Elisa Ferreira: “Não há laxismo ou esquecimento, estamos atentos” à banca

Elisa Ferreira escusou-se a comentar o caso específico da Associação Mutualista Montepio, mas diz que "não há laxismo ou esquecimento" por parte do supervisor.

Elisa Ferreira, administradora do Banco de Portugal, frisou hoje que “não há laxismo ou esquecimento” e que o supervisor está atento a todas as instituições financeiras portuguesas, escusando-se a comentar o caso específico da Associação Mutualista Montepio.

“Não há aqui qualquer tipo de laxismo ou esquecimento, estamos atentos, estamos a acompanhar todas as instituições portuguesas, de acordo com o quadro legal que existe”, disse Elisa Ferreira, quando questionada sobre se está preocupada com a situação da Associação Mutualista Montepio Geral, depois de na terça-feira o Público ter divulgado que a instituição tinha, no fim de 2015, capitais próprios negativos de 107,53 milhões de euros.

Isto significa um passivo (valor que deve) superior ao ativo (valor que possui), situação que configura ‘falência técnica’ do ponto de vista contabilístico.

Já hoje na sua edição ‘online’, o Jornal de Negócios dá conta de que “o próprio governador [do BdP, Carlos Costa] tomou a iniciativa de contactar o ministro do Trabalho”, Vieira da Silva, “estando as duas entidades neste momento a acompanhar de perto a situação do banco e da associação mutualista que o detém, cuja supervisão é feita pelo Governo”.

"Acompanhamos todas as instituições portuguesas, de acordo com as nossas competências, em todo o detalhe, e naturalmente que não vou partilhar externamente, porque esse excesso de transparência é completamente contrário ao exercício de supervisão.”

Elisa Ferreira

Administradora do Banco de Portugal

Os jornalistas questionaram então hoje de manhã Elisa Ferreira, à margem da conferência sobre ‘O Cooperativismo Financeiro’, organizada pelo Crédito Agrícola, sobre a situação.

“Não me vou pronunciar sobre nenhuma instituição em particular, espero eu, nunca, porque isso é completamente contraditório com a função de supervisão. Acompanhamos todas as instituições portuguesas, de acordo com as nossas competências, em todo o detalhe, e naturalmente que não vou partilhar externamente, porque esse excesso de transparência é completamente contrário ao exercício de supervisão”, disse.

Elisa Ferreira entende que “tem de haver um contacto e uma confiança muito grandes” entre o supervisor e o superviosionado e que a função de supervisão “requer que se faça um diálogo” entre os dois, mas salvaguardou que “se esse diálogo é feito na praça pública, ele deixa de ter eficácia”.

Na terça-feira, em conferência de imprensa, o presidente da Associação Mutualista, Tomás Correia, lamentou a notícia relativa à existência dos capitais próprios negativos de 107,53 milhões de euros e garantiu que não há risco de falência da associação.

A Associação Mutualista Montepio Geral também divulgou na terça-feira que obteve lucros de 7,4 milhões de euros em 2016, contra o prejuízo de 393,1 milhões de euros registados em 2015.

A instituição é liderada por Tomás Correia, que durante anos acumulou a liderança da Caixa Económica, da qual saiu no verão de 2015, quando o Banco de Portugal (BdP) forçou a separação da gestão. Já o banco mutualista é desde então presidido por Félix Morgado e é conhecido que a relação entre os dois responsáveis não tem sido fácil.

Esta semana, o ministro do Trabalho e Segurança Social, Vieira da Silva, já veio dizer que acredita que a Associação Mutualista Montepio Geral “vai continuar” a desenvolver “com eficácia e competência” as suas responsabilidades e não vê razão para duvidar das afirmações da direção da associação.

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No Banco de Inglaterra já se fala em subir juros… e a libra acelera

A Fed já começou a subir os juros nos EUA e no Banco de Inglaterra também já se fala em apertar política monetária perante recuperação da economia e riscos da inflação.

No Banco de Inglaterra já se fala em subir as taxas de juro. Um dos nove membros do comité de política monetária do banco central britânico votou a favor de um agravamento dos juros de referência. Outros responsáveis indicaram que poderão seguir as mesmas pisadas nas próximas reuniões. Com isto, a libra volta a acelerar.

O banco manteve a taxa de juro de referência no mínimo histórico, fixado nos 0,25%, numa votação que não foi totalmente unânime. Kristin Forbes divergiu da opinião dos restantes oito membros que compõem o comité de política monetária do Banco de Inglaterra.

Para a responsável, as perspetivas para a subida dos preços acima da meta do banco central nos próximos três anos, combinadas com poucos sinais concretos de abrandamento económico, exigem uma mudança imediata no rumo da política monetária do Banco de Inglaterra. Isto apesar de a opinião geral apontar para um cenário de equilíbrio entre o desejo de dar maior apoio à economia e receios quanto à inflação.

Forbes votou a favor de uma subida da taxa em 25 pontos, para 0,5%. E a grande maioria dos seus colegas adiantou que não deverá demorar muito mais tempo até o banco central adotar a mesma decisão de apertar a política monetária no Reino Unido.

“Com a inflação a subir de forma acentuada, e sinais mistos em relação ao abrandamento da atividade doméstica, alguns membros notaram que serão necessários apenas mais alguns desenvolvimentos favoráveis relativamente à atividade económica ou inflação para que eles considerem que possa ser garantida uma contração imediata da política monetária”, lê-se nas atas da reunião do Banco de Inglaterra deste mês.

"Com a inflação a subir de forma acentuada, e sinais mistos em relação ao abrandamento da atividade doméstica, alguns membros notaram que serão necessários apenas mais alguns desenvolvimentos favoráveis relativamente à atividade económica ou inflação para que eles considerem que possa ser garantida uma contração imediata da política monetária.”

Banco de Inglaterra

Neste cenário, a libra ganha terreno face às principais divisas mundiais. Valoriza 0,6% para 1,2345 euros e aprecia 0,44% para 1,1518 dólares. A moeda tende a apresentar valorizações quando o mercado antecipa uma subida das taxas diretoras.

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Regulamentação da Uber? Não vai ser para já

Estava tudo alinhado para que a proposta do Governo fosse votada esta sexta-feira na Assembleia da República, mas o Executivo decidiu baixar à especialidade. Regulamentação pode demorar mais 90 dias.

A votação da proposta de lei que cria o regime jurídico do transporte em veículo a partir de plataforma eletrónica, tal como a Uber e a Cabify, não vai acontecer esta sexta-feira, tal como indicava a agenda parlamentar. O Governo vai pedir que a proposta baixe à comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, confirmou o ECO junto de fonte governamental. A oposição do PCP e BE, assim como as críticas do PSD — apesar de não haver a garantia de que iam votar contra como na TSU — levaram o Executivo a tentar encontrar um consenso à esquerda nos trabalhos da comissão parlamentar. A notícia foi avançada pelo Observador esta quarta-feira.

As negociações, segundo a fonte contactada pelo ECO, vão ser à esquerda e não à direita. O Bloco de Esquerda tinha duas propostas no âmbito deste assunto: um projeto de lei que estabelecia um novo regime jurídico, onde propunha a existência de contingentes, e também um projeto de resolução onde recomendava ao Governo a adoção de medidas que modernizem e introduzam transparência no setor do táxi. O PCP, apesar de não ter apresentado nenhuma proposta para esta votação em plenário, também já demonstrou a sua oposição aos planos do Governo.

 

O objetivo é tentar melhorar a proposta na especialidade até que haja mais consenso entre os partidos que sustentam o Executivo, evitando assim a maioria negativa que ocorreu no chumbo da baixa da Taxa Social Única. Este processo pode demorar no máximo 90 dias. Ou seja, os deputados da comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas têm três meses para trabalhar o projeto, com votação a ocorrer também em especialidade, até que haja nova votação final em plenário.

Contactado pelo ECO, o deputado social-democrata Luís Leite Ramos diz não ter existido nenhuma negociação com o PSD. “Só posso interpretar esta decisão da seguinte forma: o Governo não garantiu o apoio parlamentar para esta proposta de lei”, afirmou. Os sociais-democratas concordam que o setor deve ser regulamentado, mas argumentam que existem falhas na legislação preparada pelo Governo. Leite Ramos garantiu que vão apresentar propostas de alteração tanto para a situação da Uber e Cabify como para os táxis.

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Wall Street acelera à boleia da Fed

  • ECO
  • 16 Março 2017

Os principais índices da bolsa de Nova Iorque continuam a valorizar, impulsionados pela subida da taxa de juro da Fed.

Reina o entusiasmo entre os investidores. No dia seguinte ao anúncio oficial da Reserva Federal de subir as taxas de juro dos EUA para o intervalo entre 0,75% e 1%, as bolsas estão a valorizar. Aquela que é a terceira subida dos juros pela Fed numa década, e a primeira das três que chegarão ao longo deste ano, levou os investidores a apostarem nos ativos de maior risco.

O Dow Jones abriu a subir 0,12% para os 20.975,53 pontos, num dia em que o crude continua a subida do fundo do poço a que chegou na semana passada. O WTI está a valorizar 0,37% em Nova Iorque e já chega aos 49,04 dólares por barril, e o Brent sobe 0,35% em Londres e alcança os 51,99 dólares por barril.

O índice tecnológico Nasdaq também abriu no verde, a subir 0,13% para os 5.907,92 pontos. As ações da Apple, da Alphabet e do Facebook foram algumas das que registaram as maiores valorizações, num ano que, até ao momento, está a ser marcado pelo avanço das cotadas tecnológicas: a Apple segue a valorizar 0,06% para os 140,55 dólares, a Alphabet (antiga Google) cresce 0,16% para os 869,76 dólares e o Facebook sobe 0,34% para os 140 dólares.

O índice geral S&P 500 tem a maior subida dos três grandes, e a melhor das duas últimas semanas, com um acréscimo de 0,84% que o faz chegar aos 2.385,26 pontos. A nível internacional, o Stoxx 600 espelhou a bolsa de Nova Iorque, apresentando também uma subida mais acentuada, de 0,64%, para os 377,49 pontos.

Embora o dólar tenha começado por reagir de forma negativa ao anúncio da Fed, já que o banco central não vai acelerar a retirada dos estímulos monetários, como muitos investidores pensavam, a moeda está agora a recuperar. Como explicaram os analistas da XTB, “elevadas taxas de juros são positivas para a moeda porque os investidores parqueiam o seu dinheiro para receber juros mais elevados. Por isso, uma subida das taxas de juro poderá levar a uma apreciação da moeda”. E isso concretizou-se. No início desta sessão, o dólar norte-americano estava a valorizar 0,06% para os 0,93 euros.

De referir que o Presidente Donald Trump volta hoje a discursar para o povo norte-americano. As vezes anteriores em que o fez não trouxeram grandes novidades, com o chefe de estado a preferir reforçar os pontos em que já vem a martelar desde o princípio da campanha. Desta vez, pelo contrário, Trump deverá dar a conhecer as primeiras linhas orientadores do Orçamento de Estado para o próximo ano. O certo, para já, é que vai pedir um aumento do capital dispensado ao setor da defesa. Os investidores vão estar de ouvidos postos nessa e noutras declarações que o presidente fizer hoje, que podem voltar a dar um impulso extra à economia do país, como já chegou a acontecer.

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Operação Marquês: “Estavam todos feitos” na OPA

A OPA já foi há mais de uma década. A Sonae fracassou na compra da PT. "Foi muito injusto", diz Paulo Azevedo que remata: "estavam todos feitos". Agora a "justiça fará o seu trabalho".

Belmiro de Azevedo e o filho Paulo Azevedo, atual presidente executivo da SonaeJosé Coelho / Lusa

“De uma forma ou de outra, estavam todos feitos”. É assim que Paulo Azevedo, chairman e co-presidente executivo da Sonae, vê, uma década depois, o fracasso da OPA da Sonae à Portugal Telecom (PT), operação que está agora a ser investigada no âmbito da Operação Marquês, envolvendo o ex-primeiro-ministro José Sócrates.

Em 2006, a Sonae apresentou uma proposta para a compra da PT. A operação acabaria por falhar uma vez que os acionistas chumbaram a desblindagem dos estatutos, essencial para o sucesso da OPA. Na sequência desse chumbo, a PT acabou fazer o spin off da PT Multimédia e avançou com a venda da posição que detinha na Vivo à Telefónica, utilizando parte do encaixe para remunerar os acionistas e investir na Oi, empresa que agora está em processo de insolvência.

“De uma forma ou de outra, não escondo o agrado por se estar a falar nisto [na OPA]”, disse Paulo Azevedo em resposta a uma pergunta colocada pelo ECO, na conferência de apresentação dos resultados referentes a 2016. “De uma forma ou de outra, estavam todos feitos”, atira o presidente executivo da holding.

“Nós não somos de nos ficar a lamentar, fizemos a nossa vida. Foi de uma forma muito injusta [o fracasso da operação de aquisição da antiga operadora de telecomunicações], mas fizemos nosso caminho”, referiu o responsável. E acrescentou: agora, a “justiça fará o seu trabalho”.

Há dez anos, estavam à frente da PT Zeinal Bava e Henrique Granadeiro. Os dois antigos gestores foram constituídos arguidos por fraude fiscal, corrupção passiva e branqueamento, no âmbito da Operação Marquês, processo no qual o antigo primeiro-ministro José Sócrates também já é arguido. Sócrates era primeiro-ministro à data da oferta da Sonae.

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May afasta segundo referendo na Escócia

  • Juliana Nogueira Santos
  • 16 Março 2017

Em entrevista à ITV, a primeira-ministra britânica afirmou que "não é o momento" para pensar na independência da Escócia.

Theresa May afastou a possibilidade de acontecer um segundo referendo na Escócia nos próximos dois anos. Em entrevista ao canal de televisão ITV, a primeira-ministra britânica afirmou que “agora não é o momento” de pensar na saída do país do Reino Unido.

Falar de um referendo de independência faz com que fique mais difícil arranjar o acordo certo para a Escócia e o acordo certo para o Reino Unido“, justificou May. “E mais que isso, acho que não seria justo para o povo da Escócia porque está-lhes a ser pedido que tomem uma decisão crucial sem toda a informação necessária.”

Assim, May apelou à união dos países, justificando que este espírito será necessário para que todos consigam o melhor acordo à medida que o processo da saída do Reino Unido da União Europeia avança.

Nicola Sturgeon, primeira-ministra escocesa, afirmou que o país terá de passar por um segundo referendo, no máximo até ao próximo outono, sendo que o parlamento escocês vai discutir e votar esse assunto na próxima quarta-feira.

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O hotel onde Churchill e Sinatra dormiram na Escócia vai ser vendido

  • ECO
  • 16 Março 2017

O Best Western Queens Hotel, em Dundee, é um dos hotéis mais icónicos da Escócia. Agora está à venda. Se quer ser o próximo dono terá de ter 2,75 milhões de libras.

Em julho de 1953, Frank Sinatra atuou no Caird Hall, para uma audiência modesta, e depois ficou hospedado no Best Western Queens Hotel, construído em 1878. O imóvel também foi a base de operações de Sir Winston Churchill enquanto foi membro do Parlamento Britânico pela cidade de Dundee, na Escócia, entre 1908 e 1922. E agora, o edifício histórico vai estar à venda por um total de 2,75 milhões de libras (algo como 2,40 milhões de euros).

A decisão de vender o hotel vem no seguimento no projeto de regeneração da costa de Dundee, avaliado em cerca de mil milhões de libras, e ainda da edificação do Museu V&A, que se espera que atrai milhares de visitantes à cidade costeira escocesa.

Ao longo dos últimos vinte anos, o Best Western Queens Hotel esteve nas mãos de Gordon Sneddon, que confessou ao jornal The Scotsman que não lhe foi fácil decidir-se pela venda do imóvel. Mas com as “transformações entusiasmantes que estão a ter lugar um pouco por toda a cidade (Dundee) e as oportunidades que surgem todos os dias”, pareceu-lhe “o momento certo passar o testemunho a outro proprietário”. No entanto, alertou ao jornal The Courier que os 60 trabalhadores do hotel não terão os seus empregos em risco.

O proprietário afirmou à mesma publicação que gastou perto de três milhões de libras em reformas no hotel durante o tempo em que o geriu. Agora, todos os anos é palco de cerca de 200 casamentos e outras cerimónias. “E há pessoas que já cá organizaram vários casamentos e que regressam para os batismos dos filhos e a comemoração das bodas de prata e de ouro. As pessoas cá da terra são muitos leais ao hotel”, acrescentou Sneddon.

Stuart Drysdale, da consultora Christie & Co, que está a tratar da venda, acrescentou: “Dundee tem vindo a ser transformada, nos últimos anos, devido ao desenvolvimento da zona costeira, que vai incluir o Museu V&A de Design. Espera-se que estas mudanças tragam perto de 500 mil visitantes por ano e que os numerosos hotéis estejam incluídos no plano de desenvolvimento, já que podem ajudar a aumentar o número de visitantes”.

O Best Western Queens Hotel conta com 53 quartos, distribuídos em seis pisos, salas de reuniões, dois bares e ainda um restaurante. Alguns dos espaços têm nomes de personagens e locais da peça Macbeth, uma das mais célebres de Shakespeare e que tem a Escócia como fundo.

Veja a fotogaleria do hotel que está à venda por 2,75 milhões de libras.

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Totta: Dá spread mínimo na casa, mas com crédito mais alto

O Santander Totta igualou o spread mais baixo no crédito da casa no mercado que é disponibilizado pelo Bankinter. O banco oferece um spread mínimo 1,25%, mas é preciso pedir mais de 150 mil euros.

A concorrência pela oferta do spread mais baixo no crédito à habitação está ao rubro. O Santander Totta é o mais recente protagonista desta competição. O banco liderado por António Vieira Monteiro acaba de rever em baixo a margem mínima que cobra para conceder crédito à habitação. Com a nova oferta, o Santander Totta iguala a margem mínima em vigor no Bankinter, que era até agora a mais baixa oferecida no mercado para clientes tradicionais. O spread mínimo em vigor no Santander Totta passou a ser de 1,25%, abaixo dos 1,5% que se registou ao longo dos últimos nove meses. Caso se tratem de clientes select, ou seja com um grau de envolvimento mais forte com a instituição, o spread ainda é ainda menor: 1,15%, o valor mais baixo disponível no mercado.

Contudo, a oferta do Santander Totta é diferenciada consoante também o montante do empréstimo pedido. Quando se tratem de quantias inferiores a 150 mil euros, aplica-se um spread mínimo de 1,7%, para os clientes tradicionais, e a partir de 1,4%, para o caso dos clientes select, confirmou ao ECO fonte oficial do banco. As condições de oferta do Santander Totta seguem assim uma tendência que se tem vindo a observar no mercado português, em que o valor do spread oferecido depende da quantia emprestada. Ou seja, quanto mais elevada, mais baixo tende a ser o valor cobrado pelo banco para disponibilizar a quantia.

Esta opção surge numa fase em que as instituições financeiras estão sedentas por injetar liquidez no mercado, face aos níveis historicamente baixos dos juros que tornam “demasiado caro” ter o dinheiro parado na instituição. Uma aposta que tem sido notória no caso do Santander Totta. “No crédito à habitação, a quota do Santander Totta tem vindo a registar uma tendência de crescimento. Praticamente um em cada cinco novos empréstimos é originado no Santander Totta”, avança a instituição financeira em comunicado.

As margens mínimas mais baixas

Fonte: Preçários dos bancos

 

Para “vender” crédito à habitação aos seus clientes, o Santander Totta recupera o mote de uma campanha antiga, anterior à crise financeira. “Quem quer casa vem ao Totta”. “Apesar de já ter uma quota de produção de crédito à habitação de 20,1%, o Santander Totta reforça a sua aposta nesta área com o lançamento de uma nova campanha que assenta na história da marca”, explica o Totta.

Spreads em queda

É a necessidade de libertar liquidez que tem justificado em grande medida a chuva de revisões em baixa dos spreads por parte dos bancos, sendo que é raro o mês em que tal não acontece. Recentemente, o CTT também aderiu a esta onda ao passar também a disponibilizar crédito à habitação.

Para além do Santander Totta e do Bankinter, entre as propostas em termos de spreads mais vantajosas incluem-se ainda o BCP que, em dezembro do ano passado, baixou o seu spread mínimo na habitação para 1,5%. O mesmo valor passou a ser disponibilizado pelo Crédito Agrícola em resultado de uma revisão em baixa levada a cabo neste mês de março. Seguem-se o Montepio Geral e o BIC com spreads mínimos de 1,55% e 1,65%, respetivamente. No lado oposto surge o BPI, que oferece a margem mínima de spreads mais alta do mercado, mas ainda assim inferior a 2%: 1,95%. Já a CGD disponibiliza spreads a partir de 1,75%, a mesma percentagem oferecida pelo Novo Banco, Popular e CTT.

A aposta dos bancos na descida do preço que cobram para emprestar crédito à habitação tem-se refletido de forma favorável nos montantes de concessão com essa finalidade. Em 2016, o total de empréstimos para a compra de casa ascenderam a 5,8 mil milhões de euros. Ou seja, o valor mais elevado dos últimos seis anos.

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Nome de Teresa Leal Coelho comunicado à distrital do PSD

A deputada social-democrata é o nome que Pedro Passos Coelho escolheu para a Câmara de Lisboa, que surge depois de um impasse de meses. Deverá ser confirmado no domingo pela distrital.

A atual deputada social-democrata é o nome mais provável para disputar a liderança da Câmara Municipal de Lisboa nas autárquicas do final deste ano. Depois de um impasse com a nega de Pedro Santana Lopes e a pressão da candidatura da líder do CDS Assunção Cristas, tudo indica que a decisão será validada na Comissão Política Nacional do PSD na próxima terça-feira, segundo avança a SIC Notícias. Contudo, Pedro Passos Coelho mantém em segredo a escolha. O ECO tentou contactar Teresa Leal Coelho, sem sucesso até ao momento.

De acordo com a SIC Notícias, Pedro Passos Coelho já terá comunicado a sua escolha à distrital lisboeta do PSD. Contactada pelo ECO, fonte da comissão política não confirmou para já esta informação.

A também vice-presidente do PSD é licenciada em direito e é deputada desde 2011, sendo atualmente a presidente da Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa. A também professora de 49 anos faz parte de outras duas comissões, Direitos, Liberdades e Garantias e ainda Assuntos Europeus. Nas autárquicas de 2013, Teresa Leal Coelho foi o número dois da lista da candidatura de Fernando Seara, que juntava PSD e CDS, a Lisboa.

O prazo para o anúncio dos nomes para as autárquicas referido pelo Partido Social Democrata mantém-se até ao final deste mês. Em reação às notícias, Pedro Passos Coelho disse esta quinta-feira que não quer falar em nomes. O líder do PSD revelou, em declarações à SIC Notícias, que a Comissão Política Distrital de Lisboa vai tomar uma decisão sobre esse assunto este fim de semana. “Essa é uma matéria que já reuniu da minha parte uma indicação e decisão, mas compete aos órgãos próprios do PSD tomarem a decisão adequada”, afirmou Passos Coelho.

Ao início da tarde Mauro Xavier, dirigente da concelhia do PSD em Lisboa, mostrou-se insatisfeito com a forma como se está a processar a escolha do candidato, que não foi submetida à consideração da comissão do concelho. “Venho manifestar o meu profundo desagrado com a metodologia escolhida e pelo não envolvimento da concelhia no processo”, escreveu no Facebook. “Do nosso lado temos um programa inovador para a cidade preparado pelo grupo de trabalho liderado pelo José Eduardo Martins e Presidentes de Junta, com um trabalho ímpar”.

Notícia atualizada: Às 12h45 com declarações do líder do PSD, e às 16h30 com informação de que Pedro Passos Coelho já terá transmitido a informação à Comissão Política Distrital de Lisboa e com as declarações de Mauro Xavier.

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Instabilidade política ou social é o principal receio das empresas portuguesas

  • ECO
  • 16 Março 2017

Para as empresas portuguesas, a instabilidade política ou social, os ataques cibernéticos, a concorrência, a crise financeira e os ataques terroristas são as principais ameaças que podem enfrentar.

As empresas portuguesas consideram que o principal risco que enfrentam em 2017 é o da instabilidade política ou social, seguido dos ataques cibernéticos, da concorrência, da crise financeira e dos ataques terroristas, segundo um estudo divulgado esta quinta-feira.

No estudo da consultora Marsh ‘A Visão das Empresas Portuguesas sobre os Riscos 2017’, mantém-se na liderança o mesmo risco do ano passado: a instabilidade política ou social, que desceu, no entanto, entre os dois anos, um ponto percentual, de 48% para 47%.

“De destacar a elevada subida no top do risco ataques cibernéticos, passando a ocupar a segunda posição em vez da quinta”, refere o estudo que abrangeu cerca de 150 empresas em Portugal de vários setores de atividade.

Segundo a Marsh, a gestão de riscos, nos últimos anos, tem vindo a assumir um papel de maior relevância para as empresas portuguesas: “As percentagens das que admitem dar pouca ou nenhuma importância à gestão de riscos tem estabilizado ou diminuído ligeiramente”. Contudo, acrescenta, “apenas 35% afirma ser elevada e 46% afirma que dá suficiente importância à gestão de riscos”.

Relativamente ao valor orçamentado para a gestão de riscos nas empresas, segundo as respostas ao estudo da Marsh, 2% das empresas inquiridas diz que este valor diminui, 16% afirma não saber e 28% admite que aumentou. A maioria, equivalente a 54%, afirma que estabilizou, conclui.

“Continua a ser fundamental que as organizações em todo o mundo, e em particular as empresas portuguesas, se foquem nos riscos globais e emergentes e que testem a eficácia das suas medidas de mitigação dos riscos, por forma a não comprometerem a continuidade dos seus negócios, através ou decorrente de uma perda inesperada”, conclui a consultora.

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10 países onde o otimismo reina no presente

  • ECO
  • 16 Março 2017

Se tivesse de responder a uma questão sobre a situação atual de Portugal, o que diria? Esse desafio foi colocado a cidadãos de vários países. Veja aqui uma fotogaleria com o top 10 dos otimistas.

Numa altura em que o populismo continua a desbravar terreno por todo mundo, mesmo com a resistência da Holanda, importa saber onde há descontentamento com o momento presente e onde existe otimismo. A consultora internacional Brunswick questionou mais de 40 mil pessoas de 26 países diferentes — Portugal não fez parte do estudo — para perceber quais são os países com a melhor perceção do presente e aqueles onde o pessimismo reina.

Os piores resultados estão na Itália com 85% dos inquiridos deste país a considerarem que a atualidade não está a correr nada bem, numa altura em que o Governo está instável e a banca corre perigos. Segue-se o Brasil — afetado pela turbulência popular devido ao impeachment de Michel Temer, mas também pelo efeito dos Jogos Olímpicos — e outros dois países europeus: Espanha e França.

Em média, neste inquérito, 51% dos inquiridos considera que o seu país está bem atualmente, contra 47% que considera que não, restando 2% de indecisos. No topo dos países mais otimistas face ao presente estão os Emirados Árabes Unidos (92%), Suíça (87%), China (85%), Índia (83%) e Singapura (78%). E na Europa não está tudo mal: países como a Suécia, Holanda e Dinamarca têm cidadãos satisfeitos.

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Envelope armadilhado explode nos escritórios do FMI em Paris

  • ECO
  • 16 Março 2017

Envelope armadilhado explodiu nos escritórios do FMI, no centro de Paris, avança a Reuters. Uma assistente da direção ficou ferida.

Uma pessoa ficou ferida na sequência da explosão de um envelope armadilhado, nos escritórios do FMI no centro de Paris. A notícia foi avançada pela Reuters que cita fonte policial, não se sabendo ainda quem foi o remetente da carta.

Segundo as primeiras informações avançadas, o envelope conteria material pirotécnico. A vítima terá sido uma assistente da direção, que abriu um envelope dirigido a um responsável sénior e que acabou por ficar queimada na cara e nas mãos.

Por precaução, cerca de 150 empregados já foram evacuados do edifício, onde agora se encontram peritos forenses. A diretora da instituição, Christine Lagarde, já reagiu à explosão: “Condeno este ato de violência cobarde.” Esta, que se encontra em Frankfurt, na Alemanha, garantiu também que a instituição está a trabalhar com as autoridades francesas na investigação.

Este incidente acontece um dia depois de um grupo extremista grego ter enviado um pacote explosivo para os gabinetes do ministério das finanças alemão. Não existe ainda confirmação que os dois possam estar ligados.

(Notícia atualizada às 12h20 com a reação da diretora do FMI.)

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