclo” — ou o Presidente será obrigado a “exercer os seus poderes”.

“Estávamos à espera de um discurso duro, mas ficámos chocados”, acrescentou ainda a fonte governamental referida. De visita à ilha Terceira, nos Açores, o Chefe de Estado não se quis alongar na reação a estas declarações, apesar da insistência dos jornalistas. Marcelo Rebelo de Sousa realçou, no entanto, que a especulação sobre quem ficou mais chocado com o discurso de quem deverá ser deixada de lado e que o foco deverá estar na recuperação do país.

O Presidente da República apelou, assim, a uma “reparação rápida” do país, que diz “não poder ser esquecido sistematicamente”. Marcelo explicou ainda que faltam menos de dois anos para o fim da atual legislatura e que, portanto, a resposta à situação em questão tem de ser considerada urgente.

 

Além disto, o Chefe de Estado recusou opinar sobre a (suposta) deterioração da sua relação de confiança com o Governo, enfatizada por um artigo de opinião publicado, na terça-feira, no jornal oficial do PS, o Ação Socialista, no qual Marcelo é acusado de ser demagogo e populista e de ter exorbitado “claramente, dos seus poderes constitucionais”.

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Juros da dívida portuguesa afundam após decisão do BCE

O Banco Central Europeu decidiu cortar os estímulos monetários, mas vai prolongar o período durante o qual irá aplicar estes estímulos.

Os juros da dívida portuguesa a dez anos estão a cair abaixo dos 2,3%, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter anunciado as decisões de política monetária que resultaram da última reunião. O banco central decidiu cortar os estímulos monetários, mas vai prolongar o período durante o qual eles serão aplicados.

O BCE anunciou que vai reduzir para metade os estímulos monetários a partir do próximo ano, passando a comprar obrigações dos governos da Zona Euro numa base mensal de 30 mil milhões de euros. No entanto, o programa de estímulos vai ser prolongando, pelo menos, até setembro de 2018, e Mario Draghi deixa a porta aberta para voltar a prolongar o programa, se for necessário.

Logo após o anúncio do BCE, os juros da dívida portuguesa a dez anos recuaram dois pontos base, para os 2,284%. É o valor mais baixo desde dezembro de 2015.

Os juros da dívida a cinco anos também caem à volta de dois pontos base, para os 0,88%, enquanto os da dívida a dois anos recuam 1,5 pontos base, reforçando os mínimos históricos em -0,116%.

Notícia atualizada às 13h10 com mais informação.

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Jornal oficial do PS: “Marcelo exorbitou poderes constitucionais”

  • ECO
  • 26 Outubro 2017

A edição online do jornal oficial do PS, a Ação Socialista, publicou uma opinião onde o Presidente da República é criticado pelo discurso da passada terça-feira.

Marcelo Rebelo de Sousa é criticado num artigo da Ação Socialista. “Marcelo exorbitou, claramente, dos seus poderes constitucionais“, lê-se num artigo de opinião assinado por Simões Ilharco, onde acusa o Presidente da República de ser demagogo e populista.

O autor considera que foi a primeira vez que um Presidente da República “reclamou, publicamente, a demissão de um ministro e a remodelação do Governo”. Esta quinta-feira, o Público noticiou que, segundo uma fonte governamental, Marcelo terá sido informado da demissão da ministra da Administração Interna antes do seu discurso, cujo conteúdo terá chocado o Executivo socialista. Em resposta, o Presidente afirmou esta quinta-feira que “chocado ficou o país com a tragédia vivida”.

O artigo de opinião — “O fracasso da moção de censura do CDS” — acusa Marcelo Rebelo de Sousa de encaminhar o sistema político português para o presidencialismo. “A imprensa amiga dele diz, em tom cordato, que redesenhou o nosso sistema político-constitucional, mas parece-me mais apropriado e claro afirmar que, subvertendo o semipresidencialismo, se caminha para o presidencialismo”, escreve o jornalista Simões Ilharco.

Foi, também, a primeira vez, no Portugal de abril, que um Presidente da República reclamou, publicamente, a demissão de um ministro e a remodelação do Governo.

Simões Ilharco

Ação Socialista

O texto deixa assim um apelo à esquerda para “impedir esta caminhada preocupante e perigosa, combatendo a tentação presidencialista de Marcelo, que ameaça a democracia”, referindo o perigo de se “descambar” em ditadura. Simões Ilharco argumenta que as afirmações do Presidente da República revelam “demagogia e populismo”. “Marcelo parece querer assumir-se como homem providencial, como salvador da Pátria, mas olhe que a Pátria está boa e recomenda-se!”, atira.

O autor considera que “os incêndios não vão afetar eleitoralmente o PS” e que “é, hoje, uma realidade incontroversa e indesmentível que os portugueses vivem melhor”. Considera, por isso, que os portugueses não vão votar em Rui Rio ou Santana Lopes, ambos candidato à liderança do PSD. Já a moção do CDS foi um “tiro de pólvora seca” e Cristas irá “afogar-se politicamente”.

(Atualizado às 13h10)

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