Macron leva petróleo a valorizar quase 1%

O resultado das presidenciais francesas está a animar os preços do "ouro negro". O petróleo sobe quase 1%, impulsionado também pela possibilidade de a OPEP prolongar o corte de produção.

O petróleo está a valorizar quase 1%. O resultado da primeira volta das presidenciais francesas deste domingo tranquilizou o mercado petrolífero, com Macron em primeiro e Le Pen em segundo. Os preços da matéria-prima também estão a ser animados pela possibilidade de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) prolongar o corte da produção de petróleo.

O Brent, negociado em Londres, sobe 0,87% para 52,40 dólares, enquanto o WTI, negociado em Nova Iorque, acelera 0,89% para 50,06 dólares. É uma recuperação, depois de várias sessões em queda, que acontece depois de um comité da OPEP ter chegado à conclusão de que é necessário prolongar a redução da produção de petróleo durante mais seis meses, de acordo com os delegados próximos do assunto.

Petróleo recupera após seis dias em queda

Fonte: Bloomberg

“Os produtores de petróleo do Golfo Pérsico deram uma pista forte de que o acordo atual para a redução [da produção] com os produtores fora da OPEP pode ser prolongado para além do prazo de junho“, diz o analista da PVM Oil Associates Tamas Varga à Bloomberg. “É difícil prever uma queda significativa dos preços antes da próxima reunião entre os países da OPEP e fora do cartel”, acrescenta.

Mas hoje há um evento que está a ser ainda mais relevante para os mercados. O resultado da primeira volta das presidenciais francesas deste domingo tranquilizou os mercados e lançou o apetite dos investidores pelo risco, com Macron em primeiro e Le Pen em segundo. “Macron não irá apenas ajudar a estabilizar a União Europeia, como também ajudar a construir mecanismos de suporte mais fortes”, afirmou Azad Zangana, economista-chefe da Schroders para a Europa, numa nota citada pela Bloomberg.

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Vacina contra a gripe volta a ser grátis para maiores de 65 anos

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 24 Abril 2017

Despacho publicado hoje considera que "as pessoas com idade igual ou superior a 65 anos são as mais vulneráveis às complicações da doença". Também são abrangidos outros grupos prioritários.

A vacina contra a gripe volta a ser grátis para pessoas com 65 ou mais anos na época 2017/2018. Serão igualmente abrangidos “outros grupos alvo prioritários”.

A indicação consta de um despacho publicado esta segunda-feira em Diário da República. Este considera que “as pessoas com idade igual ou superior a 65 anos são as mais vulneráveis às complicações da doença” e por isso determina que, nestes casos, a vacina contra a gripe sazonal é gratuita na época 2017/2018. A medida estende-se a “outros grupos alvo prioritários definidos em orientação anual da Direção-Geral da Saúde”.

O despacho acrescenta ainda que a SPMS — Serviços Partilhados do Ministério da Saúde “desenvolve os procedimentos para aquisição das respetivas vacinas, tendo em atenção indicações da Direção-Geral da Saúde sobre a cobertura vacinal desejável e as previsões de necessidades apresentadas pelas Administrações Regionais de Saúde, I. P.”.

A página do SNS dá conta desta medida e acrescenta que “os vírus que causam a gripe podem apresentar variações que implicam alterações anuais na composição da vacina”, salientando que deve ser “administrada anualmente”.

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Alemanha: Confiança das empresas em máximos desde 2011

O Ifo Institute publicou esta segunda-feira o índice de confiança das empresas alemãs. Está em máximos desde julho de 2011, apontando para a robustez da maior economia da Europa.

O índice de confiança das empresas alemãs subiu para níveis máximos desde julho de 2011, divulgou esta sexta-feira o Ifo Institute. O índice fixa-se nos 112,9 pontos em abril, comparando com os 112,4 pontos registados e revistos em março. É ligeiramente acima das estimativas dos analistas sondados pela Bloomberg.

A avaliação da situação atual melhorou, mas as perspetivas que as empresas têm para os próximos seis meses pioraram, adianta o Ifo, que calcula este índice com base nas respostas de cerca de 7.000 empresas dos setores industrial, da construção e das vendas por grosso e a retalho.

“A economia alemã cresce com força”, disse o presidente do Ifo, Clemens Fuest.

É um dado animador que aponta para que a maior economia da Europa continue a crescer a bom ritmo: em 2016, foi o mais acelerado em cinco anos e as expectativas são de crescimento robusto. Como recorda a agência, a performance da Alemanha é fundamental nas tomadas de decisão do Banco Central Europeu (BCE) que, esta quinta-feira, irá reunir para discutir o programa de estímulos.

"Isto pode reforçar os apelos pela normalização da política monetária pela Alemanha.”

Jennifer McKeown

Capital Economics

“Isto pode reforçar os apelos pela normalização da política monetária pela Alemanha. Mas com a inflação subjacente ainda fraca na zona euro como um todo, duvidamos que o BCE vá ceder”, refere Jennifer McKeown, da Capital Economics, citada pela Bloomberg. Recorde-se que o Ifo Institute aponta para o melhoramento das condições económicas na Alemanha, com o indicador a evoluir de 119,5 em março para 121,1 em abril.

Forte crescimento económico na Alemanha

O Bundesbank, banco central da Alemanha, considera, no seu boletim mensal divulgado esta segunda-feira, que a economia alemã tem um crescimento forte, como assinalam os indicadores de produção industrial e de confiança.

O banco central diz que o crescimento da economia alemã acelerou nos últimos meses e refere que os dados económicos fundamentais dão uma imagem positiva. As encomendas na indústria, as exportações e o consumo privado assinalam que se vai manter uma conjuntura industrial positiva na Alemanha.

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Mercados aplaudem voto francês: ações e euro disparam e juros caem

A passagem de Macron à segunda volta nas presidenciais francesas na liderança, agrada aos mercados que vêem mais longe o risco de Le Pen ser Presidente.

Macron em primeiro e Le Pen em segundo, juntos na segunda volta. O resultado da primeira volta das presidenciais francesas deste domingo tranquilizou os mercados e lançou o apetite dos investidores pelo risco. A aceleração de mais de 4% da bolsa de Paris dá o mote numa manhã que está a ser marcada por ganhos acentuados nos principais mercados acionistas europeus, ao mesmo tempo que o euro ganha força e os juros da dívida soberana beneficiam de um forte alívio.

A bolsa francesa que abriu a sessão desta segunda-feira na liderança dos ganhos europeus, vê o se índice de referência, o CAC 40 a manter a aceleração de mais de 4%. O índice de referência francês valoriza 4,24%, para os 5.273,55 pontos, o que corresponde ao patamar mais elevado desde o início do ano 2008. Contudo, os ganhos inundam os restantes índices bolsistas do Velho Continente. O Stoxx Europe 600, que agrega as 600 maiores capitalizações bolsistas europeias, acelera 1,89%, para os 385,28 pontos, o que corresponde ao nível mais elevado desde dezembro de 2015. Todos os setores que compõem o índice europeu registam subidas, com a banca a ser a principal referência positiva. O setor financeiro soma 4,21%, num todo. Valorizações que são acompanhadas pela praça lisboeta que vê o PSI-20 a somar 2,42%, para os 4.994,36 pontos, com o BCP a comandar os ganhos em Lisboa a acompanhar o desempenho do setor europeu.

Evolução do CAC francês

A liderança de Macron na primeira volta das presidenciais francesas agradou aos mercados, já que afasta a possibilidade da candidata de extrema-direita, Marine Le Pen, chegar ao topo da hierarquia governativa de França, com este a receber manifestações de apoio por parte de candidatos derrotados. “Macron não irá apenas ajudar a estabilizar a União Europeia, como também ajudar a construir mecanismos de suporte mais fortes“, afirmou Azad Zangana, economista-chefe da Schroders para a Europa”, numa nota citada pela Bloomberg, justificando assim a forte subida das ações europeias. A queda da volatilidade do índice Stoxx Europe 600 para mínimos de 2005, é outra das faces visíveis do otimismo em torno do resultado eleitoral deste fim de semana.

No mercado cambial, o euro também reflete esse otimismo. A moeda comunitária acelera 1,34%, para os 1,09 dólares. Ou seja, para máximos de novembro do ano passado. No mercado da dívida o sentimento também é de alívio. As yields soberanas francesas lideram o movimento de alívio que se assiste um pouco por toda a Europa. No prazo a dez anos, a taxa de juro francesa recua 9,3 pontos base, para os 0,847%, o que corresponde ao patamar mais baixo desde janeiro deste ano. A dívida portuguesa figura também entre os maiores alívios. A yield nacional na maturidade a dez anos recua 9,3 pontos base para 3,647%, o que significa o valor mais baixo desde dezembro do ano passado.

“Este é o cenário perfeito de que o mercado estava, desesperadamente, à espera,” disse à Bloomberg Sebastien Galy, do Deutsche Bank, para justificar todo o ambiente favorável a que se assiste nos mercados do Velho Continente nesta sessão.

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Revista de imprensa internacional

A tensão entre a Coreia do Norte e os EUA está ao rubro. Até a China já tenta acalmar as águas. Leia as cinco notícias que marcam a atualidade mundial esta segunda-feira... Além das eleições em França

A imprensa internacional está totalmente dominada, esta segunda-feira, pelos resultados da primeira volta das eleições presidenciais em França, que ditaram a passagem de Emmanuel Macron e Martine Le Pen. Mas o mundo não para. Desde a escalada de tensão entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte, aos acordos salariais no Brasil, o mundo empresarial está de olhos postos nos luxuosos Jimmy Choo.

Bloomberg

CEO da LafargeHolcim demite-se por causa dos negócios na Líbia

A revelação foi bombástica. O presidente executivo da cimenteira LafargeHolcim admitiu que pagou a grupos armados na Síria para poder manter em funcionamento a cimenteira no país, apesar da guerra civil. Eric Olsen foi ilibado de responsabilidades por parte da administração, mas ainda assim, o presidente executivo apresentou a demissão esta segunda-feira, mas manter-se-á em funções até 15 de julho. O chairman Beat Hess foi nomeado CEO interino enquanto a empresa procura um sucessor. Leia a notícia completa na Bloomberg (Conteúdo em inglês / Acesso livre)

South China Morning Post

Presidente chinês pede contenção a Trump

O Presidente chinês, Xi Jinping, apelou à restrição ao seu homólogo norte-americano, Donald Trump, e ao líder norte-coreano, Kim Jong-un, num momento em que um porta-aviões norte-americano se dirige para as águas territoriais da Península da Coreia e a Coreia do Norte já ameaçou atingir o navio. As tensões estão ao rubro, com as duras trocas de acusações entre os EUA e a Coreia do Norte, alimentando os receios de um conflito armado entre as duas nações. Xi telefonou a Trump para discutir o programa nuclear norte-coreano. E o South China Morning Post questiona se houve uma mudança na posição chinesa. Leia a notícia completa no South China Morning Post (Conteúdo em inglês / Acesso livre)

The Independent

Uber espiou utilizadores depois de apagarem a aplicação

A Uber espiou secretamente os seus utilizadores depois de terem apagado a aplicação, revela um novo relatório divulgado pelo britânico The Independent. A prática invasiva levou a a Apple a convocar uma reunião especial, na qual o próprio patrão da Apple, Tim Cook, ameaçou expulsar a Uber da App Store e, consequentemente dos iPhones das pessoas. Em causa estava uma ferramenta que permitia à Uber espiar quando as pessoas apagavam a aplicação e depois voltar a encontrá-las quando a aplicação era reinstalada. Leia a notícia completa no The Independent. (Conteúdo em inglês / Acesso livre)

Valor Económico

Acordos salariais batem inflação no Brasil

Os acordos salariais negociados no Brasil em março registaram uma evolução positiva face à inflação. Este é o terceiro mês consecutivo em que isso se verifica no Brasil, avança o Valor Económico. Em janeiro, os salários alvo de ajustamento, registaram uma subida real de 0,1% e, em fevereiro de 1,1%. Já em março, as convenções coletivas de trabalho ditaram um aumento de 1,8% na mediana de 157 documentos homologados pelo Ministério brasileiro do Trabalho. Leia a notícia completa no Valor Económico. (Acesso pago)

Financial Times

Jimmy Choo está à venda

A conhecida marca de sapatos de luxo, popularizada pela personagem da série televisiva “Sexo e a Cidade” Carrie Bradshaw, está à venda. O grupo emitiu um comunicado que decidiu “rever as várias opções estratégicas que se abrem à empresa para maximizar o valor dos seus acionistas e está à procura de ofertas para a empresa”. A Jimmy Choo disse ainda que a JAB Luxury, uma empresa privada que detém 70% das ações, “confirmou que apoia o processo” de venda. Contudo a Jimmy Choo ainda não recebeu qualquer proposta de potenciais interessados. Leia a notícia completa no Financial Times. (Conteúdo em inglês / Acesso pago)

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BCP avança 6,24%. Banca europeia ganha com Emmanuel Macron

Emmanuel Macron ganhou a primeira volta em França e, além das obrigações da dívida, está a impulsionar o setor da banca na Europa. É o setor que mais ganha na bolsa. Só o BCP avança 6,24%.

A vitória de Emmanuel Macron na primeira volta das eleições francesas está a aliviar a tensão nos mercados que, esta segunda-feira, estão a avançar a todo o gás. No entanto, são os investidores da banca os que têm mais razões para celebrar. Em Portugal, as ações do BCP disparam 6,24% para 0,20 cêntimos cada título, sendo ainda as que, a esta hora, têm maior liquidez na bolsa.

Para o banco português, este é um máximo de todo o ano e uma das maiores valorizações intradiárias desde janeiro. Esta escalada sucede outra forte valorização na semana passada, em que as ações do BCP somaram 5,83% na última quarta-feira. Comparam só mesmo com a sessão de 31 de janeiro, o dia a seguir ao fecho da negociação dos direitos ao aumento de capital do banco liderado por Nuno Amado: nessa altura, os títulos do BCP avançaram 6,98%.

A generalidade dos setores está a assistir a ganhos esta segunda-feira, mas é o da banca o que está a gerar maiores ganhos nas bolsas europeias. Um índice que reúne as ações dos bancos da zona euro está a disparar 6,3%, segundo a Bloomberg. É a maior escalada do ano para o setor. “Podemos esperar um desempenho superior do setor financeiro em França e na Europa nos próximos dias à medida que o risco político diminui, algo que beneficiará todos os mercados de ações europeus”, confirmou Vincent Durel, da Fidelity International.

Os mercados têm assistido a uma reação positiva dos investidores aos resultados da primeira volta das eleições em França, com os índices a registarem fortes valorizações, sobretudo o francês CAC-40. Também o índice nacional, o PSI-20, está a assistir a ganhos esta segunda-feira. No mercado das obrigações, os juros da dívida portuguesa e francesa são dos que mais aliviam esta manhã.

Recorde-se que Emmanuel Macron e Marine Le Pen foram os candidatos que passaram à segunda volta, e que as sondagens antes das eleições dão como pouco provável que a candidata da Frente Nacional consiga bater Macron nessa segunda volta, a disputar a 7 de maio. Marine Le Pen era (e ainda é) uma nuvem a pairar sobre os mercados, sobretudo devido ao plano de retirar a França do euro.

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Jack Ma: Transformação digital vai trazer décadas de dor

"Nos próximos 30 anos, o mundo vai assistir a mais dor do que felicidade." O alerta é do magnata Jack Ma, que alerta para os fortes impactos que a tecnologia vai ter na economia e na sociedade.

Jack Ma, o multimilionário chinês que fundou o grupo Alibaba, não antevê um futuro colorido: “Nos próximos 30 anos, o mundo vai assistir a mais dor do que felicidade”, disse, numa conferência de empreendedorismo que se realizou Zhengzhou, na China. Ma referia-se à transformação digital da economia e à disrupção nos empregos causada pela internet, pela automatização e pela robótica.

“Os conflitos sociais nas próximas três décadas vão ter impacto em todos os tipos de indústrias e formas de vida”, concretizou, num tipo de discurso pouco habitual para o magnata chinês que é, por muitos, considerado um visionário e que, por norma, possui uma visão bem mais otimista das coisas. Jack Ma alerta assim para um longo e difícil período de adaptação à tecnologia, que deverá deixar marcas severas na sociedade e na economia ao longo da próxima temporada.

"Os conflitos sociais nas próximas três décadas vão ter impacto em todos os tipos de indústrias e formas de vida.”

Jack Ma

Presidente executivo da Alibaba

Com 52 anos, o líder do grupo Alibaba lembrou que, no passado, deu “200 ou 300 palestras a lembrar toda a gente do impacto que a internet ia ter em todas as indústrias”. “As pessoas não prestaram atenção porque eu não era ninguém”, acrescentou. Segundo a Bloomberg, a Alibaba é a maior empresa do setor do comércio eletrónico na China e, à semelhança da Amazon, tem vindo a apostar em segmentos de rápido crescimento, como o streaming de vídeo e a produção de conteúdos, bem como o fornecimento de serviços da cloud.

De acordo com a agência, Jack Ma criticou ainda a banca tradicional, defendendo que mais pessoas deveriam ter acesso a crédito. Disse mesmo que a falta de um sistema de crédito robusto faz com que os preços subam para toda a gente. A par, claro, das duras críticas aos empresários que não empenham esforços na transição para a era da computação na “nuvem” e que não se adaptam à transformação provocada pela inteligência artificial.

Por fim, o magnata alertou que a robótica e a inteligência artificial ameaçam a empregabilidade, mas indicou que “as máquinas devem apenas fazer o que os humanos não conseguem”. “Só assim teremos a oportunidade de fazer com que as máquinas sejam parceiros de trabalho dos humanos, ao invés de substitutos”, defendeu.

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Eurostat valida défice de 2% em 2016

  • Margarida Peixoto
  • 24 Abril 2017

O organismo de estatísticas da União Europeia confirmou que o défice do ano passado foi de 2%, conforme os dados mais recentes apurados pelo Instituto Nacional de Estatística.

O Eurostat confirmou esta segunda-feira, sem reservas, o défice de 2% atingido em 2016, tal como já tinha apurado o Instituto Nacional de Estatística português. O organismo de Bruxelas coloca assim Portugal mais perto da saída do Procedimento por Défices Excessivos (PDE).

Também o valor da dívida pública foi confirmado nos 130,4% do PIB, o equivalente a 241,1 mil milhões de euros. Este é o terceiro valor mais elevado da União Europeia: a Grécia lidera o ranking com uma dívida pública de 179%, seguida pela Itália com 132,6%.

Conforme mostram os dados, o défice português é o quinto mais elevado da zona euro, e o oitavo do conjunto dos 28 países que ainda fazem parte da União Europeia. Luxemburgo destaca-se com o maior excedente orçamental (de 1,6% do PIB). Malta aparece em segundo lugar com um superavit de 1% e a Alemanha apresenta um excedente de 0,8% do PIB, o terceiro mais elevado do conjunto da moeda única.

Saldos orçamentais na zona euro, em 2016

Fonte: Eurostat

Quanto ao ajustamento, Portugal foi o quarto país da zona euro que mais ajustou o saldo orçamental global de 2015 para 2016. Os dados devem, porém, ser lidos com cautela, uma vez que estes números não descontam efeitos pontuais significativos, como por exemplo as ajudas à banca, nem outros efeitos extraordinários.

Seja como for, os dados permitem ver que a Alemanha, por exemplo, voltou a aumentar o seu excedente orçamental pelo terceiro ano consecutivo: a maior economia da zona euro registou um défice de apenas 0,2% do PIB em 2013 e desde 2014 até 2016 tem vindo sempre a aumentar o superavit.

Ajustamento orçamental de 2015 para 2016

Fonte: Eurostat

Já no que toca à dívida pública, Portugal compara com os piores. É certo que os valores são apurados na ótica de Maastricht, que não desconta os depósitos da administração central, e que refletem também ajudas à banca. Mas as regras são iguais para todos os Estados-membros.

Dívida Pública em 2016

Fonte: Eurostat

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Juros da dívida portuguesa são dos que mais caem na Europa

Logo a seguir às obrigações francesas, as yield do Tesouro português são as que mais caem na Europa. Derrapam três pontos base e situam-se agora próximas dos 3,6%, no rescaldo das eleições em França.

As taxas de juro implícitas das obrigações do Tesouro português a dez anos estão a derrapar para mínimos de novembro, com as yields a situarem-se na manhã desta segunda-feira perto dos 3,6%. É ainda uma queda de 3,23% em relação a sexta-feira e a segunda maior variação, logo a seguir às yields francesas.

Juros da dívida lusa em queda

Fonte: Bloomberg

O prémio de risco da dívida portuguesa está, assim, a acompanhar a tendência em todas as praças na Europa. O spread está a cair igualmente no que toca às obrigações inglesas, espanholas, italianas e, sobretudo, francesas. Como o ECO noticiou esta manhã, as yields do Tesouro em Paris estão a cair 11 pontos base, para perto dos 0,83%.

Esta é a reação positiva dos mercados europeus aos resultados da primeira volta das eleições presidenciais francesas, que se disputou este domingo. Os investidores estão aliviados com a passagem de Emmanuel Macron e Marine Le Pen à segunda volta a realizar no próximo dia 7 de maio, com a candidata da Frente Nacional, cuja bandeira de campanha é a saída da França da União Europeia, a ter, neste momento, poucas hipóteses de conquistar a presidência.

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Estado: 4.500 imóveis públicos estão devolutos ou desocupados

  • ECO
  • 24 Abril 2017

Um quinto dos imóveis públicos registados no final de 2016 estavam desocupados ou devolutos. E o número só não foi maior porque as vendas de património do Estado acentuaram-se no ano passado.

Dos 23.679 imóveis registados como propriedade do Estado no final do ano passado, 4.500 estavam devolutos ou desocupados. O número, que representa um quinto dos imóveis públicos, só não é maior porque muitos foram vendidos nos últimos meses de 2016. A notícia é avançada esta segunda-feira pelo Diário de Notícias.

Os imóveis públicos em causa estavam registados no Sistema de Informação dos Imóveis do Estado. Havia menos 151 imóveis registados em comparação com o ano anterior. No entanto, o jornal cita dados da Direção-Geral do Tesouro e Finanças para indicar que do total de imóveis públicos ou geridos em parceria com entidades privadas, 1.644 estavam desocupados ou devolutos, 2.852 estavam sem ocupantes e 64 estavam parcialmente ocupados.

O Diário de Notícias salienta ainda que a grande maioria dos imóveis do Estado está ocupada, mas recorda que as vendas de património imobiliário público acentuaram-se no ano passado. Foram vendidos 24 imóveis, um aumento de 10% em relação a 2015 e que representou uma receita de 108,2 milhões de euros.

Para além dos imóveis desocupados ou devolutos, outro problema está no ainda “número considerável” de imóveis sem propriedade definida devido aos “registos incompletos”, segundo a Direção-Geral do Tesouro e Finanças. Havia, no final de 2016, 2.774 destes registos, mais 42 do que no final de 2015.

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Bolsa francesa dispara 4% depois das eleições

As praças europeias abriram em alta esta segunda-feira, no rescaldo das eleições em França. Índice francês está em máximos desde 2015 e o vento também sopra favorável ao português PSI-20.

O vento sopra favorável aos mercados na manhã desta segunda-feira. No rescaldo da noite eleitoral em França, as bolsas europeias avançam a todo o gás, perante a passagem à segunda volta dos candidatos Emmanuel Macron e Marine Le Pen. Uma dessas praças é a portuguesa, que arrancou a disparar cerca de 1,5%.

A generalidade das cotadas nacionais no PSI-20 abriu em terreno positivo, com o BCP a liderar os ganhos. Às oito em ponto, as ações do banco somavam 3,15% em relação à sessão de sexta-feira, com os títulos a valerem 0,19 euros. A dar energia ao índice está também a Galp, com ganhos de 1,59% na abertura da sessão e as ações a valerem 14,40 euros. Destaque ainda para a EDP, que valoriza 2% para 3,11 euros.

Na Europa é mesmo o índice francês o que mais ganhos está a registar. O índice CAC-40 abriu a valorizar 4,10% para máximos desde junho de 2015. Além disso, como o ECO também já noticiou, as yield do Tesouro a dez anos aliviam para mínimos de três meses, tidas como referência ao nível europeu. A queda mostra que os investidores estão a reagir bem ao resultado desta primeira volta das presidenciais.

De referir que o Stoxx 600 segue a valorizar 1,20%, o IBEX-35 (Espanha) avança 3,20%, o FTSE (Inglaterra) soma 1,48% e o FTSE MIB (Itália) ganha 2,30%. O dia nos mercados está a ficar sobejamente marcado pela reação (claramente positiva) ao resultado das eleições em França. Mas recorde-se que, esta segunda-feira, em Portugal, é dia de assembleia-geral extraordinária do Montepio e há estatísticas importantes para conhecer.

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Rui Vilar poderá ser obrigado a receber salário na CGD

  • ECO
  • 24 Abril 2017

O chairman da Caixa Geral de Depósitos poderá vir a ser obrigado a ter um salário porque as regras europeias e as do banco assim o ditam

Rui Vilar aceitou o cargo de chairman “na condição de não receber vencimento”, mas o banco público está agora a avaliar a obrigação de pagar uma remuneração ao responsável, avança o Jornal de Negócios (acesso pago) na sua edição de segunda-feira.

A comissão de remunerações da Caixa, liderada por Manuel Ferreira de Oliveira, antigo presidente da Galp Energia, está a analisar a questão. E, de acordo com o Negócios, a posição deste órgão é a de que todos os administradores não executivos do banco público devem ser remunerados.

“A presente política de remunerações é aplicável (…) a todos os membros não executivos do conselho de administração da CGD”, diz o documento citado. À luz deste documento e ainda do facto de a política de remunerações da Caixa, aprovada a 31 de agosto, também definir que o cargo de presidente do conselho de administração deve ser remunerado, Rui Vilar, que está no banco público desde 31 agosto (na altura como vice-presidente não executivo de António Domingues), deverá ter de passar a receber um salário.

Uma imposição que vai contra a vontade do próprio que, em entrevista ao Expresso, em novembro, dizia ter aceitado o cargo “por serviço público” e “na condição de não receber vencimento”.

Por outro lado, as regras europeias vão no mesmo sentido. A Autoridade Bancária Europeia (EBA) não prevê a possibilidade de os bancos europeus terem administradores não remunerados: “As instituições devem ser capazes de demonstrar às autoridades competentes que a política e as práticas de remuneração são coerentes e promovem uma gestão de riscos sã e eficaz”.

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