BE: Descongelamento de carreiras no OE2018 está “bem encaminhado”

  • Lusa
  • 11 Outubro 2017

O descongelamento das carreiras, o agravamento do IRC e o aumento das pensões são assuntos ainda em aberto. BE recusa-se a comentar declarações do PSD sobre crescimento económico.

O BE considerou esta quarta-feira que está bem encaminhado o ‘dossier’ do descongelamento de carreiras da função pública no Orçamento do Estado para 2018 e recusou entrar em “querelas” com o PSD sobre o crescimento da economia.

O descongelamento das carreiras na função pública “está bem encaminhado, mas não fechado”, afirmou o líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, no final de uma reunião, no parlamento, com o ministro das Finanças, Mário Centeno, e o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, sobre o Orçamento do Estado para 2018.

Os bloquistas esperam que este dossier seja fechado até sexta-feira, data da entrega do orçamento na Assembleia da República, mas admitem que a discussão continue no debate na especialidade, que se prolonga até novembro. A “tentar fechar” antes de sexta está também a questão das pensões, ou seja, que “exista um aumento extraordinário de pensões para todos e não apenas para os mais idosos”.

“Bater-nos-emos para que seja possível”, acrescentou Pedro Filipe Soares. O mesmo acontece com o adicional de IRC a aplicar às empresas, que “não está fechado” se se conseguirá aplicar ou não no próximo orçamento.

Minutos depois de a delegação do PSD ter dito, após a reunião com o Governo, que estava previsto um desaceleramento da economia em 2018, Pedro Filipe Soares não quis “entrar em querelas” com os sociais-democratas e acusou a deputada e ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque, representante do PSD na reunião com o executivo, de não ter “moralidade alguma” para falar em crescimento económico por ter sido “responsável por uma das maiores recessões no país na última década”.

Pedro Filipe Soares recordou ainda que os bloquistas já fecharam o “dossier” fiscal, ou do IRS. “Atingimos a meta do desagravamento de 400 milhões de euros no IRS das famílias”, a “introdução de dois novos escalões” e um “aumento do mínimo de existência”, acrescentou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sócrates arrecadou 24 milhões até 2009. Conta na Suíça chegou aos 34 milhões em 2015

A acusação da Operação Marquês elenca as penas acessórias. Sócrates sujeita-se a não poder exercer mais cargos públicos durante cinco anos. Ministério Público considera que o socialista é "indigno"

Uma acusação de quatro mil páginas, assinada por sete magistrados do Ministério Público (liderados por Rosário Teixeira) e que aparece, inesperadamente, a dias da entrega do Orçamento do Estado, antecipando-se ao prazo de final de novembro imposto pela Procuradora-Geral da República, Joana Marques Vidal. A acusação do chamado processo da Operação Marquês foi esta quarta-feira conhecida. No total, foram acusados 28 arguidos. José Sócrates está acusado de 31 crimes.

Na acusação redigida pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), liderado por Amadeu Guerra, o enredo tem uma personagem principal: José Sócrates ocupa mais de 50% do extenso texto de uma acusação que demorou três anos a ser concluída. O ex-primeiro ministro foi detido no final de novembro de 2014 e esteve um ano em prisão preventiva. Agora, Rosário Teixeira considera-o culpado de 31 crimes, três por corrupção passiva de titular de cargo público.

Agora, volvidos três anos, o DCIAP acusa o ex-líder socialista de ter recebido o montante total de 34 milhões de euros – entre os anos de 2006 e 2015 – “o qual não foi alvo de manifesto fiscal em Portugal, sendo que em cada um desses anos obteve a disponibilidade dos montantes constantes do quadro que segue”.

Mais: o Ministério Público considera que, já que “os factos imputados ao arguido foram praticados enquanto este exercia o cargo de primeiro-ministro de Portugal, e contra os deveres impostos pelo mesmo”, o MP considera que esta é “uma violação grave e reiterada dos deveres inerentes ao cargo para o qual foi nomeado e que sobre si impendiam, revelando ainda indignidade no exercício de cargos públicos”. Por isso, Rosário Teixeira requer que o arguido José Sócrates seja condenado na pena acessória de proibição do exercício de todo e qualquer cargo público, por período não inferior a cinco anos.

"Os factos imputados ao arguido foram praticados enquanto este exercia o cargo de primeiro-ministro de Portugal, e contra os deveres impostos pelo mesmo.”

Ministério Público

O Ministério Público assume que Sócrates, “com o recebimento de quantias pecuniárias, favoreceu os interesses de Ricardo Salgado e do GES, de Joaquim Barroca e do Grupo Lena, bem como de negócios relacionados com o empreendimento Vale do Lobo, com grave prejuízo para os interesses do Estado e da livre concorrência. O comportamento revelado no exercício das suas funções, fortemente ligadas à prossecução do interesse público, e mesmo após ter cessado as mesmas, é suscetível de revelar desconfiança sobre a forma como poderá exercer futuramente eventuais funções de caráter público”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Produção automóvel sobe quase 22% em setembro

  • Lusa
  • 11 Outubro 2017

Quase 96% dos veículos produzidos em Portugal foram consumidos pelo mercado externo. Em termos acumulados, a produção registou uma evolução de 7,2% em relação a igual período do ano passado.

A produção automóvel registou um crescimento de 21,7% em setembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, atingindo os 15.015 veículos produzidos, divulgou, esta quarta-feira, a Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP).

Em comunicado, a ACAP destacou o forte crescimento de 71% a nível da produção de veículos pesados, embora este segmento mantenha um peso reduzido no total da produção nacional: 638 veículos produzidos.

Os dados hoje revelados indicam também a produção de 10.488 ligeiros de passageiros em setembro, uma subida de 25,8%, e 3.889 comerciais ligeiros, mais 7,3%.

Em termos acumulados, de janeiro a setembro, foram produzidos 117.329 veículos automóveis, ou seja, uma evolução de 7,2%, em relação a igual período de 2016.

Segundo a ACAP, estes dados confirmam a “importância que as exportações representam para o sector automóvel já que 95,9% dos veículos fabricados em Portugal tiveram como destino o mercado externo, o que, sublinhe-se, contribui de forma significativa para a balança comercial portuguesa”.

A Europa continua a ser o principal mercado para exportações (84,5%), com Alemanha a liderar (19,1%), seguindo-se Espanha (14,6%), Reino Unido (12,1%) e França (10,5%).

O mercado asiático, liderado pela China (10,4%), mantém o segundo lugar nas exportações de automóveis fabricados em Portugal, concluiu a ACAP.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Inquérito à CGD: alterações ao relatório até dia 20. Votação final em Assembleia no dia 27

  • Lusa
  • 11 Outubro 2017

Luís Testa apresentará o relatório da segunda comissão de inquérito à CGD na próxima terça-feira e será debatido entre os vários partidos até dia 20. O documento final segue para a Assembleia a 22.

As propostas de alteração ao relatório da segunda comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD) têm de ser entregues até dia 20 de outubro, sendo o texto votado na comissão no dia 27, foi decidido esta quarta-feira.

De acordo com indicação dada à agência Lusa por fonte da comissão, a apresentação do relatório elaborado pelo socialista Luís Testa, será feita em 17 de outubro, próxima terça-feira, havendo depois um espaço de alguns dias para os vários partidos apresentaram propostas de alteração.

Posteriormente, em 27 de outubro, uma sexta-feira, dar-se-á a votação final do texto em sede de comissão, seguindo posteriormente o mesmo para discussão e debate no plenário da Assembleia da República.

O deputado relator da segunda comissão de inquérito sobre a CGD declarou já esta quarta-feira que o ex-presidente do banco, António Domingues, viveu um “processo de convencimento” sobre a isenção de apresentar declarações ao Tribunal Constitucional.

A renúncia de Domingues, defendeu o deputado relator, Luís Testa (PS), deveu-se a um “processo de convencimento de que ele e um conjunto de administradores estavam exonerados da prestação declarativa, nomeadamente ao Tribunal Constitucional, não o estando de facto”.

Luís Testa falou em conferência de imprensa no parlamento sobre a versão preliminar do seu relatório da segunda comissão de inquérito à CGD, tendo sublinhado que a renúncia de António Domingues não se ficou a dever ao projeto definido, com o Governo, para a CGD.

“A renúncia do doutor António Domingues não se deu por qualquer razão que tivesse existido entre o Governo e a administração da CGD quanto ao projeto da CGD. Todos os objetivos aí foram plenamente alcançados”, sublinhou Luís Testa.

Em causa esteve, portanto, o “entendimento” que Domingues fazia do alcance da alteração do Estatuto do Gestor Público e de uma eventual exoneração de apresentação de rendimentos, património e cargos sociais, cenário determinado na lei 4/83 de 02 de abril.

As conclusões do relatório preliminar foram avançadas na manhã de terça-feira pelo ECO e a agência Lusa teve também acesso ao documento, que resume os trabalhos da comissão parlamentar de inquérito que tem por objeto apurar a atuação do Governo na nomeação, gestão e demissão da anterior administração do banco público.

Um dos pontos centrais desta comissão de inquérito, pedida potestativamente (de forma obrigatória) por PSD e CDS-PP, passava por apurar se era “verdade ou não que o ministro [das Finanças] negociou a dispensa da apresentação da declaração de rendimentos [de António Domingues]”, o que foi sempre negado pelo Governo e é corroborado na versão preliminar do relatório.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marcelo sobre a Operação Marquês: “Tudo o que seja a Justiça a acelerar é bom”

  • ECO
  • 11 Outubro 2017

O Presidente da República comentou as acusações da "Operação Marquês" conhecidas esta quarta-feira. Marcelo sublinha o peso da rapidez na resolução de processos judiciais como sendo algo "bom".

“Aquilo que penso sobre a Justiça disse-o no 5 de outubro. Tudo o que seja a Justiça a acelerar, e de alguma maneira converter em prazos mais curtos aquilo que temos a noção que é muito longo, é bom“. Foi desta forma que Marcelo Rebelo de Sousa se pronunciou sobre as acusações da “Operação Marquês” conhecidas esta quarta-feira.

Relativamente ao envolvimento do ex-primeiro-ministro José Sócrates no processo, o Presidente da República recusou-se a tecer quaisquer comentários.

O Ministério Público deu a conhecer as acusações do processo “Operação Marquês”, no qual José Sócrates é acusado de 31 crimes, das quais três correspondem a crimes de corrupção passiva, 16 de branqueamento de capitais, nove por falsificação de documento e três por fraude fiscal qualificada. Entre os restantes 27 arguidos estão nomes como Ricardo Salgado, ex-presidente do BES, e Zeinal Bava, ex-CEO da PT.

O processo estende-se desde novembro de 2014, data em que Sócrates foi detido no aeroporto de Lisboa. Desde então que a Procuradoria -Geral da República tem vindo a identificar os restantes arguidos no caso, que durante quase três anos passou por vários avanços e recuos.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Advogado de Vara: “Há aqui uma efabulação”

O advogado do ex-ministro diz que a ligação entre Vara e José Sócrates "não tem qualquer apoio em nenhum facto", pelo que considera "uma efabulação". Armando Vara reagiu "com tranquilidade".

“Há aqui uma efabulação” diz o advogado de Armando Vara, que está sobretudo preocupado com os “prazos totalmente inaceitáveis” previstos em lei para exercer o direito de defesa, tendo em conta a dimensão “sem paralelo” do processo. Afirma ainda o ex-ministro reagiu “com calma, tranquilidade” à acusação no âmbito da Operação Marquês, que “não é nenhuma surpresa como é óbvio”.

Tiago Rodrigues Bastos, advogado de Vara ouvido pela CMTV, assume não ter “uma perceção completa” da acusação, que tem acompanhado através da comunicação social e das notas da PGR. Ainda não tem o processo em mãos, apesar do cliente que representa “já ter sido notificado”. O que pode dizer para já é que “naturalmente há aqui uma efabulação relativamente a um relacionamento ou um conluio entre o Dr. Armando Vara e o Engenheiro Sócrates, que não tem qualquer apoio em nenhum facto que eu esteja recordado que tenha sido referido ao Dr. Armando Vara”.

Naturalmente há aqui uma efabulação relativamente a um relacionamento ou um conluio entre o Dr. Armando Vara e o Engenheiro Sócrates, que não tem qualquer apoio em nenhum facto que eu esteja recordado que tenha sido referido ao Doutor Armando Vara

Tiago Rodrigues Bastos

Advogado de Armando Vara

Da perspetiva do advogado, “o mais importante de tudo é saber quais são os direitos que a defesa vai ter e de que prazos vai dispor para exercer o seu direito de defesa”. Para Tiago Rodrigues Bastos a questão que se impõe é “Se os prazos de três dias, cinco dias, vinte dias são razoáveis para que vocês conhecessem o processo para qualquer ser normal conhecer o processo”. O próprio responde: “Penso que qualquer ser razoável, para não dizer mais, aceitará que estes prazos são totalmente inaceitáveis”. “É preciso saber se vão ser garantidos à defesa os mesmos direitos que foram assegurados à acusação que teve o tempo que quis para exercer a sua atividade”, defende.

"Penso que qualquer ser razoável, para não dizer mais, aceitará que estes prazos são totalmente inaceitáveis””

Tiago Rodrigues Bastos

Advogado de Armando Vara

Depois de falar com o ministro, o advogado afirma que este reagiu “com calma, tranquilidade” pois a acusação “não é nenhuma surpresa como é óbvio”. Quanto à possibilidade de reincidência, tendo em conta a condenação a cinco anos de prisão no caso Face Oculta, Tiago Rodrigues Basto acredita que “não será esse o caso” pois “os factos não têm paralelo uns com os outros. O tipo de crimes que lhe estão a ser imputados não têm nada a ver uns com os outros”.

Armando Vara, ex-ministro socialista e ex-administrador da CGD enfrenta cinco acusações diferentes que se dividem pela prática de crimes de corrupção passiva de Titular de Cargo Político, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Oi dá pulo de quase 10% com novo plano de reestruturação

A administração da Oi já terá aprovado o novo plano de recuperação da empresa. As ações da operadora estão a subir quase 10%. Valorização chega aos 14% esta semana.

As ações da operadora brasileira Oi estão a avançar a bom ritmo, reagindo positivamente à notícia de que a administração da empresa terá aprovado o novo plano de recuperação judicial que vai ser submetido à aprovação dos credores ainda este mês.

Como avançou a Bloomberg esta terça-feira, entre outras operações, a administração pretende levar a cabo um aumento de capital superior a dois mil milhões de euros e converter obrigações em ações, num projeto que poderá pôr até 40% da empresa nas mãos dos credores.

Face a estas informações, a empresa, cujos títulos já valorizavam há três sessões consecutivas, estão esta quarta-feira a valorizar 9,63%, para 4,10 reais, um máximo desde meados de março deste ano. Desde o início da semana, a empresa já subiu 14,21%.

Cotação das ações da Oi, em reais

A beneficiar desta subida está também a portuguesa Pharol PHR 0,00% , que é, atualmente, a principal acionista da Oi, com uma “fatia” de cerca de 27%. A antiga holding da Portugal Telecom, cotada na bolsa de Lisboa, avançava 4,87% na reta final da sessão, de 39 para 40,9 cêntimos, com uma liquidez acima da média (cerca de nove milhões de títulos transacionados).

A Oi é a maior operadora do Brasil, mas vive sérias dificuldades financeiras. Tem uma dívida avultada a inúmeros credores e encontra-se ao abrigo de um programa de recuperação judicial que evita a sua falência. O plano de recuperação que terá sido aprovado agora ainda não foi apresentado oficialmente, na medida em que ainda terá de passar o crivo da Justiça brasileira.

Além do mais, terá também de ser submetido à aprovação dos credores, na reunião que está agendada para o próximo dia 23 de outubro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Recibos verdes: Governo tenta aprovar novas regras este ano mas não se compromete com entrada em vigor

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 11 Outubro 2017

O compromisso foi assumido com o BE: o Governo vai tentar aprovar ainda este ano as mudanças ao regime contributivo dos trabalhadores independentes mas não se compromete com data de entrada em vigor.

O novo regime contributivo dos trabalhadores independentes pode mesmo vir a ser aprovado este ano, mas o Governo não se compromete com a entrada em vigor das novas regras.

O ECO sabe que o Governo se comprometeu com o Bloco de Esquerda em trabalhar em conjunto para tentar aprovar o decreto-lei ainda este ano, aproveitando a autorização legislativa que já estava prevista no Orçamento do Estado para 2017. Mas não se compromete com a entrada em vigor das novas regras, devido à “complexidade associada às alterações da mudança estrutural do regime dos trabalhadores independentes”. Além de questões associadas ao sistema informático, o Governo entende ainda que é preciso divulgar as mudanças atempadamente para que os trabalhadores independentes possam conhecer o novo regime.

Na terça-feira, o Público noticiou que o novo regime contributivo dos recibos verdes seria novamente adiado, para 2019, remetendo para um documento do Ministério do Trabalho, o que gerou fortes críticas ao Bloco de Esquerda. No final do dia, BE e Governo voltaram a reunir-se para discutir o tema e, de acordo com o deputado José Soeiro, o Governo comprometeu-se a retomar as negociações.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comissão Europeia quer União Bancária em 2018

  • Lusa
  • 11 Outubro 2017

O executivo de Jean-Claude Juncker pretende acelerar a criação da União Bancária no sentido de "tornar a União Económica e Monetária mais estável e resistente aos choques".

A Comissão Europeia espera concluir até 2018 todas as matérias ainda pendentes para uma efetiva União Bancária, tendo hoje apelado ao Conselho (Estados-membros) e Parlamento Europeu para que “avancem rapidamente” na adoção das suas propostas.

O executivo comunitário apresentou hoje uma comunicação que define “uma via ambiciosa, embora realista, destinada a assegurar um acordo sobre os elementos pendentes da União Bancária, com base nos compromissos assumidos pelo Conselho”, a cerca de dois meses de uma cimeira da zona euro, agendada para dezembro, na qual o assunto vai estar em cima da mesa, no quadro da discussão sobre o aprofundamento da União Económica e Monetária.

Segundo Bruxelas, que assume querer “acelerar a conclusão das componentes ainda não concluídas da União Bancária”, esta tem de se consumar “para que se possa aproveitar plenamente o seu potencial para tornar a União Económica e Monetária mais estável e resistente aos choques, limitando, ao mesmo tempo, a necessidade de partilha pública de riscos, o que é igualmente benéfico para todo o mercado único”.

O executivo de Jean-Claude Juncker insta por isso o Parlamento Europeu e os Estados-membros “a avançarem rapidamente”, propondo também a adoção de novas medidas para reduzir os créditos malparados e ajudar os bancos a diversificar os seus investimentos em obrigações soberanas.

Relativamente à partilha de riscos, a Comissão aponta que está a elaborar algumas sugestões para facilitar a realização de progressos a nível do Parlamento Europeu e do Conselho relativamente às medidas a tomar para a criação do Sistema Europeu de Seguro de Depósitos (SESD), que garanta os depósitos dos cidadãos na União Bancária ao nível central.

A comunicação identifica também as medidas a tomar no curto prazo no sentido da criação do mecanismo de segurança orçamental comum a título de último recurso, que corresponde a um compromisso assumido pelos Estados-membros já em 2013, garantindo assim a solidez do sistema e que o Fundo Único de Resolução (FUR) disponha de recursos suficientes mesmo no caso de várias resoluções bancárias grandes simultâneas.

“As ideias que hoje apresentamos são pragmáticas e destinam-se a avançar em paralelo com a partilha e a redução de riscos. Esperamos que constituam um instrumento útil de reflexão para os colegisladores da UE poderem chegar a um consenso sobre as restantes medidas até 2018”, declarou o vice-presidente responsável pela Estabilidade Financeira, Serviços Financeiros e União dos Mercados de Capitais, Valdis Dombrovskis.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Conduzir um Porsche diferente todos os meses? Esta é a app

  • ECO
  • 11 Outubro 2017

Marca de luxo acaba de lançar novo modelo de subscrição para conquistar os condutores mais jovens. Por dois ou três mil dólares por mês, o cliente pode escolher que carro ou carros quer experimentar.

Mudam-se os tempos… mantêm-se as vontades. Conduzir um Porsche continua a ser um sonho de muitos, embora a tendência trazida por gigantes de Silicon Valley como a Uber tenha transformado os parâmetros de satisfação desse desejo: a posse foi substituída pela experiência. Para aproveitar esta maré e conquistar os millennials, a Porsche acaba de criar um novo sistema por subscrição.

No próximo mês, esta marca automóvel de luxo lançará, assim, uma app — a Porsche Passport — na qual, por dois mil dólares por mês (1.700 euros), os admiradores destes carros poderão “requisitar” um 718 Boxster, um Cayman S, um Macan S ou um Cayenne. Por mais mil dólares, o leque de possibilidades engorda. Subscritores que paguem três mil dólares (2.555 euros) têm à sua disposição 22 modelos diferentes da fabricante. Para qualquer um dos níveis, o número de “requisições” mensais é ilimitado.

“Nós agora temos millennials que são incrivelmente bem-sucedidos e que têm poder financeiro para comprar um Porsche, mas que não estão dispostos a fazê-lo”, explica Klaus Zellmer, presidente da unidade da América do Norte da Volkswagen. “Estamos certos que este sistema estimulará as vendas, especialmente a médio e a longo prazo”, acrescenta, na Bloomberg.

O registo, seguro e manutenção dos carros têm custo zero para os condutores, que pagam apenas o combustível do automóvel. Por agora, a Porsche Passport só estará disponível para 50 pessoas, em Atlanta, nos Estados Unidos. A Porsche consagra-se a mais recente, mas não a primeira, fabricante a apostar num tipo de propriedade mais flexível.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PSD: Governo transmitiu que prevê desaceleração da economia

  • Lusa
  • 11 Outubro 2017

O Governo prevê uma desaceleração da economia no próximo ano, segundo a apresentação do Orçamento do Estado para 2018 que o Executivo fez ao PSD.

A dirigente e deputada do PSD Maria Luís Albuquerque revelou esta quarta-feira que o Governo lhe transmitiu que está a prever uma desaceleração da economia em 2018, na reunião de apresentação das linhas gerais do Orçamento do Estado.

“Ouvimos relativamente pouco, a maior parte das respostas foram remetidas para a entrega do Orçamento, na sexta-feira. Em termos de enquadramento de cenário macroeconómico, o Governo disse que está a prever uma desaceleração da economia para o próximo ano”, disse Maria Luís Albuquerque aos jornalistas.

A ex-ministra das Finanças, juntamente com os deputados António Leitão Amaro e Duarte Pacheco constituíram a delegação do PSD nas reuniões de apresentação das linhas gerais do Orçamento do Estado para 2018 aos grupos parlamentares, que começaram esta quarta-feira, pelas 14:00, na Assembleia da República.

“Perguntámos novamente pelo relatório de revisão da despesa pública, atendendo que há matérias relevantes [nesse relatório], foi-nos dito que será entregue em breve, mas continuamos sem o conhecer e sem ter um compromisso firme de quando é que esse relatório será conhecido para podermos também enquadrar as opções orçamentais numa estratégia mais abrangente do que aquela respeitante apenas ao exercício de 2018”, sublinhou Maria Luís Albuquerque.

De acordo com Maria Luís Albuquerque, as exportações foram uma das “principais dinâmicas” referidas pelo Governo para basear a desaceleração da economia. A dirigente e deputada do PSD não quis adiantar outras e ressalvou que “o cenário macroeconómico provavelmente mexerá até ao fim”.

A antiga ministra das Finanças disse que, “sem números” o PSD terá de “esperar para ver”, remetendo para depois uma decisão sobre se apresentarão propostas de alteração ao Orçamento.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Science4you quer investir no e-commerce

A empresa de brinquedos educativos tem um projeto de 20 milhões de euros para alavancar o crescimento, nomeadamente através do comércio eletrónico.

A Science4you está a tentar obter um financiamento de dez milhões de euros junto do Banco Europeu de Investimento (BEI) para potenciar o crescimento, alavancar a internacionalização e apostar no comércio eletrónico.

Miguel Pina Martins, fundador e CEO da Science4you, explicou ao ECO que está a lutar “em várias frentes” e que “há várias hipóteses em cima da mesa, nacionais e internacionais” para garantir este financiamento. Em causa está um investimento de 20 milhões de euros não só para ampliar a fábrica, uma condição essencial para cumprir com sucesso a entrada em novos mercados, mas também para ajudar à internacionalização da marca — as notícias mais recentes dão conta da entrada nos Estados Unidos através da Target, uma das maiores empresas de retalho do país — mas também para criar plataformas digitais.

“É tudo para crescimento”, diz Miguel Pina Martins. “A ideia é continuar a financiar o crescimento através do e-commerce“, acrescenta.

No site do BEI o projeto é descrito como sendo uma parte do “programa de investimento da empresa na sua estratégia de comércio eletrónico, desenvolvimento de redes, equipamentos e atividades relacionadas com o desenvolvimento de produtos”. Segundo o banco, que classifica a empresa como sendo de “crescimento rápido”, o “projeto deverá contribuir para promover a expansão internacional através do desenvolvimento de novos canais de vendas, aumentar a eficiência e a carteira de produtos e clientes”. “O financiamento proposto também contribuiria para apoiar e criar postos de trabalho na Europa”, acrescenta a nota explicativa.

Miguel Pina Martins está confiante que dentro de 15 dias, a três semanas, já terá esta questão fechada. Mas por agora não pode revelar muito sobre as suas opções de financiamento por obrigações de confidencialidade. Ainda assim explicou que, com o BEI, não está a ser pedido um empréstimo tradicional. Está a ser negociado um “misto entre dívida e entrada de capital na empresa, que exigirá um aumento de capital”. O CEO da empresa de brinquedos educativos garante que está em causa “uma coisa estruturada”.

"Está a ser negociado um misto entre dívida e entrada de capital na empresa, que exigirá um aumento de capital.”

Miguel Pina Martins

Fundador e CEO da Science4you

Recorde-se que o BEI está cada vez mais a tentar diversificar os produtos que disponibiliza e a aumentar o público-alvo que se pode financiar diretamente através do banco.

E como o BEI não financia projetos a 100%, tem sempre de ter parceiros privados nos negócios, Miguel Pina Martins explica que se esta for a opção que venha a avançar, os restantes 50% do investimento (dez milhões) serão assegurados por capitais próprios da empresa, embora não descarte totalmente o recurso também a dívida.

O BEI ainda está a terminar a avaliação do projeto e só depois disso a empresas poderá definir com exatidão o que via fazer.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.