Pelo menos uma vítima mortal de atropelamento em Nova Iorque

  • Marta Santos Silva
  • 18 Maio 2017

Um veículo atropelou várias pessoas e fez pelo menos um morto e 19 feridos em Times Square. O condutor do automóvel foi detido, e é um jovem nova-iorquino com histórico de conduzir alcoolizado.

Um veículo atropelou várias pessoas esta quinta-feira em Nova Iorque, e o departamento de bombeiros de Nova Iorque confirmou na sua conta oficial do Twitter que uma pessoa morreu e 12 tinham ficado feridas, atualizando pouco depois o segundo número para 19. O incidente teve lugar num passeio da icónica Times Square, na cidade norte-americana. A polícia descarta que se trate de um atentado terrorista, e já deteve o condutor.

De acordo com a televisão norte-americana CBS, a polícia nova-iorquina descartou que se tratasse de um atentado terrorista. O condutor do automóvel já foi detido e suspeita-se que estivesse alcoolizado ou sob o efeito de drogas quando conduzia o automóvel que começou por seguir em contramão antes de subir o passeio apinhado. O homem é nova-iorquino e tem 26 anos, de acordo com a polícia, e já tinha sido detido por conduzir sob o efeito de substâncias psicotrópicas antes. A polícia nova-iorquina encerrou a circulação no bairro.

O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, escreveu no Twitter que o presidente dos Estados Unidos Donald Trump já tinha “sido informado sobre a situação em Times Square e continuaria a receber atualizações”.

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Dois call centers da Altice criam até 500 empregos em Vieira do Minho

  • Lusa
  • 18 Maio 2017

A Altice prepara-se para abrir o segundo call center em Vieira do Minho, com um investimento de 1,1 milhões de euros, que deverá arrancar com cerca de 100 trabalhadores.

Os dois call centers da Altice, em Vieira do Minho, deverão criar entre 400 e 500 postos de trabalho, afirmou, esta quinta-feira, Armando Pereira, cofundador da empresa.

“Penso que vamos conseguir criar 400 a 500 postos de trabalho, o que é enorme para uma vila como esta, é algo que nunca existiu na história do concelho”, afirmou Armando Pereira em Vieira do Minho, à margem da inauguração de uma exposição da Fundação Portugal Telecom.

O primeiro call center da Altice, o grupo francês que detém a PT Portugal, abriu em maio de 2015 e emprega atualmente 110 trabalhadores em Vieira do Minho. O segundo tem abertura prevista para 20 de julho, devendo arrancar com cerca de 100 trabalhadores.

Este novo call center nasce no âmbito da recuperação e ampliação da antiga Escola Básica de Vieira do Minho, um projeto que inclui uma incubadora de empresas. Trata-se de um investimento de 1,1 milhões de euros, suportado pela câmara, sendo que depois o grupo Altice pagará uma renda pela utilização do edifício.

Armando Pereira é um dos quatro sócios fundadores da Altice, detendo 30% da empresa. Natural de Guilhofrei, Vieira do Minho, sublinhou a sua satisfação por “poder fazer alguma coisa” pela terra onde nasceu e “dar trabalho” aos seus conterrâneos.

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Temer e Trump arrastam Lisboa para terceira sessão de quedas

O PSI-20 foi penalizado pelas cotadas mais expostas à economia brasileira e fechou no nível mais baixo desde o final de abril.

Michel Temer mergulhou o Brasil numa nova crise política ao tornar-se suspeito num esquema de corrupção; Donald Trump é acusado de ter interferido numa investigação federal. As notícias vieram do outro lado do Atlântico, mas chegaram para afundar as ações das principais praças europeias. Lisboa não escapou às quedas e fechou a cair pela terceira sessão consecutiva.

O PSI-20 perdeu 0,85% e fechou nos 5.073,89 pontos, o nível mais baixo desde o final de abril.

A penalizar a bolsa estiveram, sobretudo, as cotadas mais expostas à economia brasileira. A EDP, dona da EDP Brasil, caiu 2,19%, para os 2,99 euros, enquanto a Galp, que explora petróleo no Brasil, derrapou 3,34%, para os 13,87 euros por ação. Também a construtora Mota-Engil afundou 3,50%, para os 2,48 euros.

Do lado dos ganhos, destaque apenas para o BCP, que subiu 2,28%, para os 22 cêntimos, e para a EDP Renováveis, que valorizou 0,23%, para os 6,98 euros por ação.

Lá fora, o cenário também foi de quedas. O destaque vai para a praça espanhola, que perdeu perto de 1%, penalizada pelo Santander, banco com forte presença na América Latina.

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Correspondente da CMS Rui Pena & Arnaut chega a Angola

  • ECO
  • 18 Maio 2017

A equipa do FTL Advogados é liderada pela sócia fundadora. Filipa Tavares Lima afirma que esta aposta "vem responder às exigências que o crescimento de Angola trouxe".

O FTL Advogados, correspondente da CMS Rui Pena & Arnaut, inaugurou um escritório em Luanda. Filipa Tavares Lima, sócia fundadora, afirma que a aposta em Angola vem responder ao crescimento na região.

Para Filipa Tavares Lima, o FTL Advogados “vem responder às exigências que o crescimento de Angola trouxe, através da modernização dos serviços jurídicos a clientes nacionais e internacionais”.

"A nossa presença nos últimos anos em Angola veio reforçar a necessidade da criação desta nova parceria de modo a assegurar uma prestação de serviços mais ampla e alargada, quer para os nossos clientes, quer para toda a CMS, dada a importância de Angola no contexto internacional.”

José Luís Arnaut

Managing partner da CMS Rui Pena & Arnaut

José Luís Arnaut, managing partner da CMS Rui Pena & Arnaut, afirma que a “parceria com o FTL Advogados responde a uma necessidade do escritório de Portugal mas também da CMS internacional”. “A nossa presença nos últimos anos em Angola veio reforçar a necessidade da criação desta nova parceria de modo a assegurar uma prestação de serviços mais ampla e alargada, quer para os nossos clientes, quer para toda a CMS, dada a importância de Angola no contexto internacional”, conclui.

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Governo altera Vistos Gold para atrair investimento para PME

  • Lusa
  • 18 Maio 2017

Investimento necessário nas empresas para obtenção de um visto Gold passa assim a ser inferior aos 500 mil euros obrigatórios para a compra de imóveis.

O Governo alterou esta quinta-feira os critérios de atribuição de vistos gold reduzindo o valor necessário de investimento em pequenas e médias empresas para obtenção de autorização de residência a estrangeiros, que será inferior ao exigido para o setor imobiliário.

No final do Conselho de Ministros de hoje, a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, anunciou uma proposta de lei para alterar a lei de estrangeiros “em oito aspetos fundamentais”, entre os quais “três alterações ao regime da autorização de residência para investimento, que é mais conhecida por programa vistos gold, para abranger três tipos de investimento, que vão afetar sobretudo pequenas e médias empresas”.

O investimento necessário nas empresas para obtenção de um visto gold passa assim a ser inferior aos 500 mil euros obrigatórios para a compra de imóveis, explicando a ministra ser “natural que os limiares, sendo iguais, tornam o investimento no setor imobiliário mais atrativo do que nos outros investimentos”.

“A necessidade de capitalizar e promover investimentos nas nossas pequenas e médias empresas — que não são investimentos de natureza muito avultada — mas que podem ser decisivos não só para a recuperação económica de pequenas e médias empresas, mas também para a sua fixação e a criação de novas, que são o grande motor da nossa economia”, justificou.

"A necessidade de capitalizar e promover investimentos nas nossas pequenas e médias empresas — que não são investimentos de natureza muito avultada — mas que podem ser decisivos não só para a recuperação económica de pequenas e médias empresas, mas também para a sua fixação e a criação de novas, que são o grande motor da nossa economia.”

Constança Urbano de Sousa

Ministra da Administração Interna

De acordo com Constança Urbano de Sousa, pretende-se que estes vistos sejam também concedidos a estrangeiros que invistam “350 mil euros para a criação de empresas portuguesas ou o reforço do capital de empresas portuguesas desde que criem ou mantenham cinco postos de trabalho permanentes”.

O “investimento de 200 mil euros em empresas portuguesas que estejam num Plano de Recuperação ou de Revitalização” ou “350 mil euros em fundos destinos à capitalização das empresas portuguesas” são outros dos investimentos estrangeiros que permitirão a obtenção deste visto.

“O Governo tem a perfeita noção que 99% do investimento que atraímos em sede deste programa de autorizações de residência para investimento é canalizado única e exclusivamente para aquisição de imóveis”, respondeu aos jornalistas.

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Fusões e aquisições nacionais aceleram à boleia da EDP

  • ECO
  • 18 Maio 2017

A maior operação anunciada este ano foi o acordo definitivo assinado pela EDP para a venda da empresa espanhola Naturgas Energía Distribución.

O mercado de fusões e aquisições manteve-se bastante ativo no último mês, depois do forte primeiro trimestre. Registaram-se 25 transações envolvendo empresas portuguesas, de acordo com o Relatório de M&A do Transactional Track Record (TTR), puxando pelo total deste ano, com a venda do negócio do gás pela EDP a ser a maior operação em 2017.

As 25 transações realizadas no mês de abril traduzem um aumento de aproximadamente 39% face ao mesmo período do ano passado, sendo que só 11 destas valeram mais de 700 milhões de euros. Neste período, o maior negócio foi o da EDP que, através da sua filial espanhola EDP Naturgas Energía, concluiu a aquisição de 82.000 pontos de abastecimento de gás propano liquefeito em Espanha da Repsol. O valor da operação é de 116 milhões.

A EDP permitiu ao subsetor da energia destacar-se no mês passado com um total de cinco transações. “Contrariando a tendência dos últimos meses, o subsetor que mais se destacou em abril foi o elétrico, com cinco transações. Na sequência está o subsetor imobiliário com quatro, que no acumulado do ano permanece como o segmento mais ativo, com um crescimento de 25% em relação ao ano anterior”, refere a TTR.

A maior operação anunciada este ano é também do setor energético, sendo que António Mexia volta a destacar-se. A EDP assinou o acordo definitivo para a venda da empresa espanhola Naturgas Energía Distribución a um consórcio de investidores internacionais por um valor de 2,59 mil milhões de euros.

No acumulado do ano, Portugal soma 121 operações e valor total de 9,1 mil milhões de euros, um expressivo crescimento de 297% em relação ao mesmo período do ano passado, com a energia a destacar-se. “O subsetor imobiliário permanece, no acumulado do ano, como o segmento mais ativo, com um crescimento de 25% em relação ao ano anterior. Só em 2017 já são 20 transações. No pódio do ano ainda estão tecnologia (13 transações e uma redução de 19%), distribuição e retalho (12) e financeiro e seguros (11)”.

No acumulado do ano, o Natixis domina na assessoria financeira dos negócios envolvendo empresas portuguesas desde o arranque do ano, seguindo do Mediobanca e do BBVA. Na assessoria jurídica, a liderança pertence, de acordo com os dados da TTR, à Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados. A Vieira de Almeida e a Garrigues concluem o pódio.

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Facebook quadruplica de valor após cinco anos em bolsa

O Facebook estreou-se em bolsa há cinco anos. Após um arranque turbulento, o rumo das ações tem sido sempre a subida. Desde o arranque do percurso bolsista, já valorizaram 281%.

O Facebook está de parabéns. A empresa tecnológica celebra hoje cinco anos que se estreou em bolsa. E os investidores têm razões para fazer “like” na rede social. Desde a estreia em bolsa, as ações do Facebook quase quadruplicaram de valor, brindando os investidores que se aventuraram a participar no IPO (oferta pública inicial, na sigla inglesa), e que ainda lá se mantêm, com um ganho acumulado de 281%.

Este valor foi quanto as ações valorizaram até esta quarta-feira, face aos 38 dólares do preço unitário definido para o IPO de 18 de maio de 2012. As ações da empresa liderada por Mark Zuckerberg encerraram a última sessão nos 144,85 dólares, em Wall Street.

Ações do Facebook nos últimos cinco anos

Fonte: Bloomberg

Apesar da forte valorização acumulada até hoje, e da grande expectativa gerada em torno do IPO, as ações do Facebook tropeçaram na estreia. Após um disparo de mais de 11% no arranque da negociação, os títulos da tecnológica acabaram por fechar a primeira sessão quase como começaram: a valer 38,232 dólares. E os dias que se seguiram não foram melhores. O título foi perdendo valor até atingir o mínimo de sempre nos 18,058 dólares no final de agosto de 2012. Na altura, muitos analistas consideraram que a empresa tecnológica estaria sobrevalorizada, e que não valeria o preço a que entrou no mercado.

O mercado acabou por não lhes dar razão. Desde o mínimo registado a 31 de agosto de 2012, que o rumo das ações tem sido sempre a subida. Um desempenho que tem ido a reboque do crescimento da gigante tecnológica. Desde o ano de estreia em bolsa, a empresa viu os seus lucros dispararem. Passaram de 32 milhões de dólares, no ano de estreia, para um total de dez mil milhões de dólares em 2016. A rede social foi conquistando cada vez mais adeptos, com o número de utilizadores a mais do que duplicar ao longo dos últimos cinco anos. O Facebook passou de 901 milhões de utilizadores ativos no final do primeiro trimestre de 2012, para 1.936 milhões no mesmo período deste ano.

 

Em termos de capitalização bolsista, os números também surpreendem. Os 425 mil milhões de dólares de valor de mercado da tecnológica, correspondem a cerca de 11% do valor total das empresas norte-americanas de software cotadas em bolsa. Já os quase dois mil milhões de utilizadores ativos ultrapassam a população de qualquer país do mundo.

 

Entretanto, a festa de comemoração dos cinco anos em bolsa do Facebook foi estragada. A empresa liderada por Mark Zuckerberg acaba de ser multada em 110 milhões de euros pela Comissão Europeia. Em causa está informação “incorreta ou enganosa” facultada pela empresa que gere a rede social, a propósito da compra do Whatsapp pelo Facebook, em 2014, por 13.800 milhões de euros. A multa parece ter passado ao lado da tecnológica, pelo menos no que respeita ao desempenho bolsista. As ações da tecnológica seguem a valorizar 0,44%, para os 145,49 dólares, em Wall Street.

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PS sem valores pré-estabelecidos para negociar alívio da carga fiscal

  • Lusa
  • 18 Maio 2017

Carlos César explica que o que está em análise é "qual a dimensão do alívio fiscal que deve ser prosseguido" e garante que não parte "com quantitativos pré-estabelecidos como fixos".

O presidente do PS afirmou hoje que não há quantitativos pré-estabelecidos fixos para o alívio da carga fiscal em 2018 e desdramatizou a intenção de o PCP pretender negociar até outubro a proposta de Orçamento do próximo ano.

Carlos César falava aos jornalistas no final da reunião semanal da bancada socialista — ocasião em que também frisou que o alívio da carga fiscal, no âmbito do Orçamento do Estado para 2018, deve ter em consideração parâmetros como o equilíbrio orçamental e a afetação de recursos para o investimento.

Interrogado sobre as exigências do Bloco de Esquerda e do PCP para que exista um alívio significativo da carga fiscal, sobretudo na sequência de uma revisão dos escalões do IRS em sede de Orçamento do Estado para 2018, Carlos César alegou que o alívio fiscal como princípio “é a otimização dos resultados da ação governativa e do crescimento da economia portuguesa”.

“O Governo já o disse e o PS reitera essa tendência de que há uma carga fiscal excessiva no país, quer sobre as empresas, quer sobre as pessoas. Preservando o equilíbrio orçamental e a necessidade de afetação de recursos a outras áreas de investimento, deve caminhar-se no sentido do alívio fiscal e fazê-lo da forma mais intensa possível”, defendeu.

De acordo com Carlos César, o que está atualmente em análise “é qual a dimensão do alívio fiscal que deve ser prosseguido” no âmbito do Orçamento do Estado para 2018. “Não partimos com quantitativos pré-estabelecidos como fixos”.

O Governo já o disse e o PS reitera essa tendência de que há uma carga fiscal excessiva no país, quer sobre as empresas, quer sobre as pessoas. Preservando o equilíbrio orçamental e a necessidade de afetação de recursos a outras áreas de investimento, deve caminhar-se no sentido do alívio fiscal e fazê-lo da forma mais intensa possível

Carlos César

Presidente do PS

“Ao longo dos trabalhos preparatórios do Orçamento do Estado para 2018 e do diálogo que temos com os partidos que apoiam o Governo [Bloco de Esquerda, PCP e PEV], encontraremos certamente uma solução que confirma essa tendência de alívio da carga fiscal”, declarou.

Questionado sobre a intenção do PCP de pretender prolongar as negociações do Orçamento do próximo ano até praticamente dia 15 de outubro – o que contraria a vontade do primeiro-ministro, António Costa, e do Bloco de Esquerda de fechar esse diploma central do Governo até ao início do verão -, o presidente do PS procurou desdramatizar a situação política.

“Em tese, as negociações que envolvem um Orçamento do Estado desenvolvem-se até ao momento da sua votação final global. Ora, no PS, não temos nenhum obstáculo a isso“, referiu.

O presidente do PS, porém, fez questão de salientar depois que o diálogo orçamental, particularmente entre os partidos que apoiam o Governo, “já se iniciou e deve agora ser desenvolvido”.

“E, quando se chegar a boas conclusões, não temos necessidade de adiar o seu reconhecimento”, acrescentou Carlos César, ainda numa alusão ao calendário negocial defendido pelo PCP.

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Novo Banco: sindicato lança petição para proteger bancários de processos de lesados

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 18 Maio 2017

O objetivo é atingir dez mil assinaturas e, para isso, uma comitiva do Sindicato vai visitar centrais e balcões.

O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) quer proteger os trabalhadores do Novo Banco de eventuais ações judiciais por parte dos lesados do BES e já fez o apelo ao Governo e ao Banco de Portugal.

Em comunicado, o SNQTB diz que lançou “uma petição nacional, que apela à intervenção do Governo e do Banco de Portugal no sentido de evitar que os trabalhadores do Novo Banco sejam alvo de ações judiciais por parte das associações de ‘lesados’ do BES”. O objetivo é atingir dez mil assinaturas e, para isso, uma comitiva do Sindicato vai visitar centrais e balcões.

De acordo com o SNQTB, o acordo negociado entre Governo, Banco de Portugal, CMVM e lesados e indignados do Papel Comercial do GES “não garante proteção jurídica aos trabalhadores, intervenientes na venda de produtos que possam ter levado a perdas financeiras dos membros daquelas associações”.

O presidente do Sindicato, Paulo Marcos, salienta que os lesados “abdicam de litigar contra” as entidades que fazem parte do acordo e considera “inaceitável que os trabalhadores fiquem de fora”. Esta questão já tinha sido levantada junto do Fundo de Resolução, do Novo Banco e do banco central, avança o comunicado.

“Se nada fizermos, muitos empregados bancários estarão em risco. Os produtos da dívida do GES foram comercializados em vários bancos, que não apenas no BES, mas em quase todos os que operam em Portugal”, acrescenta.

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CTT fazem testes para entregar cartas com drones

  • Juliana Nogueira Santos
  • 18 Maio 2017

Os CTT e a Connect Robotics testaram um percurso de entrega de correspondência e os resultados prometem revolucionar esta atividade.

O seu correio pode passar a vir pelos ares. Os CTT testaram, durante três dias, o serviço de entrega de correio por drone em parceria com a startup portuguesa Connect Robotics, especialista neste ramo.

Teste de entrega de correio com drone.CTT

O percurso de teste foi de três quilómetros e foi feito em cerca de sete minutos. O voo teve como ponto de partida o Centro de Distribuição dos CTT e terminou na sede da empresa, no Parque das Nações, onde voou mais baixo devido a restrições. Este ensaio contou com a autorização da Autoridade Nacional da Aviação Civil.

Para a Connect Robotics, esta experiência poderá ser o início de uma revolução. “O nosso serviço é, sem dúvida, uma mais-valia para a distribuição de cartas ou encomendas. Um drone é mais rápido, mais silencioso, menos dispendioso e ninguém tem de perder tempo para se deslocar. Acreditamos que este será o método mais utilizado para a distribuição de pequena mercadoria, no futuro.”, afirma Eduardo Mendes, CEO da startup.

A empresa já tinha desenvolvido outras parcerias inéditas, nomeadamente a “Marmita Voadora” que, com o apoio da Santa Casa da Misericórdia e a Câmara Municipal da Penela, entregou refeições ao último e único habitante da aldeia de Podentinhos, em Penela.

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Excedente comercial de Portugal piorou no início do ano

A balança comercial de bens piorou e os serviços não chegaram para compensar. A posição de investimento internacional de Portugal melhorou assim como a atividade económica e o clima económico.

Depois de, no ano passado, a economia portuguesa ter atingido o maior excedente comercial de sempre, o primeiro trimestre desde ano traz más notícias. Segundo os dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal, o excedente comercial de Portugal baixou nos primeiros três meses de 2017. Em causa está o agravamento do défice no comércio internacional de bens que não foi compensado pela melhoria do saldo comercial de serviços.

A balança de bens piorou quase 200 milhões de euros no primeiro trimestre, face ao mesmo período do ano passado. Em sentido contrário, a balança de serviços melhorou 163 milhões de euros, o que não foi suficiente para compensar esse efeito. Assim, o saldo comercial piorou em 54 milhões de euros face ao primeiro trimestre de 2016, fixando-se nos 72 milhões de euros.

“Os saldos da balança de bens e da balança de serviços apresentaram evoluções diferenciadas, tendo sido o aumento do saldo da balança de serviços insuficiente para compensar o aumento do défice da balança de bens“, explica o Banco de Portugal esta quinta-feira. Tal como divulgou o Instituto Nacional de Estatística, até março, as exportações de bens aumentaram 16,7% e as importações de bens subiram 15,9%. Como as importações têm uma base maior, essa percentagem significou em termos nominais um valor superior ao das exportações, piorando o saldo.

O efeito exatamente oposto verificou-se nas exportações de serviços (+11%) e nas importações de serviços (+13,3%). Como a base das exportações de serviços é maior, ainda que a percentagem de aumento tenha sido menor, em termos nominais o valor foi superior. Dessa forma, o contributo positivo dos serviços para o saldo comercial foi ainda maior no primeiro trimestre deste ano face ao mesmo período de 2016. Um dos maiores contributos foi, mais uma vez, o turismo: “Na balança de serviços, o excedente da rubrica “Viagens e turismo” aumentou 160 milhões de euros, fixando-se em 1270 milhões de euros“, escreve o Banco de Portugal.

Já a posição de investimento internacional de Portugal melhorou 1,3 pontos percentuais no arranque do ano. Além disso, a dívida externa líquida diminuiu 2,9 mil milhões de euros nestes primeiros três meses: “Em percentagem do PIB, a dívida externa líquida reduziu-se em 4,6 pontos percentuais tendo passado de 96,5 por cento, em final de 2016, para 91,9 por cento, no primeiro trimestre de 2017”, explica o Banco de Portugal.

O excedente externo da balança de pagamentos aumentou graças à balança corrente e de capital, uma vez que a balança comercial e de rendimento primário contribuíram negativamente. O Banco de Portugal escreve que “no primeiro trimestre de 2017, o saldo conjunto das balanças corrente e de capital situou-se em 583 milhões de euros, tendo aumentado 351 milhões de euros em comparação com o mesmo período de 2016”.

Atividade e clima económico continuam a aumentar

Também esta quinta-feira, o Instituto Nacional de Estatística revelou, na Síntese de Conjuntura, que o indicador de clima económico aumentou entre janeiro e abril, depois de ter diminuído nos três meses anteriores. A atividade económica também recuperou em março, “após ter interrompido no mês anterior o perfil positivo observado desde agosto”, escreve o INE, referindo que a agenda pode ter sido influenciada pelo facto de a Páscoa ter sido celebrada em março em 2016 e em abril em 2017.

De realçar que a nível de investimento, o indicador de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) acalmou. “O indicador de FBCF estabilizou em março, interrompendo a expressiva trajetória ascendente iniciada em junho de 2016“, explica o INE, referindo que “no último mês, as componentes de material de transporte e de máquinas e equipamentos apresentaram um contributo positivo menos acentuado, o que foi compensado pelo comportamento da componente de construção, que registou um contributo positivo mais intenso”.

Estes indicadores mostram a tendência que poderá ser refletida no Produto Interno Bruto. No início desta semana o INE revelou que nos primeiros três meses o PIB aumentou 2,8%, algo que não acontecia desde 2000.

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Crash na bolsa e moeda do Brasil, Ibovespa afunda 10%

Ibovespa afunda 10% no arranque da sessão com nova crise política no Brasil, depois das gravações que implicam Temer num caso de suborno a testemunha do Lava Jato. Moeda tomba 7%.

Crash na bolsa brasileira. O índice Ibovespa abriu a afundar mais de 10%, o que desencadeou automaticamente os mecanismos de travão na bolsa para impedir uma queda ainda mais acentuada. Isto depois de Michel Temer ter sido apanhado numa gravação que pode comprometer a sua liderança enquanto Presidente do Brasil. O real tomba 7%.

O Brasil está mergulhado numa nova crise política. De acordo com a imprensa brasileira, existe uma gravação secreta que mostra Michel Temer a aprovar um pagamento “para comprar o silêncio de Cunha” e que já chegou às mãos do Supremo Tribunal Federal. Esta gravação é comparada a “bomba atómica” com um poder de destruição maior do que as denúncias feitas pela construtora Odebrecht no caso Lava-Jato.

O jornal Globo adianta que os donos de uma produtora de proteína animal, a JBS, entregaram no tribunal uma gravação em que Temer terá autorizado o pagamento de uma mesada a Eduardo Cunha, testemunha naquele caso de corrupção, para se manter calado na prisão. “Tem que manter isso, viu?”, terá dito Temer nas gravações, citado por aquele jornal.

O Presidente brasileiro já veio desmentir as informações, afirmando que “jamais” solicitou pagamentos para comprar o silêncio de Cunha. Para já, Temer cancelou a sua agenda e está a preparar um discurso ao país.

Crash na bolsa brasileira com crise política

Fonte: Bloomberg (valores em pontos)

“As acusações colocam em causa o programa económico de Temer e a estabilidade política dos últimos meses”, refere Marc Chandler, estratego da Brown Brothers Harriman, à Business Insider. Craig Botham, economista da Schroders, considera que as “consequências para o Brasil podem ser amplas”. “As reformas nas pensões e no mercado de trabalho podem estar sob ameaça”, frisou Botham.

"As acusações colocam em causa o programa económico de Temer e a estabilidade política dos últimos meses.”

Marc Chandler

Brown Brothers Harriman

O Ibovespa, o principal índice bolsista brasileiro, abriu a sessão desta quinta-feira a afundar 10,47% para 60.470,22 pontos. Este afundanço parou momentaneamente a negociação na bolsa brasileira. Ao mesmo tempo, o real brasileiro derrapa 6,78% para 0,2968 dólares.

Deste lado do Atlântico, também há empresas europeias a sofrer com a turbulência política no Brasil. Sobretudo aquelas que estão expostas ao mercado brasileiro. A Galp, cuja atividade de exploração de petróleo se concentra no pré-sal brasileiro, cai 3,83% para 13,8 euros. A EDP, que detém a EDP Brasil, perde 1,77% para 3,00 euros. Em Espanha, o Santander cede 4,48% para 5,685 euros.

Questionada pelo ECO sobre o impacto desta crise política, fonte oficial da Galp refere que a empresa está “focada na execução dos projetos que tem em curso no Brasil e, nesse contexto, sublinha a importância da entrada em operação, precisamente [esta quinta-feira], da sétima unidade de produção no Brasil, na área sul do campo de Lula”. Sobre a situação política do Brasil, a Galp não tece comentários, assim como a EDP. Já a EDP preferiu não comentar.

Em Wall Street, o índice tecnológico Nasdaq sobe 0,36%, escapando à maré vendedora que tem fustigado as ações um pouco por todo o lado. O S&P 500 e industrial Dow Jones cedem em torno de 0,02%.

Tesouro cancela leilão, banco central atento

Com a instabilidade política a pressionar os mercados, o Governo brasileiro cancelou os leilões de dívida que estavam programados para esta quinta-feira. “Em razão da volatilidade observada no mercado, o Tesouro Nacional não realizará os leilões de venda” de títulos, adiantou aquela entidade, já depois de ter afirmado que iria “adotar as medidas necessárias para assegurar a plena funcionalidade e a adequada liquidez dos mercados”.

Numa nota citada pela Bloomberg, também o Banco do Brasil revelou que está a monitorizar “o impacto das informações recentemente divulgadas pela imprensa e atuará para manter a plena funcionalidade dos mercados”.

(Notícia atualizada às 15h18)

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