João Lourenço toma posse com Marcelo, Portas e Durão Barroso a assistir

  • Lusa
  • 26 Setembro 2017

O ex-presidente da Comissão Europeia Durão Barroso e o ex-líder do partido português CDS-PP Paulo Portas integram igualmente a lista de 53 convidados estrangeiros divulgada pela diplomacia angolana.

O novo Presidente angolano, João Lourenço, toma posse esta terça-feira em Luanda, numa cerimónia com mais de mil convidados nacionais e estrangeiros, incluindo 30 chefes de Estado e de Governo, entre os quais o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa.

A cerimónia, que corresponde também à saída do poder de José Eduardo dos Santos, chefe de Estado angolano desde 1979, vai decorrer durante a manhã no centro da capital, começando com a leitura da transcrição da declaração da comissão Nacional Eleitoral que proclama João Manuel Gonçalves Lourenço como Presidente da República de Angola eleito.

O chefe de Estado português será um dos governantes presentes, bem como os presidentes da República do Congo, República Democrática do Congo, Namíbia, Zâmbia, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Guiné Equatorial, África do Sul, Gana, Ruanda, Uganda, Egipto, Costa do Marfim, Tanzânia, Gabão e Togo.

Embora sem confirmação oficial, são igualmente esperados em Luanda o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, a primeira-ministra britânica, Theresa May, e a chanceler alemã, Angela Merkel. Além de outros chefes de Governo, deverá marcar presença em Luanda o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e representantes dos executivos brasileiro, moçambicano e timorense.

O ex-presidente da Comissão Europeia Durão Barroso e o ex-líder do partido português CDS-PP Paulo Portas integram igualmente a lista de 53 convidados estrangeiros divulgada pela diplomacia angolana.

Após a leitura da declaração do início da cerimónia de posse, pelo juiz conselheiro presidente do Tribunal Constitucional, Rui Ferreira, que convidará João Lourenço a fazer o juramento constitucional, este prestará juramento à nação, com a mão direita sobre a Constituição da República de Angola, assinando em seguida o termo de posse.

Ato contínuo, o novo presidente da República desloca-se ao local onde se encontra o Presidente cessante, José Eduardo dos Santos, para este lhe colocar o colar presidencial e lhe ceder o lugar. Os mesmos procedimentos serão observados para a investidura do vice-presidente eleito, Bornito de Sousa.

O programa prevê, após esses atos, discursos de felicitações do presidente do Tribunal Constitucional e do novo chefe de Estado angolano. A cerimónia termina com o desfile dos três ramos das Forças Armadas Angolanas, seguindo-se a execução do hino nacional e os disparos de 21 salvas de canhão.

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Governo renegoceia contrato com SIRESP em 2018

  • ECO
  • 26 Setembro 2017

O Executivo não quer desistir do SIRESP, mas quer mudanças na tecnologia, na rede física e no contrato, que o MAI pretende renegociar no próximo ano.

Em 2018, o Governo vai arrancar com a renegociação do contrato com a operadora do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança (SIRESP), cujo contrato termina só em 2021. A informação é avançada pelo Público (acesso condicionado), com base em informação disponibilizada pelo Ministério da Administração Pública (MAI).

“A partir de 2018, o Governo tomará as opções estratégicas no âmbito da rede de emergência e segurança nacional, incluindo as componentes tecnológica, física e contratual”, disse o MAI ao Público.

Esta notícia surge depois de há cerca de semana e meia a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, ter revelado em resposta à pergunta do deputado André Silva do PAN (Pessoas, Animais e Natureza), que o objetivo do Governo não é “substituir” a rede SIRESP por “uma alternativa”, mas “antes melhorá-la”.

De recordar que, no seguimento do incêndio de Pedrógão Grande, o Governo criou dois grupos de trabalho para estudarem a criação de redes de comunicação alternativas seguras, quando a rede principal falhar, mas também para tornar esta mais resistente, nomeadamente perante o fogo.

Contudo, o objetivo do Governo não passará por abandonar o SIRESP como rede de comunicações de emergência. Nas respostas ao Público, o MAI defende a solução: “A rede SIRESP é uma rede robusta e capaz de assegurar, com qualidade, as comunicações de emergência em Portugal. Ao longo dos anos, a rede revelou problemas de resiliência, de cobertura e de ausência de redundâncias que este Governo está a resolver”, responde o gabinete da ministra Constança Urbano de Sousa.

Em causa estarão sobretudo questões técnicas e da estrutura da rede. Isto, porque o contrato com a SIRESP prevê que o sistema seja atualizado em termos tecnológicos, mas não na sua estrutura física, que se mantém praticamente igual desde que foi implementado por completo.

Nas Grandes Opções do Plano (GOP) para o próximo ano, o Governo já tinha determinado que haveria um reforço da cobertura do SIRESP, tanto ao nível da resiliência como da redundância da rede. De acordo com a Lusa, que divulgou as GOP, em 2018 será ainda amplificado o projeto de georreferenciação das viaturas de bombeiros e a implementação do SIRESP ST, que permitirá uma localização exata das ocorrências.

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Precários a tempo parcial também serão integrados no Estado

  • ECO
  • 26 Setembro 2017

Os precários do Estado que trabalham a tempo parcial também vão ser incluídos no processo de regularização que já está em curso. Não vai ser necessário ter horário completo.

Ao contrário do que o Governo tinha inicialmente proposto, o Programa de Regularização Extraordinária de Vínculos Precários na Administração Pública (PREVPAP) irá incluir os trabalhadores a tempo parcial. A proposta de alteração foi introduzida pelo PS, depois das negociações com o BE e o PCP. Os precários a tempo parcial que assegurem funções permanentes serão incluídos, avança esta terça-feira o Público.

Inicialmente, a proposta do Executivo excluía este tipo de trabalhadores do Estado uma vez que a regularização era apenas para os funcionários “com horário completo, sujeição ao poder hierárquico, à disciplina ou direção”, cita o jornal, cujo vínculo não era adequado. No entanto, a proposta de alteração do PS — que deu entrada na semana passada no Parlamento — retirou esta referência ao horário.

O Partido Socialista propõe que, quando o trabalhador for a tempo parcial, os períodos normais de trabalho são adicionados até perfazer um posto de trabalho.

Contudo, as alterações não atingiram um ponto criticado pelo PCP e os sindicatos. O Governo determina na proposta de lei original que quem não se apresente a concurso verá o seu vínculo cessar — a proposta de alteração dos socialistas passa ao lado deste ponto.

Segundo o Público, as propostas de alteração vão ser discutidas e votadas na especialidade na próxima semana. A votação final global da proposta de lei deverá acontecer a 6 de outubro. Até ao final do próximo ano os concursos deverão ser lançados.

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Bastonário da Ordem dos Médicos acredita que há margem para acordo

  • ECO e Lusa
  • 26 Setembro 2017

Bastonário da Ordem dos Médicos acredita num entendimento entre os médicos e o Ministério da Saúde, apelando ao ministro para que "chegue a um entendimento" com os sindicatos.

“Os sindicatos falaram da greve e disseram que estão em fase de negociação com o Ministério da Saúde e penso que esta quarta-feira haverá nova reunião e existe margem de manobra para que cheguem a um entendimento”, disse, em declarações à agência Lusa, o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães.

Miguel Guimarães deixou um apelo ao ministro da Saúde: “Negocie com os sindicatos dos médicos e chegue a um entendimento, porque não estão a pedir nada de especial”. O bastonário da Ordem dos Médicos adiantou que estão a negociar a reposição de algumas matérias que foram “alteradas no tempo da troika e que já deviam ter sido normalizadas e ainda não foram”.

Estas negociações decorrem num momento em que já são conhecidas as contas até agosto e que apontam para alguma derrapagem. Segundo o boletim da Direção Geral de Orçamento, publicado segunda-feira, a despesa com o Serviço Nacional (SNS) de Saúde cresceu, em termos homólogos, 4,8%, o que representa já mais do que os aumentos de 2015 e 2016 juntos. O Governo explica este desempenho, que vai ao arrepio do previsto no Orçamento do Estado ara este (estava prevista uma estabilização dos gastos) com a “forte aposta” no setor. O boletim da DGO precisa que as despesas com fornecimentos e serviços externos e com pessoal, que representaram 80% da despesa até agosto, cresceram 5,9% e 4,4% respetivamente. No Orçamento a variação prevista era de -1,2%% e 1,5%.

Os médicos fazem horas extraordinárias a mais, que não eram necessárias se existissem médicos suficientes. Uma das reivindicações dos sindicatos tem a ver com a diminuição de obrigatoriedade das horas anuais extraordinárias das 200 para 150 horas e com a passagem de horário normal de 18 horas de serviço de urgência para as 12 horas, com as restantes a trabalharem nos outros serviços, como bloco operatório ou consultas externas”, explicou.

Miguel Guimarães, que disse que outra das medidas defendida é a redução da lista de utentes por médico de família, que atualmente se situa nos 1.900 utentes por médico, para um máximo de 1.500, ainda acredita que as partes ainda vão conseguir chegar a um entendimento.

“Acho que é possível, o Ministério da Saúde só terá a ganhar. Percebo as preocupações do Ministério da Finanças e a pressão que faz sobre outros ministérios, como o da Saúde, mas estamos a contribuir para um melhor acesso aos cuidados de saúde”, salientou. Os sindicatos médicos anunciaram que vão realizar greves rotativas por regiões em outubro e uma paralisação nacional em novembro.

As greves regionais começam em 11 de outubro na região norte, seguindo-se a região centro em 18 de outubro e a região sul em 25 de outubro. O anúncio foi feito pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e pela Federação Nacional dos Médicos (FNAM) à saída de uma reunião negocial no Ministério da Saúde.

A paralisação nacional está marcada para 8 de novembro.

O bastonário falou à Lusa depois de uma reunião na secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos, tal como já tinha feito em Lisboa e Coimbra, considerando que o sentimento global “é o mesmo”. “Reclamam por mais respeito e dignidade no Serviço Nacional de Saúde, por melhores condições de trabalho e também reclamam que sejam corrigidas algumas deficiências, como ao nível dos concursos. O concurso hospitalar deste ano ainda não foi aberto”, defendeu.

Miguel Guimarães considerou ainda que o SNS tem uma “deficiência crónica de capital humano, só comparável ao subfinanciamento crónico”, afirmando que a falta de médicos gera uma “grande pressão no trabalho”.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • Juliana Nogueira Santos
  • 26 Setembro 2017

Terça-feira é dia de pôr os cheques e os cartões vermelhos na mesa, com o Brexit e o Football Leaks em discussão. É também dia de tomada de posse em Angola.

No Reino Unido, as negociações sobre o Brexit continuam com Theresa May a pôr o cheque em cima da mesa, enquanto em território europeu o dossier Football Leaks vai estar em cima da mesa para discussão dos eurodeputados. Por cá, Carlos Costa poderá utilizar o discurso de encerramento do congresso organizado pela instituição para “se retratar”, como pediram as Finanças.

Carlos Costa poderá “retratar-se”

Decorre esta terça-feira o segundo e último dia da Conferência sobre Gestão de Risco nos Bancos Centrais que irá contar com Erikki Liikanen, governador do banco central finlandês, Sharon Donnery, governadora do banco central irlandês. Para além disto, Carlos Costa irá discursar no encerramento da conferência, depois de ter afirmado que “a tentação de reduzir a independência dos bancos centrais não é só dos países do sul”. Fonte oficial das Finanças afirmou ao ECO que seria esperável que Costa “se retrate das declarações”. Iremos perceber se o faz.

João Lourenço toma posse como presidente de Angola

Depois de ter vencido as eleições gerais de 23 de agosto com 61% dos votos, João Lourenço vai tomar posse como presidente de Angola. Os resultados foram altamente disputados pelos seus oponentes, mas acabaram por dar maioria absoluta ao candidato do MPLA. O seu homónimo português, Marcelo Rebelo de Sousa, e Durão Barroso estão entre os convidados da cerimónia que começará às 10h40 locais, terminando com um banquete oficial no Palácio Presidencial.

Tusk e May põem as cartas (e os cheques) na mesa

À medida que as negociações sobre os termos da saída do Reino Unido da União Europeia prosseguem, a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, vai reunir-se com Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu, para discutir o tema. Fonte do Executivo de May afirmou na semana passada que o Reino Unido está disposto a pagar 20 mil milhões de euros à União Europeia para saldar os custos da saída, resta agora saber se é suficiente.

Football Leaks chega ao Parlamento Europeu

A comissão de inquérito do Parlamento Europeu aos Documentos do Panamá (PANA), que está a investigar casos relativos ao branqueamento de capitais, à elisão e à evasão fiscais no futebol, organiza uma audição pública sobre as revelações do Football Leaks que terá como tema principal o planeamento fiscal e a violação do direito europeu. Vão estar presentes representantes da FIFA, da UEFA e da Associação Europeia de Agentes de Futebol disponíveis para responder às perguntas dos eurodeputados sobre a transparência do mercado de transferências, o financiamento dos clubes de futebol europeus e os direitos de imagem dos jogadores, entre outros.

Nike vai tropeçar nos resultados?

Na fase final de apresentação das contas relativas à primeira metade do ano nos EUA, a Nike relata como correram as primeiras passadas do ano. Com concorrentes de alta performance, como a Adidas e a Under Armour, os analistas esperam que as receitas aumentem, mas que os lucros sofram um golpe.

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Passos: Governo vai cumprir metas sem plano B desta vez

Elogio ao Governo? Passos Coelho reconhece que Portugal vai a caminho de atingir as metas orçamentais este ano, o que é "importante para a credibilidade externa", desta vez sem plano B.

Sem querer cumprimentar o Governo a propósito dos resultados orçamentais deste ano, Pedro Passos Coelho reconhece que Portugal deverá atingir as metas do défice deste ano, com uma diferença substancial em relação ao ano passado: desta vez António Costa e Mário Centeno não “lançaram mão” de medidas extraordinárias para cumprir os objetivos.

Tudo parece indicar que o governo vai conseguir até final do ano atingir as metas a que se propôs, que é um défice de 1,5%, sem necessitar de lançar mão de grandes medidas extraordinárias. Essa é talvez a grande diferença face ao ano passado”, referiu o presidente do PSD em entrevista à SIC no âmbito das eleições autárquicas do próximo dia 1 de outubro.

Com esta declaração, está o líder da oposição a cumprimentar o Executivo pelos resultados obtidos? Passos Coelho fintou a pergunta, considerando que “é importante para o país que as metas orçamentais sejam atingidas” e que “é importante para a credibilidade externa do país”. Ainda assim, Passos Coelho sublinhou que a redução do défice orçamental está a ser feito a expensas do investimento público, ideia que tem vindo a enfatizar ao longo dos últimos dias.

A Direção-geral do Orçamento revelou esta segunda-feira que o défice orçamental no período de janeiro a agosto recuou 1.901 milhões de euros, quando comparado com os mesmos oito meses de 2016, com o Ministério das Finanças a indicar que “a continuação desta tendência de melhoria dá confiança no alcance dos objetivos orçamentais definidos para 2017″.

“Liderança em causa? Para mim, não”

Em relação aos resultados eleitorais das autárquicas, Passos Coelho assumiu como meta “ter um maior número de mandatos do que qualquer outro partido, seja em câmaras municipais, seja em juntas de freguesia”, mas rejeitou “especular” sobre eventuais cenários após o dia 1 de outubro. Em todo o caso, a sua liderança não está em xeque.

“São ilações [que se retiram dos resultados das autárquicas] que têm sempre importância para todas as lideranças. Mas se me está a perguntar se a minha liderança em causa por causa do resultado das eleições, para mim não está”, disse o presidente do PSD.

“Apesar das suas leituras nacionais, as eleições autárquicas não são eleições de âmbito nacional nem eleições em que se testa a liderança do PSD diretamente”, explicou de seguida.

"São ilações [que se retiram dos resultados das autárquicas] que têm sempre importância para todas as lideranças. Mas se me está a perguntar se a minha liderança em causa por causa do resultado das eleições, para mim não está.”

Pedro Passos Coelho

Presidente do PSD

O que faria de diferente de António Costa?

Numa curta entrevista à Sic, Passos Coelho foi ainda questionado sobre o que faria de diferente em relação a António Costa. Resposta: “Várias coisas: estaria preocupado com o futuro e não com o presente. Estaria a executar um conjunto de reformas importantes que nos permitiriam daqui a uns anos colher os frutos dessas reformas para crescer mais como estamos a crescer agora graças às reformas que fizemos no passado”.

Neste ponto, o líder do PSD foi mais assertivo na crítica ao Executivo socialista: “O governo não está a acrescentar valor. Está a gerir uma conjuntura que lhe é favorável”.

"O governo não está a acrescentar valor. Está a gerir uma conjuntura que lhe é favorável.”

Pedro Passos Coelho

Presidente do PSD

Passos revelou ainda que faria uma “equilíbrio maior” entre a reposição de rendimentos e o investimento em políticas públicas, “essencialmente na educação, na saúde e no apoio social”.

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Coreia do Norte condiciona Wall Street, tecnológicas sob pressão

Declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros norte-coreano atiraram as bolsas norte-americanas para terreno negativo. Tecnológicas estiveram sob pressão vendedora.

Sessão de aversão ao risco em Wall Street com as notícias em torno da Coreia do Norte a preencher as notícias e a ditar o rumo dos acontecimentos do outro lado do Atlântico. As tecnológicas lideraram as perdas, com o Nasdaq a cair quase 1%.

O índice de referência mundial, o S&P 500, caiu 0,22% para 2.496,66 pontos. Ao mesmo tempo, o industrial Dow Jones cedeu 0,24%. Pior mesmo só o índice tecnológico Nasdaq que recuou 0,88%, com as ações do Facebook a derraparem 3,69% para 1377 dólares.

Isto depois de o ministro dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte ter considerado que o Presidente norte-americano, Donald Trump, declarou guerra ao país e que o Pyongyang tem direito a tomar medidas para se defender, incluindo destruir bombardeiros dos EUA mesmo que não estejam dentro do seu espaço aéreo. O responsável falava na assembleia geral da ONU.

Neste conflito que não foi ainda além das palavras, os investidores quiseram assumir uma abordagem de menor risco, favorecendo ativos mais seguros como o ouro. A onça valoriza 1% para um valor acima dos 1.300 dólares. Noutros mercados, o barril petróleo dispara esta segunda-feira: o WTI soma 2,94% para 52,15 dólares; o Brent ganha quase 4%.

“Não queremos que isto continue, termos uma guerra de palavras quando depois algum erro pode acontecer a qualquer momento”, referiu Jason Ware, analista da Albion Financial, citado pela Reuters.

"Não queremos que isto continue, termos uma guerra de palavras quando depois algum erro pode acontecer a qualquer momento.”

Jason Ware

Analista da Albion Financial

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Que tipo de investidor é? 5 propostas até ao final do ano

Investir pressupõe saber-se que nível de risco se está disposto a assumir. Fique a conhecer que porta abrir no mundo dos investimentos até final do ano, tendo em conta o grau de risco que quer assumir

No universo dos investimentos são muitas as soluções financeiras disponíveis para rentabilizar o dinheiro. Mas nem sempre a escolha é fácil, nem o retorno uma garantia. Antes de investir é necessário saber-se até que ponto se está disponível a ir não só em termos das quantias a aplicar, do período temporal de aplicação, mas também do grau de risco que se está disposto a assumir. É com base na ponderação deste tipo de fatores que se escolhe que portas abrir no universo dos investimentos.

Numa altura em que praticamente todos os portugueses já regressaram ao seu dia-a-dia após as férias do verão, o ECO apresenta-lhe cinco portas no universo dos investimentos que pode abrir consoante a sua postura perante o risco: muito conservador, conservador, equilibrado, agressivo e muito agressivo. Não havendo uma resposta certa para cada perfil de risco ou investidor, há premissas gerais que caracterizam cada um desses segmentos.

Enquanto os investidores muito conservadores tendem a apostar em ativos onde o risco é nulo ou muito próximo disso, preferindo colocar as suas poupanças em depósitos a prazo, os especialistas consideram já fazer sentido dar uma “ligeira piscadela de olho” ao investimento em obrigações.

Nos graus intermédios de exposição, a ordem é para contrabalançar a aposta em ações e obrigações. Quanto maior disposição para assumir riscos, mais elevada deverá ser a exposição ao mercado acionista, enquanto no caso das obrigações a indicação é de passar da dívida investment-grade para passar a incorporar dívida high-yield. No lado oposto, os investidores com posturas muito agressivas perante o risco, o limite é o “céu” no que respeita aos investimentos. Porque não colocar todo o dinheiro em ações ou fundos de ações que apostam em novas tendências, como a robótica ou a segurança digital das pessoas. Descubra qual das portas quer abrir.

Muito conservador – Ações? Não obrigada

Existem diversas aplicações vocacionadas para quem tem nenhuma apetência para o risco. O problema é que a maioria também distribui retornos muito reduzidos. É o caso dos depósitos a prazo. Os últimos dados disponibilizados pelo Banco de Portugal indicam que, em julho, a taxa de juro bruta oferecida nas novas aplicações em depósitos a prazo foi de 0,27%, em média. Ou seja, a remuneração mais baixa de sempre para este tipo de aplicações.

Mas se preferir não prescindir de ter em carteira este tipo de produto, deve aproveitar os “depósitos a prazo promocionais”, tal como recomenda José Costa Leite, gestor de clientes do Banco Carregosa. Esses depósitos tendem a oferecer remunerações mais atrativas face aos restantes, já que são construídos com o objetivo de captar novos clientes ou recursos para as instituições financeiras. Normalmente, têm um prazo inferior a um ano — três meses ou seis meses, por exemplo — e não são renováveis por períodos adicionais.

Juros dos depósitos cada vez mais baixos

Fonte: Banco de Portugal | Valores em %

Em alguns dos depósitos com essas características disponíveis, a taxa de juro oferecida assume valores próximos dos 2%, considerando aplicações de cinco mil euros. É o que acontece, por exemplo com os Depósitos a Prazo Boas-Vindas, do Atlântico Europa, ou o GoBulling Bem-vindo, do Banco Carregosa. Destinam-se apenas a novos clientes, têm um prazo de três meses e pagam uma taxa de juro bruta de 2,5%. Com o mesmo prazo, destacam-se ainda o Depósito Novos Clientes do Banco Best que oferece uma taxa bruta de 2,25%, enquanto o Super Depósito do BiG remunera a um juro de 2%.

Entre as aplicações mais conservadoras, os investidores podem ainda apostar nos seguros de capitalização e PPR, mas não espere retornos muitos elevados. “Dado que este tipo de investimentos tem atualmente uma remuneração bastante baixa, de acordo com os atuais níveis de taxas de juro, o investidor pode complementar a sua carteira adicionando um fundo de investimento de baixo risco mas que no médio e longo prazo pode apresentar um retorno superior às aplicações ‘sem risco'”, defende assim Rui Castro Pacheco, head of asset management do Banco Best.

"De acordo com os atuais níveis de taxas de juro, o investidor pode complementar a sua carteira adicionando um fundo de investimento de baixo risco mas que no médio e longo prazo pode apresentar um retorno superior às aplicações ‘sem risco’.”

Rui Castro Pacheco

Banco Best

O responsável do banco online sugere combinar três fundos de investimento “misturados” numa carteira. “Todos eles são fundos bastante flexíveis que investem apenas em obrigações, mas podem diversificar os seus investimentos, em todos os tipos de obrigações e regiões, utilizando técnicas de gestão para preservar ao máximo o capital investido”, diz Rui Castro Pacheco.

Neste âmbito, o especialista do Banco Best indica a combinação dos seguintes três fundos de investimento. Um deles é o TwentyFour Absolute Return Credit Fund (nível de risco 2, numa escala entre um mínimo de 1 e um máximo de 7) da gestora Vontobel, que no último ano apresentou uma rentabilidade de 2,37%. Indica também o Jupiter Dynamic Bond e o fundo PIMCO Income Fund, ambos com nível de risco 3. No último ano, apresentaram retornos de 1,73% e 5,04%, respetivamente.

Para quem não pretenda aventurar-se na aposta em fundos de investimento, sempre pode colocar as suas poupanças nos produtos do Estado: nomeadamente os Certificados do Tesouro Poupança Mais. Este é um dos produtos sugeridos por José Costa Leite, do Banco Carregosa, que salienta a respetiva “remuneração crescente ao longo de cinco anos”, lembrando no entanto o facto de que “impedem a mobilização antecipada do dinheiro no primeiro ano”. Ou seja, este produto apenas deverá ser incluído em carteira, caso o investidor esteja disponível a prescindir do respetivo valor durante esse prazo.

Em termos de retornos, batem a grande maioria dos depósitos a prazo. No primeiro ano de aplicação, oferece uma remuneração bruta de 1,25%. Esta remuneração sobe ainda mais para horizontes de investimento mais alargados, para atingir uma taxa média de 2,25% nos cinco anos, sendo que nos últimos dois pode ser acrescida de um prémio adicional em função da evolução do PIB real do país.

Conservador — Olhar para as obrigações e “piscar o olho” às ações

Se é conservador, mas está preparado para assumir algum risco, mesmo que ligeiro, os especialistas são consensuais em recomendar privilegiar o investimento em obrigações. Neste âmbito, José Costa Leite sugere a aposta em fundos de obrigações corporativas com rating elevado (investment grade) e de curto prazo. “Esta classe de obrigações apresenta menor volatilidade mas como tem já algum risco, o prémio (remuneração) tende a ser maior que as aplicações de capital garantido”, explica o especialista do Banco Carregosa.

Também no espetro do investimento em obrigações, a recomendação do Banco BiG vai no sentido de colocar o dinheiro em Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV), em específico na linha de OTRV com vencimento em agosto de 2022. “Não se tratando de um investimento com capital garantido, as OTRV são emitidas pelo Estado e permitem beneficiar de taxas mais altas do que a maioria dos depósitos a prazo oferecidos atualmente”, refere Steven Santos. Este produto que é disponibilizado pelo Estado português foi lançado no final de julho passado, mas é negociado no mercado.

Mas os especialistas consideram que os investidores conservadores também já podem dar uma ligeira “piscadela de olho” às ações. “Dado que estamos a falar em investimentos com prazos relativamente alargados, pensamos que já fará algum sentido investir em aplicações ainda mais diversificadas que possam inclusivamente ter alguma componente de ações”, defende Rui Castro Pacheco, direcionando os investidores para fundos de investimento mistos. Ou seja, que conciliam a aposta em obrigações com ações.

"Um perfil conservador deverá focar-se mais na classe de obrigações e expor-se de forma reduzida à classe de ações.”

José Costa Leite

Banco Carregosa

No mesmo sentido vai a recomendação de José Costa Leite. “Um perfil conservador deverá focar-se mais na classe de obrigações e expor-se de forma reduzida à classe de ações”, diz o especialista do Banco Carregosa. Neste âmbito, aconselha a privilegiar fundos de investimento mistos conservadores, com aproximadamente 70% obrigações e 30% ações.

Em termos de produtos concretos, Rui Castro Pacheco sugere três fundos de investimento. Em concreto, o BlackRock Strategic Funds – Managed Index Portfolios Defensive (risco 3), o M&G Optimal Income (risco 3) e o Pimco Dynamic Multi-Asset (risco 4). No que respeita ao fundo da BlackRock, mais de 80% dos ativos estão aplicados obrigações, cabendo às ações uma parcela de cerca de 16% da carteira. Nos últimos 12 meses, este fundo teve uma rentabilidade negativa de 0,62%.

Por sua vez, no produto do M&G o investimento em ações pode ir até um limite de 20% do portfólio, sendo que atualmente a aposta nessa classe de ativos é de menos de 4% do portfólio, cabendo às obrigações 82,88% da carteira. No último ano, este fundo rendeu 5,83%. Já o fundo da PIMCO distribuiu um retorno de 5,74% nos últimos 12 meses, sendo que 86,31% dos ativos estão em obrigações e 19,03% em ações.

Equilibrado — ações e obrigações de igual para igual

As recomendações dos três especialistas coincidem no que respeita ao tipo de produtos financeiros em que este tipo de investidores devem apostar: fundos de investimento mistos. Ou seja, fundos em que as obrigações e as ações surgem numa proporção semelhante (50%-50%), mas onde também há espaço para a tesouraria. “Por ser um investimento amplamente diversificado, poderá esperar-se volatilidade inferior à que ocorreria se se comprasse um fundo exclusivamente de ações ou de obrigações”, explica Steven santos.

"Por ser um investimento amplamente diversificado [fundos mistos], poderá esperar-se volatilidade inferior à que ocorreria se se comprasse um fundo exclusivamente de ações ou de obrigações.”

Steven Santos

Banco BiG

Neste âmbito, José Costa leite sugere diversificar as aplicações entre fundos de ações global e fundos de obrigações investment grade. A aposta na categoria de ações globais é menos arriscada do que uma aposta em ações de uma determinada região ou setor específico, enquanto a escolha de obrigações investment grade — ou seja de qualidade elevada — também oferece mais segurança do que a dívida de inferior qualidade.

Para este tipo de perfil de investidor, Rui Castro Pacheco sugere três fundos de investimento: o BlackRock Strategic Fund – Management Index Portfolios Moderate, o Aberdeen Global – Multi Asset Growth e o M&G Dynamic Allocation. Relativamente ao primeiro fundo, o respetivo investimento está distribuído da seguinte forma: 52,05% em ações, 42,57% em obrigações e 6,11% em liquidez. Nos últimos 12 meses o retorno deste fundo que tem um grau de risco 4 foi de 4,35%.

Já o produto da gestora Aberdeen (risco 4) está distribuído da seguinte forma: 33,32% em ações, 24,789% em obrigações, 9,9% em liquidez, enquanto os restantes 31,89% estão em outras classes de ativos. Em termos de retorno, este ascendeu a 7,54% no último ano. Por sua vez, no caso do fundo da M&G, a liquidez concentra a maior proporção dos ativos — 52,41% –, cabendo 36,92% ao investimento em ações e 4,01% em títulos de dívida.

Agressivo — Começar a ser dominado pelas ações

Mais risco? Mais ações. Tirar partido do mercado acionista é a principal prioridade para investidores agressivos. Esta aposta tanto pode ser feita diretamente em ações como através de fundos de investimento. José Castro Leite sugere investir em fundos mistos agressivos, com uma exposição de 70% a ações e 30% em obrigações. Outra alternativa será diversificar o investimento entre fundos de ações globais e fundos de obrigações que apostam em dívida com classificação de investment grade, high yield, ou de mercados emergentes.

Já Steven Santos, relativamente ao mercado acionista recomenda privilegiar o investimento em títulos dos setores do consumo ou dos cuidados de saúde. “Preferimos o setor do consumo, devido aos sinais de crescimento económico e de maior poder de compra na Europa, e de cuidados de saúde, devido ao seu potencial de inovação nos tratamentos terapêuticos e à possibilidade de ocorrer consolidação e aumento da dimensão dos operadores através de fusões e aquisições“, explica o gestor do BiG.

Numa aposta em que as ações são o investimento privilegiado, O Banco Best dá o exemplo de três fundos de investimento que se podem indicar a investidores com alguma apetência para assumir risco. Especificamente, o BlackRock Strategic Funds – Managed Index Portfolios Growth, o AXA World Funds – Global Optimal Income e o UBS Strategy Fund – Growth. Os dois primeiros têm um grau de risco 5, tendo rendido no último ano 7,9% e 15,63%, respetivamente. No último caso, o risco é mais baixo – 4 -, sendo que o respetivo retorno foi de 12,27% no mesmo período.

Muito agressivo — Escancarar a porta às ações

Os investidores com maior predisposição para assumir riscos estão dispostos a abrir todas as portas no que sentido de maximizar os retornos dos seus investimentos. “Para investidores com perfil de risco muito agressivo, pensamos que faz algum sentido incluir fundos de investimento que estejam 100% investidos nos mercados acionistas, já que as ações são o ativo que, historicamente e numa ótica de longo prazo, tem maiores retornos”, Rui Castro Pacheco.

Uma opinião partilhada por José Costa Leite que, para além de sugerir investir em fundos de ações de economias desenvolvidas e emergentes, coloca em cima da mesa a possibilidade de uma aposta em fundos de obrigações high yield e de mercados emergentes. Ou seja, de dívida a que está associado um elevado nível de risco, mas em que o potencial de ganhos também é mais alto.

Para uma aposta que privilegia o investimento em ações, Rui Castro Pacheco sugere diversos fundos, alguns deles mais arrojados. Dois são fundos de ações globais: o Capital Group New Perspective e o BNY Mellon Global Equity Income. Ambos apresentam um grau de risco, sendo que o primeiro apresenta um retorno de 10,73% no último ano, enquanto no segundo caso a rentabilidade no mesmo período é de 2,25%.

Propõe ainda tirar partido de algumas tendências, como os fundos Pictet Robotic (risco 5) e AXA Framlington Robotech (risco 5), que apostam em ações de empresas dedicadas ao tema da robótica. O primeiro apresenta um retorno de 21,59% nos últimos 12 meses. Outra sugestão recai sobre o fundo Pictet Security, cujo foco de investimento são empresas que se dedicam à segurança física e digital de pessoas, informação e infraestruturas. É-lhe atribuído um risco de 5, tendo o seu retorno ascendido a 5,39% no último ano.

A sugestão do BiG vai no sentido de uma aposta alavancada através do investimento em CFD. “Para perfis mais ativos ou agressivos, os CFD permitem investir sem dispor da totalidade do capital, isto é, são instrumentos alavancados. Para a negociação de curto prazo, os CFD são um dos instrumentos financeiros mais eficientes, permitindo negociar quer as subidas, quer as descidas de preço do mercado e ter acesso a diversos ativos subjacentes, como as ações, os índices acionistas, as matérias-primas e os pares cambiais”, explica.

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Marcelo reconhece aproximação fomentada por José Eduardo dos Santos

  • Lusa
  • 25 Setembro 2017

Marcelo Rebelo de Sousa diz que mesmo com divergências pontuais, José Eduardo dos Santos aproximou os dois países. Defende que é preciso "levar mais longe a fraternidade entre os dois povos".

O Presidente da República português destacou, em Luanda, a “aproximação” entre Portugal e Angola fomentada por José Eduardo dos Santos ao longo de 38 anos como chefe de Estado angolano, mesmo com divergências pontuais.

Marcelo Rebelo de Sousa chegou ao início da manhã a Luanda onde, na terça-feira, assiste à investidura de João Lourenço como novo Presidente angolano, tendo sido recebido durante a tarde, no palácio presidencial, por José Eduardo dos Santos, que se despede das mesmas funções.

“Foi um encontro de uma amizade, que é a amizade do povo português pelo povo angolano e do povo angolano pelo povo português, e em que não podemos esquecer o facto de que todos os presidentes eleitos democraticamente em Portugal conviveram com o Presidente José Eduardo dos Santos”, sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente português falava na Escola Portuguesa de Luanda – que visitou logo após ter sido recebido por José Eduardo dos Santos -, numa receção apoteótica e que o levou a tirar dezenas de fotografias e ‘selfies’ com eufóricos estudantes angolanos e portugueses, terminando com uma improvisada partida de basquetebol e com Marcelo Rebelo de Sousa a alinhar numa das equipas da escola.

Sobre as relações entre os dois países, tema abordado pelos jornalistas a cada paragem, num momento em que decorrem na justiça portuguesa vários processos contra dirigentes angolanos, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que, ao longo dos últimos anos, Angola e Portugal construíram “um conhecimento recíproco”, com a “preocupação fundamental” de “levar mais longe a fraternidade entre os dois povos”.

“E isso é o que conta, para além dos episódios do momento, é essa a linha fundamental”, enfatizou.

Recordando os vários presidentes portugueses que se relacionaram, em funções, com José Eduardo dos Santos, Marcelo Rabelo de Sousa afirma que ouviu “testemunhos” em que “é possível encontrar vários momentos da história comum passos de convergência e de aproximação que no essencial respeitaram esta ideia: Dois povos que são irmãos”.

“Depois, como acontece em todas as famílias, há momentos em que há, digamos assim, pontos que não são tão importantes, de divergência, de dissonância. Mas isso acontece nas famílias e no entanto as famílias não deixam de ser famílias no essencial”, acrescentou.

Depois de um mergulho no Atlântico, junto à ilha de Luanda, pela manhã, cujas fotografias têm sido comentadas e partilhadas nas redes sociais pelos angolanos, o chefe de Estado português fecha o dia com uma aula na Universidade Agostinho Neto, onde foi professor.

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CGTP diz que programa dos precários do Estado “é opaco”

  • Lusa
  • 25 Setembro 2017

Arménio Carlos fala de "uma situação de opacidade e de estagnação" e exigiu ao Governo que disponibilize "de imediato" as listas elaboradas pelos serviços com os trabalhadores em causa.

O líder da CGTP considerou hoje que a regularização dos precários do Estado transformou-se num processo opaco, onde é omitida informação aos sindicatos, e exigiu ao Governo que disponibilize “de imediato” as listas elaboradas pelos serviços com os trabalhadores em causa.

Em conferência de imprensa na sede da CGTP, o secretário-geral da intersindical, Arménio Carlos, considerou “positivo” o início do processo de regularização dos precários do Estado (PREVPAP), mas defendeu que “o compromisso assumido pelo Governo deve ser cumprido e não subvertido” nem criar “frustrações nas legítimas expetativas” dos trabalhadores.

“Este processo está claramente numa situação que não merece o nosso apoio”, sublinhou Arménio Carlos, acrescentando que o facto de o Governo “insistir em não distribuir listas com todos os trabalhadores com vínculos precários ligados a serviços, órgãos e empresas do setor empresarial do Estado, em vez de ajudar à clarificação e à celeridade do processo, o que levou foi a um retrocesso, a uma situação de opacidade e de estagnação”.

Segundo disse o líder da CGTP, as listas com os trabalhadores precários deviam ter sido entregues a 11 de agosto e, embora a intersindical as tenha solicitado várias vezes, o Governo respondeu com “silêncio”.

“Estamos perante um problema que não só está a atrasar a resolução de um conjunto vasto de situações postas pelos trabalhadores como está a originar um clima de desconfiança e de funcionamento opaco das comissões” de avaliação bipartida (CAB), que analisam os requerimentos dos trabalhadores, afirmou.

Sobre as CAB, Arménio Carlos denunciou o “funcionamento burocrático, pouco transparente e que desvaloriza, por norma, os sindicatos, condicionando a informação ou limitando o acesso a toda a informação”. O secretário-geral da CGTP defendeu que as CAB “não podem ter como função a complicação, mas a simplificação”, e deve seguir-se neste processo “o princípio do Simplex”.

Considerou ainda que há “restrições” desde o início do processo, nomeadamente “no acesso pelos representantes sindicais à informação concreta apresentada nos requerimentos pelos trabalhadores”. “Enquanto os serviços tinham acesso direto aos requerimentos, aos sindicatos o acesso era condicionado”, contou o líder da CGTP.

“Não se pode estar a trabalhar numa comissão sem ter acesso a toda a informação, incluindo aquela a que o Governo se comprometeu a distribuir”, adiantou. Arménio Carlos destacou ainda a “enormíssima discrepância” entre os dados do relatório do Governo, que apontavam para a existência de cerca de 100 mil trabalhadores precários, com o número de requerimentos entregues, da ordem dos 30 mil.

A proposta de lei do Governo que está no Parlamento “tem de ser melhorada”, sublinhou o líder da intersindical, defendendo que o horário completo deve deixar de ser uma condição para a regularização e que deve ser assegurado que ninguém ficará a perder remuneração com a entrada nos quadros.

Segundo o dirigente da intersindical, os sindicatos da CGTP “não vão ficar parados” e a central sindical já solicitou uma nova reunião ao ministro do Trabalho, Vieira da Silva, para abordar o tema e irá dar “nova enfase à campanha nacional contra a precariedade” com “ideias” que serão anunciadas dia 10 de outubro.

O diploma sobre o PREVPAP está no Parlamento e será votado na especialidade dia 03 de outubro, estando prevista a votação final para a sexta-feira seguinte. O PS, o Bloco de Esquerda e o PCP apresentaram propostas de alteração. O diploma deverá entrar em vigor em janeiro de 2018.

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Vizela abdicou das flores nos jardins para pagar as dívidas

  • Margarida Peixoto
  • 25 Setembro 2017

Já não há flores de época praticamente em nenhum jardim de Vizela. Esta foi apenas uma das medidas adotadas pela câmara para cumprir o plano de ajustamento a que estava sujeita.

Acabaram-se as flores de época em quase todos os jardins, as agendas das reuniões da câmara passaram a formato digital, os computadores deixaram de ficar em stand-by durante a noite. Os carros do município passaram a ter cartões de consumo de combustível atribuídos e o mercado municipal passou a ser iluminado com LED. Em matéria de medidas de contenção de custos a câmara municipal de Vizela poderia dar lições à administração central.

Em agosto, Vizela tornou-se mais um dos 62 municípios a cumprir o limite de endividamento e a ver o Programa de Apoio à Economia Local (PAEL) — uma espécie de programa de ajustamento para as autarquias — suspenso.

Estas foram apenas algumas das medidas que permitiram à autarquia reequilibrar as contas e reduzir significativamente as dívidas a fornecedores. Mas há mais: ao contrário do que acontece no exercício de revisão de despesa que a administração central está a levar a cabo, identificar as medidas concretas de poupança que Vizela está a implementar não é difícil. Os relatórios de execução do plano de ajustamento financeiro da autarquia, publicados no site do município, descrevem com algum detalhe o caminho percorrido para baixar o endividamento.

A história da recuperação financeira de Vizela começa em 2012, quando a autarquia, sobre-endividada e em situação de desequilíbrio financeiro estrutural, recorreu ao PAEL — um regime excecional e transitório de concessão de crédito aos municípios para a regularização dos pagamentos em atraso. Contudo, para aceder ao Programa, as câmaras tiveram de se comprometer com um plano de ajustamento financeiro, uma espécie de programa de austeridade. Isto é, tiveram de encontrar poupanças em várias rubricas de despesa que permitissem assegurar que as dívidas em atraso não se voltariam a acumular.

Vizela obteve o visto prévio do Tribunal de Contas a 6 de outubro de 2014. Para recorrer ao PAEL, a autarquia fez um levantamento da sua dívida total e, dentro deste valor, do montante dos pagamentos em atraso (ou seja, por liquidar há mais de 90 dias). A comparação do antes e depois do PAEL é esclarecedora do caminho feito. O gráfico seguinte compara as dívidas registadas em março de 2012, com as existentes a 24 de maio de 2017. Clicando sobre a legenda pode selecionar apenas um dos períodos.

Antes e depois

Valores de março de 2012 e de 24 de maio de 2017. Fonte: CM Vizela

Entretanto, esta foi a evolução verificada nos pagamentos em atraso da administração central e hospitais-empresa. O “antes” corresponde a julho de 2012, o “depois” é referente a julho de 2017.

Fonte: DGO

Fazendo um zoom para os últimos dois anos da evolução dos pagamentos em atraso na saúde, verifica-se que a pressão ainda não está eliminada.

Pagamentos em atraso na Saúde

Fonte: DGO

Como é que Vizela conseguiu?

A julgar pelo último relatório da execução do Plano de Ajustamento Financeiro, houve duas medidas que a autarquia não dá por concluídas: a “redução/contenção/racionalização da despesa municipal com pessoal” e a “redução/contenção/racionalização da despesa municipal com aquisição de bens e serviços correntes e de capital.” Para ambas as medidas citam-se documentos previsionais aprovados em assembleia municipal, mas são dadas como “não implementadas.”

Pelo contrário, o que a autarquia conseguiu fazer foi a fixação das taxas máximas do IMI — que, desde a suspensão do PAEL, até já foram novamente reduzidas — a fixação da taxa máxima da derrama, a venda de património e a redução, contenção, e racionalização da despesa municipal com transferências correntes e de capital.

O documento oferece uma descrição detalhada de todas as pequenas iniciativas de poupança, aplicadas em áreas diversas, desde o associativismo à cultura, desporto, turismo, aprovisionamento ou relações públicas, por exemplo.

Quais foram as outras autarquias a sair do PAEL?

Vizela não foi a única câmara a sair do PAEL. Houve outras 61. Aqui fica a lista completa:

  1. Alenquer
  2. Alijó
  3. Aljustrel
  4. Alvaiázere
  5. Ansião
  6. Armamar
  7. Arruda dos Vinhos
  8. Borba
  9. Calheta (Madeira)
  10. Câmara de Lobos
  11. Caminha
  12. Chamusca
  13. Espinho
  14. Estremoz
  15. Ferreira do Alentejo
  16. Funchal
  17. Gouveia
  18. Ílhavo
  19. Lagos
  20. Lourinha
  21. Lousã
  22. Melgaço
  23. Miranda do Douro
  24. Moimenta da Beira
  25. Monforte
  26. Nelas
  27. Óbidos
  28. Olhão
  29. Oliveira de Azeméis
  30. Oliveira de Frades
  31. Ourém
  32. Paredes
  33. Paredes de Coura
  34. Penafiel
  35. Penela
  36. Peniche
  37. Ponte da Barca
  38. Póvoa de Varzim
  39. Praia da Vitória
  40. Ribeira Grande
  41. Rio Maior
  42. Santa Cruz
  43. Santa Maria da Feira
  44. São Pedro do Sul
  45. Sardoal
  46. Sertã
  47. Sesimbra
  48. Sobral de Monte Agraço
  49. Soure
  50. Tábua
  51. Torres Novas
  52. Trancoso
  53. Vagos
  54. Vale de Cambra
  55. Valença
  56. Valongo
  57. Valpaços
  58. Viana do Castelo
  59. Vila Nova da Barquinha
  60. Vila Nova de Paiva
  61. Vila Verde
  62. Vizela

 

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Fim dos estímulos? Sim, mas Draghi estará preparado para quaisquer eventualidades

  • ECO
  • 25 Setembro 2017

Mario Draghi avisou que o BCE não se vai precipitar na retirada dos estímulos monetários na Zona Euro para não colocar em perigo a retoma da economia.

O Banco Central Europeu (BCE) vai manter os estímulos que forem necessários à economia assim que decidir nos próximos meses uma retirada gradual do programa de compra de dívida pública na Zona Euro, disse esta segunda-feira Mario Draghi, alertando para a necessidade de não precipitar uma tomada de decisão que coloque em causa a retoma económica na região.

“Temos de ser sensíveis em relação ao perigo de travar uma recuperação através de uma tomada de decisão política monetária apressada”, alertou o presidente do BCE diante dos eurodeputados, no Parlamento Europeu, em Bruxelas.

Qualquer alteração no plano de estímulos vai manter um “grau de apoio monetário que a economia da Zona Euro ainda precisa para completar a sua transição para completar a sua transição para uma nova trajetória de crescimento equilibrada, caracterizada por sustentadas condições de estabilidade de preço”, assegurou ainda o responsável italiano citado pela agência Bloomberg.

"Temos de ser sensíveis em relação ao perigo de travar uma recuperação através de uma tomada de decisão política monetária apressada.”

Mario Draghi

Presidente do BCE

A Zona Euro apresentou o crescimento mais rápido dos últimos sete anos, numa altura em que inflação se encaminha dos objetivos previstos pela entidade financeira. Uma atualização em relação ao índice de preços Zona Euro será dada a conhecer na próxima sexta-feira. As previsões apontam para uma aceleração ligeira dos preços junto do consumidor de 1,6% em setembro.

Draghi referiu que está cada vez mais confiante de que a inflação chegará aos níveis esperados, mas que o alívio dos estímulos do banco central deve ser feito de forma gradual. O banco central pretende atingir uma inflação um pouco abaixo dos 2%. Porém, tal patamar não será atingido, pelo menos, até finais de 2019, segundo as estimativas da Bloomberg.

O BCE tem nova reunião de política monetária agendada para o dia 26 de outubro, dia em que deverá anunciar a decisão sobre o futuro do programa de compras de ativos para 2018.

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