RTP quer exportar séries e documentários portugueses

  • Lusa
  • 5 Setembro 2017

"O objetivo é internacionalizar estes conteúdos, comercializá-los para o exterior", anunciou o presidente da RTP, Gonçalo Reis.

Os documentários são a grande aposta da RTP para a nova temporada televisiva e o objetivo da estação pública é exportar estes conteúdos, bem como as séries que emite, a médio prazo, revelou esta terça-feira o presidente da empresa.

“Vamos apostar forte nos documentários e queremos fazer caminho para levar as séries e os documentários para fora de Portugal. O objetivo é internacionalizar estes conteúdos, comercializá-los para o exterior. Não é no próximo semestre, mas é uma aposta que queremos ter“, afirmou Gonçalo Reis, presidente da RTP.

O gestor falava no evento de apresentação da programação 2017/2018 da RTP, que decorreu no Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), em Lisboa, e que contou com várias figuras de proa da estação. Antes, em declarações à Lusa à margem da iniciativa, Gonçalo Reis também destacou a “aposta estruturada” que a RTP vai fazer nos documentários portugueses.

“Nós hoje vamos apresentar uma série de novidades em termos de informação, em termos de séries e em termos de humor. Mas vamos também falar de uma política estruturada de documentários. O documentário é um género nobre, tem tudo a ver com conhecimento, tem tudo a ver com temas novos na agenda, e vamos demonstrar que é uma aposta estruturada da RTP”, assinalou o responsável.

E reforçou: “Não só a emissão dos melhores documentários do mundo, como a produção de documentários portugueses. É a nova vaga, a seguir às séries, é a aposta nos documentários“. De resto, Gonçalo Reis mostrou-se “confiante” no sucesso que a nova grelha de programação vai ter junto dos portugueses.

O documentário é um género nobre, tem tudo a ver com conhecimento, tem tudo a ver com temas novos na agenda.

Gonçalo Reis

Presidente da RTP

“Arranca uma nova temporada, foi escolhido o lema ‘estação aberta’, que eu acho muito feliz porque uma estação aberta é realmente aquilo que a RTP quer ser. Aberta à diversidade, aberta à criatividade e aberta ao talento nacional”, sublinhou à Lusa o responsável.

Segundo o líder da estação televisiva, “a RTP deve ser cada vez mais uma plataforma onde se reúne o talento nacional. E dá gosto ver que, hoje, a RTP tem uma capacidade de atração de talento superior à de anos anteriores”.

Questionado sobre a escolha do Governo do diplomata Francisco Seixas da Costa para integrar o Conselho Geral Independente (CGI) da RTP, noticiada a 1 de setembro, Gonçalo Reis considerou tratar-se de “um excelente nome” e de um profissional “super qualificado”.

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Há menos 16,3% britânicos no Algarve. Portugueses compensam

  • Lusa
  • 5 Setembro 2017

O turismo britânico no Algarve está a perder importância, mas essa tendência foi compensada pelo aumento do número de turistas nacionais a rumar para o Algarve.

A taxa de ocupação média, por quarto de hotel, no Algarve, durante o mês de agosto, foi de 93,9%, situando-se ao mesmo nível do ano anterior, segundo dados divulgados esta terça-feira.

De acordo com dados da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) foi o mercado britânico que registou a principal descida durante o mês de agosto (menos 16,3%), o que atribuem à desvalorização da libra em 15% no último ano.

Já o mercado nacional registou a maior subida (mais 10%), contrariando a tendência do último ano, seguido do alemão (mais 4,6%), havendo ainda a registar subidas nos mercados com menor expressão, designadamente, a Polónia, França Suécia, Bélgica, Dinamarca e Itália, lê-se no comunicado hoje divulgado.

Por zonas geográficas, as maiores subidas ocorreram nas zonas de Faro e Olhão (mais 4,1%), Carvoeiro e Armação de Pêra (mais 2,3%). A maior descida verificou-se na zona que compreende Vilamoura, Quarteira e Quinta do Lago (3,1%), no concelho de Loulé, enquanto Albufeira, a principal zona turística do Algarve, registou uma subida de 1,7%.

Em termos acumulados, desde o início do ano, a taxa de ocupação por quarto regista uma subida de 2,2% e o volume de negócios um crescimento acumulado de 9,1%. O volume de vendas aumentou 3,8% durante o mês, conclui a AHETA.

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Lesados do Banif admitem ações judiciais contra Banco de Portugal

  • Lusa
  • 5 Setembro 2017

Em dezembro, faz dois anos que o Banif foi alvo de uma medida de resolução, por decisão do Governo e do Banco de Portugal. Os lesados do Banif admitem processar a entidade.

Os lesados do Banif ponderam meter ações em tribunal contra o Banco de Portugal, segundo o presidente da associação que os representa, pela falta de um estudo independente à resolução do banco quase dois anos após esta ter acontecido. “Ainda não foi feita a avaliação e o Banco de Portugal tem de ser responsabilizado por isso. Ponderamos meter ações” judiciais, afirmou o presidente da Associação dos Lesados do Banif (Alboa) à Lusa.

Em causa está a obrigação, prevista na legislação, de o Banco de Portugal pedir a uma entidade independente uma auditoria para avaliar que perdas sofreriam os credores do Banif se em vez da resolução o banco tivesse sido liquidado. Caso essa auditoria chegue à conclusão que teriam menos perdas numa liquidação, esses credores têm dinheiro a receber do Fundo de Resolução bancário.

Na resolução do BES, a consultora Deloitte concluiu que os credores comuns do BES recuperariam 31,7% dos seus créditos caso o banco tivesse ido para liquidação, em vez de resolução. Jacinto Silva disse à Lusa que, até ao momento, os lesados do Banif não têm conhecimento de que esse estudo foi pedido a alguma entidade, e que se existe tal nunca lhes foi dado a conhecer.

A Lusa contactou fonte oficial do Banco de Portugal, uma vez que é este que gere o Fundo de Resolução, para saber se já há uma entidade escolhida para fazer a auditoria ao Banif, mas até ao momento não obteve qualquer esclarecimento.

Depois da resolução do Banif, continuou a existir o Banif S.A., o designado ‘banco mau’, no qual ficaram os acionistas e os obrigacionistas subordinados, que provavelmente nunca receberão o dinheiro investido, e ativos como Banif Brasil e Banco Cabo-verdiano de Negócios. Desde então, sobretudo os obrigacionistas têm andado em ‘luta’ por uma solução.

Em causa estão cerca de 3.500 investidores, em grande parte oriundos das regiões autónomas da Madeira e dos Açores e das comunidades portuguesas na África do Sul, Venezuela e Estados Unidos, que perderam 263 milhões de euros. A Alboa representa 1.500 desses obrigacionistas.

O Banif ainda não divulgou as contas de 2015 e 2016, tendo dito a sua equipa de gestão no início de agosto que ainda não sabe quando o poderá fazer, entre outros fatores, por falta de meios técnicos e humanos, assim como pela “complexidade e excecionalidade da medida aplicada” e a necessidade de articulação de informação com o Santander Totta e a Oitante.

O Banif (‘banco mau’) é atualmente presidido por José Manuel Bracinha Vieira, que foi quadro do Banco de Portugal, a quem caberá preparar a liquidação do banco. Antes, teve como presidente Morais Alçada que pediu, no fim de 2016 para não continuar em funções.

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Passos pede a Marcelo para travar notícias eleitoralistas

Passos Coelho desafiou o Presidente da República a pronunciar-se sobre os anúncios relativos ao Orçamento do Estado para 2018 antes das eleições autárquicas e da apresentação oficial do documento.

Pedro Passos Coelho criticou esta terça-feira o Governo por fazer “anúncios” sobre o Orçamento do Estado do próximo ano antes de o documento ser público e antes das eleições autárquicas. O OE2018 deverá ser conhecido a 13 de outubro, após as eleições autárquicas que se realizam a 1 de outubro. Questionado sobre o pedido de Marcelo Rebelo de Sousa para deixar Pedrógão fora da campanha eleitoral, o líder do PSD desafiou o Presidente da República a travar as notícias sobre o orçamento.

“Não há guerrilha partidária nenhuma. Vivemos numa sociedade madura onde é suposto o Governo gerir com transparências estas matérias e é absolutamente natural que havendo dúvidas estas sejam colocadas”, afirmou Passos Coelho, em declarações transmitidas pela RTP3, à margem da entrega do Prémio 2017 da Fundação Champalimaud, referindo-se à questão dos donativos dos incêndios. O líder do PSD argumentou que “o facto de haver eleições não significa que o Governo deva deixar de explicar ao país aquilo que faz“.

Esta manhã, Marcelo pediu que a tragédia de Pedrógão Grande não fosse usada como uma arma de arremesso político em vésperas de autárquicas. “Pediria que houvesse um pacto a pensar que as eleições são no dia 1 de outubro, e a questão de Pedrógão, de Castanheira de Pera, de Figueiró dos Vinhos, e outros municípios vizinhos continua depois da campanha eleitoral”, apelou o Presidente da República.

Confrontado com estas declarações, Passos Coelho argumenta que “o Governo em véspera de eleições não se cansa de fazer anúncios que, do ponto de vista político, contendem com o dever de neutralidade e de isenção do Governo no ato eleitoral“. E, por isso, o líder social-democrata deixou um desafio: “Talvez o Presidente da República possa dizer alguma coisa sobre essa matéria”.

O líder do PSD considera que esse travão às notícias sobre o Orçamento “seria importante numa democracia”. Pedro Passos Coelho já tinha desafiado o primeiro-ministro a apresentar o OE2018 antes das eleições autárquicas ou a ser um “bocadinho mais contido” no que revela sobre o Orçamento.

“Isto de dar as notícias que se entendem como sendo boas até as eleições autárquicas guardando as que podem ser menos boas ou desfavoráveis para depois, não é uma forma séria de fazer a discussão orçamental”, disse o líder social-democrata no sábado. Passos Coelho acusou o Executivo de guardar as notícias “que podem ser menos boas ou desfavoráveis para depois”.

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Morais Leitão assessora BCP no processo contra garantia na venda do Novo Banco

  • Rita Atalaia
  • 5 Setembro 2017

O BCP avançou para tribunal para travar a garantia concedida pelo Fundo de Resolução na venda do Novo Banco, um processo assessorado pela Morais Leitão, Galvão Telles, Soares da Silva e Associados.

O Millennium bcp avançou com um processo para travar uma garantia concedida pelo Fundo de Resolução na venda do Novo Banco aos americanos do Lone Star. Um processo que está a ser assessorado pela sociedade de advogados Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados (MLGTS), apurou o ECO. Segundo o presidente do banco português, foi uma decisão “equilibrada” e necessária para “defender os interesses do banco”.

A ação administrativa terá como objetivo contestar o “mecanismo de capital contingente” que o Estado dá ao Lone Star no âmbito do acordo de venda do Novo Banco e que será acionada em função de perdas a registar no chamado ‘side bank’ daquela instituição. Ainda assim, o BCP não pediu a suspensão do processo de venda do Novo Banco. Contactada pelo ECO, a MLGTS, que ajudou a “construir” este processo, preferiu não comentar.

“Tomámos uma decisão muito equilibrada”, defendeu Nuno Amado na sessão que assinalou o 30.º aniversário da admissão do BCP na bolsa portuguesa. “Temos de rentabilizar o nosso negócio, a nossa atividade e, com isso, criar o valor que os acionistas merecem”, afirmou, acrescentando que “temos a obrigação de defender os interesses do banco.”

Foi na sexta-feira que o BCP foi para tribunal para tentar travar a garantia de 3,9 mil milhões de euros concedida pelo Fundo de Resolução na venda do banco de transição, que resultou da resolução do Banco Espírito Santo, ao fundo norte-americano Lone Star, como apurou o ECO junto de fontes de mercado. O processo terá sido contra o Banco de Portugal na qualidade de autoridade de resolução, mas não foi possível confirmar oficialmente esta informação.

Apesar do processo, a instituição liderada por Carlos Costa garantiu que o processo de venda do Novo Banco prossegue sem alterações. O Banco de Portugal assinala que a venda decorrerá no calendário acordado uma vez que o BCP não pretende travar a venda, mas sim a garantia dada pelo Fundo de Resolução.

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Donativos: “Mais vale atrasar e fazer bem”, dizem Misericórdias

  • ECO
  • 5 Setembro 2017

O responsável da União das Misericórdias Portuguesas afirmou esta terça-feira que o processo de entrega dos donativos é naturalmente lento. "Mais vale atrasar algum tempo, mas fazer bem", diz.

A União das Misericórdias gastou até este momento menos de 10% dos 1,6 milhões de euros angariados com os donativos dos portugueses. Os dados foram revelados esta terça-feira à TSF por Manuel Lemos, presidente das Misericórdias Portuguesas, que garante que é natural que o processo seja lento.

“Mais vale atrasar algum tempo, mas fazer bem do que fazer a correr e no fim ficarmos todos com a consciência de que o dinheiro nos escapou por entre os dedos”, defende Manuel Lemos, referindo as razões para o atraso: a avaliação dos estragos, o período de férias dos profissionais e as eleições autárquicas porque, segundo o responsável, “dá uma dimensão política muito complicada…”

Foram estas as três razões que a União das Misericórdias Portuguesas deu para justificar o atraso na chegada dos donativos ao terreno. “As câmaras municipais não têm técnicos que foram descansar, tal como os técnicos das misericórdias, depois de um período em que fizeram um trabalho fantástico”, afirmou Manuel Lemos, assinalando que arderam “55 mil campos de futebol”, o que dificulta a avaliação que é necessária fazer para evitar a duplicação de apoios.

Mais vale atrasar algum tempo, mas fazer bem do que fazer a correr e no fim ficarmos todos com a consciência de que o dinheiro nos escapou por entre os dedos.

Manuel Lemos

Presidente da União das Misericórdias Portuguesas

Quanto à evolução agora que o período de férias terminou, Manuel Lemos considera que o ritmo vai aumentar. “De facto não gastámos muito dinheiro, mas temos muita obra em curso e estas vão aumentar em setembro“, afirmou, rejeitando a ideia de que as críticas feitas pelos presidentes das câmaras esta terça-feira envolvam os donativos geridos pela União das Misericórdias.

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Banif: Dois anos depois, advogados ainda definem estratégia

  • Lusa
  • 5 Setembro 2017

A associação de lesados do Banif vai promover um evento no qual vai juntar os advogados que representam os lesados do banco. O objetivo é definirem a estratégia jurídica a adotarem.

A associação de lesados do Banif (ALBOA) promove esta quarta-feira um fórum entre advogados que representam clientes lesados pelo banco para definirem a estratégia jurídica a adotarem, quando se aproximam os dois anos da resolução.

“A intenção é que haja concertação relativamente à estratégia a adotar e verificar quais os caminhos que os advogados devem seguir atendendo que estamos a chegar ao fim de dois anos [da resolução do Banif] e temos de colocar ações judiciais”, afirmou à Lusa Jacinto Silva, presidente da Alboa. O porta-voz dos lesados do Banif afirmou que estão confirmados 12 escritórios de advogados para o encontro que decorre esta quarta-feira às 15h00, no Hotel Barcelona, em Lisboa.

Em dezembro, faz dois anos que o Banif foi alvo de uma medida de resolução, por decisão do Governo e do Banco de Portugal. Parte da atividade bancária do Banif foi então vendida ao Santander Totta por 150 milhões de euros, tendo sido ainda criada a sociedade-veículo Oitante para a qual foram transferidos os ativos que o Totta não comprou.

"A intenção é que haja concertação relativamente à estratégia a adotar e verificar quais os caminhos que os advogados devem seguir atendendo que estamos a chegar ao fim de dois anos [da resolução do Banif] e temos de colocar ações judiciais.”

Jacinto Silva

Presidente da Associação de Lesados do Banif (ALBOA)

Continua a existir ainda o Banif, o designado ‘banco mau’, no qual ficaram os acionistas e os obrigacionistas subordinados, que provavelmente nunca receberão o dinheiro investido. Desde então, sobretudo os obrigacionistas têm andado em ‘luta’ por uma solução. Em causa estão cerca de 3.500 investidores, em grande parte oriundos das regiões autónomas da Madeira e dos Açores e das comunidades portuguesas na África do Sul, Venezuela e Estados Unidos, que perderam 263 milhões de euros. A Alboa diz que representa 1.500 desses obrigacionistas.

A associação tem vindo a reunir-se com representantes da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) para tentar uma solução pela via negocial, isto depois de, em julho, o primeiro-ministro, António Costa, ter dito que havia “vontade política de responder a uma situação gravíssima”, considerando que é “evidente” que essas pessoas [lesados do Banif] “fizeram confiança num sistema que as aldrabou”.

Em julho, a presidente da CMVM disse, no Parlamento, que pediu inicialmente esses documentos ao ‘Banif mau’ (entidade que continua a existir após a resolução do banco, à espera de entrar em liquidação), que deu indicação de que não os tinha, e que, entretanto, entrou em contacto com o Fundo de Resolução (entidade gerida pelo Banco de Portugal, que determinou a resolução do Banif).

A Lusa tem a informação que a CMVM também contactou o Santander Totta (que comprou parte da atividade do Banif) para saber se terá essa documentação entre o espólio com que ficou do Banif. Jacinto Silva disse à Lusa que continua sem se saber exatamente onde está a documentação, considerando mesmo que “é óbvio que o acervo não interessa que apareça”.

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Continental Mabor tem como meta atingir mil milhões em receitas até 2025

Continental Mabor investiu mais de 50 milhões de euros na nova unidade de produção de pneus agrícolas. Pedro Carreiras pôs a fasquia nos mil milhões de euros de receitas e fala em mais investimentos.

A quarta maior exportadora portuguesa quer atingir os mil milhões de euros de faturação em 2025. A meta foi “prometida” durante a cerimónia de inauguração da unidade de produção de pneus agrícolas, cujo investimento rondou os 50 milhões de euros e que vai permitir o lançamento de pneus radiais agrícolas: tractor70 e tractor85.

À margem da cerimónia, que contou com a presença do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, o presidente da Continental Mabor, Pedro Carreira, adiantou ao ECO: “Neste momento faturamos 830 milhões de euros, o objetivo é atingirmos os mil milhões de euros até 2025″.

A Continental Mabor exporta perto de 98% do seu volume de negócios e está presente em cerca de 69 países.

“Com este investimento, iremos manter a mesma proporção de exportações. E no que se refere a países, uma vez que já estamos presente um pouco por todo o mundo, diria que iremos exportar a partir desta unidade para os mesmos sítios, o que acontece é que vamos exportar mais para países com mais agricultura, caso de França e Polónia, por exemplo”, adianta Pedro Carreiras.

Sobre investimentos futuros, o presidente da Continental Mabor não tem dúvidas: “Vamos continuar na senda dos investimentos, não será este ano, que já investimos muito, mas iremos seguramente anunciar mais novidades”.

A nova fábrica de Lousado marca o regresso da Continental ao segmento dos pneus agrícolas. Para Pedro Carreiras, “a unidade de produção de pneus agrícolas em Lousado é uma das mais avançadas do grupo Continental e de toda a indústria de pneus agrícolas”.

Já Nicolai Setzer, membro do conselho de administração da Continental AG e responsável pela Divisão de Pneus adiantou: “A reentrada no negócio de pneus agrícolas é um passo importante para nós no caminho de crescimento da divisão de pneus”. E acrescentou: “Nos últimos anos, fomos capazes de expandir com sucesso o negócio de pneus especiais com o lançamento de pneus para os portos e para terraplanagem. O portfólio de pneus agrícolas completa a gama de produtos para utilização fora de estrada“.

O membro do conselho de administração da Continental AG, Nikolai Setzer, ao volante de um trator durante a inauguração da nova unidade fabril da Continental Mabor, Vila Nova de Famalicão, 5 de setembro de 2017. Hugo Delgado/LUSA

“Investimento é sinal de confiança das empresas internacionais no nosso país”

O ministro da Economia salientou o papel deste investimento no “reforço da capacidade exportadora de Portugal”. Para Manuel Caldeira Cabral estes investimentos são a prova de que “Portugal tem-se posicionado e está cada vez mais a posicionar-se, como um país interessante para o investimento estrangeiro e é sinal de confiança das empresas internacionais no nosso país”.

 

Para o ministro “é extraordinariamente importante verificar que esta empresa está não só a reforçar a sua produção, a produzir e a exportar mais, mas a entrar em toda uma nova área de mercado e que decidiu, escolhendo entre as 20 fábricas que tem pelo mundo, a fábrica de Portugal como a que se apresentava com melhores padrões de qualidade, melhor resposta por parte dos trabalhadores, maior flexibilidade”.

Adjacente à unidade produtiva foi também construído um centro de testes onde a equipa de I&D local, em estreita colaboração com a equipa de Hanôver, irá testar a qualidade dos pneus produzidos e irá trabalhar na otimização e futuro desenvolvimento de produtos agrícolas.

No total fábrica e centro de testes foram investidos 52,4 milhões de euros.

A nova unidade industrial começou a ser construída e fevereiro de 2016, tendo os primeiros pneus de teste sido produzidos em novembro do mesmo ano. Já este ano, mais precisamente em agosto, teve início a produção em série de pneus. No final deste ano terão sido produzidos um total de 5000 pneus, em 13 medidas diferentes.

Este investimento de 49,91 milhões de euros recebeu um apoio comunitário do Compete (o programa operacional das empresas) de 12,69 milhões de euros, sendo o projeto foi considerado elegível para este apoio comunitário na sua quase totalidade.

Paralelamente a este investimento, a Continental Mabor está a investir 100 milhões de euros no aumento da produção de pneus ligeiros e na expansão da produção de pneus de alta performance.

A divisão de pneus do grupo germânico, que tem 24 unidades de produção e de I&D a nível mundial, fechou o ano de 2016 com vendas de 10,7 mil milhões de euros.

A nível global, a Continental AG emprega 230 mil colaboradores em 56 países e teve receitas de 40,5 mil milhões de euros em 2016.

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Automóvel a gasóleo consome menos 1,5 litros/100 km do que um a gasolina

  • Lusa
  • 5 Setembro 2017

Testes sobre consumo de combustíveis revelam que um automóvel a gasóleo consome menos 1,5 litros/100km do que um de gasolina, segundo um estudo da Federação Europeia de Transportes e Ambiente.

Estas conclusões constam de um estudo que teve a participação da Federação Europeia de Transportes e Ambiente, de que a ZERO/Associação Sistema Terrestre Sustentável faz parte, tendo divulgado hoje os resultados.

Os testes realizados, ao abrigo de um protocolo que juntou ainda a PSA, a France Nature Environnement e a Bureau Veritas, indicam ainda que a eficiência de um automóvel a gasóleo é menos sensível ao estilo de condução do que o de um automóvel a gasolina.

Os testes mostram ainda que o computador de bordo fornece informações confiáveis ao condutor e que, em condições urbanas, a diferença entre a certificação e os dados de consumo real é igual para o gasóleo (2,4 l/100 km) e a gasolina (2,5 l/100 km) quando expresso em litros, mas é maior para o gasóleo (53%) em comparação com a gasolina (42%) quando expresso em percentagem.

Os testes permitiram também apurar que o consumo de combustível é menor em carros com uma caixa de velocidades manual do que com uma transmissão automática (- 0,4 l/100 km).

Os testes realizados em automóveis de passageiros revelam igualmente um consumo médio de combustível de 5,8 l/100 km.

Os resultados mostram que os testes PEMS (Sistema Portátil de Medição de Emissões) fornecem uma base robusta, representativa e repetível para medir a economia de combustível e as emissões de CO2 do mundo real, tendo os resultados precisão de 0,3 l/100km.

Para o Grupo PSA, o propósito deste protocolo era fornecer informações completas e transparentes aos clientes em relação ao consumo de combustível do mundo real nos modelos Peugeot, Citroen e DS.

“As medidas obtidas nos 60 modelos permitem estimar o consumo em condições de condução reais de mais de 1.000 versões de veículos Peugeot, Citroën e DS. Para cada modelo, as estimativas foram feitas com o mesmo motor e caixa de velocidades, além de três variantes: tipo de corpo, nível de acabamento e tamanho do pneu”, indica uma nota da associação ZERO.

Os clientes das marcas também podem estimar seu próprio consumo com base no uso real de seu veículo (número de passageiros, carga, estilo de condução). A aplicação está disponível nos sites das marcas em 12 países europeus.

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Furacão Irma a chegar. Petróleo volta a disparar

  • ECO
  • 5 Setembro 2017

Depois do furacão Harvey ter afetado a produção petrolífera nos EUA, o Irma volta a assolar a região. Ainda não chegou às plataformas, mas já está a fazer subir o preço do petróleo.

A Florida declarou o estado de emergência depois do furacão Irma ter intensificado os seus ventos, estando a ser classificado como um furacão de nível cinco, o máximo na escala. É o segundo furacão registado em território norte americano no espaço de uma semana, levando, tal como o Harvey, a uma subida expressiva dos preços do petróleo nos mercados internacionais. As cotações sobem mais de 3%.

Cada vez mais próximo das ilhas das Caraíbas, os ventos do furacão estão cada vez mais fortes: chegam aos 289 quilómetros por hora. De acordo com o Centro de Furacões, com sede em Miami, o Irma encontra-se a cerca de 440 quilómetros da ilha de Antígua e está a dirigir-se para as ilhas de sotavento (localizadas entre as Ilhas Virgens e Trinidad, nas Antilhas).

Estima-se que nos próximos dois dias o furacão continue a aumentar a sua intensidade e o Centro de Furacões adverte que “se tornou um furacão de categoria 5, extremamente perigoso”. E há receios de que possa, tal como o Harvey, encaminhar-se para o Golfo do México, onde está a produção de petróleo dos EUA.

Uma das consequências desta nova ameaça é a escalada do preço do petróleo, que neste momento está a cotar nos 53,57 dólares, o que representa uma subida de 2,37%, em Londres. Em Nova Iorque, o West Texas Intermediate, avança 3,26% para 48,84 dólares, prolongando a tendência com o Harvey. Mais do que o petróleo, o Irma está a fazer disparar o preço do sumo de laranja. Sendo a Florida o maior produtor do mundo, as cotações estão a subir quase 7%.

Com a passagem do furacão Harvey pelo Texas e Louisiana, várias refinarias e oleodutos viram-se obrigados a encerrar a atividade temporariamente, o que correspondeu a uma quebra de um quinto da capacidade de refinaria dos Estados Unidos. Segundo dados da Bloomberg, o furacão Harvey causou inundações torrenciais que fizeram perder 19% da capacidade diária de produção petrolífera norte americana. Estima-se ainda que o furacão Irma vá prejudicar essa recuperação.

O Centro de Furacões prevê que o Irma se mantenha no nível 4 ou 5 nos próximos dias e a sua trajetória ainda é incerta, no entanto, o Haiti, a República Dominicana, Cuba, Porto Rico, as Bahamas, as Ilhas Turcas e Caicos, as Ilhas Virgens Britânicas e as Ilhas Virgens Americanas poderão estar no caminho deste fenómeno, antes de atingir os Estados Unidos.

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É oficial: Santander Totta aprova compra do Popular Portugal

  • Rita Atalaia
  • 5 Setembro 2017

O banco liderado por Vieira Monteiro já aprovou a compra do Popular Portugal, de acordo com um comunicado enviado à CMVM. Ficam ainda a faltar "procedimentos legais", dizem as duas entidades.

O Banco Santander Totta aprovou a compra do Popular Portugal, de acordo com dois comunicado enviados ao regulador do mercado pelas duas entidades. O banco liderado por António Vieira Monteiro passa agora a ser o maior banco privado no mercado nacional de ativos. Esta integração acontece depois de o Grupo Santander ter comprado o Banco Popular por um euro no âmbito da medida de resolução. Falta a “luz verde” dos reguladores.

Foi aprovada a “compra, pelo Banco Santander Totta ao Banco Popular Español de 100% do capital social do Banco Popular Portugal”, lê-se no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). É feita a compra do Popular Portugal, mas também da Consulteam e da Eurovida.

O que o Santander Totta comprou ao Popular Español:

  • A compra, pelo Banco Santander Totta, S.A. ao Banco Popular Español, de 100% do capital social do Banco Popular Portugal;
  • A compra, pela Totta Urbe – Empresa de Administração e Construções à Consulteam – Consultores de Gestão, da respetiva carteira de ativos;
  • A compra, pela Santander Totta ao Banco Popular Español, de 84,07% do capital social da Eurovida – Companhia de Seguros de Vida.

Ao mesmo tempo, “os conselhos de administração do Banco Santander Totta e do Banco Popular Portugal aprovaram um projeto de fusão simplificada por incorporação, nos termos do qual o Banco Santander Totta incorporará juridicamente o Banco Popular Portugal, incluindo a totalidade do seu ativo e passivo”, refere.

"Os conselhos de administração do Banco Santander Totta e do Banco Popular Portugal aprovaram um projeto de fusão simplificada por incorporação, nos termos do qual o Banco Santander Totta incorporará juridicamente o Banco Popular Portugal, incluindo a totalidade do seu ativo e passivo.”

Santander Totta e Popular Portugal

Para que esta operação fique concluída está dependente dos “procedimentos legais inerentes às operações acima referidas junto das autoridades de supervisão”, de acordo com as duas entidades.

Foi em junho que o Grupo Santander comprou o Banco Popular por um euro, no âmbito de uma medida de resolução. Isto depois de sete dias em queda na bolsa e de um ultimato de Bruxelas. Neste processo estava ainda incluído um aumento de de capital de sete mil milhões de euros por parte do Santander, um reforço necessário para cobrir o capital e as provisões necessárias para fortalecer o Popular. Para isso, o Santander procedeu à venda de vários ativos imobiliários ao Blackstone.

(Notícia atualizada às 17h30 com mais detalhes)

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Lisboa demarca-se de decisão sobre Gaia: Taxa de Proteção Civil lisboeta é diferente

  • Lusa
  • 5 Setembro 2017

O vereador Duarte Cordeiro afirmou esta terça-feira, numa sessão plenária da Assembleia Municipal, que as taxas de Gaia e de Lisboa “são diferentes”.

O vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Duarte Cordeiro (PS), demarcou-se esta terça-feira da decisão de inconstitucionalidade da Taxa de Proteção Civil de Vila Nova de Gaia, reafirmando a importância desta taxa no serviço prestado na capital.

As taxas “são suficientemente diferentes para nós não tomarmos como nossa a decisão que foi tomada pelo Tribunal Constitucional relativamente a Gaia, e suficientemente diferentes para reafirmarmos que entendemos que tomámos uma boa decisão, que ela é importante, que ela é fundamental para financiar serviços de qualidade com os recursos que são necessários para os desafios que se colocam a uma cidade como a nossa”.

São suficientemente diferentes para nós não tomarmos como nossa a decisão que foi tomada pelo Tribunal Constitucional relativamente a Gaia.

Duarte Cordeiro

Vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa

O autarca defendeu que esta taxa permite dotar a capital de “serviços de qualidade na Proteção Civil e um regime de sapadores bombeiros profissional bem equipado, capaz, no fundo, eficaz na resposta a matérias de socorro”. “Para nós, os acontecimentos recentes, aquilo que tem acontecido no país, só vem reforçar ainda mais a necessidade de se olhar com outros olhos para a profissionalização dos bombeiros e para termos, no fundo, uma Proteção Civil equipada, de qualidade”, reforçou.

Relativamente à decisão do Tribunal Constitucional, Duarte Cordeiro disse não ter “uma leitura simples do acórdão que foi emitido”. “Portanto, não temos para já nenhuma posição”, considerou. Também presente na declaração aos jornalistas, o vereador das Finanças do município, João Paulo Saraiva, afirmou que a Taxa Municipal de Proteção Civil de Lisboa ainda “está para ser analisada pelo Tribunal Constitucional” e que a Câmara já se pronunciou “por solicitação do tribunal”.

Como principais diferenças entre as duas taxas, o responsável referiu “mecanismos de cálculo distintos nas diferentes vertentes, para as empresas e para as pessoas”, e “uma fundamentação diferente relativamente aos custos que subjazem ao próprio cálculo da taxa”. “Apresentámos os nossos argumentos, portanto estamos com a convicção de que até ver, até termos outra avaliação, entendemos que faz todo o sentido a forma como considerámos a taxa, portanto aguardaremos”, acrescentou Duarte Cordeiro.

A Taxa Municipal de Proteção Civil de Lisboa começou a ser cobrada aos proprietários em 2015 e veio substituir a Taxa de Conservação e Manutenção dos Esgotos, que se juntou à do saneamento.

Teresa Leal Coelho defende inconstitucionalidade de Taxa de Proteção Civil de Lisboa

A candidata do PSD à presidência da Câmara Municipal de Lisboa, Teresa Leal Coelho, reiterou esta terça-feira que a Taxa de Proteção Civil cobrada na capital é inconstitucional, reforçando que a medida será revogada caso seja eleita. Esta reação surge no dia em que o Tribunal Constitucional (TC) considerou que a Taxa de Proteção Civil cobrada em Vila Nova de Gaia é inconstitucional. O TC encontra-se a analisar o caso de Lisboa.

“Eu tenho denunciado sucessivamente. Aliás, os vereadores do PSD, desde que foi aprovada esta Taxa de Proteção Civil na própria reunião de câmara, advertimos para a inconstitucionalidade”, disse a candidata e vereadora, em declarações à agência Lusa. Na sua opinião, “isto não é uma taxa, é um imposto encapotado”, uma vez que “uma taxa depende de uma contrapartida”.

“No que diz respeito à Proteção Civil, a Proteção Civil é matéria de competência do Estado”, defendeu, acrescentando que “esta taxa é utilizada como receita da Câmara Municipal de Lisboa e traduz-se num imposto encapotado, manifestamente”. Falando em “injustiça”, a candidata entendeu que se trata de uma “dupla taxação aos proprietários que já pagam IMI [Imposto Municipal sobre Imóveis]”.

“Aguardamos pela decisão do Tribunal Constitucional, de qualquer forma connosco esta taxa será revogada no primeiro momento do novo executivo camarário”, apontou. Questionada sobre o investimento das receitas da taxa no serviço municipal de Proteção Civil, Teresa Leal Coelho foi taxativa: “não vejo essas melhorias na prática”.

Para a candidata, “está por provar a utilização desta receita arrecadada pela Câmara Municipal de Lisboa”, dado que “com esta taxa a Câmara arrecadou já perto de 30 milhões de euros” e “não há investimento dessa ordem nem nos bombeiros nem na Proteção Civil, bem pelo contrário”.

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