Patris pode regressar à corrida na venda do Banco Efisa

  • ECO
  • 13 Setembro 2017

A boutique financeira perdeu o concurso em 2015, mas diz estar disponível para voltar a analisar a compra do Banco Efisa. Governo já deu o 'ok' à Parparticipadas para tentar novamente alienar o banco.

O Governo reabriu o processo de privatização do Banco Efisa. E a Patris, que perdeu o concurso há dois anos, pode voltar a analisar esta operação. Isto depois de a venda do banco à Pivot, empresa detida pela Aethel Partners e Miguel Relvas, ter falhado em abril.

“A Patris está interessada no Efisa desde 2011. Não foi ainda contactada, mas, quando for, irá analisar e logo se decide se mantém ou não o interesse“, afirma a boutique financeira ao Jornal de Negócios (acesso pago). A Patris, que ficou com vários ativos do BPN, como foi o caso da corretora Fincor e a seguradora Real Vida, não adiantou mais detalhes.

Como noticiou o Jornal Económico, o secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, deu luz verde à Parparticipadas para tentar novamente alienar a instituição financeira. Uma informação confirmada pelo presidente da Parvalorem, Bruno Castro Henrique. O Estado vendeu o banco Efisa à Pivot, mas o processo estava pendente da aprovação do Banco Central Europeu (BCE). Ora, o prazo para a conclusão desta aprovação chegou ao fim sem que o BCE se tenha pronunciado e a venda falhou.

Em abril, a CMVM explicou que “a caducidade do contrato resultou de ter terminado o prazo, contratualmente previsto, para a verificação da condição de não oposição do BCE à transação”.

A Pivot, detida por Ricardo Santos Silva e Aba Schubert, e que conta com Miguel Relvas como acionista, ia pagar cerca de 38 milhões de euros à entidade pública pelo antigo banco de investimento do BPN. A empresa tem ainda como um dos seus grandes acionistas a Aethel, que chegou a apresentar ao Governo uma carta de intenções para comprar o Novo Banco.

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Franceses do Grupo Keys compram Lx Factory

  • ECO
  • 13 Setembro 2017

O Grupo Keys, que investe em imobiliário comercial, comprou o Lx Factory, em Alcântara, à sociedade portuguesa Mainside. A compra foi concluída nos últimos meses, mas não se sabe quanto terá custado.

O Lx Factory foi vendido. O espaço cultural e empresarial na zona de Alcântara, Lisboa, foi comprado pela Keys Asset Management à sociedade portuguesa Mainside, que é também dona de espaços como a Pensão Amor, no Cais do Sodré. A operação foi concluída nos últimos meses, mas não se sabe quanto terá custado ao grupo francês que investe em imobiliário comercial.

O Jornal de Negócios (acesso pago) avança que a venda do Lx Factory aos franceses do grupo Keys não vai alterar o conceito do empreendimento. A empresa liderada por Pierre Mattei e Cyril Garreau comprou a Catumbel, empresa da Mainside que detém o Lx Factory, não pelos terrenos mas pela rentabilidade do conceito que já existe. Por isso, continuará a ser usado enquanto espaço para empresas, serviços e restaurantes, não dando, por isso, lugar a um novo empreendimento imobiliário. Questionadas pelo Negócios, nenhuma das empresas revelou qual terá sido o valor da transação.

Mas haverá algumas mudanças. A Keys vai avançar com a requalificação de alguns edifícios e com o aumento da oferta, diz o Negócios. Na prática, haverá espaço para acolher mais empresas, para além das cerca de 200 que já estão no Lx Factory. O exterior também será alvo de obras, nomeadamente os arruamentos, com uma melhoria da organização do trânsito automóvel. Vai, para além disso, apostar no aluguer de instalações para a realização de eventos.

A compra contou com o apoio de seis advisors, incluindo a Dif Brokers na vertente financeira e a sociedade de advogados PBBR. “A equipa da PBBR foi liderada por Pedro Pinto, sócio fundador e responsável pela área de prática de Direito Imobiliário, com a intervenção de uma equipa multidisciplinar, na qual participaram, entre outros, os sócios Alexandre Jardim, Sofia Sousinha e Tânia Osório e as associadas Patrícia Costa Gomes e Isabel Brazão de Castro”, de acordo com a firma.

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Furacão Irma provoca pelo menos 12 mortos na Florida

  • Lusa
  • 13 Setembro 2017

Número definitivo de vítimas naquele estado ainda pode aumentar. Furacão mais forte de sempre no Atlântico originou ainda três mortes no estado da Geórgia, quatro na Carolina do Sul e 37 nas Caraíbas.

Pelo menos 12 pessoas morreram no estado norte-americano da Florida devido à passagem do furacão Irma pela zona nos últimos dias, elevando o número de vítimas para 19 no país, informou esta quarta-feira o gabinete do governador Rick Scott.

Os últimos números divulgados pelos meios locais na Florida davam conta de sete mortos, e que não figuram na lista de 12 pessoas facilitada pelo gabinete do governador, pelo que o número definitivo de vítimas naquele estado ainda pode aumentar.

Destes 12 casos mortais relacionados com o Irma, seis deveram-se a acidentes rodoviários devido ao mau tempo, quatro pessoas morreram enquanto se preparavam para a chegada do furacão, um eletrocutado e o último de um ataque de coração enquanto tentava ligar um gerador elétrico, descreve a agência noticiosa Efe.

Estas mortes somam-se às três confirmadas no estado da Geórgia, às quatro na Carolina do Sul e às 37 nas Caraíbas, onde o Irma chegou a alcançar a categoria cinco, a máxima da escala Saffir Simpson.

O Irma, qualificado pela Organização Mundial de Meteorologia como o furacão mais forte de sempre no Atlântico, voltou a enfraquecer nas últimas horas e está agora classificado como depressão tropical, avançando na direção noroeste.

Cerca de 6,2 milhões de residentes na Florida continuam sem eletricidade.

Em muitas ilhas das Caraíbas, milhares de pessoas continuam igualmente sem eletricidade e, no caso da ilha franco holandesa de São Martinho (Saint Martin/Sint Maarten), também sem água corrente.

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Portugal entre os países com maior crescimento do emprego

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 13 Setembro 2017

Em comparação homóloga, é o segundo país da tabela. Em cadeia, ocupa a quinta posição, avançam os dado do Eurostat publicados esta quarta-feira.

Portugal faz parte do grupo de países com maior crescimento do emprego no segundo trimestre do ano. Dados do Eurostat baseados nas contas nacionais indicam que, por cá, o emprego avançou 3,6% face ao mesmo período do ano anterior. É o segundo valor mais elevado entre os 26 países para os quais há dados atualizados. Malta assume a liderança, com 4,7%.

Em comparação trimestral, com os dados ajustados de sazonalidade, o emprego avançou 0,7%. Neste caso, há um grupo mais abrangente de países a registar avanços mais significativos, ainda que Portugal ocupe a quinta posição em conjunto com a Eslovénia. No topo da tabela estão Malta (1%), Espanha (0,9%), Grécia e Polónia (0,8%).

Portugal ultrapassa assim a média europeia. Em comparação homóloga, o emprego cresceu 1,5% na União Europeia e 1,6% na zona euro. Em cadeia, avançou 0,4% em ambos os casos.

As estimativas do Eurostat publicadas esta quarta-feira apontam para 235,4 milhões de de empregados na UE (155,6 milhões na zona euro) entre abril e junho.

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Sindicato dos enfermeiros e ministro não conseguiram chegar a um acordo

  • ECO
  • 13 Setembro 2017

Governo não marcou faltas a enfermeiros especialistas que entregaram cédulas na semana-passada. Reunião entre ministro e sindicato termina sem conclusões.

Ainda em clima de greve, os enfermeiros queixam-se de disparidades em relação aos demais colegas. O Governo não aplicou faltas injustificadas aos enfermeiros especialistas que se mantêm em greve desde o mês de julho. Contrariamente, aqueles que iniciaram a greve esta segunda-feira foram penalizados.

Bruno Reis, porta-voz do movimento Enfermeiros Especialistas em Saúde Materna e Obstetrícia (EESMO) avançou ao Diário de Notícias que os enfermeiros especializados que entregaram na semana passada as cédulas que lhes permitiam exercer cuidados especializados e que já se encontravam em greve desde julho não tiveram faltas injustificadas. Algo que não se verificou com os especialistas que iniciaram a greve esta segunda-feira, que se viram alvo de marcações de faltas injustificadas por parte do Governo, em algumas unidades na zona sul do país.

Esta informação foi ainda confirmada por José Azevedo, presidente do Sindicato dos Enfermeiros. “No Hospital Santa Maria, por exemplo, marcaram e desmarcaram as faltas. Aqueles que não tirarem as faltas injustificadas aos enfermeiros vão ter de o fazer porque se trata de uma ilegalidade“, disse. O sindicato acusou o Governo de ser “legislador em causa própria” e ficou no ar a promessa de “uma greve mais demolidora caso não sejam retiradas as faltas”.

O porta-voz do EESMO adiantou que tem havido “ameaças que não são concretizadas” aos profissionais de saúde. Recorde-se que o protesto dos enfermeiros especialistas já vem a acontecer desde julho, uma luta que dura há oito anos para verem reconhecido o título de especialista com o devido ajuste financeiro.

Esta terça-feira o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) e o ministro da Saúde reuniram-se na tentativa de chegar a um acordo, no entanto, o encontro terminou sem quaisquer conclusões.

Para esta quinta-feira está marcada uma nova reunião de negociações. “Houve propostas e contrapropostas nesta discussão e a reunião foi inconclusiva e foi suspensa e continua na quinta-feira”, disse José Carlos Martins, presidente do SEP.

Esta quarta-feira é o terceiro dia de protestos, numa forte greve marcada pelo Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem (SIPE), que lutam por uma proposta de atualização dos salários e de integração da categoria de especialista na carreira. Irá decorrer até às 24h00 de sexta-feira e a adesão ronda os 80%.

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EDP contesta intenção do Governo de travar produção eólica adicional a preço garantido

  • Lusa
  • 13 Setembro 2017

A EDP contestou formalmente a intenção do Governo limitar a autorização dada às centrais eólicas para produzir mais energia a um preço de venda garantido. Foi a única.

A EDP reclamou ao Governo da intenção de limitar a autorização dada às centrais eólicas para produzir mais energia a um preço de venda garantido, que passará a ter que ser avaliada pelo regulador do setor.

Em causa está o despacho 7087/2017, publicado em 14 de agosto, que determina que nos procedimentos para autorização do sobreequipamento de centros eletroprodutores [eólicos], isto é, para aumento de produção, a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) tem de consultar a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) sobre os impactos para a tarifa da autorização relativa ao sobreequipamento em causa, sendo que “só deve ser autorizada desde que não tenha efeitos negativos para o Sistema Elétrico Nacional”.

Fonte oficial da secretaria de Estado da Energia confirmou à agência Lusa a entrada da reclamação do grupo liderado por António Mexia no gabinete do secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, ao despacho publicado em meados de agosto, sem adiantar os fundamentos da reclamação administrativa da EDP, que foi a única produtora eólica a manifestar-se formalmente contra a intenção do Governo.

Contactada pela Lusa, a EDP não quis comentar a reclamação apresentada.

Segundo o Observador, o sobrecusto – que se reflete nas tarifas – resultante destas autorizações de potência adicional terá rondado os 50 milhões de euros no ano passado. Em 2016, entraram mais 62.969 kW (kilowatt), o triplo da quantidade adicional autorizada em 2015, noticiou o jornal em 14 de agosto.

No referido despacho, o Governo solicita ainda à DGEG a apresentação de uma proposta, no prazo de 60 dias, de revisão da legislação em vigor, que permite agora que, através de um procedimento administrativo, a energia adicional produzida nas centrais eólicas seja injetada na rede elétrica e remunerada em regime especial, com uma tarifa fixa de 60 euros Megawatt/hora (MWh), acima do preço do mercado, sendo esse diferencial pago pelo consumidor.

No despacho de 14 de agosto, o Governo reforça a prioridade de “redução do preço da eletricidade, do défice tarifário, e dos encargos com os sobrecustos futuros”.

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EDP acelera quase 2% e dá fôlego à bolsa nacional

  • Rita Atalaia
  • 13 Setembro 2017

EDP e EDP Renováveis abriram a sessão a cair. Perdas que foram rapidamente invertidas e devolveram os ganhos à praça portuguesa. A energética liderada por António Mexia sobe quase 2%.

Depois de três sessões no verde, a bolsa nacional regressou às perdas na abertura. Mas esta tendência foi rapidamente invertida, acompanhando a recuperação do grupo EDP. A energética liderada por António Mexia sobe quase 2%. Os ganhos no setor energético deram um novo ânimo à bolsa portuguesa, no dia em que Portugal regressa aos mercados.

O índice de referência nacional abriu a ceder 0,09%, mas já inverteu. A praça portuguesa está a acelerar agora perto de 0,5% para 5.163,32 pontos. Uma recuperação que se deve ao grupo EDP, depois de ter sido avançado novamente que a Gas Natural abordou a maior acionista da EDP para uma possível fusão. A energética liderada por António Mexia está a subir 1,66% para 3,38 euros, enquanto a EDP Renováveis acelera 1,08% para 7,1 euros. Ainda no setor, a Galp Energia recua agora 0,25%, apesar da recuperação dos preços do petróleo nos mercados internacionais.

PSI-20 sobe pela quarta sessão consecutiva

A Mota-Engil acelera 0,93%, depois de ter confirmado que chegou a acordo com Ministério da Saúde, Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Costa do Marfim e assinou dois contratos no valor de 320 milhões de euros.

O BCP, que arrancou a sessão a avançar 0,48%, acabou por ceder os ganhos durante a manhã. O banco liderado por Nuno Amado recua 0,24% para 20,99 cêntimos. “A tendência do BCP deverá moldar o curso da sessão nacional. Após a forte subida de ontem a questão central da bolsa nacional é saber se esta valorização sinaliza uma inversão na tendência descendente dos últimos meses ou se se trata apenas de uma recuperação técnica”, afirmam os analistas do BPI, no Diário de Bolsa.

O dia é marcado pelo regresso de Portugal aos mercados. O Tesouro português pretende colocar até mil milhões de euros em obrigações do Tesouro a dez anos. A última vez que Portugal foi ao mercado buscar financiamento nesta maturidade foi há cerca de dois meses, a 12 de julho. Esta colocação surge num contexto mais vantajoso, marcado pelo alívio das yields portuguesas no mercado secundário. No final da semana passada, a taxa a dez anos chegou a recuar abaixo do 2,75%.

(Notícia atualizada às 9h37 com novas cotações)

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Gas Natural já abordou António Costa sobre fusão com EDP

A Gas Natural quer reforçar a sua presença europeia e está a olhar para a EDP. A companhia espanhola já abordou os acionistas chineses, mas também esteve em Lisboa para falar com António Costa.

A Gas Natural está à procura de um parceiro para criar um gigante ibérico. Uma das alternativas é a elétrica portuguesa EDP. Isidro Fainé, presidente da empresa espanhola, contactou o maior acionista da EDP, a China Three Gorges, numa viagem à China, numa tentativa de perceber que opções tem em cima da mesa, revelou esta quarta-feira o Expansión. Mas não só. O ECO sabe que Fainé esteve em Lisboa, há algumas semanas, para um encontro com António Costa. O objetivo foi convencer o governo português das virtudes de uma fusão entre as duas companhias.

A EDP é a mais forte oportunidade para o crescimento da Gas Natural e, por isso, Isidro Fainé — há um ano como presidente da empresa — está há meses a avaliar esta oportunidade. Em julho, foi avançada a possibilidade de uma fusão entre as duas empresas, mas ambas as empresas negaram os rumores. À data, o ECO confirmou os contactos. Também agora, contactada, a Gas Natural Fenosa rejeita a existência de contactos tendo em vista uma fusão. E a EDP também não fez comentários.

Mais recentemente, o líder da empresa espanhola, que é controlada pelo grupo La Caixa (dono do BPI), esteve, então, em Lisboa e trouxe uma proposta para responder aos previsíveis obstáculos políticos de uma fusão que seria, na prática, uma absorção da EDP. Segundo apurou o ECO, com a intervenção direta de Artur Santos Silva, Fainé encontrou-se com o primeiro-ministro e propôs que, após a fusão, a sede da EDP Renováveis, agora em Madrid, passasse para Lisboa, enquanto a sede da nova empresa fusionada assentaria arraiais em Barcelona, e com um presidente executivo português no primeiro mandato. António Mexia é, claro, o nome que está em cima da mesa. E, segundo o ECO apurou, o gestor vê esta operação com bons olhos.

Oficialmente, não há comentários. António Costa não terá assumido qualquer posição em relação ao negócio, até porque a EDP é hoje privada e tem pelo menos dois acionistas de relevo: os chineses da China Three Gorges e o fundo americano Capital Group.

Esta quarta-feira, o jornal Expansión (conteúdo em espanhol) avançou que Isidro Fainé já teve reuniões com os chineses, um acionista que será mais difícil de convencer do que o americano. A CTG entrou na EDP para fazer, a partir de Portugal, o centro de uma empresa internacional, particularmente na área das renováveis.

O ECO sabe também que os máximos responsáveis da CTG estiveram em Lisboa há duas semanas, para encontros com o primeiro-ministro e também com o Presidente da República. A questão do negócio com a Gas Natural dominou os encontros, mas também a renegociação dos chamados CMEC, as rendas consideradas excessivas que garantem os preços da EDP.

O que resultaria de uma fusão (leia-se absorção) das duas companhias? A empresa que resultar da fusão entre EDP e Gas Natural pode fixar uma avaliação de mercado de cerca de 31 mil milhões de euros, saltando diretamente para o quarto posto entre as maiores utilities do Velho Continente, de acordo com a soma das atuais capitalizações das duas empresas. Ficaria à frente da francesa EDF, cujo valor de mercado está nos 27,6 mil milhões de euros.

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Juncker quer ministro europeu das Finanças e Economia

O presidente da Comissão Europeia dá início à rentrée do Parlamento Europeu, com o discurso anual do estado da União.

O regresso aos trabalhos da política europeia arranca esta manhã, com o discurso anual de Jean-Claude Juncker sobre o estado da União. O presidente da Comissão Europeia deverá abordar temas como o futuro do bloco europeu após a saída do Reino Unido, as mudanças nas relações internacionais com parceiros como os Estados Unidos ou a crise migratória que a Europa enfrenta.

Acompanhe aqui, ao minuto, o discurso de Juncker.

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Comissão do Arrendamento Urbano propõe alterações fiscais para dinamizar mercado

  • Lusa
  • 13 Setembro 2017

CAMAU defende a "redução da elevada fiscalidade aplicada sobre os proprietários, a criação de um seguro de renda popular e a eliminação do Adicional ao Imposto Municipal sobre Imóveis".

A Comissão de Acompanhamento do Mercado de Arrendamento Urbano (CAMAU), constituída por inquilinos e mediadores do imobiliário, avançou na terça-feira com uma posição conjunta “em prol do futuro e dinamização do mercado de arrendamento”, propondo alterações de âmbito fiscal.

“A redução da elevada fiscalidade aplicada sobre os proprietários, a criação de um seguro de renda popular e a eliminação do Adicional ao Imposto Municipal sobre Imóveis (AIMI)” são as principais alterações propostas pela CAMAU para o Orçamento do Estado de 2018, revelou a comissão.

As propostas apresentadas pela CAMAU resultaram de uma reunião que contou com a participação dos representantes da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), da Associação dos Inquilinos Lisboneses (AIL) e da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP).

Relativamente ao mercado de arrendamento urbano, a CAMAU considerou que “a legislação em vigor é insuficiente para promover o dinamismo do mercado”, a oferta nas grandes cidades do país é “insuficiente e de preços incomportáveis pela generalidade das famílias e jovens” e a crescente procura turística influenciou o incremento do negócio de alojamento local, aumentando a escassez de ativos disponíveis no mercado de arrendamento.

Em termos fiscais, a comissão advogou que “a fiscalidade sobre o imobiliário, no geral, e sobre o rendimento obtido através do arrendamento urbano, em particular, é elevada e desadequada à sua função social”.

Neste âmbito, a CAMAU defendeu que “os municípios, como entidades de administração pública, devem ter uma maior e mais qualificada intervenção regulatória no que concerne ao mercado de arrendamento”.

Como forma de dinamizar o mercado de arrendamento, as associações do setor imobiliário apresentaram 12 propostas, nomeadamente a tributação pelo rendimento em detrimento da tributação pela posse, a isenção de IMI [Imposto Municipal sobre Imóveis] e de AIMI aos imóveis habitacionais arrendados de acordo com o conceito de “renda acessível”, a eliminação do AIMI, a redução da taxa liberatória (atualmente de 28%) para 25% e a redução da tributação, em sede de IRS [Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares], para arrendamentos de longa duração, abatendo 50% ao valor da taxa liberatória aplicável para arrendamentos de período igual ou superior a cinco anos.

Para proteger os arrendatários e proprietários mais vulneráveis, a CAMAU propõe a manutenção do subsídio de renda às famílias mais desfavorecidas, um programa de renda acessível alargado a privados, a criação de um seguro de renda popular e obrigatório, a criação de um seguro multirriscos obrigatório e a eliminação das fianças e outras garantias legalmente previstas.

A par das propostas para o mercado de arrendamento urbano, a comissão afirmou que “é necessário promover um mercado de alojamento local saudável, tendo em conta que o mesmo traz benefícios inestimáveis para a economia do país”.

“No entanto, e atendendo a alguns problemas que se têm registado, deverá promover-se uma fiscalização mais acentuada desta atividade, sem haver lugar a alterações legislativas drásticas que possam pôr em causa a sanidade deste segmento de mercado”, reforçou a CAMAU relativamente ao alojamento local.

No âmbito da discussão sobre o Orçamento do Estado para 2018, a Associação Nacional de Proprietários (ANP), a Associação Lisbonense de Proprietários (ALP), a Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP) e o coletivo Habita – Associação pelos Direitos à Habitação e à Cidade defenderam que a dinamização do mercado de arrendamento deve ser uma prioridade do Governo.

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Cristas contra aumento do número de escalões do IRS

  • ECO
  • 13 Setembro 2017

Líder centrista prefere uma redução do imposto para todos os contribuintes e pede transparência nas cativações.

A líder do CDS-PP entende que o IRS deve baixar para todos os contribuintes e por isso está contra a criação de mais dois escalões de rendimentos em 2018.

“Se há folga, baixe-se o IRS um pouco para todos”, afirmou Assunção Cristas em entrevista à CMTV, admitindo que “é preciso ir revertendo um grande aumento de impostos que aconteceu no anterior Governo”.

A líder centrista pede ainda “transparência nas cativações” e diz que o CDS vai apresentar um projeto no Parlamento sobre o assunto.

Sobre António Costa, Cristas critica um “primeiro-ministro de sorrisos”, “que gere a fotografia de um país cor-de-rosa, mas que nas situações difíceis não dá conta do recado”. Deixando críticas relacionadas com os casos de Pedrógão e Tancos, a líder do CDS afirmou ainda que a explicação do ministro da Defesa é “inacreditável”.

Já no que diz respeito à candidatura à Câmara de Lisboa, Assunção Cristas diz que é possível “uma vitória, que para muitos será surpreendente”.

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Carris é a única transportadora pública a perder passageiros

  • ECO
  • 13 Setembro 2017

Transportadoras mostram crescimento no número de utilizadores durante o primeiro semestre do ano. Mas a Carris ainda não está a acompanhar a tendência. Metro de Lisboa e CP têm os maiores aumentos.

A Carris é a empresa de transportes públicos que ainda não está a conseguir recuperar das perdas de passageiros. Segundo dados recolhidos pelo Público junto das empresas, as transportadoras mostram crescimento no número de utilizadores durante o primeiro semestre do ano. Mas a Carris ainda não está a acompanhar a tendência. CP e Metro de Lisboa são as duas empresas que registam os maiores aumentos.

Nos primeiros seis meses do ano, a Carris sofreu uma ligeira descida no número de passageiros: uma queda de 0,8% em termos homólogos, registando 61,9 milhões de viagens. Mas a empresa liderada por Tiago Lopes Faria diz que se tem assistido a uma “inversão” da tendência de descida no número de passageiros. Algo que “tem vindo progressivamente a tornar-se mais notório ao longo dos últimos meses”. Os dados “relativos ao acumulado de janeiro a agosto deste ano provam que é já notória uma inversão da tendência de perda”, afirma a empresa.

Já a CP e a Metro de Lisboa estão a recuperar do pico da crise. As duas empresas de transportes registaram um crescimento semestral de 7,5% para 60,2 milhões e de 7,3% para 81,3 milhões, respetivamente. Olhando para todas as empresas públicas que operam neste setor — CP, Metro de Lisboa, STCP, Metro do Porto e Transtejo — houve um aumento de 2,5% entre janeiro e junho, contabilizando 536 milhões de viagens nesse período.

A este grupo junta-se o Barraqueiro, dono de 13 empresas rodoviárias com serviço público e responsável pela Fertagus, cujo crescimento foi de 2,2%. Ou seja, passou de 637 para 650,5 milhões de viagens. Mas tem sido a vertente rodoviária da operadora ligada aos transportes públicos coletivos que tem vindo a perder clientes nos últimos anos. A queda foi de 1,6% no ano passado, mas nos dois anos anteriores foi de perto de 7%. Há uma ligeira recuperação neste semestre (+0,8%), “ainda não significativa”, segundo fonte oficial do grupo de Humberto Pedrosa.

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