Mazda RX-7 EVO, de 1985, vai a leilão

  • ECO + BONS RAPAZES
  • 14 Agosto 2017

A categoria “Grupo B” da FIA trouxe ao mundo, durante cerca cinco anos da década de 80, alguns dos carros mais potentes e sofisticados produzidos na série.

Há registos impressionantes, como o de um Audi Quattro S1, que debitava qualquer coisa como 600 cavalos. Desde o desaparecimento do “Grupo B”, em 1987, que a história dos ralis não voltou a conhecer “bestas” como estas.

Este Mazda RX-7 Evo, que vemos nas imagens abaixo, foi construído pela equipa da Mazda, mas nunca chegou a ser posto à prova em pista, porque só foi concluído após o fim da categoria.

O exemplar de 1985 é um de sete alguma vez construídos, e crê-se que seja, atualmente, o único ainda “vivo”. Posto isto, não é difícil de perceber por que é que vai ser leiloado pela Sotheby’s no próximo mês de setembro.

 

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Juros da dívida portuguesa reforçam mínimos de um ano antes do PIB

Dia de PIB marcado por descida da perceção de risco de Portugal nos mercados. Juros a dez anos cedem para o nível mais baixo do último ano.

Descompressão no mercado secundário nacional esta segunda-feira de manhã, a poucas horas de o Instituto Nacional de Estatística (INE) revelar os dados sobre o crescimento económico no segundo trimestre do ano — à volta dos 3%, ao que tudo indica. Os juros da dívida a dez anos cedem para mínimos do último ano. Investidores tranquilos.

As yields descem em toda a linha, isto é, os investidores estão a exigir menos para comprar dívida portuguesa entre si. No caso da maturidade de referência, a taxa associada às obrigações a dez anos cai 2,6 pontos base para 2,827%, tratando-se do nível mais baixo desde o dia 14 de agosto do ano passado, há exatamente um ano. Também a cinco anos a taxa de juro exigida cede 2,4 pontos para 1,141%, negociando em mínimos desde o início do ano passado.

Embora muitos investidores estejam de férias, refletindo-se num menor volume de transações, as atenções do dia vão estar viradas para o INE e para o anúncio (ainda que preliminar) acerca da produção de riqueza no país no último trimestre. Os analistas esperam um crescimento de 3%, tratando-se do terceiro crescimento consecutivo acima da zona euro.

Juros em queda antes do PIB

Fonte: Bloomberg

“Os sinais de recuperação económica iniciada em meados de 2016 têm ganho suporte, antecipando‐se que o ritmo de crescimento da atividade alcance o patamar de 2,8% este ano, desacelerando ligeiramente para 2,2% em 2018”, assume o Departamento de Estudos Económicos do Banco BPI.

Nos prazos mais curtos a descida dos juros também é visível. Caem cerca de um ponto base para valores ainda mais negativos: os bilhetes a três meses negoceiam nos -0,292% e os bilhetes a 12 meses estão nos -0,308%, antes de o Tesouro português regressar aos mercados de dívida de curto prazo na quarta-feira. Pretende levantar até 1.000 milhões de euros em títulos a três e 11 meses.

"Os sinais de recuperação económica iniciada em meados de 2016 têm ganho suporte, antecipando‐se que o ritmo de crescimento da atividade alcance o patamar de 2,8% este ano, desacelerando ligeiramente para 2,2% em 2018.”

Departamento de Estudos Económicos do Banco BPI

A descida dos juros também se observava no mercado espanhol e italiano, por exemplo. As obrigações espanholas a dez anos assistem a uma queda da yield em 2,4 pontos para 1,434%. No caso italiano, o juro está nos 2,015%. Já as bunds alemãs registam um ligeiro agravamento: a taxa a dez anos avança 2,2 pontos para 0,404%.

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Incêndio de Vila de Rei obrigou à evacuação de 112 pessoas

Por causa dos incêndios estão cortadas as estradas nacionais 238 e 348. Três mil bombeiros combatem mais de 90 incêndios esta manhã

São 12 os incêndios de grandes proporções que ainda lavram em Portugal, depois de um fim de semana complicado em que foram batidos dois recordes consecutivos em número de ocorrências. Há mais de três mil bombeiros a combater as chamas.

De acordo com a página da Proteção Civil, ao final da manhã o número de ocorrências voltou a aumentar 211, contra as 91 ao início do dia, que estão a ser combatidos por 3.680 operacionais com a ajuda de cerca de mil meios terrestres e 32 meios aéreos. Os incêndios que mobilizavam mais meios eram os de Carvalhosas, no distrito de Coimbra, Vila de Rei, em Castelo Branco, mas também em Santarém.

Por causa dos incêndios estão cortadas as estradas nacionais 238 e 348, entre Chão da Serra e Vale Azul.

Em Portugal ainda há cinco distritos sob alerta máximo de incêndio, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera: Castelo Branco, Guarda, Viseu, Bragança e Vila Real. O resto do território está em risco elevado, ou muito elevado, de incêndio. São estas condições atmosféricas que dificultam o combate aos incêndios, embora, como disse a adjunta nacional de operações, Patrícia Gaspar, no briefings de domingo de manhã, “a culpa não é do tempo”. “A meteorologia não provoca incêndios florestais, dificulta o seu combate”. A este propósito, recordou que mais de 90% das ocorrências de incêndios florestais têm intervenção humana, seja intencionalmente ou por negligência, e que ambas são crimes.

Os incêndios levaram a que já tenham sido acionados seis planos de emergência municipal, sendo que o último foi ativado ontem em Vila de Rei, revelou Patrícia Gaspar, no briefing desta manhã. Este fogo continua a ser um dos que suscita mais preocupações às autoridades. Há oito meios aéreos mobilizados para combater este incêndio, que “deflagrou com uma velocidade de propagação acima do normal”, disse a adjunta nacional de operações e que obrigou à evacuação de 112 pessoas durante a tarde e noite de domingo. As autoridades estão também a aproveitar o período da manhã para tentar controlar o fogo, já que as temperaturas não são tão altas.

O fogo da Mealhada foi, entretanto, dado como dominado, assim como o incêndio de Alvaiázere, Leiria, embora mobilize ainda 289 operacionais e 82 meios terrestres. O incêndio em Parada do Pinhão, no concelho de Sabrosa, distrito de Vila Real, que começou pelas 13h00 de domingo, foi extinto, e estão a decorrer os trabalhos de rescaldo, disse à Lusa fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro de Vila Real. E pelas 14h00 de segunda-feira, foi a vez do incêndio de Carvalhosas, que alastrou aos municípios de Vila Nova de Poiares e de Miranda do Corvo, ser dado como controlado. A Proteção Civil considera um incêndio “em resolução” quando é afastado o perigo de “propagação para além do perímetro já atingido”.

No briefing desta manhã, Patrícia Gaspar fez uma atualização ao número de feridos provocados pelos incêndios — de 42 para 45 feridos ligeiros. Sublinhou que se mantém o apoio dos militares (15 pelotões no teatro das operações) e que a rede Siresp “para já está estabilizada”.

Bruxelas tem como prioridade ajudar Portugal

Portugal mantém o pedido de ajuda à União Europeia e esta manhã a Comissão anunciou que ajudou a mobilizar “apoio substancial” a Portugal no quadro do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, garantindo que o combate aos incêndios em Portugal é, neste momento, “uma prioridade para a UE”.

O executivo comunitário revelou que, depois de as autoridades portuguesas terem ativado, no sábado, e pela segunda vez neste verão, o Mecanismo Europeu de Proteção Civil para assistência ao combate aos incêndios florestais no país, Bruxelas ajudou a mobilizar apoio, tendo os contributos chegado de Espanha. “Espanha ofereceu mais de 120 bombeiros, 27 veículos e três aviões de combate a incêndios que, atualmente, operam em áreas afetadas”, indicou a porta-voz Annika Breidthardt na conferência de imprensa diária da Comissão, citada pela Lusa.

Numa declaração divulgada em Bruxelas, o comissário europeu responsável pela Ajuda Humanitária e Gestão de Crises, Christos Stylianides, assegurou que “ajudar Portugal neste momento é uma prioridade para a UE” e agradeceu a pronta resposta das autoridades espanholas ao pedido de assistência português. “O nosso Centro de Coordenação de Resposta de Emergência em Bruxelas, que monitoriza permanentemente os desastres naturais, está em constante contacto com as autoridades de proteção civil portuguesas e segue todos os desenvolvimentos. Estão a enfrentar um verão muito difícil e a sua dedicação e coragem são um exemplo para todos”, afirmou.

Artigo atualizado às 14:59

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Bolsa de Lisboa avança com recuperação na Europa

INE revela números preliminares do PIB esta manhã. Analistas esperam crescimento à volta de 3%. PSI-20 avança em linha com ganhos na Europa. Liquidez vai ser reduzida, avisa BPI.

A economia portuguesa terá crescido mais de 3% no segundo trimestre do ano e, à espera dessa confirmação pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta manhã, a bolsa de Lisboa inicia a semana em terreno positivo, em linha com os principais índices europeus.

O PSI-20, o principal índice português, ganha 0,34% para 5.219,10 pontos. Recupera de parte da queda de 1% registada na sexta-feira, com as ações do BCP, EDP e Jerónimo Martins em maior destaque. O banco soma mais de 1%. Já a elétrica e a retalhista apresentam-se em alta mais ligeira, de 0,3% e 0,4%, respetivamente.

“Prevê-se que esta seja uma semana bastante tranquila em termos de atividade, já que muitos investidores se encontram em férias. Apesar de amanhã ser feriado, a bolsa nacional irá negociar de forma habitual”, referiram os analistas do BPI no seu Diário de Bolsa.

Entre as 13 cotadas que seguem acima da linha de água, destaque ainda para as ações dos CTT, que ganham 1,98% para 5,45 euros, depois de o JPMorgan ter melhorado a recomendação sobre o título para para “Neutral” com uma avaliação de 5,5 euros. Seria o melhor desempenho em Lisboa não fossem os papéis da Pharol, que ganham 3,97% para 0,314 euros, depois da queda de 7% registada na sexta-feira.

Entretanto, lá por fora, depois de uma semana de vendaval vendedor por causa da escalada do risco com a troca de palavras entre Washington e Pyongyang, a semana inicia-se de forma relativamente mais otimista, com as praças de Frankfurt, Madrid, Paris e Londres a evidenciarem ganhos entre 0,4% e 0,8%.

“Depois de na semana a escalada de tensão entre os EUA e a Coreia Norte ter subido para níveis sem precedentes, os receios geopolíticos neste primeiro dia de semana parecem ter diminuído. (…) Tradicionalmente, a semana de 15 de agosto é a segunda menos transacionada do ano, só precedida pela semana do Natal. Contudo, dada a situação geopolítica e dado o nível de alerta dos investidores, a diminuição do volume poderá ser menos expressiva do que nos anos anteriores”, notam os analistas do BPI.

"Tradicionalmente, a semana de 15 de agosto é a segunda menos transacionada do ano, só precedida pela semana do Natal. Contudo, dada a situação geopolítica e dado o nível de alerta dos investidores, a diminuição do volume poderá ser menos expressiva do que nos anos anteriores.”

Analistas do BPI

Diário de Bolsa

(Notícia atualizada às 8h23)

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Marcelo já deu luz verde a diploma que reduz multas nos transportes públicos

  • ECO
  • 14 Agosto 2017

Multa cai para metade se for paga imediatamente ou no prazo de 15 dias. Presidente da República promulgou o diploma no início do mês.

O Presidente da República já promulgou, no início do mês, o diploma que corta para metade as multas nos transportes públicos pagas voluntariamente. De acordo com o Jornal de Negócios, a promulgação data de 2 de agosto.

Com esta medida, o Governo tenta combater a falta de cobrança de multas desde que, em 2014, essa passou a ser uma competência da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT). A multa será reduzida em 50% se for paga imediatamente ou no prazo de 15 dias. Já as multas mais antigas poderão ser pagas com um desconto de 75%. Citando o Expresso, o Negócios dá conta de que existem cerca de 60 milhões de euros de multas relativas a infrações nos transportes públicos por cobrar.

Ainda de acordo com o Jornal de Negócios, a taxa de fraude detetada no Metro de Lisboa diminuiu para 6,73% em 2016, contra 7,44% em 2015. Mas esta quebra é resultado da “diminuição do número de abordagens efetuadas”, bem como “do número de coimas emitidas”, de acordo com o relatórios e contas de 2016 da empresa. Ou seja, diminuiu a fiscalização. Isto deveu-se ao “limitado número de efetivos ao serviço nas equipas de fiscalização”, à suspensão do serviço quando houve falhas nas máquinas de venda automática e ao equipamento de fiscalização obsoleto.

No final do ano passado, a empresa tinha quatro milhões de euros de multas por cobrar por falta de título de transporte válido.

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Angry Birds na bolsa a valer dois mil milhões

A Rovio Entertainment pretende ir para a bolsa no próximo mês através de uma oferta pública inicial que poderá avaliar a dona dos Angry Birds em cerca de dois mil milhões de dólares.

Depois do jogo, o filme Angry Birds. Rovio procura levantar 400 milhões do IPO.Angry Birds

Adepto do jogo Angry Birds? Também já vai poder investir no jogo de telemóvel que o prende muitas horas diante do ecrã. Isto porque a Rovio Entertainment tem planos para lançar a Oferta Pública Inicial (initial public offering, IPO) no início do próximo mês numa operação que poderá avaliar a empresa em cerca de dois mil milhões de dólares (cerca de 1,7 mil milhões de euros), segundo adiantou fonte próxima do processo à agência Bloomberg.

De acordo com a mesma fonte, a Rovio — que detém o jogo e ainda um filme sobre os Angry Birds — deverá levantar aproximadamente 400 milhões de euros com a ida para o mercado bolsista local, na Finlândia. Mas não foram ainda tomadas decisões finais sobre o processo e entre as opções em cima da mesa poderá estar mesmo a manutenção do estatuto de empresas de capital fechado.

Carnegie Bank, Danske Bank e Deutsche Bank estão entre os bancos que estão a assessorar uma eventual estreia em bolsa da Rovio. Nenhuma destas entidades quis fazer comentários.

A Rovio está sediada na localidade finlandesa de Espoo, e obteve um crescimento das receitas de 34% em 2016, para os 190,3 milhões de euros. O EBIT — lucro antes de juros e impostos — situou-se nos 17,5 milhões de euros, depois de ter registado perdas no ano anterior.

Parte do seu negócio já foi alienado à Kaiken Entertainment, uma startup liderada pelo anterior presidente executivo da Rovio Mikael Hed e outros trabalhadores da empresa. Este negócio, realizado em março, incluiu o estúdio de animação da Rovio, o negócio de edição de livros e algumas propriedades não relacionadas com o Angry Birds, numa operação que fez parte da reorganização da empresa.

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2017 pode vir a ser o melhor ano para o imobiliário desde 2010

  • ECO
  • 14 Agosto 2017

Maior procura de investidores estrangeiros, corrida ao alojamento local, baixa remuneração dos depósitos bancários e o facto de boa parte dos negócios estar a ser feita a pronto explica boom.

Este poderá ser o melhor ano para o imobiliário desde 2010. A venda de imóveis aumentou 30% no primeiro semestre e, a manter-se este ritmo, 2017 vai registar um novo marco.

Os dados finais ainda vão ser revelados esta semana pela da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária (APEMIP), mas o Diário de Notícias adianta já esta segunda-feira alguns números. O boom é explicado pela maior procura por parte de investidores estrangeiros, também com os vistos gold, a corrida ao alojamento local, a baixa remuneração dos depósitos bancários, já que os juros estão em níveis historicamente baixos e o facto de boa parte dos negócios estar a ser feita a pronto, avança o jornal.

“O imobiliário é um setor que passa uma imagem de segurança. A compra de casa com capital próprio é um fenómeno a que já assistimos há cerca de um ano e que acredito que vai continuar a crescer a par do maior número de casas vendidas”, avança o presidente da APEMIP, Luís Lima.

"O imobiliário é um setor que passa uma imagem de segurança. A compra de casa com capital próprio é um fenómeno a que já assistimos há cerca de um ano e que acredito que vai continuar a crescer a par do maior número de casas vendidas.”

Luís Lima

Presidente da APEMIP

Para muitos portugueses a compra de casa é uma opção para aplicar as economias, até porque os juros baixos tornam os depósitos pouco atrativos. No primeiro semestre do ano, foram depositados 32,8 milhões de euros; menos 3,7 milhões de euros face a 2016, indica o DN. Mas, o boom do imobiliário também se traduz num aumento do crédito à habitação.

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Vice-presidente dos EUA diz que uma “ditadura” na Venezuela é “inaceitável”

  • ECO e Lusa
  • 14 Agosto 2017

"Os EUA não vão descansar nem ceder até que uma democracia plena e próspera seja instalada na Venezuela", disse o vice-presidente norte-americano numa deslocação à Colômbia.

O vice-presidente dos Estados Unidos disse no domingo, na cidade colombiana de Cartagena das Índias, ser “inaceitável” uma “ditadura” na Venezuela e afirmou que a Casa Branca vai continuar a pressionar Caracas para que a democracia seja restaurada.

“Uma ditadura na Venezuela é totalmente inaceitável, não só para o nosso Presidente e para os Estados Unidos mas para toda a região”, disse Mike Pence numa conferência de imprensa conjunta com o Presidente colombiano, Juan Manuel Santos.

"Uma ditadura na Venezuela é totalmente inaceitável, não só para o nosso Presidente e para os Estados Unidos mas para toda a região.”

Mike Pence

Vice Presidente do EUA

Na sua conta oficial na rede social Twitter disse mesmo que “os EUA não vão descansar nem ceder até que uma democracia plena e próspera seja instalada na Venezuela”.

O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, está na Colômbia, primeira etapa daquele que é, até ao momento, o périplo ao mais alto nível da administração de Donald Trump à América Latina.

Este périplo será marcado pela atual crise política na Venezuela e pelas recentes declarações do Presidente norte-americano sobre uma possível “opção militar” naquele país.

“Temos várias opções para a Venezuela, incluindo uma possível opção militar, se necessário”, afirmou, na sexta-feira passada, o Chefe de Estado norte-americano, sem precisar mais detalhes. “A Venezuela não é longe e há pessoas que sofrem e pessoas que morrem”, acrescentou Trump.

No momento da partida, Mike Pence avançou na rede social Twitter os propósitos desta viagem: “Em nome de POTUS [sigla em inglês usada para referir o Presidente dos Estados Unidos], partimos rumo à Colômbia para nos encontrarmos mais tarde com o Presidente Juan Manuel Santos”.

Durante a próxima semana, Pence irá deslocar-se também à Argentina, ao Chile e ao Panamá. “Colômbia, Argentina, Chile e Panamá representam o futuro, o futuro da liberdade, a oportunidade, o comércio e o crescimento, enquanto a Venezuela continua no passado de ditaduras e de opressão”, declarou, por sua vez, um alto funcionário da Casa Branca, que pediu para não ser identificado.

Com esta viagem, Mike Pence vai procurar reafirmar o compromisso do Governo de Trump com a América Latina e fortalecer o esforço multilateral para isolar a Venezuela, país envolvido numa profunda crise económica e política.

Colômbia, Argentina, Chile e Panamá constam entre os 12 países que concordaram esta semana em Lima (Peru) não reconhecer qualquer decisão da recém-instalada Assembleia Constituinte.

A instalação recente da Assembleia Constituinte, descrita pela oposição como uma tentativa de instaurar uma “ditadura comunista” na Venezuela e qualificada pelos Estados Unidos como “ilegítima”, aumentou a tensão nas relações Caracas/Washington. Os dois países deixaram de estar representados ao nível de embaixadores desde 2010.

A Venezuela vive a sua pior crise política desde há décadas, com manifestações das quais resultaram 125 mortos e milhares de feridos em quatro meses, mas o Presidente venezuelano Nicolás Maduro, cuja saída é exigida pelos manifestantes, tem permanecido impassível face às pressões internacionais.

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OPA ao Montepio arranca hoje. Associação Mutualista prevê investir 60 milhões

Associação Mutualista paga um euro por cada unidade do fundo do Montepio Geral. Objetivo passa por retirar banco de bolsa e abrir a porta da instituição aos acionistas da economia social.

Arranca esta segunda-feira a Oferta Pública de Aquisição (OPA) da Associação Mutualista Montepio Geral sobre a Caixa Económica Montepio Geral, numa operação em que a entidade liderada por Tomás Correia prevê investir 59 milhões de euros para adquirir as unidades de participação do fundo do banco. O objetivo passa por retirar o Montepio de bolsa, numa estratégia mais alargada que visa a entrada de novos acionistas, como a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

A Associação Mutualista oferece um euro por cada unidade do fundo que está cotado em bolsa, um valor igual ao que estes títulos foram vendidos numa primeira fase a investidores de retalho. Pretende adquirir os 15% do fundo que ainda não está na sua posse.

O período da oferta decorre entre as 8h30 desta segunda-feira e as 15h30 do dia 8 de setembro. Os detentores das unidades de participação que aceitem a oferta poderão revogar as suas declarações de aceitação até às 23h59 do dia 3 de setembro de 2017. Para o dia 11 de setembro está agendado o apuramento e divulgação dos resultados da oferta.

A OPA surge num contexto de fortes alterações empreendidas pela administração do banco liderada por Félix Morgado e até pelo principal acionista, a Caixa Económica. Além da OPA, a Associação Mutualista decidiu avançar para um aumento de capital de 250 milhões de euros e para a transformação da caixa económica em sociedade anónima, na qual as unidades de participação darão lugar a ações do banco.

De resto, no prospeto aprovado na sexta-feira, a Associação Mutualista anunciou que manterá uma ordem permanente de compra também sobre as ações que sejam entretanto emitidas e que estejam na posse de quem não aceitou vender as unidades nesta OPA.

Foi a 4 de julho que a Associação Mutualista anunciou o lançamento da OPA. Desde então a instituição tem estado ativa na aquisição de unidades ao ponto de ter adquirido no espaço de quase um mês metade daquilo que era o objeto da oferta e de ter chegado à última sexta-feira com 85% do fundo já nas suas mãos.

Segundo anunciou Tomás Correia na altura, a OPA representa “uma medida fundamental para que, após a sua transformação em sociedade anónima, o capital social da Caixa Económica venha a ser detido, na maior extensão possível, por entidades da economia social”. “É um importante passo para dar corpo à estratégia de tornar a Caixa Económica na Instituição Financeira da Economia Social, podendo assim contribuir ativamente para o desenvolvimento do nosso país”, frisou o presidente da Associação Mutualista

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5 coisas que vão marcar o dia

PIB, turismo e Montepio marcam a agenda nacional. Lá por fora, a produção industrial na zona euro e o conflito verbal entre EUA e Coreia do Norte deverão merecer atenção dos investidores.

Quanto é que crescemos no segundo trimestre? O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga esta segunda-feira a estimativa preliminar para o crescimento da economia portuguesa no segundo trimestre. Crescemos 3% como preveem os analistas? Ainda por cá, inicia-se o período da Oferta Pública de Aquisição (OPA) da Associação Mutualista sobre a Caixa Económica Montepio Geral. Lá fora, investidores vão estar atentos ao evoluir dos acontecimentos em relação ao conflito entre Washington e Pyongyang.

Quanto crescemos?

O INE divulga a estimativa para o crescimento da economia portuguesa no segundo trimestre do ano. Os analistas apontam para um ritmo de expansão superior aos três primeiros meses de 2017. Previsões apontam para uma taxa de crescimento de 3%.

Turismo a crescer

Um dos principais contribuintes para a expansão da atividade económica tem sido o setor do turismo. A agência de estatísticas atualiza os números relativos ao número de turistas que Portugal recebeu até junho deste ano. Entre janeiro e maio, os hotéis portugueses registavam um aumento de 10% face ao mesmo período do ano anterior.

Arranca a OPA sobre o Montepio

Está lançada a oferta pública de aquisição da Associação Mutualista sobre a Caixa Económica Montepio Geral. Em causa está uma contrapartida de um euro por cada unidade de participação do fundo do banco. A oferta começa esta segunda-feira e termina a 8 de setembro.

Eurostat atualiza produção da indústria na zona euro

Lá fora, o Eurostat atualiza dos dados da produção industrial no bloco da moeda única relativos a junho. O consenso dos analistas sondados pela Bloomberg aponta para um crescimento homólogo de 2,8% naquele mês. Isto depois de ter crescido 4% em maio.

Até onde vai o conflito entre Washington e Pyongyang?

Trump deixou novo aviso à Coreia do Norte na sexta-feira, contribuindo para a intensificação dos receios dos mercados em relação a um potencial conflito nuclear entre Washington e Pyongyang. Na última semana, as bolsas perderam mais de um bilião de dólares por causa do aumento do risco. É para continuar?

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Portugal cresce acima da zona euro. Há quanto tempo isto não acontecia?

  • Margarida Peixoto
  • 14 Agosto 2017

O INE revela a estimativa do PIB do segundo trimestre esta segunda-feira. Portugal deverá confirmar nove meses a crescer mais do que a zona euro. Desde 2001 que isto não acontecia.

Esta segunda-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE) vai divulgar a estimativa preliminar para o crescimento do PIB português, no segundo trimestre. A expectativa é que o número seja ainda melhor do que o dos primeiros três meses do ano e é já muito provável que se destaque como o terceiro crescimento consecutivo acima da média da zona euro. A concretizar-se, um período de crescimento assim não se verificava desde o final de 2001. O ECO regressou ao passado para colocar o presente em perspetiva. Venha daí.

Estávamos em pleno mandato de António Guterres. A Expo’98 ainda estava na cabeça dos portugueses e a euforia da construção dos dez estádios para receber o Euro 2004 já estava à vista. O Porto tinha sido capital europeia da cultura e nas rádios a Kylie Minogue cantava “Can’t get you out of my head” — estava no top em Portugal. Quando estreou Mulholland Drive, de David Lynch, nos cinemas portugueses já se pagava com euros. E entre outubro de 2001 e junho de 2002 a economia portuguesa cresceu mais do que a zona euro. Foi o último período de nove meses consecutivos em que Portugal cresceu acima da média do euro, até hoje.

Portugal versus a zona euro

Fonte: Eurostat

Segundo os economistas ouvidos pela Lusa, no segundo trimestre Portugal deverá ter crescido em torno de 3%, quando comparado com os mesmos três meses de 2016. Se se verificar, este número fica acima dos 2,8% registados no primeiro trimestre do ano. Manuel Caldeira Cabral, ministro da Economia, também já tinha dito que “há alguns sinais de que o segundo trimestre possa ter um crescimento superior” ao do primeiro.

Esta segunda-feira o INE ainda não vai revelar quais os componentes que mais puxaram pelo PIB — poderá dar apenas umas pistas. No primeiro trimestre, a procura externa líquida deu um contributo positivo (de 0,5 pontos percentuais) e a procura interna ajudou com os restantes 2,3 pontos. Tanto o investimento, como as exportações cresceram; já o consumo privado e o público desaceleraram.

Apesar da coincidência de, nos dois períodos, Portugal estar a andar mais depressa do que os parceiros da moeda única, a economia vivia ciclos muito diferentes. No final de 2001, início de 2002, Portugal estava a abrandar — como aliás também estava o resto da União Europeia — depois de um ciclo de crescimentos mais expressivos, onde era normal crescer mais de 3%. Portugal só levou mais tempo a abrandar do que o resto dos parceiros, mas depois não recuperou com o mesmo vigor. Agora, pelo contrário, a economia portuguesa vem de um período de crise acentuada, com uma recessão profunda.

Para colocar em perspetiva o crescimento e as características da economia nacional agora, com as que evidenciava no início do século, o ECO mostra-lhe um frente a frente entre os dois períodos, para os quatro componentes do PIB. Como ainda não há dados desagregados para o segundo trimestre de 2017, a comparação é feita entre o primeiro trimestre de 2002 e o primeiro de 2017.

Quanto pesam as importações no PIB?

Fonte: INE

Em 15 anos, o peso das importações no PIB subiu para mais de 40%. A alteração mostra o aumento do grau de abertura da economia nacional, mas não só: Portugal continua a depender de muitas importações tanto para o consumo, como para o investimento.

E as exportações?

Fonte: INE

Esta é uma das alterações estruturais vividas nos últimos 15 anos que é mais visível. As exportações têm crescido de forma consistente e o seu peso no PIB supera já os 40%. Esta característica ainda se mantém no período de crescimento que o país atravessa agora e confere um maior grau de sustentabilidade ao crescimento. Um dos dados importantes a avaliar agora no segundo trimestre de 2017 será saber se as exportações crescem o suficiente para manter um contributo positivo da procura externa líquida.

Quanto vale o consumo privado?

Fonte: INE

Em 2002, o consumo privado pesava 60,6% no PIB. 15 anos depois, o peso manteve-se praticamente inalterado, nos 64% do PIB.

E o investimento?

Fonte: INE

Já o investimento registou uma quebra significativa. De 26,8% do PIB, passou a 15,2%. Os economistas têm alertado para os riscos que corre uma economia que não investe, sublinhando que sem investimento Portugal compromete crescimento futuro. Contudo, a história também já demonstrou que não basta investir muito para crescer.

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Passos reitera que não se demite por causa das autárquicas

  • Lusa
  • 13 Agosto 2017

O PSD “não precisa de fazer prova de vida” e que até tem alertado para muitas coisas certeiras que o Governo “tem tentando esconder do país”, disse Passos Coelho.

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, reiterou este domingo que não tenciona demitir-se caso o resultado das eleições autárquicas fique aquém dos objetivos do PSD e frisou que o partido está “mobilizado” e a preparar o futuro.

“Não vou aqui introduzir nenhum elemento novo nessa matéria [de uma possível demissão]”, afirmou aos jornalistas, antes de entrar na festa que marca a “rentrée” política do partido e que se realiza no Calçadão de Quarteira, no concelho de Loulé, no Algarve.

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, discursa durante a festa anual do PSD no Algarve no Pontal, Quarteira, 13 de agosto de 2017. Luis Forra/LUSA

Questionado sobre se a sua ida ao Pontal é uma espécie de prova de vida do partido, Passos Coelho sublinhou que o PSD “não precisa de fazer prova de vida” e que até tem alertado para muitas coisas certeiras que o Governo “tem tentando esconder do país”.

Prometendo aprofundar esse tema durante o seu discurso, Passos Coelho aproveitou ainda para deixar uma mensagem acerca da forma como, dois meses depois da tragédia, o “dossier” dos incêndios de Pedrógão Grande está a ser gerido.

“O que custa sobretudo é que (…) poucas lições tenham sido tiradas e que continue a haver uma imagem de profundo, eu direi, desespero, até da forma como o Estado não tem conseguido tratar esta situação”, concluiu.

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