Banco de Inglaterra pressionou bancos para manipular Libor

  • Juliana Nogueira Santos
  • 10 Abril 2017

Gravações obtidas pela BBC News revelam que o banco central britânico deu ordens aos bancos para que estes manipulassem a taxa de juro.

O Banco de Inglaterra está implicado num escândalo de manipulação de taxas de juro. Gravações secretas a que a BBC News teve acesso e que datam de 2008 mostram que o banco central britânico pressionou repetidamente os bancos comerciais para baixarem a taxa de juro à qual os bancos emprestam dinheiro entre si, a Libor.

Esta taxa vai servir de referência para a taxa de juro cobrada a consumidores e terá sido manipulada em detrimento de interesses comerciais. Neste gravações pode ouvir-se a conversa entre um gestor sénior do Barclays, Mark Dearlove e Paul Johnson, um dos responsáveis do banco pelo estabelecimento da taxa.

"Dearlove: Estamos sob grande pressão do governo e do Banco de Inglaterra para empurrarmos a Libor para baixo.

Johnson: Vou puxa-las para baixo do nível em que acho que podemos lucrar?

Dearlove: O facto é que temos o Banco de Inglaterra, todo o tipo de pessoas envolvidas nesta coisa… Estou tão relutante como tu… Esta gente disse para o fazer.”

Conversa entre Mark Dearlove e Paul Johnson

Antes da divulgação desta conversa, Johnson já tinha admitido que aceitou ordens de investidores para manipular a Libor, pelo que foi detido no verão passado.

Os bancos ingleses foram multados em mais de 6 mil milhões de libras por permitirem que os responsáveis, tais como Johnson, tivessem sido influenciados por pedidos de manipulação das taxas que vieram não só dos seus superiores, mas também de investidores.

Em resposta a este caso, o Banco de Inglaterra afirmou que nessa altura a Libor não era alvo de regulação em território britânico. Mark Dearlove foi contactado pelo meio de comunicação e recusou-se a dar quaisquer declarações.

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Fiambre já não se vai estragar tão depressa

  • Lusa
  • 10 Abril 2017

Um método "inédito" desenvolvido na Universidade de Coimbra resolve um problema da indústria alimentar a nível mundial.

Um revestimento comestível que aumenta o prazo de validade do fiambre fatiado e de outros produtos cárneos, sem comprometer a sua qualidade, foi inventado por investigadores da Universidade de Coimbra (UC), anunciou a instituição esta segunda-feira.

O método inédito, que resolve “um problema da indústria alimentar a nível mundial”, foi desenvolvido por investigadores do Colling, grupo do Centro de Química da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC (FCTUC), na sequência de um desafio lançado, nesse sentido, pela Primor Charcutaria-Prima, empresa de produtos alimentares, de Vila Nova de Famalicão.

O novo revestimento de alimentos, que é comestível, é “produzido à base de polímeros e tensioativos naturais”, revela a UC, numa nota enviada hoje à agência Lusa. “Apoiada na lista de polímeros e tensioativos naturais aprovados pela FDA (Food and Drug Administration)”, a equipa de investigadores, liderada por Filipe Antunes, realizou “um conjunto de complexos estudos” até descobrir “um método inovador de revestimento de alimentos seguro” e “capaz de aumentar a validade dos vários tipos de fiambre fatiado”.

O fiambre, depois de desembalado, tem atualmente validade de três dias.

"Tratou-se de um desafio imenso porque foi necessário estudar um vasto leque de variáveis.”

Filipe Antunes

Investigador da Universidade de Coimbra

“Tratou-se de um desafio imenso porque foi necessário estudar um vasto leque de variáveis”, sublinha Filipe Antunes, citado pela UC. “Começámos por selecionar os polímeros e tensioativos que reunissem as melhores propriedades para o fim pretendido, realizámos misturas e observámos o comportamento dessas combinações, modificámos algumas propriedades, investigámos as concentrações adequadas para obter um revestimento seguro e eficaz, e realizámos sucessivos testes para avaliar a interação dos polímeros e tensioativos com o alimento”, explicita o investigador.

Além disso, os especialistas, que reproduziram em laboratório as condições quer dos frigoríficos domésticos, quer dos frigoríficos dos supermercados, efetuaram vários estudos microbiológicos para assegurar “um revestimento antibacteriano e que evite a desidratação e oxidação deste tipo de alimentos, adiando a sua deterioração”, salienta Filipe Antunes.

"O revestimento é impercetível aos olhos do consumidor, cumpre as exigências da FDA e pretende aumentar a conservação do fiambre e de outros produtos cárneos após a abertura da embalagem.”

Filipe Antunes

Investigador da Universidade de Coimbra

O revestimento agora criado é “impercetível aos olhos do consumidor, cumpre as exigências da FDA e pretende aumentar a conservação do fiambre e de outros produtos cárneos após a abertura da embalagem”, sintetiza a UC.

Este método inovador, que os seus autores pretendem patentear, “não só resolve um problema da indústria alimentar como também contribui significativamente para a redução do desperdício alimentar”, nota Filipe Antunes. O projeto, cujos estudos foram desenvolvidos ao longo de dois anos, foi financiado por fundos comunitários, em cerca de 600 mil euros, através do programa Horizonte 2020.

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Governo da esquerda tem tido “alguns resultados” surpreendentes

  • Lusa
  • 10 Abril 2017

O cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, diz que a solução governativa do PS, com o apoio dos partidos de esquerda, é "positivamente surpreendente".

O cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, admitiu, em entrevista hoje à Rádio Renascença, que a solução governativa do PS, com o apoio do PCP, BE e PEV, tem tido “alguns resultados” que são positivamente surpreendentes.

Baixar o desemprego é bom. Diminuir a tensão social, a crispação, é bom. Haver resultados – uns são de agora, outros foram preparados antes – no campo do ensino, é bom. Haver ótimas perspetivas para atividades como o turismo, é bom. Há aqui coisas boas, há alguns sinais de recuperação económica”, afirmou Manuel Clemente à Rádio Renascença.

Para Manuel Clemente, “as coisas têm andado e têm andado de uma maneira que, nalguns aspetos, é surpreendente e positivamente surpreendente”.

O cardeal lembrou que, depois das legislativas de 2015, falhou a aliança que “talvez fosse mais natural”, no “chamado arco governamental”, e que, agora, como este executivo, se registou uma viragem, com “alguns sinais de recuperação económica” e de “descrispação”.

É um clima que “ajuda a resolver os problemas de outra maneira”, afirmou Manuel Clemente na entrevista à RR, propriedade do Patriarcado e a Conferência Episcopal Portuguesa e que assinala hoje 80 anos.

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Exportações lado a lado com importações. Balança piora

O INE divulgou esta segunda-feira os dados do comércio internacional de bens relativos a fevereiro. Crescimento das exportações supera o das importações, mas pouco. A balança comercial degradou-se.

A balança comercial de bens até fevereiro está pior do que a registada há um ano: são mais 58 milhões de euros face ao mesmo período do ano passado. As exportações estão a aumentar a um maior ritmo do que as importações, mas a diferença é ligeira. Excluindo os combustíveis, as exportações cresceram 5,5% e as importações aumentaram 4,0%.

“Em fevereiro de 2017, as exportações e as importações de bens registaram variações homólogas nominais de, respetivamente, +9,0% e +8,9% (+19,1% e +22,4% em janeiro de 2017, pela mesma ordem)”, explica o INE na nota que divulgou esta segunda-feira. “Excluindo os Combustíveis e lubrificantes, as exportações cresceram 5,5% e as importações aumentaram 4,0% (respetivamente +16,6% e +15,1% em janeiro de 2017)”, acrescenta, referindo que “o défice da balança comercial de bens situou-se em 746 milhões de euros em fevereiro de 2017, representando um aumento de 58 milhões de euros face ao mês homólogo de 2016”.

As variações mensais das exportações de bens portuguesas.INE

Apesar de continuar a ser negativo, se retirarmos o efeito dos combustíveis, o saldo comercial de bens melhorou face ao mesmo período do ano passado. “Excluindo os Combustíveis e lubrificantes a balança comercial atingiu um saldo negativo de 456 milhões de euros, que corresponde a uma redução de 35 milhões de euros em relação ao mesmo mês de 2016“, explica o INE.

As exportações em fevereiro subiram graças ao aumento registado nos países exteriores à União Europeia. Face a fevereiro de 2016, as exportações para os países Extra-UE cresceram 29,9%. Verificou-se uma subida em vários países, “salientando-se os crescimentos das exportações para Espanha, Estados Unidos e Angola (+10,0%, +53,5% e +61,1%, respetivamente)”.

Do lado das importações, o INE explica o aumento com a “evolução registada em ambos os tipos de comércio: +4,9% no Comércio Intra-UE (+16,9% em janeiro de 2017) e +24,7% no Comércio Extra-UE (+41,3% em janeiro de 2017)”. Neste caso “o maior destaque vai para o acréscimo registado nas importações com origem na Rússia (justificado pela importação de Óleos brutos de petróleo e Fuelóleo), seguindo-se as importações provenientes de Espanha e Alemanha”.

Em termos de grandes categorias económicas, do lado das exportações o INE dá destaque ao aumento verificado nos combustíveis e lubrificantes (+79,8%), essencialmente produtos transformados. Este valor poderá ser explicado pela diferença do valor do petróleo: em fevereiro de 2016, o Brent estava a ser transacionado à volta dos 30 dólares. Um ano depois, o Brent está a ser transacionado acima da fasquia dos 50 dólares.

O mesmo efeito verifica-se do lado das importações. “Tal como nas exportações, evidencia-se claramente o aumento das importações de Combustíveis e lubrificantes (+63,0%), sobretudo Produtos primários”, explica o Instituto Nacional de Estatística no destaque sobre as estatísticas do comércio internacional de bens em fevereiro.

As variações mensais das importações de bens portuguesas.INE

A comparação com janeiro também dá luzes sobre uma possível aceleração das exportações e uma diminuição das importações. “Face ao mês anterior, as exportações cresceram 0,2%, em resultado do aumento registado nas exportações Extra-UE, dado que no Comércio Intra-UE se verificou uma redução”, explica o Instituto Nacional de Estatística. “Diferentemente, as importações registaram uma diminuição de 3,9%, essencialmente em resultado da redução registada nas importações de países fora da UE“, acrescenta.

Em janeiro, as exportações de bens tinham crescido menos do que as importações. As exportações de bens cresceram 19,6%, mas foram ultrapassadas pelas importações de bens que aumentaram 22,3%. A balança comercial de bens fixou-se em 252 milhões de euros.

Em 2016, as exportações tiveram o pior registo em sete anos. As importações cresceram 1,2% face a 0,9% das exportações, tendência que continua a verificar-se no primeiro mês de 2017.

(Notícia atualizada às 11h26)

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IMI: Governo estuda nova forma de avaliar imóveis rústicos

O objetivo é simplificar, mas ainda não é claro o impacto fiscal. Para já, o Governo criou um grupo de trabalho para definir o novo modelo de avaliação dos prédios rústicos, no âmbito do IMI.

Já não há dúvidas de que vêm aí novidades no Imposto Sobre Imóveis (IMI). Depois do adicional ao IMI, introduzido no OE2017, o Governo criou um grupo de trabalho para definir um novo modelo de avaliação dos prédios rústicos. No despacho, publicado esta segunda-feira em Diário da República, o Ministério das Finanças explica que quer introduzir “maior progressividade” ao IMI, dado que existe “a necessidade de revisão da tributação municipal do património”.

Esta revisão do método de avaliação dos imóveis estava também inserido no Orçamento do Estado para 2017 (OE2017). A ideia é rever o Código do Imposto Municipal sobre Imóveis uma vez que, para o Governo, “as atuais regras de avaliação da propriedade rústica não refletem já as características que esta realidade representa no nosso país”. Os principais objetivos do novo modelo passam por “uma maior simplicidade e facilidade de aplicação, sem perder de vista a adequação ao valor económico real dos prédios avaliados”.

Prevê-se que o novo modelo passe a ter como central a localização e a área do imóvel. Esta segunda-feira, o Dinheiro Vivo revela que o novo modelo abrange as parcelas com, pelo menos, 50 hectares, que são cerca de 2,5 milhões das 12 milhões registadas. Em declarações ao jornal, o Ministério das Finanças garantiu que vai criar “uma cláusula progressiva que proteja os contribuintes durante dez anos”. A proposta, que será ultimada por este grupo de trabalho, vai também ser discutida com agricultores e os municípios, ainda que o Governo não se comprometa em passar as competências de avaliação dos imóveis para as autarquias.

Recorde-se que em 2012 decorreu um processo também inserido no programa de ajustamento em que cerca de cinco milhões de prédios foram reavaliados. Grande parte dessas reavaliações resultaram num maior pagamento de IMI, o que depois foi travado para casos específicos, também tendo em conta o rendimento familiar.

Este grupo de trabalho envolve um representante da Autoridade Tributária e Aduaneira, um membro da Comissão Nacional de Avaliação de Prédios Rústicos e representantes de vários Ministérios.

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Revista de imprensa internacional

  • Juliana Nogueira Santos
  • 10 Abril 2017

Da conquista da Lyft até aos delatores do Reino Unido e de Pequim, estas são as cinco notícias que marcam a atualidade internacional.

Hoje, as manchetes internacionais anunciam castigos por identificar delatores no Reino Unido e prémios para quem queira ser um em Pequim. No outro lado do Atlântico, a maior rival da Uber garante milhões em financiamento e quer continuar a tentativa de destronar a líder.

Bloomberg

Administração do Barclays repreende CEO por tentar identificar delator

O presidente executivo do Barclays está a ser alvo de uma investigação por parte das autoridades britânicas por ter tentado identificar um delator em 2016. Jes Staley tentou descobrir quem foi o responsável por uma carta que alertava o banco para um assunto que envolvia um executivo sénior.

Staley afirmou que acreditava que estava dentro dos seus poderes a identificação do autor da dita carta, quando na verdade não o podia fazer. O presidente executivo do banco já pediu desculpa à administração por não ter feito a melhor gestão do assunto, mas isto irá custar-lhe não só uma repreensão formal, como também um ajuste na componente variável do seu salário.

(Acesso gratuito / Conteúdo em inglês)

Financial Times

Lyft angaria mais de 500 milhões de dólares

Numa tentativa de ganhar terreno em relação à sua principal rival, a Lyft conseguiu angariar mais de 500 milhões de dólares, vendo a sua avaliação a subir até aos 7,4 mil milhões de dólares. Este financiamento irá ser aplicado na expansão dos serviços em território norte-americano.

A tecnológica tem lucrado com os sucessivos boicotes à Uber, mas ainda continua num patamar bem abaixo desta, que está avaliada em 62,5 mil milhões de dólares. Em 2016, a Lyft apresentou receitas de 708 milhões de dólares, mas, tal como a Uber, ainda não conseguiu ser lucrativa. No mesmo ano, sofreu perdas de 606 milhões de dólares. A empresa espera chegar ao terreno positivo em 2018.

(Acesso condicionado / Conteúdo em inglês)

The Guardian

Carros a gasóleo podem melhorar a qualidade do ar

Os automóveis a gasóleo podem ser uma peça chave na melhoria da qualidade do ar nas cidades, bem como na luta contra as alterações climáticas. A conclusão é da associação de produtores e vendedores de automóveis britânicos, que divulgou um relatório intitulado “10 factos que tem de saber sobre o gasóleo”.

Neste pode ler-se que, desde que os escândalos relativos aos motores diesel surgiram, a indústria adaptou-se e fez progressos em relação às emissões de gases tóxicos. São exemplos destes progressos os novos filtros de partículas e tecnologias que convertem os óxidos de nitrogénio em nitrogénio inócuo.

Na passada semana, a Câmara de Londres anunciou que os carros a diesel com mais de quatro anos em 2019 vão pagar 12,50 libras para entrarem na cidade, em adição à taxa de congestionamento, para que a poluição diminua no interior da cidade.

(Acesso gratuito / Conteúdo em inglês)

BBC News

Libor: Banco de Inglaterra envolvido em gravações secretas

Gravações secretas que datam de 2008 mostram que o banco central britânico pressionou repetidamente os bancos comerciais para baixarem a taxa de juro à qual os bancos emprestam dinheiro entre si, a Libor, que vai também estabelecer a taxa para empréstimos a consumidores.

Nestas gravações pode ouvir-se um gestor sénior do Barclays, Mark Dearlove, a afirmar a Paul Johnson, um dos responsáveis pelo estabelecimento da taxa, que “estamos sob grande pressão do governo e do Banco de Inglaterra para empurrarmos a Libor para baixo”. Johnson foi preso no último verão depois de se ter admitido que aceitou ordens de investidores para manipular a Libor.

Em resposta a este caso, o Banco de Inglaterra afirmou que nessa altura a Libor não era alvo de regulação em território britânico.

(Acesso gratuito / Conteúdo em inglês)

Quartz

Pequim paga 72 mil dólares a quem apanhe um espião estrangeiro

A partir desta segunda-feira o governo da capital chinesa vai recompensar muito bem quem encontrar um espião estrangeiro. Quem entregar um estrangeiro que conduza atividades como “infiltrar, subverter, roubar informação estatal e unir-se em conluio para instigar revoltas” receberá até 500 mil yuan, ou 72 mil dólares.

Esta medida é uma das tentativas de travar uma luta contra as “forças estrangeiras”, como lhe chama o presidente chinês Xi Jinping, que veem em Pequim uma localização preferencial para a prática de espionagem.

(Acesso gratuito / Conteúdo em inglês)

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Aumento de capital atira REN para maior queda em dez meses

A empresa liderada por Rodrigo Costa vai realizar um aumento de capital para financiar a compra da EDP Gás. O desconto para a venda dos novos títulos está a levar as ações a caírem mais de 4%.

A REN está a afundar. As ações da empresa de redes energéticas recuam mais de 4%, na pior queda desde junho de 2016. Perdas que se seguem ao anúncio da empresa liderada por Rodrigo Costa de que vai realizar um aumento de capital através da emissão de novas ações da REN. Uma operação que serve para financiar a compra da atividade de gás natural à EDP.

As ações da REN estão a cair 4,11% para os 2,80 euros. Uma queda que não se registava há dez meses, seguindo-se a uma série de ganhos expressivos que levou as ações a cotarem em máximos de um ano, nos 2,919 euros. Após esta queda, a REN encolheu para apenas 3,97% o ganho acumulado desde o início do ano.

Ações da REN afundam mais de 4%

Fonte: Bloomberg

Este desempenho negativo reflete o ajuste do mercado à entrada de novas ações que serão vendidas aos investidores abaixo do preço atual em bolsa. Estas novas ações vão diluir as participações dos atuais investidores, o que está a contribuir para o desempenho negativo da empresa liderada por Rodrigo Costa.

A REN pretende obter 250 milhões de euros com a venda de novos títulos. Esta operação serve para financiar a compra da EDP Gás, que faz parte de uma estrutura de financiamento que inclui ainda o recurso a linhas de crédito.

A REN está mais otimista. “Esta transação é uma oportunidade única para a REN atingir uma maior integração da infraestrutura doméstica core de gás natural. A transação permite também à REN manter um forte perfil de crédito e financeiro”, disse a REN no comunicado enviado na sexta-feira, após o fecho do mercado.

Os analistas do BPI também estimam que esta operação tenha, eventualmente, um resultado positivo. O aumento de capital deve aumentar a “liquidez das ações da REN, que é atualmente muito fraca” e isto deve ter “eventualmente um impacto positivo no preço da ação”, referem numa nota.

Já para a EDP, a alienação da empresa portuguesa de gás surge depois do negócio de 2.600 milhões de euros com a venda da Naturgas em Espanha, numa operação que vai servir para financiar a Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a EDP Renováveis e ainda para baixar a dívida.

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CEO do Barclays investigado por tentar identificar delator

  • ECO
  • 10 Abril 2017

Jes Staley tentou identificar um delator interno. O ato está sob investigação e vai-lhe custar uma repreensão formal, além de um corte na componente variável do seu salário.

O presidente executivo do Barclays está a ser alvo de uma investigação por parte das autoridades britânicas por ter tentado identificar um delator em 2016. Jes Staley tentou descobrir quem foi o responsável por uma carta que alertava o banco para um assunto que envolvia um executivo sénior.

Staley afirmou que acreditava que estava dentro dos seus poderes a identificação do autor da dita carta, quando na verdade não o podia fazer. O presidente executivo do banco já pediu desculpa à administração por não ter feito a melhor gestão do assunto, mas isto irá custar-lhe não só uma repreensão formal, como também um ajuste na componente variável do seu salário.

Tentar identificar um delator poderá violar leis de proteção de testemunhas, tanto no Reino Unido como nos Estados Unidos — visto que o Departamento de Serviços Financeiros norte-americano também estará a investigar o caso. O autor da carta ainda não foi identificado.

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Novo Banco já tem administração. Conheça os nomes

O BCE já aprovou quase todos os nomes da nova administração do banco. Terá quatro novos administradores e manterá dois da comissão anterior. Rui Cartaxo é chairman e António Ramalho o CEO.

O Novo Banco já recebeu a aprovação para a quase totalidade do novo conselho de administração, estando apenas a faltar o ok relativamente a José Eduardo Bettencourt. São, no total, oito os membros, da comissão executiva que continuará a ser liderada por António Ramalho. Rui Cartaxo será o chairman do banco que está ser vendido ao Lone Star.

“A nova Comissão Executiva do Novo Banco foi aprovada pelo Fundo de Resolução em 21 de dezembro e recebeu esta sexta-feira, dia 7 de abril,
autorização do BCE para a quase totalidade dos seus nomes. Está assim prestes a ficar completa a equipe que irá assegurar a continuação do Novo
Banco (até a venda se concluir naturalmente)“, refere o banco em comunicado enviado à CMVM.

“A Comissão Executiva será composta por membros que em média têm 21,8 anos de experiência bancária dos quais 50% (11 anos) em lugares de
administração”, acrescenta. Esta administração “tem uma distribuição de género 30%/70%, apresenta uma média de idade de 52,14 anos e uma média de 3 filhos. A idade varia entre os 58 (máxima) e os 44 (mínima)”, refere.

Conheça todos os nomes da nova administração:

António Ramalho – CEO – Foi CEO do Infraestruturas de Portugal, Vice CEO do Millennium, Presidente da UNICRE, Administrador do Santander Totta e do Grupo Champalimaud, contando com 26 anos de experiência no setor.

Vitor Fernandes – Chief Comercial Officer – Rede de Empresas – Foi vice CEO do Millennium e CEO da Mundial Confiança, tendo 24 anos de experiência no setor financeiro.

Isabel Ferreira – Chief Comercial Officer – Rede de Particulares – Foi CEO e fundadora do Banco Best

Jorge Cardoso – CFO – Foi CEO do Banco Caixa Investimentos e administrador da Caixa Geral de Depósitos. Conta com 21 anos de experiência no setor financeiro.

Luísa Soares da Silva – Chief Legal and Compliance Office – Foi Partner da MLGTSS. Tem 26 anos de experiência como advogada nesta área

Rui Fontes – Chief Risk Officer – Foi diretor de risco do Novo Banco e do Banco Espírito Santo e antigo diretor de modelos de risco. Tem 21 anos de experiência bancária.

José Eduardo Bettencourt – Ainda aguarda autorização do BCE – Conta com 21 anos de experiência no setor. Foi Chairman do Santander Asset Management e administrador do Santander, Chief of Staff de António Osório e Eduardo Stock da Cunha, gestor no Citibank e Barclays. Também foi Presidente do Sporting.

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Galp Energia cede ganhos. Arrasta PSI-20 para o vermelho

A bolsa nacional arrancou a semana em alta, impulsionada pela subida da Galp. Mas a petrolífera rapidamente cedeu os ganhos, arrastando o PSI-20 para terreno negativo.

O novo ânimo do PSI-20 no arranque da semana rapidamente se desvaneceu. A bolsa nacional começou em terreno positivo, impulsionada pelos ganhos da Galp Energia. A petrolífera valorizou inicialmente, à boleia da subida da cotação do petróleo. Um avanço suportado pela perspetiva de que a Rússia possa vir a acompanhar o prolongamento no corte da produção que deverá ser levado a cabo pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). Mas o tom passou a vermelho e arrastou o índice de referência para as perdas.

O índice de referência nacional, o PSI-20, segue em baixa de 0,16% para os 4.972,67 pontos, depois de ter arrancado a sessão em alta de 0,05%. A Galp Energia foi determinante para a subida inicial do índice, animada pela valorização dos preços do petróleo. Os investidores estão agora a olhar para o que poderá a Rússia fazer em relação à produção de petróleo. Há crescentes sinais de que o país liderado por Vladimir Putin possa acompanhar um eventual prolongamento dos cortes de produção da matéria-prima por parte da OPEP, o cartel petrolífero responsável por 40% da produção mundial, além de junho.

Mas estes ganhos passaram rapidamente a perdas. A petrolífera segue a cair 0,24% para os 14,48 euros, depois de ter subido 0,69% inicialmente. No setor energético, a REN também se destaca pela negativa. A energética cai 2,43% depois de ter comprado a atividade de gás natural à EDP, numa operação que avalia a EDP Gás em 532,4 milhões de euros.

Na banca, o cenário não é muito melhor. O banco liderado por Nuno Amado recua 0,28% para os 18 cêntimos. A retalhista Jerónimo Martins também contribui para este movimento de desvalorização, caindo 0,27% para os 16,81 euros.

A praça portuguesa dá assim continuidade às perdas registadas no final da semana passada, quando foi pressionada pelos receios geopolíticos dos investidores. Dúvidas que não afastam o Stoxx 600 dos ganhos. O índice europeu está a subir 0,03%.

(Notícia atualizada às 08h24)

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Montepio já está no PSI-20. Ações chegam em maio

  • ECO
  • 10 Abril 2017

A entrada de novos acionistas no capital do banco liderado por Félix Morgado acontece já no próximo mês. Isto depois de a assembleia-geral do Montepio ter aprovado a passagem a sociedade anónima.

OMontepio não é novo no PSI-20, mas as ações do banco só chegam ao índice de referência em maio. No próximo mês, quem for titular de unidades de participação da Caixa Económica passa a a ser acionista da instituição financeira liderada por Félix Morgado. Uma alteração que acontece depois de a assembleia-geral ter aprovado, por unanimidade, a transformação do banco em sociedade anónima e a alteração dos estatutos. A conversão será automática, sem que os investidores tenham de fazer qualquer operação.

Foi no início deste mês que o Montepio aprovou a passagem a sociedade anónima. Isto permitirá a entrada no capital do banco de novos acionistas, limitada a acionistas de caráter social, tal como é o caso da Santa Casa que já demonstrou o seu interesse. O Jornal de Negócios (acesso pago) refere que esta mudança vai acontecer já no próximo mês. Ou seja, quem for titular de unidades de participação da Caixa Económica passa a ser acionista do banco. Isto numa altura em que uma ação vale 42 cêntimos.

“Com a entrada em vigor dos novos estatutos da Caixa Económica Montepio Geral, após a transformação jurídica em sociedade anónima, as unidades de participação do fundo de participação passam a ações ordinárias com direito a voto, logo que esteja concluído o processo de transformação”, diz o banco, citado pelo jornal.

Esta alteração faz com que o capital do Montepio passe a ser de 2.170 milhões. Deste valor, a Associação Mutualista, a dona do Montepio, detém 2.055 milhões, ficando com 94,7% do capital do banco. Já o restante capital, referente às unidades de participação, será disperso por pequenos investidores, que não deverão ficar com participações superiores a 2%.

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Correções nas tarifas do gás podem custar 167 milhões aos consumidores

  • ECO
  • 10 Abril 2017

As distribuidoras de gás querem que a taxa de remuneração seja alterada, pressupondo um custo para os consumidores de até 167 milhões de euros. O regulador contesta o pedido.

Um litigio de mais de seis anos que põe frente a frente três distribuidoras de gás natural e a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) pode ter um impacto de 136 a 167 milhões de euros nos preços cobrados ao consumidor. O valor é avançado esta manhã pelo Público (acesso condicionado).

A Galp, a EDP e a Tagusgás defendem que os contratos de concessão lhes dão direito a uma reavaliação automática dos ativos a cada três anos, tendo em conta que estas são remuneradas através de uma taxa com base nos mesmos — ou seja, as empresas com maior capital têm mais proveitos. Assim, além de o regulador ter de compensar as empresas por prejuízos passados — que datam a julho de 2010 –, estas querem que as tarifas passem a ser calculadas tendo em conta este fator.

Por outro lado, a ERSE contesta esta alteração e diz que a taxa em vigor já tem em conta a inflação e a reavaliação de ativos, o que faz com que o pedido das empresas signifique uma dupla remuneração. Em declarações ao diário, a defesa da ERSE afirmou que esta decisão seria “aceitar um manifesto desequilíbrio contratual em favor das concessionárias e prejuízo do interesse público”.

Essa correção exigida pelas distribuidoras pressupõe que a ERSE pague 19,24 milhões de euros em prejuízos, relativos ao período de julho de 2010 a julho de 2011, e que os consumidores tenham de pagar de 136 a 167 milhões de euros, dependendo da inflação considerada nos cálculos, totalizando-se num aumento de tarifários na ordem dos dois dígitos.

Depois de seis anos, já são sete os pedidos de impugnação das tarifas atuais sempre com contestação do regulador. Impõe-se agora uma nova fase no caso, depois das empresas terem exigido a entrega de alguma documentação relativa aos contratos de concessão, como estudos económico-financeiros encomendados pelo Estado.

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