Governo defende que faz sentido manter CESE

  • Lusa
  • 7 Abril 2017

Ainda que a medida tenha sido contestada por várias empresas, o secretário de Estado da Energia defendeu que faz sentido manter a Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético.

O secretário de Estado da Energia defendeu hoje que há pedidos extraordinários que faz sentido manter, considerando que as empresas do setor “acabam por perceber o esforço que lhes está a ser pedido” com a Contribuição sobre o Setor Energético.

“Parece-me que é um setor que todos os portugueses reconhecem ter possibilidades de dar um contributo importante para que o país consiga recuperar rapidamente”, afirmou hoje Jorge Seguro Sanches, quando questionado sobre a contestação das empresas à Contribuição sobre o Setor Energético (CESE) que foi introduzida no Orçamento do Estado de 2014 e se mantém desde então.

À margem do colóquio ‘Fiscalidade da Energia’, na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, o governante considerou que “as empresas acabam por perceber este esforço que está a ser pedido”, que corresponde a 0,85% dos ativos das empresas, que começou por ser pensada para os produtores de eletricidade, mas que acabou por abarcar todo o setor.

“O país precisa. É preciso ver que há 15 meses tínhamos em Portugal salários cortados, pensões cortadas e sobretaxas de IRS. Há um conjunto de pedidos extraordinários que tem razão manter para Portugal ter bons resultados para pensarmos em poder sair do Procedimento por Défice Excessivo [PDE]”, afirmou.

Em declarações aos jornalistas, Jorge Seguro Sanches defendeu que “não surpreende ninguém que esta estabilidade fiscal se mantenha, apesar das empresas quererem todas pagar menos impostos”. “Os portugueses estão todos de acordo”, acrescentou, realçando que o fim da CESE “é um processo que tem que ser feito” e passará pela Assembleia da República.

A CESE, que entrou em vigor em 2014, correspondendo o valor a pagar anualmente por cada empresa a 0,85% dos ativos, está a ser contestada na Justiça pela REN, Galp e EDP.

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Mísseis de Trump abalam mercados

  • ECO
  • 7 Abril 2017

A bolsa abriu em queda. Os principais índices desceram na ordem dos 0,1%. Isto apesar dos números da empregabilidade terem sido positivos, atingindo mínimos da última década.

A intervenção dos EUA na Síria atingiu os mercados que abriram no vermelho. Os principais índices caiam cerca e 0,1%. As estatísticas positivas do mercado de trabalho — a taxa de desemprego atingiu mínimos desde 2007 — não foram suficientes para que os mercados abrissem no verde.

O S&P 500 abriu hoje com uma variação negativa de 0,9%. O industrial Dow Jones e o tecnológico Nasdaq acompanharam a tendência com uma quebra de 0,10% para os 20643,63 pontos e de 0,13% para 5871,34 pontos, respetivamente.

A descida nos valores da bolsa relaciona-se com a incerteza provocada pelo ataque militar dos EUA à Síria. “Os mercados estarão oscilantes todo o dia”, anuncia James Audiss, senior wealth manager da Shaw and Partners Ltd. A perspetiva de tensões com o Médio Oriente teve, contudo, um efeito positivo no mercado de crude, que valorizou mais de 1,2% tanto no americano West Texas Intermediate (WIT) como no londrino Brent.

E nem os números de desemprego nos EUA, que caíram para mínimos da última década, atingindo os 4,5%, entusiasmaram os mercados na abertura. Os valores da taxa de desemprego contrariaram os analistas, que previam que se mantivesse nos 4,7%. O crescimento dos salários desacelera para os 2,7%, mas os analistas estão crentes num progresso sustentável da maior economia do mundo.

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Parlamento aprova restrição de crédito dos bancos aos seus acionistas

  • Lusa
  • 7 Abril 2017

A partir de agora, acionistas qualificados de um banco não poderão obter créditos que excedam 2% dos fundos próprios do banco.

Os deputados aprovaram, em votação na generalidade, a restrição da concessão de crédito pelos bancos aos seus acionistas, uma proposta do CDS-PP.

A proposta dos democratas-cristãos, que passou com os votos favoráveis de CDS-PP, PCP e Bloco de Esquerda e abstenções de PS e PSD, prevê que acionistas com participações qualificadas (igual ou acima de 2%) num banco não possam obter créditos que excedam “em cada momento e no seu conjunto, 2% dos fundos próprios da instituição”.

Atualmente, a legislação prevê que os bancos possam conceder créditos (incluindo a prestação de garantias) a acionistas qualificados, direta ou indiretamente, até 10% dos fundos próprios.

A proposta de lei vai agora ser debatida na Comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, antes da votação final.

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Deutsche Bank termina recapitalização de 8,5 mil milhões

  • ECO e Lusa
  • 7 Abril 2017

É o quarto aumento de capital que o banco faz desde 2010, e foi descrito pelo dirigente executivo da instituição como "o último recurso". Agora, o banco vai ter de saber crescer.

O Deutsche Bank, principal banco alemão, concluiu hoje com sucesso o aumento de capital de 8.000 milhões de euros, ao preço de 11,65 euros por ação, indicou hoje a instituição financeira germânica.

Os acionistas do banco europeu exerceram 98,9% dos seus direitos de subscrição, enquanto a restante parcela foi vendida no mercado, o que permitiu a conclusão com êxito da operação, que constituiu o quarto aumento de capital desde 2010, refere em comunicado. Foram emitidas 687,5 milhões de novas ações, mas o banco acabou por ficar no final do aumento de capital com 2.066,8 milhões de ações colocadas no mercado.

Além disso, o grupo financeiro alemão reforçou o rácio de capital de máxima qualidade dos ativos ponderados pelo risco dos 11,8% no final de dezembro de 2016, para os atuais 14,1%. Pouco depois da notícia, os títulos da instituição negociavam dentro do normal, a cair pouco menos de 1% para os 15,525 euros.

A operação foi realizada por um sindicato de 30 bancos, entre os quais constam o Credit Suisse, Barclays, Goldman Sachs, BNP Paribas e o Morgan Stanley.

“Vemos com bons olhos o aumento de capital nos principais bancos europeus e o Deutsche é uma parte muito importante do sistema bancário europeu”, disse o vice-chairman do BlackRock, Philipp Hildebrand, à Bloomberg TV, embora sem declarar qual o volume de ações que a BlackRock, um dos maiores investidores em banca do mundo, tinha adquirido.

Espera-se que esta capitalização ajude a acalmar os investidores acerca da sustentabilidade do banco, esperando-se agora mais sinais de recuperação. O CEO do banco, John Cryan, disse numa entrevista no mês passado que a estratégia vai ser focada no crescimento. “Queremos voltar a um modo de crescimento modesto, crescimento controlado”, disse.

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BiG ganha processo e BIC recorre outra vez para evitar mudar de marca

BIC Portugal perdeu recurso mas já recorreu novamente da decisão do tribunal favorável ao Banco BiG por causa da alegada confusão de marcas entre as duas instituições.

O tribunal voltou a confirmar a decisão favorável ao Banco BiG no processo contra o BIC Portugal por causa da confusão de marcas entre as duas instituições financeiras. O banco liderado por Teixeira dos Santos perdeu o recurso apresentado após a decisão em primeira instância ter dado razão ao BiG. Mas já recorreu da segunda decisão do tribunal para evitar ter de mudar de identidade.

Teixeira dos Santos, que preside ao BIC desde o ano passado, confirmou ao ECO a decisão do tribunal. “A decisão é passível de recurso e já recorremos da decisão. Aguardamos o resultado“, respondeu o antigo ministro das Finanças.

O BiG, que em junho de 2013 avançou com uma ação no Tribunal de Propriedade Intelectual contra o BIC, por causa das semelhanças de imagem e nome entre as duas instituições, já tinha ganho o processo em primeira instância e agora, depois do recurso do BIC, viu o tribunal confirmar a sentença em seu favor.

Contactado, o banco de investimento não quis comentar a decisão do tribunal.

"A decisão é passível de recurso e já recorremos da decisão. Aguardamos o resultado.”

Fernando Teixeira dos Santos

Presidente do BIC

Em concreto, alega o banco liderado por Carlos Rodrigues, estão as semelhanças no lettering e na designação do BIC, que podiam provocar confusão com a marca BiG, tratando-se de uma “cópia”. Uma posição que foi prontamente contrariada por Mira Amaral, então presidente do BIC, garantindo que o BIC Portugal apenas replicava a imagem da casa-mãe Banco BIC, em Angola, um trabalho que tinha encomendado à agência Brandia.

Em declarações ao Público, em 2012, Mira Amaral contestava as acusações de Carlos Rodrigues com o argumento de que o BIC já tinha iniciado atividade em Portugal muito tempo antes, em 2008, sem que isso tivesse levantado qualquer conflito de identidade com o BiG. “O dr. Carlos Rodrigues telefonou-me há uns tempos a reclamar que tínhamos um logo idêntico ao do BiG e eu disse-lhe que tinha acordado tarde, pois desde 2008 que temos esta imagem. Se havia alguma coisa a dizer, Carlos Rodrigues devia ter reagido logo em 2008, mas não disse nada”, declarou o antigo responsável em resposta ao presidente do BiG.

O BiG foi lançado em dezembro de 1998 e desenvolve a sua atividade bancária sobretudo através do canal online, embora conte atualmente com 18 agências. É detido por 140 acionistas portugueses e internacionais — norte-americanos e angolanos.

Já o BIC Portugal surgiu no país uma década depois, pela mão de Fernando Teles, Isabel dos Santos e Américo Amorim. Em 2012, o banco adquiriu o BPN por 40 milhões de euros, numa operação que permitiu alargar a sua rede de agências em Portugal. Apresenta uma estrutura acionista semelhante à casa-mãe angolana.

Não é só o BIC que pode estar em vias de mudar de nome. Tanto Novo Banco como Caixa Económica Montepio Geral poderão também mudar de identidade por razões diferentes.

No primeiro caso, a mudança de nome está em “reflexão” dentro do Novo Banco depois de concretiza a venda ao Lone Star, conforme adiantou o presidente António Ramalho aos trabalhadores em dezembro passado. Quanto ao Montepio, Félix Morgado revelou na última conferência de apresentação de resultados que vai apresentar um plano para mudar de identidade, depois de o Banco de Portugal ter recomendado uma separação com a Associação Mutualista, o principal acionista do banco.

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Suécia: Atropelamento em Estocolmo faz quatro mortos

As autoridades de saúde reportaram uma morte e 15 feridos.. Segundo o canal SVT, ouviram-se tiros junto à loja atingida pelo veículo. Várias ambulâncias e helicópteros estiveram no local.

Os órgãos de comunicação suecos estão a noticiar um atropelamento em Estocolmo numa das principais ruas da capital. O veículo deixou várias pessoas feridas, segundo as autoridades policiais suecas. O canal sueco SVT refere que ouviram-se tiros junto à loja do centro comercial Ahlens atingida pelo veículo.

O primeiro-ministro sueco já reagiu à notícia dizendo que este “é um terrível ato de terror”, cita a Bloomberg. Stefan Löfven anunciou ter cancelado a viagem marcada a Gotemburgo e que uma pessoa já foi detida no seguimento deste incidente. “A Suécia foi atacada”, concluiu.

Segundo a Lusa, a polícia revelou já à noite que quatro pessoas foram mortas e 15 feridas em resultado do atentado.

A polícia sueca está a pedir que as pessoas dispersem do local e fiquem em casa. As autoridades não descartaram o cenário de este ser mais um ataque terrorista que se soma aos mais recentes em S. Petersburgo e no Parlamento inglês, em Londres. O atropelamento ocorreu pouco depois das 14h. O metro está neste momento paralisado por ordem policial, segundo a SVT, assim como o Parlamento sueco.

Segundo o site The Local sueco, a carrinha pertencia à empresa Spendrups, a qual confirmou que esta foi roubada no início desta sexta-feira. “Durante uma entrega ao restaurante Caliente alguém saltou para a cabine do condutor e levou o carro enquanto o condutor estava a fazer a descarga“, explicou o diretor de comunicação Mårten Lyth, citado pela agência de notícias TT.

A polícia sueca, segundo o The Local, divulgou uma imagem, através do circuito de vigilância interno, de um homem que pensa estar envolvido no ataque de terror em Estocolmo desta sexta-feira de tarde. Contudo, a polícia sueca anunciou que não encontrou até ao momento o condutor do camião que atropelou várias pessoas numa rua pedonal do centro de Estocolmo e que até ao momento não fez qualquer detenção.

“Nesta altura não temos ninguém detido”, acrescentou, contrariando afirmações feitas anteriormente pelo primeiro-ministro, Stefan Lovfen, que afirmou que “tudo aponta” para um ataque terrorista e que uma pessoa foi detida. Eliasson afirmou também que a polícia “não exclui” tratar-se de um ataque terrorista.

O responsável policial disse, por outro lado, não estar em condições de anunciar quantas pessoas morreram e quantas ficaram feridas, limitando-se a dizer que são vários mortos e feridos.

A polícia apelou ainda aos habitantes da capital da Suécia que não se desloquem de automóvel para o centro da cidade.

Este ataque ocorreu a um quarteirão de distância do local onde um bombista suicida feriu duas pessoas em dezembro de 2013.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa já lamentou a multiplicidade de ataques terroristas na Europa e sublinha a importância de “responder em conformidade“. “Infelizmente têm-se multiplicado os atos de terrorismo. É um desafio da Europa responder ao terrorismo prevenindo e depois respondendo em conformidade”, disse o Chefe de Estado em declarações aos jornalistas transmitidas pela Sic. Uma resposta que “nunca” deve perder de vista “os valores fundamentais da Europa que é democrática e respeitadora do Direitos Humanos e do direito nacional e internacional”.

Ao final da tarde, António Costa reagiu, em declarações transmitidas pela RTP, expressando a sua solidariedade com a Suécia e deixando um apelo à União Europeia: “Este é mais um sinal de que a União Europeia tem de se unir” para resolver as “verdadeiras ameaças”, que são “permanentes”. Para o primeiro-ministro os Estados-membros têm de se unir para “agir de forma articulada” seja a nível policial, judicial e dos serviços de informação.

(Notícia atualizada com o número final de vítimas mortais e feridos, segundo a polícia sueca, às 20h33)

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EUA: dez anos depois, taxa de desemprego volta aos 4,5%

A economia norte-americana deu mais um sinal de fortalecimento: a taxa de desemprego regressou aos níveis pré-crise de 2007.

A taxa de desemprego nos Estados Unidos não era tão baixa desde 2007. Os dados divulgados esta sexta-feira pelo Departamento do Trabalho mostram que o desemprego desceu de 4,7% em fevereiro para os 4,5% em março. Contudo, a criação de postos de trabalho ficou aquém do esperado: no mês passado a economia norte-americana criou 98 mil empregos, inferior aos 180 mil empregos esperados pelos economistas consultados pela Bloomberg.

Depois da criação de 219 mil postos de trabalho em fevereiro, a economia dos EUA adicionou menos empregos, mas ainda assim a taxa de desemprego atingiu um mínimo de dez anos. Os números sugerem que a crise financeira está mais do que ultrapassada, tal como também têm indicado os aumentos da taxa de juro pela Reserva Federal.

Contudo, o crescimento dos salários, em comparação homóloga, foi mais tímido: os salários desaceleraram para um aumento de 2,7%. Estes dados sugerem ainda que a economia norte-americana entrou numa fase de estabilização, com menos criação de postos de trabalho.

No ano passado, a média de criação de emprego fixou-se nos 187 mil por mês. Os analistas consultados pela Bloomberg esperam que essa média diminua para os 181 mil mensais em 2017. Contudo, com a revelação desde número de março, o aumento de postos de trabalho no primeiro trimestre deste ano ficou pelos 178 mil mensais.

O objetivo da nova Administração que tomou posse no final de janeiro é criar 25 milhões postos de trabalho em dez anos. Tal meta requer, em média, a criação de 208 mil postos de trabalho por mês, ou seja, 2,5 milhões de empregos por ano.

(Atualizado às 14h20)

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Anexo SS: quem tem de preencher?

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 7 Abril 2017

O anexo SS deve ser preenchido em conjunto com a declaração de IRS mas é depois remetido pela Autoridade Tributária e Aduaneira para a Segurança Social.

Mais uma vez, a maioria dos trabalhadores independentes tem de entregar o anexo SS em conjunto com a declaração de IRS. Mas nem todos têm de preencher o quadro 6, que serve para identificar as chamadas “entidades contratantes”.

O que é o anexo SS?

Embora tenha de ser preenchido em conjunto com a declaração de IRS, o anexo SS destina-se à Segurança Social. É com esta informação que a Segurança Social enquadra, no final de cada ano, os trabalhadores independentes em escalões contributivos, tendo por referência os rendimentos do ano anterior. No entanto, este regime já está a ser revisto e as regras vão mudar.

Além disso, o anexo SS também serve para apurar as “entidades contratantes”, que são responsáveis por 80% ou mais dos rendimentos de um conjunto de trabalhadores independentes.

Quem tem de preencher o anexo SS?

A generalidade dos trabalhadores independentes, exceto:

  • Advogados e solicitadores integrados na respetiva Caixa de Previdência;
  • Trabalhadores que exerçam atividade por conta própria de forma temporária em Portugal, abrangidos por regime de proteção social obrigatório de outro país;
  • Agricultores que recebam subsídios ou subvenções até quatro Indexantes dos Apoios Sociais (IAS) no âmbito da Política Agrícola Comum e que não tenham outros rendimentos suscetíveis de os enquadrar no regime dos Trabalhadores Independentes;
  • Titulares de direitos sobre explorações agrícolas ou equiparadas, cujos produtos se destinam predominantemente ao consumo próprio e dos respetivos agregados familiares e cujos rendimentos de atividade não ultrapassem quatro IAS;
  • Proprietários de embarcações de pesca local e costeira que integrem o rol de tripulação e exerçam efetiva atividade profissional nestas embarcações;
  • Apanhadores de espécies marinhas e os pescadores apeados;
  • Titulares de rendimentos da categoria B resultantes exclusivamente da produção de eletricidade por intermédio de unidades de microprodução, quando estes rendimentos sejam excluídos de tributação em IRS.

A informação consta de uma nota enviada pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Quem não tem de preencher o quadro 6?

O quadro 6 destina-se a apurar as entidades contratantes, embora este conceito só se aplique em casos específicos. Este quadro deve então ser preenchido por trabalhadores independentes não isentos de contribuições, que prestaram serviço a pessoas coletivas e singulares com atividade empresarial e que tenham um rendimento anual igual ou superior a 6 IAS (2.515,32 euros, ao valor de 2016).

Nestes casos, aquelas que venham a ser consideradas entidades contratantes são sujeitas a uma taxa de 5% e a fiscalização.

Quer isto dizer que não têm de preencher o quadro 6 os trabalhadores independentes que:

  • Tenham rendimentos inferiores a 6 IAS (2.515,32€);
  • Estejam isentos de contribuir para a Segurança Social enquanto trabalhadores independentes. É o que acontece a quem acumula atividade independente com dependente (quando esta gera rendimentos anuais acima de 5.030,64 euros, obriga a descontos e é prestada a empregador distinto) ou a quem é simultaneamente pensionista de invalidez, de velhice ou titular de pensão resultante da verificação de risco profissional com incapacidade para o trabalho igual ou superior a 70%;
  • Sejam titulares de rendimentos da categoria B resultantes exclusivamente da produção de eletricidade por intermédio de unidades de microprodução.

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Moscovici: “Há condições para a missão voltar a Atenas”

  • Marta Santos Silva e Lusa
  • 7 Abril 2017

São "boas notícias", disseram as autoridades europeias no fim da reunião do Eurogrupo em que foi acertado um plano preliminar que permitirá desbloquear a próxima tranche do resgate grego.

Pierre Moscovici, comissário europeu dos Assuntos Económicos, anunciou esta sexta-feira que a reunião dos ministros das Finanças da zona euro resultou num acordo acerca das linhas preliminares de reformas na Grécia. São “boas notícias”, disse Moscovici aos jornalistas na conferência de imprensa que se seguiu à reunião.

“Há condições para a missão voltar a Atenas. É a minha convicção de que o momento chegou de por fim à incerteza que pesa há demasiado tempo sobre a economia grega”, continuou o comissário. “O povo grego merece, depois de todos os esforços que foram feitos”.

O acordo ainda não é um acordo político completo, fez questão de sublinhar o presidente do Eurogrupo Jeroen Dijsselbloem, no princípio e no final do encontro. “Se tudo correr bem, e se a Grécia se mantiver no caminho que percorre agora, estas reformas serão implementadas em 2019 e 2020”, afirmou.

Parecia difícil que um acordo pudesse ser desbloqueado até esta sexta-feira, devido a desentendimentos entre o Governo grego, os credores europeus e o Fundo Monetário Internacional (FMI), tanto em campos como as reformas na área das pensões como no das metas orçamentais, que mesmo entre os credores não encontravam consenso. Questionado pelos jornalistas sobre se o FMI concordava com o que fora decidido hoje, Dijsselbloem foi direto: “Não poderia falar de um acordo se o FMI não concordasse”. Dijsselbloem afirmou que houve uma reunião esta terça-feira onde a maior parte dos pormenores do acordo foram decididos, e que o FMI participara nessa decisão e concordava com as linhas gerais.

Ainda não foram divulgados todos os pormenores do acordo com a Grécia. As medidas fixam-se perto do valor de 2% do PIB, disse Jeroen Dijsselbloem, e as linhas gerais estão definidas de acordo com “a dimensão, o calendário e a sequência” das políticas a aplicar. “Agora que resolvemos as grandes questões, não existe nenhuma razão substancial que impeça a missão de voltar o mais depressa possível a Atenas”, afirmou.

Nas últimas semanas, havia ainda dúvidas de que houvesse um acordo entre a Grécia e os seus credores, a União Europeia, o Banco Central Europeu, e especialmente o FMI antes desta reunião do Eurogrupo. O acordo é necessário para que possa ser concluída a segunda avaliação do terceiro resgate orçamental grego, essencial para desbloquear uma nova tranche do programa, permitindo ao país pagar de volta uma grande quantidade de dívida que vence em julho.

Governo grego espera alcançar acordo global sobre resgate antes do verão

O ministro grego das Finanças, Euricles Tsakalotos, disse esta sexta-feira esperar que a Grécia e os seus credores alcancem um acordo global antes do verão sobre as reformas que Atenas terá de aplicar. “O sentimento de urgência é partilhado por todos”, afirmou Euclides Tsakalotos, numa conferência de imprensa depois da reunião dos ministros das Finanças da zona euro (Eurogrupo).

“Há muito poucos atores, se é que há algum, que queiram uma nova crise grega e todo o mundo está centrado num acordo geral para pôr a Grécia de novo numa boa direção”, disse o ministro grego. Tsakalotos explicou que, além do regresso dos credores a Atenas para afinar os detalhes das medidas a tomar, as instituições vão começar a debater o caminho de consolidação orçamental e de alívio da dívida que deve ser tomado no médio prazo.

Sobre as medidas a tomar nos próximos anos, o ministro das Finanças grego prometeu que uma posição pelo Parlamento grego assim que possível, no qual o partido de esquerda Syriza, ao qual pertence, tem uma maioria muito estreita.

FMI aplaude “progressos importantes” alcançados

O Fundo Monetário Internacional (FMI) aplaudiu esta sexta-feira os “progressos importantes” alcançados quanto ao pacote de reformas que a Grécia deve aplicar em 2019 e 2020 para encerrar a segunda avaliação ao resgate concedido ao país. “Tem havido progressos importantes alcançados nas semanas mais recentes“, afirmou Gerry Rice, porta-voz do Fundo Monetário Internacional (FMI), após ser conhecido o acordo alcançado em Malta, onde esteve reunido o Eurogrupo.

Rice disse que ainda se mantêm algumas “questões políticas”, mas que se está num ponto em que “há boas perspetivas para concluir com êxito as negociações durante a próxima missão em Atenas”. O FMI, que ainda não confirmou se vai participar no terceiro resgate financeiro concedido à Grécia, no valor de 86 mil milhões de euros, considera fundamental que o pacto inclua um alívio da dívida grega, mas os credores europeus dizem que primeiro Atenas tem de cumprir o calendário de reformas.

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Portugal volta aos mercados. Quer até 1.250 milhões em obrigações a cinco e oito anos

Agência liderada por Cristina Casalinho está de regresso ao mercado com uma emissão de obrigações a cinco anos e a oito anos, num montante entre 1.000 e 1.250 milhões de euros.

Um mês depois do último leilão de longo prazo, Portugal está de regresso aos mercados primários de dívida. O IGCP conta emitir na próxima quarta-feira até 1.250 milhões de euros em obrigações do Tesouro a cinco anos e a oito anos, numa altura em que os investidores dão tréguas ao país após risco ter subido para máximos do tempo da troika em março.

Em vista estão dois leilões de títulos com maturidade em outubro de 2022 (cinco anos) e outubro de 2025 (oito anos), num montante indicativo entre os 1.000 milhões de euros e os 1.250 milhões de euros, informou esta sexta-feira a agência que faz a gestão da dívida pública liderada por Cristina Casalinho.

No último leilão de longo prazo, o Tesouro português levantou 1.112 milhões de euros em dívida a três anos e nove anos, com os custos de financiamento a dispararem face ao anterior leilão comparável.

De resto, cada ida de Portugal ao mercado de dívida desde o início do ano está a custar mais aos cofres públicos. O custo médio da nova dívida emitida em 2017 subiu para 3,4%, face à taxa de 2,5% que o Tesouro português pagou em média no ano passado.

Portugal já arrecadou pouco mais de um terço do financiamento de longo prazo previsto para 2017. Mas as condições que tem encontrado desde o início do ano têm sido mais adversas, ao ponto de atirar o custo da nova dívida para máximos desde 2014, ano em que a taxa se fixou nos 3,6%, segundo o boletim mensal do instituto que gere a dívida pública. Desde o início do ano, a agência que gere a dívida pública já angariou um total de 5.292 milhões de euros com a venda de Obrigações do Tesouro, com custos mais elevados. Durante o mesmo período, também levantou 4,25 mil milhões em Bilhetes do Tesouro.

Em março, as taxas de juro associadas às obrigações portuguesas dispararam para máximos desde o tempo da troika com impacto da mudança de linhas das obrigações do Tesouro que servem de referência para as diferentes maturidades da dívida de Portugal, uma operação ocorrida a 16 de março, e que atirou o juro da dívida a dez anos para os 4,3%. Ainda assim, as taxas têm estado em forte correção em baixa nas últimas sessões, deixando a yield a dez anos nos 3,9%.

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Mexia: “A eletricidade não é cara. As casas é que são mal construídas”

  • ECO
  • 7 Abril 2017

O presidente da EDP considera que as pessoas vivem em casas que, muitas vezes, são inaceitáveis e recusa que seja o setor o bode expiatório por causa dos preços da eletricidade.

Para António Mexia, não é a eletricidade que é cara em Portugal. O problema está na qualidade de construção das casas que é “geralmente fraca”, uma posição que foi deixada pelo presidente da EDP em entrevista à TSF (acesso livre), recusando que se use o setor energético como bode expiatório.

“Se temos hoje um problema de energia, muitas vezes dizem que as pessoas têm um problema de não se poder aquecer, (…) o problema é que as pessoas vivem em casas que, muitas vezes, são inaceitáveis. Que não se use este setor como bode expiatório”, disse Mexia em declarações àquela rádio. “A eletricidade não é cara. As casas é que são mal construídas”, referiu ainda.

"Se temos hoje um problema de energia, muitas vezes dizem que as pessoas têm um problema de não se poder aquecer, (…) o problema é que as pessoas vivem em casas que, muitas vezes, são inaceitáveis. Que não se use este setor como bode expiatório.”

António Mexia

Presidente da EDP

Mexia considerou que a liberalização do setor energético trouxe benefícios para os clientes particulares e empresas. “Acho que a liberalização foi positiva para muitos clientes, sobretudo para os industriais mas também para os residenciais. Não tenho dúvidas nenhumas”, declarou.

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CTT voltam às balas de prata do Haitong, sai a Nos

Em sentido contrário, operadora Nos abandona lista das eleitas do Haitong para o segundo trimestre.

Os CTT estão de volta às balas de prata do Haitong para o segundo trimestre, com as ações dos correios postais a apresentarem-se com uma “valorização apelativa” depois de um mau desempenho desde o início do ano. O banco postal é um desafio mas as ações apresentam uma cotação “apelativa” face ao potencial de recuperação em 2017. Da lista das eleitas da casa de investimento sai a Nos, que foi um tiro ao lado depois de perdas de 4% no primeiro trimestre.

São seis as balas de prata do Haitong para os próximos meses. Acciona, Euskatel e Indra em Espanha. Corticeira Amorim, Sonae e CTT em Portugal. Do lado nacional, a novidade da lista são os CTT, que aquela casa de investimento acredita que pode valorizar 40% até aos 7,10 euros. Repetem Corticeira Amorim e Sonae.

“Pensamos que tem sido penalizada por causa do mau momento no quarto trimestre de 2016 que pode ser revertido em 2017 com a recuperação da unidade Express & Parcels e aumentos nos preços dos correios. Vemos os CTT como um valor com uma dividend yield de aproximadamente 10% e a transacionar abaixo dos pares”, justificam os analistas do Haitong.

Sobre o banco postal dos CTT, o Haitong considera que “vai trazer desafios adicionais em termos de avaliação” da ação, “mas por agora estamos a assumir que o banco vai ser lucrativo e, por isso, temos uma avaliação positiva sobre o banco (54 milhões de euros).

CTT sobem 0,5%

Permanecem no cabaz do Haitong a Corticeira Amorim e a Sonae. Para o ex-Besi, há um potencial de valorização nas duas cotadas nacionais de 12% e 18%, respetivamente. Sobre a Corticeira, a líder mundial na produção de rolhas de cortiça está a gozar de um bom momento com a conquista de quota de mercado, o aumento da produção de vinho e com o regresso à cortiça como material preferido para as rolhas das garrafas de vinho.

“A unidade de rolhas de cortiça vai ter um novo ano de crescimento à medida que vai ganhando quota de mercado e os fundamentais da indústria do vinho deverão continuar a ajudar. Pensamos também que os revestimentos de chão e parede deverão observar um novo ano de recuperação, com a esta unidade a tentar alcançar níveis de EBITDA de 2013/2014, antes do impacto da crise no mercado russo”, diz o Haitong.

Quanto à retalhista dona do Continente, há otimismo depois de a Sonae ter fechado um acordo de fusão da SportZone com duas retalhistas britânicas que vai criar a segunda maior loja de artigos de desporto na Península Ibérica.

“Vemos o recente memorando de entendimento com a JD Sports como potencialmente game changer para a SportZone e com uma leitura positiva da sua unidade não-alimentar, que tem dado perdas. A Sonae demonstrou claramente que está disposta a tomar medidas mais decisivas se necessárias para inverter os seus formatos mais fracos e pensamos que isso tem implicações positivas para as expectativas de resultados”, refere o Haitong.

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

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