Prejuízos no Deutsche Bank foram mais graves que o esperado

Banco alemão registou prejuízos mais graves do que o esperado pelos analistas no final do ano passado. Ações afundam mais de 6% na bolsa de Frankfurt.

O Deutsche Bank registou prejuízos de 1,89 mil milhões de euros no último trimestre de 2016, um resultado líquido negativo mais grave do que aquele que os analistas sondados pela Bloomberg antecipavam.

O maior banco alemão esteve no olho do furacão no final do ano passado, com a potencial multa de 12 mil milhões de dólares nos EUA a colocar os investidores de olho na viabilidade financeira da instituição liderada pelo inglês John Cryan. Entretanto, o banco já resolveu a disputa que mantinha com o Departamento de Justiça norte-americano: vai pagar 7,2 mil milhões de dólares para fechar processo relacionado com a crise do subprime.

Os especialistas esperavam um prejuízo de “apenas” 1,32 mil milhões de euros, pelo que o número apresentado esta quinta-feira é cerca de 500 milhões de euros mais grave do que o estimado. Há um ano, tinha apresentado um resultado negativo de mais de dois mil milhões de euros.

A pressionar os resultados do Deutsche Bank esteve sobretudo o desempenho do banco na negociação de ativos financeiros em bolsa entre outubro e dezembro de 2016. As receitas com trading de dívida, a principal fonte de rendimento do banco, subiu 11% para 1,38 mil milhões de euros, bastante abaixo das projeções de 1,6 mil milhões. Já as receitas com trading de ações caíram 23% para 428 milhões de euros.

“Os nossos resultados de 2016 foram fortemente afetados pela decisiva ação de gestão para melhorar e modernizar o banco, assim como pela turbulência do mercado em torno do Deutsche Bank”, referiu Cryan num comunicado citado pela Bloomberg. “Provámos a nossa resiliência num ano particularmente difícil. Terminámos 2016 com rácios de capital e liquidez fortes e estamos otimistas depois de um início de ano promissor”, acrescentou.

"Os nossos resultados de 2016 foram fortemente afetados pela decisiva ação de gestão para melhorar e modernizar o banco, assim como pela turbulência do mercado em torno do Deutsche Bank. Provámos a nossa resiliência num ano particularmente difícil. Terminámos 2016 com rácios de capital e liquidez fortes e estamos otimistas depois de um início de ano promissor.”

John Cryan

Presidente do Deutsche Bank

O rácio de capital do Deutsche Bank, que avalia a capacidade de um banco aguentar-se de pé em tempos de grave crise, subiu para 11,9% no final de dezembro. É um nível melhor do que o esperado pelo mercado.

As ações do Deutsche Bank afundam esta quinta-feira mais de 6% para 18,02 euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Empresa de plásticos portuguesa abre fábrica nos EUA

  • Lusa
  • 2 Fevereiro 2017

Dedicada à produção de embalagens de plástico para mais de 400 clientes em 29 países, a empresa abriu a primeira fábrica no estrangeiro, no Estado do Arizona, nos Estados Unidos

A GEPACK, dedicada à produção de embalagens de plástico para mais de 400 clientes em 29 países, abriu a primeira fábrica no estrangeiro, no Estado do Arizona, nos Estados Unidos, que criou 15 novos postos de trabalho.

A produção iniciou-se em janeiro e a empresa planeia uma expansão da mesma unidade ainda este ano, com a instalação de mais maquinaria e contratação de mais recursos.

“O mercado americano tem sido cada vez mais interessante”, disse à Lusa o diretor-geral da empresa nos EUA, acrescentando que se apresentam “como uma verdadeira alternativa ao vidro, com uma embalagem dez vezes mais leve.”

A empresa utiliza um método de reciclagem de plástico, conhecido como PET, para produzir mais de 250 modelos de embalagens, cerca de 20 das quais patenteadas.

“Fornecemos embalagens para óleo de argão, de abacate, azeite, bebidas alcoólicas, frascos de comprimidos de alta gama, cosméticos e outros”, explicou o responsável.

A GEPACK, que existe há mais de dez anos, cresceu entre 11 e 13% nos últimos cinco.

A empresa exporta cerca de 70% da produção, sobretudo para a Europa, e esta nova unidade pretende responder ao crescimento da procura nas Américas.

“Os desafios da internacionalização são muitos e constantes. Num mercado competitivo como os EUA, entendemos que estamos a adicionar valor não só no ‘packaging’ que produzimos mas também nos recursos internos”, disse o responsável.

A empresa planeia também abrir novas unidades de produção nos EUA, possivelmente na costa leste.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Novo Banco? “Não tenho nada a dizer. Temos uma OPA ao BPI”

Gortázar não quis fazer comentários sobre a potencial aquisição do Novo Banco. O presidente executivo do CaixaBank está concentrado na OPA ao BPI, na qual espera conseguir mais de 50% do banco.

O CaixaBank está confiante num bom resultado na oferta pública de aquisição (OPA) que tem em curso sobre o BPI. Gonzalo Gortázar espera “passar dos 50% para ficar com o controlo do banco”, mas não fala sobre potenciais outras compras no mercado português. Questionado sobre o Novo Banco, diz que não tem nada a dizer.

“Sobre o Novo Banco não tenho nada a dizer. Estamos com uma OPA ao BPI”, afirmou Gortázar, em resposta aos jornalistas na conferência de imprensa em que apresentou as contas de 2016. E mesmo sobre a OPA ao banco liderado por Fernando Ulrich, o presidente executivo reiterou a expectativa de sucesso na operação, mas não acrescentou detalhes sobre o futuro do banco.

A OPA “está em curso. Não sabemos qual será o resultado. Esperamos passar os 50% [do capital do banco, acima dos 45% atuais], para que tenhamos esse ganho de controlo do banco. Mas temos de esperar pela próxima semana” para conhecer o resultado final da oferta de aquisição em que o CaixaBank oferece 1,134 euros por cada ação do BPI.

“A OPA está em curso. Demos uma serie de informação no prospeto da OPA” pelo que Gortázar não quis acrescentar pormenores sobre os planos para o banco português. Nem mesmo sobre o futuro de Fernando Ulrich à frente do banco. “Deixo para a semana avaliar a continuidade da administração do BPI”, notou.

Contudo, Gortázar salientou que o “BPI fez um trabalho magnífico perante uma crise muito complicada, mais complicada que em Espanha”. Em resposta aos jornalistas, salientou que o CaixaBank “trabalhou com eles [com a equipa de administração do BPI durante ] mais de 20 anos e confiamos neles“, rematou.

Em Barcelona, Espanha, a convite do CaixaBank

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tribunal decide que taxa extraordinária sobre a banca é constitucional

  • ECO
  • 2 Fevereiro 2017

O Tribunal Administrativo do Funchal não deu razão ao Banif, que se queixava de inconstitucionalidades na taxa extraordinária sobre a banca, criada em 2011.

Desde que foi criada, em 2011, pelo Governo de José Sócrates, que os bancos têm vindo a contestar a contribuição extraordinária sobre o setor bancário (CESB) em tribunal. A primeira sentença conhecida não dá razão à banca e nega que esta taxa seja inconstitucional, adianta o Jornal de Negócios, na edição desta quinta-feira.

O primeiro a pronunciar-se foi o Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal, relativamente a um processo interposto pelo Banif, conta o Negócios. O banco, entretanto liquidado, reclamava sete milhões de euros relativos aos exercícios de 2011 e 2012 e argumentava que a CESB era inconstitucional por vários motivos: tem uma aplicação retroativa, tem elementos essenciais fixados através de Portaria em vez de Lei, não incide sobre a capacidade contributiva das empresas e não respeita a segurança jurídica.

"Todo o sistema financeiro e a economia real podem ser afetados pela materialização de um risco assumido por um banco.”

Mariana Brandão Noites

Juíza do Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal

O tribunal, por seu lado, determina que o setor não está a ser discriminado relativamente aos outros setores, já que a taxa extraordinária serve para a banca financiar os riscos sistémicos criados por si. “Todo o sistema financeiro e a economia real podem ser afetados pela materialização de um risco assumido por um banco”, refere a juíza Mariana Brandão Noites.

A juíza considera mesmo que este cenário “justifica uma responsabilização particularizada” e que seria “contrário ao princípio da igualdade que se chame a totalidade dos contribuintes a responder, em primeira linha, por situações de desequilíbrio financeiro destas instituições”.

Por decidir estão vários processos de outros bancos que contestam todos os pagamentos feitos desde 2011, à conta da CESB.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Rui Moreira: “Mérito do turismo no Porto é do empreendedorismo”

O Presidente da Câmara do Porto é o convidado de hoje do ECO Talks. Com as eleições autárquicas e a descentralização no horizonte, Rui Moreira irá falar da cidade, do país e da política nacional.

Rui Moreira no ECO Talks

A Fundação Manuel António da Mota recebe esta quinta-feira de manhã o primeiro ECO Talks no Porto. O convidado é o atual autarca portuense, que se vai recandidatar como independente nas eleições autárquicas deste ano. Em cima da mesa estão temas locais, como a taxa turística, mas também a descentralização do Estado, uma das bandeiras do presidente da Câmara do Porto. A nível nacional, o que pensa Rui Moreira sobre o Governo e o Presidente da República? Perguntas que vão ser respondidas neste ECO Talks. Acompanhe aqui o live blog.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Vodafone Portugal fatura 227 milhões de euros até dezembro

O aumento das receitas da operadora reflete a "estabilização do segmento móvel" e um "crescimento sustentado do segmento fixo".

A Vodafone Portugal registou receitas de 227 milhões de euros com o segmento de serviços, no período compreendido entre outubro e dezembro (o terceiro trimestre do ano fiscal da operadora, que termina em março deste ano). O valor representa um aumento de 2,2% face ao período homólogo, comunicou, esta quinta-feira, a empresa liderada por Mário Vaz.

“Esta performance traduz uma estabilização do segmento móvel (…) e um crescimento sustentado do segmento fixo, em particular da TV por subscrição, na qual a Vodafone é o operador que mais cresce há 12 trimestres consecutivos”, refere a operadora.

Entre outubro e dezembro do ano passado, a base de clientes fixos da Vodafone aumentou em 20,7% face a igual período de 2015, para 571 mil. Feitas as contas, a rede de fibra de última geração da Vodafone chega a mais de 2,6 milhões de lares e empresas. Já no segmento móvel, o número de clientes 4G aumentou 89% em termos homólogos, totalizando agora 1,2 milhões.

Apesar da melhoria dos resultados em termos homólogos, a operadora regista uma quebra de 4% na evolução em cadeia. No trimestre de julho a setembro, as receitas de serviço da Vodafone ascenderam a 236,9 milhões de euros.

Ainda assim, Mário Vaz está otimista. “Os resultados positivos alcançados durante o terceiro trimestre e os elevados níveis de notoriedade da Vodafone Portugal, reconhecidos pelos clientes e pelo mercado em estudos independentes, indicam que continuamos a caminha na direção correta”, comenta o responsável, citado em comunicado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Gortázar: “Esperamos que o resultado da OPA seja positivo”

O presidente executivo do CaixaBank, que tem a decorrer uma OPA sobre o BPI, acredita no sucesso da oferta. A compra vai permitir ganhos com sinergias de 120 milhões de euros em três anos.

Gonzalo Gortázar, o presidente executivo do CaixaBank, está confiante no resultado da oferta pública de aquisição (OPA). “Esperamos que o resultado da OPA, que termina na próxima semana, seja satisfatório“, afirmou, sublinhando a confiança do banco catalão na instituição portuguesa, nomeadamente na equipa de gestão liderada por Fernando Ulrich.

Na conferência de imprensa de apresentação dos resultados de 2016, realizada em Barcelona, Espanha, Gortázar salientou que o BPI “representa um clara oportunidade de criar valor. É uma oportunidade”, disse. Vai permitir-nos ser o maior banco ibérico, acrescentando que prevê que a compra permita “criar sinergias de 120 milhões de euros em três anos”.

Já antes do presidente executivo, o presidente do CaixaBank tinha salientado a sua expectativa positiva relativamente à OPA em curso ao BPI. “Estamos perto de encerrar a OPA e de iniciar um projeto que acreditarmos terá sucesso”, disse Jordi Gual na conferência de imprensa de resultados de 2016.

“Estamos convencidos do potencial rentabilidade e de crescimento” do BPI, salientou Jordi Gual, no dia em que revelou lucros de 1.047 milhões de euros. No final de 2016, o banco catalão apresentava um rácio common equity Tier 1 de 13,2%, considerando o que é exigido pelos reguladores. Numa base “fully loaded”, o rácio encolheu para 12,4%, sendo que com a OPA vai cair ainda mais.

O banco diz que consoante o resultado da OPA, ou seja, a taxa de aceitação da oferta de 1,1134 euros por ação, o rácio CET1 “fully loaded” do CaixaBank vai cair para entre “11% a 11,6%”. “Em qualquer caso, o CaixaBank cumprir com os rácios de capital exigidos”, salientou o presidente do banco catalão.

Em Barcelona, Espanha, a convite do CaixaBank

(Notícia atualizada com mais declarações dos responsáveis do CaixaBank)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Jordi Gual: “Estamos convencidos do potencial do BPI”

O presidente do banco catalão, que lançou uma OPA ao BPI, diz que o banco português é "uma oportunidade". E no seu plano estratégico, aponta como prioridade "criar valor no BPI".

O CaixaBank põe o BPI nas suas prioridades do plano estratégico. Jordi Gual, o presidente do banco catalão, diz que quer “criar valor” no banco liderado por Fernando Ulrich, estando confiante quanto ao potencial de rentabilidade e de crescimento da instituição financeira portuguesa pela qual está a oferecer 1,134 euros por ação.

“Estamos perto de encerrar a OPA e de iniciar um projeto que, acreditamos, terá sucesso”, disse Jordi Gual na apresentação dos resultados do banco em 2016, período em que registou lucros de mais de mil milhões de euros. “Estamos convencidos do potencial rentabilidade e de crescimento” do BPI, salientou.

O banco catalão, que tem em curso a OPA sobre o BPI, defende no seu plano estratégico a criação de valor no BPI, um banco que, diz, “é uma oportunidade”.

Na apresentação feita em Barcelona, Espanha, perante mais de uma centena de jornalistas, o CaixaBank apresenta o BPI como sendo uma rede “atrativa” que conta com uma “equipa excelente” que é liderada por Fernando Ulrich.

Em Barcelona, Espanha, a convite do CaixaBank

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Revista de imprensa internacional

  • Marta Santos Silva
  • 2 Fevereiro 2017

Trump repensa a Coreia do Norte e grita com o PM australiano, Le Pen quer pôr um imposto na contratação de imigrantes, e outras três notícias que marcam a atualidade mundial.

Trump rejeita o “acordo estúpido” de acolhimento de refugiados que Obama assinou com a Austrália, a Alemanha começa o programa de pagar a requerentes de asilo para que voltem para os países de origem, e Le Pen propõe taxar contratos de trabalho com imigrantes. Leia as seis notícias que marcam a atualidade mundial esta quinta-feira.

Financial Times

EUA vão rever a política em relação à Coreia do Norte

O novo secretário da Defesa dos EUA, o General James Mattis, está de visita à Coreia do Sul e ao Japão, e a Casa Branca aproveita para lançar uma revista da sua política em relação à Coreia do Norte, focada especialmente na ameaça nuclear que o país apresenta. Fontes que falaram ao Financial Times afirmaram que a revisão servirá para perceber o que Donald Trump pode fazer de diferente em relação ao seu antecessor no cargo para melhor gerir a relação com o país autoritário. Leia a notícia completa no Financial Times. (Conteúdo em inglês / Acesso pago)

Le Monde

Marine Le Pen propõe taxar contratos de emprego com imigrantes

A candidata da Frente Nacional à presidência francesa vai apresentar o programa este fim de semana, mas algumas das suas propostas já foram avançadas numa entrevista ao Le Monde. Marine Le Pen quer taxar os novos contratos feitos com trabalhadores estrangeiros, e promete fazer imediatamente dois referendos: um de alteração constitucional e um de saída da União Europeia. Leia a notícia completa no Le Monde. (Conteúdo em francês / Acesso pago)

The Guardian

Acordo de refugiados entre Austrália e EUA em risco após chamada pouco diplomática

Mais uma gafe diplomática para o presidente Donald Trump, que desta vez terá gritado com o primeiro-ministro australiano Malcolm Turnbull e terminado a chamada meia hora antes do previsto. Turnbull pretendia discutir com Trump o acordo que ficara assinado com a administração de Obama em novembro, em que os Estados Unidos se comprometeram a alojar 1250 requerentes de asilo que se encontram detidos nas ilhas-prisão utilizadas pela Austrália, em Nauru e na ilha de Manus. No Twitter, Trump rematou: “Vou estudar este acordo estúpido!” Leia a notícia completa no The Guardian. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

El País

Banco de Espanha mudou normas contabilísticas no início da crise

A Direção Geral de Supervisão do Banco de Espanha alterou as normas contabilísticas usadas na regulação no princípio da crise financeira, em 2008, impedindo que se identificassem mais rapidamente os seus impactos na economia espanhola. Segundo o El País, a interpretação “mais branda” das regulações, efetuada através de decisões não oficiais, constitui maquilhagem, e incluiu iniciativas como aligeirar a supervisão de operações como o refinanciamento de empréstimos hipotecários e de consumo. Leia a notícia completa no El País. (Conteúdo em espanhol / Acesso gratuito)

The Times

May enfrenta críticas internas após vencer votação parlamentar

Após passagem pela prova de fogo parlamentar, a primeira-ministra britânica Theresa May vai ter de aplacar os deputados do seu próprio partido, já que os Trabalhistas ameaçam não apoiar o processo do Brexit a não ser que haja garantias de que os cidadãos europeus que vivem no Reino Unido vão poder lá permanecer. Os aspetos individuais do acordo do Brexit, que Theresa May vai depois levar aos negociadores europeus, vão ser votados no parlamento na próxima semana. Leia a notícia completa no The Times. (Conteúdo em inglês / Acesso pago)

Deutsche Welle

Começa programa para pagar a requerentes de asilo para saírem voluntariamente da Alemanha

A Alemanha pôs de parte 40 milhões de euros para pagar a requerentes de asilo que aceitem regressar aos seus países de origem. O programa começou esta quarta-feira, e prevê aumentar o número de migrantes e requerentes de asilo a sair voluntariamente da Alemanha: pessoas com candidaturas de asilo ainda a ser processadas podem receber 1200 euros se aceitarem sair antes de saberem o resultado, e pessoas cuja candidatura tenha sido rejeitada podem receber 800 euros se não recorrerem. Leia a notícia completa na Deutsche Welle. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bolsa nacional recua pela quarta sessão

Fevereiro começa mal para a praça nacional, que se apresenta novamente em baixa pela quarta sessão seguida. Lisboa está a ser pressionada pela Jerónimo Martins e pela EDP Renováveis.

Se janeiro acabou mal, fevereiro não começou muito melhor. A bolsa nacional volta a abrir esta quinta-feira sob pressão vendedora e acumula já quatro sessões de perdas consecutivas. Condicionam sobretudo os títulos da Jerónimo Martins e da EDP Renováveis, numa sessão europeia que também não acordou muito bem disposta.

O PSI-20, o principal índice português, perde 0,26% para os 4.456,24 pontos, prolongando as perdas pela quarta sessão seguida. E isto depois de um mês de janeiro que fechou com uma desvalorização de 4,36%. As ações da Jerónimo Martins destacam-se pela negativa: perdem 0,76% para 15,57 euros. Também no grupo EDP há fonte de pressão, com a EDP Renováveis a cair 0,94% para 5,87 euros.

Há mais pontos de interesse na bolsa portuguesa. O BCP, cujo período de subscrição dos direitos do aumento de capital termina esta quinta-feira, recua 1,6% para 0,1609 euros, depois de duas sessões em que valorizou mais de 10%. Já a Pharol evita quedas maiores em Lisboa com um disparo de 4,66% para 0,292 euros, depois de ontem ter informado o mercado que a Samba desistiu de uma ação judicial depois de ter chegado a um acordo com outros acionistas da Africatel.

Em relação aos CTT, que tem sido uma das histórias negativas este ano, sobretudo depois de Francisco Lacerda ter avisado que os resultados vai sair uns furos abaixo, as ações voltam a ceder 0,2% para cotar abaixo dos cinco euros.

“A abertura do mercado nacional deverá ser similar à dos pares europeus”, referem os analistas do BPI. “Os mercados europeus negociavam com ligeiras perdas. Depois da decisão da Fed não ter surpreendido o mercado, a Época de Resultados e a reunião do Banco de Inglaterra são os dois temas principais da sessão de hoje”, acrescentaram.

Lá por fora, o IBEX-35 de Madrid perdia 0,22% e o DAX-30 de Frankfurt cai 0,3%.

(Notícia em atualizada às 8h29)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Receitas do Facebook superam estimativas graças aos smartphones

Dispositivos móveis garantiram mais de 80% das receitas do Facebook. Vendas dispararam 50% para mais de oito mil milhões de euros no último trimestre do ano passado.

As receitas do Facebook subiram mais do que o esperado no quarto trimestre do ano passado, impulsionadas pela publicidade nos dispositivos móveis. Em 2016, a rede social conseguiu triplicar os lucros para 10,2 mil milhões de dólares.

A maior rede social do mundo informou esta quarta-feira que o volume de negócios disparou 51% para os 8,81 mil milhões de dólares (8,16 mil milhões de euros) no último trimestre de 2016, superando as projeções dos analistas que apontam para vendas na ordem dos 8,51 mil milhões de dólares. O número de utilizadores ativos no Facebook aumentou 17% face ao ano anterior para 1,86 mil milhões de pessoas, com 1,23 mil milhões sendo frequentadores diários e 1,74 mil milhões acedendo através dos seus smartphones.

O desempenho no final do ano passado permitiu à tecnológica liderada por Mark Zuckerberg cimentar o segundo ligar no mercado de publicidade mobile, atrás do Google da Alphabet, depois de ter anunciado em 2016 que começou a explorar espaços publicitários no e a acrescentar ferramentas de e-commerce no Instagram, uma plataforma de partilha de fotografias que conta com mais de 600 milhões de utilizadores.

A publicidade mobile representou, de resto, 84% do total de receitas no trimestre, indicou o Facebook.

“O Facebook e o Google são dois elementos fundacionais para a publicidade digital”, referiu Brian Wieser, analista da Pivotal Research Group. “O Facebook é tão grande em termos de capacidade para manter os utilizadores ativos na plataforma que não falhará qualquer objetivo que coloque em relação à publicidade se mantiver os utilizadores”, acrescentou.

O lucro entre outubro de dezembro ficou nos 1,41 dólares por ação, um resultado que bateu a estimativa de 1,31 dólares dos analistas sondados pela Bloomberg. No total do ano, os lucros situaram-se nos 10,2 mil milhões de dólares (9,47 mil milhões de euros), três vezes mais do que em 2015.

Nem tudo foram boas notícias para o Facebook no final do ano passado. Além da necessidade de combater as notícias falsas que cada vez mais vão ocupando os feeds dos utilizadores, a rede social reconheceu que durante dois anos calculou mal uma das principais métricas para os anunciantes: a quantidade média de tempo gasto a ver um vídeo. Uma situação que deixou os anunciantes mais desconfiados em relação ao verdadeiro impacto das suas campanhas no Facebook e obrigou Mark Zuckerberg a corrigir metodologias de algumas métricas de alcance social.

As ações do Facebook subiram esta quarta-feira 3,6% para os 133,23 dólares.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

UGT: Nova subida do salário mínimo é decisão que depende da “realidade da economia”

O líder da unidade sindical não dá como certa a subida do salário mínimo para 580 euros em 2018 e 600 euros em 2019, como prevê o acordo entre o PS e o Bloco de Esquerda.

Carlos Silva não garante que a UGT vá concordar com novas subidas do salário mínimo. O acordo entre o PS e o Bloco de Esquerda prevê que o salário mínimo suba para 580 euros em 2018 e 600 euros em 2019, mas o líder da unidade sindical, em entrevista ao Público, destaca os impactos que estas medidas poderão ter para as empresas.

“É uma pergunta que fica. Vamos aguardar até ao final do ano para ver que condições é que há para avançar com o acordo que o PS sufragou com o Bloco de Esquerda. É naturalmente uma decisão política que terá de responder à realidade da economia”, disse ao jornal.

Mesmo a atualização agora conseguida, para 557 euros, pode causar estragos, acredita Carlos Silva. “Há empresas que aguentam e outras que não aguentam. Agora, a maioria das empresas tem condições de fazer a atualização. Para as que não tiverem tem de haver essa compensação. E é por entendermos que era importante a compensação que não nos opusemos à medida. Em nome da fragilidade, sobretudo das micro e pequenas empresas”, disse ao Público.

Seja como for, o acordo tripartido, subscrito pelo Governo e por cinco parceiros sociais (a CGTP ficou de fora), já prevê que a atualizações do salário mínimo em 2018 e 2019 fiquem dependentes da evolução da economia. “Desenvolver esforços para tornar exequível, verificadas as condições económicas e sociais que o possibilitem, a progressiva evolução do valor real da [Remuneração Mínima Mensal Garantida] até 2019”, pode ler-se num dos pontos do acordo.

Assinatura da adenda depende da CGTP

No início desta semana, a UGT garantia ao ECO que vai assinar a adenda ao acordo tripartido, subscrito por Governo e parceiros sociais, que prevê a redução do Pagamento Especial por Conta (PEC). Agora, um dia antes da data marcada para a assinatura desta adenda, Carlos Silva diz ao Público que só assina se a CGTP ficar de fora.

Em causa está o facto de a CGTP ter sido o único parceiro social que não subscreveu o acordo tripartido. O presidente da UGT entende, por isso, que a intersindical não deve estar presente na assinatura de sexta-feira. “Para assinar a adenda, tem de subscrever primeiro o acordo tripartido. Se assinar a adenda e houver aceitação por parte do Governo que a adenda seja assinada sem se vincular ao acordo tripartido, naturalmente a UGT não estará nessa“, disse Carlos Silva.

O sindicalista frisa que “o acordo tripartido foi subscrito por cinco parceiros sociais e pelo Governo”, pelo que, se houver aditamentos, “os outorgantes é que têm de assinar”. E acrescenta: “Agora, seria de bom tom e até muito bem-vindo, como um reforço da concertação social, que todos os seis parceiros pudessem assinar”.

Na entrevista, Carlos Silva aproveita para lançar duras críticas à atuação da CGTP desde que o Executivo de António Costa tomou posse. “A CGTP, verdade seja dita, nunca enganou ninguém. A CGTP defendeu sempre que um conjunto de matérias deveriam ser discutidas no Parlamento. Porquê? Porque se nunca está disponível para acordos, se não cultiva o espírito do compromisso, porque é que a Concertação Social é que vai discutir um conjunto de situações em que a CGTP sempre defendeu que há um desequilíbrio nos parceiros?”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.