Parparticipadas vende participação no BPN Brasil por 13 milhões de euros

A empresa do universo BPN vendeu a sua participação na holding que detém o BPN Brasil por cerca de 13 milhões de euros. Negócio ainda tem de ser aprovado pelo Banco Central do Brasil.

A Parparticipadas, uma das empresas do universo BPN, vendeu a participação de 93,65% que detinha na dona do banco BPN Brasil. A alienação da participação no capital da holding BPN Participações Brasil foi assinada pela empresa esta segunda-feira, informou a companhia numa nota submetida à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O Estado vende assim o BPN Brasil à empresa brasileira Crefipar Participações e Empreendimentos. O negócio, que deverá valer cerca de 13 milhões de euros, ainda precisa de luz verde do Banco Central do Brasil.

“O valor da transação corresponderá ao valor dos capitais próprios nesta data, acrescido de um ágio de dois milhões de euros, sendo o valor de referência dos capitais próprios (de 30 de novembro de 2016) de 11,03 milhões de euros”, indica a Parparticipadas em comunicado.

Por fim, a firma recorda que esta transação é mais um passo no sentido de dar “continuidade ao processo de venda das participações sociais” que passaram do antigo Banco Português de Negócios (BPN) para o Estado “em fevereiro de 2012”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Cavaco apela à responsabilidade dos líderes europeus, 25 anos depois de Maastricht

  • Lusa
  • 6 Fevereiro 2017

O ex-Presidente da República apela à responsabilidade dos líderes europeus, admitindo recear a ignorância de alguns em relação “às consequências dramáticas” de uma rutura da união monetária.

O ex-Presidente da República Cavaco Silva apela à responsabilidade dos líderes europeus, admitindo recear, no 25º aniversário da assinatura do Tratado de Maastricht, a ignorância de alguns em relação “às consequências dramáticas” de uma rutura da união monetária.

Numa declaração escrita enviada à agência Lusa a propósito da passagem dos 25 anos da assinatura do Tratado de Maastricht, Cavaco Silva diz tratar-se de “um dos mais importantes marcos da história da construção europeia”, defendendo que, um quarto de século depois, “as liberdades que são timbre da União devem ser defendidas e proclamadas pelo conjunto das nações europeias, cientes de que a União as faz mais fortes”.

Espero que os líderes europeus estejam à altura das suas responsabilidades e correspondam, dessa forma, às expectativas dos cidadãos. Receio, no entanto, a ignorância de alguns deles em relação às consequências dramáticas que uma rutura da união monetária teria na vida dos cidadãos”, sublinha Cavaco Silva, que, a 07 de fevereiro de 1992, presidiu à cerimónia de assinatura do Tratado de Maastricht na qualidade de presidente do Conselho da União Europeia.

Espero que os líderes europeus estejam à altura das suas responsabilidades e correspondam, dessa forma, às expectativas dos cidadãos. Receio, no entanto, a ignorância de alguns deles em relação às consequências dramáticas que uma rutura da união monetária teria na vida dos cidadãos.

Cavaco Silva

Ex-Presidente da República

Recordando que, nessa cerimónia, alertou para o facto de o tratado que iria ser assinado representar “o começo de um novo ciclo” e não “uma etapa final”, Cavaco Silva, que em 1992 desempenhava também o cargo de primeiro-ministro, faz uma retrospetiva das negociações “particularmente duras” então levadas a cabo, com “momentos de tensão e de grande incerteza” quanto à possibilidade de se chegar a um acordo.

Mas, lembra, “na Cimeira de Maastricht, a 9 e 10 de dezembro de 1991, o espírito de solidariedade da construção europeia prevaleceu sobre as divergências”.

O Tratado da União Europeia, como passou a designar-se, congregou pela primeira vez as vertentes económica, monetária e política. A grande novidade foi a instituição da união monetária, que viria a tornar-se uma realidade na vida dos cidadãos europeus em janeiro de 1999 com a criação da moeda única. Um passo de gigante do processo de integração europeia. Uma verdadeira revolução”, relata o antigo Presidente da República.

Portugal, conta, conseguiu naquela negociação a criação de um novo fundo de coesão para financiar projetos nas áreas do ambiente e das redes transeuropeias, para além do reforço dos fundos estruturais.

Num tempo em que a ‘espuma dos dias’ ocupa grande parte da atenção, é difícil recordar a transformação que Portugal sofreu desde a nossa adesão às Comunidades, em 1986”, sublinha.

Considerando que Maastricht foi determinante neste processo, “mesmo que não tenham sido evitadas novas crises, seja por políticas erradas seguidas pelos diferentes Estados, seja por deficiente supervisão por parte das instituições europeias”, Cavaco Silva reconhece, contudo, que “não se avançou devidamente, como estava previsto, na coordenação das políticas económicas dos Estados-Membros”.

“Considero um erro assacar às insuficiências de Maastricht e ao euro a responsabilidade pela crise com que os países da União Europeia se vêm defrontando nos últimos anos. Como afirmei em 1992, o Tratado não era um fim, mas o começo de um novo ciclo”, escreve o antigo Presidente da República.

Considero um erro assacar às insuficiências de Maastricht e ao Euro a responsabilidade pela crise com que os países da União Europeia se vêm defrontando nos últimos anos. Como afirmei em 1992, o Tratado não era um fim, mas o começo de um novo ciclo.

Cavaco Silva

Ex-Presidente da República

Pois, acrescenta, “as dificuldades não terminaram, nem vão terminar” e os “desafios adiante são muitos e as incertezas parecem avolumar-se”, com a crise dos refugiados, a falta de crescimento, o terrorismo, os novos protecionismos, o ‘Brexit’ ou as alterações climáticas.

“Mas é importante recordar sempre que a Europa nunca teve tanto tempo de paz e de prosperidade como este que conhecemos nas últimas seis décadas. Cabe por isso aos líderes de hoje permanecerem firmes na defesa dos ideais europeus – os valores de uma sociedade tolerante e humanista, onde cada um possa viver em segurança e respeito mútuo”, defende.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Estado: número de novos reformados cai 23% no primeiro trimestre

  • Lusa
  • 6 Fevereiro 2017

São 1.357 os funcionários públicos que vão passar à reforma nos primeiros três meses do ano.

O número de funcionários públicos que passam para a reforma no primeiro trimestre deste ano caiu 23% face a 2016, para um total de 1.357 pessoas.

De acordo com a lista mensal de aposentados da Caixa Geral de Aposentações (CGA) hoje publicada em Diário da República, relativa a março, até ao final do próximo mês vão passar mais 367 funcionários da Administração Pública para a reforma.

Estes somam-se aos restantes 990 funcionários que já passaram para a reforma este ano, perfazendo um total, entre janeiro e março, de 1.357 pessoas, de acordo com as contas feitas pela agência Lusa.

O número de novos pensionistas para o primeiro trimestre representa uma quebra de 23% relativamente ao número apurado para o mesmo período de 2016, quando o número de aposentados já tinha caído 63% em termos homólogos.

De acordo com um relatório divulgado em abril passado pelo Conselho de Finanças Públicas (CFP), no conjunto de 2015, o número de novos aposentados foi o mais baixo desde 2001 e muito aquém da média de cerca de 22 mil, registada na última década.

O valor médio das pensões atribuídas em 2015 diminuiu 10,7% face ao ano anterior, fixando-se nos 1.112 euros, segundo a análise feita pela instituição liderada por Teodora Cardoso.

Esta quebra, segundo CFP, resulta das alterações ao regime de pensões feitas nos últimos dois anos e que agora começam a produzir efeito, nomeadamente, o aumento da idade da reforma e as penalizações por aposentação antecipada.

Hoje, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) afirmou que as reformas de pensões em Portugal foram feitas à custa dos jovens e dos futuros reformados e que os pensionistas atuais, em particular no setor público, têm benefícios “significativamente mais generosos”.

Num relatório sobre a economia portuguesa, a organização refere que “tanto a desigualdade como a pobreza têm estado a aumentar desde a crise”, sendo as crianças e os jovens os grupos mais afetados, com um aumento de três pontos percentuais, ao passo que a pobreza entre os pensionistas caiu quase seis pontos percentuais desde 2009.

De acordo com o Relatório de Acompanhamento da Execução Orçamental da Segurança Social, divulgado em agosto do ano passado pelo Tribunal de Contas (TdC), o número de funcionários públicos aposentados ultrapassou, pela primeira vez, em 2015, o número de subscritores da CGA, ou seja, os trabalhadores que estão no ativo e pagam quotas para efeitos de reforma.

Segundo o TdC, o total de aposentados da CGA ascendia, no final do ano passado a 486.269 pessoas mais 23,5% que em 2006, enquanto o número de subscritores era de 473.446, menos 235.551 que em 2006 (33,2%).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Merkel já é a candidata oficial do partido, mas desce nas sondagens

A atual chanceler foi confirmada oficialmente como a candidata do seu partido às eleições alemãs de setembro. No dia 24 desse mês, Angela Merkel tentará ser eleita pela quarta vez.

Apesar de as sondagens não lhe serem favoráveis, Merkel decidiu recandidatar-se a um quarto mandato à frente da política alemã e o seu partido confirmou-a como candidata esta segunda-feira. A atual chanceler alemã foi aprovada tanto pelo seu partido, os democratas cristãos, como pelos partidos cristãos que apoiam o Governo, apesar de criticarem a política de refugiados, avança a Reuters.

O bloco conservador alemão está pronto para apoiar a chanceler, mas as últimas sondagens não abonam em seu favor. Segundo a Bloomberg, desde 2013 que o SPD, outro dos partidos da atual solução governativa mas que é de centro-esquerda, não aparecia à frente da CDU, o partido de Merkel, nas sondagens.

Se a eleição fosse hoje o SPD conseguia 31% contra 30% da CDU. O candidato do SPD — Martin Schulz, o ex-presidente do Parlamento Europeu, que substituiu Sigmar Gabriel — foi anunciado em janeiro e desde aí que o partido tem recuperado nas sondagens. Em apenas duas semanas, Schulz fez subir as sondagens em quatro pontos percentuais. No mesmo período, Merkel desceu três pontos percentuais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BCE: Novo travão nas compras de dívida portuguesa

Banco Central Europeu (BCE) voltou a travar a fundo na compra de dívida portuguesa no início do ano, uma evolução que sugere que está a ficar sem obrigações nacionais no mercado.

O Banco Central Europeu (BCE) voltou a diminuir o ritmo de compra de obrigações portuguesas em janeiro, reforçando a ideia de que está a ficar sem títulos nacionais disponíveis para compra no âmbito do seu plano de aquisição de dívida dos governos da zona euro.

A entidade liderada por Mario Draghi comprou “apenas” 688 milhões de euros em Obrigações do Tesouro de Portugal no mês passado, abaixo dos 725 milhões que havia comprado em dezembro e ainda mais aquém dos 1.000 milhões com que havia comprado mensalmente nos meses anteriores. No total, o BCE detinha 25,3 mil milhões de euros em dívida portuguesa a 31 de janeiro de 2017.

O BCE decidiu em dezembro estender este programa até final de 2017, prevendo baixar o ritmo de aquisições dos 80 mil milhões de euros por mês para os 60 mil milhões de euros mensais a partir de abril. Ainda assim, o Conselho de Governadores manteve o limite de compras por emitente/emissão nos 33%, uma decisão que acabou por penalizar sobretudo Portugal, que tem menos obrigações elegíveis para o programa do BCE.

A escassez de títulos disponíveis já tinha sido sinalizada pelo mercado, refletindo esse cenário de ausência do BCE na subida dos juros da dívida portuguesa. A yield implícita nas obrigações a 10 anos atingiu esta segunda-feira o nível mais elevado desde março de 2014.

(Notícia em atualizada às 15h54)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Draghi promete mais estímulos se preços vacilarem

Em defesa do programa de compra de dívida pública, Mario Draghi admite aumentar poder de fogo da bazuca do Banco Central Europeu (BCE) se os preços na região ameaçarem a retoma económica.

A economia da zona euro continua em retoma, mas ainda é cedo para o Banco Central Europeu (BCE) considerar a retirada do seu programa de estímulos monetários, declarou esta segunda-feira o presidente da autoridade monetária, Mario Draghi, perante a Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários, no Parlamento Europeu.

“O apoio das nossas medidas de política monetária ainda é necessário para as taxas de inflação convergirem rumo aos nosso objetivo com confiança suficiente e de uma forma sustentada”, referiu Draghi, fazendo a defesa do seu plano de compra de dívida dos governos da zona euro, numa altura em que endurece a oposição (sobretudo alemã) em relação ao quantitative easing.

O BCE decidiu em dezembro prolongar as aquisições de obrigações públicas até final de 2017, prevendo baixar o ritmo de aquisição dos 80 mil milhões mensais para os 60 mil milhões a partir de abril.

Draghi reconhece que a inflação está a caminho do objetivo para o qual o BCE está mandatado — uma taxa perto, mas inferior a 2% –, mas sublinha que é sobretudo a energia que está a impulsionar os preços na região, quando tanto a economia como o mercado de trabalho se apresentam em melhores condições.

"O apoio das nossas medidas de política monetária ainda é necessário para as taxas de inflação convergirem rumo aos nosso objetivo com confiança suficiente e de uma forma sustentada.”

Mario Draghi

Presidente do BCE

“A subida da inflação em dezembro e janeiro reflete em larga medida um efeito de base considerável e ainda as recentes subidas dos preços de energia. Até ao momento, as pressões da inflação subjacente continuam bastante baixas e só deverão aumentar apenas gradualmente”, precisou Draghi, que admite reforçar as compras caso o outlook para a inflação seja mais negativo.

“A abordagem da nossa política monetária atual antecipa que, caso as perspetivas para a inflação sejam menos favoráveis, ou caso as condições financeiras se tornem inconsistentes com os progressos rumo a um ajustamento sustentado no caminho da inflação, o Conselho de Governadores está preparado para aumentar o tamanho ou duração do programa de compra de ativos“, frisou ainda.

Os preços na zona euro terão crescido 1,8% em janeiro, de acordo com o Eurostat, acima das previsões dos analistas. Já a taxa de inflação subjacente — que exclui os preços mais voláteis da energia e alimentação — de janeiro ficou apenas nos 0,9%, abaixo da taxa de 1% verificada há um ano. A economia do bloco da moeda única cresceu 0,5% no quarto trimestre do ano passado, um desempenho que ficou em linha com o esperado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

OCDE: Portugal tem polícias e professores a mais

Em Portugal há áreas do Estado com falta de pessoal e outras com excesso. É o caso das forças de segurança e da educação, identifica a OCDE. Emprego público volta a aumentar.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) é categórica: Portugal tem polícias e professores a mais. Constatando que as despesas com pessoal no Estado “estão novamente a aumentar”, a instituição alerta que é necessário vigiar de perto se a ‘regra do dois por um’ está a ser cumprida.

Presentemente, Portugal tem “falta de pessoal em algumas áreas”, reconhece a OCDE, no relatório divulgado esta segunda-feira em Lisboa. Mas simultaneamente “há provas de excesso de pessoal noutras, como forças de segurança e educação”. Citando um exemplo, a organização liderada por Angel Gurría, aponta os 432 polícias por 100 mil habitantes, um valor que torna a polícia portuguesa 36% mais bem equipada do que as polícias na média dos países europeus. Já na educação, “a queda do número de alunos não tem sido totalmente refletida nos ajustamentos no número de pessoal técnico”, aponta a OCDE.

Apesar desta avaliação e de apontar o dedo ao facto de as despesas com pessoal estarem a subir — há, contudo, uma constatação de que os cortes nos salários da Função Pública não poderiam ser tornados permanentes –, a OCDE frisa que “o congelamento transversal dos consumos intermédios tem sérios riscos de implementação e poderá não implicar uma contenção sustentável da despesa, já que os consumos intermédios podem, em princípio, ser reduzidos contratando pessoal para desempenhar tarefas que antes eram feitas em outsourcing“.

A OCDE constata que o emprego público aumentou 0,8% em termos anuais, até meados de 2016, “revertendo” a tendência de queda que se vinha a verificar e que consistia na materialização das recomendações que a OCDE tinha feito em 2014. Com a reintrodução da semana de 35 horas para a maior parte dos funcionários públicos e este aumento no emprego público, a OCDE sublinha a necessidade de “monitorar de perto para verificar se o compromisso de contratar um funcionário por cada dois que saem será cumprida”.

Emprego público aumentou 8% nos últimos 12 meses

2017fev6_ocde-01
Fonte: OCDE

O Executivo está a levar a cabo uma revisão ao nível da saúde, educação, concursos públicos e setor empresarial do Estado.”os resultados desta análise devem ser implementados”, sugere a OCDE, “para garantir ganhos de eficiência”.

Em termos de emprego, a OCDE deixa ainda uma nota de dúvida quanto à eficiência das descida do IVA na restauração. “A redução do IVA recentemente introduzida na restauração dificilmente gerará os efeitos positivos esperados no emprego”. Por isso, “a questão deve ser cuidadosamente avaliada”, para além de que esta medida “vai reduzir ainda mais a eficiência do IVA”. A organização cita o exemplo francês de que medidas deste tipo têm efeitos muito fracos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hater: quando o ódio leva ao amor

  • Juliana Nogueira Santos
  • 6 Fevereiro 2017

Costuma-se dizer que há gostos para tudo, mas os ódios podem dizer mais de uma pessoa que os seus gostos. Há uma nova aplicação de encontros que acredita nisto e o ajuda a encontrar o amor.

Não odeia quando as pessoas chegam atrasadas aos compromissos? Ou quando os condutores passam com o carro mesmo numa poça só para molhar quem vai no passeio? Ou a discografia completa da Taylor Swift? E brócolos, não são horríveis? Há por aí alguém que odeia exatamente as mesmas coisas e pode ser o amor da sua vida. Agora pode encontrar esse alguém.

Chama-se Hater e é a nova aplicação de encontros que permite encontrar pessoas parecidas consigo, deixando os gostos para trás e dando destaque aos ódios comuns. Através da classificação de 3.000 tópicos escolhidos a dedo, é possível fazer as melhores combinações, tendo também em conta a localização.

O método por si só já promete desbloqueadores de conversa automáticos, ainda assim o esforço por acabar pelos clichés das primeiras conversas foi ainda maior, com a aplicação a mostrar uma pergunta de escolha múltipla antes de cada conversa começar. É suposto que, se os ódios em comum não sejam suficientes, a resposta ajude a dar o primeiro passo.

hater-1
“Não odeias quando…”Hater

A ideia é de Brandan Alper, um ex Goldman Sachs que desistiu da carreira na banca para se tornar comediante. Primeiro usava-a como piada, mas depois de se aperceber como os ódios aproximam as pessoas, encontrou um bom ponto de partida.

“O que odiamos é uma parte importante de quem nós somos, mas é varrida para debaixo do tapete em nome da nossa persona pública“, afirmou Alper num comunicado. “Queremos que as pessoas se expressem com mais honestidade. Além disso é mais fácil começar uma conversa se souberes que ambos detestam pickles.

Com o mote, já transformado em hashtag, “love through hate”, a aplicação está disponível em versão beta para o iOS, mas estará oficialmente disponível para download no dia 8 de fevereiro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fisco: Unidade de Grandes Contribuintes acompanha 417 empresas

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 6 Fevereiro 2017

Lista da Autoridade Tributária e Aduaneira foi publicada hoje em Diário da República.

São 417 as empresas acompanhadas pela Unidade dos Grandes Contribuintes, de acordo com a lista publicada esta segunda-feira em Diário da República. Aqui estão incluídos bancos, empresas de distribuição, centros hospitalares, entre outros.

Embora o acompanhamento se estenda a contribuintes singulares, a divulgação só abrange as sociedades. A lista integra empresas com volume de negócios superior a 200 milhões de euros (ou 100 milhões, no caso de banca e seguros), bem como sociedades gestoras de participações sociais com rendimentos superiores a 200 milhões de euros e ainda entidades com um valor global de impostos pagos acima de 20 milhões de euros. Só neste caso foram identificadas 337 sociedades.

Há ainda 45 sociedades que, não preenchendo aqueles requisitos, são consideradas relevantes nomeadamente por terem uma relação societária com as entidades abrangidas. Por fim, acrescem 35 sociedades integradas em grupos constituídos por aquelas entidades.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Wall Street abre semana em queda

A terceira semana da nova Administração traz acumulados vários problemas de imigração, contestação popular, relações diplomáticas e comerciais. Os investidores não estão a gostar da incerteza.

A incerteza continua a marcar a realidade norte-americana. No final da semana passada os mercados ficaram contentes com o anúncio de que Trump iria desregulamentar Wall Street, mas os conflitos relacionados com o decreto anti-imigração e as declarações sobre Putin estão a assustar a bolsa norte-americana.

Mesmo com os dados positivos relacionados com o emprego, divulgados na sexta-feira passada, os investidores não estão animados no início desta semana. O Dow Jones abriu a descer 0,2% para os 20.028,51 pontos, mantendo-se acima da linha dos 20 mil pontos. O S&P 500 acompanha essa descida com uma redução de 0,14% para os 2.294,09 pontos. Também em terreno negativo abriu o Nasdaq (-0,23%) para os 5.654,36.

Em causa estão as políticas isolacionistas que Donald Trump já anunciou ou prevê-se que vá anunciar, nomeadamente as restrições nos viajantes para os Estados Unidos. Além disso, confrontado com a afirmação “Putin é um assassino”, o Presidente dos EUA respondeu numa entrevista à FOX News que “há muitos assassinos”. “Acha que o nosso país é assim tão inocente?”, questionou.

Acresce a tensão atual entre Washington e Teerão com as sanções que Trump impôs ao Irão. “Algumas das mais recentes ordens executivas da Administração de Trump servem de lembrete que este Presidente vai seguir as promessas da campanha relacionadas com o comércio e imigração, que podem ser disruptivas para os mercados financeiros e a economia real”, recordou esta segunda-feira um analista da Goldman Sachs, Alec Phillips, citado pela Bloomberg.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

A improvável ligação entre camarão e vinho

  • Lusa
  • 6 Fevereiro 2017

Universidade de Aveiro faz um estudo para substituir os conservantes sintéticos por extratos naturais, que podem ser obtidos a partir das cascas de camarão ou de culturas de fungos.

A conservação de sumos, vinhos e vinagres pode ser feita com extratos de casca de camarão, conclui um estudo da Universidade de Aveiro (UA) hoje divulgado.

O trabalho dá mais um passo para a substituição dos conservantes sintéticos por extratos naturais, que podem ser obtidos a partir das cascas de camarão ou de culturas de fungos, refere a UA.

As películas feitas a partir destes extratos [casca de camarão] podem ser usadas, seja em vinhos, em vinagres ou em qualquer outra bebida como sumos ou infusões. Para além de ser uma solução saudável e ecológica, esta película mantém intactas as características dos produtos”, explica uma nota de imprensa da Universidade de Aveiro.

Atualmente é feita a adição de conservantes sintéticos, na produção de bebidas alcoólicas, de vinagres e de sumos, como o anidrido sulfuroso, para evitar a proliferação de microrganismos que degradam o produto e as oxidações que o acastanham.

Estes compostos químicos, para além de danificarem a atmosfera, podem causar reações alérgicas em algumas pessoas”, advertem os investigadores.

Já em 2012, uma equipa da Unidade de Investigação de Química Orgânica, Produtos Naturais e Agroalimentares (QOPNA) do Departamento de Química (DQ) da Universidade de Aveiro, coordenada por Manuel Coimbra, havia anunciado uma alternativa a pensar nos consumidores alérgicos e no ambiente: a adição, durante a produção do vinho, de um polissacarídeo chamado quitosana, que é extraído das cascas dos caranguejos e dos camarões, ou mesmo de fungos.

A solução, para além de ser mais saudável, faz uso de resíduos de camarão que de outra forma iriam para o lixo, e mantém todas as características sensoriais do vinho, seja no sabor seja no aroma.

Depois de uma primeira parceria com a empresa Dão Sul, que produziu para fins experimentais três mil litros de vinho branco e 300 litros de vinho tinto sem conservantes pelo método indicado pela Universidade de Aveiro, foi realizado um trabalho de mestrado em ambiente empresarial na empresa Mendes Gonçalves, um dos líderes do mercado nacional de produção de vinagres, molhos e temperos, para testar aquele método.

O trabalho de mestrado de Ana Tasso Rosa, orientado pela investigadora Cláudia Nunes, confirmou que também a adição ao vinagre das películas feitas à base de extratos de camarão, em substituição dos sulfitos, conserva o produto, enquanto mantém todas as características sensoriais do tempero.

Manuel Coimbra desfaz os receios de consumidores alérgicos a marisco e garante que as películas feitas “à base de cascas de camarão não provocam alergias a pessoas com intolerância ao marisco, o que torna esta solução ainda mais abrangente para poder ser utilizada em vinhos, incluindo o espumante, vinagres e outras bebidas como a cidra, os sumos, ou as infusões, que podem ser consumidos por todos, mesmo as pessoas alérgicas a marisco e ao anidrido sulfuroso”, garante o investigador.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Concorrência aprecia compra da farmacêutica Generis pela Aurobindo Pharma

  • Lusa
  • 6 Fevereiro 2017

Com esta aquisição, a farmacêutica indiana passa a deter a unidade de produção da Amadora (distrito de Lisboa), com capacidade para fabricar 1,2 mil milhões de comprimidos/cápsulas por ano.

A compra da totalidade da farmacêutica portuguesa Generis pela farmacêutica indiana Aurobindo Pharma, através da sua subsidiária holandesa Agile Pharma, foi notificada à Autoridade da Concorrência (AdC), segundo um aviso publicado.

A operação de concentração foi notificada a 27 de janeiro, segundo o aviso da AdC publicado no seu portal, dando aos interessados na operação o prazo de dez dias para se pronunciarem, que termina esta semana.

De acordo com a agência de informação financeira Bloomberg, o acordo assinado prevê que a totalidade da farmacêutica portuguesa Generis seja adquirida por 135 milhões de euros.

A Generis, que é detida pela Magnum Capital, tem um amplo portfólio de produtos com grande participação nas áreas terapêuticas de cardiovascular, anti-infecciosos e sistema génito-urinário de medicamentos.

A Agile Pharma é uma sociedade gestora de participações sociais que se dedica à prestação de serviços de consultoria a empresas do Grupo Aurobindo, do qual faz parte.

O Grupo Aurobindo está presente em Portugal através da Aurobindo Pharma (Portugal) e da Aurovitas Unipessoal, empresas dedicadas à comercialização de produtos farmacêuticos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.