“Está aberto o caminho para se saber a verdade do que se passou na CGD”

  • ECO
  • 9 Fevereiro 2017

José Matos Correia, presidente da comissão parlamentar de inquérito à gestão da Caixa, reconhece a "elevada preocupação com a perceção pública dos trabalhos" desta comissão.

A Comissão Parlamentar de Inquérito à Recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e à gestão do banco tem sido de “difícil” gestão, mas está a conseguir dar passos importantes para o conhecimento dos fatores que levaram o banco público à situação em que está.

Quem o diz é José Matos Correia, o deputado social-democrata que preside à comissão e que, em entrevista ao Público (acesso condicionado), admite a preocupação com este trabalho. “Não lhe vou esconder que tenho uma elevada preocupação com a perceção pública do trabalho da CPI, por um lado, mas também dos resultados“, diz. Isto por a “significativa oposição ou antagonismo entre os grupos parlamentares que requereram a comissão” tem “tornado muito difícil a gestão da CPI”.

Contudo, e apesar do “momento delicado” provocado pelos responsáveis da CGD que se recusam a entregar os documentos solicitados pela comissão (incluindo a lista dos maiores devedores), os deputados têm conseguido vitórias importantes. Desde logo, com as decisões do Tribunal da Relação de Lisboa, que determinou a entrega destes documentos.

"É a primeira vez que um tribunal diz de forma tão clara que o interesse público se sobrepõe ao segredo bancário.”

José Matos Correia

Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito à CGD

“É a primeira vez que um tribunal diz de forma tão clara, por duas vezes e com juízes diferentes, que o interesse público no conhecimento da verdade se sobrepõe ao segredo bancário e a segredo de supervisão. Está aberto o caminho para se poder ter acesso a documentação que é importante para se ficar a saber a verdade do que se passou na CGD, porque é que se chegou a um nível de imparidades tão elevado”, salienta Matos Correia.

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Banca arrasta PSI-20 para o vermelho pela quarta sessão consecutiva

  • Rita Atalaia
  • 9 Fevereiro 2017

No dia em que lança mais 14 mil milhões de novas ações no mercado, o BCP está a afundar mais de 3%. Mas é a queda de 19% do BPI que está a arrastar o PSI-20 para o vermelho.

O BPI está a afundar 19% depois de concluída a OPA lançada pelo CaixaBank. Esta queda está a arrastar o PSI-20 para o vermelho pela quarta sessão consecutiva, contrariando o otimismo na Europa. No dia em que lança mais 14 mil milhões de novas ações no mercado, o BCP também está a afundar mais de 3%. Destaque ainda para as perdas no setor energético que também estão a contribuir para o mau desempenho da praça portuguesa.

O índice de referência nacional, o PSI-20, abriu a sessão a cair 0,2% para os 4.550,78 pontos, numa sessão muito negativa para a banca. O BPI está a afundar 19% na abertura, para os 95 cêntimos. A Allianz que detém cerca de 8% do capital do BPI não aceitou a proposta do CaixaBank, ficando com uma posição que reduz fortemente a liquidez das ações do banco português na bolsa nacional. E por causa disso, a Euronext decidiu esta quarta-feira excluir o BPI do PSI-20, que fica novamente com 17 cotadas a partir desta sexta-feira.

Se vão faltar ações do BPI a circular em bolsa, o mesmo não poderá dizer o BCP, que lança esta quinta-feira mais 14 mil milhões de novas ações no mercado, resultantes do aumento de capital no valor de 1.300 milhões de euros. Os títulos negoceiam hoje em baixa de 3,08% para os 14,14 cêntimos, após um tombo de 7%.

Na energia, o cenário não melhora. A EDP cai 0,1% para 2,76 euros e a EDP Renováveis desce 0,23% para 6,13 euros. A maré muda de cor no retalho, com a Jerónimo Martins a subir 0,1%. Também a Galp Energia acelera 0,07%. A Navigator está a comemorar os resultados financeiros de 2016. A papeleira registou um aumento dos lucros no ano passado e, por isso, as ações estão a subir 1,06%.

(Notícia atualizada às 8h16)

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BPI afunda 25% após OPA. Saída do PSI-20 pesa

Depois do CaixaBank ter concluído a OPA, ficando com quase 85% do capital, os títulos estão em queda no mercado nacional. A expulsão do índice de referência está a afundar o banco.

O BPI está em forte queda na bolsa. As ações do banco estão a afundar quase 19% depois do resultado da oferta pública de aquisição (OPA) que deixou muito poucas ações em bolsa. A liquidez reduzida levou mesmo a gestora da bolsa de Lisboa a decretar a exclusão dos títulos do banco do índice de referência nacional, o PSI-20.

O CaixaBank não conseguiu atingir nem os 90% do capital, nem os 90% dos títulos que se propunha comprar, como exige o Código de Valores Mobiliários, pelo que não pode lançar uma oferta potestativa. Ficou com 84,52% do banco. Sem OPA, mas também sem aquisição potestativa, deixa de haver sustentação à cotação. Os títulos chegaram a perder um máximo de 25,62%, a maior queda desde 1999. Segue a cair 22,67% para 81,2 cêntimos.

BPI em forte queda

Fonte: Bloomberg

O banco fica em bolsa, mas com poucos títulos disponíveis tendo em conta que a Allianz não vendeu na OPA. Restam cerca de 7% do capital no mercado, o que levou a gestora da bolsa nacional a determinar a exclusão das ações do índice de referência do mercado português, o PSI-20.

“A Euronext comunica que, na sequência dos resultados alcançados na Oferta Pública de Aquisição (OPA) do CaixaBank sobre o BPI, e face à informação disponível à data, foi decidida a exclusão das ações do Banco BPI do índice PSI 20, com data efetiva a 10 de fevereiro”, informou a Euronext, dona da bolsa de Lisboa.

Com esta decisão, o principal índice português passa de 18 para 17 cotadas, sendo que um substituto apenas será promovido na revisão anual do índice, que ocorre apenas em março.

(Notícia atualizada às 11h01 com mais informação)

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Quem são os melhores economistas de Portugal? Descubra-os

  • Marta Santos Silva
  • 9 Fevereiro 2017

A melhor instituição de investigação em economia em Portugal é a Nova SBE. Mas os principais economistas portugueses estão em universidades estrangeiras. Porquê?

Quem é o maior perito português em microeconomia? Pode parecer uma pergunta de difícil de resposta, mas existe uma ferramenta para ajudar a descobrir: o maior especialista na área é Luís Cabral, investigador na Universidade de Nova Iorque (NYU), julgando pelas suas publicações sobre o assunto em revistas científicas de renome.

O Ranking de Investigação em Economia em Portugal, desenvolvido pelos investigadores Miguel Portela e Paulo Guimarães, tem em parte este propósito: ajudar a identificar quais os investigadores mais ativos e especializados nas diferentes áreas, para estudantes de economia à procura de orientador, jornalistas à procura de fontes, e mesmo para os economistas se conhecerem entre si. “Eu comecei este trabalho já há muitos anos atrás, e as pessoas não sabiam o que os outros faziam, não se sabia o que se produzia”, disse Paulo Guimarães, da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, ao ECO.

Quando era docente, acrescentou o economista, “fazia muitas vezes uma pergunta aos alunos: Quem é o investigador que melhor conhece na instituição onde está?” A resposta, muitas vezes, ficava presa “às pessoas que estavam nos jornais”.

Consultar os rankings organizados por Paulo Guimarães e Miguel Portela, numa colaboração entre o Centro de Economia e Finanças da Universidade do Porto (CEFUP) e o Núcleo de Investigação em Políticas Económicas (NIPE) da Universidade do Minho, é ver constituir-se uma imagem eclética dos economistas portugueses, e uma lista, essa já mais familiar, das melhores instituições portuguesas para estudar economia.

Do lado dos investigadores, Luís Cabral da NYU, que também ensina na AESE Business School, surge em primeiro lugar, seguido por Sérgio Rebelo, na também norte-americana Northwestern University, e Ricardo Reis, atualmente na London School of Economics. Em quarto lugar está o investigador Nuno Garoupa, da Universidade do Illinois, e em quinto o primeiro investigador a exercer a sua atividade numa instituição portuguesa: Pedro Pita Barros, da Nova SBE. No top 10, só Pita Barros e o investigador da Universidade do Minho Odd Rune Straume trabalham em Portugal.

Ranking dos investigadores portugueses em economia

Fonte: Investigação em Economia em Portugal.

A Nova School of Business and Economics (Nova SBE), da Universidade Nova de Lisboa, é a primeira no ranking das instituições no que toca à investigação em economia em Portugal. É seguida, a alguma distância, pelo ISEG, da Universidade de Lisboa, pela Universidade do Porto e pela Universidade do Minho.

“Claro que nos sentimos orgulhosos”, resumiu Daniel Traça, diretor da Nova SBE, ao ECO. “Não sendo a motivação última do nosso trabalho, o reconhecimento neste e noutros rankings renova a nossa confiança na nossa estratégia e nas pessoas que fazem parte da Nova SBE”, acrescentou. A instituição, consistentemente no topo entre as portuguesas nos rankings de ensino como o do Financial Times, tem também foco na área da investigação, que “tem sido desde sempre um elemento fundamental da nossa estratégia e está hoje no ADN da instituição”, acrescentou o diretor.

Ranking das instituições portuguesas em investigação em economia

Fonte: Investigação em Economia em Portugal.

“Como todos os rankings, este serve sobretudo para servir de benchmark a todas as instituições, para saberem como estão relativamente aos seus pares e para definirem objetivos e estratégias”, acrescentou Daniel Traça. “A investigação científica na área da economia e da gestão é hoje elemento fundamental da estratégia de uma universidade com ambição”.

A “seleção natural” da fuga de cérebros

Ao olhar para o ranking dos melhores economistas portugueses, a questão torna-se óbvia: por que é que a maioria deles, oito no Top 10, exerce a sua atividade em universidades estrangeiras? “É uma seleção natural”, disse Paulo Guimarães, um dos responsáveis pelo ranking. “Os melhores vão-se embora”. Quais os fatores que jogam neste processo?

Para o segundo colocado no ranking geral dos investigadores, Sérgio Rebelo, a pergunta tem desde logo uma implicação clara: “Portugal tem investigadores capazes de fazer trabalho de grande qualidade desde que tenham os meios necessários ao seu dispor”, afirmou ao ECO o investigador de Finanças Internacionais na Kellogg School of Management, na universidade norte-americana Northwestern. “Podemos ter em Portugal universidades que competem a nível global atraindo assim alunos de todo o mundo. Mas para isso precisamos de ser capazes de atrair e reter talento“.

Também Daniel Traça vê espaço para uma interpretação com uma faceta positiva. O diretor da Nova SBE escolhe destacar “um enorme esforço feito desde há décadas para estimular os melhores alunos nacionais a prosseguir um doutoramento e uma carreira académica, com ênfase na investigação científica”, o que leva os estudantes portugueses a brilhar nas universidades estrangeiras.

Mas o que faz com que fiquem por lá? Há vários fatores que motivam esta fuga dos investigadores mais ativos para universidades além-fronteiras, muitos deles para os Estados Unidos ou o Reino Unido. “A maior parte das universidades portuguesas são públicas, por isso não podemos competir em termos de salário” com as grandes universidades privadas noutros países, esclareceu Paulo Guimarães. “Depois há a questão da progressão na carreira, que não valoriza a investigação”.

Que soluções existem para tentar manter estes “super-talentos” em Portugal, ou trazê-los de volta? As dificuldades financeiras do Ensino Superior são difíceis de superar, mas Daniel Traça lembra que existem outras hipóteses em cima da mesa. “Recentemente, algumas medidas fiscais que estimulam o regresso de profissionais de alto valor acrescentado têm ajudado. Mais apoios desta ordem poderiam ajudar ainda mais, nomeadamente o alívio fiscal a um sistema de prémios aos investigadores mais produtivos”, exemplifica.

“Uma outra possibilidade seria encorajar, nomeadamente em sede de desconto de IRC, o setor privado a ceder fundos que as universidades pudessem utilizar para o recrutamento de professores e investigadores — uma política que é corrente em alguns países estrangeiros”, propõe, e deixa uma última sugestão: “Finalmente, a enorme carga burocrática e administrativa com que hoje se defrontam as instituições de Ensino Superior é também um obstáculo — por exemplo, as restrições à utilização das receitas próprias em sede de Orçamento de Estado implica que mesmo aquelas universidades que gerem fundos para atrair alguns daqueles talentos se vejam constrangidas”.

Para que serve o ranking?

“Em geral, os rankings valem o que valem, medem o que medem: devem ser interpretados com cuidado”, assumiu o primeiro classificado nesta lista, o investigador da NYU Luís Cabral. “Um ranking de best-sellers, por exemplo, não se refere aos melhores livros mas sim aos livros mais vendidos. O ranking das escolas, para dar outro exemplo, mede as notas dos exames dos alunos, não a qualidade das escolas. Há que saber fazer estas distinções”.

Uma lista que elenca todos os economistas portugueses, de acordo com uma pontuação que se prende com o número de artigos publicados em revistas científicas e com a reputação das publicações, pode parecer à superfície um instrumento de competitividade. Na verdade, o ranking tem uma utilidade mais prática, que não é apenas a de dar a conhecer o trabalho que se faz nos diferentes domínios da investigação em economia — embora essa seja central.

Os próprios investigadores são os primeiros a dizer que não dedicam particular atenção ao lugar onde se encontram nos rankings. “A consideração que os académicos têm pelos colegas de profissão inclui um grande número de dimensões que vão muito para além de rankings parciais”, afirmou Luís Cabral.

“Confesso que de vez em quando consulto o número de citações no Google Scholar, mas em geral não presto atenção aos rankings”, explicou também Sérgio Rebelo ao ECO. “O meu objetivo é fazer bom trabalho”.

Pedro Pita Barros disse o mesmo, desvalorizando mesmo a sua posição enquanto o economista mais bem colocado a trabalhar em Portugal. “Não dou grande valor a esses rankings. Como há muitos critérios possíveis para os estabelecer, é sempre possível estar bem colocado num deles e mal colocado num ranking segundo outro critério”, afirmou. “Dentro de cada área, mais importante do que estar nos rankings é conseguir receber a atenção, científica e da comunidade em geral para os trabalhos realizados”.

Mas os rankings não servem, primeiramente, para os investigadores competirem entre si. Em primeiro lugar, como explicou Paulo Guimarães, o ranking que começou a ser desenvolvido no ano 2000 tem várias razões de ser. Desde logo, “a questão dos concursos públicos”: um ranking com base em critérios objetivos permite seriar pessoas de forma justa e transparente.

Também pode ajudar as universidades e centros de investigação a melhor avaliar e reforçar as suas capacidades. “Em muitas instituições torna-se difícil perceber em que áreas devem investir“, afirmou Paulo Guimarães, e um ranking dos seus economistas pode ajudar a saber melhor como alocar os recursos. A listagem também pode ser útil para os estudantes que precisam de saber quem são os especialistas em determinadas áreas, para saber quem investiga o quê e junto de quem devem procurar orientações. “Há algum interesse e começam já a consultar” os rankings, explicou o cocriador deste.

Sérgio Rebelo defendeu também os rankings pela sua utilidade nas avaliações académicas. “Este tipo de informação torna mais difícil tomar decisões de contratação e promoção com base em critérios arbitrários”, defendeu o economista.

Como se calcula?

Um ranking deste tipo tem de ser transparente para ser confiável, e os investigadores responsáveis esclarecem, nas Perguntas Frequentes, os métodos utilizados. O ranking parte do número de publicações de cada investigador português, e tem depois em conta o número de coautores e também a “importância” da revista científica em questão. Abrange mais de 600 publicações científicas das áreas económicas.

A “importância” das revistas e publicações científicas pode ser calculada de acordo com diferentes métodos — afinal, brinca Paulo Guimarães, “os economistas há muitos anos que se divertem a avaliar ou a dar pontuações às revistas”. Porque existem vários sistemas díspares para o fazer, o ranking do CEFUP e do NIPE toma em conta um valor médio com base em múltiplos métodos de cálculo de “importância”. No site, é possível analisar os dados recalculando a pontuação dos investigadores portugueses de acordo com o método de preferência, ou consultar a média. Também é possível consultar o ranking relativamente a diferentes períodos temporais, e brincar com os dados de outras formas.

O ranking do NIPE e do CEFUP tem as suas limitações, no sentido em que se foca no número de publicações de cada investigador, permitindo identificar os que mais conhecimento produzem. “Não atribui peso a uma dimensão considerada importante no mundo académico: o número de citações”, destaca o primeiro classificado, Luís Cabral. O número de vezes que o trabalho de um investigador é citado noutros trabalhos científicos publicados permite medir a influência do conhecimento que produziu. “Fosse esse o caso, o professor Sérgio Rebelo seria certamente colocado em primeiro lugar”, acrescenta o investigador da NYU.

Notícia alterada às 16.30 do dia 14 de fevereiro: Esclarece que o investigador Luís Cabral também é professor convidado na AESE Business School.

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Alemanha atinge excedente comercial recorde em 2016

  • Lusa
  • 9 Fevereiro 2017

A Alemanha registou no ano passado um novo recorde: o excedente comercial fixou-se nos 252,9 mil milhões de euros. E graças às exportações da maior economia europeia, que cresceram 1,2% nesse período.

A Alemanha registou no ano passado um novo excedente comercial recorde, fixado em 252,9 mil milhões de euros, indicam dados oficiais hoje divulgados.

As exportações da maior economia europeia aumentaram 1,2% face a 2015 para 1,20 biliões de euros – o número mais elevado de sempre -, enquanto as importações subiram 0,6% totalizando 954,6 mil milhões de euros, segundo dados da agência federal de estatística alemã (Destatis). O superavit da balança comercial da Alemanha em 2015 foi de 244,3 mil milhões de euros.

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Gestores envolvidos no caso Sócrates recebem “comissões” de 200 mil euros

  • ECO
  • 9 Fevereiro 2017

O Ministério Público detetou duas transferências de 100 mil cada para contas offshore na Suíça. Uma era de Rui Horta e Costa e a outra era de Diogo Gaspar Ferreira. Ambos arguidos na Operação Marquês.

O Ministério Público detetou duas transferências de 100 mil euros cada para contas offshore na Suíça. Uma é controlada por Rui Horta e Costa, que é administrador do empreendimento Vale do Lobo e era administrador não executivo dos CTT até ontem. E que foi constituído arguido no caso Operação Marquês por corrupção, fraude, branqueamento e abuso de confiança. A outra contra é controlada por Diogo Gaspar Ferreira, presidente do grupo que gere o empreendimento e também arguido desde junho de 2015. Os dois são suspeitos de corromperem o ex-primeiro-ministro, José Sócrates.

O jornal Público avança que as autoridades suíças enviaram uma carta que permitiu ao Ministério Público detetar duas transferências no total de 200 mil euros para contas offshore na Suíça. Uma controlada por Rui Horta e Costa, administrador do empreendimento turístico Vale do Lobo. Mas que também era até há pouco tempo administrador não executivo dos CTT. Para além disso, foi constituído arguido na chamada Operação Marquês, por “crimes de corrupção ativa, fraude fiscal, branqueamento e abuso de confiança”, de acordo com a Procuradoria-Geral da República, citada pelo jornal.

A outra contra é controlada por Diogo Gaspar Ferreira, que é presidente do grupo que gere o empreendimento turístico no Algarve e arguido no caso desde junho de 2015. Segundo o Público, estes dois administradores são acusados de corromperem o ex-primeiro-ministro, José Sócrates, e o ex-ministro socialista, Armando Vara, para obterem financiamento com condições especiais na Caixa Geral de Depósitos, onde Vara ocupou funções de administrador. O empréstimo foi usado para comprar o empreendimento por 230 milhões de euros.

E as “comissões” de 200 mil euros terão sido pagas aos administradores através de contas controladas por Joren Van Doorem, que comprou lotes no empreendimento. O jornal tentou falar com o advogado dos dois administradores, João Medeiros, mas não foi possível.

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Isenção dos gestores da CGD foi negociada com advogados de Domingues

  • ECO
  • 9 Fevereiro 2017

O Ministério das Finanças permitiu aos advogados do antigo presidente da CGD definir a formulação das alterações ao Estatuto do Gestor Público.

As alterações ao Estatuto do Gestor Público, que permitiram isentar os administradores da Caixa Geral de Depósitos (CGD) das obrigações impostas por esta lei, foram negociadas pelo Governo com a Campos Ferreira, Sá Carneiro & Associados, como o ECO avançou, e o Público (acesso condicionado) dá destaque. Foi esta sociedade de advogados que assessorou António Domingues antes de este ter assinado o contrato como presidente do banco público.

Em causa estão as alterações ao Estatuto do Gestor Público, aprovadas pelo Executivo de António Costa em junho do ano passado, meses antes de António Domingues e a sua equipa terem tomado posse na administração da CGD. As alterações acabaram com os tetos salariais no banco público, além de permitirem que os gestores não entregassem ao Tribunal Constitucional as respetivas declarações de rendimentos e de património, obrigação imposta a todos os gestores públicos.

Nos últimos meses, o ministro das Finanças disse por várias vezes que este compromisso — de isenção da transparência — não existia, mas a correspondência trocada entre António Domingues, Mário Centeno e Ricardo Mourinho Félix, a que o ECO teve acesso, vem mostrar o contrário.

Agora, o Público vem acrescentar que o gabinete de Mourinho Félix permitiu aos advogados de Domingues definir a formulação da lei. Num email enviado em junho, refere o jornal, um técnico especialista do gabinete do secretário de Estado enviou três opções para a redação da lei.

“Das três redações que nos enviou a que julgamos corresponder ao pretendido é a primeira, sem a parte final assinalada a negrito. Isto porque o objetivo não é apenas desqualificar os membros da administração como gestores públicos, mas também afastar a aplicação de todo o decreto-lei”, foi a resposta dos advogados de Domingues.

O decreto-lei acabou por ser publicado no verão do ano passado e a sua redação final é, em vários pontos, idêntica à proposta dos advogados, refere o Público.

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Trump desejou bom ano à China… 16 dias depois

  • Lusa
  • 9 Fevereiro 2017

O novo ano lunar foi no dia 28 de janeiro, mas Trump só agora enviou um carta de felicitações a Xi Jinping.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou uma carta ao seu homólogo chinês, Xi Jinping, a desejar felicidades para o Ano Novo Lunar, quase uma semana após o fim das celebrações na China.

Trump foi o único líder norte-americano em anos recentes que não enviou felicitações no início do ano novo chinês, que este ano calhou a 28 de janeiro, gerando especulações na China se se tratou de um gesto intencional.

Um comunicado difundido na quarta-feira pela Casa Branca revela que Trump escreveu a Xi desejando umas boas férias ao povo chinês, que terminaram na quinta-feira passada, e expressando a sua vontade de trabalhar em conjunto para “desenvolver uma relação construtiva”.

Após vencer as eleições e antes de tomar posse, Trump sugeriu por várias vezes que Washington poderá rever a política de “uma só China”, vista por Pequim como uma garantia de que Taiwan é parte do seu território e não uma entidade política soberana.

O líder norte-americano acusa também Pequim de práticas comerciais desleais e de fazer pouca pressão para que a Coreia do Norte abandone o seu programa nuclear.

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Navigator vai investir 206 milhões em Cacia e na Figueira

  • Marta Santos Silva
  • 9 Fevereiro 2017

O grupo papeleiro fecha 2016 com os lucros 10% mais altos e novidades para o futuro: uma nova fábrica em Cacia e um projeto de aumento de produtividade na Figueira da Foz.

Após um ano em que a Navigator Company atingiu um nível recorde de vendas e produção de papel, o grupo vai agora realizar um investimento de 206 milhões de euros, dividido por um projeto em Cacia e outro na Figueira da Foz.

No relatório em que apresenta os resultados positivos do último trimestre de 2016, com o ano a fechar com um lucro de 217,5 milhões de euros, a antiga Portucel anuncia que vai avançar com os dois investimentos milionários.

Em Cacia, o maior dos dois projetos, vai ser criada uma nova linha de produção para a área do papel tissue (para guardanapos, lenços de papel ou papel higiénico), incluindo a transformação em produto final. No relatório, a Navigator antevê que as novas linhas estejam prontas na segunda metade de 2018, com o investimento de 121 milhões de euros a repartir-se entre este ano e o próximo — montante que é totalmente elegível para apoio comunitário, que poderá chegar aos 42,16 milhões.

Já na Figueira da Foz, os 85 milhões de euros de investimento vão servir para implementar, no centro fabril, um projeto de aumento de competitividade, com “melhoria da eficiência produtiva e um aumento de capacidade de 70 mil toneladas, para uma produção total de 650 mil toneladas de pasta BEKP por ano”.

Lucro de 217,5 milhões apesar de queda dos preços

O resultado líquido do ano de 2016 ficou 10% acima do registado em 2015: os lucros da Navigator Company, antiga Portucel, chegaram aos 217,5 milhões de euros. Um ano em que o “forte desempenho operacional” ajudou a atenuar uma queda dos preços da pasta e do próprio papel. O volume de vendas de papel cresceu 2%, acompanhado de aumentos de “15% nas vendas de pasta e 30% no tissue“. O EBITDA de 2016 chegou aos 397,4 milhões de euros, um aumento de 2% em relação a 2015.

O quarto trimestre de 2016 marcou recordes nas vendas de pasta e papel, permitindo atingir os 422 milhões de euros em vendas só nesse trimestre, comparativamente aos 377 milhões em vendas no trimestre homólogo, “minorando o impacto da redução dos preços”.

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5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

O Twitter apresenta as contas aos lucros e os Estados Unidos contas aos desempregados. Saiba o que vai marcar esta quinta-feira nos mercados.

O PSI-20 vai abrir sem o BPI — passando a ser um PSI-17 — mas com mais 14 mil milhões novas ações do BCP. O Twitter apresenta os resultados, que se esperam positivos, e do lado dos dados económicos há novidades na Alemanha e nos EUA.

Quanto valem os tweets?

O Twitter apresenta os resultados do último trimestre de 2016 esta quinta-feira. Os analistas esperam um lucro que deve rondar os 184 milhões de dólares no quarto trimestre, para um total de 574 milhões no ano inteiro. Agora que a rede social está na ribalta diariamente devido ao seu utilizador mais proeminente, o presidente dos Estados Unidos Donald Trump, a empresa vai ter de mostrar que sabe gerir o impacto positivo e negativo desta presença, enquanto Trump faz tremer os mercados com cada tweet.

BPI fora do PSI-20

O CaixaBank passou a controlar 84,52% do capital do BPI na sequência da oferta que lançou sobre a instituição portuguesa. Este resultado, anunciado esta quarta-feira na Euronext Lisboa, não permite ao banco catalão avançar com a aquisição potestativa das restantes ações. Gonzalo Gortázar adiantou que a Allianz não vendeu na oferta catalã. Ou seja, com apenas 5% a 6% do capital disperso no mercado, o BPI ficou fora do índice de referência da bolsa nacional face à baixíssima liquidez.

Festa de novas ações no BCP

Se vão faltar ações do BPI a circular em bolsa, o mesmo não poderá dizer o BCP, que lança esta quinta-feira mais 14 mil milhões de novas ações no mercado, resultantes do aumento de capital no valor de 1.300 milhões de euros. Nas últimas duas sessões, os títulos do banco liderado por Nuno Amado afundaram cerca de 16%. O Euronext realiza pelas 10h00 uma sessão comemorativa de entrada em bolsa das novas ações.

Os pesos na balança comercial alemã

A maior economia da União Europeia dá a conhecer os dados da balança comercial, fundamentais para a Alemanha cuja indústria manufatureira tem como principal objetivo a exportação. Perante a perspetiva de instabilidade política interna em ano eleitoral e do protecionismo que Donald Trump promete nos EUA, é preciso saber se a balança comercial alemã resiste aos abanões que aí vêm como o tem feito até agora.

Como está o mercado de trabalho nos EUA?

Mais um diagnóstico: esta quinta-feira volta a atualização semanal dos números dos pedidos de subsídio de desemprego nos Estados Unidos, que na semana passada já mostraram uma queda mais acentuada do que o esperado. O mercado de trabalho norte-americano está muito próximo do emprego total. O aumento dos empregos nos EUA foi uma das grandes promessas do novo presidente, pelo que estes dados são importantes para a nova administração.

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Intel reúne com Trump e acorda investimento de sete mil milhões

  • Marta Santos Silva
  • 8 Fevereiro 2017

A empresa vai terminar uma nova fábrica de chips no Arizona, e recebeu os aplausos do presidente pelo investimento "na inovação e nos empregos americanos! #AmericaFirst".

A reunião entre Donald Trump e o CEO da tecnológica Intel deu lucros: Brian Krzanich aproveitou o encontro na Casa Branca para anunciar que a Intel vai investir sete mil milhões de dólares (cerca de 6,5 mil milhões de euros) numa fábrica de produção de chips informáticos no estado do Arizona. Um investimento que valeu um elogio efusivo do novo presidente dos Estados Unidos, cunhado com a hashtag do seu novo slogan: #AmericaFirst (a América primeiro).

O investimento na fábrica, intitulada Fab 42, promete criar três mil empregos de altos salários no estado do Arizona, e criar indiretamente mais de dez mil empregos a longo prazo, segundo afirmou o CEO da Intel. Um anúncio que entusiasmou o presidente Donald Trump, cujas grandes promessas de campanha incluíam aumentar o emprego nos EUA. Através da sua conta pessoal do Twitter, Trump louvou o anúncio de Krzanich como “um grande investimento (de sete mil milhões) na inovação e nos empregos americanos”, fechando com a hashtag #AmericaFirst.

Em 2016, a Intel estivera nas notícias por uma vaga de despedimentos coletivos por todo o mundo, tendo despedido 12 mil trabalhadores num contexto de dificuldades económicas para o setor dos computadores pessoais.

A Intel foi uma das empresas que assinou a declaração amicus curiae contra a ordem executiva de Donald Trump que impede a entrada de cidadãos oriundos de sete países árabes nos Estados Unidos. Com esta reunião, o CEO da Intel reaproximou-se da administração Trump através de outro tema, afirmando, citado pela Forbes: “Apoiamos as políticas da administração de criar regras justas a nível global, tornando a manufatura americana competitiva além fronteiras através de novos padrões regulatórios e políticas de investimento”.

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Quem é Álvaro Santos Pereira?

  • Helena Garrido
  • 8 Fevereiro 2017

Nove meses depois de deixar o Governo, a 1 de abril de 2014, está em Paris como diretor do Departamento de Economia da OCDE com área da análise dos países que integram a instituição.

Diretor do Departamento de Economia da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, Álvaro Santos Pereira, 45 anos completados a 7 de janeiro, nasceu em Viseu mas ainda adolescente foi estudar para Coimbra. É ali que se licencia em Economia seguindo depois para a Universidade de Exeter, também conhecida como Exon, no Reino Unido. É já no Canadá que faz o doutoramento, em 2003, na Universidade de Simon Fraser. O seu orientador de tese será Richard Lipsey, economista de origem canadiana cujos livros fizeram parte dos estudos de alguns, hoje economistas portugueses, em finais da década de 70 do século XX.

Fica conhecido em Portugal pelas suas crónicas no então Diário Económico e no Diário de Notícias, onde começa a colaborar em 2001. É a partir do Canadá que inicia o seu caminho pelos livros sobre a economia portuguesa, o primeiro com o título “Os mitos da economia portuguesa” publicado em 2007. Edita em 2009 “O medo de falhar: História e Política Económica em Portugal” e mais tarde já em 2011 “Portugal na hora da verdade”.

A sua carreira académica começa no Canadá, primeiro na Universidade de British Columbia. E é de lá que vem para Portugal convidado para ministro da Economia no governo de Pedro Passos Coelho. Estará na Rua da Horta Seca entre junho de 2011 e Julho de 2013 quando deixa de ser ministro, na remodelação que ocorre na que se pode designar “crise Paulo Portas”. Na sequência da demissão do então ministro das Finanças Vítor Gaspar, o ministro Paulo Portas pede a demissão. A crise, com o recuo do líder do CDS, acaba por ser resolvida também com a substituição de Álvaro Santos Pereira.

Vivia em Vancouver, no Canadá, quando foi convidado para regressar a Portugal. Era professor na universidade onde se doutorou, a Simon Fraser, responsável pelas cadeiras de Desenvolvimento Económico e de Política Económica. Dava ainda aulas na British Columbia onde ensinava Macroeconomia. O desenvolvimento económico é uma das suas principais áreas de interesse na economia, como confessa numa entrevista dada em 2011.

Nove meses depois de deixar o Governo, a 1 de abril de 2014, está em Paris como diretor do Departamento de Economia da OCDE com área da análise dos países que integram a instituição. Nesse mesmo ano, em Novembro, publica ainda um livro sobre a sua experiência governativa: “Reformar sem medo, um independente no Governo de Portugal”.

Com as responsabilidades que tem na OCDE — onde entrou para director por concurso — cabe-lhe acompanhar os relatórios que a organização faz a cada dois anos sobre os países que a integram. Nestes primeiros dias de Fevereiro veio a Lisboa com o secretário-geral da Organização Angel Gurria para apresentar o relatório sobre a economia portuguesa dia 6 de Fevereiro.

Paris é a sua nova morada embora continue com saudades da vida de Vancouver. A entrevista que deu ao ECO, no fim da manhã de 8 de fevereiro, foi no pouco tempo que esteve por Lisboa já que, em geral, quando vem a Portugal a sua terra é Coimbra. Onde estudou desde a adolescência.

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