Jogadores de futebol também vão ter o seu fundo de pensões

Sindicato avança com proposta de fundo de pensões para permitir que futebolistas encontrem soluções de poupança e de resposta ao desemprego e final de carreira. Televisão e apostas também contribuem.

Presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol, Joaquim Evangelista.SJFP 19 Julho, 2017

O Sindicado dos Jogadores Profissionais de Futebol pretende criar um fundo de pensões dirigido para os jogadores de futebol. O objetivo passa por disponibilizar novas soluções de poupança e ainda estabelecer um mecanismo de proteção dos atletas em situações de desemprego e após o final de carreira.

A proposta já foi enviada para a Federação Portuguesa de Futebol e Liga Profissional de Futebol. De acordo com Joaquim Evangelista, presidente do sindicato, as contribuições para este fundo de pensões serão voluntárias. Mas o sindicalista quer que as receitas relacionadas com as apostas desportivas e também relativas aos direitos televisivos dos jogos de futebol sejam canalizadas para reforçar a capitalização deste fundo.

Verbas das apostas e dos direitos televisivos devem ser canalizadas diretamente para os praticantes, para questões de educação e educação financeira”, frisou Evangelista na apresentação do calendário de atividades da parceria para a formação financeira dos jogadores de futebol assinada com o Conselho Nacional de Supervisores Financeiros, que decorreu esta quarta-feira no Museu do Desporto, em Lisboa.

"Verbas das apostas e dos direitos televisivos devem ser canalizadas diretamente para os praticantes, para questões de educação e educação financeira.”

Joaquim Evangelista

Presidente do Sindicado dos Jogadores Profissionais de Futebol

O presidente do sindicato dos futebolistas sublinhou que, além de criar novas soluções de poupança, o fundo de pensões vem dar “respostas que se prendem com o final de carreira dos jogadores e com situações de doença e desemprego“. Adiantou que esta é uma solução que se verifica já nas principais ligas europeias e que pretende agora trazer para o campeonato português.

Evangelista anunciou que o plano de formação financeira dos jogadores vai arrancar já na próxima semana, com uma sessão junto de jogadores que se encontram desempregados e a treinar-se no centro de estágios promovido pelo sindicado. Além da componente física, os atletas também estão a receber formação educativa que vai passar a incluir uma vertente mais financeira.

Os casos mediáticos de jogadores de futebol que entraram na bancarrota e o aumento de futebolistas falidos ou com graves problemas financeiros colocam o tema da educação financeira na ordem do dia“, declarou o sindicalista numa apresentação que contou ainda com os responsáveis da parte dos supervisores, o secretário de Estado do Desporto e Juventude, João Paulo Rebelo, e ainda de vários ex-futebolistas que fazem parte do projeto do sindicato. Rui Jorge, atual selecionador dos sub-21, será o embaixador deste plano de formação financeira

“Diagnosticar a literacia financeira, sensibilizar os jogadores para a poupança e promover atitudes e comportamentos financeiros adequados é o investimento que propomos a todos os jogadores de futebol para que possam garantir o seu futuro”, disse.

Tudo para evitar casos como acontecem com muita frequência na Premier League. Um estudo concluiu que dois em cada cinco ex-jogadores da milionária Liga inglesa assumem a existência de dificuldades financeiras graves cinco anos após o término da sua atividade profissional.

"Os casos mediáticos de jogadores de futebol que entraram na bancarrota e o aumento de futebolistas falidos ou com graves problemas financeiros colocam o tema da educação financeira na ordem do dia.”

Joaquim Evangelista

Presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol

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BE entrega conclusões da CGD ao MP após chumbo

  • Lusa
  • 19 Julho 2017

O BE vai agora entregar ao Ministério Público as suas conclusões sobre a primeira comissão de inquérito aos créditos da Caixa Geral de Depósitos, depois de o relatório final ter sido ‘chumbado'.

O BE anunciou esta quarta-feira que o partido vai entregar ao Ministério Público as suas conclusões relativas à primeira comissão de inquérito aos créditos da Caixa Geral de Depósitos (CGD), depois de o relatório final ter sido ‘chumbado’ na terça-feira.

O corpo global do relatório foi chumbado depois de o PSD ter requerido a votação nominal: no momento da votação, encontravam-se na sala cinco deputados do PS (de um total de sete efetivos), um do BE e um do PCP, que viabilizaram o relatório, mas os seis deputados do PSD e o elemento do CDS-PP empataram a votação – no caso de empate o texto é chumbado.

Doze meses de trabalho não podem ficar sem consequências. O BE entregará as suas conclusões e o acervo de trabalho que desenvolveu ao longo deste tempo ao Ministério Público para as investigações que entender”, anunciou o coordenador do Bloco na comissão, o deputado Moisés Ferreira, em declarações aos jornalistas no parlamento.

Quanto à forma de votação do relatório, que gerou discussão na comissão, o deputado do BE salientou que os relatórios finais sempre foram por votação nominal. “Ontem [terça-feira] aquilo que deveria ter acontecido era estarem todas e todos os deputados para ser votado o relatório. Cada grupo parlamentar assacará as suas responsabilidades, o BE estava presente“, salientou Moisés Ferreira.

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Deputados votam favoravelmente Elisa Ferreira para vice-governadora do Banco de Portugal

  • Lusa
  • 19 Julho 2017

Deputados da Comissão de Orçamento e Finanças aprovaram esta quarta-feira, com a abstenção do PSD, o relatório da audição de Elisa Ferreira para vice-governadora do Banco de Portugal.

Os deputados da Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa aprovaram hoje o relatório da audição de Elisa Ferreira para vice-governadora do Banco de Portugal, com a abstenção do PSD.

Esta votação estava marcada para a semana passada, mas foi adiada, tendo então o deputado do PSD Leitão Amaro manifestado, em declarações à Lusa, que o partido tinha dúvidas sobre o relatório da audição de Elisa Ferreira e sobre a forma como esta está a cumprir a função que, atualmente, desempenha de administradora do Banco de Portugal.

O social-democrata dizia então que as “recentes declarações públicas” de Elisa Ferreira e outras posições desta permitem ter dúvidas sobre a sua “independência no desempenho de funções face ao Governo”.

Já hoje de manhã, os deputados desta comissão aprovaram o relatório da audição de Elisa Ferreira, com votos favoráveis do PS, BE, PSP e CDS-PP e a abstenção do PSD, disse o deputado do PSD Duarte Pacheco à Lusa.

Quanto aos outros relatórios das audições de outros administradores do Banco de Portugal, esses foram aprovados por unanimidade.

Em causa estavam os relatórios da audição de Luís Máximo dos Santos para vice-governador do Banco de Portugal e Luís Laginha de Sousa e Ana Paula Madureira Serra para administradores do regulador e supervisor bancário.

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Um erro e dez minutos de atraso: como a maioria perdeu uma votação

  • Margarida Peixoto
  • 19 Julho 2017

João Galamba estava fora do Parlamento por motivos pessoais, Susana Amador estava numa comissão ao lado. Ainda correram para a reunião, mas já não chegaram a tempo.

A comissão de inquérito à Caixa foi marcada por vários casos políticos. José de Matos Correia, o primeiro presidente, demitiu-se acusando a esquerda de impedir a comissão de cumprir os seus objetivos.Paula Nunes / ECO

Um erro de avaliação e dez minutos de atraso — foi quanto bastou para fechar a comissão parlamentar de inquérito com mais um episódio rocambolesco e o relatório final chumbado. Esta terça-feira à tarde, os sete deputados do PS, BE e PCP não chegaram para impedir outros sete deputados da direita parlamentar de invalidar o relatório final, sobre os trabalhos da comissão de inquérito à recapitalização da Caixa Geral de Depósitos.

“Estava fora do Parlamento. Iria faltar por motivos pessoais,” diz o deputado do PS João Galamba, ao ECO, confirmando que estava convencido de que a votação seria feita por grupo parlamentar. Susana Amador estava numa comissão parlamentar ao lado daquela — e igualmente enganada sobre o modo de votação dos relatórios em comissões de inquérito. Ainda terá visto os deputados da direita “correr” para as votações, diz Galamba, mas não se terá apercebido da razão da pressa.

Quando os socialistas que participaram na votação se aperceberam do erro — prontamente identificado pelos deputados do PSD e do CDS — ainda telefonaram a João Galamba e a Susana Amador, que, apesar de também terem corrido até à sala da comissão, chegaram cinco a dez minutos depois da votação geral do documento já ter acontecido. Já só foram a tempo de votar algumas recomendações do relatório.

João Galamba diz ao ECO que teria sido possível, por maioria, anular a decisão do presidente da Comissão, Emídio Guerreiro, e passar a votação para o modelo em que vale o peso de cada grupo parlamentar. Mas o Bloco de Esquerda não quis, adianta o socialista, ao contrário do PCP, que não teria levantado objeções. O ECO tentou contactar os deputados Moisés Ferreira, do BE, e Miguel Tiago, do PCP, mas sem sucesso.

Sempre contou um voto por deputado?

De acordo com o regulamento desta comissão de inquérito — que repete, aliás, o regime jurídico dos inquéritos parlamentares — o relatório final refere obrigatoriamente “o sentido de voto de cada membro da Comissão, bem como as declarações de voto escritas.” É isto que permite concluir que se cada deputado tem direito a um voto, não pode estar a votar em nome do grupo parlamentar.

A prática na votação dos relatórios finais das comissões de inquérito tem sido sempre uma votação nominal.

António Filipe

Deputado do PCP

“A prática na votação dos relatórios finais das comissões de inquérito tem sido sempre uma votação nominal,” garante António Filipe, deputado do PCP, que já presidiu a várias comissões de inquérito.

O deputado explicou ao ECO que esta prática difere do que acontece nas outras comissões parlamentares, onde a votação é de facto feita por grupo parlamentar, mas o assunto está arrumado há mais de 20 anos. “Foi debatido em 1995,” recorda António Filipe, garantindo que foi nessa altura que se acordou a atual prática.

Mas não é de estranhar a confusão. José de Matos Correia, o primeiro presidente da comissão de inquérito à recapitalização da Caixa (e que se demitiu de funções por considerar que os deputados da esquerda estavam a impedir a comissão de cumprir os seus objetivos) recorda que durante o período em que ainda conduziu os trabalhos teve de corrigir os deputados do PSD, precisamente sobre o mesmo assunto.

“Já não me recordo com precisão sobre de que proposta se tratava, se era um requerimento para uma audição, mas o PSD dizia que tinha sido chumbado porque havia mais deputados na sala que estavam contra, do que os que estavam a favor”, conta ao ECO. “Disse que não, porque as votações durante os trabalhos da comissão de inquérito são iguais ao que acontece nas outras comissões [vale um voto por grupo parlamentar]; só no relatório é que é diferente,” garante.

Desta forma, esta terça-feira, na votação geral do relatório final, foram sete contra sete: de um lado, Paulo Trigo Pereira, Carlos Pereira, João Paulo Correia, Sónia Fertuzinhos e Santinho Pacheco pelo PS, Moisés Ferreira pelo BE e Miguel Tiago pelo PCP; do outro Adão Silva, Carlos Costa Neves, Duarte Marques, Hugo Soares, Margarida Balseiro Lopes, Margarida Mano (todos do PSD) e João Almeida (do CDS).

Socialistas, bloquistas e comunistas votaram a favor do relatório; social-democratas e centristas contra. Como um empate não chega para aprovar o documento, este acabou chumbado.

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Marcelo dá luz verde à lei das quotas

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 19 Julho 2017

Em causa está o regime da representação equilibrada entre mulheres e homens nos órgãos de administração e fiscalização das entidades do setor público empresarial e das empresas cotadas em bolsa.

Marcelo Rebelo de Sousa deu luz verde à lei referente a quotas de género. Ainda que se possa falar numa “excessiva intervenção e voluntarismo do Estado”, o novo regime segue os passos já dados noutros países da União Europeia, com resultados “num maior equilíbrio de género”, avança uma nota publicada no site da Presidência.

“O novo regime legal corresponde a medidas tomadas em vários outros países da União Europeia, com resultados significativos num maior equilíbrio de género nos órgãos de gestão de empresas, e traduz orientação há muito preconizada pelo Presidente da República, pelo que, apesar de se poder invocar poder haver uma excessiva intervenção e voluntarismo do Estado e de eventuais objeções de técnica jurídica quanto a remissões entre preceitos, o Presidente da República promulgou o diploma da Assembleia da República que aprova o regime da representação equilibrada entre mulheres e homens nos órgãos de administração e fiscalização das entidades do setor público empresarial e das empresas cotadas em bolsa”, avança a nota publicada.

Com este diploma, as empresas do setor público devem contar com, pelo menos, um terço de mulheres nos órgãos de administração e de fiscalização a partir de 1 de janeiro de 2018. Nas empresas cotadas em bolsa, essa proporção “não pode ser inferior a 20%” a partir da primeira assembleia geral eletiva após 1 de janeiro de 2018, e um terço (33,3%) a partir de janeiro de 2020.

A proposta de lei foi votada no Parlamento a 23 de junho, com os votos favoráveis do PS, do Bloco de Esquerda e de seis deputados do CDS, entre os quais a líder Assunção Cristas.

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Clima económico não estava tão bom desde junho de 2002

  • ECO e Lusa
  • 19 Julho 2017

O consumo privado continua a subir, as exportações aumentaram, e o clima económico está em máximos de 15 anos, diz o Instituto Nacional de Estatística.

O indicador de clima económico em Portugal prolongou em junho a subida registada desde o início do ano, atingindo máximos de 15 anos, e o indicador de atividade económica voltou a subir em maio, divulgou esta quarta-feira o INE na sua Síntese Económica de Conjuntura.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), o indicador de clima económico, que é calculado através de inquéritos a empresas de vários setores de atividade, subiu para os 2,1 pontos em junho (2,0 pontos em maio). Este indicador aumentou entre janeiro e junho, atingindo o valor máximo desde junho de 2002, sinaliza.

Também o indicador de atividade económica viu um aumento entre março e maio, após ter estabilizado em fevereiro. Desde agosto de 2016 que este indicador está a subir continuamente.

Mais sinais positivos vêm do lado das famílias. O consumo privado aumentou em maio, tal como já o tinha feito em abril, e o consumo corrente teve o contributo positivo mais intenso, tanto na compra de bens alimentares como não alimentares.

A componente de consumo duradouro, por sua vez, manteve-se estável neste período. Esta refere-se à compra de automóveis, por exemplo, que inclui a venda de automóveis ligeiros de passageiros, que acelerou ligeiramente.

Também a formação bruta de capital fixo, a riqueza criada pelas empresas portuguesas, continuou a subir, “prolongando a expressiva trajetória ascendente iniciada em junho de 2016”.

Segundo o INE, esta continuação da subida marcada deve-se em parte ao setor da construção, que é o que teve o contributo mais expressivo. O indicador de confiança da construção e obras públicas, aliás, está no seu máximo desde setembro de 2002, a crescer desde dezembro de 2012.

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Número de desempregados inscritos no centro de emprego continua em queda

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 19 Julho 2017

No final de junho estavam inscritos 418,2 mil desempregados, um número que já recua há 45 meses. Este continua a ser o valor mais baixo desde final de 2008, depois de maio ter atingido essa marca.

O número de inscritos nos centros de emprego continua a recuar. Em junho, o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) contava com 418.189 desempregados, um valor que continua a ser o mais baixo em mais de oito anos.

É preciso recuar a dezembro de 2008 para encontrar um número inferior, marca que já tinha sido conseguida em maio, quando o total de desempregados registados caiu para 432.274. Em junho, a tendência de quebra mantém-se, já que os cerca de 418 mil inscritos representam uma descida mensal de 3,3% e homóloga de 18,3%. Face ao mesmo período do ano anterior, este já é o 45º mês consecutivo de descidas.

Olhando apenas para o número de pessoas que se registaram no centro de emprego ao longo do mês de junho, os números também revelam uma descida: 41.206 desempregados inscreveram-se naquele mês, menos 5,4% em termos mensais e menos 16,75% face ao mesmo mês de 2016.

Menos desempregados, mais ocupados

Nem todos os inscritos nos centros de emprego são considerados desempregados. Também existem empregados que querem mudar de trabalho, ocupados e pessoas indisponíveis temporariamente por motivos de doença. Estes dois últimos grupos registam aumentos homólogos.

Os ocupados são pessoas que estão integradas em programas de formação ou emprego (exceto os que visam integração direta no mercado de trabalho). No final de junho, existiam quase 101 mil pessoas nesta situação, o que representa uma subida de 2,4% face ao mesmo mês de 2016, ainda que esteja em causa uma descida em cadeia de 2,5%. Por seu turno, os quase 24 mil indisponíveis temporariamente também aumentaram tanto em termos mensais (3,7%) como homólogos (3,3%).

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CGTP acusa PT de “mais uma ilegalidade”

  • Lusa
  • 19 Julho 2017

A PT já está a requisitar funcionários para assegurarem os serviços mínimos em dia de greve, quando só o pode fazer 24 horas antes do evento. A greve está marcada para esta sexta-feira.

O secretário-geral da CGTP acusou esta quarta-feira a PT de cometer “mais uma ilegalidade” ao requisitar trabalhadores para serviços mínimos para a greve de sexta-feira, exigindo ao Governo que intervenha nesta empresa que “não pode estar acima da lei”.

“A empresa está a requisitar serviços mínimos para o dia ia 21 quando sabe que não o pode fazer. A lei estabelece que, depois de os serviços mínimos serem definidos, a quem compete indicar os trabalhadores em primeiro lugar são os sindicatos e só no caso dos sindicatos não o fazerem é que, 24 horas antes da greve, a empresa o pode fazer”, afirmou, no Porto, Arménio Carlos.

O secretário-geral da CGTP esteve esta manhã reunido com cerca de 30 trabalhadores que foram já notificados da transferência para outra empresa do grupo Altice. Segundo Arménio Carlos, “é altura de o Governo dizer neste processo à PT, à MEO ou à Altice que não está acima de tudo e de todos”.

“Aqui em Portugal há leis, há princípios que têm de ser respeitados e, neste caso concreto, aqueles que têm a ver com relações laborais”, sustentou. A greve dos trabalhadores da PT está agendada para sexta-feira contra a transferência de funcionários para outras empresas.

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Pharol e 900 lesados contra administradores de insolvência da Rio Forte

  • Lusa
  • 19 Julho 2017

A antiga holding da PT, em conjunto com 900 lesados do BES, pediu o afastamento dos administradores de insolvência da Rio Forte.

A Pharol (ex-PT SGPS), um dos principais credores da Rio Forte, e mais de 900 lesados do papel comercial, pediram ao tribunal do Luxemburgo o afastamento dos responsáveis pela liquidação da empresa que pertencia ao Grupo Espírito Santo (GES).

Na documentação a que a Lusa teve acesso, enviada em 2 de maio ao tribunal do Luxemburgo, onde decorre o processo de insolvência da Rio Forte, os representantes da Pharol pedem ao tribunal que proceda “à substituição dos curadores” da insolvência.

Em causa estão Alain Rukavina e Paul Laplume, que são responsáveis por gerir a liquidação da Rio Forte, mas também da Espírito Santo International (ESI), empresas do GES, uma vez que ambas as empresas tinham sede no Luxemburgo.

O pedido de afastamento dos liquidatários judiciais feito pela Pharol — a principal credora da Rio Forte, que reclama cerca de 918 milhões de euros — foi acompanhado por mais de 900 clientes do papel comercial, que se juntaram à ação judicial, segundo a informação a que a Lusa teve acesso.

Estes lesados — que perderam milhões de euros com a compra de papel comercial da Rio Forte e ESI aos balcões do BES — pretendem impedir que os antigos administradores do GES possam vir a beneficiar com a venda de ativos da Rio Forte, enquanto credores da empresa.

Nas 16 páginas que a Pharol enviou para o tribunal, esta mostra discordar da forma como os curadores estão a gerir a liquidação da Rio Forte, que tem impacto no modo como os credores que vão beneficiar da massa falida, entre os quais está Ricardo Salgado, o histórico presidente do Banco Espírito Santo (BES) e líder do GES.

O caso está relacionado com o investimento de cerca de 900 milhões de euros feito pela PT (PT SGPS e PT Finance) em títulos de dívida de curto prazo da Rio Forte, que a operadora de telecomunicações nunca recebeu devido, primeiro, às dificuldades financeiras da empresa e, depois, à falência. Isto provocou uma grave crise na operadora, que levou ao fim da fusão entre a PT e a brasileira Oi e culminou na venda da PT Portugal aos franceses da Altice.

Segundo a Pharol, a Rio Forte tinha capacidade de reembolsar essa dívida, não fossem as operações feitas após esse investimento dentro do GES, mandatadas pelos homens de topo deste e que acabaram por penalizar a empresa. Em causa está, nomeadamente, a compra pela Rio Forte da Espírito Santo Irmãos, que lhe deu o controlo da Espírito Santo Financial Group (ESFG).

Já os curadores, segundo a Pharol, consideram que o impacto nefasto para a Rio Forte veio sobretudo da decisão do Banco de Portugal de intervir no BES em 3 de agosto de 2014. A Pharol recorda mesmo que este é também dos principais argumentos de defesa utilizado em Portugal por Ricardo Salgado nos processos em que está envolvido.

“Parece evidente que os curadores apoiam a posição do principal responsável pela ruína. O tribunal apreciará”, refere a ex-PT SGPS na documentação a que a Lusa teve acesso. A Pharol diz ainda que os curadores são assessorados por uma sociedade denominada “Black in Line”, o que critica num tom irónico.

“Sabendo que esta empresa é dirigida por Ana Paula Alves, que era administradora da Rio Forte à data das transações litigiosas [que a Pharol contesta], e Caetano Beirão de Veiga, membro da família Espírito Santo, percebemos por que se chama ‘Black in Line’”, refere. A Lusa tentou falar sobre este pedido de afastamento dos curadores com André Luiz Gomes, advogado da Pharol, mas sem sucesso.

A Rio Forte era a holding não financeira do GES e detinha alguns ativos importantes (nas áreas de turismo, imobiliário, agropecuária em vários países), cuja venda poderá permitir alguma recuperação dos investimentos para os credores, nomeadamente os credores comuns. O prazo para os credores da Rio Forte e da ESI reclamarem créditos foi prolongado até 30 de setembro.

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Vai de férias? Veja as dicas para garantir a sua segurança online

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 19 Julho 2017

Atenção a pedidos de dados suspeitos no acesso ao homebanking e a e-mails, chamadas ou SMS que peçam ação imediata. Estes são alguns dos cuidados a considerar, avisa a Associação Portuguesa de Bancos.

Os principais bancos a atuar em Portugal lançaram uma campanha para lembrar os cuidados que é preciso ter com a segurança online, agora que se aproxima o período de férias de muitos portugueses.

A iniciativa parte do Fórum Interbancário de Segurança Online da Associação Portuguesa de Bancos (APB), sob o lema “Não dê férias à segurança”, e identifica as precauções necessárias para evitar, nomeadamente, situações de fraude e phishing.

“Ter especial atenção a pedidos de dados suspeitos no acesso ao homebanking, suspeitar de e-mails, chamadas ou SMS que peçam uma ação imediata ou procurar dificultar o acesso indevido ao seu smartphone, recorrendo a uma password de acesso, são alguns dos muitos conselhos disponibilizados”, avança a APB em comunicado.

No site da APB, são destacados alguns passos importantes a ter em conta para evitar situações de risco:

  • Dificulte o acesso indevido ao seu smartphone ou tablet e proteja-o com uma password de acesso. Estes equipamentos podem ser facilmente perdidos ou roubados;
  • Instale apenas as aplicações disponibilizadas pelos fornecedores confiáveis (App Store, Google Play, WindowsPhone Store, BlackBerry World, Nokia Store). Confirme sempre quais são os níveis de permissão pedidos;
  • Estabeleça limites e crie regras de utilização da Internet. Por exemplo, implemente restrições de acesso para impedir os mais novos de instalar ou de executar programas que não sejam do seu conhecimento;
  • Instale um Antivírus para os smartphones ou tablets. Já existem soluções disponíveis para vários tipos de dispositivos, sendo algumas gratuitas. Informe-se;
  • Atualize sempre o sistema operativo e as aplicações instaladas. Caso não proceda às atualizações está a aumentar o risco de ataques virtuais ou instalação de aplicativos maliciosos;
  • Aceda apenas a redes wi-fi conhecidas;
  • Evite aceder a links ou fazer download de aplicativos de fontes desconhecidas;
  • Não menospreze os jogos online, muito apreciados pelos mais novos, porque alguns não são mais do que uma via para obter passwords e informações pessoais.

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Koala Rest: um colchão à medida da sua cama e da sua carteira

Chama-se Koala Rest e os seus criadores garantem que não precisa de pagar tanto para ter um bom colchão. O projeto saiu vencedor da primeira edição do acelerador da Academia de Comércio.

Lembra-se do tempo que passou na loja de mobílias a escolher o colchão ideal? E o tempo que esteve à espera que este entrasse em promoção para que não tivesse de pagar os mil a dois mil euros que um bom colchão custa? Bruno Madeira lembra-se bem do que passou e decidiu transformar essa experiência em negócio.

“Perdi horas a estudar opções na internet, quais os tipos de materiais que existiam, os preços, as marcas, para acabar ainda mais confuso do que comecei”, conta Bruno Madeira, um dos criadores da Koala Rest, ao ECO.

Mas a aventura não ficou por aqui. Na loja, as explicações dos vendedores não ajudaram e os poucos segundos que esteve deitado no colchão não foram suficientes. “Acabei por escolher um por estar cansado de todo este processo.”

Na manhã seguinte, descobriu da pior maneira que aquele não era colchão perfeito mas não pôde trocá-lo. Em conversa com João Ramos, um amigo que trabalha em marketing digital, a mesma área que Bruno, surgiu a ideia de tentar proporcionar uma boa experiência de sono a todos, por um preço mais baixo.

Bruno Madeira e João Ramos, os criadores da Koala Rest.Koala Rest

Os colchões da Koala Rest, constituídos por três camadas de diferentes materiais, prometem proporcionar um nível de firmeza intermédio, o ideal para a maioria das pessoas, por valores entre os 450 e os 750 euros. E feitos por medida, com mais de 5.000 opções disponíveis.

O segredo está no modelo… de negócio

E como é que esta startup conseguiu baixar os preços? Bruno responde: “Simplificámos ao máximo e oferecemos conveniência e transparência.” O processo de compra desenrola-se todo através da loja online, e sem stocks, vendedores ou qualquer intermédio que um espaço físico implica, o preço de venda pode ser bem mais baixo.

“Por termos os dois um passado de marketing digital, ao tentarmos achar um solução, baseamo-nos nas nossas experiências”, remata João Ramos. O produto sai diretamente da fábrica para a morada de quem encomenda, através de uma entrega gratuita.

Os colchões são totalmente produzidos em território nacional e feitos à mão, isto por serem de tamanho personalizável.

O modelo de negócio saiu vencedor da 1ª edição da Academia de Comércio, um programa de aceleração de startups dedicadas a negócios B2C, um braço da Startup Lisboa lançado no primeiro semestre deste ano. No discurso de vitória, os dois fundadores elogiaram a qualidade dos 16 projetos finalistas e anteciparam o sucesso generalizado de todos eles.

Se não descansar, pode sempre trocar

Ao contrário dos seus concorrentes, que não efetuam trocas ou que cobram um valor adicional por esse processo, a Koala Rest oferece um período de teste de 30 dias, em que o cliente pode experimentar o colchão em casa e garantir que este é, com certeza, o ideal. Se não for, a devolução é gratuita.

“Quando vamos à loja deitamo-nos no colchão com roupa, com um vendedor ao lado e pessoas a passar”, explica João.

Achamos que para se testar um colchão tem de se dormir nele, na nossa casa, com o nosso pijama e tudo o que inclui estar no nosso ambiente.

João Ramos

Koala Rest

Um descanso que também chega às instituições sociais

A Koala Rest já assinou protocolos com onze instituições particulares de solidariedade social de norte a sul do país, às quais doa mensalmente colchões: “Não queremos que um sono de qualidade esteja limitado às condições económicas de alguns”, afirma João.

Os colchões 100% portugueses estão à venda na loja online e garantem que a partir de agora “esta experiência de compra que quase toda gente vê como um aborrecimento necessário será algo positivo e entusiasmante.”

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Ex-presidente da Caixa Madrid encontrado morto em casa

Miguel Blesa foi encontrado morto esta quarta-feira. Tinha sido condenado em março por crimes de corrupção. As autoridades apontam para o suicídio.

Miguel Blesa, ex-presidente do Caja Madrid (agora Bankia), foi um dos condenados do caso de corrupção “Tarjetas Negras” no passado mês de março, entre 64 outros arguidos. Esta quarta-feira foi encontrado morto. As autoridades apontam para a possibilidade de suicídio.

O El País avança a notícia da morte do ex-presidente do Caja Madrid. Tinha 69 anos e encontrava-se numa propriedade que usualmente frequentava para caçar, em Villanueva del Rey, no sul de Espanha.

Miguel Blesa foi condenado em março a seis anos de prisão dada a participação no caso “Tarjetas Negras“, ou cartões negros em português, que permitiam despesas pessoais não declaradas. Foi acusado de gastar 436.688 euros através deste cartão, uma forma de apropriação indevida de património, relata a Lusa.

Distribuiu ainda estes cartões por outros dirigentes e pessoas de confiança, um total de 64 pessoas. Entre elas, está também Rodrigo Rato, um ex-ministro das Finanças espanhol e ex-diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) que o sucedeu na presidência do banco. Vários membros do Partido Popular fazem parte dos condenados assim como alguns sindicalistas e membros de partidos de esquerda.

Tanto Blesa como Rato apresentaram em abril um recurso à condenação, junto do Tribunal Supremo espanhol, razão pela qual ainda se encontravam em liberdade.

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