AHRESP: Maior imposto nos pagamentos com cartão pode custar 3,6 milhões de euros

  • Lusa
  • 31 Janeiro 2017

A AHRESP estima que um aumento no imposto de selo sobre comissões relativas a pagamentos com cartão pode representar um encargo anual de 3,6 milhões. PS propõe que sejam os bancos a suportar o custo.

A AHRESP estimou hoje que a subida do imposto de selo sobre as comissões relativas a pagamentos com cartões pudesse representar um encargo anual de 3,6 milhões de euros para os seus associados. Pedro Carvalho, do departamento de estudos da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), falava à agência Lusa depois de, no sábado, o PS ter informado que vai apresentar uma proposta para que sejam os bancos os responsáveis pelo custo do imposto de selo, de forma a “desonerar comércio e restauração na utilização dos meios eletrónicos de pagamento”.

Pedro Carvalho disse esperar que mais partidos avancem com propostas para “clarificar, de uma vez por todas e sem qualquer margem de interpretação”, para “corrigir um comportamento totalmente injusto e inadequado perante o que é a operação neste mercado”. Em causa está atualização para 4% de imposto de selo cobrado sobre as comissões relativas a pagamentos com cartões e que, considerando os valores de faturação de 2015, poderia rondar os 3,6 milhões de euros anuais para os associados da AHRESP, estimou o responsável.

A mesma fonte acrescentou que a aceitação de cartões como meio de pagamento deverá representar uma fatura de cerca de 85 milhões de euros em comissões. A estimativa é assim a “receita direta da banca”, pelo que “não passa pela cabeça” que as empresas associadas da AHRESP suportem o imposto de selo, argumentou. Pedro Carvalho lembrou ainda que uma lei de 2010 impede as empresas de “repassar o custo que têm para o consumidor final”.

Na sua proposta, a bancada socialista considera que “deve ser o setor bancário a assumir esse custo (imposto de selo), libertando as empresas do comércio e restauração de um custo que, como se compreende, nunca fora uma intenção do legislador”. “Os operadores do sistema financeiro refugiaram-se na redação algo aberta do artigo 3.º, n.º 3, alínea g), do Código do Imposto do Selo, para passarem para o setor empresarial um imposto cujo encargo, lhes seria, em condições normais, imputável”, explicou o vice-presidente do grupo parlamentar socialista, Carlos Pereira, citado na informação divulgada no sábado.

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Segurança Social começa a aplicar coimas a empresas com contribuições em atraso

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 31 Janeiro 2017

Empresas com contribuições em atraso vão começar a ser notificadas Procedimento já vem de 2011 mas só chega ao terreno em março.

A partir de março, a Segurança Social vai começar a notificar mensalmente as entidades empregadoras que não paguem as contribuições dentro do prazo. O atraso implica o pagamento de coimas, indica o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social em comunicado.

Embora o procedimento já esteja previsto no Código Contributivo, em vigor desde 2011, só agora estão “reunidas as condições necessárias para implementação deste processo”, indica a mesma fonte. Nesse sentido, “a notificação sistemática das entidades empregadoras que não pagarem as contribuições dentro do prazo estabelecido no Código contributivo irá iniciar-se a partir de março, assumindo uma periodicidade mensal”, continua.

As entidades empregadoras são responsáveis pelo pagamento mensal de contribuições e quotizações à Segurança Social. Em regra, as empresas descontam 23,75% da remuneração do trabalhador e o funcionário desconta 11%. Mas é a empresa que tem de entregar estes valores à Segurança Social.

As contribuições devem ser pagas pagas entre dia 10 e 20 do mês seguinte àquele a que reportam. Se o pagamento for feito nos 30 dias seguintes, está em causa uma contraordenação leve, punível com coima entre 50 e 500 euros, diz o Ministério. Se o atraso for superior, a contraordenação é grave, o que implica uma coima entre 300 e 2.400 euros, continua. O Código Contributivo também prevê que os limites sejam alargados.

Este primeiro processo de notificação massiva vai abranger as contribuições relativas ao mês de fevereiro. “Ou seja, as entidades empregadoras que em fevereiro não paguem as contribuições dentro do prazo serão notificadas do processo de contraordenação em março”, explica o comunicado enviado às redações. Fonte oficial do Ministério de Vieira da Silva explica que ainda não é possível antecipar o número de entidades empregadoras que serão notificadas, uma vez que o procedimento apenas abrange situações de incumprimento a partir de fevereiro, deixando de fora casos anteriores de irregularidade.

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Melania Trump atrai norte-americanos à Eslovénia

  • Ana Luísa Alves
  • 31 Janeiro 2017

A primeira-dama norte-americana, Melania Trump, é o motivo pelo qual o seu país de origem, a Eslovénia, está a receber mais visitantes norte-americanos. Entre 2015 e 2016 houve um aumento de 10%.

A Eslovénia está ver aumentar o número de turistas no país. O motivo? Ser o país que viu nascer a atual primeira-dama norte-americana, Melania Trump.

O gabinete nacional de estatística esloveno disse esta terça-feira que o número de dormidas na Eslovénia por turistas norte-americanos aumentou 10% em 2016 em comparação com 2015. No ano passado, aproximadamente quatro milhões de turistas estrangeiros visitaram o país que tem apenas dois milhões de habitantes.

Melania Trump

As agências de turismo eslovenas têm organizado viagens especiais “aos locais onde passou Melania Trump”, mostrando os locais onde a atual primeira-dama norte-americana viveu, estudou e trabalhou antes de ter abandonado o país para seguir uma carreira de modelo, quando já tinha 20 anos.

“Seja bem-vindo ao país da nova primeira-dama dos Estados Unidos da América”, é o que refere um site que promove a beleza natural da Eslovénia, avança a Business Insider.

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Impact Hub. Incubadora internacional chega a Lisboa em março

Incubadora e aceleradora de impacto vai ocupar espaço de 500 metros quadrados no Museu da Carris, em Alcântara. Deverá ser inaugurado em março.

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A incubadora e aceleradora internacional de projetos de impacto e sustentabilidade Impact Hub já tem data de inauguração em Portugal: março de 2017. O projeto conta com o apoio do Montepio e vai ocupar um espaço de cerca de 500 metros quadrados na infraestrutura do Museu da Carris, em Alcântara, Lisboa.

“Portugal está muito bem posicionado em termos de recursos para que possamos ser esta referência a nível nacional e, principalmente, internacional”, explica Filipe Portela, um dos dinamizadores do projeto, na apresentação do Impact Hub Lisbon, esta tarde. O negócio do Impact Hub vai muito além da “venda do metro quadrado”: a ideia é que as dinâmicas dentro do espaço e, da rede em si, possa ser um dos maiores contributos do projeto para a comunidade. “A ideia é que o espaço se pague a si próprio e apenas uma ferramenta e um ponto de encontro entre pessoas”, acrescentou Filipe Portela.

Este espaço pretende ser a âncora da economia de impacto em Lisboa.

Gonçalo Teixeira

Diretor geral Impact Hub Lisbon

A rede internacional de espaços de incubação e aceleração de projetos de impacto criou, em 12 anos, mais de 4600 postos de trabalho em full time, mais de 1250 startups e envolveu, em programas, formações e palestras, cerca de 54 milhões de pessoas em todo o mundo. O projeto internacional nasceu há 12 anos, em Londres, e conta com 81 espaços e uma comunidade de cerca de 15.000 pessoas no mundo inteiro.

Nos planos da equipa de promoção do projeto está a abertura de um segundo espaço, no Porto, em 2018, anunciou Filipe Portela. A ideia é que, no arranque do espaço de Lisboa, o Impact Hub conte com cerca de 60 projetos incubados.

Custou mas foi

Depois de Viena, Estocolmo, Londres, Seattle, Tóquio, S. Paulo, Bucareste, Milão, Madrid, Joanesburgo, Belgrado, Telavive, Bogotá, Oakland e Singapura, Lisboa recebeu pela primeira vez a notícia de que o Impact Hub estaria a chegar em fevereiro de 2016. O projeto, cujo espaço estava previsto para a zona de Marvila, sofreu entretanto alterações, tanto ao nível dos parceiros como do local de instalação.

Depois de repensado e reestruturado o projeto, o Impact Hub instala-se agora em Alcântara, junto ao Museu da Carris.

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Revista Cristina chega ao fim

  • Ana Luísa Alves
  • 31 Janeiro 2017

A revista mensal criada pela apresentadora de televisão da TVI pode ter chegado ao fim. O número de fevereiro ainda vai ser publicado, mas a parceria da revista com a editora, Masemba, chegou ao fim.

A Revista Cristina chegou ao fim. A notícia foi confirmada por Nuno Santiago, presidente executivo da Masemba, empresa portuguesa que detém a revista da apresentadora do programa da manhã “Você na TV”.

Trata-se de um “divórcio amigável”, referiu ao ECO Nuno Santiago, confirmando a notícia avançada, em primeira mão pela revista Flash esta terça-feira. Mas Nuno Santiago acrescentou que, do que foi publicado, “nem tudo é verdade“. A verdade é que “a parceria da Cristina com a Masemba acabou, mas não sei se a revista vai mesmo acabar”.

“Não acredito que a revista Cristina passe a ser feita noutra editora”, referiu o responsável. “Foi uma decisão de mútuo acordo. Chegou a altura de pararmos. A revista era um projeto comum e, neste momento, a nossa questão é se continua ou não a ser um projeto interessante”, referiu ao ECO.

O número de fevereiro vai sair na próxima segunda-feira, dia 6, mas ainda não há certeza de que seja o último a ser publicado. Os motivos para esta “separação” são a falta de tempo da apresentadora para o projeto.

Em comunicado, a Masemba acrescentou que a parceria com a Cristina tinha “uma base anual, sendo a sua continuidade avaliada no final de cada ano”. O acordo para o fim da parceria chega de ambas as partes, mas a revista foi “um título rentável, desde o número um”, e o “mais impactante lançado na última década” em Portugal, segundo refere o comunicado.

Depois de contactada pelo ECO, Inês Mendes da Silva, CEO da Notable, que gere a carreira e a imagem de Cristina Ferreira, referiu que Cristina Ferreira não vai comentar este assunto. A Apresentadora de televisão publicou apenas uma fotografia na rede social Instagram acompanhada da seguinte descrição “Última frase do livro SENTIR: «E se isto acabar? O que vier será melhor»”.

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Recorde-se que a Revista Cristina surgiu em março de 2015, fruto da parceria que agora chegou ao fim.

 

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Wall Street volta a ter medo de Trump

Os principais índices bolsistas dos EUA conhecem mais um dia de quedas, com os investidores receosos face ao impacto que as políticas protecionistas do novo presidente possam a vir a ter na economia.

Donald Trump continua a castigar os investidores. As ações norte-americanas abriram a sessão em terreno negativo, após a pior sessão desde a eleição de Donald Trump para a presidência dos EUA. O índice S&P 500, que agrega as 500 maiores capitalizações bolsistas norte-americanas, abriu a deslizar 0,28%, até aos 2.274,57 pontos, naquela que é a quarta sessão de quedas consecutivas. Já o tecnológico Nasdaq arrancou a perder 0,36%, para os 5.593 pontos.

A quebra dos principais índices bolsistas acontece numa altura em que o novo Presidente da maior economia do mundo tem quase todos contra si, após a decisão de barrar a entrada de imigrantes provenientes de sete países muçulmanos. A mais recente polémica relaciona-se com a demissão da procuradora-geral interina dos EUA pela Casa Branca por esta se ter oposto ao fecho das fronteiras. Os investidores mostram-se assim preocupados relativamente à possibilidade de as políticas de isolacionismo poderem colocar em causa o crescimento da economia norte-americana.

O dia de hoje é marcado pela divulgação de contas por parte de algumas cotadas norte-americanas de referência. A Pfizer e a Apple estão entre as empresas que prestam contas ao mercado esta terça-feira, sendo cerca de um terço dos membro do S&P 500 já apresentaram resultados esta temporada, das quais três quartos superaram as estimativas dos analistas sondados pela Bloomberg.

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Softbank vai investir mil milhões em empresa de coworking

  • Ana Luísa Alves
  • 31 Janeiro 2017

A tecnológica Softbank está perto de fechar um investimento de mil milhões de dólares na empresa de coworking norte-americana WeWork. O dinheiro provém de outros fundos de investimento globais.

A Softbank, gigante tecnológica japonesa, está a considerar fazer um investimento de mil milhões de dólares na norte-americana WeWork, empresa de coworking.

Esta operação pode estar entre os primeiros investimentos feito pela tecnológica, que tem um fundo de 100 mil milhões de dólares, de acordo com a informação avançada esta terça-feira pelo Wall Street Journal, citando fontes próximas da operação.

A empresa de coworking norte-americana, a WeWork, está avaliada em 17 mil milhões de dólares. O investimento que será feito pela Softbank deverá puxar ainda mais por essa avaliação, segundo avançou esta manhã o Wall Street Journal, citado na Business Insider. Esta não é a primeira vez que a Softbank põe em cima da mesa a hipótese de investir na WeWork, de acordo com as fontes citadas no jornal norte-americano.

Alguns executivos da tecnológica japonesa têm colocado questões relativas à avaliação feita à empresa norte-americana em causa, referindo que pode estar a ser sobrevalorizada.

Masayoshi Son, presidente da Softbank, disse a Donald Trump, presidente dos EUA, que vai criar mais 50 mil postos de trabalho nos Estados Unidos. Metade dos 100 mil milhões deste fundo vão ser direcionados para empresas norte-americanas.

A Softbank disse que o dinheiro investido viria da Arábia Saudita, através do fundo investimento público do país (45 mil milhões de dólares), da própria tecnológica (20 mil milhões) e os restantes 35 milhões de dólares serão provenientes de outros fundos de investimento globais, como a Apple, que confirmou ainda este mês a intenção de investir mil milhões no fundo.

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Orascom estende validade da proposta para resgatar a Oi

A Orascom, detida pelo multimilionário Naguiv Sawiris, estendeu até ao final de fevereiro o prazo de validade da sugestão que fez para canalizar capital para a Oi e salvar a operadora da falência.

A Orascom decidiu estender o prazo de validade das sugestões para um plano alternativo de recuperação judicial da operadora brasileira Oi. Numa nota enviada aos mercados, e replicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) pela participada portuguesa Pharol PHR 0,00% , a empresa informa que as sugestões da Orascom já só expiram a 28 de fevereiro deste ano.

“A Orascom voluntariamente encaminhou correspondência à companhia [Oi] estendendo a validade das suas sugestões para um plano alternativo de recuperação judicial”, lê-se no comunicado. Recorde-se que a Oi, que é a maior operadora brasileira, encontra-se sujeita a um plano de proteção de falência desde junho, o maior processo deste género alguma vez desencadeado no Brasil.

Desde então, a empresa tem procurado formas de evitar a falência, nomeadamente através de um plano de recuperação judicial, numa altura em que acumula várias dívidas avultadas que ultrapassam os 19 mil milhões de euros no total. Sobre isso, a Oi “reitera” que continua a reunir-se “regularmente” com os credores e stakeholders, bem como com “potenciais investidores” com vista a “reunir impressões, comentários e sugestões de melhoria” do plano de recuperação em curso.

Como o ECO noticiou em dezembro, a proposta da Orascom é suportada pelo Grupo Sawiris, do qual é proprietário o multimilionário egípcio Naguiv Sawiris que, em conjunto com o banco Moelis & Co, apresentou uma proposta que, a avançar, deverá canalizar mais de 10 mil milhões de euros para a Oi ao longo de cinco anos. Na altura, a Oi garantiu que iria analisar a proposta “com cuidado”.

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Carris: Maioria dos trabalhadores defende municipalização

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 31 Janeiro 2017

Quatro estruturas sindicais emitiram um comunicado a defender a municipalização. Só a estrutura afeta à CGTP é contra a transferência da gestão da Carris para a Câmara de Lisboa.

Depois da baixa da Taxa Social Única (TSU), o PCP quer agora trazer ao Parlamento o decreto-lei que transfere a gestão da Carris para a Câmara Municipal de Lisboa. Mas não terá o apoio da maior parte das estruturas representativas dos trabalhadores.

“Podemos estar perante mais uma ‘reprise’ da TSU e isto é uma questão política que se levanta: os governos governam ou não governam?”, questiona Sérgio Monte, do Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes (SITRA), afeto à UGT. É que “a municipalização da Carris foi praticamente aceite pelos trabalhadores”, acrescentou, em declarações ao ECO.

Ontem, quatro estruturas sindicais emitiram um comunicado, já citado pelo Observador, onde defendiam que “a transferência da titularidade e gestão da Carris para o Município de Lisboa é a solução que melhor serve os trabalhadores, a empresa e o serviço que esta presta”. Além do SITRA, o documento foi subscrito pela Comissão de Trabalhadores da Carris, o Sindicato Nacional dos Motoristas (SNM) e a Associação Sindical do Pessoal de Tráfego da Carris (ASPTC). Estes representam cerca de 90% dos trabalhadores, diz Sérgio Monte, dirigente do sindicato mais representativo.

Do lado da CGTP, a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS) continua contra a municipalização da Carris mas também entende que, se for esse o caminho, “não acaba o mundo” e os objetivos prosseguem “independentemente de ser no âmbito municipalizado ou público”.

Em declarações ao ECO, José Manuel Oliveira explica a sua posição: “A visão que temos do ponto de vista de organização dos transportes em termos gerais é que devem ser feitos na base de empresas públicas fortes, dentro de um mesmo Ministério e que articule toda sua atividade entre si”, independentemente “de as câmaras terem um papel mais interventivo na otimização do transporte, nomeadamente na região metropolitana de Lisboa”. Por isso, “não somos partidários da municipalização à partida”, diz.

Para o dirigente, “não deixa de ser curioso que, por exemplo, no Porto, a solução para uma empresa que abrange vários municípios tenha sido entregar a gestão aos vários municípios”. “Em Lisboa, uma empresa que serve vários municípios reverteu apenas para uma”, nota.

O PCP, que governa a Câmara do Barreiro, que é a proprietária e gestora dos transportes coletivos do Barreiro, venha opor-se em Lisboa a que seja a Câmara.

Sérgio Monte

Dirigente do Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes

Mas para Sérgio Monte, o que “não deixa de ser curioso” é que “o PCP, que governa a Câmara do Barreiro, que é a proprietária e gestora dos transportes coletivos do Barreiro, venha opor-se em Lisboa a que seja a Câmara” a assumir esse papel. E acrescenta que a Carris serve em “99,9% a zona urbana de Lisboa”.

Falta saber se o pedido de apreciação parlamentar do PCP tem por objetivo revogar o decreto-lei do Governo ou introduzir alterações. As organizações representativas dos trabalhadores pediram uma reunião com o PCP para discutir este assunto e o encontro já está marcado para quinta-feira. Para já, Sérgio Monte não quer antecipar que decisões poderão ser tomadas pelos trabalhadores no futuro.

O dirigente salienta que o PCP “está a fazer o que é legítimo” e que não tinha de consultar antecipadamente os trabalhadores, mas defende que sejam prestados esclarecimentos.

Sérgio Monte lembra que a posição do PCP já era conhecia e o que “apanha de surpresa” é a apreciação parlamentar: “O estigma da TSU ainda está muito em cima”, diz. No dia 25 de janeiro, o Parlamento votou a revogação do decreto-lei que baixava as contribuições das empresas que pagam salário mínimo, na sequência de pedidos de apreciação parlamentar dos partidos mais à esquerda. A revogação teve votos favoráveis do Bloco de Esquerda, PCP, Verdes e PSD. Só o PS votou contra.

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Carris: BE contra a revogação do modelo do Governo, mas vai propor alterações

  • Lusa
  • 31 Janeiro 2017

Catarina Martins está contra a revogação do diploma sobre a municipalização da Carris. No entanto, a coordenadora do Bloco de Esquerda vai apresentar propostas de alteração ao documento.

A coordenadora do BE manifestou-se hoje contra a revogação do diploma sobre a municipalização da Carris, embora anunciando propostas de alteração para que o modelo de gestão integre não apenas Lisboa, mas as várias autarquias abrangidas.

À margem de uma visita à Escola Secundária Ferreira Dias, no Cacém, concelho de Sintra, Catarina Martins foi questionada sobre a posição do BE no debate da apreciação parlamentar que o PCP requereu em relação à municipalização da Carris, não tendo os comunistas ainda decidido se apresentam propostas de alteração ou se avançam simplesmente para a revogação do diploma do Governo socialista.

“Não sei qual é a proposta. Não apoiaremos a cessação de vigência do decreto-lei, se ela for proposta, mas apoiaremos sim alterações ao decreto-lei no sentido de os vários municípios que são servidos pela Carris estarem incluídos no modelo de gestão da Carris e não apenas o município de Lisboa”, disse aos jornalistas.

A líder do BE assegurou que os bloquistas vão apresentar propostas próprias sobre esta matéria, lembrando que o partido sugere há muitos anos uma gestão intermunicipal dos transportes coletivos. “Se o Governo tivesse conversado com os vários partidos antes de ter avançado, este processo poderia correr de uma forma mais proveitosa”, sustentou, apesar de garantir que “o partido não quer voltar ao que existia anteriormente” já que “era um mau modelo”.

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Euro está “brutalmente subvalorizado”. Moeda sobe

  • Juliana Nogueira Santos e Ana Luísa Alves
  • 31 Janeiro 2017

Peter Navarro, conselheiro do comércio, afirmou que o euro está "brutalmente subvalorizado". Os mercados reagiram rapidamente, com a moeda a subir face ao dólar. Merkel já veio negar influência alemã.

O euro está a avançar face ao dólar depois de um dos conselheiros de Trump, Peter Navarro, ter afirmado que a moeda única europeia está “brutalmente desvalorizada”. Segundo o Financial Times, o novo conselheiro do comércio afirmou que isto não passa de uma ferramenta da Alemanha para “explorar” os seus parceiros europeus e americanos. A declaração não passou em claro em Berlim, que já reagiu por intermédio da chanceler alemã, Angela Merkel.

“O grande obstáculo a vermos o TTIP como um acordo bilateral é a Alemanha, que continua a explorar outros países na UE, bem como os Estados Unidos, com um “marco alemão implícito” que está “brutalmente subvalorizado”, afirmou Navarro. A moeda europeia está a subir 0,91%, para os 1,08 dólares, tendo atingido os 1,0765 dólares (após uma subida de 0,65%).

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Esta declaração vem depois da visita de Theresa May aos Estados Unidos, na qual a primeira-ministra do Reino Unido e o novo presidente dos Estados Unidos estiveram em conversações relativamente a um acordo comercial entre os dois países. Trump já tinha criticado a União Europeia e em particular a Alemanha, tendo a afirmado que a UE é “um veículo da Alemanha”, não esquecendo também as políticas monetárias adotadas pelo Banco Central Europeu (BCE).

Confrontada com a posição da Administração Trump acerca do mercado cambial, Angela Merkel recusou reagir diretamente à acusação de que a Alemanha está a instrumentalizar a moeda única em seu próprio benefício, assegurando que o seu governo sempre foi a favor de um banco central independente.

“A Alemanha é um país que sempre pediu ao BCE uma política monetária independente, tal como o Bundesbank o fez antes da existência do euro”, referiu a governante alemã numa conferência de imprensa com o primeiro ministro sueco, Stefan Lofven. “Por causa disso, nós não vamos influenciar o comportamento do BCE. E, como resultado, eu não consigo nem pretendo mudar a situação tal como está”, acrescentou.

A administração Trump já tinha expressado tal opinião pelas palavras do secretário do tesouro Steven Mnuchin. Este afirmou que um dólar “excessivamente forte” poderia ter efeitos negativos a curto prazo na economia. Nesse momento, o dólar caiu para um mínimo de mais de seis semanas.

(Notícia atualizada às 16h58)

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Benfica escorrega 3%. #aculpaédoSetúbal

Ações da SAD encarnada perdem esta terça-feira cerca de 3% depois da derrota da equipa principal em casa do Vitória de Setúbal ter permitido a aproximação dos rivais na liderança da Liga.

A contestação ao recente abaixamento de forma do Benfica não vem apenas dos adeptos. Depois da derrota por 1-0 em Setúbal, a equipa encarnada foi contestada por simpatizantes quando regressava ao Estádio da Luz. Mas também as ações da SAD liderada por Luís Filipe Vieira estão a ver lenços brancos da parte dos investidores.

As ações do Benfica perdem 2,78% para os 1,04 euros, seguindo em queda pela quinta sessão consecutiva. Foram negociados mais de 25 mil títulos encarnados, o que, face à média de cerca de 5,9 mil ações transacionadas diariamente nos últimos 12 meses, conferem alguma consistência a esta queda. Ainda assim, desde o início do ano, as ações valorizam 6%.

Ações do Benfica também estão num mau momento de forma

Fonte: Bloomberg
Fonte: Bloomberg (valores em euros)

Dentro de campo, os últimos resultados também não foram positivos. Ao empate a três bolas em casa com o Boavista, há duas semanas, seguiram-se duas goleadas (Leixões para a Taça de Portugal e Tondela para a Liga Nos). Depois, duas derrotas: por 3-1 na meia-final da Taça da Liga diante do Moreirense; e ontem em casa do Vitória de Setúbal, novo desaire por 1-0 que deixou o FC Porto a apenas um ponto da liderança do campeonato português.

De resto, se os portistas recuperaram ânimo com a derrota alheia, também as ações da SAD dos dragões acompanham esse sentimento. Os títulos avançam 1,52% para os 0,67 euros, a cotação mais elevada desde o início de dezembro. Em 2017, os títulos azuis-e-brancos acumulam uma perda de 2,9%

Em relação ao Sporting, a sete pontos da liderança da Liga, as ações registam um pior desempenho que os encarnados. Cedem 3,28% para 0,59 euros e, este do ano, acumulam uma desvalorização de 4,8%.

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