Tesco investe 3,8 milhões nas instalações em Famalicão e cria mais 50 empregos

  • Lusa
  • 7 Abril 2017

Multinacional japonesa vai contratar 50 novos postos de trabalho.

A multinacional japonesa Tesco vai investir 3,8 milhões de euros na ampliação das atuais instalações em Vila Nova de Famalicão, criando 50 novos postos de trabalho, anunciou hoje a autarquia.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a autarquia explica que a iniciativa empresarial da Tesco foi contemplada com incentivos fiscais ao abrigo do Regulamento de Projetos de Investimento de Interesse Municipal – Made 2IN.

Aquela multinacional, especializada na produção de peças de alumínio fundido por alta pressão para motores de automóveis, vai assim avançar com uma “nova fase de crescimento”, investindo na construção de um pavilhão industrial, junto às instalações da empresa, em Ribeirão, e pela aquisição de novos equipamentos para a produção de tampas de compressores de ar condicionado para veículos elétricos.

“A Tesco é mais um bom exemplo da vocação exportadora e da atratividade de Vila Nova de Famalicão para o investimento estrangeiro, município que é notado por acolher várias empresas de dimensão mundial”, afirma no texto o presidente da autarquia, Paulo Cunha.

A Tesco está em Vila Nova de Famalicão desde 2008, estando presente em Portugal desde 1993, sendo a base daquele concelho a “única base de produção” da multinacional japonesa na Europa.

Nos últimos cinco anos, aponta a autarquia, a Tesco “praticamente duplicou a faturação – de 13,5 milhões de euros em 2011 para cerca de 26 milhões de euros em 2016”.

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PS diz que mudanças na supervisão bancária não podem ser tratadas a “martelo e escopro”

  • Lusa
  • 7 Abril 2017

Socialistas defendem que alterações ao sistema bancário não podem ser tratadas a "martelo e escopro" quando precisam de um "bisturi fino".

“É por isso que o PS pede hoje para ponderar, para legislar bem. (…) Não podemos tratar com martelo e escopro aquilo que precisa de um bisturi fino”, disse hoje o deputado socialista Eurico Brilhante Dias, no plenário da assembleia da República, em Lisboa.

O deputado socialista afirmou que o PS está “disponível” para na especialidade, em comissão parlamentar, analisar todas as propostas, mas que “não apoiará nenhuma medida que de forma populista ponha em causa o setor bancário e os mercados de capitais”.

Cecília Meireles, do CDS, que hoje levou seis propostas a debate no parlamento, disse que o seu partido também está disponível para discutir na especialidade, mas sublinhou que não entende por que se deixa “para amanhã o que pode ser resolvido já hoje”.

O parlamento está a discutir hoje 12 diplomas sobre alterações a modelo de supervisão do sistema financeiro, um do PS, um do PCP, quatro do BE e seis do CDS.

As propostas do CDS passam por mais regras na comercialização de produtos de risco pelos balcões, pelo reforço dos poderes de supervisão da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários “na verificação de eventuais conflitos de interesses” no exercício de auditoria e que passem a existir concursos com júris independentes para diretores de departamento do Banco de Portugal.

A presidência rotativa do Conselho Nacional de Supervisores Financeiros, atualmente apenas exercida pelo Banco de Portugal, com existência física e secretariado executivo, é outra das iniciativas que os centristas levam a plenário.

Já o BE agendou um projeto de lei que limita a comercialização de produtos financeiros e um projeto de resolução que recomenda a exoneração de Carlos Costa do cargo de governador do Banco de Portugal.

O BE avança também com projetos de lei para impor a “classificação de oferta pública a todas as colocações que envolvam investidores não qualificados, garantindo uma maior proteção aos pequenos investidores” e para proibir os bancos de realizarem “operações sobre valores emitidos por si ou por entidades com eles relacionadas”.

O PS leva a discussão uma recomendação para a “ponderação das conclusões das comissões parlamentares de inquérito no quadro da transposição da Diretiva dos Mercados e Instrumentos Financeiros e da Reforma do Modelo de Supervisão do Setor Financeiro”.

O PCP apresenta um projeto de lei para reforçar “as obrigações de supervisão pelo Banco de Portugal e a transparência na realização de auditorias a instituições de crédito e sociedades financeiras”.

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Tribunal de Contas denuncia gastos irregulares na venda do Novo Banco

O Tribunal de Contas examinou as contas do Fundo de Resolução relativas ao exercício de 2015 e detetou gastos irregulares na primeira tentativa de venda do Novo Banco. Em causa estão 9,7 milhões.

O Fundo de Resolução efetuou gastos irregulares no primeiro processo de venda do Novo Banco, cancelado em setembro de 2015. A conclusão é do Tribunal de Contas e consta da auditoria à atividade do Fundo de Resolução no ano de 2015, onde nota que estes gastos irregulares deveriam ter sido assumidos pelo Banco de Portugal.

Na análise que fez ao exercício de 2015 do Fundo de Resolução, o Tribunal de Contas conclui que as operações efetuadas por esta entidade foram “legais e regulares”, à exceção dos gastos efetuados com a primeira tentativa de venda do Novo Banco. Em causa, 9,7 milhões de euros, valor que representou quase 97% dos gastos financeiros totais que o fundo teve com aquisição de serviços. O montante é irregular porque ultrapassa a deliberação da Comissão Diretiva do Fundo.

"Relativamente às operações do exercício examinadas conclui-se serem legais e regulares, com exceção das relativas ao processo de venda do Novo Banco (9,7 milhões de euros), uma vez que, à luz do regime legal aplicável, a Comissão Diretiva do Fundo não poderia ter deliberado assumir uma despesa desse montante.”

Tribunal de Contas

“Relativamente às operações do exercício examinadas conclui-se serem legais e regulares, com exceção das relativas ao processo de venda do Novo Banco (9,7 milhões de euros), uma vez que, à luz do regime legal aplicável, a Comissão Diretiva do Fundo não poderia ter deliberado assumir uma despesa desse montante”, pode ler-se no relatório. Além disso, o Tribunal de Contas considera que estes custos se destinaram à prestação de assessoria ao Banco de Portugal, pelo que deveriam ser suportados por essa instituição.

O Tribunal de Contas recomenda, por isso, que o Fundo de Resolução obtenha autorização para poder assumir esta despesa ou, em alternativa, que anule a deliberação da Comissão Diretiva, “sob pena de o pagamento dessas despesas originar eventual responsabilidade financeira”.

Por outro lado, recomenda que o Fundo de Resolução passe a ser classificado como fundo autónomo da administração central no Orçamento de Estado, deixando de ser considerado entidade pública reclassificada. “A deficiente classificação atual dispensa o Fundo, indevidamente, do cumprimento de um conjunto de obrigações, entre as quais se inclui o cumprimento da unidade de tesouraria”, diz o Tribunal de Contas.

Na resposta ao Tribunal de Contas, o Fundo de Resolução justifica que “cabe ao Banco de Portugal desenvolver os procedimentos operacionais necessários ao processo de venda, assumindo a celebração de contratos, se necessário, e avaliar os encargos que devem ser considerados imputáveis ao Fundo de Resolução.

O fundo acrescenta ainda outra explicação:

“Os encargos gerados pela prestação dos serviços — da responsabilidade do Fundo de Resolução — reconduzem-se ao conceito de despesas obrigatórias. Assim, no que concerne às despesas decorrentes da prestação de serviços contratados pelo Banco de Portugal, uma vez que estas revestem uma natureza vinculada, sendo por isso apresentadas nos termos da lei pelo Banco de Portugal para pagamento, não se afigura de aplicar os procedimentos previstos na lei geral em matéria de autorização, realização e pagamento das despesas bem como da sua contratação“.

O Tribunal de Contas rejeita esta explicação, já que “o apoio técnico e administrativo que a lei determina caber ao Banco de Portugal compreende as funções de coadjuvação e colaboração na preparação e instrução de processos com vista à tomada de decisão que compete, nos termos legais, aos órgãos máximos dos respetivos serviços”.

Por isso, o Tribunal de Contas reitera que a autorização destas despesas cabia à Comissão Diretiva do Fundo, ao Governo ou ao Conselho de Ministros, em função dos montantes envolvidos, pois só deste modo se mostram observados os princípios de legalidade, decisão e competência”.

Seja como for, depois das recomendações do Tribunal de Contas, o Fundo de Resolução optou por “revogar as deliberações que levaram ao reconhecimento destes encargos em 2015”. O fundo procedeu “ao desreconhecimento da responsabilidade registada naquele ano”, e não reconheceu nas contas encargos adicionais. Além disso, estão a “decorrer diligências no sentido de clarificar todo o quadro normativo aplicável ao reconhecimento e ao pagamento destas despesas”, esclarece o Fundo de Resolução.

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Continental investe mais 150 milhões em Portugal

Depois de ter investido 60 milhões na fábrica de Lousado, o grupo alemão vai investir outros 150 milhões, para aumentar a capacidade da fábrica.

O grupo Continental vai investir mais 150 milhões de euros na fábrica de pneus da Continental Mabor em Lousado, Vila Nova de Famalicão.

O investimento será feito até ao final de 2018 e tem como objetivo aumentar a eficiência da fábrica de Lousado, anuncia o grupo alemão, em comunicado citado pela Bloomberg. A fábrica, cuja construção contou com um investimento inicial de 60 milhões de euros no ano passado, só vai começar a produzir pneus no segundo semestre deste ano.

Com este investimento adicional, o grupo produtor de pneus pretende aumentar a capacidade de produção, atualmente de 18 milhões de pneus de ligeiros de passageiros por ano. Do montante total, 50 milhões servirão para concluir a construção da unidade de produção de pneus para veículos agrícolas, iniciada em junho de 2016.

Ao mesmo tempo, a Continental vai aumentar o número de trabalhadores da fábrica de Lousado de 1.800 para dois mil trabalhadores.

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Dijsselbloem: Nenhum ministro apelou a demissão no Eurogrupo

  • Marta Santos Silva
  • 7 Abril 2017

O presidente do Eurogrupo afirma que o assunto da demissão não foi falado na reunião. À entrada, Mourinho Félix disse a Dijsselbloem que as suas declarações tinham sido "chocantes".

Nenhum ministro pediu a demissão de Jeroen Dijsselbloem na reunião de hoje do Eurogrupo, onde estava presente o secretário de Estado adjunto e das Finanças Mourinho Félix, segundo disse o presidente do grupo na conferência de imprensa que se seguiu ao encontro.

Questionado por uma jornalista da SIC, Dijsselbloem voltou a lamentar que as suas palavras a um jornal alemão, que levaram o primeiro-ministro António Costa a exigir a sua demissão, tivessem sido mal interpretadas. “Eu próprio abordei o assunto no princípio da reunião, e disse aos ministros o que já tinha dito aos deputados europeus: que lamento que a minha escolha de palavras tenha ofendido e perturbado as pessoas”, reconheceu.

O presidente do Eurogrupo terá apelado também à união entre os países da zona euro. “Depois disso, nenhum ministro se pronunciou, pelo que podemos interpretar que aprovaram a minha declaração sobre o tema. Ninguém pediu a minha demissão, não foi mencionado na reunião, por isso vou continuar a fazer o meu trabalho“.

Mourinho Félix, que substituiu o ministro das Finanças Mário Centeno na reunião que tem lugar esta sexta-feira em Malta, confrontou Jeroen Dijsselbloem à entrada para o encontro. Mourinho Félix aproveitou o aperto de mão com Dijsselbloem para lhe exigir um pedido de desculpas pelas suas declarações: “Foi profundamente chocante aquilo que disse dos países que estiveram sob resgate, e gostaríamos que pedisse desculpas perante os ministros e a imprensa”. Dijsselbloem não se deixou ficar: “Eu vou dizer alguma coisa sobre isso, mas a reação de Portugal também foi chocante”, captado pelas câmaras da RTP. “Não lhe vou exigir um pedido de desculpas, mas vou dizer alguma coisa”.

O secretário de Estado Mourinho Félix confrontou Jeroen Dijsselbloem antes da reunião.European Union

No final da conferência de imprensa sobre a reunião do Eurogrupo, Mourinho Félix reconheceu que ninguém se pronunciara sobre o pedido de desculpas de Jeroen Dijsselbloem que abriu a reunião. A posição de Portugal, no entanto, mantém-se, disse aos jornalistas da RTP, ou seja, que o presidente do Eurogrupo está a dividir a zona euro e que “é preciso alguém” com outra abordagem. Mourinho Félix evitou, no entanto, mencionar o termo “demissão”.

A saída de Dijsselbloem pode estar para breve, mas não através de uma demissão. O ministro das Finanças holandês pode estar de saída desse cargo visto que o seu partido sofreu uma grande derrota nas legislativas holandesas, mantendo-se, entretanto, como ministro interino enquanto se forma uma coligação, não sendo certo que o seu partido faça parte dela. Se deixar de ser ministro das Finanças, Dijsselbloem poderia, em teoria, continuar no cargo até ao fim do seu mandato, em janeiro de 2018 — como o ECO explicou na véspera da eleição, não existem regras concretas para a escolha do presidente deste grupo informal, que não tem estatutos.

Questionado por um jornalista sobre se não seria “mais responsável” procurar um substituto antes do verão, quando haverá muitas discussões sobre a questão grega, Dijsselbloem respondeu: “É uma questão em aberto”, mas acrescentou que não haverá nenhum período em que o assento fique vazio.

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Revista de imprensa internacional

  • Marta Santos Silva
  • 7 Abril 2017

A Síria domina os cabeçalhos mundiais mas saiba também que a ETA se vai tornar numa organização desarmada, e outras cinco notícias que marcam a atualidade esta sexta-feira.

O ataque inédito dos Estados Unidos a uma base militar do regime sírio, pela primeira vez desde o princípio da guerra civil naquele país em 2011, faz manchetes nos jornais de todo o mundo. O ECO conta-lhe, minuto a minuto, como reagem os mercados e como estão as relações entre a Rússia e os Estados Unidos. Mas conheça também, nesta revista de imprensa, as novidades do Spotify, que prepara uma IPO diferente daquelas a que o mercado está habituado, assim como as declarações da organização terrorista basca ETA que se vai desarmar e mudar o seu modelo de funcionamento. Nos EUA, Trump reúne-se com o presidente chinês Xi Jinping, ao mesmo tempo que o seu nomeado para o Supremo é aprovado através de táticas pouco convencionais. Em Espanha, Botín promete dividendos mais altos no Santander. Do Reino Unido chega a notícia de que uma das mulheres que ficou ferida no atentado ao parlamento britânico morreu.

Wall Street Journal

Spotify prepara uma IPO que não é bem uma IPO

O serviço de música por streaming Spotify prepara-se para entrar no mercado, mas não da mesma forma que as tecnológicas anteriores. A empresa sueca avaliada em 8,5 mil milhões de dólares pretende entrar diretamente no mercado, sem realizar uma oferta pública inicial (initial public offering, ou IPO). Leia a notícia completa no Wall Street Journal. (Conteúdo em inglês / Acesso condicionado)

The New York Times

Republicanos usam “opção nuclear” para aprovar escolha de Trump para Supremo

Parecia impossível aprovar a escolha de Trump para o Supremo Tribunal, onde os juízes cumprem mandatos vitalícios, porque os deputados democratas no Senado, que se opõem a essa escolha, tinham votos suficientes para impedir a nomeação através de uma estratégia de filibuster, que contorna a votação através de um atraso na sessão que a impede de ser realizada. Mas os senadores republicanos usaram a chamada “opção nuclear”, alterando profundamente o funcionamento da câmara, limitando o poder da minoria e aprovando assim Neil Gorsuch como juiz. Leia a notícia completa no New York Times. (Conteúdo em inglês / Acesso condicionado)

BBC

ETA vai entregar bombas e armas e transformar-se numa organização desarmada

Os separatistas bascos da ETA vão mudar a natureza da sua organização e passam a ser um grupo desarmado, de acordo com uma carta que foi acedida pela BBC. O grupo terrorista, que antes de declarar um cessar-fogo em 2011 matou 800 pessoas ao longo de 40 anos, anunciou que vai entregar as suas bombas e armas e passar a ser uma organização desarmada, numa operação que vai ter lugar em Baiona, no sul de França. Leia a notícia completa na BBC. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

South China Morning Post

Trump aceita convite de Xi Jinping para visitar China

O presidente norte-americano Donald Trump aceitou o convite de visitar a China que lhe foi feito durante a reunião com o presidente Xi Jinping, de acordo com a imprensa estatal chinesa. A Xinhua escreve que os dois líderes desenvolveram “uma amizade” durante o jantar à chegada de Jinping à estância de Mar-a-Lago, na Florida. “Há mil razões de fazer as relações sino-americanas funcionar, e nenhuma razão para as quebrar”, disse Xi Jinping. Leia a notícia completa no South China Morning Post. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Expansión

Botín diz que Santander voltará a aumentar os dividendos em 5%

A presidente do Santander, Ana Botín, anunciou esta sexta-feira que o banco vai voltar a subir os dividendos este ano, para 0,22 euros em 2017: um aumento de 5% do que foi pago em 2016. A fórmula será a mesma que tem sido aplicada desde 2015: “Três dividendos em efetivo pelo valor de 6 cêntimos de euro por ação cada um, e um sob o programa Santander Dividendo Elección, de 4 cêntimos de euro”, assinalou Botín. Leia a notícia completa no Expansión. (Conteúdo em espanhol / Acesso gratuito)

The Guardian

Morre a mulher que caiu da ponte no atentado a Westminster

Uma mulher que caiu no rio Tamisa para tentar fugir do atacante no atentado a Westminster, em Londres, morreu esta quinta-feira no hospital devido aos ferimentos. No atentado de dia 22 de março, Andreea Cristea, uma turista romena, lançou-se da ponte para escapar ao carro do atacante terrorista que mataria outras quatro pessoas, incluindo um segurança do Parlamento inglês. Leia a notícia completa no The Guardian. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

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Novo Banco “pode vir a afetar o défice”, diz Mourinho Félix

O secretário de Estado do Tesouro e Finanças assegura, por outro lado, que o risco de liquidação do Novo Banco está "definitivamente afastado".

O Governo espera que a venda do Novo Banco fique fechada até ao final do primeiro semestre deste ano. A indicação é dada por Ricardo Mourinho Félix, secretário de Estado do Tesouro e das Finanças, em entrevista ao Jornal Económico (acesso pago). O governante acredita, ainda, que o risco de liquidação do banco está “definitivamente afastado”, mas admite algo que António Costa já tinha dito que não iria acontecer: as possíveis injeções futuras no Novo Banco poderão afetar o défice.

“O closing da operação de venda do Novo Banco ao Lone Star deverá ter lugar no final do primeiro semestre de 2017″, disse o secretário de Estado na entrevista.

"O atual acordo não contempla assim qualquer possibilidade de o Novo Banco vir a ser liquidado. É um cenário que está definitivamente afastado.”

Ricardo Mourinho Félix

Secretário de Estado do Tesouro e das Finanças

Para já, o contrato de promessa de compra e venda assinado com o Lone Star, bem como o acordo de princípio alcançado com a Comissão Europeia relativamente às condições de venda do banco, faz com que estejam “preenchidos todos os requisitos que permitem afastar definitivamente a liquidação do banco”, assegura Mourinho Félix. “Esse cenário, que tinha sido afastado pelo Governo desde o início, encontra-se agora afastado também pela própria Comissão Europeia. O atual acordo não contempla, assim, qualquer possibilidade de o Novo Banco vir a ser liquidado. É um cenário que está definitivamente afastado“, sublinha.

Apesar das garantias do Governo, não é correto dizer que o risco de liquidação está afastado. Isto porque a execução do acordo alcançado com o Lone Star ainda está dependente de três condições:

  1. A autorização por parte do Banco Central Europeu (BCE). O regulador da banca europeia tem de aprovar o Lone Star como acionista qualificado do Novo Banco. Isso implica, de acordo com o regulamento n.º 1024 de 2013, que o BCE irá avaliar a idoneidade do Lone Star, “para garantir que não é afetada a idoneidade e a solidez financeira dos proprietários das instituições de crédito”;
  2. A autorização por parte da Direção Geral da Concorrência, que tem de avaliar se o negócio mantém a viabilidade do banco e não distorce a concorrência;
  3. E o sucesso da operação de troca de obrigações seniores, que tem como objetivo reforçar o capital do Novo Banco em 500 milhões de euros.

Nenhuma destas condições foi ainda cumprida. E, se alguma não for, o negócio não pode ser fechado. Isso não significa que o banco seja automaticamente liquidado. Significa que as autoridades portuguesas terão de entrar em novas negociações, quer com os reguladores europeus, quer com o Lone Star. Contudo, fica claro que o risco de liquidação não desapareceu. O que desapareceu foi a data de morte. Se o contrato de promessa não tivesse sido assinado até 3 de agosto de 2017, o Novo Banco seria automaticamente liquidado nessa data. Agora, deixa de haver uma data, mas não deixa de haver risco.

Ainda assim, e relativamente à operação de troca de obrigações, o secretário de Estado deixa implícito que, entre perder retorno ou ficar sem banco, os obrigacionistas vão tomar a decisão certa. As condições oferecidas, diz Mourinho Félix, “terão que ser suficientemente atrativas para que os obrigacionistas as aceitem tendo e conta, por um lado, o valor de mercado das obrigações que detêm e, por outro, as consequências que poderão decorrer da não-aceitação [da operação]”.

"Os investidores são agentes racionais e sabem bem avaliar os ativos que detêm em cada momento do tempo e valorizam seguramente uma solução que lhes permite recuperar o seu investimento, mesmo que tal implique um retorno inferior ao inicialmente esperado.”

Ricardo Mourinho Félix

Secretário de Estado do Tesouro e das Finanças

“Os investidores são agentes racionais e sabem bem avaliar os ativos que detêm em cada momento do tempo e valorizam seguramente uma solução que lhes permite recuperar o seu investimento, mesmo que tal implique um retorno inferior ao inicialmente esperado”, acrescenta.

Défice pode ser afetado

Na entrevista ao Jornal Económico, Mourinho Félix deu ainda novos detalhes sobre o funcionamento do mecanismo de capital contingente. Este mecanismo, que é acionado caso os rácios de capital do Novo Banco caiam abaixo de 12%, é suportado pelo Fundo de Resolução, que, ao todo, poderá injetar um máximo de 3,89 mil milhões de euros para recapitalizar o Novo Banco.

O mecanismo foi criado para cobrir eventuais desvalorizações de ativos que o Lone Star considerou tóxicos e que estão avaliados em 7,8 mil milhões de euros. “Este valor altera-se no tempo de acordo com o desempenho dos ativos” e voltará a ser calculado no momento do conclusão da venda, detalha Mourinho Félix.

Caso venha a ser necessária uma injeção por parte do Fundo de Resolução, esta entidade só poderá injetar, no máximo, 850 milhões de euros por ano no capital do Novo Banco.

"Tendo em conta que se destinam a cobrir perdas de valor de ativos, [essas injeções] poderão vir a afetar o défice das Administrações Públicas, dado a natureza pública do Fundo de Resolução.”

Ricardo Mourinho Félix

Secretário de Estado do Tesouro e das Finanças

E, ao contrário do que o Governo tem vindo a defender — que a venda do Novo Banco não terá qualquer impacto, direto ou indireto, sobre as contas públicas e sobre os contribuintesesta possível injeção de capital poderá, afinal, afetar o défice. “Tendo em conta que se destinam a cobrir perdas de valor de ativos, [essas injeções] poderão vir a afetar o défice das Administrações Públicas, dado a natureza pública do Fundo de Resolução”, admite Mourinho Félix.

Mas ressalva: “A probabilidade de o Novo Banco afetar a saída de Portugal do Procedimento por Défice Excessivo é nula“, até porque “não existirá qualquer injeção de capital em 2107, na medida em que a primeira análise sobre o valor dos ativos ao abrigo do mecanismo de capital contingente decorrerá no quadro de apresentação das contas do Novo Banco de 2017, que serão aprovadas no final do primeiro trimestre de 2018”.

Mourinho Félix mantém também que não haverá custos para os contribuintes, ainda que possa haver impacto no défice. “As eventuais responsabilidades recairão sobre o setor bancário, na medida em que, ao longo do tempo, [é ele] o responsável pelo pagamento das contribuições ordinárias para o Fundo de Resolução e pelo pagamento da contribuição sobre o setor bancário”. Ou seja, “não serão os impostos pagos pelos contribuintes a fazer face a estas despesas“.

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Isaltino Morais vai ser candidato independente a Oeiras

  • ECO
  • 7 Abril 2017

Ex-autarca vai recandidatar-se como independente. Esteve 24 anos à frente da Câmara de Oeiras.

Isaltino Morais vai ser candidato à Câmara Municipal de Oeiras, avançou o antigo presidente em entrevista à TSF. Isaltino, que foi presidente da autarquia durante 24 anos, adiantou que vai voltar a concorrer às autárquicas de 1 de outubro, agora como candidato independente.

Volto como se fosse o meu primeiro dia de autarca“, confessou o ex-presidente da câmara, acrescentando que “sempre” foi “o último a anunciar as minhas candidaturas”.

Isaltino Morais aproveitou a entrevista para admitir que a candidatura às próximas autárquicas estão relacionadas com uma responsabilidade que ainda tem. “A atual solução governativa da câmara decorreu de um movimento que eu próprio criei e mau seria se, intempestivamente, eu anunciasse há dois anos que em 2017 era candidato. Era eu que estava a criar instabilidade e dava o pretexto a quem estava a governar para que pudesse dizer que o Isaltino veio criar instabilidade e desviar atenções”, disse.

Entretanto, o futuro candidato comunicou a novidade também na recém-criada página de Facebook.

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Dijsselbloem: “A boa notícia é que há resultados” na Grécia

  • Marta Santos Silva
  • 7 Abril 2017

Desviando questões sobre as suas declarações controversas, o presidente do Eurogrupo disse aos jornalistas, antes de reunir com os ministros das Finanças, que havia uma solução para a Grécia.

Afinal parece que vai haver fumo branco em Atenas. Sem adiantar para já pormenores, o presidente do Eurogrupo Jeroen Dijsselbloem disse esta manhã aos jornalistas que “há resultados” na Grécia, mas que iria divulgá-los primeiro aos restantes ministros das Finanças na reunião informal desta manhã, em Malta.

“Temos trabalhado intensivamente com as autoridades gregas e com as instituições [credoras] esta semana, por isso vou falar primeiro com os outros ministros”, afirmou Dijsselbloem. “As boas notícias são que atingimos resultados. Mas vou contar primeiro aos ministros”.

O presidente do Eurogrupo assumiu que não vai sair desta reunião uma solução completa. “Um grande acordo político é, claro está, maior do que o pacote de medidas que estamos a discutir hoje. Não haverá um acordo político total hoje”, reconheceu, remetendo mais informações para depois da reunião com os restantes ministros das Finanças da União Europeia. Também o comissário Europeu Pierre Moscovici se mostrou confiante de que a reunião terminaria de forma positiva.

As últimas semanas têm sido tensas na relação entre a Grécia e os seus credores, a União Europeia, o Banco Central Europeu, e especialmente o Fundo Monetário Internacional. O país precisa de chegar a um acordo para as próximas reformas sociais e financeiras que deverá aplicar, mas questões como a reforma nas pensões têm sido contenciosas, e tem havido desentendimentos sobre as melhores metas a traçar.

Ontem, na cidade grega de Tempi, também o primeiro-ministro grego Alexis Tsipras se mostrou otimista de que os principais obstáculos tinham sido ultrapassados. “A avaliação está muito próxima, quer as pessoas queiram, quer não”, afirma. A segunda avaliação do terceiro resgate grego aproxima-se, e o acordo entre o país e os credores é essencial para desbloquear uma nova tranche do programa, permitindo ao país pagar de volta uma grande quantidade de dívida que vence em julho. “Não vamos recuar na reta final”, concluiu o primeiro-ministro, citado pelo jornal grego em língua inglesa Kathimerini.

Nesta reunião do Eurogrupo é também esperado que Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, apresente aos ministros das Finanças as linhas orientadoras da estratégia para lidar com a questão do crédito malparado na Europa. É uma discussão que deverá continuar da parte da tarde, também em Malta, mas no Ecofin, a reunião informal dos ministros das Finanças dos países do euro.

Dijsselbloem desvia assunto de declarações ofensivas

Questionado pelos jornalistas sobre o possível impacto das suas declarações, ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung, que geraram indignação por toda a Europa e especialmente junto dos países do Sul, Jeroen Dijsselbloem tentou desviar o assunto. O presidente do Eurogrupo, que também é ministro das Finanças da Holanda, disse numa entrevista que um país não deveria pedir a outros que lhes pagassem as dívidas se não cumpria as suas obrigações, usando a expressão: “Eu não posso gastar o meu dinheiro em bebidas e em mulheres e, em seguida, pedir apoio”. Declarações que foram condenadas a todos os níveis, desde o parlamento europeu aos parlamentos nacionais. Portugal foi dos países que reagiu com mais veemência, com António Costa a exigir a demissão de Dijsselbloem.

Será que os portugueses falariam deste assunto no Eurogrupo?, perguntou uma jornalista. “Terão de perguntar aos portugueses”, respondeu Dijsselbloem, que já afirmou que as suas declarações foram mal interpretadas. Também não mencionou se a sua demissão estava em cima da mesa, contornando a questão para dizer: “Estou disponível para ir até ao final do meu mandato. Só sei que por agora sou ministro das Finanças, e que o meu mandato no Eurogrupo, em princípio, decorre até janeiro do próximo ano”. É possível que Dijsselbloem deixe entretanto de ser ministro das Finanças, já que o partido a que pertence foi derrotado nas eleições legislativas da Holanda, mas por agora permanece num Governo interino até ser encontrada uma solução de coligação que coloque outro Governo no poder.

Portugal está hoje representado no Eurogrupo pelo secretário de Estado adjunto e das Finanças, sendo esperado que Ricardo Mourinho Félix volte a pedir explicações a Dijsselbloem sobre as suas declarações.

Já o ministro das Finanças espanhol, Luis de Guindos, suavizou também ele o discurso, afirmando nunca ter pedido a demissão de Dijsselbloem. “As declarações foram infelizes e esperamos uma explicação das mesmas”, referiu. Questionado sobre um possível apoio de António Costa a uma candidatura do espanhol à presidência do Eurogupo, de Guindos pareceu desconfortável: “Respeito muito o Sr. Centeno, mas não tenho nada a comentar e não sou candidato”.

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Bolsa acompanha Europa e regressa às quedas

O ataque dos Estados Unidos à Síria está a deixar os mercados nervosos e o PSI-20 acompanha a tendência negativa do resto da Europa.

A bolsa de Lisboa regressou às quedas após duas sessões de ganhos, depois de os Estados Unidos terem anunciado que atacaram bases militares sírias. Esta manhã, o PSI-20 acompanha o nervosismo das restantes praças europeias, que seguem todas em queda.

O principal índice acionista nacional está a recuar 0,17%, para os 4.990,77 pontos, com nove cotadas em queda, uma inalterada e oito em alta. A pressionar o PSI-20 está o BCP, que depois ter subido quase 1,5% graças ao reforço da posição da BlackRock, está agora a corrigir e cai 0,65%, para os 18,33 cêntimos por ação.

Também a penalizar a bolsa está a Jerónimo Martins, que recua 0,12%, para 16,80 euros por ação. A queda mais expressiva é a da Pharol, que perde 2%, para os 34 cêntimos.

Do lado dos ganhos, destaque para a Galp. A petrolífera está a avançar 0.17%, para os 14,46 euros, apoiada na valorização da matéria-prima. Os preços do petróleo estão a disparar para máximos de um mês, numa altura em que os investidores antecipam tensões geopolíticas após o ataque dos Estados Unidos às bases militares sírias.

No resto da Europa, a tendência é de queda generalizada, ainda que as perdas sejam ligeiras.

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Relação entre EUA e Rússia tremida após ataque à Síria

Estados Unidos atacaram base militar síria esta noite, respondendo, desta forma, ao ataque químico levado a cabo pelo regime de Bashar al-Assad, na última terça-feira.

Donald Trump deu ordem para atacar a Síria, com o lançamento de 59 mísseis contra bases militares do país. Foi a resposta ao ataque com armas químicas levado a cabo pelo regime de Bashar al-Assad, na terça-feira. A primeira consequência poderá ser o agravar das relações dos Estados Unidos com a Rússia.

Na quinta-feira, o governo de Vladimir Putin afirmou que não havia provas de que Assad tivesse usado armas químicas e chegou mesmo a dizer que é “inaceitável fazer uma acusação infundada sem uma investigação detalhada e imparcial”. O presidente norte-americano, por seu lado, condenou o “horrível ataque” ordenado pelo “ditador sírio Bashar al-Assad” e determinou que o mais importante era garantir a segurança dos Estados Unidos e impedir a “proliferação e uso de armas químicas mortais”.

Já esta manhã, Casa Branca adiantou que não procurou a aprovação de Moscovo para avançar com o ataque, mas avisou as autoridades russas previamente. Além disso, não foram atacadas secções da base militar onde se acreditasse que estavam presentes militares russos.

O aviso não foi suficiente para merecer a compreensão russa. Vladimir Putin já reagiu ao ataque norte-americano, que classificou de “uma agressão a uma nação soberana”, feita com base num “pretexto inventado”.

Mas as relações não estão cortadas e as autoridades de um e outro país procuram manter o diálogo. Para a próxima semana, está marcada uma visita a Moscovo por parte do secretário de Estado norte-americano Rex Tillerson. A visita deverá manter-se.

“Não penso que isto vá impactar a visita de Tillerson, temos de restaurar o diálogo. Devemos receber Tillerson, trocar pontos de vista e chamar Washington à razão”, disse Leonid Slutsky, responsável russo pelos assuntos internacionais, em declarações aos meios de comunicação russos.

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Mercados reagem a ataque dos EUA. Petróleo e ouro disparam, bolsas caem

Mercados estão "nervosos". Petróleo e ouro tocam máximos, bolsas estão em queda, euro valoriza face ao dólar.

Donald Trump ordenou um ataque contra bases militares sírias e os mercados responderam de imediato. O petróleo está a negociar em máximos de um mês, o ouro toca máximos de cinco meses, as bolsas respondem em queda e o euro valoriza face ao dólar.

A expectativa dos analistas é que os mercados reajam de forma “nervosa” ao longo de todo o dia. “Os investidores têm estado à procura de uma desculpa para vender. Esta incerteza em torno do ataque dá-lhes uma razão concreta para fazer isso mesmo”, refere à Bloomberg um analista da Shaw and Partners.

A reação mais evidente é a do petróleo, com os investidores a anteciparem tensões geopolíticas após o ataque às bases militares sírias. O brent valoriza 1,3%, para 55,60 dólares por barril, enquanto o WTI, negociado no mercado norte-americano, sobe 1,4%, para 52,44 dólares por barril. À Bloomberg, um analista da CMC Markets explica que a Síria “não um grande produtor de petróleo”, mas o ataque poderá aumentar “o risco de escalada em toda a região”. Por outro lado, há o risco de “haver uma resposta ao ataque”.

Também o ouro, ativo de refúgio, está a valorizar. A matéria-prima está a subir quase 1% para 1.263,45 dólares por onça, tendo já tocado nos 1.269,45 dólares.

Nos mercados acionistas, a queda é generalizada. As bolsas asiáticas inverteram os ganhos que registaram ao longo do dia e fecharam a cair. Na Europa, todas as bolsas abriram no vermelho. A tendência, para já, é de quedas ligeiras, inferiores a 1%. Por cá, o PSI-20 está a recuar 0,25%, para os 4.986,49 pontos. Já o Stoxx 600 perde 0,34%, para os 379,46 pontos.

Os analistas não esperam, contudo, que o impacto negativo seja para durar. “A não ser que este ataque sinalize uma espécie de agravamento da guerra na Síria, com o aumento do envolvimento dos Estados Unidos, é pouco provável que haja um impacto duradouro sobre os mercados”, refere um analista da AMP Capital Investors.

Nota ainda para o mercado cambial, onde o euro está a valorizar 0,05%, para 1,06 dólares. Já a moeda russa está a perder mais de 1%, para 0,0175 dólares.

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