“Realismo de princípios” leva Trump a manter tropas no Afeganistão

  • Juliana Nogueira Santos
  • 22 Agosto 2017

Era um acérrimo crítico da presença militar no Afeganistão mas a presidência trouxe-lhe "realismo de princípios". Os Estados Unidos vão manter e, provavelmente reforçar, o corpo militar no país.

Enquanto empresário, Donald Trump sempre advogou que a presença das tropas norte-americanas no Afeganistão era um desperdício de recursos que deveriam estar a ser canalizados para as infraestruturas nacionais e para a melhoria das condições de vida dos norte-americanos. Uma espécie de “Make America Great Again”, mas ainda antes de se antever uma carreira política. No entanto, a mudança da Trump Tower para a Casa Branca trouxe — mais — uma mudança nos paradigmas defendidos pelo republicano.

Neste tweet de 2013, Trump garantia concordar com o presidente Obama na questão da presença no Afeganistão, afirmando que as tropas deviam executar “uma retirada apressada”. “Porque é que continuamos a desperdiçar o nosso dinheiro”, perguntava. Nesta segunda-feira, o próprio respondeu a esta pergunta: por causa dos terroristas.

Num aguardado discurso sobre o futuro das operações militares na região, o presidente dos Estados Unidos afirmou que as consequências de uma retirada apressada, como aquela que defendia em 2013, seriam “previsíveis e inaceitáveis”, na medida em que “iria criar um vácuo que os terroristas, incluindo o Daesh e a al Qaeda, iriam preencher instantaneamente”. Manter-se no território será “lutar para ganhar”.

“O meu instinto original era retirar e, historicamente, gosto de seguir os meus instintos, mas as decisões são muito diferentes quando se está atrás da secretária da Sala Oval”, justificou Trump, a partir de uma base militar na Virgínia. Aclamando que a realidade de ser presidente é diferente do que pensava, deixou um recado aos seus antecessores, afirmando que “não podemos repetir no Afeganistão os erros que os nosso líderes fizeram no Iraque”.

Assim, e para além de manter os mais de 8.000 militares destacados para o terreno, poderá estar à vista um reforço do corpo militar. Estes planos não foram confirmados pelo presidente, contudo, antes de Trump se dirigir ao país, James Mattis, secretário da Defesa dos EUA, apontou que “vários” aliados se tinham comprometido “em aumentar o número de tropas no Afeganistão”.

Nova estratégia estende-se aos parceiros

Estabelecida ficou a mudança de abordagem para com o Paquistão que, segundo o presidente, é “um posto seguro para as organizações terroristas”. Os Estados Unidos passarão então a canalizar as ajudas monetárias para a Índia, num esforço de reconstruir o Afeganistão.

“Em último caso, compete ao povo do Afeganistão assegurar o seu futuro, governar a sua sociedade e atingir uma paz permanente”, conclui o presidente, afirmando-se disponível para ser parceiro do país no alcance destas metas. Para trás ficam as ideias protecionistas reiteradas durante a campanha eleitoral, com o próprio afirmar que esta decisão foi influenciada por “um realismo de princípios”.

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Têxtil quer reforçar imagem nos mercados nórdicos

'Fashion From Portugal' é o nome da campanha de reforço de imagem que a indústria têxtil e vestuário está a apresentar junto dos mercados nórdicos.

A indústria têxtil e vestuário portuguesa, que superou em 2016, os 5.000 milhões de euros de exportações, está a lançar uma campanha de reforço de imagem designada de Fashion From Portugal. A campanha que se destina sobretudo para os mercados nórdicos, vai decorrer até ao final do corrente ano e é cofinanciada pelos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento (FEEI), enquadrado no POCI (Programa Operacional da Competitividade e Internacionalização), no Portugal 2020 e COMPETE 2020.

“A ATP está a executar um programa de reforço da imagem do têxtil e vestuário português, designada Fashion From Portugal, hoje posicionado superiormente na cadeia de valor (…), tocando quatro mercados estratégicos e que contem ainda um grande potencial de desenvolvimento, entre os quais a Espanha, sendo os restantes a Alemanha, os países nórdicos e os EUA e promovendo preferencialmente três subsetores: as marcas, a moda e o design, o private label —, no sentido lato das competências produtivas e de engenharia do produto –, e o têxtil-lar”, pode ler-se no comunicado da ATP.

A ATP destaca que as ações de coordenação deste programa serão concertadas com feiras e têxteis de moda, em consórcio com a Associação Seletiva Moda, procurando assim amplificar os efeitos da presença comercial de empresas do setor nessas mostras e nesses mercados. Os editorias de moda e publicidade em revistas especializadas, outdoors junto dos recintos das feiras decorrerão as mostras do setor nos mercados selecionados, a par de outras intervenções mais transversais constam também do programa.

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Justiça portuguesa reconhece recuperação judicial da Oi Móvel

  • Lusa
  • 22 Agosto 2017

O Tribunal de Lisboa reconheceu a recuperação judicial, formulado no Brasil, da Oi Móvel.

A Justiça portuguesa reconheceu a decisão que aprovou o pedido de recuperação judicial da Oi Móvel, empresa do Grupo Oi, no Brasil, informou hoje a Pharol em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A Pharol (antiga PT SGPS), que detém cerca de 27% da Oi, divulgou a informação da operadora brasileira, que afirmou ter tido conhecimento na segunda-feira “de sentença proferida em 09.08.2017 pelo Juízo de Comércio de Lisboa – Juiz 5 do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, por meio da qual foi reconhecida, com relação à Oi Móvel S.A. – Em Recuperação Judicial, a decisão que deferiu o processamento do pedido de recuperação judicial formulado no Brasil”.

 

Em 30 de junho de 2016, a Justiça do Rio de Janeiro aceitou o pedido de recuperação judicial da operadora de telecomunicações brasileira Oi, que não conseguiu negociar um total de 65,4 mil milhões de reais (19,6 mil milhões de euros) em dívidas.

O deferimento foi dado ao pedido apresentado pelo Grupo Oi, composto pelas empresas Oi, Telemar Norte Leste, Oi Móvel, Copart 4 e 5 Participações, Portugal Telecom e Oi Brasil.

Em 26 de janeiro, a operadora brasileira iniciou um programa para tentar chegar a um acordo com as empresas constantes da lista de credores.

O prejuízo da Oi aumentou para 3,5 mil milhões de reais (950 milhões de euros) no primeiro semestre deste ano.

No primeiro semestre, a empresa-mãe agravou os seus prejuízos para 950 milhões de euros no primeiro semestre. A queda de 32,9% dos resultados levou também a um aumento considerável da dívida, que é atualmente superior a 12 mil milhões de euros.

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Um dos únicos seis Ferrari Sergio produzidos está à venda

  • ECO + BONS RAPAZES
  • 22 Agosto 2017

Modelo recente, o Ferrari Sergio 458 foi produzido em 2015. Dois anos depois, um dos seis produzidos -- e vendidos por 2,5 milhões -- está à venda.

Por norma, são os Ferrari clássicos que mais chamam a atenção dos colecionadores e aficionados. Mas, a verdade é que também existem modelos bastante recentes, e tão ou mais raros que outros com 50 ou 60 anos. Falamos, neste caso, de um Ferrari Sergio 458, de 2015. Nunca ouviram falar? Pois, não é de estranhar. Afinal de contas, só foram feitos seis destes. Agora, um deles está à venda. Mas, preparem-se, porque o preço vai rebentar a escala…

O Ferrari Sergio foi, pela primeira vez, mostrado ao mundo, em 2013, no Salão Automóvel de Genebra. Na altura, era apenas um concept que a Ferrari tinha desenvolvido em homenagem a Sergio Pininfarina. Dois anos mais tarde, no mesmo evento, foi apresentada a versão de produção. Produção curta e extremamente exclusiva: seis unidades, cada uma a 2,5 milhões de euros.

Carros novos desvalorizam? Desenganem-se. Em dois anos, o valor deste menino duplicou. A Classic Driver está agora a vendê-lo pela “módica” quantia de 5,203,000 € – para os que ficam confusos com números tão compridos, estamos a falar de milhões, sim.

Baseado no 458 Spider, este Sergio está equipado com um motor V8 de 4.5 L, que debita 592 cavalos, e vai dos 0 aos 100 km/h em apenas três segundos. Por incrível que pareça, tem apenas 120 Km feitos. Dos seis exemplares produzidos, o primeiro, com pintura vermelha, seguiu para a SBH Royal Auto Gallery, nos Emirados Árabes Unidos, outros três seguiram para os EUA, e os restantes dois foram comprados por um cliente japonês e outro suíço. Este que aqui vemos é precisamente o que seguiu para terras helvéticas.

Agarrem-no aqui!

Este conteúdo foi produzido pela equipa do blog Bons Rapazes.

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Taxas do crédito à habitação sobem pela primeira vez em três anos

  • Rita Atalaia
  • 22 Agosto 2017

Depois de uma pausa, as taxas do crédito à habitação subiram em julho. Foi a primeira vez desde meados de 2014 que os custos do crédito das famílias se agravaram. A prestação média subiu um euro.

Pela primeira vez em três anos, a taxa de juro implícita no conjunto dos créditos à habitação registou um aumento. Os dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) mostram que a taxa acelerou em julho para 1,009%. A prestação média acabou por subir, mas muito ligeiramente, reflexo da recuperação das Euribor.

De acordo com o INE, a taxa de juro implícita no crédito à habitação subiu de 1,007% em junho, para 1,009% em julho. Tinha ficado estável em maio para voltar a descer em junho, mas a evolução das taxas Euribor, que estão associadas a quase 90% dos créditos em Portugal, levou pela primeira vez desde julho de 2014 a que registasse um agravamento dos custos dos créditos.

Juros sobem pela primeira vez em três anos

Apesar da aposta dos bancos estar a ser, neste momento, o crédito com taxa fixa, os empréstimos com taxa variável dominam. Depois de um período de forte queda, que as colocou em terreno negativo, estas taxas estabilizaram, registando pequenas variações mas sempre em níveis inferiores a zero: a taxa a três meses está em -0,328%.

A subida ligeira da taxa implícita reflete um movimento recente de recuperação das taxas de mercado em resposta à expectativa dos investidores de que Mario Draghi possa, em breve, começar a normalização da política monetária, embora só depois de terminado o programa de compra de dívida que colocou em marcha para puxar pela inflação — os preços na Zona Euro sobem, mas apenas 1,3%, abaixo dos 2% pretendidos. Esta inversão nos juros tenderá, contudo, a ser muito gradual.

A prestação média também acompanhou esta subida das taxas, embora o impacto na fatura mensal das famílias seja muito reduzido. O instituto explica que “entre junho e julho, o valor médio da prestação vencida para a totalidade dos contratos subiu um euro, para 238 euros“, acrescentando que esta mensalidade paga pelas famílias aos bancos tem por base um capital médio em dívida de 51.592 euros. Registou-se uma subida de 60 euros face ao mês anterior explicada pelo maior valor dos novos créditos.

Spreads travam taxas

Nos contratos celebrados nos últimos três meses, e ao contrário do que aconteceu no total dos créditos, a taxa implícita recuou. “A taxa de juro implícita desceu 8,5 pontos base, passando de 1,766% em junho para 1,681% em julho”, de acordo com os dados divulgados pelo instituto. Esta evolução traduz o facto de os juros terem registado uma ligeira subida, num contexto em que os bancos estão a reduzir os spreads associados aos contratos de habitação.

Este ano, e tal como no ano passado, está a assistir-se a um crescimento acelerado do crédito à habitação. De acordo com os dados mais recentes do Banco de Portugal, nos primeiros seis meses do ano, os bancos concederam um total de 6.803 milhões de euros em crédito às famílias, o montante mais elevado desde o mesmo período de 2011, com 3.821 milhões de euros destinados à habitação. O valor médio dos novos créditos subiu de 90.884 para 92.052 euros em julho. É o mais elevado desde pelo menos 2009.

Este aumento da concessão que está a ser acompanhado por um conjunto alargado de revisões em baixa dos spreads do crédito à habitação. A maioria dos bancos pratica taxas mínimas em torno de 1,5%. Os spreads chegaram perto dos 3% na crise, isto depois de terem sido de praticamente zero nos anos anteriores, voltando a cair perante a necessidade de os bancos concederem financiamento para conseguirem voltar a apresentar resultados líquidos positivos.

(Notícia atualizada às 11h45 com mais informação)

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Endividamento da economia portuguesa renova máximos: 726 mil milhões de euros

Ainda não foi em junho que o endividamento da economia recomeçou a baixar. No primeiro semestre, o endividamento agravou-se 10,9 mil milhões de euros.

Tem sido uma constante desde o início do ano. Nos primeiros seis meses de 2017, o endividamento total da economia portuguesa subiu 10,9 mil milhões de euros. Em junho, o endividamento renovou máximos para os 726 mil milhões de euros. De maio para junho, o endividamento cresceu 1,6 mil milhões de euros. O setor público não financeiro foi o responsável pelo aumento da dívida total.

“No final do primeiro semestre de 2017, o endividamento do setor não financeiro situou-se em 726,0 mil milhões de euros, dos quais 317,7 mil milhões referentes ao setor público e 408,3 mil milhões ao setor privado”, esclarece a nota de informação estatística divulgada esta terça-feira pelo Banco de Portugal.

Este endividamento corresponde ao das administrações públicas, empresas e famílias, excluindo-se os bancos. Desde janeiro deste ano que o valor do endividamento, em termos nominais, tem crescido todos os meses. No primeiro semestre, o endividamento agravou-se 10,9 mil milhões de euros.

Dados: Banco de Portugal

Além de pesar mais em termos nominais, mesmo com o crescimento da economia nos 2,8%, o peso do endividamento no PIB subiu de 385,1% em março para 385,9% em junho. Ainda assim, em comparação com o mesmo mês do ano passado, existe uma diminuição deste valor dado que, em junho de 2016, o peso era de 393,2%.

“Em relação ao final de 2016, o endividamento do setor não financeiro aumentou 10,9 mil milhões de euros, dos quais 9,9 mil milhões de euros respeitavam ao setor público e mil milhões de euros ao setor privado”, esclarece o Banco de Portugal. Ou seja, a principal explicação do contínuo crescimento do endividamento da economia está no crescimento da dívida do setor público. “O acréscimo do endividamento do setor público deveu-se, sobretudo, ao aumento do financiamento concedido pelo setor residente, com destaque para o setor financeiro (6,5 mil milhões de euros) e para os particulares (2,3 mil milhões de euros)”, esclarece ainda o BdP.

Por outro lado, também no primeiro semestre, o endividamento dos particulares reduziu-se em 300 milhões de euros.

(Atualizado às 11h36)

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ECO e Anuário dos Relógios criam Grande Prémio de Relojoaria

  • ECO
  • 22 Agosto 2017

Inscrições para a primeira edição do Grande Prémio de Relojoaria estão abertas até 30 de setembro. Concurso é uma parceria entre o ECO e o Anuário Relógios & Canetas.

O ECO e o Anuário Relógios & Canetas vão lançar o Grande Prémio de Relojoaria, uma iniciativa que distinguirá anualmente as melhores peças de relojoaria apresentadas ou lançadas em cada ano, em diferentes categorias. A primeira edição decorrerá já em 2017.

Com esta parceria, o ECO e o Anuário dos Relógios pretendem, também, promover a indústria relojoeira, as suas marcas e representantes em Portugal. Na sua primeira edição, o Grande Prémio de Relojoaria destacará os melhores em oito categorias: Relógio do Ano; Prémio Complicação; Prémio Relógio Masculino; Prémio Relógio Feminino; Prémio Relógio Desportivo; Prémio Melhor Design e Melhor Relógio do “Quotidiano” (modelos com PVP inferior a mil euros).

Existirá ainda o Prémio Especial do Júri que distinguirá anualmente uma personalidade, instituição ou iniciativa que tenha tido uma contribuição fundamental na promoção da relojoaria de alta qualidade em Portugal, numa lógica de prémio carreira.

As candidaturas estão abertas até 30 de setembro e devem ser enviadas para [email protected]. O regulamento do prémio e outras informações podem ser consultadas aqui.

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Berço da cerâmica e das bicicletas

  • Filipe S. Fernandes
  • 22 Agosto 2017

Portugal foi o primeiro produtor e exportador de cerâmica de uso doméstico em grés e faiança da União Europeia e o segundo exportador mundial.

Foi também o terceiro exportador da UE de louça sanitária, registando ainda uma posição relevante no contexto da UE enquanto produtor e exportador de pavimentos e revestimentos cerâmicos e louça ornamental. Este cluster integra os segmentos de cerâmica estrutural, de pavimentos e revestimentos, de louça sanitária, de cerâmica utilitária e decorativa em faiança e porcelana, bem como preparação de massas cerâmicas e as cerâmicas refratárias e os equipamentos para o fabrico de cerâmica tem o seu centro de gravidade na região centro, nomeadamente nas regiões de Coimbra e Aveiro.

A miríade de empresas com capacidades tecnológicas, de produção e design estende-se um pouco pela região. Se o grupo Vista Alegre Atlantis, que até 2009 teve como acionistas membros da família Pinto Basto que a fundara em 1824, em Ílhavo, e hoje pertence ao grupo Visabeira, é um dos principais porta-estandartes, há inúmeros exemplos de empresas com grande peso internacional.

Na cerâmica decorativa encontra-se as Porcelanas da Costa Verde, Porcel, Faianças Primagera, Grestel – Produtos Cerâmicos ou Matcerâmica. Nos pavimentos e revestimentos estão os casos da Proceram – Indústrias de Construção, grupo com sede em Pombal, especializado em cerâmica estrutural sendo o maior produtor em Portugal de tijolo cerâmico, incluindo tijolos, telhas e abobadilhas cerâmicas, o grupo Recer, Revigrés, Pavigrés Cerâmicas ou ainda os italianos da Gres Panaria Portugal.

Existem ainda nesta região, com extensão para Leiria de empresas na área das louças sanitárias como a Roca, grupo espanhol que tem uma dimensão global e que faz das instalações fabris a sua base global nestes tipos de produtos, que detém também a Sanitana ou Sanindusa.

Outro caso interessante é o grupo Mota Ceramic Solutions, fundado por Adelino Duarte da Mota, em 1950, como fornecedor de pastas argilas especiais para a preparação de pastas brancas para a indústria de cerâmica: hoje, a empresa é um ator importante tanto na mineração como na produção de pasta cerâmica com empresas produtoras de caulinos, direitos de exploração sobre mais de vinte e cinco concessões mineiras de quartzo e feldspato, preparação e comercialização de pastas cerâmicas prontas para faiança, grés, sanitário, eletro porcelana e porcelana fina.

Em articulação com estas empresas fornecedoras da indústria de construção civil, surgiram empresas como a OLI, que propõe soluções e produtos para o “ciclo doméstico da água” como autoclismos, módulos sanitários, tubagens, torneiras, ou a alemã Grohe Portugal, também em Albergaria-a-Velha, que produz 25% da produção total da marca (todas as linhas de produtos dirigidos a quarto de banho, SPA, soluções de duche e acessórios de banho, placas de descarga de águas sanitárias). A Cacia chegou, em 1977, a Vulcano que, com base na tecnologia da Robert Bosch, se tornou líder de mercado em Portugal com esquentadores e aquecedores térmicos de água, tornando-se posteriormente um dos principias centros de competência neste tipo de produtos. Por sua vez, a Teka tornou-se um grande fabricante de equipamentos de cozinhas, enquanto a Tensai, em Estarreja, se especializou no frio.

Nesta região, as empresas e os negócios organizam-se como peças de dominó: as peças vão-se encaixando num jogo sem fim. Por exemplo, existe a Saint Gobain Mondego – empresa filial da francesa Verallia, que reuniu em 2010 todas as atividades do grupo Saint Gobain relacionadas com o vidro de embalagem, que pertencia à antiga Vidreira do Mondego. Mas ao longo do tempo forma-se desenvolvendo empresas de transformação de vidro como o Grupo Maxividro, a Viapoli – Fibra de Vidro, a VR Fiberglass Solutions que produz telas de fibra de vidro especializadas para os setores automóvel, naval, aeronáutico, e da construção civil, ou a Biselarte – Sociedade de Vidros.

Além-cerâmica

Mas além da indústria cerâmica, a Beira Litoral alberga uma fábrica de cimento, um centro de produção em Souselas da Cimpor, dotado com uma capacidade instalada de 3,50 milhões de toneladas/ano e com funções de âmbito nacional na área ambiental com a queima de resíduos. Na indústria da pedra houve uma evolução das empresas, que passaram do produto para as soluções cada vez mais especializadas e sofisticadas, com uma subida na cadeia de valor. Como se refere na obra coletiva dirigida por J.M Félix Ribeiro, Portugal ao Centro, que contou com o apoio da Fundação Gulbenkian, há exemplos que passaram da extração à oferta de produto acabado (Marfilpe), as que apostam na matéria-prima nacional (MVC e Invest Naturalstone em Vagos), as que se especializam no ‘acabamento’ do produto e que apostam na oferta de ‘soluções’ viradas para nichos de mercado e ainda as que diversificam a sua área de oferta e atuação. Casos como o da Barmat Barros & Matias, com sede na Zona Industrial de Oiã — Oliveira do Bairro –, e fundada em 2002, disponibiliza um leque variado de soluções técnicas em pedra – soluções inovadoras e a feitio, concebidas, desenvolvidas e implementadas em colaboração com os seus clientes ou da Incoveca Granitos, empresa de Viseu que se especializou no setor transformador de rochas ornamentais, são exemplares.

Tão competitivos como o Japão

“O custo de produção em Portugal, por exemplo, é absolutamente competitivo com o do Japão”, dizia Marc Llistosella, presidente e CEO da Mitsubishi Fuso Truck and Bus, que veio assistir ao lançamento da primeira carrinha totalmente elétrica da marca na fábrica do Tramagal. Desde os anos 60 que, com a criação da fábrica da Citroen Lusitana em Mangualde, da associação da Metalúrgica Duarte Ferreira com a Berliet para fabricar camiões no Tramagal, e da criação da hoje Toyota Caetano, que o cluster da mobilidade começou a ganhar contornos.

O custo de produção em Portugal, por exemplo, é absolutamente competitivo com o do Japão.

Marc Llistosella

Presidente e CEO da Mitsubishi Fuso Truck and Bus

Como se escreve em Portugal ao Centro, “foi com o projeto Renault no início da década de 80 do século XX que este cluster deu um salto extraordinário, quando se instalaram uma grande fundição de ferro e aço para a indústria automóvel – a Funfrap, e uma unidade para fabrico de motores e caixas de velocidades. Ou seja, a maior concentração de fabrico de componentes mecânicas complexas para o setor automóvel que existiu no país. Com a saída da Renault, as duas instalações sobreviveram, mas com dimensão mais reduzida e produção reorientada, sobretudo no caso da unidade em que se fabricavam os motores, que deu origem a uma nova empresa a Cacia – Companhia Aveirense de Componentes para Indústria Automóvel, uma fábrica do Grupo Renault localizada no centro industrial da freguesia portuguesa Cacia (distrito de Aveiro), dedicada à produção de órgãos e componentes para a indústria automóvel. Nesta fábrica são produzidos componentes para motores, nomeadamente bombas de óleo, árvores de equilibragem e outros componentes em ferro fundido e alumínio”.

Uma certa integração na cadeia de fornecimento da indústria automóvel espanhola e europeia fez surgirem, tanto empreendimentos de grupos nacionais que foram nascendo crescendo, como marcas internacionais que se fixaram pelas veredas da Beira Litoral. Ao longo do tempo foram-se criando grupos nacionais como o Sodecia ou a Epedal ou Sassal, Veneporte. Mas também siglas internacionais como a Mahle, Gametal/Kirchoff, Huf, Faurecia, Brose, Dura Automative se espalham um pouco pelo território das regiões de Coimbra, Aveiro ou Viseu.

Como se assinala na obra Portugal ao Centro há uma espécie de caminho que leva do habitat ao automóvel através o têxtil para pavimentos e revestimentos. É um bom exemplo de como os negócios tradicionais se entrelaçam com os novos e assim se entretece uma malha industrial mais forte e resiliente. Nas orlas costeiras da região como Cortegaça e Ovar existia a indústria da cordoaria que estava associada à tapeçaria como aconteceu com o grupo Lusotufo que é um dos principais produtores ibéricos de pavimentos têxteis, a Sicor ou a Exporplas. A Safina de Ovar passou das alcatifas para a relva artificial de que é também um dos grandes fabricantes ibéricos. O grupo Cordex evoluiu também para a produção de espumas flexíveis de poliuretano através da Flex2000. Nos anos 1980, começaram a instalar-se empresas de têxteis técnicos tem como alvo a indústria automóvel como é o casos da sueca Borgstena Textile Portugal, em Nelas, ou a finlandesa Valmet.

O regresso das bicicletas

Duas indústrias marcam a região de Aveiro e Coimbra tendo como epicentro Águeda. Uma é a concentração de fabricantes de mobiliário metálico para escritório, com múltiplas empresas como a Guialmi, a Levira, a Rall, a Melix e a Alital. A Cortal, do grupo norte americano Haworth, esteve na génese do atual grupo Altri que controla a Ramada, em Ovar, e detém as empresas de celulose Celtejo, Caima e Celbi e ainda o grupo Cofina Media.

A outra, a indústria de duas rodas que começou pelas bicicletas, passou pelas motorizadas e regressou às primeiras, que hoje vivem uma nova prosperidade. Em 2016, Portugal foi o maior exportador europeu com 1,65 milhões de bicicletas, ou seja, 15% das exportações da União Europeia, produzindo (montando) perto de dois milhões de bicicletas. É o terceiro maior montador de bicicletas da Europa, “o que nos traz alguma responsabilidade mas também algum orgulho”, esclarece João Pires, presidente da ABIMOTA – Associação Nacional das Indústrias de Duas Rodas.

Mas Portugal não é só montador de bicicletas. E não se resume às dez empresas que montam bicicletas: o país tem uma indústria de componentes e serviços à volta, porque não é unicamente a montagem de bicicletas que vai reavivar a indústria das duas rodas em Portugal. Os componentes são fundamentais: “Temos de ter a supply chain porque, com a rapidez com que os produtos têm de chegar ao mercado, não é com os componentes a ser fabricados na Ásia que vamos conseguir superar este desafio”, acrescenta João Pires, na apresentação do Portugal Bike Value que se realizou no auditório da Câmara Municipal de Águeda. A indústria portuguesa de bicicletas é composta por empresas de pequena e média dimensão, que empregam no total cerca de 1.500 trabalhadores, dos quais 750 na produção de bicicletas e os restantes nos componentes. Mas, se se contar com empregos indiretos, o número chega aos 7.500 trabalhadores.

Em meados da primeira década do século XXI, irrompeu no mercado e na Bolsa de Lisboa um grupo que tinha como foco estratégico de negócio a metalomecânica através do fornecimento de soluções de engenharia, tanto na construção como nas energias renováveis e estaleiros navais e minas. Fundado pelos irmãos Jorge e Carlos Martins, a Martifer ganhou projeção mas as luzes da ribalta foram-se apagando à medida que a grave crise económica e financeira mergulhava a construção, as obras públicas e o investimento público na maior crise da sua história.

Hoje, o grupo subsiste e resiste mas sem a glória daqueles primeiros tempos na Bolsa. Mas a sua erupção chamou a atenção para a força deste segmento de indústria metalomecânica ligeira e pesada como são os casos da Soima, que é um dos principais fabricantes europeus de gruas em Canas de Senhorim, Seveme — localizada em Sever do Vouga, Constálica em Vouzela, Prilux em Vagos.

Na metalomecânica pesada destaca-se o grupo ASM – A. Silva Matos, em Sever do Vouga, que tem três áreas de negócio ligadas à energia: Oil & Gás, Renováveis e Equipamentos de Transportes, dirigidas por cada um dos três irmãos, tendo sido fornecedora direta do CERN em equipamentos (por exemplo equipamentos de criogenia), sendo hoje é um fornecedor de referência para a indústria energética mundial. Na construção naval e oceânica ganhou nova vida o Estaleiros Navalria em Aveiro, que foi adquirida pelo grupo Martifer em 2008, tal como os Estaleiros Navais do Mondego, adquiridos pela Atlanticeagle Shipbuilding.

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Eclipse solar devolve brilho a Bonnie Tyler. Vendas subiram 500%

  • Juliana Nogueira Santos
  • 22 Agosto 2017

Trinta e quatro anos depois do seu lançamento, as vendas de "Total Eclipse of the Heart" dispararam 500%. A culpa foi do eclipse solar.

Durante 34 anos, “Total Eclipse of the Heart” foi o hino de muitos corações partidos, mas a partir de agora será o hino do regresso mais brilhante da história da música. E a culpa é do eclipse solar.

Esta segunda-feira, a Lua passou em frente do Sol, tapando-o completamente. Em Portugal, o fenómeno foi apenas parcial mas, nos Estados Unidos, o sol desapareceu totalmente do firmamento durante alguns momentos e na escuridão surgiu Total Eclipse of the Heart. Além de Bonnie Tyler ter cantado o seu êxito num cruzeiro, acompanhada de Joe Jonas, este atingiu o primeiro lugar do top do iTunes.

Segundo números da Nielsen, de 11 de agosto para 18 de agosto, o número de reproduções da música de Bonnie Tyler na plataforma da Apple aumentou 67%, tornando-a a música mais reproduzida desta segunda-feira em território norte-americano. As mais de 93 mil reproduções foram suficientes para destronar o hit deste verão, Despacito de Luis Fonsi e Daddy Yankee.

As vendas digitais da faixa também disparam: se, no princípio do ano, a Total Eclipse of the Heart era descarregada cerca de mil vezes por semana, só no dia 20 deste mês as descargas subiram para 4 mil. Em termos semanais, isto equivale a um aumento de 503%. No YouTube, os utilizadores não ficaram indiferentes, com muitos deles a aproveitarem para deixar o seu comentário: “Só vim aqui por causa do eclipse”, pode ler-se na caixa de comentários.

No ano em que foi lançada, a faixa entrou diretamente para o número um das tabelas da Billboard, mantendo-se nesse lugar durante quatro semanas seguidas.

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Pagamentos em cash acima de 3.000 euros proibidos a partir de hoje

Uma alteração legislativa, que entra em vigor esta quarta-feira, passa a proibir pagamentos em numerário de valor igual ou superior a três mil euros.

A norma entra em vigor esta quarta-feira: a partir de hoje será proibido fazer pagamentos em numerário acima de três mil euros. A alteração da Lei Geral Tributária publicada esta terça-feira em Diário da República determina que seja utilizado um meio de pagamento específico (que não seja em numerário) em transações que envolvam montantes iguais ou superiores a três mil euros ou o seu equivalente noutra moeda.

Ao proibir que estas transações sejam feitas em numerário, a lei obriga que seja conhecida a identificação do destinatário do pagamento, seja por transferência bancária, cheque ou débito direto. Em causa estão pagamentos de bens ou prestações de serviços.

Caso o pagamento seja feito por cidadãos não residentes em Portugal, o limite sobe para os dez mil euros — “desde que não atuem na qualidade de empresários ou comerciais”, ressalva a lei. Para avaliação dos limites, os pagamentos são considerados de forma agregada, “ainda que não excedam aquele limite se considerados de forma fracionada”.

Além disso, a alteração à lei proíbe ainda o pagamento em numerário de impostos cujo montante exceda os 500 euros. As coimas previstas variam entre os 180 e os 4.500 euros.

“O disposto neste artigo não é aplicável nas operações com entidades financeiras cujo objeto legal compreenda a receção de depósitos, a prestação de serviços de pagamento, a emissão de moeda eletrónica ou a realização de operações de câmbio manual, nos pagamentos decorrentes de decisões ou ordens judiciais e em situações excecionadas em lei especial”, ressalva a lei.

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‘Tou sim, não é para mim: Fujitsu quer vender unidade de telemóveis

  • Juliana Nogueira Santos
  • 22 Agosto 2017

A tecnológica japonesa não consegue competir contra os gigantes dos smartphones e quer vender a sua unidade de produção. Ainda assim, não quer que o nome Fujitsu desapareça do mercado.

A concorrência no setor dos dispositivos móveis está cada vez mais apertada e, desta vez, parece que alguém vai ceder. A Fujitsu estará à procura de comprador para a sua unidade de telemóveis, que não está a ser rentável o suficiente para se manter sob a sua responsabilidade.

A unidade, que estará avaliada em centenas de milhões de dólares, já atraiu o interesse de diversas tecnológicas, entre as quais a Lenovo, a Huawei, a Hon Hai e dois fundos de investimento. A primeira ronda de oferta irá começar em setembro, como avança o diário japonês Nikkei.

A empresa, que ocupa de quinta posição no mercado dos smartphones no Japão, quer manter uma posição minoritária no negócio para assim tentar manter vivo o nome Fujitsu.

A japonesa junta-se assim a empresas como a Sony, a Sharp, a Toshiba e a Panasonic que, perante os números da norte-americana Apple, da sul-coreana Samsung e da chinesa Huawei, não conseguem resistir no mercado. A Fujitsu prevê vender, até março de 2018, cerca de 3,1 milhões de unidades, menos de metade das que vendeu em 2011.

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Revista de imprensa internacional

Lá fora olha-se para as eleições angolanas, o papel da mulher de Macron, a multa à Johnson & Johnson e a nova aquisição da indústria do tabaco. Na Europa há uma aliança contra aquisições estrangeiras.

É já esta quarta-feira que os angolanos decidem quem vai ser o próximo presidente de Angola. [Leia tudo sobre as Eleições em Angola aqui] Outrora uma colónia portuguesa, atualmente a situação reverteu-se com a conquista de vários negócios portugueses por parte do capital angolano — quem o diz é o The New York Times. A marcar a atualidade internacional está também uma aliança entre Itália, França e Alemanha, assim como uma multa à Johnson & Johnson, uma aquisição no mundo do tabaco e o papel de Brigitte no Governo francês.

Reuters

Italianos, franceses e alemães unidos para travar aquisições estrangeiras

Os principais Estados-membros da União Europeia querem que a Comissão Juncker reforce a regulação já existente para evitar que empresas estrangeiras façam aquisições na Europa. Um dos casos concretos que preocupa Itália, Franca e a Alemanha — os autores de uma carta divulgada na imprensa italiana — é a expansão europeia das empresas públicas chinesas. A carta é datada de 28 de julho.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

The New York Times

Johnson & Johnson multada em 417 milhões de dólares

A empresa de produtos dedicados a bebés foi multada em 417 milhões de dólares devido a uma queixa de uma rececionista que desenvolveu cancro nos ovários depois de aplicar o pó da marca no períneo durante décadas. A decisão foi apoiada em estudos realizados por cientistas de Gales em 1971 cujos resultados apontavam para uma ligação entre o pó talco e o desenvolvimento de cancro.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso condicionado)

Financial Times

Nova aquisição na indústria do tabaco

A Japan Tobacco vai comprar a segunda maior empresa de tabaco das Filipinas. Em causa está um negócio de mil milhões de dólares para a aquisição da Mighty Corporation, que tem 23% do mercado no país. A confirmar-se será o segundo negócio da empresa japonesa no mesmo território. No início do mês, a Japan Tobacco tinha adquirido a Karyadiba Mahardhika, sediada na Indonésia, por 667 milhões de dólares.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Politico

Brigitte não será primeira-dama, não terá orçamento nem salário

Macron queria criar um papel mais importante para a sua mulher, Brigitte Macron, dentro do Governo francês, mas fonte oficial do Eliseu confirmou que Brigitte não terá um orçamento próprio nem um salário. As suas prioridades serão as alterações climáticas e a luta contra a violência em mulheres e crianças. Além disso, a mulher do presidente francês poderá apoiar eventos de caridade ou com um caráter cultural e social. No início do mês, Macron tinha proposto a criação do título de primeira-dama.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

The New York Times

Angola e Portugal: O colonizado passou a colonizador

Quem o diz é o The New York Times que dedica esta terça-feira um artigo à relação histórica entre Portugal e Angola. O jornal norte-americano descreve como a relação entre os dois países reverteu-se, com os angolanos a conquistarem os portugueses. O NYT dá exemplos: as compras de casas em Cascais, as compras na Avenida da Liberdade e aquisições de empresa. As eleições angolanas ocorrem esta quarta-feira.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso condicionado)

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