Apple tem um novo produto: o HomePod. Mas não só

Chama-se HomePod e é o segundo produto que a Apple lança com Tim Cook no comando. No total, são seis as novidades apresentadas pela marca esta segunda-feira. Conheça-as em detalhe.

A Apple apresentou esta segunda-feira algumas novidades para a próxima temporada, entre elas um produto completamente novo: o HomePod. Trata-se uma coluna de alta-fidelidade com as mesmas capacidades de inteligência artificial da assistente virtual Siri e que custará 349 dólares. Depois do Apple Watch, é o segundo novo produto a ser lançado pela marca com Tim Cook ao comando. Mas não são as únicas novidades. Comecemos pelo princípio, por ordem de relevância.

1. HomePod

Acredita-se que as assistentes virtuais domésticas, tais como o Amazon Echo (Alexa) e o Google Home, têm potencial para serem as próximas grandes plataformas. Agora, a Apple também tem um produto nesse segmento. O HomePod é uma coluna de alta-fidelidade capaz de ouvir e responder a comandos de voz. Inclui um anel de seis microfones e funciona de forma sincronizada com colunas iguais que tenha noutras divisões da casa.

Tem ainda um processador A8, igual ao de certos modelos do iPhone, e custará 349 dólares, um preço ligeiramente superior aos modelos de outras marcas. A marca justifica-se com o argumento de que o HomePod junta o melhor de uma boa coluna com o de uma boa assistente virtual, algo que garante ser único no mercado. O HomePod estará disponível a partir de dezembro nos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália. Chegará outros mercados no ano que vem e colocará finalmente a marca na corrida das assistentes virtuais, um segmento de mercado liderado pela Amazon.

A nova coluna inteligente da Apple. Também tem uma versão em preto.D.R.

2. iOS 11

Quando a Apple lançar os novos iPhones no final do ano, já virão com o iOS 11, a nova atualização do sistema da marca. Existem novidades no desenho do sistema e na forma como possibilita realizar várias tarefas em simultâneo. Traz não só melhorias para os telemóveis da marca como também para os iPads. Desde logo, a aplicação das mensagens permitirá pagamentos entre particulares de forma simples e rápida através do Apple Pay, o que até aqui não acontecia. Não há pistas para quando é que o serviço chega a Portugal, numa altura em que 50% das retalhistas nos Estados Unidos já aceitam este método de pagamento.

Mas nem tudo é dinheiro. Há novidades na aplicação Maps, que passará a integrar plantas de interiores em centros comerciais ou, por exemplo, em aeroportos. A assistente Siri ganha também uma nova voz… ou melhor, duas: a voz feminina está muito mais natural e inteligente (é capaz de pronunciar uma palavra de três formas ligeiramente diferentes), e ganha agora uma voz masculina para os utilizadores que optem por esta opção. A Siri passa também a estar sincronizada entre dispositivos, incluindo, claro, o HomePod.

Com o Apple Pay no Messenger, será possível transferir dinheiro entre particulares de forma rápida e simples.D.R.

Além disso, a Apple introduziu algumas melhorias na forma como o sistema comprime ficheiros como fotografias e vídeos, permitindo otimizar espaço de armazenamento. A aplicação Photos passa a conseguir criar álbuns detetando eventos e comemorações, tais como casamentos ou batizados. Inclui também um novo modo Do not disturb while driving, que permite respostas automáticas enquanto se conduz e impede a exibição de notificações durante a condução.

A Apple apresentou ainda uma série de novidades ligadas à realidade aumentada, que se começa agora a democratizar e a expandir por mais utilizadores. Mas a grande novidade, para além do control center reorganizado, é o redesenho total da App Store, a loja de aplicações da Apple que já rendeu 70 mil milhões de dólares aos programadores que para ela desenvolvem aplicações. O iOS 11 será uma atualização gratuita disponível a partir do outono.

A App Store vai ser completamente redesenhada no iOS 11.D.R.

3. iMac Pro

A marca da maçã pegou no macOS Sierra e levou-o mais alto, tendo apresentado esta segunda-feira o macOS High Sierra. O sistema operativo vai chegar em breve aos computadores Mac em todo o mundo de forma gratuita. Entre as novidades está o novo sistema de ficheiros que permite, por exemplo, duplicar ficheiros de grandes dimensões de forma quase instantânea.

A empresa de Tim Cook acabou também a largar uma bomba no Facebook, que tem vindo a apostar nos vídeos que se começam a reproduzir sozinhos. O browser da Apple, o Safari, irá impedir que isso aconteça daqui para a frente, o que pode colocar um travão na forma como a maior rede social do mundo espera gerar maiores taxas de engagement com o formato.

Conte também com melhorias nos iMac atualmente à venda. Entre elas, melhores ecrãs com suporte para mil milhões de cores, novos processadores Intel de sétima geração e que, basicamente, duplicarão a rapidez do computador de secretária da marca. Haverão ainda duas novas portas USB-C de alta velocidade na parte traseira e hardware para permitir o desenvolvimento de conteúdos e aplicações para ambientes virtuais.

Mas no que toca a Mac, a grande novidade está no iMac Pro, um novo modelo que a empresa vai vender por 4.999 dólares a partir do final do ano. Terá várias versões com processador de até 18 núcleos (sim, 18!), seis vezes melhor placa gráfica do que o melhor iMac no mercado, disco rígido de alta velocidade (SSD) com 4 TB de armazenamento, câmara frontal full HD e ideal para programadores no segmento da inteligência artificial. É um computador profissional, claramente voltado para quem precisa de um computador com capacidades de computação bastante avançadas. Veja-se, claro, pelo preço.

O novo iMac Pro, que só chegará no final do ano.D.R.

4. Novo iPad Pro 10,5”

Se está de olho nos tablets, conheça a nova atualização de hardware do iPad Pro. Inclui um ecrã 20% maior, de 10,5 polegadas, com o peso de apenas 450 gramas. Tem ainda um potente processador A10X de seis núcleos, com a marca a garantir ser um iPad Pro 30% mais rápido em termos de processamento e 40% superior em termos de desempenho gráfico.

Há ainda melhorias na caneta digital da Apple e, com o novo iOS 11, será possível escrever uma nota à mão e ver o sistema reconhecer a caligrafia como se fosse digital — mesmo quem não tem a letra mais bonita do mundo, garante a companhia norte-americana. O novo iPad Pro de 10,5 polegadas terá um preço entre 649 e 949 dólares, enquanto o iPad Pro de 12,9 polegadas começará nos 799 até aos 1099 dólares.

Preços da gama iPad Pro, com dois tamanhos e versões diferentes.D.R.

5. WatchOS 4

Quem já tem o relógio da Apple poderá contar com mais uma atualização ao sistema operativo. O WatchOS 4 trará novidades, sobretudo, para quem vê no Apple Watch o melhor companheiro de ginásio. O aparelho vai passar a poder ser emparelhado com os equipamentos do ginásio, partilhando informações entre eles. Quando a funcionalidade chegar no outono, a empresa garante chegar à grande maioria de marcas de aparelhos de ginástica no mercado.

Há ainda uma nova aplicação de música para o relógio e novas máscaras. Três delas são dedicadas aos personagens da saga Toy Story, mas também há um novo tema “Caleidoscópio” e uma máscara alimentada pela Siri, que mostra notificações e informações contextuais como já acontece no iPhone.

Há novidades para os desportistas no que toca ao Apple Watch.D.R.

6. Amazon na Apple TV

A última novidade de todas é a chegada do grande concorrente da Netflix à televisão da Apple. O serviço de streaming de filmes e séries Prime Video, desenvolvido pela Amazon, ficará disponível como uma aplicação da Apple TV. Não foram adiantados muitos mais detalhes na conferência de onde saíram todas estas novidades.

Tim Cook acabou de apresentar o segundo produto completamente novo da Apple desde que assumiu o cargo outrora ocupado por Steve Jobs.D.R.

Trata-se da WWDC, Worldwide Developers Conference, a conferência anual de programadores que a Apple organiza todos os anos por ocasião da primavera. O evento arrancou esta segunda-feira às 10h da manhã em San Jose, na Califórnia, 18h em Lisboa, e durará até ao final da semana. São 5.300 participantes no evento, da comunidade de 16 milhões de programadores que já existem em todo o mundo a criar aplicações para o sistema da marca.

E o que valem eles? Para a Apple, são os responsáveis por possibilitar o mundo que temos hoje. Por isso, a empresa começou a conferência com um vídeo que tenta ilustrar, de forma muito surrealista, como seria o fim do mundo… se um trabalhador desligasse os servidores da Apple por acidente. Veja-o também:

(Notícia atualizada às 21h34 com mais informações)

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