BCP volta a cair e leva Lisboa consigo
Há quatro sessões que as ações do BCP estão em queda. Banco volta a ceder terreno esta quarta-feira, arrastando a bolsa nacional. Lá por fora, dia de acalmia após escalada da crise na Coreia do Norte.
As ações do BCP voltam a cair na bolsa de Lisboa, depois de ontem terem chegado a afundar quase 5%. O banco continua a ser pressionado pelo mercado pela quarta sessão consecutiva, com os analistas a justificarem este sentimento negativo com o impacto da eventual compra das operações do Deutsche Bank na Polónia e com o movimento de correção da cotação depois de a instituição liderada por Nuno Amado ter acumulado ganhos acentuados desde o início do ano.
O BCP cede 1,09% para 0,2176 euros. Na sessão desta terça-feira, os títulos chegaram a cair 4,7%, refletindo a forte aversão ao risco que os mercados internacionais por causa do míssil que a Coreia do Norte disparou contra o mar do Japão.
Há quatro sessões consecutivas que o BCP segue sob pressão, mas a tendência dos últimos dois meses tem sido negativa. Desde que atingiu máximos do ano em meado de julho, a capitalização bolsista do banco sofreu um revés de 600 milhões de euros, passando de um valor de mercado de 3,9 milhões de euros para 3,3 mil milhões em cerca de mês e meio.
Os analistas ouvidos pelo ECO associam este mau desempenho ao facto de o BCP estar na corrida pela compra das operações do Deutsche Bank na Polónia, considerando que os investidores receiam o impacto que o eventual negócio poderá ter na posição financeira da instituição.
Lisboa também cede
Com este mau desempenho do BCP, Lisboa também segue agora em terreno negativo, depois de um arranque de sessão em alta. O PSI-20, o principal índice português, perde 0,03% para 5.109,89 pontos, sendo a única praça no Velho Continente a negociar em terreno negativo. Destaques em Lisboa para as ações da Mota-Engil, que aceleram 3% para 2,43 euros, depois de ter apresentado resultados positivos no primeiro semestre.
Lá por fora, os ganhos em Madrid, Paris, Frankfurt e Londres não iam muito além dos 0,5%.
“O dia de hoje irá ser importante para perceber se existe força para que a tendência altista continue e se os investidores se sentem mais calmos depois da volatilidade do dia de ontem”, referiu João Tenente, gestor da corretora XTB.
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