Após fracasso, Governo relança venda do Banco Efisa

  • ECO
  • 1 Setembro 2017

O Banco Efisa está novamente à venda. Mourinho Félix já deu autorização à Parparticipadas para reiniciar o processo. Isto depois de ter falhado a venda à Pivot, detida pela Aethel e Miguel Relvas.

O Governo reabriu o processo de privatização do Banco Efisa. O secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, já deu luz verde à Parparticipadas para tentar novamente alienar a instituição financeira. Isto depois de a venda do banco à Pivot, empresa detida pela Aethel Partners e Miguel Relvas, ter falhado em abril.

O Jornal Económico (acesso pago) avança que o presidente da Parvalorem confirmou que este processo foi retomado. “Esta semana, a tutela deu instruções para a Parparticipadas preparar e lançar um processo de alienação para o Banco Efisa. A Parparticipadas encontra-se já a preparar este processo”, disse Bruno Castro Henriques. O Estado vendeu o banco Efisa à Pivot, mas o processo estava pendente da aprovação do Banco Central Europeu (BCE). Ora, o prazo para a conclusão desta aprovação chegou ao fim sem que o BCE se tenha pronunciado e a venda falhou.

Em abril, a CMVM explicou que “a caducidade do contrato resultou de ter terminado o prazo, contratualmente previsto, para a verificação da condição de não oposição do BCE à transação.”

A Pivot, detida por Ricardo Santos Silva e Aba Schubert, e que conta com Miguel Relvas como acionista, ia pagar cerca de 38 milhões de euros à entidade pública pelo antigo banco de investimento do BPN. A empresa tem ainda como um dos seus grandes acionistas a Aethel, que chegou a apresentar ao Governo uma carta de intenções para comprar o Novo Banco.

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Setembro anima bolsa nacional. BCP ganha mais de 1%

Depois de um mês de agosto vermelho na bolsa nacional, a praça portuguesa entra no novo mês com o "pé direito". Segue a tendência da Europa à boleia do BCP.

A bolsa nacional arrancou o mês a subir. Depois de uma queda de 1% em agosto, setembro está a ser positivo para o índice português que acompanha, assim, o comportamento positivo das restantes praças europeias. O destaque vai para o BCP que ganha mais de 1%, corrigindo das fortes quedas recentes.

O índice de referência do mercado de capitais português, o PSI-20, segue a valorizar 0,19% para 5.166,42 pontos. Na Europa, depois de indicadores económicos positivos, mas também fruto do bom desempenho das praças norte-americanas, a tendência é igualmente positiva com os índices a registarem ganhos entre 0,3% e 0,8%.

O BCP destaca-se. Os títulos do banco liderado por Nuno Amado prosseguem a recuperação depois de várias sessões marcadas por quedas acentuadas. Depois de subirem mais de 3% na última sessão de agosto, as ações avançam 1,57% para 22,69 cêntimos à entrada do mês de setembro.

A EDP, com uma subida de 0,71% para 3,25%, também dá um impulso ao indice português, bem como a EDP Renováveis que ganha 0,36% e a Galp Energia,. com uma subida de 0,32%. A petrolífera valorização à boleia das cotações do petróleo, puxadas pelo furacão Harvey. Esta evolução do petróleo vai levar a gasolina a registar a maior subida em dois anos.

(Notícia atualizada às 8h18 com mais informação)

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Fatura da luz vai ter preço do mercado livre e do regulado

  • Lusa
  • 1 Setembro 2017

As faturas da eletricidade das famílias em mercado livre vão passar a ter o valor da diferença entre o preço praticado e o que é cobrado no mercado regulado.

As faturas de eletricidade das famílias em mercado livre vão passar a ter o valor da diferença entre o preço praticado face ao que seria cobrado com tarifa regulada, segundo a proposta legislativa do Governo.

“Nas faturas, enviadas aos consumidores pelos comercializadores em regime de mercado, deve ser colocado, em local visível e de forma inequívoca, o valor da diferença entre o preço praticado em regime de mercado e na tarifa regulada“, lê-se no artigo 5º da proposta de portaria que estabelece o regime equiparado ao das tarifas transitórias ou reguladas, a que a Lusa teve acesso. Esta portaria que cria o regime que possibilita o regresso dos consumidores – de baixa tensão – ao mercado regulado de eletricidade, no seguimento de uma proposta do PCP aprovada na Assembleia da República, ainda tem que receber parecer do regulador do setor, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).

Segundo a proposta de regime equiparado ao das tarifas reguladas, os consumidores domésticos em mercado livre, que optem pelo novo regime, devem solicitar, “por qualquer meio ou suporte de comunicação, incluindo canais remotos, ao comercializador responsável pelo fornecimento“, tendo este “dois dias úteis” para responder ao cliente.

Depois, se a resposta do comercializador, que terá que ser dada por escrito, for negativa, o cliente pode celebrar contrato com o comercializador de último recurso – EDP Universal -, “estando essa cessão isenta de quaisquer ónus ou encargos para o cliente”.

Isto é, os comercializadores em regime de mercado podem optar por praticar as tarifas transitórias (reguladas), definidas anualmente pela ERSE, sendo que não podem estar condicionadas “à contratação de qualquer serviço ou produto adicional ou acessório ao fornecimento de energia elétrica”. “Os comercializadores em regime de mercado que pretendam dispor [do regime equiparado ao regulado] devem disponibilizar informação pública dessas condições”, que “devem ser identificadas autonomamente e denominadas ‘Condições de preço regulado'”, acrescenta o documento.

Caso contrário, os comercializadores de último recurso encontram-se obrigados a fornecer os clientes que viram recusado o pedido de aplicação deste novo regime de preços.

A decisão de extinguir, de forma gradual, todas as tarifas reguladas de venda de eletricidade a clientes finais foi tomada em 2012, dando cumprimento às imposições da Comissão Europeia e do memorando de entendimento com a ‘troika’. Mas o prazo para os consumidores abandonarem o mercado regulado, previsto para este ano, e se mudarem para um comercializador de eletricidade em mercado livre, foi prolongado por mais três anos, para 2020.

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IRS: Isenção pode chegar a salários e pensões até 632 euros

  • ECO
  • 1 Setembro 2017

O valor do mínimo de existência, patamar de rendimentos até ao qual os contribuintes não pagam IRS, vai passar a estar indexado ao IAS, de acordo com fonte próxima das negociações.

O Orçamento de Estado para 2018 preverá que o mínimo de existência — o valor abaixo do qual os contribuintes ficam isentos de pagar imposto sobre os rendimentos — passe a subir, para abranger salários e pensões até 631,98 euros, segundo avança esta sexta-feira o Correio da Manhã.

O Correio da Manhã, que cita uma fonte próxima das negociações entre os partidos do acordo parlamentar de esquerda, escreve que o valor deverá passar a estar indexado ao Indexante dos Apoios Sociais (IAS), fixando-se em 1,5 vezes esse valor. Assim, os salários e pensões isentos passam a chegar aos 631,88 euros, em vez dos atuais 607 euros mensais, definidos pelo anterior Governo, que fixara o mínimo de existência nos 8.500 euros anuais.

Dados do Fisco citados pelo jornal mostram que em 2015 estas regras se teriam aplicado a cerca de 1,54 milhões de contribuintes, que recebem anualmente entre 5 e 10 mil euros anuais.

Na terça-feira, após a reunião de negociação do Bloco de Esquerda com representantes do Governo, Mariana Mortágua disse ao ECO que “não faria muito sentido se não houvesse um desagravamento também para aqueles que constituem os mais pobres dos mais pobres”, ou seja, que o IRS seria também desgravado no primeiro escalão fiscal, o do rendimento até 7.091 euros anuais.

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Casais têm nova oportunidade para evitarem adicional ao IMI

  • ECO
  • 1 Setembro 2017

Não entregou o requerimento a pedir que o seu património fosse avaliado em conjunto para evitar pagar o adicional ao IMI? Vai ter outra oportunidade a partir da próxima semana.

Muitos casais foram apanhados de surpresa por julgarem estar isentos do Adicional ao Imposto Municipal sobre os Imóveis (AIMI). Para não terem de pagar, tinham de entregar uma declaração que lhes permitia escapar a este imposto. Mas, se não o fizeram na altura certa — entre 1 de abril e 31 de maio — têm agora uma nova oportunidade. A Autoridade Tributária (AT) vai anunciar esta possibilidade no Portal das Finanças, esta sexta-feira.

O Jornal de Negócios (acesso pago) avança que, na nota que será publicada pela AT, poderá ler-se que os casais e quem vive em união de facto vão poder alterar a matriz predial, podendo assim ficar isentos do pagamento do AIMI. O Adicional ao IMI chega em setembro para 211.690 contribuintes, que detêm imóveis cujo valor tributário total excede 600 mil euros. Este valor pode ser superior, se se tratar de casais. Nesses casos, o valor da isenção é de até 1,2 milhões de euros, mas, para isso, é preciso que o casal entregue ao Fisco uma declaração onde exerce a opção da tributação conjunta em sede de Adicional ao IMI.

Na nota, avança o Negócios, a AT explica que “caso se verifique, por meio de prova autêntica (através de escritura pública ou documento de igual valor ou, ainda, de certidão permanente de registo predial), que a titularidade dos bens não está devidamente averbada na matriz, designadamente por se tratar de um prédio integrado na comunhão de bens de sujeitos passivos casados, deve esse facto ser reflectido na matriz predial”, o que vai permitir os casais pedirem esta revisão a partir da próxima semana.

Esta alteração poderá ser pedida “directamente solicitado no Portal das Finanças, através do e-balcão, mediante a disponibilização dos códigos de certidão permanente relativamente aos prédios em causa; alternativamente, o mesmo poderá ainda ser solicitado em qualquer serviço de finanças”, de acordo com a AT, acrescentando que “a referida alteração da matriz deverá, verificados os respectivos pressupostos legais, levar à revisão dos actos tributários praticados em sede de AIMI”.

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Património superior a 600 mil euros? Pague o AIMI a partir de hoje

  • ECO
  • 1 Setembro 2017

Os contribuintes com património de valor superior a 600 mil euros podem a partir de hoje pagar o adicional ao IMI.

Se é um dos 211.690 contribuintes atingidos pelo novo adicional ao Imposto Municipal sobre os Imóveis (AIMI), saiba que a partir desta sexta-feira já pode liquidá-lo. Este imposto veio substituir o anterior Imposto de Selo aplicado aos prédios de luxo e será pago apenas uma vez por ano, sendo calculado em junho e estando disponível para pagamento durante o mês de setembro.

Serão mais de 15.000 os particulares cujo património está avaliado em 600 mil euros. Contudo, cerca de oito mil contribuintes optaram por separar ou conjugar o seu património imobiliário, de forma reduzir ou até anular a fatura do AIMI, entre eles os que têm imóveis a herdar e que entregaram uma declaração para afastar a equiparação da herança a pessoa coletiva e os casais que optaram pela tributação conjunta de forma a duplicar o valor patrimonial.

Um adicional envolto em polémicas

Desde que este imposto foi proposto que as polémicas começaram, primeiro pelas reações dos partidos. O PSD, pela voz do deputado Duarte Pacheco, criticou o adicional ao IMI afirmando que, uma vez que a austeridade já estaria ultrapassada, este seria apenas “um preço que o PS paga ao Bloco de Esquerda e à deputada Mortágua”. A diminuição do escalão de tributação de um milhão para 600 mil euros foi considerado pelo mesmo “uma ataque à classe média”.

Quando as cartas começaram a chegar às caixas de correios dos portugueses, foram muitos os casais que julgavam estar isentos de pagar adicional, mas que se esqueceram de entregar a declaração que permitia escapar — o Governo abriu, entretanto, a porta para que a partir da próxima semana possam pedir a revisão da matriz predial para evitarem serem penalizados no pagamento deste AIMI. Para vários fiscalistas, esta exigência de entrega de declaração será ilegal, questionando em muitos casos até a constitucionalidade de medida.

No caso das empresas, foram as imobiliárias a serem apanhadas de surpresa, quando receberam faturas milionárias relativas a imóveis que já esgotaram os três anos de isenção que a lei permite. Em alguns casos, a despesa fiscal ficaria nos 50 mil euros, por imóveis que já são muito difíceis de vender.

O Governo prevê que este adicional vá gerar uma receita anual de cerca de 130 milhões de euros. Anteriormente, a previsão era de 160 milhões, mas várias alterações foram implementadas — como o aprofundamento das situações de isenção das empresas –, o que levou este valor a ser revisto em baixa. O montante total será consignado à Segurança Social.

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Há novos testes de emissões a automóveis. São mais fiáveis

  • Lusa
  • 1 Setembro 2017

No seguimento do escândalo da manipulação de emissões poluentes pela Volkswagen, os testes de emissões foram revistos. Os novos testes arrancam agora.

Os novos modelos de veículos automóveis comercializados na União Europeia terão de ser sujeitos a partir de hoje a ensaios obrigatórios mais fiáveis das emissões, antes de poderem circular nas estradas europeias.

Na sequência do escândalo da manipulação de emissões poluentes pela Volkswagen, em 2015, a partir de hoje os novos veículos passam a ter de superar novos ensaios independentes mais fiáveis das emissões em condições reais de condução (RDE, na sigla em inglês), bem como um ensaio laboratorial aperfeiçoado (o chamado procedimento de ensaio harmonizado a nível mundial para veículos ligeiros, ou WLTP).

A comissária responsável pelo Mercado Interno e Indústria, Elzbieta Bienkowska, considerou que “uma rápida transição para veículos com emissões zero é do interesse de todos, tendo em conta os riscos que estão em causa para a saúde pública e o ambiente”, mas apontou que, “para já, os veículos a gasóleo continuam a fazer parte das nossas vidas”, pelo que é necessário “restaurar a confiança nesta tecnologia”.

“É por essa razão que é essencial dispor de novos testes mais fiáveis para os veículos novos. E para os veículos já em circulação cabe aos Estados-Membros fazer o seu trabalho, fazer cumprir a lei e tomar medidas adicionais, juntamente com todas as partes interessadas, a fim de reduzir as emissões da frota existente”, declarou.

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5 coisas que vão marcar o dia

Arranca o prazo para pagamento do novo adicional ao IMI. É também o dia em que a Moody's se pronuncia sobre a dívida pública portuguesa, e que o Banco de Portugal revela quanto devia o país em julho.

Com a chegada de setembro, chega também ao fim o período de férias para muitos portugueses. Neste primeiro dia do mês, não faltam dados económicos para conhecer e outras coisas em que vale a pena atentar. É esta sexta-feira que a Moody’s se pronuncia sobre o rating português. E, se tem património acima de 600 mil euros, não se esqueça de que há um novo imposto para liquidar.

O que vai fazer a Moody’s?

Hoje é o dia em que a agência de notação financeira Moody’s se pronuncia, mais uma vez, acerca do rating da dívida pública portuguesa. É uma das quatro agências cuja opinião tem validade junto do Banco Central Europeu (BCE), e foi uma das primeiras a colocar a dívida portuguesa num grau especulativo — isto é, “lixo”. O que vai fazer a Moody’s? Não se sabe, mas os investidores vão estar certamente atentos. Em relação a outros países, a Fitch vai pronunciar-se sobre o rating de Alemanha e Angola, neste último caso, num período de rescaldo das eleições presidenciais.

Quanto devia Portugal em julho?

Ainda no panorama da dívida, o Banco de Portugal (BdP) revela hoje o valor da dívida pública no mês de julho em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB). Os dados anteriores mostravam que a dívida tinha aumentado para 132,4% do PIB até junho, um valor superior aos 130,5% registados no primeiro trimestre e dos 130,3% verificados no final de 2016 — qualquer coisa como 249.084 milhões de euros na ótica de Maastricht, a que conta para Bruxelas.

Começa o prazo de pagamento do AIMI

Este dia marca também o início do prazo de pagamento do novo adicional ao imposto municipal sobre os imóveis (AIMI). Este novo imposto vai abranger um total de 211.690 contribuintes em setembro, estando em causa o património avaliado em mais de 600 mil euros. Como o ECO já explicou aqui, o AIMI vem substituir o antigo imposto de selo aplicado aos prédios de luxo e será pago uma vez ao longo deste mês de setembro.

Novos dados do emprego nos EUA

As bolsas norte-americanas valorizaram esta quinta-feira pela quinta sessão consecutiva, à boleia de dados positivos que apontam para a resiliência da maior economia do mundo. Hoje, os investidores vão saber quantos empregos foram criados nos EUA em agosto. Estima-se que tenham sido cerca de 180.000, um número que está em linha com a média mensal que tem sido verificada ao longo deste ano. Prevê-se que a taxa de desemprego ronde os 4,3%. Os dados serão publicados pelo Ministério do Trabalho.

Continuará a subir o preço do petróleo?

A grave tempestade tropical que afetou esta semana o Estado norte-americano do Texas continua a fazer mexer o mercado petrolífero, além dos milhares de milhões de dólares em prejuízos que se estima ter causado. A tempestade está a condicionar fortemente a atividade das refinarias e a fazer valorizar o crude: ontem, o contrato de WTI avançou 2,50% para ligeiramente acima dos 47 dólares. Hoje, a Baker Hughes publica o relatório semanal do número de poços em exploração no país, enquanto a Bloomberg revela dados da produção de petróleo por parte dos países da OPEP.

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Gasolina vai ter maior subida em dois anos. A culpa é do furacão Harvey

Não espere pela próxima semana para atestar o depósito do seu carro. Tanto o preço da gasolina como o do gasóleo vão subir por causa dos estragos feitos pelo furacão Harvey nos EUA.

Prepare-se. Abastecer o seu carro vai ficar mais caro a partir de segunda-feira.Paula Nunes / ECO

Viu o furacão Harvey nas notícias? Saiba que a maior tempestade nos EUA desde 2005 vai pesar bastante no seu bolso se tiver automóvel. Atestar o depósito vai ficar bem mais caro a partir da próxima semana. A gasolina prepara-se para sofrer um agravamento do preço superior a três cêntimos por litro, a maior subida em mais de dois anos. O gasóleo também sobe, mas menos.

De acordo com cálculos do ECO com base nos dados da Bloomberg, o agravamento do preço da gasolina deverá ser superior a três cêntimos por litro. A confirmar-se, será o maior aumento em mais de dois anos, superando mesmo a subida dos preços em fevereiro de 2016 provocada pelo aumento do Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP) promovida pelo então secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade.

Mas esta subida poderá chegar aos quatro cêntimos caso o comportamento do mercado esta sexta-feira reforce a tendência em alta dos produtos petrolíferos por causa da passagem da tempestade Harvey em território norte-americano que fez encerrar refinarias norte-americanas, que transformam a matéria-prima petróleo em produtos derivados como os combustíveis.

O gasóleo também deverá subir, mas de forma menos intensa. Cerca de um cêntimo por litro é quanto deverá encarecer o diesel, o mais utilizado pelos portugueses, anulando as descidas verificadas nos postos de abastecimento em Portugal nas últimas três semanas.

Preços dos combustíveis à segunda-feira

Fonte: DGEG

Estes agravamentos refletem o disparo da cotação média da tonelada métrica da gasolina durante esta semana, superior a 7%, já convertida em euros. Ao mesmo tempo, o preço médio da tonelada métrica do gasóleo valoriza 2,3%. Isto apesar de o preço do barril de ouro negro seguir quase inalterado em Londres no acumulado da semana, em torno dos 52,40 dólares.

Sendo assim, segundo os dados da Direção Geral de Energia e Geologia, tudo aponta para que o litro da gasolina aumente para perto de 1,47 euros, tratando-se do preço mais elevado desde maio. Já o gasóleo prepara-se para custar cerca de 1,22 euros por litro, um máximo dos últimos quatro meses.

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Wall Street fecha quinta sessão consecutiva de ganhos

Os três principais índices norte-americanos fecharam a avançar pela quinta sessão consecutiva, face a dados positivos da maior economia do mundo. Tecnologia voltou a brilhar, com subida perto de 1%.

As bolsas norte-americanas fecharam esta quinta-feira em terreno positivo pela quinta sessão consecutiva. Os mercados bolsistas dos Estados Unidos acompanharam a tendência das praças europeias, apoiados em expectativas de uma economia norte-americana resiliente.

Neste contexto, o índice S&P 500 fechou a valorizar 0,61% para 2.472,53 pontos. O tecnológico Nasdaq registou ganhos de 0,95% para 6.428,66 pontos, após uma subida superior a 1% na sessão anterior. Já o industrial Dow Jones avançou 0,27% para 21.952,35 pontos.

Esta quinta-feira, os investidores ficaram a par de perspetivas de uma aceleração do crescimento económico norte-americano no segundo trimestre. Outro indicador aponta para uma forte criação de emprego no mês de agosto. Em conjunto, isto deu ânimo aos investidores, que puseram o aumento das tensões com a Coreia do Norte em segundo plano.

Há ainda um terceiro tema a marcar o mercado esta quinta-feira, mas do lado das commodities. Trata-se da tempestade tropical Harvey, que provocou sérios danos no Estado do Texas, e criou fortes constrangimentos nas refinarias de petróleo na zona costeira. Os preços do petróleo estão a reagir com uma subida de 2,44% em Nova Iorque para 47,08 dólares o barril. Em Londres, a matéria-prima avançava 2,99% para 52,38 dólares.

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Como o projeto londrino TĀ TĀ Eatery chegou a Portugal

Conceito de cozinha europeia e chinesa chegou a Portugal: os fundadores Ana e Meng estão em Lisboa a 1 e 2 de setembro para cozinhar e dar a provar os pratos a 50 pessoas cada noite.

Chegou a Portugal o TĀ TĀ Eatery. A ideia do casal de chefs Ana Gonçalves e Zijun Meng acaba de chegar a Lisboa e prepara-se para tomar de assalto a cozinha do Café Garrett, dentro do Teatro D. Maria II.

A portuguesa Ana Gonçalves e o chinês Zijun Meng conheceram-se em 2009 quando ambos começaram a carreira com o chef português Nuno Mendes, no seu The Loft Project, em Londres. Entretanto, e depois de passarem também pelos projetos Viajante e Chiltern Firehouse, decidiram abrir o próprio restaurante, o TĀ TĀ Eatery, onde criam pratos que harmonizam ingredientes europeus com uma atitude asiática, comida disruptiva servida numa tigela de arroz.

Meng e Ana conheceram-se em Londres no restaurante do chef português Nuno Mendes.

“Cozinhar nunca foi um plano para nós — eu era designer gráfica com ‘o bichinho da cozinha’ e o Meng tinha estudado artes em Falmouth. Ambos fomos parar à cozinha na inauguração do restaurante com estrela Michelin Viajante e durante cinco anos, sob as ordens do Nuno Mendes, trabalhámos juntos. Sete anos depois, decidimos ter um projeto juntos”, conta Ana, em entrevista ao ECO.

 

 

O modelo “cozinhar noutras cidades

“Em 2015, a nossa ambição e paixão pelo arroz era tão profunda que decidimos construir o nosso primeiro projeto, TĀ TĀ Eatery, e ir experimentando e desenvolvendo formas de cozinhar inovadoras”. O projeto começou no Druid St Market como um ponto de venda de street food mas, à medida que os seus ricewichs e as rice bowls ganhavam popularidade, a dupla de chefs foi convidada para vários projetos pop up e, por fim, no verão de 2016, para uma residência no Curio Cabal, uma coffee shop em Haggerston, Londres.

Quase a terminar a residência no restaurante londrino, a dupla de chefs decidiu adotar o conceito “cozinhar noutras cidades” que, “além de ser uma ótima oportunidade de networking permite a nós, chefs, trabalhar com diferentes produtos e públicos”, explicam.

"Aproveitámos a oportunidade de transformámos o café num restaurante com 30 lugares, que funcionava de quarta a domingo. O que virá a seguir? Quem sabe?”

Ana Gonçalves

Chef

“Vamos trazer para Lisboa alguns pratos de assinatura e queremos trabalhar com vários produtos portugueses. Na verdade, a ideia é usar o máximo de produtos portugueses nos pratos. Queremos mostrar do que é que este mix chino-português é capaz”.

Acompanhe o projeto aqui. Os lugares podem ser garantidos aqui: ainda há disponíveis para o jantar de sábado.

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Lesados do BES escolhem Patris para gerir o fundo

  • Lusa
  • 31 Agosto 2017

Patris é a entidade escolhida para gerir o fundo que vai pagar aos lesados as indemnizações na sequência da queda do Banco Espírito Santo (BES).

A Patris é a entidade escolhida pela associação dos lesados do papel comercial para fazer a gestão do fundo que pagará as indemnizações àqueles investidores, devendo essa escolha ser oficializada este fim de semana em assembleia-geral.

"Já temos uma entidade gestora com orçamento e vai ser validada. É a Patris.”

Ricardo Ângelo

Presidente da associação dos lesados do BES

Este sábado à tarde realiza-se em Lisboa a assembleia-geral da AIEPC – Associação de Lesados do Papel Comercial, que tem um único ponto na ordem de trabalhos, a eleição da sociedade que fará a gestão do fundo de recuperação de crédito, a entidade criada para pagar aos lesados indemnizações que os compensem (ainda que parcialmente) pelas perdas sofridas com a compra de papel comercial ao Banco Espírito Santo (BES).

Segundo Ricardo Ângelo, presidente da AIEPC, a Patris foi a única entidade que apresentou atempadamente uma proposta que correspondia na globalidade ao pretendido, incluindo nas suas funções a gestão do fundo e a recuperação de créditos, nomeadamente. “Já temos uma entidade gestora com orçamento e vai ser validada. É a Patris”, disse o responsável.

A Patris, liderada por Gonçalo Pereira Coutinho, terá um mandato de 10 anos como gestora do fundo, sendo que o seu pagamento será uma percentagem do valor dos créditos conseguidos pelo fundo, disse Ricardo Ângelo, não adiantando mais pormenores.

Após esta entidade ser formalmente escolhida em assembleia-geral, explicou, esta procederá à montagem do fundo de recuperação de crédito, pedindo o seu registo junto da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), de modo a que os lesados do papel comercial assinem o contrato de adesão e recebam a primeira parte da indemnização “o mais rapidamente possível”, afirmou Ricardo Ângelo.

Para isso, disse, o mais importante é a garantia do Estado, que assegura aos lesados as três tranches de indemnização mesmo que de futuro o fundo não tenha dinheiro, estando neste momento a decorrer as negociações com o Ministério das Finanças para fechar esse dossiê.

Quanto ao banco que financiará a primeira tranche a ser paga aos clientes do papel comercial (mais de 100 milhões de euros), o presidente da AIEPC disse que o dinheiro deverá vir de um sindicato bancário, no qual poderão participar bancos como Caixa Geral de Depósitos, Montepio ou Novo Banco.

Além da Comissão Executiva, a cargo da Patris, o fundo terá uma comissão não executiva, que fiscalizará a executiva, constituída por representantes da AIEPC, do Governo e da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Em julho, o parlamento aprovou a criação dos fundos de recuperação de crédito, legislação que permite avançar com a solução para compensar os clientes lesados pela compra de papel comercial ao BES.

A lei já foi promulgada pelo Presidente da República, pelo que falta agora constituir o fundo de recuperação de créditos para começar a indemnizar os cerca de 2.000 clientes que investiram 400 milhões de euros com a compra, aos balcões do BES, de papel comercial das empresas Espírito Santo Financial e Rio Forte, dinheiro dado como praticamente perdido com o colapso do banco e do Grupo Espírito Santo (no verão de 2014).

A solução para os clientes do papel comercial foi uma promessa do primeiro-ministro, António Costa, tendo sido apresentada no final de 2016, depois de mais de um ano de negociações no grupo de trabalho constituído por Associação de Indignados e Enganados do Papel Comercial, CMVM, Banco de Portugal, ‘banco mau’ BES e Governo, através do advogado Diogo Lacerda Machado.

A solução propõe que os lesados recuperem 75% do valor investido, num máximo de 250 mil euros, isto se tiverem aplicações até 500 mil euros. Já acima desse valor, irão recuperar 50% do valor investido. Quanto ao pagamento, este será feito pelo chamado fundo de recuperação de crédito, devendo esse pagar 30% da indemnização aos lesados logo após a assinatura do contrato de adesão à solução. O restante valor será pago aos lesados em mais duas parcelas, em 2018 e 2019.

Como o fundo não terá dinheiro, terá de se financiar junto da banca, estando mesmo previsto na proposta legislativa que o Estado preste uma garantia pública para que se consiga financiar. O Estado poderá prestar mesmo garantias aos clientes lesados assegurando que receberão, em 2018 e 2019, as segunda e terceira tranches da indemnização acordada, mesmo que o fundo não tenha dinheiro nessa altura.

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