Sul da zona euro foi onde mais se pagou com dinheiro em 2016

  • ECO e Lusa
  • 24 Novembro 2017

A utilização de dinheiro para fazer pagamentos teve mais peso entre os cidadãos dos países do sul da zona euro no ano passado.

Os cidadãos dos países do sul da zona euro, os alemães, austríacos e eslovenos foram os que mais pagaram em 2016 com dinheiro, enquanto os que menos usaram este meio de pagamento foram os holandeses, estónios e finlandeses.

A conclusão é de um estudo do Banco Central Europeu (BCE) publicado esta sexta-feira, no qual é analisada a utilização no ano passado dos diversos meios de pagamentos, incluindo dinheiro, cartões e outras formas como cheques, mas se exclui moedas virtuais.

O estudo mostra que no ano passado 79% de todos os pagamentos em pontos de venda foram com dinheiro, 19% com cartões e 2% com outros meios.

O valor dos pagamentos com dinheiro representa 54% do total, o dos feitos com cartões 39% e com outros instrumentos 7%.

“A utilização de dinheiro e dos cartões é diferente consoante os países, o valor da transação e as características demográficas dos consumidores”, afirma o estudo do BCE.

Se se considerar o número de transações, o dinheiro é a forma de pagamento mais usada nos países do sul da zona euro, Alemanha, Áustria e Eslovénia, países em que 80% das transações ou mais se realizaram com dinheiro.

Ao contrário, o dinheiro foi menos utilizado na Holanda, Estónia e Finlândia, onde entre 45% e 54% das transações se realizaram com dinheiro.

Em termos de valor, Grécia, Chipre e Malta foram os países onde a proporção das transações com dinheiro foi maior. Ao contrário, os países do Benelux (Bélgica, Holanda e Luxemburgo), Estónia, França e Finlândia foram os que apresentaram a taxa mais baixa de transações com dinheiro, abaixo de 33%.

Os homens pagam com mais frequência com dinheiro do que as mulheres, indica o estudo e os consumidores com mais de 40 anos pagam mais com dinheiro do que os jovens.

Contudo, adianta o estudo, quando se pergunta aos consumidores a sua forma de pagamento preferida a maioria responde que prefere os cartões ao dinheiro, apesar de facto de utilizarem mais este último.

Esta contradição pode-se explicar pelo facto de que quase três terços dos pagamentos realizados em pontos de venda em 2016 eram de menos de 15 euros.

Dois terços das transações realizaram-se em lojas para comprar artigos do dia-a-dia, assim como em restaurantes, bares e cafés.

Apenas 8% das transações teve um valor acima dos 50 euros e só 14% se realizou em lojas de bens duradouros ou em postos de abastecimento.

Nos países e setores de mercado onde a aceitação do cartão é baixa, a utilização de dinheiro poderia baixar se a infraestrutura para realizar pagamentos com cartões estiver mais disponível.

O estudo refere ainda que um terço dos consumidores tem dinheiro em casa como reserva de proteção.

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Concorrência aprova venda dos seguros da Groupama a chineses

  • Lusa
  • 24 Novembro 2017

A China Tianying recebeu luz verde da Autoridade da Concorrência para adquirir o controlo exclusivo da Groupama Seguros de Vida e da Groupama Seguros.

O grupo chinês de tratamento de resíduos China Tianying recebeu luz verde da Autoridade da Concorrência (AdC) para adquirir o controlo exclusivo da Groupama Seguros de Vida e da Groupama Seguros.

A aquisição do controlo dos dois ramos de seguros foi efetuada pela Benefits and Increases, sociedade controlada, em última instância, pela China Energy Conservation and Environmental Protection Group, uma empresa pública dedicada à poupança energética, à proteção do ambiente, à reciclagem de recursos e ao desenvolvimento e utilização de energia limpa.

Segundo o aviso da AdC, publicado na sua página na internet, a operação não é “suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva nos mercados relevantes identificados”, sendo por isso aprovada a compra do grupo chinês com sede em Xangai.

Esta é mais uma operação de venda a chineses, depois de a seguradora Fidelidade (comprada pela Fosun) ter sido vendida à Clean Energy Finance Corporation (CEFC) China, um grupo do setor da energia.

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Morreu o jornalista Pedro Rolo Duarte

  • ECO e Lusa
  • 24 Novembro 2017

O jornalista e cronista da Sapo 24 faleceu aos 53 anos, vítima de cancro.

O jornalista e radialista Pedro Rolo Duarte morreu esta sexta-feira e em Lisboa, aos 53 anos, vítima de cancro, disse à agência Lusa fonte próxima.

Uma amiga do jornalista confirmou à Lusa a notícia da sua morte. Pedro Rolo Duarte estava internado desde terça-feira na unidade de cuidados paliativos do Hospital da Luz, em Lisboa, acrescentou a mesma fonte. Antes disso, já tinha estado internado no hospital Beatriz Ângelo, em Loures, adiantou.

Pedro Rolo Duarte era jornalista, radialista e cronista do SAPO 24. Anteriormente colaborou em publicações como o Correio da Manhã, revista K e Visão. Mais tarde, foi editor do suplemento DNA, do Diário de Notícias e subdiretor deste jornal entre 2004 e 2005. Na rádio passou pela Rádio Comercial e Antena 1, estação na qual atualmente locutor do programa Hotel Babilónia.

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Louçã: Governo cedeu a “estratégia bairrista” de Rui Moreira no caso Infarmed

  • ECO
  • 24 Novembro 2017

Francisco Louçã diz que a realocação do Infarmed "aparece como uma compensação a Rui Moreira" e acusa o Ministério da Saúde de "jogo político".

No seu espaço de opinião na TSF, Francisco Louçã acusa o Ministério da Saúde de utilizar “os meios de decisão como uma forma de jogo político”, o que, no caso da transferência do Infarmed de Lisboa para o Porto, se traduziu numa “compensação a Rui Moreira”.

O bloquista diz que a realocação do Infarmed “aparece como uma compensação a Rui Moreira, explicitamente declarada pelo primeiro-ministro, para a eventualidade de não ser aprovada a Agência Europeia do Medicamento para o Porto”, ao mesmo tempo que considera esta vitória improvável dado que “a candidatura de Portugal era muito fraca“, comenta.

O Ministério da Saúde tem atuado com despreocupação, com improviso, a correr atrás dos acontecimentos ou, pior ainda, a utilizar os seus meios de decisão como uma forma de jogo político

Francisco Louçã

“O Ministério da Saúde tem atuado com despreocupação, com improviso, a correr atrás dos acontecimentos ou, pior ainda, a utilizar os seus meios de decisão como uma forma de jogo político, neste caso em relação a um presidente de Câmara que elevou o seu patamar reivindicativo, dentro de uma estratégia bairrista muito afirmativa“, afirma Francisco Louçã.

Para Louçã, esta situação verificou-se dada a “forma como o serviço de saúde e as decisões sobre pessoal, estratégias, pessoal e organização têm vindo a ser desenvolvidos”, acusando o Ministério da Saúde de medidas “discriminatórias, ocasionais e de jogo imediato”. O espelho disso mesmo são as greves do setor, refere.

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Sucessor de Mugabe toma posse. Promete relançar economia

  • Lusa
  • 24 Novembro 2017

Emmerson Mnangagwa, presidente provisório do Zimbabué, prometeu respeitar a realização de eleições “democráticas” marcadas para 2018.

Emmerson Mnangagwa prometeu esta sexta-feira promover o investimento estrangeiro e combater a corrupção, no discurso de tomada de posse como Presidente provisório do Zimbabué. “A cultura do governo tem de mudar e tem de mudar imediatamente”, disse o novo Presidente, referindo-se aos 37 anos de poder do seu antecessor, Robert Mugabe.

Mnangagwa, 72 anos, líder da ZANU-PF desde domingo, tomou posse esta sexta-feira como chefe de Estado num estádio de Harare prometendo lealdade à Constituição e à República do Zimbabué.

Após o juramento, o chefe de Estado provisório disse que está empenhado em relançar a economia do Zimbabué e procurar investimento para o país, que se encontra em crise profunda e sujeito a sanções internacionais.

O novo Presidente prometeu indemnizar os agricultores que perderam as terras depois das decisões de Mugabe e que provocaram a instauração de sanções económicas internacionais contra o Zimbabué.

Mesmo assim, não forneceu detalhes sobre assunto limitando-se a dizer que as medidas que foram tomadas sobre as terras e os agricultores “não podem ser alteradas”.

Emmerson Mnangagwa afirmou também que vai respeitar a realização de eleições “democráticas” marcadas para 2018 acrescentando que o país vai conseguir “renovar-se” após os 37 anos de Robert Mugabe no poder.

O novo chefe de Estado frisou que o “país não deve permanecer refém do passado” apesar de ter afirmado que o Zimbabué deve prestar “tributo” a Robert Mugabe, numa parte do discurso que não foi aplaudida pelos milhares de pessoas que se encontram presentes no estádio, onde decorrem as cerimónias.

Mnangagwa acrescentou que aceita o poder de forma “profundamente humilde”, após a série de acontecimentos que começaram com uma ação militar no dia 14 de novembro e que culminaram terça-feira, quando Mugabe apresentou a demissão, na mesma altura em que o Parlamento se preparara para iniciar um processo de destituição através de uma moção de censura.

Presentes na cerimónia encontram-se, entre outros, os chefes de Estado de Moçambique, Botsuana e Zâmbia. O presidente da África do Sul, Jacob Zuma não se encontra presente porque recebe a visita oficial do novo presidente angolano.

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Presidente alemão convocou Merkel e Schulz para abordar formação de um Governo

  • Lusa e ECO
  • 24 Novembro 2017

O presidente da Alemanha convocou a chanceler Angela Merkel e o líder social-democrata, Martin Schulz, para discutir a formação de um novo Governo.

O presidente da Alemanha convocou a chanceler e líder conservadora, Angela Merkel, o seu aliado bávaro, Horst Seehofer, e o líder social-democrata, Martin Schulz, para uma reunião na próxima semana para discutir a formação de um novo Governo.

Em comunicado, o gabinete do presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, precisa que pediu aos líderes da União Democrata-Cristã (CDU), da União Social-Cristã (CSU) e do Partido Social-Democrata (SPD) que se reúnam para discutir a possibilidade de voltar a formar uma “grande coligação”, como a que governou o país nos últimos quatro anos. Fontes da presidência citadas pela imprensa adiantaram que a reunião pode realizar-se na segunda ou na terça-feira.

Martin Schulz tem recusado repetidamente a possibilidade de repetir a coligação com os conservadores, mas a pressão nesse sentido acentuou-se depois do fracasso, no domingo, das conversações entre a CDU/CSU, o Partido Liberal (FDP) e os Verdes.

Steinmeier, também social-democrata, recebeu Schulz na quinta-feira, último dos encontros que manteve ao longo da semana com os líderes dos partidos em condições de fechar um acordo de coligação. Após o encontro com o presidente, Schulz reuniu-se com a direção do SPD, reunião que se prolongou por quase oito horas e após a qual o secretário-geral do partido, Hubertus Heil, manifestou a disposição para dialogar e contribuir para resolver a crise política.

“O SPD não se furta a conversações”, disse Heil.

Merkel falha negociações

Desde as eleições de setembro passado, a CDU (União Democrata Cristã) de Angela Merkel, a União Social-Cristã (CSU), o FDP e Os Verdes, negociavam para alcançar um acordo prévio que lhes permitisse iniciar negociações formais de coligação.

Após 12 horas de negociações, CDU e Liberais não foram capazes de chegar a acordo e o euro bateu um mínimo de dois meses face ao iene, assim que o anúncio foi conhecido. A chanceler lamentou. “Obviamente, com cedências, isto faz parte de uma coligação onde os parceiros têm de se aproximar e reduzir as distâncias que os separam. Como tal, com todo o respeito pelo FDP, que não tenhamos chegado a uma solução comum”, disse Angela Merkel no final da ronda negocial.

Os pontos críticos das negociações têm que ver com a política de refugiados, a luta contra as alterações climáticas e os desejos de reduções fiscais por parte do FDP.

Na história da República Federal da Alemanha, isto é desde 1949, nunca houve um Governo de minoria a nível federal, e formaram-se sempre coligações com acordos prévios que fazem as vezes de programa comum de Governo. Agora, perante colapso das negociações há três opções, duas delas sem precedentes: a CDU e o SPD juntam-se para criar a tradicional “Grande Coligação”, Merkel pode formar um Governo minoritário ou o Presidente convoca novas eleições, caso seja impossível de formar governo.

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Lei de reforço da idoneidade dos gestores da banca em vigor a partir de sábado

  • Lusa
  • 24 Novembro 2017

A proposta tinha sido aprovada em outubro com os votos favoráveis do PSD e CDS-PP, contra o PCP, BE e PEV e a abstenção do PS e do PAN.

A lei que reforça os critérios de idoneidade dos gestores dos bancos, através de requisitos como a análise do currículo e de “potenciais conflitos de interesse”, entra em vigor no sábado, segundo o Diário da República desta sexta-feira.

Esta lei, que altera o Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, visa “garantir a redução de potenciais conflitos de interesse e reforçar os critérios de avaliação da idoneidade”, segundo a portaria assinada pelo primeiro-ministro, António Costa, e publicada em Diário da República.

Um dos artigos alterados é o 30.º, em que é acrescentado que na avaliação da idoneidade dos membros dos órgãos de administração e fiscalização deve ser tido em conta “o currículo profissional e potenciais conflitos de interesse, quando parte do percurso profissional [da pessoa em causa] tenha sido realizado em entidade relacionada direta ou indiretamente com a instituição financeira em causa, seja por via de participações financeiras ou de relações comerciais”.

Em outro artigo, referente ao dever de segredo perante o cliente bancário às entidades a que este pode ser revelado é acrescentado o regulador dos seguros.

Esta proposta de alteração de legislação partiu de deputados do PSD e deu entrada no parlamento em julho, tendo sido aprovada em outubro com os votos favoráveis do PSD e CDS-PP, contra o PCP, BE e PEV e a abstenção do PS e do PAN.

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Adesão à greve da saúde cresceu e ronda os 85%

  • Lusa
  • 24 Novembro 2017

Alguns médicos e enfermeiros estão a aderir ao protesto profissionais da saúde, o que se deve ao “grande descontentamento que se vive no setor”, segundo o sindicalista José Abraão.

A adesão à greve dos profissionais de saúde ronda os 85%, com muitos serviços adiados e alguns centros de saúde encerrados devido a este protesto a que também estão a aderir médicos e enfermeiros, segundo fonte sindical.

De acordo com o secretário-geral da Federação Sindical da Administração Pública (FESAP), José Abraão, a adesão nos turnos da manhã está a ser “superior” à das primeiras horas, com muitos assistentes técnicos e operacionais a aderir ao protesto.

A greve foi convocada pelas estruturas da UGT (FESAP) e da CGTP-IN (Frente Comum) e os dados relativos às primeiras horas do protesto, iniciado às 0:00 de hoje, apontavam para uma adesão acima dos 80 por cento.

Entre as motivações deste protesto está a falta de acordo coletivo de trabalho para 40 mil profissionais de saúde com contratos individuais de trabalho, mas que não beneficiam do descongelamento das carreiras, nem têm horário semanal de 35 hora, sobretudo dos hospitais EPE (Entidades Públicas Empresariais).

Segundo José Abrão, o impacto da greve é maior nas consultas programadas, nos exames e também nas cirurgias. O dirigente sindicalista adiantou que o protesto está a ser igualmente muito significativo nos centros de saúde e unidades de saúde familiar.

Alguns médicos e enfermeiros estão igualmente a aderir a este protesto, o que se deve ao “grande descontentamento que se vive no setor”, disse José Abraão. “Há uma revolta muito grande, principalmente dos assistentes operacionais que se sentem abandonados”, disse, sublinhando: “Os profissionais de saúde não são só os médicos e enfermeiros”.

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Concursos das obras públicas caem para quase metade

  • Lusa
  • 24 Novembro 2017

Os concursos de empreitadas de obras públicas em outubro sofreram um " forte abrandamento". Também os contratos celebrados recuaram expressivamente.

O mercado de obras públicas teve “uma travagem a fundo”, com os concursos promovidos a recuarem 45,7% em outubro, para 102 milhões de euros, face a setembro, o pior mês desde maio de 2016, revelou hoje a AICCOPN.

Segundo a edição de outubro do Barómetro das Obras Públicas da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), em outubro, “os concursos de empreitadas de obras públicas promovidos registam um forte abrandamento, com o valor apurado neste mês, 102 milhões de euros, a situar-se 45,7% abaixo do mês anterior e em menos de metade do valor médio mensal do ano, 242 milhões”.

“Este é, inclusivamente, o pior mês desde maio de 2016”, evidencia o barómetro. Até ao final de outubro deste ano, no entanto, os concursos de empreitadas de obras públicas promovidos registam um crescimento homólogo de 80%, totalizando 2.421 milhões de euros.

No mesmo sentido do que se observou nos contratos de obras públicas promovidos, também os contratos celebrados registaram em outubro um “abrandamento muito expressivo”, para 81 milhões de euros, um recuo de 61,6% face a setembro e 50,4% abaixo da média do ano, 163 milhões de euros.

Não obstante esta queda, o total de contratos celebrados e reportados nos primeiros dez meses do ano atingiu os 1.629 milhões de euros, isto é, mantém um crescimento de 44% em termos homólogos.

Segundo o barómetro, os contratos celebrados no âmbito de concursos totalizam 927 milhões de euros, mais 55% em termos homólogos, enquanto os contratos celebrados em resultado de ajustes diretos somaram 600 milhões, 36% acima do valor observado em idêntico período de 2016, sendo que ambos registaram uma queda mensal de 68%, face ao mês anterior.

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Depois da tempestade, a bonança. Euro toca máximos de seis semanas

  • ECO
  • 24 Novembro 2017

A moeda única sofreu um impulso no final desta semana graças à confiança dos investidores. Já o dólar encontra-se em mínimos de cinco semanas.

Em dia de sexta-feira negra, é o euro que começa a brilhar. Após a incerteza política no início da semana trazida pelo fracasso nas conversações para a formação de Governo na Alemanha, a divisa única segue a valorizar 0,11% para os 1,1863 dólares, tendo já valorizado 0,2% para os 1,1875 dólares. O euro regista no final desta semana valores máximos desde finais de setembro. Em causa está a confiança dos investidores nas previsões de crescimento europeu, avança a Reuters esta sexta-feira.

Na passada quinta-feira, o Conselho de Governadores do Banco Central Europeu aprovou a redução do programa estímulos a partir de janeiro do próximo ano, planeado desde outubro. Os planos preveem uma redução de compras de dívida para os 30 mil milhões de euros por mês no início de 2018, e a partir de setembro fica em aberto o fim do programa.

Lee Hardman, analista da Mitsubishi UFG em Londres, explica à Reuters que “sem o compromisso recente do BCE em manter o programa de compra de dívida até ao final de setembro do próximo ano, o euro poderia estar a negociar em níveis ainda mais elevados na atual conjuntura”. Hardman avança ainda que, embora haja “um risco de que os desenvolvimentos políticos em curso possam potencialmente desencadear deslizes no euro nas próximas semanas ou meses”, essas quedas serão “limitadas e temporárias”.

Euro em máximos de seis semanas

Fonte: Bloomberg

Por sua vez, o dólar encontra-se em mínimos de cinco semanas face a um cabaz de moedas composto pelo euro, o iene japonês, a libra, dólar canadiano, a coroa sueca e o franco suíço. Na passada quarta-feira, o anúncio de subida das taxas de juro para o próximo mês pela Fed e os receios de uma fraca evolução da inflação desanimaram a moeda norte-americana. Os preços junto do consumidor nos EUA têm falhado as expectativas de 2% para os próximos cinco anos.

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Angola dispara 66% a emissão de dívida pública em novembro

  • Lusa
  • 24 Novembro 2017

O Governo Angolano já ultrapassou a barreira dos 10 mil milhões de euros em obrigações do Tesouro emitidas no mercado primário só em 2017.

A dívida pública colocada por Angola na terceira semana de novembro aumentou 66%, para 108,5 mil milhões de kwanzas (556 milhões de euros), ultrapassando a barreira dos 10.000 milhões de euros de títulos do Tesouro emitidos em 2017.

De acordo com dados do relatório semanal sobre a evolução dos mercados monetário e cambial do Banco Nacional de Angola (BNA), compilados hoje pela Lusa, o banco central colocou no mercado primário, entre 13 e 17 de novembro, um total de 54 mil milhões de kwanzas (276,7 milhões de euros) em Bilhetes do Tesouro (BT).

Somam-se 41,5 mil milhões de kwanzas (212,7 milhões de euros) em Obrigações do Tesouro indexadas à taxa de câmbio (OT-TXC) e 8,1 mil milhões de kwanzas (41,5 milhões de euros) em Obrigações do Tesouro Não Reajustadas (OT-NR).

As taxas de juro médias a pagar pela emissão de BT pelo BNA, em representação do Estado angolano, oscilaram entre os 16,15% na maturidade a 91 dias e os 23,90% no prazo de 364 dias, praticamente inalteradas desde março, enquanto as OT indexadas à taxa de câmbio vão pagar taxas de juro nominais entre os 7,0%, pela maturidade de três anos, e os 7,75%, para a maturidade de seis anos.

Esta foi a 39.ª emissão semanal de dívida pública de 2017, atingindo um pico semanal do ano, sendo que no segmento de venda direta de Títulos do Tesouro ao público em geral foram ainda colocados 4,9 mil milhões de kwanzas (25,1 milhões de euros). Desde o início da emissão de dívida em 2017, que só arrancou na segunda quinzena de fevereiro, Angola já colocou mais de 1,980 biliões de kwanzas (10.190 milhões de euros) em bilhetes e obrigações do Tesouro.

As finanças de Angola

Angola vive desde finais de 2014 uma crise financeira e económica e no Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2017 as receitas fiscais só deverão cobrir 49,6% das necessidades totais, acrescido das receitas patrimoniais, com 6,7%, de acordo com o mesmo documento.

As receitas provenientes do endividamento público deverão atingir um peso de 43,6% do valor global inscrito no Orçamento, chegando a 3,224 biliões de kwanzas (16,7 mil milhões de euros). Além de contrair nova despesa pública, no mercado interno e externo, o OGE de 2017 prevê 2,338 biliões de kwanzas (12,1 mil milhões de euros) para o serviço da dívida este ano.

Nas contas do Governo, está inscrito um défice orçamental de 5,8% do Produto Interno Bruto em 2017, no valor de 1,139 biliões de kwanzas (5,9 mil milhões de euros).

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Parlamento aprova subida da derrama. Quanto custa às cotadas do PSI-20?

Parlamento aprovou esta quinta-feira um aumento da derrama estadual para as empresas com maiores lucros. Medida terá impacto nos lucros e ações das cotadas do PSI-20. Qual é o impacto?

O IRC para as grandes empresas sempre vai subir no próximo ano, isto depois de o Parlamento ter aprovado o aumento da derrama estadual de 7% para 9% para as empresas com maiores lucros. Esta medida terá impacto nas empresas com lucros anuais acima dos 35 milhões de euros. No PSI-20, o principal índice bolsista português, são várias as cotadas que vão ser afetadas por isto. Quais?

O CaixaBank BPI Research estimou o impacto da proposta do PCP que aprovada esta quinta-feira no âmbito da discussão do Orçamento do Estado para 2018. A medida teve luz verde do PS e por isso vai entrar em vigor a partir do próximo ano.

Na bolsa portuguesa, poucas são as cotadas vão escapar ao aumento de impostos sobre as grandes empresas. Os cálculos do banco tiveram por base as estimativas para os lucros das empresas e bancos para 2018. Contas feitas:

  • No BCP, o aumento da derrama estadual deverá ter um impacto de 1% na estimativa para os resultados do grupo no próximo ano e 2% depois, estimam os analistas do BPI. Em 2018, o banco liderado por Nuno Amado poderá ter um lucro de 364 milhões de euros, segundo este banco. Na análise do CaixaBank BPI, o aumento da derrama estadual terá também implicações no atual montante de ativos por impostos diferidos, que deverão aumentar em cerca de 214 milhões de euros.

Também o Haitong analisou o impacto do aumento da derrama estadual nas cotadas do PSI-20. REN e Sonae serão as empresas mais afetadas pela medida.

“Embora seja difícil quantificar precisamente o impacto desta medida, uma vez que nem todas as empresas geram os seus resultados em Portugal ou podem utilizar créditos fiscais, simulamos o impacto desta medida no nosso universo de ações que fazemos cobertura”, dizem dos analistas do Haitong.

 

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