Negócio na China: Portugal ganha zona livre de comércio

Tianjin, que fica a meia hora de distância de comboio de Pequim, é o maior porto do norte da China e um dos dez com mais movimento do mundo.

penglai-1771838_960_720

Portugal está cada vez mais ligado à China: os produtos vindos de países de língua portuguesa vão ter direito a condições especiais de entrada no território chinês. A isenção de impostos alfandegários, acesso a uma linha de financiamento, uma estrutura logística que considera transporte, armazenamento, centros de exposição e distribuição, campanhas de marketing e organização de ações promocionais são algumas das medidas que integram a criação da zona livre de comércio para produtos dos países de língua portuguesa, apresentada em Tianjin, na China.

Tianjin, que fica a meia hora de distância de comboio de Pequim, é o maior porto do norte da China e um dos dez portos com mais movimento do mundo. A cidade tem acesso a uma população superior a dois milhões de pessoas, abrangendo dois municípios e sete províncias a China.

"Todo o investimento e interesse que Portugal está a receber por parte da China, via golden Visa, pela expansão de empresas asiáticas para a Europa via Portugal e pelo forte investimento na aquisição de empresas portuguesas, faz-nos acreditar e querer estar também presentes no país com os nossos produtos de qualidade e, acima de tudo, com todas as nossas capacidades e competências.”

Paulo Lima de Carvalho

Connect4global

“A ideia surgiu da constatação do potencial de venda dos produtos e empresas dos países de língua portuguesa. Esta free trade zone resulta de uma parceria entre a égide da Região Administrativa de Macau, cuja ação é conduzida pela Associação de Exportadores e Importadores de Macau, e tem a aprovação do Conselho de Estado da China”, explica ao ECO Paulo Lima Carvalho, diretor executivo da Connect4global para a Europa, uma das empresas parceiras do projeto.

img_0427

A iniciativa, acreditam os responsáveis, terá um contributo fundamental na facilitação do acesso ao mercado da China por empresas dos países de língua portuguesa, e poderá ser uma via inovadora para o desenvolvimento de negócios. “Procura-se explorar oportunidades e vantagens, tirando partido de um espaço alargado de grande relevância para as empresas portuguesas que, em parceria com empresas chinesas e dos mercados lusófonos, poderão criar sinergias para aumentar as trocas comerciais, aprofundar e consolidar os laços económicos”, explica o responsável.

Na apresentação do projeto, a 18 de janeiro, estiveram presentes alguns os mais altos representantes políticos da região assim como os responsáveis pelo projeto, do município de Tianjin, os embaixadores de Cabo Verde e Timor na China, importadores e distribuidores e representantes de Macau. Esta zona livre de comércio resulta de uma parceria entre a Região Administrativa de Macau, cuja ação é conduzida pela Associação de Exportadores e Importadores de Macau e tem a aprovação do Conselho de Estado da China. O projeto é desenvolvido pela Tianjin & Macao International Trade Service Center, com o apoio da Macau Importers and Exporters Association (MIEA).

Agora que Portugal se estabelece como hub comercial para investidores e empresas estrangeiras poderem entrar na Europa e na América do Sul, é essencial trabalhar estas parcerias estratégicas”, referiu Paulo Lima de Carvalho, no discurso da apresentação do projeto. Entre os produtos a destacar para as trocas comerciais, garante, estão “os vinhos que recebem os mais galardoados prémios internacionais, os azeites de renome, as conservas de eleição, os produtos lácteos de qualidade reconhecida, todo o mundo relacionado com o futebol e com o turismo, entre outros.”

O projeto da zona de livre comércio assenta em três plataformas fundamentais:

  1. distribuição de mercadorias importadas
  2. exposição e venda de produtos provenientes dos países de língua portuguesa
  3. serviços financeiros com vista ao investimento internacional

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

O turismo e Trump. “O mundo está aberto. Se não se vai a um sítio, pode ir-se a outro”

Os responsáveis das duas maiores organizações mundiais de turismo estiveram esta tarde em Portugal e apelaram ao fim da proibição da entrada nos EUA de pessoas de países de maioria muçulmana.

Donald Trump proibiu a entrada nos Estados Unidos de pessoas oriundas de sete países de maioria muçulmana e a indústria do turismo está “confusa”. Do lado das maiores organizações mundiais do setor, a posição é clara: a medida do Presidente norte-americano não só vai contra o “direito fundamental da liberdade para viajar”, como vai afastar pessoas — dos países banidos e de outros — dos EUA.

As mensagens foram transmitidas por Taleb Rifai, secretário-geral da Organização Mundial do Turismo, e David Scowsill, presidente do Conselho Mundial para as Viagens e Turismo (WTTC, na sigla em inglês). Os responsáveis estiveram esta tarde em Lisboa por ocasião da assinatura do memorando de adesão de Portugal ao Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento.

"As pessoas vão deixar de ir aos EUA, não por causa de restrições, mas porque não vão a sítios onde não se sentem bem-vindas.”

Taleb Rifai

Secretário-geral da Organização Mundial do Turismo

“A experiência e a história mostram-nos que nada vai parar. As pessoas vão continuar independentemente de qualquer medida. Portanto, a medida de Trump não terá qualquer impacto a nível do crescimento do turismo mundial”, sublinhou Taleb Rifai. Contudo “as pessoas vão deixar de ir aos EUA, não por causa de restrições, mas porque as pessoas não vão a sítios onde não se sentem bem-vindas“, ressalvou o responsável.

E rematou: “Os EUA estão a enviar a mensagem de que não estão abertos a visitantes. O mundo está aberto. Se não se vai a um sítio, pode ir-se a outro”.

David Scowsill foi mais longe e lembrou o impacto económico provocado pelas restrições de fronteiras após o 11 de setembro de 2001. “Nos dez anos depois do 11 de setembro, os Estados Unidos perderam 600 mil milhões de dólares em receitas porque o Departamento de Estado não estava a emitir vistos de forma célere”, apontou.

"Quando o presidente Trump anunciou a sua medida, criou uma enorme confusão dentro da indústria sobre quem podia viajar e quem não podia.”

David Scowsill

Presidente do Conselho Mundial para as Viagens e Turismo

O presidente da WTTC elogiou o Governo de Barack Obama, que “acelerou o processo de emissão de vistos, criou uma marca do destino Estados Unidos, criou um programa de vistos eletrónicos e facilitou as filas dos aeroportos com tecnologia de leitura eletrónica de passaportes”. Agora, acredita, haverá um retrocesso no turismo norte-americano.

“A nossa crença é no direito dos indivíduos de viajar, sem em negócios ou lazer e independentemente do seu país de origem ou etnia. Toda a gente tem um direito fundamental de liberdade para viajar. Quando o presidente Trump anunciou a sua medida, criou uma enorme confusão dentro da indústria sobre quem podia viajar e quem não podia”.

David Scowsill deixou claro que o setor quer “garantir que as pessoas destes países possam continuar a viajar” e apelou a que o Governo norte-americano altere a medida.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Áreas industriais recebem investimento de 180 milhões

  • ECO
  • 7 Fevereiro 2017

Investimento reserva 102 milhões para acessibilidades rodoviárias e 78 milhões para a criação e expansão de zonas empresariais. Autarquias vão usar fundos comunitários.

O primeiro-ministro António Costa intervém na apresentação do Programa de Valorização das Áreas Empresariais esta tarde na empresa MSC (Mediterranian Shipping Container) no Entroncamento. MIGUEL A. LOPES/LUSA

O primeiro-ministro, António Costa, disse hoje que o investimento público de 180 milhões de euros nas áreas industriais vai potenciar o investimento privado já realizado, com ganhos para o país em termos de crescimento e criação de emprego.

“Por isso, a prioridade foi muito clara: servir as zonas de localização empresarial e fazer o investimento público que melhor potencia o investimento privado realizado (..) e que podem ter melhor ganho de eficiência e melhor encurtamento de prazos de distribuição de mercadorias ou de acesso às matérias primas”, disse António Costa, no Entroncamento, no distrito de Santarém, onde o Governo apresentou o Programa de Valorização das Áreas Empresariais.

A prioridade foi muito clara: servir as zonas de localização empresarial e fazer o investimento público que melhor potencia o investimento privado realizado (..) e que podem ter melhor ganho de eficiência e melhor encurtamento de prazos de distribuição de mercadorias ou de acesso às matérias primas.

António Costa

Primeiro-ministro

O programa prevê um investimento de 180 milhões de euros, dos quais 102 milhões em acessibilidades rodoviárias e 78 milhões na criação e expansão de zonas empresariais. Esta verba será financiada através da abertura de concursos dos Programas Operacionais do Portugal 2020, aos quais podem concorrer as autarquias que pretendam melhorar as condições de instalação de empresas.

Nestes investimentos são abrangidas as regiões Norte (112 milhões de euros), Centro (50 milhões) e Alentejo (18 milhões) e estão previstos investimentos até 2021.

“É isso que estamos aqui hoje a fazer, investimentos que permitem potenciar o investimento que já foi feito pelas empresas, pelas autarquias, nas zonas industriais, e pelo Estado, nas infraestruturas rodoviárias e ferroviárias, e que temos de potenciar para termos mais crescimento, melhor emprego e maior igualdade”, destacou António Costa.

Segundo disse o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, que também esteve presente na cerimónia, além do investimento das acessibilidades em 12 áreas empresariais, o Governo tem “a expectativa de que mais 50 áreas empresariais venham a ser aprovadas no mapeamento a apoiar por Bruxelas, no mapeamento das três zonas de convergência”, as regiões Norte, Centro e Alentejo.

[O Governo tem] a expectativa de que mais 50 áreas empresariais venham a ser aprovadas no mapeamento a apoiar por Bruxelas, no mapeamento das três zonas de convergência.

Pedro Marques

Ministro do Planeamento e Infraestruturas

As infraestruturas e equipamentos para a criação e expansão das áreas empresariais visam, segundo o Governo, reforçar a competitividade das regiões de convergência, melhorar as condições de instalação das empresas nas áreas em que existe falta de espaços de implantação empresarial, potenciar a criação de emprego e aumentar as exportações, entre outros.

Por outro lado, o investimento nas acessibilidades de 12 áreas empresariais já existentes, realizado maioritariamente com orçamento da Infraestruturas de Portugal, tem como objetivo reduzir o tempo de percurso até à rede estruturante, facilitar o acesso aos portos e à fronteira, fomentar o crescimento económico e a captação de novos investimentos, garantir a manutenção das empresas já instaladas nessas áreas empresariais, potenciar a captação de novos investimentos nessas áreas empresariais e aumentar a segurança da circulação rodoviária.

Os critérios para este investimento são o de garantir a manutenção das empresas já instaladas nessas áreas empresariais, potenciar a captação de novos investimentos, redução do tempo de percurso, o custo por quilómetro e a dimensão do tecido empresarial.

O programa garante as seguintes ligações:

Região Norte (82 milhões de euros)

  • Ligação do Parque de Negócios de Escariz – Arouca à A32 | Sta. Maria da Feira – 26,2 milhões de euros – investimento a concretizar até 2019
  • Ligação à Área Industrial de Fontiscos | Santo Tirso – 700 mil de euros – investimento a concretizar até 2018
  • Ligação da Zona Industrial de Cabeça de Porca | Felgueiras à A11 – 8,5 milhões de euros – investimento a concretizar até 2020
  • Ligação do Parque Empresarial de Formariz | Paredes de Coura à A3 – 5,4 milhões de euros – investimento a concretizar até 2020
  • Ligação do Parque Empresarial de Lanheses à ER305 – 210 mil euros – investimento a concretizar até 2018
  • Via de Acesso ao Avepark em Guimarães – Parque de Ciência e Tecnologia das Taipas | Espaço Industrial de Gandra – 18,4 milhões de euros – investimento a concretizar até 2021
  • Melhoria das Acessibilidades às Áreas de Localização Empresarial de Famalicão Sul | Ribeirão e Lousado – 5,37 milhões de euros – investimento a concretizar até 2018
  • Melhoria das Acessibilidades à Área de Localização Empresarial de Lavagueiras | Castelo de Paiva – 17,7 milhões de euros – investimento a concretizar até 2021

Região Centro (15 milhões de euros)

  • Acessibilidades ao Parque Industrial do Mundão | Sátão – 6,93 milhões de euros – investimento a concretizar até 2019
  • Acessibilidades à Zona Industrial de Riachos | Entroncamento, Golegã, Torres Novas – 8,35 milhões de euros – investimento a concretizar até 2020

Alentejo (cinco milhões de euros)

  • Ligação da Zona Industrial de Rio Maior à EN114 – 2,4 milhões de euros – investimento a concretizar até 2020
  • Melhoria das Acessibilidades à Zona Industrial Campo Maior – 2,45 milhões de euros – investimento a concretizar até 2019

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Revista Cristina vai continuar. Em papel e numa app

Cristina Ferreira anunciou esta tarde, em Lisboa, que a revista vai continuar depois da desvinculação à editora Masemba.

A Cristina deixa de ser apenas só minha para passar a ser do mundo“. Foi desta forma que a apresentadora de televisão Cristina Ferreira falou esta tarde, em Lisboa, do futuro da revista com o seu nome. De acordo com a apresentadora, a revista não vai acabar senão crescer. Agora, além da edição em papel, a revista vai poder ser lida em inglês e em todo o mundo, através de uma aplicação que está a ser desenvolvida para o efeito.

A 31 de janeiro, Nuno Santiago, presidente executivo da editora da Cristina, a Masemba, dava conta de que a empresa iria deixar de produzir a publicação. O número de fevereiro, que conta com Alberto João Jardim na capa, chegou às bancas esta semana.

 

“Eu sou apresentadora de televisão. E este foi um projeto e não é acabar ou não acabar que vai tornar-me mais feliz”, disse a apresentadora, esta tarde, no hotel Pestana CR7, em Lisboa, criticando a forma como a notícia de fim da publicação foi recebida por muitas pessoas.

“Aquilo que me deixou mais triste esta semana foi aquilo que considero essencial na imprensa, que é a verdade, não ter sido usada por todos mas apenas por alguns”, disse a apresentadora.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

UE: em breve vai poder usar Netflix ou Spotify quando viaja

A Comissão Europeia chegou a um acordo para que os cidadãos europeus possam aceder à Netflix, ao Spotify ou outro tipo de serviço online nos países da União Europeia.

Os europeus vão, em breve, poder usar as subscrições em serviços online dentro da União Europeia, anunciou a Comissão Europeia esta terça-feira. As negociações entre o Parlamento Europeu, os Estados-membros e a Comissão Europeia chegaram a um acordo para os serviços de filmes, de música, eventos desportivos, e-books ou jogos de vídeo. Em causa estão empresas como a Netflix, Spotify, HBO Go, Amazon Prime e Origin.

Brevemente, se estiver num país da União Europeia vai poder ver a série que o viciou ou ouvir o novo álbum do seu artista favorito. Os legisladores europeus deram esta terça-feira o primeiro passo para a “modernização” das regras de direitos de autor, tal como a Comissão Europeia já tinha proposto na sua estratégia para o Mercado Único Digital, uma matéria liderada por Andrus Ansip.

A regulação, no futuro, vai permitir que os consumidores tenham acesso aos serviços online quando viajam pelos países da União Europeia, da mesma forma que poderiam fazê-lo em casa. A Comissão Europeia dá um exemplo: “Quando um consumidor francês subscrever o serviço online do Canal+ de filmes e séries, o utilizador pode ter acesso aos filmes e séries disponíveis em França quando ele ou ela for em férias para a Croácia ou numa viagem de negócios à Dinamarca”.

O acordo alcançado hoje irá trazer benefícios concretos para os europeus.

Andrus Ansip

Vice-presidente para o Mercado Único Digital

O comunicado de imprensa explica que estes serviços vão verificar o país de residência do subscritor “usando os detalhes de pagamento, a existência de um contrato de internet ou verificando a morada de IP”. Todas as empresas que ofereçam este tipo de serviços vão ter de seguir estas novas regras. A Comissão esclarece que os serviços sem pagamento podem escolher entre fornecer ou não essa portabilidade aos subscritores.

“O acordo alcançado hoje irá trazer benefícios concretos para os europeus. Os cidadãos que subscreveram as suas séries favoritas ou músicas ou eventos desportivos, em casa, vão poder aproveitá-los quando estiverem a viajar na Europa“, afirmou, esta terça-feira, o vice-presidente da Comissão Europeia destacado para este tema.

Andrus Ansip defende que este é um “passo importante para quebrar as barreiras” do Mercado Único Europeu. “São agora necessários acordos em outras propostas para modernizar as regras da União Europeia em relação aos direitos de autor para garantir um acesso mais amplo ao conteúdo criativo para lá das fronteiras”, pediu o vice-presidente para o Mercado Único Digital.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CTT muda governação e tem novo chairman

Francisco de Lacerda passa o cargo de chairman para António Gomes Mota, anterior vice-presidente, mantendo-se ainda assim como presidente executivo e vice-presidente da administração dos CTT.

Há mudanças na governação dos CTT CTT 0,00% . A empresa vai separar os cargos de presidente executivo (CEO) e presidente do conselho de administração (chairman), até aqui acumulados por Francisco de Lacerda.

Num documento submetido aos mercados, a cotada portuguesa avança que Francisco de Lacerda deixará de ser chairman, passando a vice-presidente do conselho administrativo dos CTT e mantendo o cargo de presidente executivo. Já António Gomes Mota, atual vice-presidente do conselho de administração, será o novo chairman da empresa postal.

O mandato desta administração terminou no final de 2016 e, com esta proposta, a comissão de governo societário dos CTT apresenta a nova administração a levar à assembleia geral de acionistas, com data prevista para dia 20 de abril. O próximo mandato deverá durar até 2019.

Na lista recomendada não constam os nomes de Manuel Castelo-Branco nem de Ana Jordão, que deixam assim a comissão executiva. Entram como administradores executivos António Pedro Silva e Francisco Simão, dois diretores de primeira linha da empresa. Como não executivos, juntam-se João Bento, Luísa Anacoreta Correia e Belén Amatriain Corbi.

A lista vai ao encontro das recomendações da comissão de governo societário dos CTT, descriminadas no documento. Entre elas, o objetivo de atingir a quota “de 30% do género feminino no conselho de administração deste mandato”, superior até à indicação da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). É também objetivo a nomeação de uma comissão mais internacional, com uma maioria de conselheiros independentes.

A separação dos cargos era, de resto, uma intenção antiga, veiculada logo depois da privatização da empresa em 2014. Desta forma, os CTT vão ao encontro das boas práticas de corporate governance — por outras palavras, a separação de cargos executivos com os de quem reporta diretamente aos acionistas.

Notícia atualizada às 19h14 com mais informação.

Gráfico: Cotação dos CTT na Bolsa de Lisboa

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fosun fica com 24% do BCP, Sonangol com 15%

A atual participação do grupo chinês ainda está abaixo do objetivo, que passa por ficar a deter 30% do banco português.

A Fosun aproveitou o aumento de capital para reforçar a posição no BCP para 23,92%. Apesar do aumento face aos 16,67% que detinha até agora, a atual participação ainda fica abaixo do objetivo do grupo chinês, que passa por ficar a deter 30% do banco português. Já os angolanos da Sonangol, que ainda não tinham confirmado se iam reforçar a posição no banco, aumentaram a participação de 14,87% para 15,24%.

A informação foi comunicada esta tarde pelo BCP à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“O BCP informa ter recebido dos acionistas Chiado [a empresa constituída pela Fosun para comprar participações no BCP] e Sonangol-Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola informação sobre as respetivas participações qualificadas (23,92% e 15,24%, respetivamente”, referiu o banco, em comunicado.

Ao que o ECO já tinha apurado, a participação da Fosun ficou abaixo do objetivo de 30% devido à forte procura registada pelos novos títulos do BCP. A operação foi totalmente subscrita e o número total de ações solicitadas pelos investidores acabou por superar em 22% o número de títulos em oferta. O aumento de capital de 1.330 milhões de euros vai permitir ao banco reembolsar ao Estado os 700 milhões de euros que restam dos CoCos, além de reforçar os rácios de capital.

Notícia atualizada pela última vez às 18h30.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BCP afunda com inundação de novas ações

Foi sobretudo por causa do tombo do BCP que a bolsa portuguesa encerrou a sessão desta terça-feira em terreno negativo. Vêm aí mais 14 mil milhões de novos títulos do banco.

As ações do BCP afundaram mais de 9% quando o banco se prepara para lançar na bolsa mais 14 mil milhões de novas ações na sequência do aumento de capital de 1.300 milhões de euros, que foi totalmente subscrito com forte participação dos acionistas de referência. Os analistas justificam a queda com um movimento de correção após as valorizações nos últimos dias. Quinta-feira termina oficialmente o reforço de capital do maior banco privado português com a entrada em negociação dos novos títulos do BCP.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Metro quadrado: 125 de Outubro, escritórios à medida no centro de Lisboa

  • ECO + JLL
  • 7 Fevereiro 2017

O edifício 125 de Outubro localiza-se no centro de negócios de Lisboa e tem ainda disponíveis 2.219 m² de escritórios, comercializados pela JLL em co-exclusividade.

A Avenida 5 de Outubro é uma das principais zonas empresariais de Lisboa. A sua centralidade é sinónimo de bons acessos, de uma diversificada rede de transportes públicos, bem como de uma vasta gama de serviços na envolvente. A sua proximidade à Praça de Espanha torna também mais fácil o acesso aos grandes eixos rodoviários.

O edifício 125 de Outubro localiza-se em plena Avenida 5 de Outubro e resulta da reabilitação de um imóvel dos anos 80. A intervenção exterior e interior traduz-se em acabamentos de elevada qualidade e na atualização das infraestruturas técnicas e tecnológicas, conferindo uma imagem mais marcante e moderna à fachada.

Com um total de 10 pisos de escritórios e duas lojas no piso 0, o edifício tem disponíveis para comercialização escritórios com áreas a partir de 198 m², num total de 2.219 m². A comercialização é feita pela JLL em regime de co-exclusividade.

Conheça os benefícios que o edifício oferece à sua empresa:

  • Escritórios com possibilidade de projeto à medida e pavimento à escolha
  • Rede de dados estruturada instalada
  • Segurança 12h e Central de Vigilância em circuito fechado.
  • Ar Condicionado (sistema VRV)
  • Valores muito competitivos de renda e de condomínio.

Saiba mais sobre o imóvel aqui.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Um Mégane cheio de pressa, mas a gasóleo

A Renault decidiu dar mais fôlego ao seu pequeno familiar. Montou-lhe um motor diesel para manter os consumos reduzidos, mas com 165 cv para permitir fazer o gosto ao pé.

O Renault Mégane já todos conhecem. A novidade está na versão GT que a marca francesa decidiu apresentar agora. É o mesmo pequeno familiar (seja na versão berlina ou carrinha) que tantos portugueses estão habituados a ver nas estradas, mas com um look mais desportivo que não se limita à aparência. Debaixo do capô tem um motor de 165 cv… a gasóleo. Promete fazer o gosto ao pé, mas com consumos reduzidos.

O motor 1.6 diesel ganhou mais alma nesta versão GT. Este bloco permite uma potência de 165 cv graças a dois turbocompressores: “O primeiro turbo é de baixa inércia e tem 90% do binário máximo disponível a partir das 1.500 rpm”, já o “segundo turbo entra em funcionamento em regimes mais elevados”.

Enquanto os Talisman, Espace e a nova Grand Scénic (lançada em breve) contam com o mesmo bloco, mas de 160 cv, o Mégane tem cinco cavalos extra que “resultam de uma calibração específica feita pela Renault Sport, com o objetivo de otimizar os desempenhos”, diz a marca. Que desempenhos? Dos 0 aos 100 km/h são precisos 8,9 segundos, sendo a velocidade máxima de 214 km/h.

Do violeta… ao vermelho

A Renault permite aos condutores personalizarem o Mégane GT em função da necessidade ou do estado de espírito do condutor. “Através do R-LINK 2 ou de um botão específico posicionado na consola central, podem ser selecionados diferentes modos de condução: Sport, Neutral, Comfort e Perso“, refere a fabricante francesa.

Consoante a opção selecionada, estará a alterar a “parametrização do automóvel ao nível da suspensão, direção, velocidade de resposta do acelerador e do motor, mas também o ambiente do habitáculo – quatro cores: vermelho, castanho, azul e violeta – bem como a rapidez das passagens de caixa”, acrescenta.

Desportivo, também na aparência

Em termos dinâmicos, o GT revela ser uma proposta aliciante para o dia-a-dia: bons desempenhos com consumos comedidos — a Renault anuncia um consumo médio é 4,6 litros aos 100 km graças — ao motor a diesel. Isto num Mégane em tudo idêntico ao equivalente a gasolina, tanto no exterior como no interior. Embora seja mais caro que o 1.6 TCe: 35.400 euros para a berlina e 36.300 para a Sport Tourer.

O Mégane GT dCi 165 herda “o mesmo pacote estético da versão a gasolina de 205 cavalos: a grelha dianteira específica, as bonitas jantes em liga leve de 18 polegadas, bem como as assinaturas GT, Renault Sport e 4CONTROL em diferentes pontos da carroçaria”, diz a marca, salientando que este conjunto fica completo com as luzes LED na dianteira e na traseira.

Por dentro encontrará “bacqet” com os apoios de cabeça integrados. “Está lá a assinatura Renault Sport, o volante desportivo em couro com as patilhas que comandam a caixa de velocidades, os detalhes cromados, os pedais em alumínio, bem como o moderno painel de instrumentos personalizável”, destaca a marca.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Isabel dos Santos sai do BPI e ganha 80 milhões

Está desfeito o mistério: Isabel dos Santos aceitou vender a posição no BPI ao CaixaBank e tem uma mais-valia superior a 80 milhões de euros.

Isabel dos Santos deixou de ser acionista do BPI: a empresária angolana deu ontem uma ordem de venda da participação de 18,5% que tinha no BPI na Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pelo CaixaBank a 1,134 euros por ação, revelou ao ECO em primeira mão uma fonte conhecedora do processo. Contas feitas, entrou em 2009, saiu em 2017 e ganhou mais de 80 milhões de euros.

Com base nas comunicações realizadas ao mercado de participações qualificados ocorridas ao longo destes anos, a mais-valia de Isabel dos Santos resulta da venda da atual participação e também dos dividendos entretanto ganhos, de cerca de 12,6 milhões de euros, referentes aos anos de 2008 e 2009.

A empresária não ganha apenas com a venda da posição no BPI. Isabel dos Santos passou a controlar a maioria do capital do BFA, através da Unitel, o maior banco angolano que estava, até há poucas semanas, sob domínio do BPI. Mário Silva, aliás, é um gestor de confiança de Isabel dos Santos e presidente da Fidequity, passou a ser o chairman do BFA e substituição de Fernando Ulrich.

Com a decisão de Isabel dos Santos, está garantido o sucesso da OPA do CaixaBank sobre o BPI. Os catalães, recorde-se, já controlam cerca de 45% do capital do banco liderado por Fernando Ulrich.

Já hoje, o ECO revelou que o maior acionista português, o grupo Violas, também deu ordem de venda para a sua participação de 2,6% do capital.

O resultado da oferta será apurado em Sessão Especial de Mercado Regulamentado da Euronext Lisbon, que terá lugar amanhã, dia 8 de fevereiro.

O BPI registou um aumento de 32,5% dos lucros para 313,2 milhões de euros em 2016.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

REN concretiza compra de gasoduto no Chile

Gestora da rede elétrica nacional finalizou esta terça-feira a compra de um gasoduto no Chile por cerca de 170 milhões de euros. Negócio enquadra-se no plano de internacionalização da empresa.

A gestora de rede elétrica nacional REN finalizou esta terça-feira a aquisição de 42,5% do capital da Electrogas à ENEL Generacións Chile, num negócio avaliado em 171,9 milhões de euros, informou a empresa liderada por Rodrigo Costa num comunicado enviado à CMVM.

A Electrogas detém um gasoduto na zona central do Chile com 165,6 quilómetros de comprimento, tratando-se de um gasoduto de grande relevância no país, que liga o terminal de regaseificação de Quintero a Santiago (a capital e o maior centro populacional chileno) e a Valparaíso (um dos portos mais importantes do Chile).

O contrato de compra já tinha sido anunciado em dezembro do ano passado. Porém, estava dependente do não exercício dos direitos de preferência de outros acionistas da Electrogas, um direito que não veio a ser exercido.

A REN informa que o negócio será concretizado “com recurso a linhas de crédito de longo prazo disponíveis no grupo“.

A aquisição deste gasoduto enquadra-se no plano de internacionalização da gestora da rede elétrica e no seu plano estratégico aprovado para o triénio 2015-2018, procurando “cumprir um dos seus objetivos de médio e longo prazo ao adquirir uma participação relevante num ativo enquadrado num dos setores onde detém ampla experiência e num país com uma economia estável e competitiva”.

As ações da REN fecharam esta terça-feira nos 2,565 euros, acumulando uma perda de 5% desde o início do ano.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.