Inflação na zona euro cai. Portugal abaixo da média

  • Margarida Peixoto
  • 17 Julho 2017

Os preços das telecomunicações caíram 1,8%. Só este segmento retirou um ponto percentual à taxa de inflação.

A taxa de inflação anual da zona euro caiu para 1,3% em junho, abaixo dos 1,4% registados em maio. Em Portugal, a variação dos preços ficou abaixo da média e em termos mensais até foi negativa. Os dados foram revelados esta segunda-feira pelo Eurostat e mostram como a variação dos preços está ainda longe do objetivo fixado pelo Banco Central Europeu.

Depois de se ter aproximado dos 2% nos primeiros meses do ano, a inflação voltou a ceder, recomendando cautela quanto à avaliação da retoma da economia da zona euro. Em termos mensais — isto é, comparando os preços de junho com os de maio de 2017 — a variação foi nula.

Inflação cai para 1,3% na zona euro

Fonte: Eurostat

Os dados mostram que descontando o efeito dos preços da energia, a inflação subjacente subiu ligeiramente, de 1,1% para 1,2%.

Olhando para os subíndices que têm um peso mais relevante na variação dos preços do conjunto da moeda única, é de notar a quebra dos preços das telecomunicações, na ordem dos 1,8%. Este segmento pesa 30,6% no total do índice de inflação, tendo contribuído para retirar um ponto percentual à taxa de variação homóloga. Em junho entrou em vigor o regulamento Roaming Like At Home, cujo objetivo é precisamente baixar o custo das comunicações móveis na União Europeia.

Em Portugal, a taxa de inflação homóloga foi de 1%, um valor abaixo da média. Em termos mensais, os preços caíram 0,5%, o registo mais negativo de toda a União Europeia. Um dos fatores que poderá ter influenciado o registo português foi a visita do Papa a Fátima, pelo 13 de maio, quando se verificou uma subida anormal dos preços praticados no turismo. Estes valores são diferentes dos revelados pelo Instituto Nacional de Estatística, que apontavam para uma taxa de variação homóloga do índice de preços de 0,9%, porque os do Eurostat são os valores harmonizados para efeitos de comparação entre Estados-membros.

Portugal fica abaixo da média

Valor do Reino Unido é referente a maio 2017. Fonte: Eurostat

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46, 47 ou 48 anos de desconto? Bónus na reforma antecipada não é igual para todos

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 17 Julho 2017

No novo regime, há vantagens para quem tem mais de 47 anos de descontos e passa à reforma, em 2017, já depois dos 63 anos e três meses. Mas limiar é mais alto aos 46 anos de trabalho.

As novas regras das reformas antecipadas devem chegar ao terreno ainda este ano para um grupo limitado de pessoas. A primeira fase do regime promete eliminar cortes e potenciar bonificações nas futuras pensões da Segurança Social, mas há diferenças a ter em conta entre quem tem 46 ou mais de 47 anos de contribuições.

Trabalhadores com 46 anos de descontos que reúnam as condições para integrar a primeira fase só verão a sua pensão bonificada se, pedindo a reforma este ano, já tiverem mais de 63 anos e dez meses de idade, confirmou ao ECO fonte oficial do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. A bonificação — 1% por cada mês adicional — começa então aos 63 anos e 11 meses. Quem tem mais de 47 anos de descontos, consegue esta vantagem mais cedo.

Começando pelo princípio: o Governo já disse que a primeira fase do novo regime de reformas antecipadas da Segurança Social deve chegar ao terreno em setembro ou outubro, abrangendo dois grupos específicos:

  • Trabalhadores com 48 ou mais anos de carreira contributiva e 60 ou mais anos de idade;
  • Trabalhadores com 46 ou mais anos de carreira contributiva que começaram a descontar para a Segurança Social antes dos 15 anos de idade.

E também já se sabe que, com as futuras regras, estas pessoas poderão passar à reforma sem penalizações ou até com bonificações num quadro mais vantajoso do que o atual. No documento distribuído aos parceiros sociais no final de junho, o Governo dava exemplos para duas situações — trabalhadores com 48 e 47 anos de descontos (neste último caso tendo começado a trabalhar antes dos 15), que veriam a sua pensão bonificada caso se reformassem depois dos 63 anos e três meses em 2017. E para quem tem 46 anos de descontos? Chegou a ser noticiado que estes trabalhadores partilhavam a mesma condição, mas não é bem assim, confirmou o ECO.

Qual é então a regra prevista? Depende: se tem 47 ou 48 anos de descontos, é uma, se tem 46, é outra. Caso o trabalhador se reforme ainda em 2017, estas são as normas previstas:

  • Trabalhadores com 48 ou mais anos de carreira: Caso se reforme, em 2017, antes dos 63 anos e três meses (e sempre com a idade mínima de 60), não tem qualquer penalização no valor da pensão. Ao reformar-se depois daquela idade em 2017, a pensão é bonificada por cada mês além dos 63 anos e três meses.
  • Trabalhadores com 47 anos de carreira que começaram a descontar antes dos 15 anos de idade: a mesma regra aplicável a quem tem 48 anos de descontos.
  • Trabalhadores com 46 anos de carreira que começaram a descontar antes dos 15 anos de idade: Caso se reforme, em 2017, antes dos 63 anos e dez meses (e sempre com a idade mínima de 60), não tem qualquer penalização no valor da pensão. Ao reformar-se depois daquela idade em 2017, a pensão é bonificada por cada mês além dos 63 anos e dez meses.

Porquê esta referência específica aos 63 anos e três meses ou 63 anos e dez meses de idade em 2017? Porque é esta a idade de reforma “personalizada” que o Governo está a ponderar aplicar este ano. Com as novas regras, os trabalhadores terão idades de reforma específicas, consoante o seu tempo de contribuições, num regime que vai mais longe do que o atual. Todos os anos, esta idade “pessoal” avança, à boleia da idade normal de reforma — já se sabe que esta aumentará um mês em 2018.

O Governo já apresentou aos parceiros sociais o quadro da idade “personalizada” de reforma em 2017 mas, este ano, o novo regime só vai abranger quem tem mais de 46 anos de descontos (nas condições já descritas):

*A idade ajustada de reforma avança ao longo dos anos, acompanhando a idade legal.

Quem não se enquadra na primeira fase, terá assim de esperar mais tempo pelas novas regras, com o Governo a apontar os primeiros passos para o início de 2018 — nessa altura, este quadro já terá sido ajustado. Também para as restantes situações o regime conta aliviar ou até eliminar penalizações: por um lado, desaparece o fator de sustentabilidade, por outro, o atual corte de 0,5% incide sobre cada mês que falta para a respetiva idade “pessoal” de reforma. Por seu turno, as bonificações também devem ser calculadas por cada mês adicional de trabalho a partir da respetiva idade pessoal de reforma.

O novo regime espera assim reduzir cortes mas, em contrapartida, também vai travar o acesso à reforma antecipada. Se a regra atual permite a saída de trabalhadores com 60 anos de idade e 40 de descontos, no futuro exigem-se 40 anos de descontos aos 60 de idade. Por exemplo, um trabalhador pode hoje passar à reforma antecipada, com os respetivos cortes, com 62 anos de idade e 40 de contribuições. No futuro, não terá essa possibilidade, no pressuposto de que aos 60 anos de idade tinha apenas 38 de descontos, conforme explicou o ECO já em abril.

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Revista de Imprensa Internacional

O crescimento do PIB chinês é o grande destaque. Também há mudanças na easyJet, com a CEO de saída. A popularidade da política nos EUA e na Venezuela está em declínio. O cibercrime volta a preocupar.

A semana começa animada com boas notícias vindas da China: o PIB chinês superou as expectativas de crescimento. Do lado oposto do mundo, Trump perde popularidade e as reformas de Maduro são contrariadas por uma maioria absoluta da população. Enquanto a CEO da easyJet aceita novos voos numa televisão londrina, o cibercrime é posto em foco pela Lloyd’s of London, que alerta para o perigo de prejuízos avultados.

The Guardian

Cibercrime: o furacão Katrina da economia

A seguradora Lloyd’s of London alertou para os riscos que o cibercrime vai representar ao longo dos próximos dez anos. Um ataque informático que fosse capaz de derrubar um provedor de serviços de armazenamento na “nuvem” seria capaz de provocar perdas na ordem dos 53 mil milhões de dólares, em média. No entanto, num cenário de maior gravidade, os prejuízos podem ser equivalentes aos provocados pelo furacão Katrina, ou cerca de 120 mil milhões de dólares de perdas para a economia mundial. Leia a notícia completa aqui. (conteúdo em inglês/acesso livre).

Bloomberg

Do avião para a televisão: CEO da easyJet vai liderar a ITV

Carolyn McCall vai abandonar as funções de CEO da easyjet no início de 2018. A CEO assume-se satisfeita por abraçar uma “empresa fantástica dentro de um setor dinâmico e estimulante”. Após os sete anos que esteve à frente da EasyJet, McCall sai como uma “cliente fiel” da companhia de aviação de baixo custo, afirma. Leia a notícia completa, aqui. (conteúdo em inglês/acesso livre).

Financial Times

Trump já não é tão popular. Apoio cai para os 36%

Após seis meses de mandato, o presidente americano já só conta com a aprovação de 36% da população americana. É uma queda de seis pontos percentuais face à sondagem realizada em abril. A tentativa de fazer a “América grande outra vez”, de acordo com 48% dos inquiridos, teve exatamente o efeito contrário: a América tem hoje uma posição mais débil. Em causa estão assuntos polémicos como as reformas no sistema de saúde, os escândalos com a Rússia e a liderança mundial dos EUA. Leia a peça completa aqui. (conteúdo em inglês/ acesso condicionado)

Reuters

“Chau-chau” abrandamento económico: A China cresce 6,9%

A economia chinesa superou as expectativas de crescimento no segundo trimestre em comparação homóloga, alcançando os 6,9%. Registou-se um aumento da produção industrial e do consumo. Paralelamente, o investimento manteve-se forte. Leia a notícia completa aqui. (conteúdo em inglês/ acesso livre)

Estadão

Quase 7,2 milhões de venezuelanos votam contra reformas na constituição venezuelana

Nicolás Maduro quer fazer reformas na constituição. Mas 98,4% dos cerca de 7,2 milhões de venezuelanos que votaram este domingo dizem “não” a tais reformas. O líder da oposição, Julio Borges, defende que “Com os votos, Maduro está matematicamente revogado a partir de hoje” e dá ainda significado à adesão: “Hoje, a Venezuela ficou de pé com dignidade para dizer que a liberdade não retrocede, e que a democracia não é negociável”. Leia a notícia completa aqui (conteúdo em português do brasil/acesso livre).

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Situação “francamente melhor” no combate às chamas em Alijó

  • Lusa
  • 17 Julho 2017

O combate ao incêndio que deflagrou no domingo em Alijó evoluiu favoravelmente durante a madrugada, mas as chamas ainda não estavam dominadas.

A situação do incêndio que lavrava em Alijó, no distrito de Vila Real, estava “francamente melhor” na manhã desta segunda-feira, mas as chamas ainda não estavam dominadas e haviam quatro zonas que inspiravam “bastantes cuidados”, informou a Proteção Civil.

O ponto da situação foi feito pouco depois das 8h00 pelo comandante operacional no terreno, Pedro Nunes, que deu conta de que “não há já nenhuma povoação em perigo” e que o itinerário IC5, que esteve cortado no domingo, já reabriu ao trânsito de forma condicionada.

“A situação está francamente melhor. As condições meteorológicas durante o período noturno favoreceram as operações de combate”, indicou o responsável, ressalvando que “o incêndio não está, neste momento, ainda dominado”. Segundo disse, existem “quatro zonas que inspiram bastantes cuidados” e onde os operacionais estão “a trabalhar arduamente” para conseguirem “dentro do menor tempo alcançar” o objetivo de dominar o fogo que começou na madrugada de domingo.

Precisamente no domingo foram retiradas da localidade de Vila Chã algumas pessoas, como medida preventiva, e que durante o período noturno regressaram a casa. A circulação na zona obrigava a algumas precauções devido ao intenso fumo que têm condicionado também a ação dos meios aéreos.

O comandante operacional indicou que já durante a manhã “na zona norte do incêndio há visibilidade para que os meios aéreos possam operar e já foi dada ordem de missão para que dois aviões médios e dois aviões pesados se desloquem para o teatro de operações”. No terreno encontravam-se cerca de 450 operacionais apoiados por cerca de 140 veículos.

Também durante a manhã, eram esperadas quatro máquinas de rastro e o reforço de mais quatro destas máquinas do Exército, além de mais quatro pelotões militares, como disse o comandante operacional. Pedro Nunes afirmou que o combate a este fogo “tem sido um pouco difícil porque a orografia é complicada, a secura dos combustíveis é complicada”, trata-se de “um incêndio com uma intensidade bastante elevada que muitas vezes está acima da capacidade de extinção dos meios de combate”.

As chamas e o fumo estavam a condicionar apenas, em termos de circulação na zona, segundo o ponto da situação feito, “algumas estradas locais e alguns caminhos penetrantes para o fogo cortados”. Relativamente aos prejuízos causados pelo incêndio, o comandante operacional disse que é uma avaliação que ainda não está feita e as “situações estão monitorizadas e avaliadas pelo serviço municipal de Proteção Civil”.

Marcelo: “Aguardamos [pela apuração de] factos e responsabilidades”

Já esta segunda-feira, o Presidente da República agradeceu a solidariedade manifestada pelos portugueses após os incêndios na região Centro e insistiu que é preciso uma “resposta rápida e exaustiva às interrogações sobre factos e responsabilidades”. Numa nota colocada no site da Presidência da República, quando passa um mês sobre o incêndio de Pedrógão Grande que fez 64 mortos e mais de 250 feridos, Marcelo Rebelo de Sousa “agradece as sugestões, opiniões, palavras de solidariedade e votos de pesar que lhe foram dirigidos pelos Portugueses” e apela ao apuramento rápido de responsabilidades.

“Depois de termos vivido uma dor sem medida perante uma tragédia quase sem precedente na história do Portugal Democrático, aguardamos pela resposta rápida e exaustiva às interrogações sobre factos e responsabilidades”, lê-se na nota. Mas, ao mesmo tempo, prossegue Marcelo Rebelo de Sousa, deve-se “louvar o espírito nacional de entreajuda e de reconstrução, que muito tem contribuído para que seja mais rápida a recuperação das pessoas e comunidades atingidas pela tragédia”, referindo-se aos donativos conseguidos, no valor de 13,3 milhões de euros.

“Tudo com a visão nacional, sempre demonstrada pela nossa pátria, ao longo dos séculos, perante as adversidades mais pesadas e complexas”, concluiu o Presidente, que se encontra no México em visita de Estado.

Os incêndios de junho iniciados em Pedrógão Grande provocaram 64 mortos e mais de 200 feridos e consumiram mais de 53 mil hectares. Os fogos da região Centro afetaram aproximadamente 500 habitações, quase 50 empresas e os empregos de 372 pessoas. Os prejuízos diretos dos incêndios ascendem a 193,3 milhões de euros, estimando-se em 303,5 milhões o investimento em medidas de prevenção e relançamento da economia.

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Só 15% das compras públicas são divulgadas aos cidadãos

  • ECO
  • 17 Julho 2017

A IGF concluiu que só 15% da despesa feita pela administração central do Estado entre 2013 e 2015 foi tornada pública no portal Base. Irregularidades em ajustes diretos estão na mira dos inspetores.

A Inspeção-Geral das Finanças (IGF) concluiu que 85% da despesa feita pela Administração Central do Estado não é publicitada no portal Base, uma plataforma digital acessível aos cidadãos onde são publicados os contratos públicos, cujo objetivo é promover a transparência quanto às contratações das entidades do Estado.

A notícia é avançada pelo Público (acesso condicionado), que cita uma autoria realizada pela IGF aos contratos celebrados por ajuste direto entre 2013 e 2015. Trata-se de uma modalidade que descarta a necessidade de concurso público, mas que tem regras próprias. A conclusão dos inspetores é que apenas 15% dos 15,9 mil milhões de euros de despesa realizada nesse triénio está disponível para consulta pública na internet.

Segundo o jornal, o ajuste direto foi usado em 85% das contratações públicas nesse triénio. E mesmo havendo vários tipos de contratação dentro daquilo que é considerado ajuste direto, a opção com “maior simplicidade” foi quase sempre a escolhida.

Além do mais, a IGF selecionou ainda 12 entidades para serem revistadas de forma mais aprofundada e detetou irregularidades em 73% dos casos de contratação pública com este método, muitas vezes por ausência de justificação válida, entre outros problemas.

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Quanto pode custar um ciberataque? Até 120 mil milhões, mais do que o furacão Katrina

Uma seguradora alertou que um ciberataque de grande gravidade poderá resultar em perdas de até 120 mil milhões de dólares para a economia mundial. É mais do que os prejuízos do furacão Katrina.

Os recentes ataques informáticos de ransomware causaram sérios problemas a muitas empresas, incluindo suspensão de operações. Por isso, o mundo ficou de olhos postos neste risco ainda novo, pois um sério ataque informático pode custar dinheiro. Muito dinheiro. E quanto? De acordo com a seguradora Lloyd’s of London, os prejuízos podem ser equivalentes aos provocados pelo furacão Katrina, ou cerca de 120 mil milhões de dólares.

Num relatório de 59 páginas, citado pelo jornal britânico, a seguradora alerta para os riscos que o cibercrime vai representar ao longo dos próximos dez anos. Um ataque informático que fosse capaz de derrubar um provedor de serviços de armazenamento na “nuvem” seria capaz de provocar perdas na ordem dos 53 mil milhões de dólares, em média, na ótica da Lloyd’s of London.

Para esta que é a seguradora mais antiga do mundo, a janela de prejuízos em matéria de ciberataque situa-se entre 15 mil milhões e 121 mil milhões de dólares. Por outras palavras, um ataque dos mais graves poderá significar custos para a economia global tão grandes quanto os provocados por alguns desastres naturais como os furacões Katrina ou Sandy.

O Katrina foi um furacão destruidor que afetou sobretudo o golfo do México em 2005, provocando perdas estimadas de 108 mil milhões de dólares. Já o Sandy, considerado um dos mais mortíferos da história dos Estados Unidos, resultou em prejuízos entre 50 e 70 mil milhões de dólares, para não falar nas 233 vidas que se perderam entre outubro e novembro de 2012 naquele país.

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CEO da easyJet de partida para a TV londrina

Carolyn McCall aceitou o cargo de CEO da ITV, uma televisão com sede em Londres.

A ITV contratou a CEO da companhia aérea easyJet para liderar os destinos da cadeia de televisão. Carolyn McCall deverá fazer as malas no final do ano e estrear-se na ITV em janeiro do próximo ano. A easyJet já está à procura de novo “piloto”.

O anúncio foi feito por ambas as empresas. Carolyn McCall justificou a mudança com o facto de a ITV ser uma “empresa fantástica e parte de um setor dinâmico e estimulante”, regista a Bloomberg. Após os sete anos que esteve à frente da easyJet, McCall sai como uma “cliente fiel”, afirma ainda.

A ITV contrata Carolyn McCall numa altura em que as receitas com publicidade estão em declínio dadas as notícias frequentes de que será comprada e à incerteza que o Brexit criou nos retalhistas. A ITV tem reduzido custos e o número de postos de trabalho. Adam Crozier, o CEO que está de saída, tinha vindo a investir na produção para reduzir a dependência da publicidade, que em 2016 era de 47%. Em 2010, quando este tomou posse, a dependência ascendia aos 64%.

Do lado da easyJet, McCall deixa para trás problemas como o declínio dos preços do petróleo, o medo receio dos ataques terroristas e o impacto do Brexit. Apesar dos desafios, a empresa valoriza 39,2% desde o início de 2017. Hoje, com o anúncio da saída de McCall, as ações caem 0,71% para os 1.401 pences de libra por ação.

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China anima Europa, EDP puxa por Lisboa

A bolsa de Lisboa abriu as negociações em terreno positivo, apoiada principalmente no setor da energia. Forte crescimento económico chinês está a dar ânimo aos investidores.

Abertura morna na bolsa de Lisboa. O PSI-20 arrancou a sessão desta segunda-feira a subir ligeiramente, acompanhando a tendência das principais praças europeias.

O principal índice nacional avançava 0,13%, beneficiando de um dia positivo no setor da energia. Mas os mercados também beneficiavam de bons ares vindos da China. O país de Xi Jinping apresentou um forte crescimento económico de 6,9% em relação ao segundo trimestre deste ano, dando indícios de solidez quanto à economia mundial.

Em Portugal, a EDP puxava pela bolsa ao avançar 0,54% para 2,98 euros, enquanto a Galp Energia subia 0,11% para 13,57 euros, num dia em que o petróleo valoriza mais de 0,15% em Nova Iorque e em Londres. A petrolífera portuguesa revelou esta segunda-feira um forte crescimento na produção, sobretudo no Brasil. Em contrapartida, cenário vermelho na EDP Renováveis, que caía 0,48% à hora de abertura.

A bolsa beneficiava ainda de valorizações por parte dos CTT e da Mota-Engil, num dia em que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, está no México e inaugurará novas instalações da construtora naquele país. Também o BCP aliviava o índice e subia 0,16% para 25 cêntimos.

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Metro do Porto: em menos de um mês, mais de 20 interessados

  • ECO
  • 17 Julho 2017

Entre as várias entidades interessadas na concessão estão grandes grupos internacionais. Atualmente é a Via Porto, do grupo Barraqueiro que detém a concessão.

O concurso para a subconcessão do metro do Porto está em andamento há menos de um mês mas já 24 entidades manifestaram interesse. O presidente espera que metade resulte em propostas concretas.

O interesse das 20 entidades foi manifestado através da pesquisa na plataforma eletrónica onde se encontra a informação sobre o processo. O concurso, em vigor desde dia 23 de junho, propõe que a concessão se estenda por sete anos, a começar em abril de 2018, pelo valor de 221 milhões de euros.

Atualmente é a Via Porto, do grupo Barraqueiro que detém a concessão. A Metro do Porto paga cerca de 35 milhões por ano de acordo com o contrato em vigor. Na nova subconcessão, admite pagar até 38 milhões pois acredita que o próximo operador tenha mais encargos, que advêm de novas obrigações. São elas a manutenção de material circulante, escadas rolantes e elevadores e do sistema de bilhetes. A portaria estima que o encargo máximo seja de 311,1 milhões de euros por ano.

Outra das alterações previstas ao contrato é o fim do sistema de “bónus/malus” que dita ajustes nos encargos para a Metro do Porto consoante a procura. Os projetos de extensão já estão incluídos nos preços em discussão.

 

O preço é precisamente o critério que definirá o vencedor do concurso. Jorge Delgado diz ao Jornal de Negócios (acesso pago) que espera uma “competição interessante” que leve a um “preço interessante”. As propostas serão aceites até 25 de setembro e a decisão será conhecida em outubro, para que o contrato seja assinado em dezembro.

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Costa diz que “matar o Turismo” não é solução para habitação no Porto e Lisboa

  • Lusa
  • 17 Julho 2017

António Costa apontou mesmo a habitação como "uma das políticas centrais" da legislatura, lamentando que o país tenha abandonado no final dos anos 90 o "esforço" das políticas públicas nesta área.

O secretário-geral do PS afirmou hoje que a solução para a habitação “não é matar o Turismo”, mas tornar Lisboa e Porto “cidades da diversidade”, salientado que “não se pode expulsar as classes médias” daqueles centros urbanos.

No Porto, na apresentação da candidatura de Manuel Pizarro à Câmara Municipal do Porto como cabeça de lista pelo PS, António Costa apontou mesmo a habitação como “uma das políticas centrais” da legislatura, lamentando que o país tenha abandonado no final dos anos 90 o “esforço” das políticas públicas naquela área.

“Deixem-me ser muito claro sobre isso. A solução não está em matar o Turismo, porque o Turismo é uma componente fundamental das cidades, o que isso tem transformado Lisboa, o que isso tem transformado o Porto”, disse, num discurso muito pautado pelo clima autárquico da cidade do Porto, com elogios à lealdade de Manuel Pizarro enquanto vereador ao presidente da autarquia portuense, Rui Moreira, com quem chegou a ser equacionado concorrer nas eleições de 1 de outubro.

Para o líder socialista, “a solução está em ter uma cidade da diversidade, uma cidade para todos, onde todos caibam, onde caibam aqueles que aqui procuram refúgio porque fogem da guerra da Síria, que vem para cá estudar (…), que caibam cá aqueles estrangeiros que cá querem viver porque aqui encontraram o amor para poderem construir a sua vida”.

António Costa explanou que “não basta ter um bom aeroporto, ter boa gastronomia, bons bares, ter as Galerias de Paris, estar na onda, para que os turistas venham visitar as cidades”, porque, salientou, “o turismo de cidade vem à procura de experiência nova, daquilo que é diferente e aquilo que dá diferença são as pessoas que lá vivem”.

Por isso, Costa deixou um aviso: “Se queremos cidades vivas e coesas não podemos expulsar as classes médias das cidades, se queremos cidades com vida, temos que ter as novas gerações e os jovens a viver nos centros das cidades”, alertou.

“Aqui têm direito a viver aqueles que querem visitar-nos como turistas, mas aqui têm que ter direito também a viver os que simplesmente são portuenses e que querem continuar a ser portuenses”, afirmou.

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Governo contra alojamento local do PS. Costa manda começar de novo

  • ECO
  • 17 Julho 2017

O primeiro-ministro é contra à proposta do alojamento local apresentada pelo PS. Projeto já tinha oposição de Lisboa e do Porto, e nem deverá ser discutido do Parlamento.

O projeto-lei desenhado por dois deputados socialistas sobre o alojamento local tem oposição do primeiro-ministro António Costa, para além dos presidentes da Câmara de Lisboa e do Porto, pelo que deverá cair por terra logo à nascença. Segundo fontes ouvidas pelo Público [acesso condicionado], a proposta nem deverá sequer ser debatida no Parlamento.

Um dos motivos para a morte anunciada do projeto são, precisamente, as críticas já proferidas pelos líderes das duas principais autarquias do país. Lisboa e Porto nem sequer terão sido consultados pelos autores do projeto, os deputados do PS Carlos Pereira e Filipe Neto Brandão, refere o jornal. Outra razão é a própria natureza do conteúdo, em que se atribuem aos vizinhos o poder de permitir ou desautorizar a prática do alojamento local ao nível do condomínio.

Além do mais, o Governo já partiu para a criação da nova secretaria de Estado da Habitação. A pasta ficará a cargo de Ana Pinho e, escreve o Público, um dos objetivos é adotar medidas que criem arrendamento acessível à classe média, falando-se de “uma nova fase” neste setor. Desta forma, face à oposição de Lisboa, Porto e do próprio primeiro-ministro, o já polémico projeto-lei do PS terá morte anunciada.

O alojamento local é uma atividade de arrendamento de habitação de curta duração para fins turísticos. Potenciada por plataformas tecnológicas com a Airbnb, esta prática tem vindo a proliferar-se em Portugal, havendo, a 30 de maio de 2017, quase 43.000 unidades de alojamento local registadas pelo Turismo de Portugal. A prática é muito comum na capital portuguesa, com 22% das habitações da freguesia de Santa Maria Maior registadas na Airbnb para esta prática.

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Galp produz mais petróleo. Margens de refinação aceleram

A petrolífera portuguesa continua a revelar um forte crescimento na produção de petróleo. Extraiu quase 90 mil barris de petróleo ou produto equivalente no segundo trimestre à boleia do Brasil.

A Galp Energia voltou a revelar um forte crescimento na produção de petróleo. Foram extraídos 89,9 mil barris de petróleo ou produto equivalente durante o último trimestre, uma evolução explicada pelo Brasil já que a produção em Angola encolheu. Num período marcado por preços do petróleo mais elevados, as margens de refinação aceleraram.

De acordo com os dados preliminares divulgados pela empresa liderada por Carlos Gomes da Silva — que vai revelar as contas finais a 31 de julho –, a produção média de petróleo passou de 54,7 para 89,9 mil barris de petróleo ou produto equivalente, quando a produção apenas de petróleo ascendeu a 78 mil barris, mais 51% que no período homólogo. No Brasil, a produção disparou 81,7%. Em Angola encolheu 12,8%.

Esta maior produção da matéria-prima aconteceu num trimestre em que os preços do petróleo estiveram mais elevados. O preço 8,9% acima do registado no mesmo trimestre do ano passado terá ajudado a empresa portuguesa a registar um forte aumento nas margens de refinação.

Segundo o comunicado enviado à CMVM, a Galp Energia nota que as margens de refinação de referência na Europa foram de 4,3 dólares por barril durante o segundo trimestre, uma melhoria face ao trimestre homólogo e face ao trimestre anterior. Neste segundo trimestre do ano, as vendas de produtos refinados da Galp Energia aumentaram em 13,9%.

Nota ainda para o gás, que também apresentou uma evolução positiva neste período. As vendas totais de gás natural e gás natural liquefeito apresentaram um aumento de 8,3% no segundo trimestre deste ano.

(Notícia atualizada às 7h26 com mais informação sobre os dados preliminares da Galp Energia)

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